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JOINVILLE
164 anos
JOINVILLE
nº 4 • Março 2015
ENTREVISTA
O prefeito Udo Döhler fala sobre seus planos para a cidade em 2015 ECONOMIA
Os caminhos da indústria local para voltar a crescer no mercado externo ESPORTE
Como o JEC está preparando seu retorno à elite do futebol brasileiro
15 anos de encantamento COM A MONTAGEM DOS CLÁSSICOS BALÉS DOM QUIXOTE E O QUEBRA-NOZES, O TEATRO BOLSHOI COMEMORA O ANIVERSáRIO DE SUA CHEGADA A JOINVILLE
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editorial l índice l minha cidade l #jlle l entrevista l mobilidade l saúde l economia l empreendedores l cultura l gastronomia l esporte l especial l grupo RIC
Debora Richter Cicogna @debor_arc Estação Ferroviária
a estRela do norte Em 164 anos de história, Joinville cresceu para se tornar um dos grandes polos industriais de Santa Catarina e uma verdadeira força motriz para o desenvolvimento do Estado. Mas sua importância entre os maiores municípios catarinenses não está limitada apenas aos aspectos econômicos. Com uma intensa produção artística, uma rica herança cultural e um imenso potencial turístico, a cidade oferece qualidade de vida e inúmeras opções de lazer para moradores e visitantes. Uma pequena amostra desta diversidade você encontra nesta edição da JOINVILLE É, que o Grupo RIC SC preparou especialmente para comemorar o aniversário do município. Entre os destaques estão os 15 anos da Escola do Teatro Bolshoi em terras joinvilenses. Além de toda a contribuição cultural e social que a instituição já proporcionou a alunos de Joinville e de todo o Brasil, no mês de aniversário da cidade o Bolshoi presenteia todos com a montagem de dois clássicos do balé internacional. Mais detalhes – e belas fotos dos espetáculos – você encontra na reportagem da página 44. Esta edição traz ainda surpresas gastronômicas que só se encontram em Joinville, os preparativos do JEC para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro, as estratégias das indústrias locais para voltar a exportar, além dos planos da administração municipal para o futuro da cidade. Encerrando a quarta edição da JOINVILLE É, temos o lançamento do Movimento Sou Bem Joinville, uma iniciativa do Grupo RIC SC para promover uma convivência mais cordial e sustentável em toda a cidade e, com isso, continuar contribuindo para o desenvolvimento cultural e econômico de Joinville. Marcello Corrêa Petrelli Presidente-Executivo Grupo RIC SC
JOINVILLE É l 2015
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editorial l
índice l minha cidade l #jlle l entrevista l mobilidade l saúde l economia l empreendedores l cultura l gastronomia l esporte l especial l grupo RIC
10 NEREU MARTINELLI minha cidade
PAVEL KAZARIAN
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FUNDADOR e Presidente Emérito
#jlle
Mário J. Gonzaga Petrelli
retratos de joinville
16 CRESCIMENTO EM TEMPOS DIFÍCEIS
Grupo RIC SC presidente-Executivo
entrevista
Alexsander Costa
@alexsander_cc
Marcello Corrêa Petrelli Nova Brasília
Diretor Comercial
Reynaldo Ramos
18 novos rumos para as ruas mobilidade
Diretor Administrativo e Financeiro
Albertino Zamarco Jr. Diretor REGIONAL JOINVILLE
22 mais espaço para atender saúde
Silvano Silva Diretor de Redação Notícias do Dia
Luís Meneghim
28 de joinville para o mundo economia
GERENTE RIC Editora
Paulo Arthur Moreira Schenk
Revista JOINVILLE É
otimismo imobiliário Ellen Martini @ellenmar tinis Pórtico
38 TALENTO ARTESANAL
Coordenação
Paulo Arthur Moreira Schenk
empreendedores
GERENTE COMERCIAL JOINVILLE
Jackeline Moecke
O FIM DA PAPELADA
Editor-executivo
COM A MÃO NA MASSA
Diógenes Fischer REPORTAGEM
44 Fábrica de sonhos cultura
Daiana Constantino, Geraldo Ferreira, João Batista da Silva, Leo Laps, Lucas Pavin, Thaís Moreira e Suelen Soares
sangue novo no samba
50 UMA DELÍCIA DE CIDADE gastronomia
fotografia
Leo Laps Nathalia de Geus @natpzg Museu da Imigração
Diógenes Fischer FOTO DA capa
56 DE VOLTA À ELITE esporte
Nilson Bastian/Divulgação Teatro Bolshoi REVISÃO
Lu Coelho
60 UM PREsente para a regiÃO especial
Distribuição
RIC Editora IMPRESSÃO
64 MAIS PERTO DO CIDADÃO
Coan Gráfica
grupo RIC
NO CAMINHO DO BEM
Diagramação
www.ricmais.com.br/sc/revistajoinvillee obaga Chuva no Arrozal Eduardo Vieira @eduard
JOINVILLE É l 2015
Rua Xavantes, 120, Bairro Atiradores CEP 89203-210 – Joinville/SC (47) 3419 8000
Parabéns Joinville pelos 164 anos
PNEUMAX - AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICA www.vogavedabras.com.br
(47)
3433-3556
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.Leo Laps NLeo Laps / Divulgação
editorial l índice l
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A JOINVILLE DE
NEREU MARTINELLI O PRESIDENTE DO JOINVILLE ESPORTE CLUBE FALA SOBRE OS LUGARES DA CIDADE QUE MAIS GOSTA DE FREQUENTAR NA COMPANHIA DE AMIGOS E FAMILIARES
CONVITE À CONTEMPLAÇÃO “Recomendo uma visita à Comunidade Restauração, da qual sou cofundador, ao lado do meu irmão adotivo padre Fernando Gonçalves, para qualquer pessoa que queira agradecer a Deus, receber a bênção, buscar curas. Há missas diárias e retiros espirituais também.” A Comunidade Restauração fica na Rua Guilherme Kurtz, 90, Vila Nova. (47) 3433-0833. www.comunidaderestauracao.org
O JEC NAS VITrINES “Os shopping centers são outro lugar de encontro para os joinvilenses. Gosto de frequentá-los e visitar as lojas do JEC que temos em cada um deles, onde encontro torcedores e amigos.” O Shopping Mueller fica na Rua Senador Felipe Schmidt, 235, Centro. (47) 3451 8251. O Joinville Garten Shopping fica na Av. Rolf Wiest, 333, Bom Retiro. (47) 3043 9444.
Nereu Martinelli chegou em Joinville aos 20 anos, vindo de Siderópolis, no Sul do Estado, para estudar Ciências Contábeis. Logo no ano seguinte à sua chegada, em janeiro de 1976, nascia na cidade o Joinville Esporte Clube, time pelo qual logo se apaixonaria, tornando-se torcedor assíduo nos jogos no antigo Ernestão. Mal sabia, na época, que um dia seria o presidente do tricolor, cargo que ocupa desde 2009. Menos ainda que, graças a muita competência e um punhado de sorte, levaria o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, após 28 anos de espera. Empresário bem-sucedido e muito religioso, Nereu é pai de dois filhos e cofundador de uma comunidade católica carismática em Joinville.
TORCIDA REUNIDA
ENTRE AMIGOS
LEMBRANÇAS E HISTÓRIA
“A Arena Joinville é o lugar onde o torcedor
“O Clube Viracopos é um lugar que
“Lembro de frequentar a Rua das
do JEC vive suas maiores emoções. É um
frequento há anos, apesar de dever
Palmeiras nos meus primeiros anos de
estádio que reúne a família joinvilense para
minha presença no futebol de sábado
Joinville. É uma das partes mais belas
torcer pelo nosso clube. É sempre bom vê-
à tarde. É um espaço ótimo para levar a
do centro histórico, um lugar especial
lo frequentado por famílias e crianças.”
família e confraternizar com amigos.”
para para contemplar o movimento
A Arena Joinville fica na Rua Inácio Bastos, 1084,
O Clube Viracopos fica na Rua Alex Holz, 100,
da cidade.”
Bucarein. (47) 3455 0055. www.jec.com.br
Jardim Sofia. (47) 3473 0436.
A Rua das Palmeiras fica no Centro de Joinville.
. JOINVILLE É l 2015
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.Leo Laps NDivulgação Escola Bolshoi / Divulgação Joinville Conventions Bureau
editorial l índice l
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A JOINVILLE DE
CAFEZINHO PÓS-ALMOÇO
PAVEL KAZARIAN
“A Café com Leite é uma cafeteria, mas eles servem todos os dias um almoço que eu curto muito. Além disso, é claro que eles servem um ótimo café – essencial para ficar bem ligado e voltar ao trabalho à tarde.”
RUSSO DE NASCIMENTO, O DIRETOR-GERAL DA ESCOLA BOLSHOI REVELA SEUS PROGRAMAS PREFERIDOS PARA CURTIR O DIA A DIA DA CIDADE ONDE VIVE HÁ 14 ANOS Ele chegou a Joinville em 2001 para tocar piano pela recém-inaugurada Escola Bolshoi do Brasil – sem imaginar que viria para ficar. Nascido e criado em Moscou, Pavel Kazarian sentiu falta, nos primeiros tempos, da agitação gerada pelos 15 milhões de habitantes da capital russa. Mas achou a cidade catarinense simpática e organizada, e não demorou a se acostumar. Hoje diretor-geral da única escola brasileira de uma das principais companhias de balé e
A Café com Leite Cafeteria fica na Rua Orestes Guimarães, 480, Sala 3, América. (47) 3028 9109.
QUitutes locais “Outra confeitaria da cidade que costumo frequentar bastante é a Catarina. Mas aí é para comer um pão de queijo com palmito ou um cheesecake de amora, e tomar um bom suco de laranja. O lugar passou por uma reforma recentemente e o prédio, que é bem perto de onde moro, ficou muito estiloso.” A Pães e Doces E Catarina fica na Rua Otto Boehm, 856, América. (47) 3433 8045. www.ecatarina.com.br
ópera do mundo, Pavel tem ainda uma banda, joga futebol e ama o calor, as praias e a comida brasileiras. “Além disso, adoro meu trabalho e, principalmente, as pessoas que fazem este sonho se manter realidade”, acrescenta.
POR DENTRO DO BOLSHOI
CLÁSSICOS DO ROCK
“Convido todos a fazer uma visita guiada
“Localizado na Via Gastronômica, o
e conhecer a única filial do Teatro Bolshoi
Let It Be é um pub com música ao vivo.
no Brasil. É um lugar onde crianças
Costumo tocar teclado lá com minha
“Com trilhas de fácil acesso, o Castelo
transformam suas vidas. Venha conhecer
banda, a Máfia Bardini. O lugar sempre
dos Bugres é um lugar perfeito para uma
a história do Bolshoi no país, se informar
tem uma galera legal, cerveja gelada
atividade saudável, espiritual e muito
sobre audições de novos alunos e
e muito rock’n’roll, tocando sempre
prazerosa. Lá você se sente como se
conhecer o funcionamento da instituição.”
os melhores clássicos dos anos 1950,
estivesse em um outro mundo. É um local
A Escola Bolshoi fica na Av. José Vieira, 315,
1960 e 1970.”
fantástico para refletir e relaxar.”
América. (47) 3422 4070.
O Let It Be Pub fica na Rua Visconde de Taunay,
A trilha para o Castelo dos Bugres fica na subida da
www.escolabolshoi.com.br
586, Atiradores. (47) 8832 0091.
Serra Dona Francisca, antes da Estrada Rio do Julio.
