Blumenau é #3

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blumenau

164 anos

BLUMENAU

é

nº 3 Setembro 2014

ENTREVISTA

Carlos D’Amaral, presidente da ACIB, fala sobre os rumos da economia local URBE

IDENTIDADE gastronÔMICA ENTRE A TRADIÇÃO E A INOVAÇÃO, O MERCADO DE GASTRONOMIA MOSTRA que tem POTENCIAL PARA ALAVANCAR A ECONOMIA E O TURISMO NA CIDADE

Passado, presente e futuro de quatro bairros que são a cara de Blumenau GENTE

Rodando por aí com os clubes de apaixonados por automóveis antigos




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NLeo Laps

editorial

l índice l opinião l minha cidade l #blumenau l entrevista l capa l urbe l empreendedores l gente l compras l cultura l grupo RIC

BLUMENAU DE TODOS OS SABORES Blumenau é conhecida nacionalmente pela herança europeia que encanta os visitantes e é motivo de orgulho para seus moradores. Dentro desse contexto, a culinária típica – seja ela germânica, italiana ou de outras etnias – tornou-se um dos principais pilares para o crescimento da atividade turística na cidade. Nos últimos anos essa vocação para a gastronomia tem se intensificado cada vez mais, misturando receitas tradicionais com as modernas criações dos chefs de cozinha. Hoje a cidade promove eventos ligados à gastronomia durante o ano todo e oferece em seus empórios uma caprichada seleção de produtos gourmet, muitos deles produzidos localmente. E como não há nada melhor do que boa comida para comemorar um aniversário, nesta terceira edição da revista Blumenau É decidimos mostrar como esta opção pela gastronomia pode representar uma alternativa de desenvolvimento não apenas para o turismo, mas para toda a economia da região. Afinal, a cadeia produtiva da alimentação envolve desde a indústria e a agricultura, passando pelos setores de comércio e de serviços, gerando empregos e arrecadação para o município. O menu de conteúdo que trazemos para você nesta edição comemorativa se completa com outras reportagens abordando outros temas relevantes de Blumenau. O crescimento e urbanização ganham espaço especial, com a tão esperada conclusão das obras da Ponte do Badenfurt e uma reportagem especial sobre quatro importantes bairros da cidade. Os clubes de aficionados por carros antigos, as novidades da cena cultural local e a diversidade das opções de compra no comércio são outros destaques. Aproveite mais este presente que o Grupo RIC oferece ao povo blumenauense no dia em que a cidade completa 164 anos de história. Boa leitura e um feliz aniversário a todos! Marcello Corrêa Petrelli Presidente-Executivo Grupo RIC SC

BLUMENAU É l 2014


Blumenau 164 anos. Um pedaço da Alemanha que floresceu em Santa Catarina.

Em 1850, o filósofo Hermann Bruno Otto Blumenau desembarcou às margens do rio Itajaí-Açu em busca de um sonho. E o sonho floresceu na mais alemã de todas as cidades brasileiras. Blumenau 164 anos. Cada vez mais sua.


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índice

l opinião l minha cidade l #blumenau l entrevista l capa l urbe l empreendedores l gente l compras l cultura l esporte l educação l grupo RIC

8 FAzENDO O FUTURO ACONTECER opinião

10 TATIANA ALVISE minha cidade

FUNDADOR e Presidente Emérito

Mário J. Gonzaga Petrelli

ALFREDO BREITKOPF

14 olhares DIGITAIS

Grupo RIC SC

#blumenau

16 A soluçãO ESTá nos negócios

presidente-Executivo Deborah Cocri @d

eborahcocri Vila

Germânica

entrevista

Reynaldo Ramos Albertino Zamarco Jr.

matéria de capa

Diretor Operacional

Paulo Hoeller

24 AVANÇO NA MOBILIDADE

Diretor REGIONAL BLUMENAU

urbe

Marco Salgado GERENTE RIC Editora

BLUMENAU EM QUATRO BAIRROS

Paulo Arthur Moreira Schenk

DIRETO DO PRODUTOR

36 artesanal e exclusivo

Revista BLUMENAU É Juliano Marco Zunino @jmzunino Carlos Gomes

Editor-executivo

Diógenes Fischer REPORTAGEM

40 Paixão por carro antigo gente

Adão Pinheiro, Leo Laps, Luciana Zonta e Marco Túlio Brüning fotografia

44 NAS RUaS compras

Leo Laps Diagramação

Diógenes Fischer

NOS shoppings cultura

REVISÃO Rapha Aretakis @aretakis Rua XV

Lu Coelho Distribuição

RIC Editora

50 COM A BOLA TODA esporte

IMPRESSÃO

Gráfica Floriprint RIC EDITORA

52 PIONEIRA DE OLHO NO FUTURO educação

Av. do Antão, 1857 – Altos do Morro da Cruz Centro – CEP 88025-150 – Florianópolis/SC (48) 3251 1440

56 BLUMENAU EM ALTA DEFINIção

rictv BLUMENAU

grupo RIC

talento natural

Coordenação

Paulo Arthur Moreira Schenk

Um novo jeito de mobiliar

48 DE CARONA PELO ESTADO

Diretor Comercial

Diretor Administrativo e Financeiro

18 VOCAÇÃO PARA A GASTRONOMIA

empreendedores

Marcello Corrêa Petrelli

Sávio Abi-Zaid @abi_za

BLUMENAU É l 2014

id Nova Rússia

Rua das Missões, 190 – Ponta Aguda CEP 89051-000 – Blumenau/SC (47) 3381 3200 www.ricmais.com.br/sc/revistablumenaue



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NLeo Laps

opinião

l minha cidade l #blumenau l entrevista l capa l urbe l empreendedores l gente l compras l cultura l esporte l educação l grupo RIC

FAzENDO O FUTURO ACONTECER

NAPOLEÃO BERNARDES Prefeito de Blumenau

“Com as ações estratégicas realizadas neste primeiro período de governo, preparamos a cidade para as próximas gerações”

Dois de setembro, dia solene e simbólico. Nesta data, compartilhamos nossos cumprimentos e o genuíno sentimento de gratidão aos que aqui nasceram, ou que adotaram Blumenau como sua morada. Todos que, sem distinção, não medem esforços em busca do desenvolvimento e da permanente promoção do bem comum, com a solidariedade e capacidade de superação que são nossas marcas. Comemoramos o 164º aniversário de Blumenau vencendo obstáculos e tirando grandes obras do papel, que há muito tempo eram aguardadas por toda nossa comunidade. Com as ações estratégicas realizadas neste primeiro período de governo, preparamos a cidade para as próximas gerações, que certamente levarão à frente os ideais de justiça social e cidadania de nossos fundadores. Não temos dúvidas de que Blumenau vive um bom momento. Nossa cidade é reconhecida por especialistas e pela mídia nacional como uma das metrópoles do futuro, uma das 70 melhores cidades do País para construir carreira profissional. Este é o nosso presente, fruto de vários homens e mulheres que têm dado contribuição inestimável para a cidade. Mas sabemos que é preciso avançar. Temos ciência de nosso papel histórico e decisivo, em planejar e preparar o desenvolvimento para as próximas décadas, construindo aquela que será uma das melhores cidades do Brasil em qualidade de vida e crescimento econômico. E o crescimento que virá será sustentável, pois nossa cidade haverá de BLUMENAU É l 2014

ser socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente correta. Socialmente justa porque respeitará o ser humano. Não há sustentabilidade ambiental sem considerar a questão social. Uma cidade socialmente justa se constrói com a melhoria da qualidade de vida da população, com a diminuição das diferenças sociais e com políticas públicas voltadas à questão social. Economicamente viável, pois proporcionará o acesso à ciência e à tecnologia, além de manter uma política rigorosa de compras públicas, administrando e investindo o dinheiro público de forma transparente e justa. Ser ambientalmente correta implica estar ligada ao uso controlado dos recursos naturais, à redução e destinação final adequada dos resíduos sólidos, à reciclagem dos materiais e da energia, ao uso de tecnologias limpas, à educação ambiental, bem como regras de proteção ambiental e fiscalização. Com o meio ambiente degradado, o ser humano abrevia o seu tempo de vida e a economia não se desenvolve satisfatoriamente. É com base nestas premissas que trabalhamos incansavelmente desde 1º de janeiro de 2013. Neste momento, além de reafirmarmos nossos compromissos, pedimos a cada munícipe o apoio nessa construção diária, para semearmos ações e colhermos conquistas, buscando no presente o futuro! Somos nós que fazemos o amanhã e nossa perseverança é a luz que ilumina nosso caminho. Vamos em frente, não temos tempo a perder.



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opinião l

minha cidade

l #blumenau l entrevista l capa l urbe l empreendedores l gente l compras l cultura l esporte l educação l grupo RIC

A BLUMENAU DE

tatiana alvise

A PRESIDENTE DA REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER SUGERE O PROGRAMA IDEAL PARA UM DIA DE CULTURA E LAZER CURTINDO A CIDADE COM A FAMÍLIA

PASSEIO PELA XV “A principal rua de Blumenau é famosa pelo seu comércio e pela beleza das casas e calçadas. No entanto, eu gosto

Morar em Blumenau era o sonho de adolescente de Tatiana Regina Lenzi Alvise. Tanto que, um mês após terminar o segundo grau em Doutor Pedrinho, onde nasceu e cresceu, já desembarcava na cidade onde hoje preside a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Casada e mãe de dois filhos, a professora entrou na entidade em 2009 e, aos poucos, foi se destacando na organização das ações da rede.

de caminhar por ali à noite, quando tudo está mais tranquilo, e também aos sábados de manhã, quando é possível observar toda a diversidade da população da cidade. É quando todos os bairros se encontram no Centro.” A Rua XV de Novembro fica no Centro de Blumenau, entre a Avenida Beira-Rio e a Rua Sete de Setembro.

CULTURA LOCAL

Tatiana ainda vê Blumenau como uma “cidade-jardim” e adora passear com a

“Sempre procuro participar dos eventos da

família para apreciar a gastronomia e

Fundação de Cultura de Blumenau, como a

a programação cultural do município.

Noite Multicultural, que reúne artistas locais

“Não acho que a cidade ficou fria

e também de fora. É um encontro mensal

quando cresceu, como muitos falam.

muito interessante, onde encontro sempre

Talvez porque procuro tratar todos de

pessoas queridas.”

uma maneira bem positiva”, observa.

A Fundação de Cultura de Blumenau fica na Rua XV de Novembro, 161, Centro. (47) 3381-6192. www.fcblu.com.br

TEMAKI AO AR LIVRE

PÃO COM BOLINHO

PELO SHOPPING

“Um lugar novo na cidade, que curto

“O Benkendorf tem uma porção

“O Shopping Park Europeu, inaugurado

pelo proposta bem diferente, é a Casa

de coisas deliciosas, mas eu nunca

há pouco, tem uma boa seleção de

do Temaki. É um lugar bem pequeno,

consigo deixar de pedir o tradicional

lojas exclusivas e uma excelente praça

que fica anexo à Feira Municipal da Vila

pão com bolinho de carne deles. Às

de alimentação. É um lugar menos

Germânica, com mesinhas e balcão na

vezes também trago algumas cucas

tumultuado, com bons cafés para passar

rua. Tem um clima descontraído e sempre

aqui para a Rede Feminina. Para mim, a

o tempo. Quando vou lá, sempre visito a

oferece peixes muito frescos.”

de farofa e a de banana com chocolate

Blulivro, uma excelente livraria.”

A Casa do Temaki fica na Rua Humberto de

branco são as duas melhores!”