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Desbravando a natureza
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RETRATOS DE JOINVILLE Através das lentes de seus celulares, usuários do aplicativo Instagram compartilham belos flagrantes do dia a dia na cidade
Rodolfo Oliari @rodolfo_ol
André Couto @joinvilleantiga Casa
Debora Richter Cicogna
@debor_ arc Edu Antiguid
na Rua Dona Francisca
iari Estrada do Arroz
Eberson Theodoro @ebersontheo
Moinho Joinville
ades
Paulo Henrique Klein @phk_58 Arena Joinville
Ana Megda @anamegda Pirabeiraba
Mariê Balbinot @mariebalbinot SESC JOINVILLE É l 2015
Rodolfo Oliari @rodolfo_oliari Av. Juscelino Kubitschek
Adeline Meireles @dd_ meireles Casa
na Av. Getúlio Vargas
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Thaiane Fernandes @_t
haianne Ponte Coberta
(Piraí)
Eduardo Vieira @eduardobaga Vila Nova
Adriana Santos Dari @adrianasdrica Agrícola da Ilha
Paulo Henrique Klein @phk_58 Secos e Molhados o_oliari Ferrovia Rodrigo Oliari @rodrig
Adriana Santos Dari @adrianasdrica
Ponte Cober ta
Ricardo d’Arêde @aredejrf Morro do Meio André Lima @geoandrelima Chuva
Thaiane Fernandes @_thaianne Grafite
Helio Creston @cresto
Ana Megda @anamegda
Museu da Imigração
nfilho Pós-tempestade
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Ana Megda @anamegda Piraí
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entrevista l mobilidade l saúde l economia l empreendedores l cultura l gastronomia l esporte l especial l grupo RIC
CRESCIMENTO EM TEMPOS DIFÍCEIS EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, O PREFEITO UDO DÖHLER FALA SOBRE OS AVANÇOS NA GESTÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO E COMO JOINVILLE PRETENDE CRESCER EM UM ANO DE RETRAÇÃO NA ECONOMIA NACIONAL Mais asfalto, postos de saúde, leitos no Hospital Municipal São José, salas de aula climatizadas. Essas são algumas das ações a serem colocadas em prática ao longo de 2015 pela Prefeitura de Joinville. Quem afirma é o prefeito Udo Döhler, que terá de driblar o momento difícil por que passa a economia nacional para garantir a capacidade de investimento do município em todas as áreas. Segundo Döhler, também deve priorizar a votação do projeto da nova Lei de Ordenamento Territorial (LOT), que deve ser enviado à Câmara de Vereadores no começo do segundo semestre. Para saber mais o que planeja e pensa o prefeito para o desenvolvimento da cidade confira a entrevista a seguir. Que conquistas do seu governo Joinville tem para comemorar neste aniversário? Um dos avanços mais importantes ocorreu na gestão do Executivo. Migramos para uma plataforma digital e agora dispomos de ferramentas que nos permitem acompanhar em tempo real todos os processos que se passam no município. Sei onde está a execução do projeto, com quem está, qual é a demanda, a etapa seguinte. E isso vem funcionando com uma precisão
mos em média 170 dias para licenciar uma construção, por exemplo. Hoje esse prazo caiu para menos de 30 dias. O objetivo é chegar a 15 e estamos muito próximos disso. Além disso, centralizamos todos os processos licitatórios na Secretaria de Administração e isso nos permite construir os termos de referência com todo o cuidado para prevenir qualquer tipo de direcionamento.
milimétrica, além de reduzir substancialmente a burocracia e prevenir desvios de conduta. Outra ferramenta é o Sistema Eletrônico de Informação. Há mais de oito meses não assino mais decreto ou lei se não for de forma digitalizada. Ou seja: o que antes levava até uma semana hoje é instantâneo. A chance de perder informação importante não acontece mais. Esse foi um avanço significativo. Outra ferramenta é o Projeto Legal, promovido pela Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra). É uma inovação no país. Antes levávaJOINVILLE É l 2015
Pode citar um exemplo? A iluminação pública. O termo de referência apontava R$ 105 milhões e nós contratamos esse serviço por R$ 45 milhões, o que representou uma grande economia para os cofres públicos. O mesmo vale para outras áreas, como a saúde. O usuário vai ao posto com sua receita, recebe o medicamento e um bilhete onde consta o seu nome, o número do cartão SUS, o remédio que recebeu e quanto o município pagou pelo medicamento. Qualquer desvio de preço que aparecer, o usuário vai perceber na hora. Não basta a informação ser transparente, ela precisa estar visível. Isso nos permitiu uma economia de 40%. Mesmo assim a prefeitura continua com cobertor curto nas finanças... Acontece que nós herdamos um passivo trabalhoso e estamos equacio-
17 .Daiana Constantino NJaksson Zanco (PMJ)
nando ao longo do tempo. Até agora já saldamos um passivo de quase R$ 148 milhões e isso permitiu que nós pudéssemos deixar nossos fornecedores e pagamentos em dia. Quando assumimos a prefeitura havia débito de quatro anos parados. Na hora que recupero crédito, consigo comprar melhor. Nas licitações estamos cheios de empresas querendo nos prestar serviços. A capacidade de investimento da prefeitura para este ano pode ficar comprometida diante do momento de crise financeira que vive o país? Se não tivéssemos tido zelo nos dois primeiros anos estaríamos insolventes. Hoje estamos com os compromissos em dia e com o crédito recomposto. Dever cumprido até aqui. Estamos visualizando a crise e, para nós, é administrável. Acho que esse é o maior avanço.
“Se não tivéssemos tido zelo nos dois primeiros anos estaríamos insolventes. Hoje estamos com os compromissos em dia e com o crédito recomposto”
Qual foi a conquista na educação? Tivemos uma conquista invejável porque herdamos ao longo de décadas uma educação fundamental de qualidade na cidade. Temos bons professores, mas as instalações não eram adequadas. Os telhados caíam, as salas não estavam climatizadas. Reformamos 83 escolas em dois anos. A meta para este ano é climatizar todas as unidades? Todas as escolas já estão climatizadas. Mas acontece o seguinte: em uma falta o transformador e em outra tem uma instalação que precisa ser refeita. É um complemento. Além das melhorias físicas, da sexta à nona série, todos os alunos terão tablets. Todos os professores já têm notebook e as mesas digitais estão chegando. Isso ajuda a melhorar a educação. Não que essa seja a razão para termos conquistado no ano passado o prêmio nacional Professor Nota 10. A primei-
“Daqui a 30 anos a população dobra. Sem planejar a ocupação territorial podemos ter problemas maiores que os atuais” JOINVILLE É l 2015
ra colocada foi uma professora da rede pública. Também não significa que foi por isso que conquistamos o título de melhor gestão em ensino infantil. Mas ajudou. Temos o professor motivado e o aluno da mesma forma. A votação do projeto da nova Lei de Ordenamento Territorial na Câmara de Vereadores será prioridade em 2015? Nós estamos há quase quatro anos discutindo a Lei de Ordenamento Territorial. Nós precisamos saber onde vão ser construídas as quase 10 mil casas para acomodar famílias que vivem em loteamentos irregulares, saber onde vão ser instaladas as indústrias, como vai se distribuir o trânsito e como vai ser a ocupação futura do município. Porque daqui a 30 anos a população da cidade dobra. Se não fizermos esse planejamento podemos ter problemas maiores que os atuais. E quais são os planos da prefeitura para a pavimentação de ruas e outras obras de mobilidade urbana? Recentemente assinamos a ordem de serviço para pavimentar a Rua Tenente Antônio João, antiga reivindicação da Zona Norte da cidade. Também vamos investir R$ 20 milhões, financiados pelo Badesc. Dentro do sistema viário assinamos um financiamento de R$ 105 milhões com a Caixa Econômica Federal para os corredores de ônibus. Serão 56 quilômetros de corredores exclusivos. O corredor contempla toda a rua, implanta a via exclusiva, pavimenta, faz o passeio e mais a ciclovia. Esperamos ainda para este ano que as obras possam começar. A primeira ação será a construção do terminal de integração, na Zona Norte. Paralelamente construiremos mais três pontes: uma no Centro e duas no Bairro Guanabara.
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mobilidade l saúde l economia l empreendedores l cultura l gastronomia l esporte l especial l grupo RIC
novos rumos para AS RUAS CONHEÇA AS PROPOSTAS DO PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA, ELABORADO APÓS UMA SÉRIE DE CONSULTAS PÚBLICAS E QUE ESTE MÊS CHEGA À CÂMARA DE VEREADORES PARA APROVAÇÃO
O jeito como Joinville vai andar nos próximos 15 anos está sendo definido no Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob), desenvolvido desde o ano passado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj) e que chega neste mês de março na reta final para encaminhamento à Câmara de Vereadores. O plano define um conjunto
de políticas públicas de mobilidade para melhorar as condições de locomoção e transporte urbano, com base em indicadores e metas tendo o ano de 2030 como horizonte. As propostas foram levantadas em uma série de consultas públicas e discussões de grupos temáticos em 2014. A partir dos debates e de dados colhidos em pesquisas, formulou-se o texto principal do plano, já diJOINVILLE É l 2015
vulgado para a comunidade avaliar. Antes de seguir para aprovação no Legislativo, o plano passa ainda por uma audiência pública final. O objetivo é transformar o projeto em lei até abril, prazo dado pelo Governo Federal para que os municípios se enquadrem na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Caso contrário, perdem acesso a financiamentos federais para ações em mobilidade.
19 .João Batista da Silva NLeo Laps
Priorizar o transporte coletivo sobre o uso de veículos particulares é um dos objetivos estratégicos do PlanMob
De acordo com Vladimir Constante, presidente da Fundação Ippuj, Joinville está entre os poucos municípios com os trabalhos dentro do cronograma. A fase de levantamento de propostas começou em meados de 2014, com a realização de oito reuniões nas regiões de abrangência das subprefeituras. As discussões serviram para conhecer os problemas enfrentados pela população e
elencar as prioridades de ação. As necessidades foram organizadas em eixos temáticos, posteriormente abordados em grupos técnicos de trabalho, com a participação de especialistas. A consolidação de dados e informações resultou no texto-base do projeto. Para Constante, o próprio processo de construção do plano foi um aprendizado importante. “Esse modelo é recente. Ele deixou de ser um plano totalmente técnico e passou a ter participação popular. As consultas e as pesquisas foram muito mais amplas que em um procedimento normal de planejamento”, observa. A organização do plano contou com consultoria do Instituto Embarq Brasil, professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e representantes de grupos como taxistas e ciclistas. “Na segunda metade do trabalho, que foi uma parte mais técnica, também tivemos boas colaborações. Fizemos uma parceria muito boa com a Embarq, que trouxe as experiências e boas práticas de cidades que trabalham com a mobilidade sustentável. Acho que conseguiremos um produto muito bom”, avalia Constante. Além de apontar melhorias no sistema de transporte, priorizando o uso do ônibus e de meios não-motorizados de locomoção, uma das novidades do plano foi a definição de propostas para custeio de projetos. “O financiamento da mobilidade é uma coisa importantíssima. Não adianta projetar as coisas e depois elas não saírem do papel”, ressalta Constante. Outro ponto de destaque foi o levantamento de indicadores, que vão guiar os rumos do plano ao longo do tempo. “Se as ações previstas não estiverem alcançando os indicadores esperados, teremos que readequar o plano”, diz o presidente do Ippuj. JOINVILLE É l 2015
METAS DO PLANMOB Transporte a pé
• Criar espaços qualificados e prioritários para os pedestres.
• Atingir 50% dos deslocamentos. • Aumentar o índice de caminhabilidade de 4,5 para 7,5.
Transporte de bicicleta
• Retomar índices históricos de deslocamentos por bicicleta, alcançando a representatividade de 20%.
• Implantar 730 km de rede cicloviária.
Transporte coletivo
• Implantação de sistema intermodal, com 80 km de faixas exclusivas.
• Bicicletários nas estações. • Alcance de 40% dos deslocamentos até 2030.
Circulação nas áreas centrais
• Requalificação urbana da região central, com a restrição de automóveis e criação de espaços qualificados para pedestres, ciclistas e transporte coletivo.