O Shopping Park Europeu fica na Via Expressa

Campos, Velha. (47) 3326-7372.

A Panificadora Benkendorf fica na Rua São

Paul Fritz Kuehnrich, 1600, Itoupava Norte.

www.facebook.com/ACasaDoTemaki.

Paulo, 1638, Victor Konder. (47) 3041-0869.

(47) 3039-1900. www.shoppingparkeuropeu.com.br.

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opinião l

minha cidade

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MADE IN BLUMENAU “Muitos moradores de Blumenau jamais visitaram algumas lojas de produtos fabricados pela indústria local, como a Cristais Hering ou a Strauss, ou lojas de cama, mesa e banho como a da Altenburg e da Karsten. São produtos diferenciados, famosos Brasil afora.” Os produtos das marcas citadas podem ser encontrados em diversas lojas do comércio local e também em outlets e lojas de fábrica.

CHURRASCO EM DOBRO “Em Blumenau o que não falta são boas

A blumenau DE

opções de restaurantes especializados

ALFREDO BREITKOPF O DIRETOR COMERCIAL DE UMA DAS MAIORES EMPRESAS DO VAREJO AUTOMOTIVO NA REGIÃO NOS GUIA EM UM PASSEIO POR SEUS LUGARES PREFERIDOS NA CIDADE

em carnes. Dois dos meus preferidos são o Na Moita e o Figueira, que seguem propostas bem diferentes, mas primam pelo atendimento e pela qualidade dos seus cardápios.” O Figueira Restaurante está localizado na Rua Mariana Bronnemann, 527, Velha. (47) 3035-3710. O Na Moita fica na Rua Joinville, 364, Vila Nova. (47) 3322-8417.

ponto de encontro

Alfredo Breitkopf começou a trabalhar cedo nos negócios da família. Aos 16, quando não estava na escola, rumava para a loja fundada pelo avô para vender peças e atender clientes. Hoje, Alfredo é diretor comercial da empresa que leva seu sobrenome, uma história de sucesso e dedicação que soma 11 concessionárias espalhadas pelo Estado. Para ele, ajudar a conduzir os rumos da Breitkopf – ele conta com o irmão, Roberto, e outros diretores para dar conta da tarefa – é algo prazeroso e recompensador. Quando não está no trabalho, ele gosta de passear por Blumenau com a família e de visitar bons restaurantes.

vista do moinho

VILA ALEMÃ

“O restaurante Moinho do Vale tem

“A Vila Itoupava é um bairro que ainda

a Vila Germânica virou um dos lugares

uma vista que tanto turistas quanto

preserva muito das tradições germânicas,

mais legais de Blumenau. Sempre

moradores sempre vão apreciar.

com belas paisagens. Também é um bom

recomendo a quem visita a cidade. Os

Além disso, sua culinária germânica

lugar para praticar a língua alemã, já que

eventos que acontecem o ano todo são

é uma das melhores da cidade.”

a maioria das pessoas fala o idioma.”

uma atração a mais.”

O Moinho do Vale fica na Rua Porto Rico, 66,

A Vila Itoupava fica no extremo norte de

O Parque Vila Germânica fica na Rua Alberto

Ponta Aguda. (47) 3325-3440.

Blumenau, a 25 km do Centro. Acesso via SC-108.

Stein, 199, Velha. (47) 3381-7700.

BLUMENAU É l 2014

“Com novos bares, restaurantes e lojas,


u a n e m u l B e d a i r 贸 t s i te na h

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Rua General Os贸rio, 2.170 - Bairro Velha - Blumenau/SC - (47) 3325-1645


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#blumenau l entrevista l capa l urbe l empreendedores l gente l compras l

cultura l esporte l educação l grupo RIC

OLHARES EM REDE André Balão @andrebalao

Através das lentes de seus celulares, usuários do aplicativo Instagram compartilham belos flagrantes do dia a dia na cidade

Julio Salvador @juliocesarsalvador

Leonardo Contin da Cos

ta @contindacosta Rua

o Vista do Museu da Águ

a

Ana Cláudia Lubitz @aclubitz Centro Rua Sete de Setembro

XV de Novembro

Christiane M. Theiss @theisschris Torre da Matriz

Sávio Abi-Zaid @abi_zaid Parque das Nascentes

Luciano Correia @lucorreiablu Parqu BLUMENAU É l 2014

e Ramiro Ruediger

Elaine P. de Oliveira @elainepnanny Parque Ramiro Ruediger

Victoria Krause @viikrause Teatro

Carlos Gomes


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Alexandre Carrer @alexa

o ndre _carrer Ponte de Ferr

Juliano Marco Zunino @jmzunino

Ipê

Ana Cláudia Lubitz @aclubitz Centro

Juliano Marco Zunino @jmzunino Rua Victor Konder Ana Cláudia Lubitz @ac

lubitz Salto Weissbach

Sávio Abi-Zaid @abi_ zaid Spitzkopf

Julio Salvador @juliocesarsalvador Vila Germânica Ivan Wiese @ivanwiese Centro

Vicente Almeida @vcentealmeida

Juliano Marco Zunino @jm

zunino Domingo na Rua

Cemitério dos Gatos Moacir Guilherme Knop @guiknop1 Ponte de BLUMENAU É l 2014

Ferro

Rapha Aretakis @aretakis Beira- Rio

XV


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entrevista

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cultura l esporte l educação l grupo RIC

A SOLUÇÃO ESTÁ NOS NEGÓCIOS PARA O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BLUMENAU, CARLOS D’AMARAL, A CIDADE DEVE INVESTIR EM INFRAESTRUTURA E FOMENTAR A INOVAÇÃO PARA ALAVANCAR A ECONOMIA LOCAL Aos 64 anos, Carlos Tavares D’Amaral está na metade do seu primeiro mandato como presidente da Associação Empresarial de Blumenau (ACIB), a mais antiga entidade associativa de empresários de Santa Catarina. Diretor administrativo da Cia. Hering, onde entrou em 1975, costuma dizer que já passou “por vários países diferentes” nas quase quatro décadas de empresa. D’Amaral tenta usar essa experiência para buscar melhorias não apenas para os empreendedores, mas para a cidade como um todo. À frente da ACIB, luta por bandeiras comunitárias como a duplicação da BR-470 e a construção de um complexo penitenciário regional. Para ele, o grande potencial de Blumenau está hoje nos negócios e é preciso que o poder público trabalhe em parceria com a iniciativa privada para aproveitar as oportunidades. Quais as suas perspectivas para os próximos dois anos de gestão à frente da ACIB? A ACIB tem algumas bandeiras comunitárias que são as mesmas desde que entrei na entidade, há alguns anos: duplicação da BR-470, prolongamento da SC-108 (Via Expressa) e construção do complexo penitenciário. São coisas

que sempre estiveram no nosso radar, e que ainda não chegamos nem perto de concluir. Mas a perspectiva agora é bem melhor: parece que a obra da BR470 finalmente vai começar. O projeto da Via Expressa, que formará um binário com a Rua Pedro Zimmermann, na Itoupava Central, também vem avançando. E finalmente temos um local para o complexo penitenciário,

“Blumenau precisa atrair novas indústrias e novas áreas de serviço. E essas empresas precisam ter um lugar planejado para se instalarem” perto do Anel Viário Norte. Acredito que nos próximos dois anos essa bandeira será transformada em realidade. Como a ACIB trabalha para identificar essas demandas de caráter coBLUMENAU É l 2014

munitário e cobrar ações do poder público para atendê-las? Em Blumenau, temos uma relação muito boa entre as entidades. ACIB, AMPE (Associação das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais de Blumenau), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Intersindical, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Codeic (Conselho de Desenvolvimento da Itoupava Central) formam o que chamamos de “grupo dos seis”. Quando existe uma demanda muito importante para Blumenau, atuamos em bloco, visitando políticos e outros envolvidos. Além disso, a ACIB trabalha ativamente em dezenas de conselhos da cidade, e é sempre uma voz importante dentro deles. E como se dá o trabalho da entidade no apoio direto ao empresário local? Uma das principais missões da ACIB é buscar melhorar a gestão das empresas associadas. Quase a maioria (93%) é de micro e pequenas empresas, sem estrutura para dar ou fazer treinamentos por si, por exemplo. Tentamos ajudar através de cursos e seminários, além de organizar núcleos com empresas de um mesmo setor que não se enxergam como concor-


17 .NLeo Laps

rentes e tentam resolver problemas comuns com esforços conjuntos. Você costuma afirmar em entrevistas que vê Blumenau como uma cidade de negócios. O que é preciso fazer para aproveitar melhor esse potencial e que oportunidades precisam ser melhor exploradas? Blumenau precisa atrair novas indústrias e novas áreas de serviço. E essas empresas precisam ter um lugar – um distrito industrial ou várias microáreas – planejado para se instalarem. Isso deve ser feito de forma organizada, em local preservado, com bons acessos e energia elétrica suficiente. O turismo continua importante para a economia da cidade. Mas hoje enfraqueceu. Os visitantes vêm, dão uma volta, comem algo e vão embora. É preciso que fiquem mais tempo, e isso só acontecerá se readequarmos a rede hoteleira, alvo de muitas reclamações. Vejo com bons olhos o direcionamento do nosso turismo para a gastronomia. Além disso, temos bons museus, passeios ecológicos, muita coisa que pode ser melhor promovida. Qual o setor mais promissor para a economia da cidade? O ramo da tecnologia já deu muitos frutos e ainda tem muito para dar. São empresas voltadas para a inovação, têm isso em seu DNA. A área de TI evolui muito rápido, tem muita coisa acontecendo, e aí precisamos formar pessoas com o conhecimento adequado para dar conta desse crescimento. Há projetos como o Entra 21, onde a garotada está empregada antes de se formar. O Brasil precisa mais de bons cursos técnicos do que universidades. Claro que precisamos disso também – precisamos de mestres, doutores, pensadores –, mas o que precisamos “no atacado” para a economia é de bons técnicos, bem formados.

Não é raro ouvir moradores dizerem que Blumenau tem andado para trás, que as obras não acontecem mais aqui e estamos perdendo espaço para outras cidades. O senhor concorda com essa percepção? Acho que isso se deve um pouco pela falta de vontade política. Joinville, por exemplo, teve avanços importantes durante o governo Luiz Henrique da Silveira, que é de lá. Houve uma interação muito importante, o que BLUMENAU É l 2014

não é pecado algum. Hoje, imagino que Lages e a Serra Catarinense estejam se beneficiando do governo Raimundo Colombo. É uma questão de relacionamento. Já Blumenau parece sofrer desse problema: acha que pedir é uma coisa meio vergonhosa. Outras regiões pedem e conseguem. Aqui o pessoal escreve carta, discordando ou concordando sobre algo, e não vai até o governo. Tem que ir, em bloco. Assim se consegue as coisas.