Financiamento
• Criar mecanismos de arrecadação para oferecer mobilidade urbana de qualidade e eficiente, garantindo infraestrutura adequada para todos os modais.
Mobilidade regional
• Considerar os transportes de passageiros e de cargas nos modos ferroviário, aquaviário, aéreo e rodoviário como elementos de integração regional socioeconômica.
Ordenamento territorial
• Gestão integrada do uso e ocupação do solo e dos meios de transporte para que os cidadãos não precisem percorrer longos percursos.
20
NLeo Laps
A questão principal que se sobressaiu nas discussões foi a ineficiência do sistema de transporte coletivo e a falta de priorização desta modalidade. Para resolver o problema, foram sugeridas medidas a serem aplicadas a curto e médio prazos. Em até cinco anos, a cidade deverá ter integração intermodal (transporte a pé, de bicicleta e de ônibus) e melhorias na infraestrutura de transporte, como a ampliação dos corredores de ônibus e a criação de novos itinerários. Em dez anos, a proposta é por ações em educação para o trânsito, redução de estacionamentos nas vias públicas e aumento do número de agentes de fiscalização. Por último, em 15 anos, o objetivo é ter uma reformulação total do sistema viário, com qualificação das vias, dos veículos de transporte coletivo e dos abrigos, ampla rede de corredores de ônibus, estruturação da malha cicloviária e restrição de veículos na área central. Dessa forma, a prefeitura pretende reduzir o uso do transporte individual na cidade. A meta até 2030 é passar dos atuais 40,49% para 20% da população usando carro ou moto. Por outro lado, está previsto um au-
Investimento em transporte alternativo, como a expansão da rede de ciclofaixas, é uma demanda da população
mento na utilização de ônibus (de 25,27% para 40%) e no uso de bicicletas (de 11% para 20%). As primeiras ações já estão em andamento. Em janeiro, foi assinado contrato de R$ 105 milhões para implantação de 55 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus nos principais eixos viários, além de construção de bicicletários e melhorias em calçadas, pontos de ônibus e ciclovias. Segundo Clailton Breis, gerente de Integração Comunitária
Entre as melhorias previstas pelo plano está o alargamento de calçadas para facilitar a locomoção de pedestres JOINVILLE É l 2015
e Desenvolvimento Sustentável do Ippuj, as consultas populares realizadas durante a elaboração do Plano de Mobilidade reforçaram a necessidade de mais investimentos no transporte público. “A população já tem essa consciência e sabe que o transporte individual é um complicador no contexto geral da mobilidade urbana em Joinville. Nós percebemos que realmente as pessoas querem melhor qualidade do transporte público e que se invista mais no transporte alternativo, como ciclovias e ciclofaixas.” Em função da participação popular, Breis considera que o plano representa o extrato das principais demandas de mobilidade do município e deve se tornar referência para outras cidades do Estado e do país elaborarem suas próprias estratégias. “Foi um processo muito bem conduzido. A participação popular foi fundamental para que pudéssemos ter todos os dados, trazendo a realidade das pessoas que utilizam os diversos modais e nos permitindo construir essa proposta no contexto de uma mobilidade urbana sustentável.”
Univille, 50 anos de história e vida
Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que a cidade das flores, dos príncipes e das bicicletas também escolheu ser a cidade do conhecimento. O exato momento em que a força da comunidade trouxe o primeiro curso superior para o norte do estado, o curso de Ciências Econômicas. E com o vigor desse povo, que, em cada uma de minhas salas de aula, busca as suas próprias verdades, eu me reinvento e me renovo, todas as horas, todos os dias, há 50 anos.
Mais de 50 anos de história para contar. Mais de 50 anos de futuro para viver.
TODAS AS HORAS.
TODOS OS DIAS. Há 50 anos.
50 anos de Univille: confira a programação completa dos eventos em comemore.univille.br
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Ainda este ano o Hospital Infantil Jeser Amarante Faria terá sua UTI neonatal ampliada de sete para 20 leitos, desafogando o atendimento na Maternidade Darcy Vargas
MAIS ESPAÇO PARA ATENDER AMPLIAÇÕES EM DIVERSAS UNIDADES DE SAÚDE AUMENTAM A CAPACIDADE DE ATENDIMENTO À POPULAÇÃO DE JOINVILLE E REGIÃO
O ano de 2015 começou com o anúncio de novos investimentos na área da saúde pública em Joinville para qualificar o atendimento e melhorar as condições de infraestrutura das unidades. Um dos principais projetos está em execução desde janeiro no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, que recebe obras para ampliação da UTI (Unidade de JOINVILLE É l 2015
Terapia Intensiva) neonatal e para implantação do setor de psiquiatria infantil. Será a primeira ala psiquiátrica no Estado voltada exclusivamente para o tratamento de crianças e jovens até 17 anos. Uma terceira frente de trabalho ainda envolve a reforma no prédio, com melhorias na cobertura, troca das pastilhas do revestimento
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exterior, elevador de emergência e isolamento acústico da casa de máquinas. No total, serão investidos R$ 13 milhões em obras no hospital. As intervenções têm prazo de conclusão de oito meses para a nova UTI neonatal, 11 meses para o setor psiquiátrico e um ano e meio para as adequações gerais. De acordo com a diretora-executiva do hospital, Estela Mari Galvan Cuchi, com os investimentos a unidade vai ampliar os atendimentos de alta complexidade. A construção de uma ala psiquiátrica exclusiva para crianças era uma exigência do Ministério Público desde 2009. “É um passo importantíssimo na saúde catarinense. Será o único serviço que vai atender psiquiatria infanto-juvenil no Estado.” Atualmente, o hospital conta com quatro leitos psiquiátricos. O novo setor vai ocupar área de duas alas de internação e ganhará 10 novos leitos, totalizando 14 com os já existentes. “A população desassistida nesta área terá um centro de referência, estruturado conforme as exigências do Ministério da Saúde para esse tipo de tratamento”, avalia Estela. Além
Estela: nova ala psiquiátrica do Hospital Infantil terá 14 leitos e será a primeira do gênero em Santa Catarina
dos leitos, o serviço contempla quadra de esportes, academia ao ar livre e jardim terapêutico. Os pacientes terão várias atividades durante o dia, acompanhados por uma equipe multidisciplinar. Outro importante avanço é a abertura de novos leitos da UTI neonatal. O hospital vai passar de sete para 20 leitos, quase triplicando a ca-
Silva, do Hospital São José: novo ambulatório de oncologia dará mais conforto para pacientes, familiares e equipe
JOINVILLE É l 2015
pacidade de atendimento. Conforme Estela, a ampliação vai evitar transtornos com transferências de pacientes para outras unidades quando não há leitos disponíveis. “Hoje faltam leitos de UTI neonatal em Santa Catarina. Então passaremos a receber pacientes do Estado todo, desafogando a Maternidade Darcy Vargas. Para nós é um passo muito grande no aumento da nossa complexidade.” Na rede municipal, a prefeitura também está investindo em infraestrutura. Em janeiro, o município assinou contrato de R$ 4,9 milhões com a Caixa Econômica Federal para construção de um novo prédio no Hospital Municipal São José. Será uma estrutura de apoio que vai abrigar, em cinco andares, os setores de farmácia, almoxarifado médico-hospitalar e serviço de nutrição e dietética, que hoje funcionam em espaços defasados da unidade. A expectativa é que as obras comecem no segundo semestre de 2015. A fase atual é de elaboração do projeto executivo para lançar o edital de licitação. O novo prédio será erguido em terreno usa-
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NLeo Laps / Jaksson Zanco (Divulgação)
do como estacionamento ao lado do hospital. A partir da ordem de serviço, a previsão é que os trabalhos sejam concluídos em um ano e meio. O novo prédio terá quatro vezes mais espaço e será projetado visando o aumento da demanda do hospital. A secretária de Saúde, Larissa Brandão do Nascimento, observa que a readequação dos serviços é fundamental para o hospital ter condições de ampliar o atendimento. “Tendo essa área bem estruturada, futuramente nós poderemos pensar, com tranquilidade, em ampliar leitos no hospital. Com o novo prédio, o São José vai estar tranquilo pelos próximos 20 anos em relação aos serviços de apoio. Poderemos pensar em crescer outras estruturas”, comenta Larissa. Enquanto as obras do novo prédio não começam, o São José vem passando por reformas em seu ambulatório de oncologia. O serviço de ampliação, custeado por um empresário da região, começou no fim de 2014. A primeira etapa – ampliação do prédio – fica pronta no segundo semestre deste ano. Além de modernizar a estrutura, as melhorias ampliarão a capacidade de atendimento, passando de oito poltronas e seis leitos para 21 poltronas e nove leitos. Os consultórios serão ampliados de cinco para 12 e a recepção ganhará espaço mais adequado. Segundo o diretor-executivo do hospital, Carlos Alexandre da Silva, o ambulatório estará dimensionado para os próximos dez anos. “O tratamento existe hoje, mas a gente vai dar mais conforto para o paciente, para o familiar e para a equipe envolvida. Será um benefício coletivo”, afirma Silva. As ações do município contemplam também a rede básica de saúde. No Posto de Atendimento Médico (PAM) do Bairro Bucarein, o espaço
Este ano começam também as obras de um prédio de cinco andares para ampliar a capacidade do São José
onde funciona o serviço para diagnóstico e tratamento de câncer de colo de útero vai passar por reforma e ampliação, com investimento de R$ 116 mil. Já no Distrito de Pirabeiraba, a Unidade Básica de Saúde da região ganhou sede própria no início do ano. A estrutura de R$ 1,1 milhão
Larissa: “Com o novo prédio, o São José estará tranquilo pelos próximos 20 anos em relação aos serviços de apoio e pronto para abrir novos leitos”
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terá um serviço inédito no município com a implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), a partir de abril. “Reunimos especialistas de outras áreas (ginecologia, educação física, psicologia, fonoaudiologia e nutrição) para dar apoio à equipe do Programa Saúde da Família. O objetivo é acabar com as filas e evitar que as pessoas migrem para outras regiões para fazer uma consulta com especialista”, diz a secretária municipal de Saúde. A prefeitura ainda tem obras em andamento para entrega de seis novos postos nos bairros Vila Nova, Rio da Prata, Aventureiro, São Marcos, Ulysses Guimarães e Morro do Meio. Serão investidos quase R$ 5 milhões na construção das unidades, que devem ser concluídas entre abril e setembro. Para outras seis unidades estão previstas reformas. Em março, a Secretaria de Saúde lança a licitação para reforma e ampliação do PA (Pronto-Atendimento) Sul. O projeto é de R$ 4,6 milhões. “Infraestrutura é algo fundamental para que os serviços funcionem bem”, conclui Larissa.