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capa

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VOCAÇÃO PARA A GASTRONOMIA A TRADIÇÃO CULINÁRIA DE BLUMENAU GANHA CADA VEZ MAIS FORÇA COM O SUCESSO DE NOVOS EVENTOS E RESTAURANTES QUE ALIMENTAM O TURISMO E AQUECEM A ECONOMIA LOCAL

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Os prazeres da mesa sempre foram um dos maiores atrativos turísticos de Blumenau, desde meados do século passado. Pratos de origem germânica, como o marreco recheado e o joelho de porco, assim como as tradicionais massas italianas, deram fama nacional aos melhores restaurantes do município ao longo das últimas décadas. No entanto, há cerca de dez anos, um processo de revitalização do setor gastronômico blumenauense começou a ser pensado pelo poder público municipal e também por empreendedores lo-

cais. Hoje, a cidade conta com um calendário cada vez mais recheado de eventos voltados ao paladar, como a SC Gourmet e o Festival Brasileiro da Cerveja. Turistas e moradores de Blumenau e região celebram, de tempos em tempos, a abertura de novos estabelecimentos – de descontraídos botecos a elegantes bistrôs, que trazem em seus menus os mais variados sabores da cozinha brasileira e internacional. Ex-secretário municipal de Turismo, Norberto Mette hoje atua na produção de eventos gastronô-

micos com a empresa SOL Feiras e Eventos. Junto ao sócio Develon da Rocha, criou o Festival de Botecos e a SC Gourmet, que acontecem no Parque Vila Germânica, além de organizar em parceria com o Empório Vila Germânica, do empresário Valmir Zanetti, o Festival Blumenau Gastronômico, que todo início de ano reúne dezenas de restaurantes da cidade. Mette recorda bem do momento em que se começou a repensar a cultura gastronômica da cidade: “Em 2005, a Oktoberfest passou a

Depois de receber mais de 16 mil pessoas em maio, o Festival de Botecos ganhou uma nova data e terá sua terceira edição ainda este ano, de 19 a 22 de novembro

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Divulgar a gastronomia e colocar o público em contato com fornecedores de produtos premium é o objetivo da SC Gourmet, que teve sua quarta edição em agosto deste ano

oferecer as cervejas artesanais produzidas na região e a investir em comida típica de qualidade. Isso foi tendo uma receptividade cada vez maior e hoje é um dos grandes atrativos da festa”, lembra. “A gastronomia vive um momento ímpar, virou moda, hobby, está na tevê o tempo todo. As pessoas querem comer melhor, querem que as refeições sejam prazerosas, e isso ajuda o setor gastronômico a se fortalecer como negócio”, completa Develon. O atual secretário de Turismo de Blumenau, Ricardo Stodieck, é um dos que reafirma constantemente a gastronomia como nova âncora para o turismo e a economia blumenauense. “Somos uma cidade turística, e não existe turismo no mundo sem gastronomia. É algo que traz movimento o ano todo para a cidade. Hoje, somos a capital brasileira da cerveja e temos uma Oktoberfest cada vez mais focada na boa gastronomia”, afirma o secretário. A Secretaria Municipal de Turismo, por sinal, tem ajudado a divulgar

o Festival Brasileiro da Cerveja no exterior, em cidades como Londres, na Inglaterra, e Denver, nos Estados Unidos. “Queremos o reconhecimento de Blumenau como um destino internacional para fãs da gastronomia”, projeta Stodieck.

Klenz: formação do Núcleo Gastronômico vai unir os empresários do ramo para melhorar os serviços, organizar eventos, cursos e pesquisas de mercado

chapecó É l 2014

Quem veio de fora do Brasil, há dez anos, para encontrar em Blumenau um promissor nicho de trabalho é o chef alemão Heiko Grabolle – que há cerca de um ano trabalha em parceria com o Restaurante Escola Senac, na esquina da Alameda Rio Branco com a Rua Sete de Setembro. Nos sábados, no horário de almoço, ele comanda, ao ar livre, uma chapa coberta de salsichas especiais, batata e cebola, em um autêntico festival de comida de rua alemã. “O blumenauense não é fechado. Ele está aberto a novidades, mas não se deixa enganar: é preciso ter qualidade para sobreviver aqui”, avalia Grabolle. Para ele, além de o público valorizar cada vez mais os locais que servem com qualidade, é preciso que os empresários do setor unam forças e compreendam que eles não são exatamente “concorrentes”: “Quem concorre com a gente são outras cidades, como Balneário Camboriú e Florianópolis”, sentencia o chef alemão. Unir forças é justamente a filosofia do Gusto, o Núcleo Gastronômico de


21 NLeo Laps / Divulgação Festitália

Blumenau e Vale Europeu que foi lançado em julho, reunindo inicialmente os donos de cinco estabelecimentos da cidade – Baggio, Figueira, Don Peppone, Spitzbier e Cafenhaus Glória, além de Develon e Mette, da SOL. “O núcleo tem como objetivo unir os empresários do ramo para fortalecer o setor e a cultura da gastronomia na região. Temos um mercado em crescimento, mas precisamos nos preocupar com a qualidade dos produtos e do serviço prestado aos clientes”, afirma Lothar Klenz, proprietário do Cafenhaus Glória, um dos cafés coloniais mais famosos do Sul do Brasil. O Gusto ainda passa por um momento de implementação, mas os envolvidos já planejam ações cooperativas entre os empreendedores do setor, desde compras coletivas junto a fornecedores, para conseguir preços melhores, até a organização de novos eventos, cursos e realização de pesquisas de mercado. “Um dos primeiros objetivos é fazer um levantamento completo do setor, algo que não existe ainda”, adianta Mette. Puxado pela fama das cervejarias artesanais, pelas tradições germâ-

Grabolle: “O blumenauense é aberto a novidades, mas não se deixa enganar. É preciso ter qualidade para sobreviver”

nicas e italianas e pelos eventos que atraem milhares de pessoas a cada edição, novos e experientes empreendedores investem na cidade. Uma das últimas novidades gastronômicas é a nova casa da Cachaçaria Água Doce, na Rua Antônio da Veiga. Os sócios César Augusto do Nascimento e Marcelo Antônio Justi já administravam há dez anos as outras franquias da marca em Santa Catarina,

CARDÁPIO DE EVENTOS 2014 BlumenKuchen 1º a 6 de setembro, em padarias e panificadoras participantes Oktoberfest 8 a 26 de outubro, na Vila Germânica Festival de Botecos 19 a 22 de novembro, na Vila Germânica Festival Blumenau Gastronômico Data a definir, em restaurantes participantes

2015 Festival Brasileiro da Cerveja 11 a 14 de março, na Vila Germânica Festival de Botecos 5 a 8 de maio, na Vila Germânica Festitália Julho, a definir, na Vila Germânica SC Gourmet 5 a 8 de agosto, na Vila Germânica O sucesso de público da Festitália, em julho, prova que nem só de culinária germânica vive a gastronomia local

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VARIEDADE E SABOR Há anos aprimorando suas opções gastronômicas, Blumenau é hoje um dos melhores destinos do Sul do Brasil para quem gosta de comer bem. Só aqui se encontra desde a alta gastronomia do Decanter Winebar (esq.) e do Senac Bistrô (dir.), até a fast-food gourmet do The Basement (acima) e as delícias tradicionais da culinária alemã, como o hackapeter e as salsichas.

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Novas casas, como o recém-inaugurado Boteco São Jorge, apostam em um ambiente mais informal e no público que busca uma opção diferente para o happy hour

e quando tiveram a oportunidade de assumir mais uma casa em Blumenau não hesitaram. “Era a cereja do bolo. Apesar da economia ter sofrido uma retração nos últimos anos, vemos que as pessoas ainda investem seu tempo livre em lazer e entretenimento, e vemos Blumenau com um cenário muito bom para o setor, tanto que investimos R$ 1 milhão na reforma do imóvel onde inauguramos a unidade”, analisa César. Já o blumenauense Eduardo Evers está perto de completar seu primeiro ano como empreendedor no ramo gastronômico, após 22 anos administrando uma confecção. Em outubro, inaugurou no Parque Vila Germânica o Empório São Jorge, onde procura oferecer um mix bem variado de produtos locais, como queijos, doces, chocolates e bebidas. E no último 1º de abril, realizou um sonho antigo abrindo o Boteco São Jorge, onde busca fomentar o hábito do happy hour com um ampla carta de chopes e cervejas, e abrindo sem-

pre no final da tarde. “Também procuramos colocar as bandas (de pop rock a samba) para tocar mais cedo. Aí o pessoal pode curtir num dia de semana sem ir para casa muito tarde”, justifica o empresário.

Com os bons resultados de seu empório no Parque Vila Germânica, o ex-confeccionista Evers decidiu abrir um segundo negócio no ramo gastronômico

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Nascimento, Justi e Evers se juntam a um time formado por empreendedores que oferecem ao público uma grande variedade de experiências gastronômicas. Das comidinhas de boteco gourmet criadas por Fábio Wollstein, proprietário do Butiquin Wollstein, ao cardápio especialmente desenvolvido para a harmonização de vinhos do Winebar Decanter. Das carnes especiais do Figueira Restaurante, fundado pelo paulista Caio Fontenelle aos hambúrgueres e hot-dogs do The Basement, um autêntico pub inglês instalado em um porão no Centro de Blumenau. O morador de Blumenau – e seus visitantes – nunca tiveram tantas oportunidades para transformar uma refeição em um momento de prazer e diversão. “Nossa gastronomia vem ficando cada vez mais cosmopolita. Hoje, a culinária oriental japonesa e chinesa, assim como a mexicana, e a própria comida de boteco, vêm se mostrando boas formas de agradar ao paladar dos blumenauenses”, opina Wollstein.


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urbe l

empreendedores l gente l compras l cultura l esporte l educação l grupo RIC

AVANÇO NA MOBILIDADE COM A CONCLUSÃO DO COMPLEXO DA PONTE DO BADENFURT, BLUMENAU DÁ MAIS UM PASSO PARA DESOBSTRUIR O FLUXO DO TRÂNSITO NA CIDADE BLUMENAU É l 2014

Depois de quase dois anos de atraso, no último dia 17 de agosto foi inaugurado em Blumenau o Complexo Viário Bernardo Wolfgang Werner, que liga os bairros Badenfurt e Passo Manso. A obra conecta a Rua Bahia à BR-470 através de vias duplicadas e faz avançar o projeto de construção de um Anel Viário Periférico como solução para desafogar o trânsito na região central da cidade. Para sua construção foram investidos R$ 30 milhões do governo federal, R$ 10 milhões do governo do


25 .Leo LapsNDivulgação / Leo Laps

Estado de Santa Catarina e R$ 4 milhões do município. Com um total de 1.860 metros de extensão, a Ponte do Badenfurt, como ficou conhecida já durante sua construção, conta na verdade com duas pontes: além da principal, com 362 metros de extensão sobre o Rio Itajaí-Açu, há outra menor, com 80 metros de comprimento, que passa sobre o Ribeirão do Testo. Com passeio público e ciclofaixa, a via oferece ainda o belo visual de três ilhas fluviais do lado leste da ponte maior.