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DE JOINVILLE PARA O MUNDO com o câmbio favorável e investindo em competitividade, a indústria JOINVILENSE COMEÇA A RESGATAr sua VOCAÇÃO exportadora
Ostentando o título de maior polo industrial de Santa Catarina e um dos principais do Sul do Brasil, Joinville construiu sua trajetória com base em um vigoroso modelo de desenvolvimento econômico, de clara vocação exportadora. Com um parque fabril diversificado e dinâmico, onde se destacam os segmentos de metalurgia, máquinas e equipamentos, material elétrico e autopeças, o município conta com empresas de pequeno e médio porte totalmente preparadas para explorar as oportunidades abertas no mercado externo. Embora os números de 2014 apontem uma queda de 13,6% no volume de vendas para o exterior em relação ao ano anterior, Joinville continua sendo uma das líderes no
ranking dos principais municípios exportadores de Santa Catarina. Do total de US$ 8,987 bilhões vendidos pelo Estado a outros países no ano passado, US$ 1,272 bilhão – o equivalente a 14% – foram produzidos na cidade. Os destaques entre os exportadores locais são a Tupy e a Whirlpool, players globais que, juntos, exportaram no ano passado US$ 948 milhões – o equivalente a 74% das vendas externas do município. Mesmo com a atuação de empresas com forte presença internacional, o recuo das exportações observado em 2014 não constitui um fato isolado. Nos últimos cinco anos as vendas de Joinville para o exterior vêm em uma curva declinante, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, InJOINVILLE É l 2015
dústria e Comércio. Na avaliação do presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), João Joaquim Martinelli, diversos fatores causaram este cenário: do corte de estímulos fiscais a exportadores até a redução das linhas de crédito para o setor. Ele cita especificamente a questão cambial, com o real artificialmente valorizado diante do dólar, como decisiva para a queda nas vendas para o exterior. “Tivemos sérios problemas com o câmbio e exportar passou a ser visto como prejuízo anunciado”, avalia o presidente da ACIJ, observando que muitas empresas tiveram que repensar suas estratégias e se voltar para o mercado interno. A boa notícia é que o cenário atual é amplamente favorável à reversão
29 .Geraldo Ferreira NDivulgação
Com US$ 478 milhões em vendas para o exterior, a Tupy foi a empresa joinvilense que mais exportou em 2014
deste quadro. A expectativa é de que os novos investimentos do setor privado e a leve recuperação das economias norte-americana e europeia, aliados à retração da economia brasileira e à alta do dólar contribuam para melhorar o desempenho do segmento exportador em 2015. “Nos últimos três anos observamos uma recuperação do câmbio e as empresas já começaram a reverter algumas perdas que vinham tendo com o real artificialmente valorizado”, aponta o presidente da ACIJ. De olho na expansão do mercado internacional, algumas indústrias de Joinville vêm investindo na ampliação de seus parques fabris. É o caso da Franke, fabricante de produtos para cozinha de alto padrão, que
inaugura este mês sua nova unidade no Distrito Industrial. Com área construída de 16,4 mil m2, a nova sede unificará as operações da empresa no Brasil e exigiu recursos da ordem de R$ 30 milhões. Com expectativa de ampliar em 20% a produção e o faturamento, a Franke aposta no lançamento de novos produtos e na ampliação das vendas para o mercado externo em 2015. “Hoje as exportações representam pouco menos de 10% no nosso negócio, porém com forte prospecção para crescer este ano”, afirma o diretor de marketing Fábio Boulos. A empresa vem apostando em diversos países da América Latina, com ênfase nos mercados do Chile e da Colômbia. Para o executivo, apesar JOINVILLE É l 2015
do cenário macroeconômico negativo, as perspectivas são boas para a Franke. “Iniciamos o ano operando na nova unidade fabril de Joinville e isso nos abre muito espaço para crescer no Brasil e em outros países da América Latina”, afirma. Outro fator importante para sustentar o otimismo do setor exportador é o fato de um número cada vez maior de empresas joinvilenses estar disputando espaço no mercado global. Do total de 157 companhias exportadoras em 2012, Joinville passou a ter 171 em 2013, número que pulou para 177 em 2014. Tal perspectiva é favorável sobretudo às empresas de menor porte. A presidente da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa
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Boulos, da Franke: com a expansão da estrutura fabril, a fabricante de móveis para cozinha quer aumentar as vendas para países da América Latina, como Chile e Colômbia
(Ajorpeme), Silvana Fioravanti, estima em no máximo 2% o número de médias e pequenas empresas do município que conseguem exportar seus produtos. Entretanto, ela avalia que as atuais circunstâncias da economia servirão de estímulo à busca de novos mercados. “Diante do atual momento do país e com a valorização do dólar, a busca de mercados externos acaba sendo uma opção importante, até porque já se observa uma recuperação das economias dos EUA e da China. Além disso, a América Latina é um mercado muito promissor”, ressalta Silvana. Empresa de médio porte que atua no segmento siderúrgico, a Coretrans é uma das joinvilenses que conseguiu perceber estas oportunidades e fechou 2014 exportando 30% de sua produção, principalmente para os países asiáticos. “De modo geral, podemos avaliar que foi um ano positivo”, resume Aldo Klöppel, sócio-administrador da empresa. Segundo ele, a valorização do dólar é
um fator de otimismo e deverá favorecer os negócios em 2015. Por outro lado, o empresário aponta as quedas dos preços e dos volumes negociados como importantes obstáculos a superar ao longo do ano.
Silvana: cenário atual é favorável para as médias e pequenas empresas que forem capazes de buscar novos clientes e novos mercados no exterior
JOINVILLE É l 2015
Para alcançar a posição de destaque que hoje ocupa na economia nacional – foi o 37º principal município no ranking de vendas externas do país em 2014 –, Joinville desenvolveu uma forte cultura exportadora desde sua colonização. Segundo a professora Isa de Oliveira Rocha, coordenadora do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional do Centro de Ciências Humanas e da Educação da Udesc, já nos fins do século 19, até meados do século 20, a cidade comercializava com outros estados do Brasil e outros países produtos como madeira e erva-mate. “Foi justamente a logística necessária para viabilizar o transporte por longas distâncias dessas cargas que resultou na formação de um parque industrial com base na metalurgia para atender às necessidades dos transportadores”, observa a professora. E é na logística que está outro desafio para ampliar a competitividade das exportações joinvilenses.
31 NLeo Laps / Divulgação / Marco Santiago (Arquivo ND) / Rogério da Silva (Divulgação)
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Jalmei José Duarte, o principal problema é a situação da malha rodoviária, incapaz de atender às necessidades do setor privado. “A BR-101, mesmo com seu trecho duplicado, já está sobrecarregada, e isso atinge os portos e, consequentemente, as empresas”, ressalta. Quanto à estrutura portuária em si, ele vê como satisfatória para a demanda catarinense. Segundo Duarte, os portos mais utilizados pelos exportadores joinvilenses são os complexos Itajaí/Navegantes (63%) e São Francisco do Sul/Itapoá (33%). “Temos, em um raio de 80 km, quatro portos à disposição, e eles estão entre os oito mais eficientes do Brasil. Todos recebem investimentos, são muito competitivos, e isso ajuda nossas empresas.” Sétimo maior porto do país e segundo maior movimentador de carga não conteinerizada, o terminal de São Francisco do Sul movimentou no ano passado cerca de 13,3 milhões de toneladas, das quais 7,8 milhões (59%) correspondem a exportações. O volume foi 2% superior ao regis-
A estrutura portuária disponível é adequada, mas a região ainda precisa melhorar muito o acesso aos portos
trado no ano anterior e configura um novo recorde operacional. Situado a 40 km de Joinville, o terminal tem rápida ligação com a BR-101 através da BR-280 e este ano receberá investimentos para ampliar sua capacidade operacional. Segundo o administrador do porto, Paulo César Corsi, somente no primeiro trimestre serão aplicados R$ 10,5 milhões em melhorias na se-
Ampliação do terminal de cargas do aeroporto de Joinville é mais uma alternativa para escoar a produção
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gurança e no controle do acesso ao local. Entre as ações previstas estão a implantação de um sistema de monitoramento por câmeras e controle de acessos. Além disso, a iluminação da área do terminal ganhará um reforço com a aquisição de uma subestação de energia própria. O presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), João Joaquim Martinelli, ressalta, no entanto, a necessidade urgente de melhorias na rodovia de acesso ao terminal. “O acesso ao Porto de São Francisco está comprometido e o problema é que não há data prevista para a duplicação da BR-280”, alerta. Outra novidade na área de infraestrutura são as obras para transformar o aeroporto de Joinville em um importante canal para escoamento de exportações. Segundo o secretário Duarte, o plano diretor do terminal projeta para os próximos anos a ampliação do terminal de cargas dos atuais 700 m2 para 32 mil m 2, incluindo galpões industriais. “Hoje a participação do aeroporto nas exportações da cidade é de apenas 4%. Queremos que ele tenha maior par-
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NRogério da Silva (Divulgação) / Julio Cavalheiro (Divulgação)
Representantes das indústrias alemãs estão trabalhando em conjunto com a CNI e o poder público local na organização do 33o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que acontece no mês de setembro em Joinville
ticipação na economia joinvilense”, explica o secretário. Enquanto as obras não vêm, outros caminhos vêm sendo usados pelas indústrias locais para facilitar o acesso dos seus produtos ao mercado externo. Em setembro, a cidade sediará um dos mais importantes eventos na área do comércio exterior brasileiro. Trata-se da 33ª edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que reunirá entre os dias 20 e 22 cerca de 1,5 mil pessoas, incluindo lideranças políticas e empresariais de ambos os países, que discutirão os rumos dos negócios bilaterais entre as duas nações. A intenção este ano é ampliar o espaço das empresas de pequeno e médio portes, que têm forte presença tanto na economia brasileira quanto na alemã. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Bundes Deutsche Industrie (BDI), a federação das indústrias alemã, o encontro tem entre seus objetivos analisar a conjuntura das relações comerciais entre os dois países, incrementar negócios e estreitar laços entre empresários brasileiros e ale-
mães. “Teremos seminários, apresentações e rodadas de negócios, onde diferentes parceiros ficam frente a frente para discutir suas dificuldades e conquistas”, detalha o secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Vieira. Ele afirma que há grande expectativa quanto à pre-
Vieira: encontro reunirá lideranças dos dois países para gerar oportunidades e discutir os rumos dos negócios bilaterais entre o Brasil e a Alemanha
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sença da primeira-ministra alemã Angela Merkel. Ela tem uma viagem programada ao Brasil em agosto e há uma movimentação diplomática no sentido de conciliar as agendas. “A ideia seria transferir esta visita de agosto para setembro, conciliando-a com a cerimônia de abertura ou de fechamento do encontro”, explica. O encontro é anual e ocorre de forma alternada entre os dois países. Em 2014, foi realizado em Hamburgo, e, no ano anterior, em São Paulo. Esta será a terceira vez que Santa Catarina sediará o evento – a primeira foi em Florianópolis, em 1994, e a segunda em Blumenau, em 2007. De acordo com Carlos Adauto, a escolha de Joinville para sediar o evento se deve ao fato de ser um dos mais expressivos polos econômicos do país, sediando diversas empresas líderes em seu segmento. “Mas ela foi escolhida também por guardar uma identidade cultural muito forte com a Alemanha, terra de origem dos imigrantes que fundaram a cidade”, destaca. No âmbito interno, a importância do encontro se deve tanto ao potencial de negócios que se abre a empresários dos dois países quanto à relevância da Alemanha para o fluxo do comércio exterior nacional. O país europeu é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, com movimentação de US$ 20,4 bilhões (US$ 13,8 bilhões em importações e US$ 8,6 bilhões em exportações), atrás apenas de China, Estados Unidos e Argentina. Os dados são de 2014. Em nível estadual, o mercado alemão adquiriu no ano passado US$ 282 milhões em produtos catarinenses, dos quais US$ 31 milhões saíram de Joinville. No mesmo período, o Estado importou US$ 1,02 bilhão em itens provenientes da Alemanha, dos quais US$ 447 milhões tiveram como destino Joinville.
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Considerado uma área nobre de Joinville, o Bairro Atiradores tem um dos mercados imobiliários mais aquecidos da cidade
OTIMISMO IMOBILIáRIo MESMO DIANTE DO AUMENTO NAS TAXAS DE JUROS PARA FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS, MERCADO LOCAL PROJETA UM ANO DE CRESCIMENTO E NOVOS LANÇAMENTOS JOINVILLE É l 2015
Os empresários da construção civil e do setor imobiliário em Joinville começaram 2015 otimistas e com a expectativa de crescimento para o mercado local, apesar das dificuldades impostas pelo atual cenário econômico do país. No início do ano, por exemplo, a Caixa Econômica Federal anunciou um aumento na taxa de juros dos financiamentos imobiliários contratados com recursos da poupança, chegando a 11% pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) para os não-clientes do banco. Já o Comitê de Política Monetária (Co-
35 .Thaís Moreira NLeo Laps / Divulgação Sinduscon
pom) do Governo Federal decidiu em janeiro elevar os juros básicos da economia de 11,75% para 12,25% ao ano. “Com essas novas medidas do Governo e mais aumento de impostos, combustível, energia e outros temos que ser mais cautelosos quando se trata de novos lançamentos”, pondera Vanderlei Buffon, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (Sinduscon). Contudo, ele ressalta que a cidade está em desenvolvimento e há expectativa de que sejam abertas novas fábricas tanto em Joinville quanto nos municípios vizinhos. Com a vinda de mão de obra de outras regiões, o mercado para venda e aluguel de imóveis tende a aquecer. O presidente do Sinduscon lembra ainda que a evolução do perfil imobiliário da cidade tem trazido resultados bastante positivos, como demonstrou o estudo feito pela consultoria Bureau de Inteligência Corporativa (Brain) e divulgado pelo Sinduscon em dezembro de 2014. “Com os resultados obtidos no último ano, o empresariado do setor está otimista para 2015, com previsões de um considerável número de lançamentos imobiliários na cidade”, garante Buffon. Segundo a pesquisa, a região central continua sendo a mais valorizada na cidade. Além do Centro, bairros como o Atiradores, Glória e América também estão inclusos na lista. O presidente do Sinduscon afirma que o metro quadrado de um apartamento de três quartos no Bairro Atiradores chega a valer R$ 5,3 mil. Em comparação, o preço médio do metro quadrado de um imóvel no Bairro Costa e Silva, na Zona Oeste da cidade, não passa de R$ 3,1 mil. “Uma diferença de aproximadamente 60% entre os produtos analisados”, destaca o presidente do Sinduscon.
O Centro e os bairros vizinhos formam a região com o metro quadrado mais valorizado, segundo o Sinduscon
Jorge Arnaldo Laureano, presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi Norte-SC), compartilha das previsões otimistas para o setor. “Ainda continua sendo um bom momento para o mercado imobiliário. Imóvel é um investimento seguro. Você compra, vende, pode
Buffon: mão de obra atraída pelas novas indústrias vai fomentar o mercado de venda e aluguel em 2015
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investir e ele não perde valor”, observa. Além dos bairros destacados anteriormente, ele aponta o grande potencial de crescimento da Zona Sul de Joinville. “Trata-se de uma área em constante crescimento devido à proximidade com as fábricas da GM e da BMW na BR-101, em Araquari. Enquanto a Zona Norte vem se desvalorizando, a parte sul da cidade tende a crescer.” Segundo Laureano, a maior parte dos compradores no mercado local hoje em dia é de pessoas entre 25 e 38 anos, vindas de outras cidades para trabalhar na região. O presidente do Secovi detalha que esses clientes estão, em sua maioria, buscando adquirir seu primeiro imóvel, normalmente com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Para Rúbia Tânia Welter, delegada do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci) em Joinville, este deve ser o perfil da maioria dos novos empreendimentos imobiliários lançados na cidade este ano. “Ou seja: apartamentos menores, de um ou dois quartos, com valor médio de R$ 230
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NLeo Laps
mil”, completa Rúbia. Ela considera que o mercado passa hoje por um período de adaptação. “Nosso mercado é muito dinâmico e continuará se ajustando de acordo com a nossa economia não só aqui em Joinville, mas em todo o país.” Entretanto, a delegada regional do Creci aposta que o aumento das taxas de juros não vai afetar significativamente os financiamentos. “O mercado continuará da mesma forma tanto para a locação quanto para as vendas. As pessoas que querem sua casa própria continuarão a perseguir o seu sonho provavelmente com alguns ajustes, mas não vão desistir.” No que depender do Governo Federal, dois novos empreendimentos imobiliários estão garantidos para este ano em Joinville. Com 4.231 unidades, sendo 3.680 apartamentos e 551 casas, o residencial José de Alencar será erguido na Zona Sul, no Bairro Ulysses Guimarães, próximo ao loteamento José Loureiro. Será o segundo maior condomínio financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida em todo o país, com capacidade para cerca de 17 mil novos
Laureano: maioria dos compradores tem entre 25 e 38 anos e vem de outras cidades para trabalhar na região
moradores – o que vai quase triplicar a população atual do bairro, que é de 10 mil habitantes. Conforme a Secretaria de Habitação, as obras devem começar tão logo a construtora Città, de São José dos Pinhais (PR), receba as licenças ambientais necessárias para contratação junto à CEF. Depois, será preciso aguardar o alvará de execução da obra emitido pela Secre-
Rúbia: mercado deve focar em apartamentos menores, de um ou dois quartos, com valor médio de R$ 230 mil
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taria Municipal de Meio Ambiente. A expectativa é de que o residencial comece a ser construído ainda neste primeiro semestre. Só então será possível elaborar um cronograma de entrega gradativa dos imóveis. Além das moradias, o projeto de R$ 300 milhões prevê a instalação de quatro creches, três escolas, dois postos de saúde, um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e um posto policial no entorno do condomínio. Outro residencial em fase de construção na Zona Sul, no Bairro Paranaguamirim, é o João Balício. Orçado em torno de R$ 6 milhões, o empreendimento terá 100 apartamentos destinados às famílias com renda até três salários mínimos, e tem previsão de ser entregue em junho. Porém, mesmo com os lançamentos anunciados, a secretaria afirma que o déficit habitacional no município vai continuar. Em 2015 estão previstas as inscrições de mais de 2 mil famílias no Minha Casa Minha Vida. Hoje são cerca de 11.500, mas nem todas preenchem os critérios da faixa 1, cuja renda que limita o acesso ao sorteio é de R$ 1,6 mil.
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Karollynne Pereira
talento artesanal
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Há pouco mais de dois anos, a joinvilense Karollynne Pereira, de 27 anos, resolveu transformar o hobby que a acompanhava desde os tempos de criança em um próspero negócio. Foi quando fundou, com o apoio da mãe e a companhia de dois cachorros e cinco gatos, a Karoles Arte em Tecido, empresa especializada na produção artesanal – e totalmente personalizada – de lembrancinhas e enfeites para casamentos, comunhões, aniversários e outras datas especiais. Desde então, a Karoles Arte em Tecido já acumula mais de 17 mil fãs no Facebook (sem grandes investimentos) e vende para todo o Brasil e até para o exterior: Japão, Canadá, EUA e Áustria são alguns dos destinos para os quais já enviou seus trabalhos. Muitos conhecem a empresa por meio do blog onde Karollynne posta seus trabalhos e dá dicas para quem também quer produzir artesanato. Cada pedido é enviado acompanhado por uma cartinha escrita pela própria artesã – um pequeno agrado que conquista todo cliente. Ainda aprendendo a driblar os obstáculos e aperfeiçoar a disciplina e o planejamento necessários para o exercício do microempreendedorismo, Karollynne acredita que o cuidado especial com cada peça que produz é o segredo do sucesso do seu negócio. “Já pensei em contratar gente para aumentar a produção, mas gosto de estar envolvida em cada detalhe, e é difícil encontrar alguém que se dedique como eu espero. Só minha mãe mesmo”, admite a exigente empresária. Paralelo ao crescimento do empreendimento, Karollynne não abandona outro sonho, que foi crescendo durante o período em que estudou Psicologia, curso em que se formou em 2011. “Estou estudando agora Terapia Ocupacional, e quero ainda tentar juntar esses conhecimentos acadêmicos com a arte, e trabalhar com crianças com necessidades especiais”, projeta.
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Desde os tempos de faculdade (o que não faz tanto tempo assim), os amigos e colegas de Ciência da Computação Tiago Brandes, Celso Tonelli e Rafael Trapp compartilhavam um desejo cada vez mais comum entre jovens criativos: ter seu próprio negócio. No começo, no entanto, não havia boas ideias. Até que a inspiração surgiu quando perceberam a dificuldade que o pai de Celso, um representante comercial do ramo de instrumentos musicais, vivenciava para organizar as vendas de sua equipe. O trio investiu seus conhecimentos e tempo livre, largou seus empregos e criou o aplicativo Meus Pedidos, uma ferramenta que leva para o mundo digital aqueles pesados catálogos impressos e a papelada dos blocos de pedidos. “Sair dos nossos empregos foi puxado, não tínhamos capital para investir. Tivemos um sacrifício financeiro muito grande, mas que agora está compensando. Não tem como voltar atrás”, afirma Tiago, que aos 29 anos já prevê um crescimento forte para a empresa fundada em 2011. O plano é aumentar a clientela atual, de 3 mil empresas e representantes autônomos, para 10 mil. Com 17 funcionários atualmente, sonha junto com os amigos em ter 50 pessoas trabalhando na nova sede da empresa, no Bairro Glória. “Queremos investir nas áreas de marketing e comercial para ficarmos conhecidos no Brasil inteiro”, revela o empreendedor. Em setembro do ano passado, Tiago e seus sócios visitaram o Vale do Silício a convite do Sebrae, depois de terem participado de um programa da entidade, o Startup SC. Lá, conheceram tendências e fizeram contatos com profissionais e empreendedores do ramo. Contatos que, eles esperam, se transformarão em investimentos para a Meus Pedidos. “Foi uma experiência muito interessante e que pode ser muito importante para a empresa”, antecipa.
Tiago Brandes
O FIM DA PAPELADA JOINVILLE É l 2015
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Ricardo Consentino
COM A MãO NA MASSA
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Sempre sonhou em preparar receitas deliciosas, dessas que vemos nos livros e programas de tevê? O único jeito, segundo Ricardo Consentino, é deixar de ficar apenas na teoria e colocar, literalmente, a mão na massa. Esta é a filosofia da Grand Chefs Escola de Gastronomia, inaugurada no ano passado pelo chef no Centro de Joinville, com a missão de oferecer cursos rápidos aos interessados em aprender a preparar bons pratos, seja para fins pessoais ou profissionais. “A prática, na gastronomia, vale mais do que mil leituras. De afiar uma faca a assar um filé ou preparar um molho, você só percebe que aprendeu quando realmente faz”, explica. Consentino nasceu em Curitiba há 31 anos e se formou em Gastronomia pelo Centro Europeu, na capital paranaense. Com a Grand Chefs, o chef realiza um sonho antigo de empreender, reunindo aficionados da arte culinária para aulas dinâmicas e muito criativas. Os primeiros cursos de 2015 já começaram. De receitas para risotos e drinques a técnicas para preparar sushi ou fazer massa caseira, a proposta é que o aluno passe o tempo inteiro na bancada, trabalhando com cada ingrediente e fase de preparação dos pratos. “Os professores ajudam a perceber os pequenos detalhes que podem arruinar um prato ou deixá-lo próximo à perfeição. São coisas que um vídeo ou um livro não podem oferecer”, argumenta Consentino. Vivendo há seis anos em Joinville com a esposa e a filha, o diretor da Grand Chefs acredita que a cidade tem muito a crescer no setor gastronômico. Por isso trabalha na consolidação das feiras de gastronomia, um costume que ajudou a lançar em fevereiro de 2014, quando mais de 2,5 mil pessoas foram à esquina das ruas Padre Anchieta e Max Colin para saborear bons pratos e tomar um chope. Os encontros se repetiram em outros locais ao longo do ano passado e devem continuar este ano.
Parabéns, Joinville, pelos 164 anos. Uma homenagem da Irineu Imóveis a todos os joinvilenses que também são apaixonados por essa cidade.