“Essa obra traz um novo conceito de mobilidade para a cidade e estimula o crescimento para uma região livre de enchentes”, afirma o secretário de Planejamento de Blumenau, Alexandre Gevaerd. “Além disso, é o segundo acesso expresso para a cidade a partir da BR-470, encurtando deslocamentos e desafogando o trânsito nos arredores da Ponte do Salto, Rua Bahia, Rua Pomerode e na própria BR-470”, argumenta o secretário. Com tráfego calculado em 20 mil veículos por dia, o Complexo Viário Bernardo Wolfgang Werner não resolve sozinho os gargalos e engarrafamentos da região, que só devem ser atenuados com obras complementares. Segundo Gevaerd, cabe agora à prefeitura concluir o prolongamento da Rua Humberto de Campos (obra já em andamento) e construir o Corredor Oeste, que ligará as duas vias. Já a rotatória que liga a nova estrutura viária à BR-470, na entrada de Pomerode, só terá seus problemas de tráfego melhorados com a duplicação da rodovia federal, aponta o secretário municipal. Ali, um viaduto deve ser construído para melhorar o fluxo de veículos. Iniciada em janeiro de 2011, as obras do Complexo Viário Bernardo Wolfgang Werner deveriam ter sido concluídas em dezembro de 2012. A enchente de setembro de 2011 e longos períodos de chuva, além de atrasos na entrega de materiais, foram empurrando o prazo adiante. O local de construção da ponte já havia sido pensado no início da década de 1990, e o traçado foi incluído no Plano Diretor em 1996. O projeto de engenharia foi desenvolvido entre 2005 e 2006. A inauguração da obra viária foi marcada por uma festa para a comunidade. Naquele domingo, 17 de agosto, a via ficou aberta das 8h às 13h apenas para pedestres e ciclisBLUMENAU É l 2014

tas, com atrações como jogos, caminhadas, apresentações artísticas e serviços de saúde. “Este não é um feito de um governo, mas uma obra em benefício da comunidade. A partir de agora, o complexo facilita a vida das pessoas, encurtando distâncias e colaborando de maneira fundamental para a mobilidade urbana da região”, afirmou o prefeito Napoleão Bernardes. A conclusão da nova ponte vai aposentar a velha Balsa do Passo Manso, uma embarcação que há décadas liga a Rua Bahia à Rua Arnoldo Hemmer. Conduzida manualmente através de cabos, a Balsa Gerhardt Starke, como foi batizada, tem capacidade para transportar dois carros e 20 pessoas de cada vez, gratuitamente, em uma travessia que leva de 5 a 10 minutos. Gevaerd adianta que a balsa poderá ser usada em um projeto que pretende criar um parque aquático na Usina do Salto, alguns quilômetros abaixo do Complexo Viário.

Gevaerd: obra vai redirecionar a expansão da cidade e desafogar o trânsito nos arredores da Ponte do Salto, Rua Bahia, Rua Pomerode e no acesso à BR-470


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BLUMENAU EM QUATRO BAIRROS DE MOVIMENTADOS NÚCLEOS URBANOS À TRANQUILIDADE DE UMA VILA RURAL, TODOS CONTRIBUEM À SUA MANEIRA PARA DAR AO MUNICÍPIO UMA PERSONALIDADE ÚNICA

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O CORAÇÃO DA CIDADE É NO CENTRO ONDE TODOS SE ENCONTRAM, SEJA PARA TRABALHAR, FAZER COMPRAS, SE DIVERTIR OU APRECIAR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL Mais que o lugar onde milhares de moradores de toda a região se encontram para passear, fazer compras, trabalhar, estudar ou se divertir, o Centro de Blumenau é uma das maiores atrações turísticas da cidade. Repleto de cartões-postais como a Prefeitura Municipal, a Torre da Matriz e o Teatro Carlos Gomes, foi neste bairro que se desenvolveu, sob o comando de Hermann Bruno Otto Blumenau, o centro administrativo da colonização germânica na região – a Stadplatz, em alemão. Com apenas 5 mil moradores, segundo o Censo 2010 – uma das menores ocupações residenciais de Blumenau –, o bairro reúne quase o mesmo número de empreendimen-

tos, principalmente no comércio e no serviço. Cortado por três importantes vias paralelas – a Rua Sete de Setembro, a Rua XV de Novembro e a Avenida Beira-Rio –, é um dos melhores lugares da cidade para apreciar as belezas do Rio Itajaí-Açu. Passeando pela calçada da Beira-Rio, é possível avistar facilmente capivaras, garças e outras aves, já acostumadas com o corre-corre da cidade. Na Rua XV, além de um comércio variado, que inclui grandes redes e pequenos estabelecimentos, há ainda um verdadeiro tesouro arquitetônico formado pelo casario histórico, com destaque para a bela Casa Husadel, no número 801, e o Museu de Hábitos e Costumes. Restaurantes e

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bares oferecem cardápios para todos os bolsos e gostos, inclusive na Rua Curt Hering e suas transversais, onde vários pubs, botecos e cafés recebem desde rodas de amigos até rápidas reuniões informais de trabalho. Atualmente, o Centro e bairros vizinhos são palco de uma das principais discussões sobre o futuro da cidade: a construção de uma nova ponte sobre o Rio Itajaí-Açu. A prefeitura defende uma ligação entre a Rua Itajaí, no Vorstadt, e o Bairro Ponta Aguda, o que poderia desviar parte do tráfego das ruas do Centro. O projeto desenvolvido pelo governo municipal anterior, no entanto, sugeria que a nova ponte ligasse o Centro, pela Rua Rodolfo Freygang, à Rua Chile.


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VELHA EM PLENA FORMA UM DOS BAIRROS MAIS MOVIMENTADOS DE BLUMENAU MISTURA NEGÓCIOS E RESIDÊNCIAS E EM BREVE DEVE GANHAR UM NOVO TRAÇADO URBANO A origem do nome do Bairro da Velha gera controvérsias entre os historiadores locais. Uma das versões mais aceitas, no entanto, remonta ao ano de 1838 e envolve uma senhora de idade avançada que residia na região e era dona da maioria daquelas terras. Residência de 15,3 mil blumenauenses, segundo o Censo 2010 do IBGE, hoje o Bairro da Velha é sede do Parque Vila Germânica, o principal centro de eventos da cidade, e do Parque Ramiro Ruediger, o maior espaço de lazer ao ar livre de Blumenau. Essencialmente residencial, e com elevada densidade demográfica, o bairro passou a receber indústrias depois das cheias de 1983 e 1984, por se localizar em um lugar livre de enchentes.

Atualmente, o Bairro da Velha é um dos mais importantes da cidade, contando com vias de grande circulação como a Rua João Pessoa, a Rua General Osório e a Rua dos Caçadores. Ao longo desses verdadeiros corredores de serviços, empresas, lojas e outros estabelecimentos comerciais prosperam ao lado de conjuntos habitacionais. A região deve passar nos próximos anos por grandes mudanças infraestruturais com o prolongamento da Rua Humberto de Campos, obra em andamento que promete desafogar o trânsito de veículos na região oeste de Blumenau. Com grande extensão territorial, o Bairro da Velha já passou por algumas subdivisões, que deram origem

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aos bairros da Velha Grande e Velha Central. Juntos, os três correspondem por 12% da população total de Blumenau, com quase 40 mil moradores. Outros bairros desmembrados da Velha são o Água Verde e o Água Branca. Segundo o historiador blumenauense Adalberto Day, o nome do bairro quase foi modificado em duas ocasiões: em 1950, durante a celebração dos 100 anos de fundação da cidade, foi cogitada a mudança para Bairro Centenário. Já em 1969, houve uma tentativa de mudar o nome para Bairro da Vera, em homenagem à então Miss Brasil Vera Fischer, que nasceu no bairro. O nome original, no entanto, sobreviveu.


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ONDE TUDO COMEÇOU A REGIÃO EM TORNO DO RIBEIRÃO GARCIA FOI UMA DAS PRIMEIRAS A SER POVOADA E HOJE É UM DOS BAIRROS QUE MAIS CRESCEM NA CIDADE Porta de entrada para as belezas naturais do Parque Nacional da Serra do Itajaí, o Bairro Garcia é um dos mais populosos de Blumenau, com quase 16 mil moradores, segundo o Censo 2010 realizado pelo IBGE. Um dos primeiros locais da cidade a ser colonizado a partir de 1850, logo após a chegada dos primeiros imigrantes alemães, recebeu seu nome atual apenas em 1956, em uma homenagem aos primeiros moradores da região – que vieram do Rio Garcia, no município de Camboriú. Predominantemente residencial, com uma verticalização cada vez maior, o Garcia tem um importante corredor comercial, desenvolvido principalmente ao longo da sua prin-

cipal via, a Rua Amazonas. Lojas, padarias, restaurantes, empresas de serviços e outros pequenos empreendimentos dividem espaço com grandes indústrias, como a Souza Cruz e a Coteminas. Também é no bairro que se localiza o 23º Batalhão de Infantaria do Exército, além da belíssima Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que fica na entrada do bairro, próximo à Fonte Luminosa. Em seu cemitério estão os restos mortais do cientista Fritz Müller, que colaborou com o pesquisador Charles Darwin na confirmação da teoria evolucionista no século 19, e de várias outras personalidades e famílias importantes para a história de Blumenau.

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Com 40 quilômetros de distância entre sua nascente, dentro do Parque Nacional da Serra do Itajaí, e o Rio Itajaí-Açu, onde desemboca, o Ribeirão Garcia também tem importância histórica na cidade. Foi em sua foz, onde hoje fica o centro antigo de Blumenau, que a colonização da região deu seus primeiros passos. E foi ao longo de suas curvas que o Garcia se desenvolveu década após década, tornando-se um dos bairros mais importantes de Blumenau. Junto com Ribeirão Fresco, Valparaíso, Vila Formosa, Glória e Progresso, o bairro forma hoje o Grande Garcia: juntos, têm uma área de 160 quilômetros quadrados, 20% da área total do município.


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TRADIÇÕES PRESERVADAS CERCADA POR BELEZAS NATURAIS, A VILA ITOUPAVA MANTÉM A HERANÇA DOS IMIGRANTES GERMÂNICOS NA CULINÁRIA E NA ARQUITETURA TÍPICAS Localizado no extremo norte do município, a 25 km de distância do Centro, o Distrito da Vila Itoupava é o bairro blumenauense que melhor conserva o legado da colonização germânica na região. Além das centenárias construções enxaimel e de belas paisagens rurais, quem anda pelas ruas do bairro ou visita o comércio local provavelmente vai ouvir um bate-papo em alemão entre os moradores, hábito que se mantém inclusive entre os mais jovens. A região pertencia a Massaranduba até 1943, quando foi emancipada do município vizinho para se tornar distrito de Blumenau. Dos seus 91 km2, apenas sete são de área urbana. Cortado por morros e vales

estreitos banhados por ribeirões, o bairro sedia diversas atividades de agropecuária, boa parte para a subsistência das famílias. A principal empresa do bairro é a Haco, fundada em 1929 e que, atualmente, emprega mais de 2 mil funcionários e fabrica 3 bilhões de etiquetas por ano, além de bordados, cadarços e adesivos. Restaurantes e pequenas empresas investem em produtos tradicionais e fomentam o turismo na região. Há alambiques e lojas de chocolate caseiro, além de lugares únicos como o Abendbrothaus, que abre apenas para o almoço de domingo e serve um único prato: marreco recheado com repolho roxo e purê de maçã. A comida típica também é obrigató-

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ria nas festas celebradas pelos oito clubes de caça e tiro do bairro e no tradicional Stammtisch local, celebrado há mais de uma década. Suas belezas naturais – assim como a história preservada no casario enxaimel – podem ser melhor apreciadas em um passeio de fim de semana por suas ruas de macadame ou chão batido. Há cinco anos, porém, o bairro recebe, sempre no final de agosto, turistas e moradores da região para a Wandertag, uma caminhada ecológica cultural com 10 quilômetros de extensão, que também pode ser percorrida de bicicleta. É a oportunidade perfeita para conhecer um dos bairros mais pitorescos da cidade.


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Fonte: Google Analytics – Junho 2013

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DIRETO DO PRODUTOR

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A CIDADE TEM HOJE 13 FEIRAS LIVRES, QUE TRAZEM PARA A MESA DOS BLUMENAUENSES FRUTAS, HORTALIÇAS E DELÍCIAS COLONIAIS PRODUZIDAS NA REGIÃO


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Tirando domingos e feriados, todo dia é dia de feira em Blumenau. Atualmente, a população conta com 13 opções de locais, espalhados pelos quatro cantos do município, para comprar frutas, verduras e legumes sem agrotóxicos, pães, geleias, chocolates, mel, queijos coloniais e embutidos – muitas vezes diretamente das mãos da família que os plantou ou preparou. Seja nas feiras livres ou nos sacolões (quando os produtos são vendidos a preço único), a variedade e a qualidade dos produtos comercializados impressionam. Difícil mesmo é sair sem uma ou duas sacolas nas mãos. Aos 74 anos, Erno Boos esbanja vitalidade e capricha no atendimento aos clientes – outro grande diferencial das feiras. Na Feira Municipal da Vila Germânica, a maior da cidade, ele comanda desde 1982 um estande recheado de frutas, legumes e verduras frescas. Acredita que consumir alimentos saudáveis é a melhor receita para aguentar a longa jornada de feirante e dá a fórmula para se dar bem nos negócios: “É preciso ter força de vontade e saber conquistar a clientela, conhecê-los pelo nome, e mostrar que o seu produto é selecionado e tem mais qualidade”, ensina o sorridente feirante. Boa parte dos produtos vendidos por Erno – assim como os da maioria dos feirantes da cidade – é adquirida todos os dias, ainda de madrugada, no posto da Central de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa). Outra é comprada diretamente de colonos da região do Vale do Itajaí. Mas há feirantes, principalmente os de fora da cidade, que plantam os próprios produtos que comercializam. Eles vêm todos os dias de municípios menores e mais rurais, como Luís Alves, Antônio Carlos, Atalanta e Presidente Getúlio.

Há mais de 30 anos na feira da Vila Germânica, o senhor Boos dá a receita para conquistar o cliente: produtos selecionados e qualidade no atendimento

Membros de uma família de feirantes, Severino e Fabrício Waldrich trazem todas as semanas para as feiras dos bairros Ponta Aguda e Itoupava Norte uma seleção de delícias como queijos, nata, melados, geleias, doces e pães. Tudo, com exceção dos embutidos, é produzido pela própria família nos dias em que não há feira.

Há duas décadas trabalhando junto com o pai, Fabrício acredita que o movimento vem diminuindo a cada ano. “As famílias estão menores e o pessoal mais jovem não tem o costume de ir à feira, compra tudo no supermercado”, avalia. No entanto, ele sabe que seus clientes seguem exigentes. “Temos produtos diferenciados e, já que vendemos aquilo que produzimos, temos uma responsabilidade muito grande com a qualidade”, afirma Fabrício. Ao lado da banca dos Waldrich, na Ponta Aguda, o casal Celso e Irene Hasckel comercializa desde 1978 produtos raros de encontrar hoje em dia nas grandes cidades, como o taiá, o pêssego bolacha e o mangarito, uma batata de cor laranja que só nasce no inverno. “Conhecemos a maioria dos clientes pelo nome. Acaba virando uma espécie de amizade”, revela Celso. Um dos seus clientes assíduos, morador do bairro, é Alexandre Zarttar, que sabe dizer sem demora por que prefere a feira: “Os produtos são bem melhores, selecionados – não tem nada amassado ou apodrecendo, há mais variedade”, enumera.

Severino e o filho Fabrício: com exceção dos embutidos, todos os itens da banca são produzidos pela família

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ONDE TEM FEIRA Feira Livre da Vila Germânica 
 Segundas e quintas-feiras, das 10h às 20h.
Aos sábados das 8h às 12h. Feira Livre da Fortaleza Rua Francisco Vahldieck.
 Terças e sextas-feiras, das 10h às 19h. Feira Livre da Ponta Aguda 
 Anel Viário. Terças-feiras das 10h às 19h.
Sábados das 5h30 às 11h. Feira Livre da Ponta Aguda Rua Paraguai.
 Segundas e quintas-feiras, das 10h às 20h. Feira Livre do Testo Salto Em frente ao Clube de Caça e Tiro. Sábados das 5h às 11h. Feira Livre da Escola Agrícola Rua Benjamin Constant. Quartas-feiras das 9h às 19h.
Sextas-feiras das 10h às 20h. Feira Livre da Itoupava Seca Rua Xavantina.
 Quartas e sextas-feiras, das 10h às 19h.

Na banca de Celso Hasckel é possível encontrar de laranjas e limões até produtos raros, como taiás e mangaritos

Entre os profissionais que ganham a vida nas feiras livres, os mais jovens são raridade. Aos 25 anos, Marco Antônio Sens vai na contramão: há dois meses, ele monta seu estande todas as segundas e quintas na Feira da Vila Germânica. Vende

Feira Livre da Itoupava Norte Rua 1° de Janeiro. Quartas-feiras das 10h às 19h.
Sextas-feiras das 7h às 11h. Feira Livre da Itoupavazinha Ao lado do ESF Dr. Armando Odebrecht.
 Quartas-feiras das 7h às 14h. Feira Livre da Itoupavazinha Rua Philipp Bauler. Sábados das 5h às 11h. Feira Livre da Itoupava Central AG Guilherme Jensen.
 Quintas-feiras das 7h às 14h. Feira Livre do Garcia Rua da Glória. Sábados das 7h às 12h. Feira Livre da Velha Rua Gustavo Budag.
 Terças-feiras das 10h às 19h.

Feirante há apenas dois meses, Marco Antônio largou o escritório para vender pães, chocolates e alimentos gourmet na Feira da Vila Germânica

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chocolates, pães e alimentos gourmet. Antes, trabalhava em escritórios e também consertando computadores. Agora garante estar muito mais feliz: “Estou vendendo bem e é muito legal ter o reconhecimento do público, construir uma clientela fiel. Quem visita a feira são pessoas interessadas em um estilo de vida mais saudável e é ótimo trabalhar com esse tipo de público”, afirma Sens. A 13ª feira livre de Blumenau foi inaugurada há cerca de dois meses, no Bairro Itoupavazinha. Segundo o coordenador de feiras livres de Blumenau, Jair Rubens Trierweiler, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, há planos para aumentar este número em breve. Interessados em se tornar feirantes podem procurar o órgão municipal para encaminhar a documentação necessária. “Temos sempre vagas, e damos preferência ao agricultor familiar”, adianta. Já quem quer apenas aproveitar as delícias das feiras da cidade, pode conferir o box ao lado para encontrar o local mais próximo de casa e programar uma visita.


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A inquietação de Luciane de Toledo Rosa com a “mesmice” das lojas de roupas deu origem à Maria Leque, crocheteria que aposta em peças exclusivas e feitas à mão. Vinda do interior do Rio Grande do Sul para estudar Administração em Blumenau, Lu Rosa trabalhou com produção fotográfica e ao mesmo tempo cursou estilismo. Aos 26 anos, ela lembra que foi sua experiência com fotografia que a fez perceber como as pessoas tinham dificuldade em se adaptar às roupas oferecidas no comércio. “Nenhuma veste bem e todas parecem iguais”, diz. Ao invés de ficar apenas reclamando da moda, Lu passou a fazer consultoria de imagem e em 2013 criou a própria marca, em sociedade com a irmã e a mãe. Aproveitou uma tradição de seu estado de origem e selecionou um grupo de artesãs gaúchas para desenvolver as peças, que vão de luvas a vestidos de noiva. “Diferente do tricô, que pode ser feito à máquina, o crochê é exclusivamente manual. Essa delicadeza faz com que cada peça seja única”, observa. Sem estoque suficiente para uma loja, Lu optou por montar um ateliê em um shopping center de Blumenau. Diferente das lojas tradicionais, o ambiente era uma espécie de sala onde as pessoas podiam sentar, conversar, receber dicas sobre estilo e fazer compras. Foram dois meses de divulgação, que serviram para posicionar a marca entre os consumidores locais. Da experiência, surgiram novos negócios e indicações para outras vendas. Lu conta que a ideia do quiosque é justamente aproximar o público das técnicas feitas à mão. Ela diz que não faz crochê mas orgulha-se em saber que algumas das artesãs com quem trabalha acabaram ensinando suas mães, numa espécie de “inversão de papel”, a arte da crocheteria.



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. Adão PinheiroNLeo Laps

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Carolina Schmitz, 28 anos, é psicóloga por formação, já atuou na área de RH de grandes empresas e transitou pelo marketing em uma casa especializada em vinhos, mas nunca se identificou plenamente com o que fazia. Aline Mariah Schmitz, 27 anos, é formada em Publicidade e Propaganda, já trabalhou em agências mas com o tempo descobriu que não era exatamente o que queria. As coincidências não param por aí. Além de terem o mesmo sobrenome – mesmo não sendo irmãs – e dividirem uma certa frustração com suas escolhas profissionais, ambas voltaram cheias de ideias depois de passar uma temporada no exterior. Carol já morou na Austrália e Aline viveu nos EUA. Trocando experiências após as viagens, as amigas decidiram montar o próprio negócio: a Tadah! Design. “No exterior, descobrimos que eles costumam mobiliar a casa de um jeito diferente do Brasil, onde se vai a uma loja de departamento e se acha quase tudo”, destaca Carolina. Ela diz que lá é bem mais comum sair para “garimpar” itens com design ou materiais diferenciados. “Foi essa experiência que procuramos trazer para a realidade local”, acrescenta Aline. Da ideia até a abertura da loja virtual foram mais ou menos cinco meses. A proposta é vender pela internet uma seleção de artigos de decoração produzidos exclusivamente por designers brasileiros. Feitos em madeira de reflorestamento, os produtos são fáceis de montar e adaptáveis para qualquer tipo de ambiente. O site inclusive traz o passo a passo da montagem para orientar o cliente. Desde a inauguração, a loja já conquistou mais de 10 mil seguidores no Instagram. Mesmo vendendo pela internet, elas fazem questão de caprichar no atendimento. Junto com os produtos, os clientes recebem uma cartinha de agradecimento escrita à mão em papel de pão, envelopada em plástico. Detalhes que, segundo Aline, fazem toda a diferença.