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fábrica de sonhos JOINVILLE COMEMORA ESTE MÊS OS 15 ANOS DA ESCOLA DO TEATRO BOLSHOI COM A APRESENTAÇÃO DE DOIS CLÁSSICOS DO BALÉ INTERNACIONAL
A montagem de “O Quebra-Nozes” conta com a participação dos primeiros bailarinos do Teatro Bolshoi de Moscou, além de outros 80 integrantes, entre professores e alunos da escola de Joinville
JOINVILLE É l 2015
45 .Leo Laps NCleber Gomes (Divulgação) / Aurea Silva (Divulgação)
Será com as obras clássicas do russo Piotr Ilitch Tchaikovsky e do espanhol Miguel de Cervantes que a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil celebrará os 15 anos de fundação da única extensão da instituição fora da Rússia, localizada em Joinville. Nos dias 15 e 16 de março, às 20h, o Centreventos Cau Hansen volta a receber os balés “O Quebra-Nozes” e “Dom Quixote”, com a participação especial de solistas e bailarinos russos e também ex-alunos que hoje se destacam em grandes companhias brasileiras e também do exterior. Além de encantar o público com apresentações do mais alto nível, a Escola do Teatro Bolshoi tem como principal missão descobrir talentos e formar “artistas cidadãos” através de bolsas de estudos integrais, que incluem formação, alimentação, uniforme e assistência médica. Atual-
mente, contabiliza 264 alunos de 21 estados brasileiros e cinco países. Os cursos de dança clássica e contemporânea incluem disciplinas como Piano, História da Arte, Ginástica Acrobática e Folclore Brasileiro. Com uma média de 45 candidatos por vaga a cada ano, a Escola do Teatro Bolshoi vem atraindo cada vez mais jovens: mais de 4 mil já se formaram nesses 15 anos de história. “A cada ano temos mais interessados em entrar para a escola. Além disso, é muito importante frisar que a empregabilidade dos formados junto a grandes companhias de balé é de 66% hoje, um número do qual nos orgulhamos”, observa o diretor-geral do Bolshoi em Joinville, o russo Pavel Kazarian. “O mais importante, para nós, é trabalhar para o aluno, oferecer uma oportunidade de vida melhor para todos eles”, completa
Kazarian, que está em Joinville desde a fundação da extensão brasileira do Teatro Bolshoi, em 2000. Tanto “O Quebra-Nozes” como “Dom Quixote” foram coreografados pelo mestre russo Vladimir Vasiliev, eleito o bailarino do século 20 pela Unesco. No primeiro, a obra de Tchaikovsky é apresentada por 80 bailarinos, professores e alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Os primeiros bailarinos do Teatro Bolshoi de Moscou Anna Nikulina e Alexander Volchkov serão os protagonistas. A mescla do uso de projeção mapeada de imagens com os passos do balé clássico criam uma atmosfera de sonho e aventura, de infância eterna. Já “Dom Quixote” traz uma música vibrante e figurinos de cores quentes, típicas da região de Andaluzia. Os personagens principais ficam
“Dom Quixote” traz o calor das cores tropicais e dos ritmos latinos para o palco, com a participação de dois ex-alunos da escola que hoje atuam no Bolshoi de Moscou JOINVILLE É l 2015
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NEduardo Boechat (Divulgação)
A Escola do Teatro Bolshoi investe na descoberta de talentos e oferece bolsas de estudos integrais, que incluem formação, alimentação, uniforme e assistência médica
a cargo dos brasileiros Bruna Gaglianone e Erick Swolkin, ex-alunos da Escola Bolshoi e atuais bailarinos do Teatro Bolshoi de Moscou. “Com ‘O Quebra-Nozes’ oferecemos um balé ousado, que mistura toda a tradição da escola russa com inovação tecnológica. Já ‘Dom Quixote’ é um balé tipicamente latino, que encanta os brasileiros”, argumenta Kazarian sobre as escolhas para a celebração dos 15 anos da escola em Joinville. A montagem dos espetáculos começou no dia 7 de março. São mais de 300 refletores, 50 mil metros de cabeamento e som com capacidade para 10 mil pessoas (o triplo da lotação do Centreventos Cau Hansen). Tudo organizado pela coordenadora de produção Sylvana Albuquerque e sua equipe. “Nosso objetivo é criar no palco aquilo que o coreógrafo imaginou. Sincronizar as trocas de cenário de maneira perfeita. Quando o público aplaude, também sentimos esse agradecimento”, afirma. Quarenta por cento das despesas da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil são pagas pelo Governo do Estado
de Santa Catarina. O restante é obtido com apoio da iniciativa privada, por meio da associação “Amigos do Bolshoi”. Mas, segundo o presidente da instituição em Joinville, Valdir Steglich, os valores obtidos não são suficientes: “No que diz respeito a educação, inclusão social e desenvolvimento artístico, a escola alcança resultados excepcionais. Nosso desafio é obter esse mesmo resultado na sustentabilidade. Precisamos de mais parcerias sólidas, duradouras e comprometidas com a nossa causa. Precisamos que os empresários entendam que o dinheiro que buscamos, via Lei Rouanet, não é o dinheiro da empresa, mas sim o imposto de renda da mesma”, explica. Além dos espetáculos de comemoração dos 15 anos de fundação da escola, haverá a renovação do contrato com o Teatro Bolshoi de Moscou. As atividades culturais entre o Brasil e a Rússia serão preservadas por mais cinco anos. Para essa assinatura o CEO do Teatro Bolshoi, Anton Getman, estará em Joinville durante a celebração, em março. JOINVILLE É l 2015
NÃO PERCA O ESPETÁCULO 15 anos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Dias 15 e 16 de março, às 20h. Centreventos Cau Hansen. Avenida José Vieira, 315, América. (47) 3422 5951.
Venda de ingressos Os ingressos estão sendo vendidos desde o dia 23 de fevereiro na Escola Bolshoi e pelo site Ticket Center. (www.ticketcenter.com.br)
Plateia 1 – R$ 60 + taxa / R$ 30 (meia entrada) + taxa
Plateia 2 – R$ 40 + taxa / R$ 20 (meia entrada) + taxa
Plateia 3 - R$ 30 + taxa / R$ 15 (meia entrada) + taxa
Arquibancada – R$ 20 + taxa / R$ 10 (meia entrada) + taxa
Camarote – R$ 40 + taxa / R$ 20 (meia entrada) + taxa
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PARA BRILHAR NOS PALCOS A primeira escola de teatro musical no Brasil já está em pleno funcionamento na Rua 9 de Março, 485, sala 506, no Centro de Joinville. A Callaghans Escola de Teatro e Musical fez a sua seletiva em janeiro e a ideia dos proprietários Will Rodrigues Callaghan e Martin
BEM-VINDOS A MANIACÓPOLIS
Rodrigues Callaghan é criar uma
Há oito anos, Ferns Henke, Navi Almeida e
extensão daquilo que só vemos
Maurício Sedlak descobriram que tinham
nos espetáculos da Broadway
duas coisas em comum: o amor à música e os
em Nova York. Na escola os
óculos de grau. Surgia aí a banda Miopia, que
alunos aprenderão técnica vocal,
lançou ano passado o CD “Maniacópolis”. São
expressão corporal e atuação
14 composições que contam histórias de uma
teatral. “Vamos preparar atores
cidade fictícia, com personagens fictícios,
para que possam atuar em grandes
mas não muito longe da realidade. “Ainda
musicais ou quem sabe montar o
estamos priorizando o álbum neste primeiro
seu próprio espetáculo”, afirma
semestre, mas já estamos produzindo um
Will Callaghan.
novo trabalho. Em breve teremos um registro
www.facebook.com/
audiovisual”, afirma Navi.
callaghansescoladeteatroemusical
soundcloud.com/bandamiopia
SANGUE NOVO NO SAMBA A cena musical de Joinville tem uma cara nova e uma bela voz. Letícia Oliveira, 21 anos, vem encantando todos por onde quer que cante. A jovem sambista canta desde os quatro anos de idade e aos 12 deu início às aulas de canto. Por ser uma das poucas mulheres na noite joinvilense, a cantora se destaca entre os demais artistas. Aos poucos Letícia vai ganhando seu espaço seja cantando em bares ou em eventos dentro e fora de Joinville. E em paralelo ao samba, Letícia está desenvolvendo um projeto de música country com o marido e também músico Gabriel Gonçalves. “Estamos gravando um EP, mas até agosto pretendo gravar três sambas dos compositores Gabriel Gonçalves, Paulo Vitório e Edimar Bonfim”, conta. JOINVILLE É l 2015
49 .Suelen Soares NDivulgação / Michelle Braga (Essaé)
RETORNO EM ALTO ESTILO Sede da recém-criada Orquestra Cidade de Joinville e também da Orquestra Jovem, a Sociedade HarmoniaLyra reabre suas portas para grandes eventos culturais. O projeto “Interlúdio – Música de Câmara ao Anoitecer” retorna este ano, assim como a Noite das Artes, desta vez homenageando o artista Fritz Alt. “A comunidade estava carente dos eventos da Lyra”, ressalta Alvaro Cauduro, presidente da Sociedade Harmonia-Lyra. Fundada em 1858, a sociedade teve seu acervo restaurado no ano passado. “Vamos dar continuidade ao restauro do prédio e do acervo. O projeto teve uma resposta muito positiva dos joinvilenses no ano passado”, lembra Cauduro.
MISTURA DE LINGUAGENS
APOIO À ARTE DE RUA Após uma reforma na sede da agência de publicidade
A Essaé Cia de Teatro e Dança surgiu em 2010 reunindo os artistas
Marketeria, os funcionários chegaram à conclusão de
Cassio Correia, Letícia de Souza e Jackson Amorim. A companhia já
que uma das paredes tinha ficado “muito branca”. Em
montou cinco espetáculos e três novas montagens estão em produção.
um ambiente que respira criatividade e comunicação
Uma delas é o espetáculo Fada – Teatro de Objetos. De acordo com
visual, logo surgiu a ideia de chamar grafiteiros para
Cassio Correia, o grupo trabalha com diversos tipos de linguagem,
dar um toque personalizado ao lugar. Surgiu aí o
como a contação de história, palhaçaria e dança. “Passeamos por estas
Espaço Street Art, inaugurado em junho de 2014 e
diferentes influências por conta das nossas afinidades e formação”, diz
que já recebeu a arte de Paulo “Pincel” Agostini (foto)
Correia. Em 2013 foi criada a Essaé Produção e Casting, que trabalha
e Diego Dant. “Nem imaginávamos que daria tanta
com produção cultural, casting de artistas e prepara para outubro a
repercussão, mas é uma forma de incentivar a cultura.
organização do 1o Festival de Teatro de Joinville (Festejo).