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Carol e Aline Schmitz

UM NOVO JEITO DE MOBILIAR BLUMENAU É l 2014



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PAIXÃO POR CARROS ANTIGOS EM BLUMENAU, entusiastas e colecionadores de automóveis se reúnem em clubes DE ANTIGOMOBILISMO PARA TROCAR EXPERIÊNCIAS, PROMOVER EVENTOS E CURTIR SEUS “POSSANTES” É fato que os descendentes dos imigrantes que colonizaram Blumenau conseguiram com sucesso preservar as manifestações culturais trazidas dos países europeus, como a língua, os costumes, as festas e as comidas típicas. No entanto, há outra forma de manter os vínculos com o passado na qual a cidade tem se destacado: os clubes de antigomobilismo. A palavra, que foi recentemente incorporada ao dicionário, significa a arte da preservação, restauração e admiração por veículos antigos e descreve uma atividade que vem ganhando cada vez mais adeptos entre os blumenauen-

ses. Os integrantes desse movimento enxergam os carros antigos não como um objeto em si, mas como integrantes de um cenário social, econômico e tecnológico que registram um determinado momento. “A maior colaboração do clube está na preservação da história e da cultura através do antigomobilismo”, atesta Eurípedes Augusto de Nascimento, presidente do Blumenau Autos Veteranen Club, fundado em 1985 e que reúne os proprietários de algumas raridades, como um belíssimo Lincoln Capri Special Custom Coupê 1953 de fabricação norte-americana. Antes consideraBLUMENAU É l 2014

da uma atividade elitista, este tipo de agremiação hoje se difunde entre diversas classes sociais. Mesmo quem tem limitações financeiras ou de espaço pode se filiar ao clube e investir na automobília, colecionando artigos que fazem referência ao tema automóvel, incluindo fotos, chaveiros, sinais de trânsito e material publicitário. Uma ideia que muitos ainda fazem a respeito dos colecionadores de veículos antigos é que eles tratam seus possantes como peças de museu, intocáveis e tirados de suas garagens apenas para participar de exposições. “Carro antigo tem que


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andar, é para isso que ele foi feito. Carro parado não tem história para contar”, afirma Alan Thurow, presidente do Clube do Fusca de Blumenau, criado em outubro de 1998 por um grupo de 14 fuscamaníacos e que hoje tem quase três vezes o número inicial de associados. “Em nosso clube só dois ou três deixam os carros parados, não deixam nem pegar chuva”, revela. Entre os associados, há distintas classes sociais e faixas etárias. “O mais novo tem 20 anos, e o mais idoso já passou de 60 faz tempo”, brinca Thurow. Os membros do Clube do Fusca se reúnem todas as quintas, às 20h, mas é em um grande evento realizado anualmente que eles têm a oportunidade de conversar de perto com colecionadores de outras cidades e com a comunidade em geral. O Encontro Sul Brasileiro de Fuscas e Derivados a Ar teve sua 16ª edição em maio deste ano, com ingressos custando R$ 2 e parte da renda destinada à Rede Feminina de Combate ao Câncer. “Chamamos de ‘encontro’ e não de ‘exposição’, pois costumamos atrair um público muito diverso. Apesar de alguns participantes realmente encararem seus veículos como relíquias – caso dos exemplares originais alemães da década de 1950, avaliados em mais de R$ 100 mil – há também pessoas que têm o Fusca como carro de final de semana ou mesmo como um carro para o dia a dia. E no Sul Brasileiro todos se falam e compartilham essas diferentes experiências”, diz o presidente do Clube do Fusca de Blumenau. Outro importante evento no calendário dos antigomobilistas é o rally de regularidade organizado pelo Blumenau Autos Veteranen Club, que acontece nos dias 5 e 6

de setembro. Com largada no SESC do Salto do Norte, a prova tem percurso de 250 km e passa por lugares como São Bento do Sul e Corupá, explorando a Serra do Mar pela Estrada Dona Francisca. O presidente do clube conta que os modelos antigos chamam muita atenção nos locais por onde passam. “É o barulho, a fumaça, que é diferente... remete a outra

Na página ao lado, membros do Blumenau Autos Veteranen Club reunidos antes de uma viagem em grupo. À direita, detalhe de um Volkswagen 1600, produzido no Brasil entre 1969 e 1971


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Thurow, do Clube do Fusca, comemora o sucesso do 16o Encontro Sul Brasileiro de Fuscas e Derivados a Ar, que contou com mais de 900 carros expostos em maio deste ano

época, quando o ritmo era outro”, descreve Eurípedes Nascimento. Antes do rally, no dia 2 de setembro, os membros do clube participam de um importante compromisso: o desfile de aniversário da cidade. Este ano, o Blumenau Autos Veteranen Club incluiu em seu calendário outras duas atividades sociais. “Uma delas é a integração com a terceira idade, por meio da rememorização das experiências que o idoso viveu em sua época com um daqueles autos”, explica Nascimento. O formato do evento será um encontro no SESC e depois um passeio nos automóveis antigos até uma casa de café colonial. O outro evento é voltado às crianças e consiste em um dia de brincadeiras e lazer, também no SESC. Entre as atividades, haverá demonstração

das tecnologias usadas nos carros antigos e que foram abandonadas nos carros atuais. Os passeios também fazem parte das atividades do Clube do Fusca, cujos membros costumam participar de encontros no Rio Grande do Sul e no Paraná viajando em pequenos comboios de até quatro carros. “É uma forma de fazer amizades e conhecer outros lugares”, diz Thurow, afirmando que essas experiências têm se mostrado um grande sucesso. “Como o encontro ocorre no domingo, os participantes que chegavam no sábado não tinham muito o que fazer. Por isso, desde 2009 organizamos um pré-evento do Sul Brasileiro, no sábado à noite. No primeiro ano vieram 60 pessoas. Este ano fizemos no Wunderbier e havia mais de 130 pessoBLUMENAU É l 2014

as, 90 delas de fora de Blumenau”, contabiliza o presidente do clube. Para se ter uma dimensão do quanto cresce o movimento antigomobilista na cidade, é só comparar os números dos eventos realizados pelo Fusca Clube. “Antes fazíamos o Sul Brasileiro no SESC, e conseguimos chegar a 270 carros. No primeiro ano que usamos a Vila Germânica, em 2008, já passou dos 300 veículos. A edição de 2014 registrou mais de 900 carros expostos”, comemora Thurow, citando um expressivo aumento nos participantes de outras cidades, como os clubes Floripavolks, Escuderia Floripa Boxer e Kombination, de Florianópolis; Confraria Volks, Save Water e RustedLive de Curitiba (PR); e até mesmo expositores vindos do Paraguai.


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NAS RUAS Um pequeno exemplo do que você pode encontrar nas principais ruas comerciais do centro de BLUMENAU

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o mundo, além de avaliar 1.700 cervejas dos mais variados estilos. “O Livro da

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bebida com comidas adequadas. À

cordinhas de sisal e talos de canela. A

venda na Livraria Blulivro, Rua XV de

peça é 100% artesanal. À venda na

Novembro, 819, Centro. R$ 59,90.

loja Christa de...Coração, Rua Padre Jacobs, 127, Centro.

CONFORTO PARA DIGITAR

R$ 389.

Com função ergonômica, a base para notebook é ideal para quem passa muitas horas por dia na frente do computador. Com sete níveis de inclinação, o item tem grade de alumínio e cinco ventiladores com controle de velocidade, o que ajuda a manter o bom desempenho do aparelho. Tem também saída extra para USB e comporta notebooks com telas entre 12 e 17 polegadas. Disponível na Domus Informática, Rua Padre Jacobs, 139, Centro. R$ 110,70.

CLÁSSICO COM ESTILO O modelo social masculino da Technos é folheado a ouro, com fundo transparente (frente e verso) que possibilita visualizar o funcionamento de todo o interior do relógio. Em aço inox, é à prova d’água 10 ATM. Vem com um ano de garantia. À venda na Joalheria e Ótica Schwabe, na Rua XV de Novembro, 770, Centro. R$ 880.

BLUMENAU É l 2014


45 .Luciana Zonta NLeo Laps / Divulgação

AROMA DE BELEZA

ALTO E BOM SOM O violão elétrico em madeira e tampo maciço,

O kit de sabonete líquido e hidratante

modelo Tagima Dallas, tem

da linha Sto Cielo da Madressenza,

ótimo custo-benefício

disponível na loja Empório Aromas

para quem já domina o

& Banho, costuma atrair de imediato

instrumento e caminha

a atenção feminina. O sabonete traz

para uma carreira

notas olfativas de gallano verde,

profissional. Com cordas

limão, tangerina, ameixa e abacaxi.

de aço, a peça vem com

O hidratante suaviza com floral de

afinador embutido e

lírio do vale, rosa e íris, com fundo

tarrachas cromadas.

de sândalo âmbar e vanilla. Na Rua

Disponível na loja

XV de Novembro, 759, loja 34.

Multisom, Rua XV

R$ 105,50 o kit.

de Novembro, 875, Centro. R$ 499.

SAUDADES DO VINIL O relançamento do long play (LP) do Led Zeppelin III está entre os itens de desejo de quem é antigo fã da banda inglesa. Remasterizado pelo guitarrista Jimmy Page, o disco de vinil é importado dos Estados Unidos e inclui antigos sucessos do grupo como Immigrant Song e Gallows Pole. À venda na loja Be Bop Discos. Avenida 7 de Setembro, 1.128, Centro. R$ 128.

ENXOVAL PARA OS PEQUENOS O kit de berço com 12 peças é prático especialmente para as mamães de primeira viagem que não querem esquecer de nenhuma peça do enxoval dos pequenos. Em tecido percal, 100% algodão, ele vem com duas laterais, cabeceira, rolinho, lençol, sobrelençol, fronha, edredom, saia do berço, mosqueteiro, almofada de amamentação e trocador. É possível personalizar com o nome da criança. À venda na Rouparia Moretti, Rua XV de Novembro, 759, Centro. R$ 750.


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compras

l cultura l esporte l educação l grupo RIC

NOS shoppingS Do vestuário à decoração, uma amostra da qualidade e diversidade dos produtos à venda nos shopping CENTERs DA CIDADE

BRINQUEDO DE ADULTO Quem disse que gente grande não gosta de brincar?

CONFORTO BÁSICO

Este jogo de dardos disponível na Warfare é um tabuleiro dupla face com 42 centímetros de diâmetro, feito com papel cartão, aço carbono e PP. A missão é atingir o alvo com um

A sapatilha da linha Confort da Mr. Cat é uma espécie de item coringa do guarda-roupa feminino. Com palmilha em gel e produzida em couro macio, ela vai bem com calça jeans, saia e shorts na hora de compor um look básico para o dia a dia. Disponível nas cores azul e vermelho, na Mr. Cat do Shopping Neumarkt. R$ 109,80.

dos seis dardos que acompanham o jogo. Disponível na loja do Norte Shopping. R$ 60.

LANCHE DIVERTIDO A bandeja com desenho de pipoca deixa o lanche degustado no sofá ou na cama mais prático e divertido. A peça, com almofada na base e tampa em MDF, tem suporte para dois copos e serve também como apoio

LUXO ANIMAL

para o notebook.

A caminha para cachorro de pequeno porte

A alça embutida

é cheia de estilo e referências internacionais.

facilita carregar

Esta da linha luxo do Miguxos e Miguxas é feita

a bandeja para todos os lados. Na

em fibra de silicone e revestida com tecido em algodão, com desenhos temáticos da Grã-

loja UATT? do Norte

Bretanha. O zíper na laterial do tecido facilita a

Shopping. R$ 94,90.

lavagem. À venda no Pet Shop Norte, do Norte Shopping. R$ 188.

BLUMENAU É l 2014


47 .Luciana Zonta NLeo Laps

ESTILO PARA ELES A peça ajuda a compor um estilo masculino irreverente e despojado. Esta bolsa-carteira estonada na cor mostarda da Beagle tem detalhes em couro, bolsos e repartições internas que facilitam a divisão de itens. Toda feita em algodão, com forro em poliamida. À venda na Beagle do Shopping Park Europeu. R$ 124,95.

SUCESSO DA TV A porquinha mais famosa

ARTE NOS ACESSÓRIOS

do universo infantil da atualidade virou

O conjunto da coleção Vanilla da designer Francesca

brinquedo de criança.

Romana Diana, com rede de lojas que leva seu nome, sugere a combinação de colar,

Este modelo de

bracelete e brinco. A inspiração

Peppa Pig da Estrela,

da linha Primavera-Verão

da coleção Pim

parte de uma obra

Pam Pum, é feito em

da artista Ana Laet,

pelúcia e tem função musical. Quando

apresentada em

apertada, a barriga

gelatina fotográfica

emite risadas e toca a

e com adornos em

música do seriado do

pedras de jade verde

personagem. À venda

e ônix. Disponível na loja do Shopping

na Rihappy Brinquedos

Park Europeu. R$ 1.413 o

do Shopping Park

conjunto.

Europeu. R$ 119,99.

PRESENTE PERFUMADO

GATINHA VIAJANTE

O kit de higiene pessoal da Wild

A Hello Kitty, personagem com

Cat inclui sabonete

fãs em vários países do mundo,

líquido e hidratante em

está presente até na hora de

embalagem especial

viajar. Esta mala faz sucesso entre

para presente. Com

as meninas na hora de arrumar

extrato de baunilha

os itens pessoais para colocar

e amor-perfeito,

o pé na estrada. Com 60 cm de

o sabonete tem a

comprimento e 45 cm de largura,

função de hidratação e

a mala feita em policarbonato é

refrescância na limpeza

30% expansiva, tem fundo falso

da pele. O hidratante, de

e rodinhas que giram em 360

efeito não gorduroso, combina

graus, além de trava de numeração.

óleo de amêndoas doce e pró-vitamina

À venda na Samrio do Shopping

B5. Disponível na Mahogani do Shopping

Neumarkt. R$ 699,90.

Neumarkt. R$ 48. BLUMENAU É l 2014


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cultura

l esporte l educação l grupo RIC

a cidade nas telas Uma carreira dedicada à publicidade define muito da obra do blumenauense Telomar Florêncio. Artista plástico autodidata, tem obras espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Vencedor de concursos como o Salão Elke Hering de 2001, ele dedica-se basicamente à técnica de esmalte sintético sobre tela. Seus barcos flutuantes, grandes locomotivas, pescadores e

ESTREIA PROMISSORA

infinitos campos de flores não estão em grandes galerias, mas na beira da estrada, no Anel Viário Norte, em Blumenau. A cidade da Oktoberfest

Pop, rock, country e folk encontram-se, a partir do indie rock, no som criado pela

também é tema em inúmeros

banda blumenauense Clube dos Corações Partidos. O grupo formado por Leo

quadros do artista, que retrata a

Laps (violão/voz), Bruno Lobe (baixo), Rafael Bernardes (bateria/backings) e Sid

cidade florida em outubro e seus

Giacomozzi (guitarra) está em contagem regressiva para o lançamento do seu

diversos “Fritz” e “Fridas”.

primeiro álbum, “Manual Prático do Esquecimento”, com previsão de ser lançado em

www.facebook.com/telomar.

outubro. As dez faixas estão em processo de masterização no Timeless Mastering,

florencio

no Brooklyn, em Nova York (EUA). Financiado através do Catarse, site de vaquinha virtual, e do Fundo Municipal de Apoio à Cultura da Fundação Cultural de Blumenau, o trabalho fala sobre a perda, a solidão e a esperança que inspiram artistas e sofredores de todos os cantos do mundo. www.clubedoscoracoespartidos.com.br

EXPERIÊNCIAS FOTOGRÁFICAS O palimpsesto, técnica que consiste na reutilização de papéis usados, tem contribuído para dar projeção ao trabalho do fotógrafo Fabrício Schmidt. Nascido em Vestefália, Alemanha, ele utiliza em seus trabalhos câmeras analógicas e digitais, com imagens trabalhadas digitalmente e com técnicas experimentais de tratamento e criação. Recentemente, seus trabalhos compuseram a mostra “Wirrwarr 08/15”, na Biblioteca da FURB, onde foram registradas cenas de uma moça na praia de Florianópolis, montadas e impressas em diversos tipos de materiais, como notas antigas de dinheiro, cartas e páginas de livros. www.facebook.com/FabricioSchmidtPhotoArt

BLUMENAU É l 2014


49 .Luciana Zonta NDivulgação

DE CARONA PELO ESTADO O princípio de que a arte imita a vida ganha reflexo em um projeto especial do Cia. Carona de Teatro, de Blumenau. Dois espetáculos e uma oficina sobre o trabalho do ator integram o “Circulação Cênica”, em turnê por cinco municípios catarinenses atingidos por enchentes, alagamentos ou deslizamentos de terra, resultado do excesso de chuvas. O projeto engloba os espetáculos “Das Águas” e “É Tentando que se Desiste”, além da oficina “Trabalho do Ator – Construindo-se Através de uma Técnica Corpórea”. A quinta etapa do projeto será em São Bento do Sul, nos dias 12, 13 e 14 de setembro. www.ciacarona.com.br

ORQUESTRA EM TURNÊ A música erudita produzida em Blumenau está ganhando um destaque especial ao longo de 2014. A Orquestra da FURB (Universidade Regional de Blumenau) está cumprindo projeto de circulação em comemoração aos 50 anos da instituição de ensino. Desde maio a orquestra já passou por Blumenau, Jaraguá do Sul e Brusque, e deve passar ainda por Rio do Sul e Timbó. Sob a regência de Luiz Lenzi e Roberto Rossbach, a Orquestra da FURB tem repertório diversificado em estilos, formações instrumentais e períodos históricos. As apresentações interpretam obras dos períodos barroco, clássico, romântico e moderno.

CRIATIVIDADE COLETIVA Desenhos, colagens, caligrafias, pinturas, texturas, fotos, tinta spray e revistas antigas servem de matéria-prima base para um dos movimentos artísticos mais criativos de Blumenau. O Balbúrdia é um coletivo criado há quatro anos pelos publicitários Paulo Priess e Rafael Erichsen e pelo designer Sávio Abi-Zaid com o objetivo de desenvolver experiências gráficas a partir de diferentes tipos de materiais alternativos em encontros semanais. O coletivo agrega hoje profissionais das mais diversas áreas, como artistas, jornalistas, músicos, estilistas, empresários, publicitários, atores, engenheiros, matemáticos e fotógrafos que se reúnem semanalmente para expandir horizontes criativos de uma maneira livre e sem compromissos. O resultado são trabalhos com múltiplas técnicas, com autoria eminentemente coletiva.

BLUMENAU É l 2014


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esporte

l educação l grupo RIC

COM A BOLA TODA CONSAGRADO NAS QUADRAS INTERNACIONAIS, TIAGO SPLITTER VOLTA A BLUMENAU PARA PROMOVER A PRÁTICA DO BASQUETE NA CIDADE

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51 .Leo Laps NGaspar Nóbrega (divulgação CBB) / Divulgação

O primeiro brasileiro campeão da NBA, a mais poderosa liga de basquete do planeta, é um blumenauense. Ok, talvez não no papel, já que Tiago Splitter nasceu um pouco mais ao Norte, em Joinville, no dia 1º de janeiro de 1985. Mas foi em Blumenau que o ala/pivô do San Antonio Spurs deu seus primeiros passes e arremessos, aos 7 anos de idade. E daqui só saiu aos 16 anos, quando foi jogar na Liga Espanhola – o grande passo inicial de uma carreira profissional que ainda promete muitas vitórias. Aos 29 anos, Splitter é um dos líderes da Seleção Brasileira de basquete masculino, que no final de agosto começou a disputar o Mundial da Espanha com grandes esperanças de obter uma medalha. O título com o Spurs, conquistado em junho após uma série avassaladora contra o rival Miami Heat, coroa uma evolução constante, tanto técnica quanto física, do jogador brasileiro de 2m11cm de altura e 111 quilos. Ao lado de estrelas como Tim Duncan, Tony Parker e Manu Ginóbili, Splitter não é aquele jogador que chama tanto a atenção em quadra – ele faz o “trabalho sujo”, brilhando mesmo nas estatísticas e na estratégia do exigente técnico Gregg Popovich, que a cada temporada elogia mais e mais o brasileiro. Após o celebrado quinto lugar nas Olimpíadas de Londres, em 2012, Splitter acredita que a Seleção Brasileira tem plenas condições de conquistar resultados expressivos nos próximos anos. “Estamos devendo uma medalha olímpica ou no Mundial e achamos que estamos no mesmo patamar das melhores seleções europeias, com boas chances de subir ao pódio”, afirma. Foi nas quadras da Sociedade Recreativa Ipiranga, no Bairro Itoupava Seca, que Splitter bateu bola pela

Em junho, Splitter passou um fim de semana no ginásio do Galegão treinando um grupo de jovens blumenauenses

primeira vez. Filho do advogado e também jogador de basquete Cássio Splitter, o menino caiu na mão do técnico Sérgio Carneiro, o Serjão, que a partir de então acompanhou cada passo do desenvolvimento do atleta até o dia em que a jovem promessa fez as malas e partiu para a Espanha. “Tiago participou de uma geração do basquete de Blumenau que venceu tudo. Sempre foi um jogador muito focado, trabalhador, que gostava de treinar e se superar em qualquer competição, por menos expressiva que ela fosse. Aos 14 anos, começou a ‘espichar’ e se destacar tecnicamente, e logo chamou a atenção de times estrangeiros”, lembra Serjão, que hoje treina mais de 300 crianças e adolescentes em Blumenau. Um desses jovens é Matthew Laranjeira, de 15 anos. Nos dias 28 e 29 de junho, o estudante do Colégio Sagrada Família teve uma oportunidade única: participar de um camp, um fim de semana de treinamentos comandado por Splitter no Ginásio do Galegão. “Já havia encontrado ele no ano passado, quando visitou nosso treino. Mas dessa vez pude aprender BLUMENAU É l 2014

muita coisa importante e ficar muito tempo ouvindo seus conselhos”, conta o adolescente de 1m87cm. A maior lição aprendida nesses dois dias mágicos, para quem também sonha com as quadras da NBA? “Não errar passe”, responde Matthew. “E, principalmente, ter muita força de vontade, jogando cada jogo como se fosse o último.” O camp é apenas uma das formas de Splitter devolver a Blumenau tudo que aprendeu nas quadras locais. Durante as férias da NBA, no meio do ano, o jogador sempre vem para a cidade. No ano passado, anunciou seu apoio a um projeto para desenvolver a modalidade na região. Visitou empresas com Serjão e cedeu sua imagem para ajudar a alavancar a ideia. “Com ele morando nos Estados Unidos fica um pouco mais complicado, mas só usá-lo como referência já ajuda muito a fazer o basquete de Blumenau crescer”, avalia o professor e técnico, que no ano que vem pretende formar dez novos polos de prática de basquete para crianças e adolescentes, aumentando para 500 o número de jovens beneficiados pelo projeto.