Já estamos preparando a terceira edição para este ano”,
www.facebook.com/Essaeteatrodanca
diz o proprietário da agência, Jorge Urresta. JOINVILLE É l 2015
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gastronomia l esporte l especial l grupo RIC
João Ricardo Casa Filho, proprietário da tradicional Petisqueria do Janga, e os caranguejos que fizeram a fama da casa
UMA DELÍCIA DE CIDADE nos restaurantes, lanchonetes E PETISQUERIAS DE JOINVILLE, tradição E CRIATIVIDADE se misturam para criar saborosas surpresas gastronômicas
51 .NLeo Laps
Que Joinville é uma cidade repleta de boas opções gastronômicas todo joinvilense já deveria saber. Não faltam restaurantes, padarias, confeitarias, bares e pubs onde é possível reunir a família ou os amigos para comer e beber muito bem. Mas há alguns lugares que se destacam por suas receitas pitorescas, que se tornaram famosas ao longo dos anos – muitas vezes até mais que o próprio estabelecimento onde foram criadas. São pratos ou petiscos muito especiais, e não duvide se um dia alguém quiser tornar algum deles patrimônio cultural de Joinville. A Petisqueria do Janga é um dos restaurantes que mantêm uma das grandes tradições gastronômicas dos joinvilenses: a de comer caranguejos. O local começou como um pequeno boteco que João Ricardo Casa Filho – o “Janga” – assumiu quando resolveu abandonar a roça em Taió, no final dos anos 1970. Ele lembra bem a primeira vez em que foi comprar algumas dúzias do crustáceo no Mercado Público Municipal: “Me assustei quando vi o bicho vivo, tentando beliscar com as garras. Cheguei no bar, joguei tudo no tanque de lavar roupa e fui chamar minha esposa para ver. Quando voltei, metade já tinha fugido”, relembra, às gargalhadas. No Janga, os frequentadores pedem quantos caranguejos quiserem (o recorde pessoal, segundo ele, foram 13. O médio custa R$ 5,90 e o grande, que chega a até 30 centímetros de comprimento de garra a garra, sai por R$ 7,10. Cozido com um tempero especial, com muita alfavaca, o crustáceo vai à mesa acompanhado de tábuas e martelinhos de madeira, únicos instrumentos necessários para saboreá-lo. Janga calcula servir 50 dúzias de caranguejos a cada dia, para uma cliente-
la que vai de vizinhos a visitantes de outros países. Quem já passou pelo belo distrito rural de Pirabeiraba muito provavelmente fez uma paradinha rápida na Lanchonete Rio da Prata ou no Max Moppi para comer um pastel e tomar um caldo de cana feito na hora. Os dois estabelecimentos ficam a poucos metros um do outro, e deram seus primeiros passos há mais ou menos três décadas, primeiramen-
te em modestas barraquinhas de madeira. Hoje, bem melhor estruturados, oferecem uma infinidade de sabores de pastéis, além de cervejas especiais e produtos coloniais. Elisangela Merkle Becker, sócia-proprietária da Rio da Prata, não sabe o número exato, mas garante: são pelo menos 300 as opções no cardápio. “A cada fim de semana vendemos aproximadamente 5 mil pastéis”, contabiliza. Os sabores
A Lanchonete Rio da Prata, em Pirabeiraba, é famosa pelos pastéis fresquinhos com mais de 300 tipos de recheio
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NLeo Laps
Fundado há 70 anos, o Restaurante Hübener continua a surpreender com o marreco assado no forno a lenha harmonizado com klöse recheado com banana nanica
Fabricadas desde 1922, as empadas Jerke são um verdadeiro patrimônio gastronômico de Joinville
mais pedidos? Desde os tradicionais carne com ovo, palmito e frango com catupiry até os ousados chucrute com linguiça bock, marreco com purê de maçã e camarão com gorgonzola. Os preços vão de R$ 3,75 a R$ 7, e é bom avisar: é difícil comer apenas um. E se em Pirabeiraba o marreco vai bem até no pastel, no Restaurante Hübener, um dos estabelecimentos mais tradicionais de Joinville, a receita da ave faz a fama do estabelecimento fundado há 70 anos pelos pais de Mirta Hübener – que atende cada cliente com simpatia e prestatividade. Assado em forno a lenha, com cortes artesanais, o marreco recheado fica ainda mais delicioso quando harmonizado com o klöse, JOINVILLE É l 2015
um bolinho de batata-doce recheado com banana nanica que foi introduzido no cardápio após a enchente de 1995, quando Pirabeiraba passou meses de isolamento. “Precisávamos criar novidades, o movimento havia caído muito. E tinha muita banana na região. Então pegamos essa receita tradicional dos imigrantes germânicos e modificamos o recheio”, relembra Mirta. Os acompanhamentos tradicionais do prato, como o repolho roxo e o purê de maçã, complementam o bufê. A banana frita, acompanhada por chantilly, encerra a refeição, que custa R$ 30 por pessoa durante a semana e R$ 45 aos sábados e domingos. Joinville conta também com um dos quitutes mais famosos de San-
Há 25 anos, o Posiville faz Joinville ser destaque em qualidade na educação. O Colégio Posiville, ao completar 25 anos dedicados à educação, agradece às famílias de mais de 35 mil alunos que depositaram confiança na formação integral dos seus filhos.
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ANO
Colégio Posiville – Referência em Santa Catarina em Ensino de qualidade, do Maternal ao Pré-vestibular.
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2015
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NLeo Laps
ta Catarina, cuja história começou em 1922 a bordo de uma bicicleta. Era pedalando que Guilherme e Carlota Jerke circulavam pelas ruas da cidade para vender cocadas e, principalmente, empadas – feitas com uma receita especial, descoberta por Guilherme durante uma estada em Porto União. Nove anos depois, o casal fundava na Rua João Colin, bem no Centro da cidade, a Empadas Jerke. No pequeno e simples estabelecimento, que hoje tem status de atração turística, são servidos nove sabores de empadas, dois deles doces (banana e maçã), com preços a partir de R$ 2,20 por unidade. A Super, feita com camarão branco e palmito, custa R$ 4, e é uma das mais vendidas. Os frequentadores variam a pedida com pratos que incluem os peixes defumados da casa (também vendidos em postas), como o bolinho de peixe defumado. Para acompanhar, café com leite! Toda tradição teve de ser, algum dia, uma novidade. Se os pastéis de Pirabeiraba, o marreco da dona Mirta, as empadas Jerke e os caranguejos do Janga já estão há algumas décadas fazendo história em Joinville, no Bar do Zeppa a linguiça tipo Blumenau frita em panela de barro (R$ 28) ajudou a construir a clientela da casa, inaugurada em 2009 no Bairro América. O toque especial é que o embutido é frito em fogo direto bem em frente ao cliente. Em fevereiro, o proprietário Roberto Bibow resolveu inventar um prato em cima do tradicional hackepeter (servido todas as quintas-feiras no estabelecimento), lançando o hackeburguer: pão cervejinha, creme de queijo, broto de alfafa e um hambúrguer cru com 200 gramas, vendido a R$ 25. Um jeito bem diferente de saborear a receita de origem alemã.
Da clássica linguiça frita na panela de barro ao recém-lançado hambúrguer de hackepeter, o Bar do Zeppa mistura tradição e ousadia para se tornar uma das mais recentes revelações na cena gastronômica local
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esporte l especial l grupo RIC
DE VOLTA À ELITE DEPOIS DE CONQUISTAR O TÃO SONHADO RETORNO À SÉRIE A DO BRASILEIRÃO, O JEC REFORMULA O TIME E PRETENDE MANTER A BOA FASE NESTA TEMPORADA
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57 .Lucas Pavin NMarco Santiago (Arquivo ND) / Divulgação JEC / Carlos Júnior (Arquivo ND)
O ano de 2014 jamais será esquecido pelo torcedor do Joinville. A temporada que começou com a frustração de perder a final do Estadual para o rival Figueirense e a eliminação precoce na primeira fase da Copa do Brasil terminou de forma espetacular, com o título inédito da Série B do Campeonato Brasileiro e o retorno do time à elite do futebol brasileiro. Com uma campanha de 21 vitórias, sete empates e 10 derrotas, resultando em um aproveitamento de 61,2%, o JEC sobrou na competição e obteve a melhor campanha como mandante entre as 20 equipes, além de ter a defesa menos vazada, o maior número de vitórias e maior período dentro do G-4. Números que comprovam a regularidade da equipe durante as 38 rodadas, coroada com o maior título da história do clube. Apesar das conquistas marcantes, 2014 já é página virada para o Tricolor. Em 2015, após 28 anos sem disputar uma Série A do Brasileirão, o grande objetivo do clube é a permanência na principal divisão do futebol brasileiro. “O Joinville tem de se reconhecer e saber que vai brigar em um grupo de oito ou nove clubes como Avaí, Chapecoense, Figueirense, Sport, Goiás, tendo a consciência de que somos pequenos com relação àquelas equipes que recebem cotas absurdas. Temos de ser competentes e responsáveis, pois não quero chegar no final do ano e entregar um Joinville endividado para o próximo presidente e na Série B”, diz o presidente, Nereu Martinelli. Para cumprir as expectativas, a diretoria do JEC aposta na valorização das categorias de base, promovendo sete jovens promessas ao elenco profissional, além de contratar nove reforços tratados como pontuais para a formação do grupo, visando o
O atacante Rafael Costa (ao lado do presidente Nereu Martinelli) está entre os reforços do clube para este ano
pontapé inicial da Série A, em maio. Trata-se do lateral-direito Luís Felipe (ex-Criciúma), zagueiros Alef (ex-Paraná) e Dráusio (ex-Atlético Paranaense), volantes Geandro (ex-Bragantino) e Augusto César (ex-Sport), meia Eduardo (ex-Ceará), e os atacantes Bruno Furlan (ex-Atlético Paranaense), Tiago Luis (ex-Chapecoense) e Rafael Costa (ex-Ponte Preta).
Depois de 12 gols e uma lesão na Série B do ano passado, o artilheiro Jael teve o contrato renovado
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Este último foi a aquisição mais comemorada. Alvo de desejo do clube há anos, o atacante foi emprestado até o fim do ano junto ao FC Seoul, da Coreia do Sul. Artilheiro do Catarinense nas edições de 2012 e 2013, pelo Metropolitano, ele espera brilhar também com a camisa preta, vermelha e branca. “O Joinville é um clube que já tive proposta antes. Sempre quis atuar no JEC, pois sempre que vim aqui vi o estádio cheio, a torcida apoiando sempre. Sei que é um clube sério e com profissionais sérios. Vou me empenhar ao máximo e fazer o que sei fazer, que é marcar gols”, afirma Costa. Da equipe campeã da Série B, 16 jogadores permaneceram e 25 deixaram o clube, mas a base da formação titular foi mantida. As únicas baixas foram o goleiro Ivan, o lateral-direito Edson Ratinho, o meia Everton e o atacante Edigar Júnio. Ficaram os zagueiros Gutti e Bruno Aguiar, o lateral-esquerdo Rogério, os volantes Naldo e Anselmo, os meias Marcelo Costa e Wellington Saci, e os atacantes Fernando Viana e Fabinho, montando uma espinha dorsal. Entre as
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NCarlos Jr. (Arquivo ND)
Vinte e cinco jogadores deixaram o clube após a conquista da Série B, mas a base da equipe campeã de 2014 se manteve: somente quatro faziam parte do time titular
saídas, a surpresa ficou por conta do ídolo da torcida, Ivan. Após três anos e meio no JEC, 191 jogos, dois títulos nacionais e três da Copa Santa Catarina, o arqueiro se desentendeu com o técnico Hemerson Maria antes do confronto contra o Marcílio Dias, pela terceira rodada do Estadual, e não faz mais parte do elenco tricolor. Em contrapartida, o Coelho venceu a queda-de-braço com o Bahia e conseguiu renovar o contrato do artilheiro Jael por mais uma temporada. O atleta foi fundamental em boa parte da Série B do ano passado ao anotar 12 gols, até sofrer uma lesão no tornozelo direito, sofrida na partida contra o América-MG, no mês de setembro, que o tirou do restante da temporada. Com mais de 100 jogos pelo Joinville e capitão da equipe, o meia Marcelo Costa ressalta a importância em manter a espinha dorsal do time para a atual temporada, que pode ser um diferencial favorável para colher bons frutos nos futuros
compromissos. “Sabemos que ficou uma boa parte, um grupo de seis a sete jogadores que vinham jogando, então temos que tirar proveito desse entrosamento porque ele pode fazer a diferença contra os outros adversários mais para frente”, destaca. Líder de uma defesa que sofreu somente 33 gols em 38 duelos na Série B, o zagueiro Bruno Aguiar considera a conquista recente um motivo a mais para o time dar tudo de si este ano. “Sempre é bom chegar depois de um título, mas a nossa responsabilidade aumenta. É bom mantermos a mesma base para dar sequência a essa boa fase”, comenta. Ao viver a melhor época de sua carreira em 2014, o técnico Hemerson Maria prefere esquecer as conquistas do passado para obter êxito no futuro. Além disso, o comandante tricolor elogiou o atual elenco que, segundo ele, tem sede de vitórias. Antes de começar a Série A, o foco do treinador é ter o pôster de campeão estadual, que ficou no ‘quase’ no ano passado, e não JOINVILLE É l 2015
vem desde 2001 para a maior cidade do Estado. “Não ficamos satisfeitos somente com o título da Série B. Vamos em busca de novas metas, sempre mirando o lugar mais alto”, garante o treinador. Como auxílio para conseguir o caneco do Estadual, o Joinville conta com o apoio da sua fanática torcida e o fator casa. No ano passado pela segunda divisão, dentro da Arena, o time fez valer o mando de campo e venceu 14 confrontos dos 19 disputados diante da sua torcida. Em casa, o time sofreu apenas uma derrota e teve aproveitamento de 80%. A torcida abraçou a equipe e torna a Arena Joinville, cada vez mais, um dos locais mais indesejados pelos adversários. A motivação vindo do lado de fora das quatro linhas será essencial para a equipe ter ótimo desempenho na Arena, em 2015, e ser um diferencial em momentos decisivos da competição, mostrando novamente que a cidade de Joinville e o JEC caminham juntos em busca do sucesso.
/soubemjoinville
PARABÉNS, JOINVILLE, PELOS SEUS 164 ANOS. E TAMBÉM PELOS 165.
Enquanto todos parabenizam você só pelo seu 164o aniversário, nós parabenizamos também pelo 165o. Porque foi assim, pensando sempre na frente, que construímos uma história de sucesso nesta cidade que adoramos amar.
UMA CIDADE SEM IGUAL. UM POVO QUE FAZ A DIFERENÇA.
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especial l grupo RIC
UM PRESENTE PARA A REGIÃO
AO COMPLETAR 50 ANOS DE ATIVIDADES, A UNIVILLE RELEMBRA SUA TRAJETÓRIA COMO PIONEIRA DO ENSINO SUPERIOR NO NORTE DE SANTA CATARINA E PROJETA SEU FUTURO DE OLHO NO MUNDO Em 15 de março de 1965 era inaugurada em Joinville a Faculdade de Ciências Econômicas, entidade que, 31 anos mais tarde, por meio de um decreto presidencial, viria a se tornar a Universidade da Região de Joinville (Univille). A data marcou também o início do ensino superior na cidade e região, que até então careciam do serviço. Antes da instalação da faculdade, os alunos que concluíam o equivalente ao ensino médio precisavam sair de Joinville para dar continuidade aos estudos. Tanto a Universidade de Santa Catarina (Udesc) quanto a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tinham sede apenas na capital.
“Naquele momento havia um anseio da sociedade, dos pais cujos filhos terminavam o ensino médio e tinham que sair da cidade, e também das indústrias que precisavam de profissionais formados”, enumera a atual reitora Sandra Furlan. “A chegada da Univille foi um presente para a cidade e a região.” Em 1967, através da Lei Municipal nº 871, foi criada a Fundação Joinvilense de Ensino (Fundaje). “Na época, o então prefeito Nilson Bender teve um papel estratégico na criação da Fundaje e estabeleceu as fundações para a criação de uma universidade na cidade”, lembra o professor e historiador Fernando Sossai, coordenador do Centro MeJOINVILLE É l 2015
morial Univille. Três anos depois, a Fundaje recebeu do município o título de utilidade pública e, em 1971, passou a se chamar Fundação Universitária do Norte Catarinense (FUNC). “O plano de ações para aquele ano previa a expansão da universidade na região Norte”, afirma o professor. No ano de 1975, ela mudou de nome mais uma vez e se tornou Fundação Educacional da Região de Joinville (FURJ), atual matenedora da Univille, e passou a ocupar o campus do Bom Retiro, onde está até hoje. A mudança de FURJ para Univille demorou 16 anos desde que a proposta de transformar a fundação em universidade foi protocolada
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.Thaís Moreira NDivulgação
no Conselho Federal de Educação até seu reconhecimento pelo Ministério da Educação. Em 2015, para comemorar o meio século de existência, a Univille preparou mais de 50 atividades que incluem desde exposições até um cerimonial em homenagem a professores, alunos, empresas e políticos importantes para a história da universidade, na noite do dia 16 de março, no Joinville Garten Shopping. Entre os homenageados estão o ex-prefeito Nilson Bender (in memoriam), o senador Luiz Henrique da Silveira – que foi um dos professores da primeira turma da Faculdade de Ciências Econômicas – e 26 alunos daquela classe inicial. Já no Centro Memorial os professores Fernando Sossai e Ilanil Coelho trabalham há cerca de um ano para organizar a exposição dos 50 anos, que também deve estrear em 16 de março e será aberta a toda a comunidade. “A mostra vai trazer diferentes documentos relacionados aos 50 anos, alguns originais, outros cópias, fotos... A ideia é que as pessoas entrem ali e se sintam dentro de um grande arquivo, conheçam o trabalho de um historiador”, adianta Sossai. Outra exposição, esta itinerante,
Segundo a reitora Sandra Furlan, a meta para os próximos anos é investir na formação bilíngue e no espírito empreendedor dos estudantes
é preparada por 20 alunos dos cursos de História, Artes Visuais, Design e Fotografia para rodar durante um ano em shoppings, praças, parques e outros espaços públicos. Mesmo durante as comemorações do cinquentenário, a Univille já começou a pensar nos próximos 50 anos. “Fizemos a revisão do nosso planejamento estratégico e a partir de agora vamos trabalhar em duas frentes: a internacionaliza-
ção e a inovação”, detalha a reitora. Para atingir o primeiro objetivo a instituição já oferece curso bilíngue aos alunos do Colégio de Aplicação e planeja flexibilizar a matriz curricular dos cursos de graduação permitindo que os acadêmicos tenham aulas em outras línguas. Por enquanto, alunos dos cursos de Medicina e Comércio Exterior participam do projeto piloto. Parcerias com universidades estrangeiras são outra possibilidade. A ideia, segundo a reitora, é que os alunos formados na Univille tenham “dupla graduação”, ou seja: o diploma que receberem valerá tanto no Brasil quanto em outro país. Quanto à inovação, a meta é incentivar os estudantes a desenvolver seu espírito empreendedor e focar em carreiras sintonizadas com as novas tendências de mercado. Para isso, o campus de Joinville conta com o Parque de Inovação Tecnológica, sede de uma incubadora de empresas que serve de incentivo para os estudantes da universidade investirem nos seus projetos. “É com essa visão de futuro que a Univille comemora uma trajetória de sucesso, que vai se repetir por muitos anos”, aposta a reitora.
À esquerda: sede da Fundaje, criada em 1967 pelo ex-prefeito Nilson Bender. À direita: terreno onde a FURJ se instalou em 1975 e onde hoje fica o campus da Univille
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.NLeo Laps
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Desde agosto do ano passado, Hélber Sá acompanha diariamente o almoço de milhares de moradores da região Norte de Santa Catarina no comando do Jornal do Meio-Dia, da RICTV Record. Trazendo informações relevantes a respeito do cotidiano local, o âncora de 30 anos trouxe de volta ao programa líder de audiência o quadro “Me Chama que Eu Vou”, em que visita a comunidade para mostrar problemas e iniciativas positivas da população. É nesse contato direto com o cidadão que Hélber se sente realizado. “Entrar todos os dias no estúdio para comandar o programa já é algo muito prazeroso, mas gosto mesmo é de estar com as pessoas, receber o carinho delas. Esse é o combustível para continuarmos fazendo nosso trabalho”, afirma. Sua história com a Comunicação começou aos 22 anos, quando se tornou voluntário em uma rádio local enquanto trabalhava como representante comercial. Anos depois, resolveu abrir uma produtora, começou a trabalhar diante das câmeras e logo chamou a atenção dos editores da RICTV Record. A rotina na emissora começa às 8h, depois de Hélber já ter lido jornais e assistido aos principais noticiários matinais. Pela manhã, conversa muito com a equipe para entender quais são os assuntos mais importantes de cada dia. “Somos uma empresa de comunicação e, se conversamos bastante, essa sintonia vai para o nosso telejornal”, explica. Casado com Dayane e pai de Benjamin, de 3 anos, Hélber nasceu em Içara, no Sul do Estado, mas aos 6 anos mudou para Joinville, onde virou de fato um joinvilense: frequenta todos os jogos do JEC e ama a gastronomia regional – confessando, porém, uma preferência pela culinária japonesa. Todos os fins de tarde, ele e a esposa fazem exercícios no Parque da Cidade, revezando os cuidados do primogênito. “Joinville é minha terra. Amo a cultura da cidade, o jeito simpático e solidário dos seus moradores.”
Hélber Sá
grupo RIC
MAIS PERTO Do CIDADÃO
JOINVILLE É l 2015
Hoje queremos homenagear os imigrantes europeus que tiveram a melhor ideia dos últimos 164 anos: fundar Joinville. Quando se tem 30 anos de experiência em propaganda, é fácil reconhecer boas ideias. E hoje queremos destacar duas delas: a ideia que os colonizadores europeus tiveram de fundar Joinville, e a nossa ideia de, há 20 anos, criar campanhas surpreendentes para empresas e instituições da cidade. A ideia dos imigrantes resultou na maior cidade de Santa Catarina. E a nossa, em novos clientes, reconhecimento e 10 títulos de Agência do Ano. Por isso fazemos questão de homenagear essa terra e essa gente que todos os dias nos inspira a trabalhar muito e surpreender cada vez mais. Parabéns Joinville.
47 3278-8008 R. Dr. Plácido Gomes, 610, Sl. 404 Anita Garibaldi – Joinville
DARAUJO.COM
66 .NDivulgação
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grupo RIC
NO CAMINHO DO BEM MOVIMENTO SOU BEM JOINVILLE CONVIDA TODOS A CONTRIBUÍREM COM PEQUENOS GESTOS PARA UMA CIDADE CADA VEZ MELHOR PARA SE VIVER Ser mais cordial no trânsito, preservar o meio ambiente, cuidar dos animais e respeitar os idosos são atitudes simples e um primeiro passo para a construção de uma cidade ainda melhor. Pensando nisso, o Grupo RIC/SC criou em outubro de 2013 o Movimento Sou Bem Floripa. Desde então, o projeto vem mobilizando a população para discutir temas de interesse da sociedade e incentivando pequenas atitudes positivas que juntas podem gerar grandes resultados. A iniciativa fez tanto sucesso na capital que agora está sendo expandida para a maior cidade do Estado. Nasce assim o Movimento Sou Bem Joinville. “Não é um movimento para dizer que a cidade é boa e sim para que as pessoas a tornem cada vez melhor”, explica Silvano Silva, diretor regional do Grupo RIC Joinville. “O bem-fazer está em pequenos gestos que serão estimulados pelo Sou Bem Joinville”, acrescenta. Como na capital, o movimento instalou totens gigantes com seu logotipo em dois pontos estratégicos da cidade: o pórtico de entrada e a Rua das Palmeiras. “Os totens incentivam as pessoas a fazer fotos, que geram compartilhamentos nas redes sociais e divulgam a cidade para o Brasil e o mundo”, observa Silva Ao longo do ano o movimento vai debater temas de interesse da sociedade, envolvendo especialistas e poder público em diversas áreas, como mobilidade e saneamento, por exemplo. Todo o conteúdo produzi-
do será exibido pela RICTV Record e demais plataformas do Grupo RIC, como o portal RIC Mais e jornal Notícias do Dia. Outras ações envolvendo a sociedade serão organizadas, sempre buscando o envolvimento das pessoas para tornar a cidade um lugar ainda melhor de se viver. JOINVILLE É l 2015
faça sua parte E você, é bem Joinville? Para conhecer e participar do Sou Bem Joinville, basta ficar ligado na programação da RICTV Record e acessar o site do movimento: facebook.com/soubemjoinville
A ÁGUA É VIDA. VAMOS CUIDAR DELA PARA VIVER CADA VEZ MELHOR.
Há 10 anos a Companhia Águas de Joinville tem orgulho de colaborar para o desenvolvimento de uma cidade moderna, dinâmica e com sede de crescer ainda mais. 9 DE MARÇO. ANIVERSÁRIO DE JOINVILLE.
www.aguasdejoinville.com.br