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educação

l grupo RIC

PIONEIRA DE OLHO NO FUTURO A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR CATARINENSE CRIADA FORA DA CAPITAL CELEBRA SEUS 50 ANOS REFORÇANDO OS LAÇOS COM A COMUNIDADE DE BLUMENAU E MIRANDO NO MERCADO EXTERNO A luta pela instalação do ensino superior em Blumenau começou em 1953, mas só em 5 de março de 1964 é que foi promulgada a Lei Municipal nº 1.233, criando a Faculdade de Ciências Econômicas de Blumenau, a primeira unidade de ensino superior em Santa Catarina instalada fora da Capital. Três anos depois, foram criadas a Faculdade de Ciências Jurídicas, com o curso de Direito, e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. No início da década de 1970 vieram as faculdades de Engenharia

Civil, Química e de Educação Física. Em 1985, todas elas foram reunidas com o nome de Universidade Regional de Blumenau (FURB). O denominação “regional” está relacionada ao resultado de uma reunião realizada em 1968, em Ibirama, quando 53 municípios do Vale do Itajaí assinaram o compromisso de fortalecer o ensino superior da região. De acordo com o reitor João Natel Pollonio Machado, este protagonismo serviu de modelo para o sistema da Associação Catarinense das FunBLUMENAU É l 2014

dações Educacionais (Acafe). Hoje, com aproximadamente 11,5 mil alunos distribuídos em 54 cursos, a universidade oferece 11 programas de mestrado e três de doutorado, além de uma escola de ensino técnico. O universo de professores, técnicos e colaboradores administrativos soma um total de 1,5 mil colaboradores. Se em seus primeiros anos a FURB esteve voltada à formação de profissionais para atender o mercado regional, hoje a instituição destaca-se principalmente pelos projetos


53 .Adão Pinheiro NDivulgação

nas áreas de pesquisa e extensão. “Logo cedo, desenvolvemos uma vocação para levar o conhecimento e serviços para além dos muros da universidade”, destaca Marcos Rivail da Silva, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura. Em 1969, por exemplo, a universidade criou o Instituto de Pesquisas Sociais, e as enchentes de 1983 e 1984 tiveram apoio do Instituto de Pesquisa Tecnológica. Ambos prestavam diferentes serviços à comunidade. Mas foi a partir dos anos 1990 que a pesquisa começou a se estruturar na universidade. “Hoje ela ganha uma importância muito grande em programas consolidados de mestrado e doutorado”, destaca o reitor João Natel. Um exemplo é o programa de monitoramento da Bacia Hidrográfica do Vale do Itajaí, coordenado pelo Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops). Outro destaque é o Inventário Florístico Florestal, com o objetivo de inventariar os remanescentes das matas nativas do Estado e gerar uma base de dados sólida para

Natel: meta para os próximos anos é buscar parcerias no exterior e ser uma das primeiras instituições de ensino do país a internacionalizar seus cursos

desenvolver a política florestal para Santa Catarina. Entre os projetos com maior repercussão na comunidade está a prestação de serviços jurídicos com quase 15 mil atendimentos ao ano

e os 25 mil atendimentos realizados pelo hospital universitário, que funciona como hospital-dia, e por uma policlínica. “Trata-se de um braço social muito forte dentro do projeto de extensão da universidade”, pontua o reitor. Agora, 50 anos depois de ter aberto sua primeira turma de graduação, a FURB prepara uma estratégia no mínimo ousada para quem nasceu e cresceu em uma cidade do interior: ser uma das primeiras instituições de ensino do Brasil a internacionalizar seus cursos. O plano de abrir novas frentes no exterior busca garantir, por exemplo, reconhecimento de diplomas no Brasil e na Europa sem a necessidade de provas de validação. A universidade já mantém convênios com a Suécia e a Alemanha, ao oferecer alguns cursos com dupla diplomação. A meta defendida pelo reitor João Natel passa necessariamente pelo aumento do número de alunos com domínio da língua inglesa e a ampliação das pesquisas na área de inovação. A ideia, segundo ele, é incluir o idioma estrangeiro em todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino e incentivar a produção de conhecimento dentro e fora dos cursos de graduação.

ROTEIRO DE COMEMORAÇÕES

Equipe do Centro de Operação do Sistema de Alerta da FURB instala réguas de medição no Rio Itajaí-Açu, em 2001

BLUMENAU É l 2014

Os 50 anos da universidade estão sendo comemorados com uma programação especial em Blumenau e cidades vizinhas. Em setembro, está prevista a exposição “Vasta Vida do Artista Nilton de Aguiar Borges”, no Salão Angelim; a participação no desfile de 164 anos do Aniversário de Blumenau; a exposição Vivenciar-te, da artista Maria Salette Engels Werling, e o concerto com a Orquestra da FURB no Museu da Música de Timbó.



Jornal do Meio-Dia Reportagens especiais, denúncias e o melhor da notícia. Alexandre José de seg. a sex., às 12h

Ver Mais Moda, cultura e variedade para você. Cinthia Canziani de seg. a sex., às 13h15


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BLUMENAU EM ALTA DEFINIÇÃO NO DIA DO ANIVERSÁRIO DA CIDADE, A RICTV RECORD COMEÇA A OPERAR NA REGIÃO COM QUALIDADE 100% HD

Importada da Alemanha, a antena Katrein é considerada o melhor equipamento para transmissão digital no mundo

BLUMENAU É l 2014

grupo RIC

A edição do Jornal do Meio-Dia apresentada no dia em que Blumenau completou 164 anos trouxe – além das matérias especiais sobre o aniversário da cidade – um presente a mais para o telespectador. A partir de agora, os blumenauenses podem assistir à programação da RICTV Record com imagem 100% HD. A tecnologia de alta definição, que garante o máximo de qualidade audiovisual na emissão e recepção do sinal, chega trazendo também novos cenários para alguns dos principais programas da emissora, como o Ver Mais e o RIC Notícias. Com investimento de R$ 4,5 milhões, Blumenau é a terceira cidade catarinense a receber o sinal HD, depois de Florianópolis e Joinville. O diferencial, segundo o diretor operacional da RICTV, Paulo Hoeller, é que Blumenau já começa com sinal 100% digital, ou seja, será em HD desde a captação das imagens, passando pela edição e transmissão até a entrega do sinal, na casa do telespectador. “Trata-se de um novo momento, um salto para o futuro, fruto de um planejamento que começou há mais de quatro anos”, diz Hoeller. A estrutura que começou a ser instalada no início deste ano inclui equipamentos importados dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha – com destaque para a antena Katrein, fabricada na cidade alemã de Rosenheim e considerada a melhor do mundo para transmissão digital. Equipamentos mais modernos, troca de cabos, reestruturação da parte elétrica e aumento no espaço interno operacional na sede da emissora também fazem parte deste novo momento da RICTV em Blumenau. O sinal digital será gerado pelo canal 30, paralelo ao sinal analógico, que é transmitido pelo canal 9. Um período de transição deve ocorrer


57 NLeo Laps / Divulgação

até o final de 2016, quando apenas os canais digitais permanecerão no ar. Segundo Marcio Erlanger, gerente técnico da RICTV Blumenau, também está prevista a instalação de repetidoras digitais, que vão aumentar o raio de cobertura em regiões sem a cobertura do sinal que é emitido pelo transmissor principal. “Blumenau fica no meio de um vale e essa dificuldade já está em nossos projetos. Por isso vamos realimentar o sinal em regiões onde o sinal principal não chega”, diz Erlanger.

De acordo com Paulo Hoeller, depois de Blumenau, será a vez de Itajaí contar com sinal digital da RICTV. A previsão é de que o lançamento ocorra no primeiro semestre de 2015. “Há uma mudança tecnológica visível, mas somente isso não basta. Temos que ter em mente que nada disso se sustenta sem um bom conteúdo, uma boa história”, observa Hoeller. “Atrás da tecnologia deve estar o talento, o profissional que usa as ferramentas para colocar em prática sua inteligência e criatividade.”

Hoeller: “Trata-se de um salto para o futuro, fruto de um planejamento que começou há mais de quatro anos”

CHEGOU A RICTV RECORD EM HD Se você ainda tem uma TV analógica, prepare-se para mudar de tela. A TV digital chegou com qualidade de cinema, sem chuviscos na imagem e ruídos no som. A partir de agora você poderá assistir aos programas da RICTV Record em HD como SC no Ar, Hoje em Dia, Jornal do Meio-Dia, Jornal da Record, Cidade Alerta, Domingo Espetacular, Câmera Record, Legendários, novelas e filmes de primeira qualidade. A imagem deixa de ser 4x3 e passa a ser 16x9, aumentando em seis vezes a quantidade de linhas que formam a imagem.

NO DIGITAL VOCÊ PODE RODAR TRANQUILO Com a RICTV Digital você também poderá captar o sinal em aparelhos móveis instalados em carros, caminhões e ônibus e acompanhar a programação quando esses veículos estiverem em movimento, desde que estejam dentro da área de cobertura do sinal digital. EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS Equipamentos portáteis como alguns modelos de telefone celular, televisão portátil, laptop e notebook com conversores também poderão captar a RICTV Record digital. COMPRE CERTO Uma dúvida comum é em relação ao conversor. Hoje a maioria das lojas vende o televisor com o conversor integrado. Ao adquirir um televisor, seja de plasma, LCD ou LED, verifique se o mesmo possui o conversor embutido com tecnologia Full HD. SINTONIA PERFEITA Para captar a RICTV Record HD é simples. Os televisores têm uma entrada para os sinais provenientes do cabo e outra entrada para os sinais que são captados pela antena. No caso do cabo, é necessário que a concessionária tenha à disposição dos clientes o processamento de distribuição em HD. Pela antena o sinal digital

da RICTV Record HD Blumenau deverá ser sintonizado pelo canal 30 UHF, virtualmente colocado no menu do seu televisor em 9.1. Os sinais da TV Digital estão na faixa de UHF, com canais de 14 a 69. Os televisores digitais também podem sintonizar os canais analógicos simultaneamente aos canais digitais. Importante informar que os canais VHF, de 2 a 13 , estarão funcionando até o final de 2016. ANTENA COLETIVA Um dos problemas mais frequentes para captação acontece nas antenas coletivas instaladas em condomínios. A maioria delas está instalada com conectores e cabos específicos para recepção em VHF, que não permitem a captação adequada do sinal digital. Neste caso, os condomínios deverão providenciar a troca para cabos e conectores que permitem a passagem de sinais de VHF e UHF. MERCADO PUBLICITÁRIO Chame agora a sua agência de publicidade. A partir de agora você é um cliente digital. Suas produções em HD poderão ser enviadas à RICTV Record Blumenau para exibição imediata. É a alta definição a serviço dos seus produtos e clientes. Desta forma você também estará contribuindo para o crescimento da TV digital em Blumenau, tornando os intervalos comerciais mais bonitos e atraentes.

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.Luciana ZontaNLeo Laps

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Cinthia Canziani

talento NATURAL

BLUMENAU É l 2014

grupo RIC

À frente das câmeras, Cinthia Canziani é quase a mesma menina espoleta que lia as revistas do pai na frente do espelho como se apresentasse um telejornal. No comando do Ver Mais Blumenau – programa diário de variedades da RICTV Record – ela parece reinventar a forma de cativar o público em entrevistas que ganham uma personalidade única, quase lúdica. O talento para a comunicação vem da infância. “Quando pequena, eu imitava os locutores e gravava minha voz conduzindo programas de rádio imaginário”, lembra. A carreira como profissional da área começou há 14 anos, quando recebeu o convite para apresentar um programa de cultura e debate em uma TV local. Graduada e mestre em Turismo e Hotelaria, Cinthia acabou deixando de lado a carreira de professora universitária para investir na paixão da infância. Na abertura do SBT de Blumenau, ela foi convidada a assumir a produção do programa Vitrine que, mais tarde, virou Ver Mais Blumenau sob a bandeira da RICTV Record. Após adotar dois filhos em 2008, ficou quatro anos afastada das câmeras para se dedicar exclusivamente à educação dos meninos. Desde então, aprendeu a dosar compromissos de mãe, dona de casa e profissional de TV. “Mesmo com uma vida agitada, faço questão de buscá-los na escola e ser presente no dia a dia deles”, comenta. O retorno de seu talento é geralmente sentido nas ruas, quando vai ao mercado ou caminha pela cidade. Cinthia relata que há quem apenas peça um abraço, e também os que sugerem, reclamam ou elogiam, em uma espécie de “intimidade” gerada pela televisão. Ao vivo, domina o improviso como poucos. A ausência de rotina típica do jornalismo, segundo ela, é uma espécie de combustível para o seu trabalho. “Minha mente é criativa e inquieta. Amo loucamente apresentar e, sinceramente, jamais senti o peso do trabalho estando na televisão”, conclui.


O desenvolvimento de Blumenau passa pela força e pelo pioneirismo do seu comÊrcio!

Sindilojas Blumenau www.sindilojasblumenau.com.br


Homenagem do Koerich a todos os blumenauenses nos 164 anos da cidade.


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