ITAJAÍ
155 anos
ITAJAÍ
é nº 4 • Junho 2015
ENTREVISTA
O prefeito Jandir Bellini fala sobre os novos rumos da administração local
MOBILIDADE
Como anda o plano para melhorar as condições de trânsito na cidade
CULTURA
Os esforços para preservar a tradição e os costumes dos imigrantes açorianos
A NOVA POTÊNCIA ECONÔMICA DE SC APOSTANDO NO POTENCIAL DAS ATIVIDADES NÁUTICAS E DE LOGÍSTICA, ITAJAÍ SE DESTACA COMO UMA DAS CIDADES QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL
Nosso trabalho diário é levar Itajaí aos cinco continentes.
É assim que a APM Terminals ajuda a elevar a economia e o orgulho de uma cidade com vocação portuária. Parabéns, Itajaí, pelos 155 anos.
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editorial l índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
Kako Waldrich @kakowaldrich Praça Gov. Irineu Bornhausen
UM NOvo MOTOR PARA SANTA CATARINA Diante de um cenário promissor de crescimento econômico e desenvolvimento social, Itajaí passa atualmente pelo seu melhor momento em 155 anos de história. Depois de assumir no ano passado a liderança entre os maiores PIBs do Estado e a 29a posição entre as maiores economias do Brasil, a cidade não para de atrair investimentos e vem se firmando como um dos mais importantes polos econômicos catarinenses. É esta cidade que queremos mostrar de perto em mais uma edição da revista Itajaí É, publicação especial em comemoração ao aniversário do município que o Grupo RIC edita pelo quarto ano consecutivo. Um presente nosso para o cidadão de Itajaí conhecer melhor sua cidade e para onde ela está indo. Afinal, nosso papel como grupo de comunicação é também mostrar as coisas positivas e as boas iniciativas que impulsionam o desenvolvimento da sociedade. Nas páginas a seguir vamos mostrar os motivos que levaram Itajaí a atingir um padrão de excelência que se tornou referência para outras cidades do país. A matéria de capa desta edição traça um panorama da economia local, ainda fortemente ligada ao mar e à atividade portuária, mas que vem se diversificando cada vez mais e se prepara para o futuro. Abordamos ainda a importância das regatas internacionais para atrair os olhares do mundo para o município, que está investindo na ampliação da estrutura para receber os praticantes do lazer náutico. Esta edição da revista Itajaí É traz ainda uma reportagem sobre a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana municipal, peça de extrema importância para garantir que o crescimento econômico não prejudique a qualidade de vida de seus moradores. Outros assuntos abordados incluem a preservação das tradições açorianas na cidade, o trabalho de preservação ambiental realizado no Parque da Atalaia e a variedade de opções encontradas na gastronomia local. Uma boa leitura e um ótimo aniversário a todos os itajaienses! Marcello Corrêa Petrelli Presidente-Executivo Grupo RIC SC
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editorial l
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índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
editorial
O NOVO MOTOR DE SANTA CATARINA
8 RIQUEZA QUE VEM DO MAR cartão-postal
FUNDADOR e Presidente Emérito
Mário J. Gonzaga Petrelli
10 ALCEU RAUBER minha cidade
AMILCAR GAZANIGA PAULO FONSECA
Grupo RIC SC presidente-Executivo Lavínia Martins @la
vivm Volvo Ocean
Race
16 retratos dA CIDADE 18 navegando a favor do vento #Itajaí
Diretor Administrativo e Financeiro
Albertino Zamarco Jr. Diretor de planejamento e estratégia
Derly Massaud de Anunciação
22 a hora e a vez de itajaí
Diretor REGIONAL ITAJAÍ
economia
Alexandre Rocha Diretor de Redação Notícias do Dia
VOCAÇÃO REDESCOBERTA mobilidade
Luís Meneghim Ligiane F. Meyer @lifinardimeyer Molhes da Barra
Revista ITAJAÍ É EXECUTIVA DE VENDAS
34 PIONEIRO NA SAÚDE ANIMAL
Cristiane Matos
empreendedores
Editor-executivo
Diógenes Fischer
INOVAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO
REPORTAGEM
PRONTO PARA VOAR MAIS ALTO
Anderson Bernardes, Carla Superti, Jerônimo
40 BEM-VINDOS AO ATALAIA
Rubim e Luciana Zonta
ambiente
44 AS VOZES DE ITAJAÍ
Diretor Comercial
Reynaldo Ramos
entrevista
30 UM PLANO PARA AVANÇAr
Marcello Corrêa Petrelli
fotografia
Anderson Bernardes
cultura
Diagramação Ivo Hiebert @ivohiebert Beira-Rio
Diógenes Fischer
TRADIÇÃO QUE RESISTE
FOTO DA capa
VIAJANDO NA BATIDA
Marcello Sokal REVISÃO
56 PARA TODOS OS GOSTOS gastronomia
Lu Coelho Distribuição
RIC Editora
60 DESIGN COM PERSONALIDADE 64 ITAJAÍ EM ALTA DEFINIÇÃO casa cor
IMPRESSÃO
Coan Gráfica
grupo RIC
NO CAMINHO DO BEM
www.ricmais.com.br/sc/revistaitajaie
Alvaro Baldança @alvaro
ITAJAÍ É l 2015
baldanca Brava Nor te
Rua Antonio Menezes Vasconcelos Drumond, 29 Fazenda – CEP 88302-270 – Itajaí/SC (47) 3247 4700
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editorial l índice l
cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
ITAJAÍ É l 2015
9 NNelson Robledo (Divulgação Setur)
RIQUEZA QUE VEM DO MAR Principal porto catarinense e maior exportador de cargas congeladas e refrigeradas no país, o Porto de Itajaí movimentou 12,427 milhões de toneladas em 2014 e é um dos grandes responsáveis pela vitalidade da economia do município.
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.Jerônimo Rubim NDivulgação
editorial l índice l cartão-postal l
minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
BELA VISTA E BOA COMIDA “Do alto do Morro da Cruz temos uma fabulosa vista de toda a cidade, do porto, do rio, do mar e das praias. Para conhecer Itajaí, a passeio ou a negócios, não deixe de subir o morro. Lá em cima, você pode desfrutar ainda a gastronomia do restaurante Castelo Montemar.” O Castelo Montemar fica na Rua Antônio M. Vasconcelos Drumond, 1155, Morro da Cruz. (47) 3348 3771.
CHARME POPULAR
A ITAJAÍ DE
alceu rauber O PRESIDENTE DE UMA DAS MAIORES IMOBILIÁRIAS DO ESTADO FALA SOBRE OS LUGARES MAIS MARCANTES EM SUA RELAÇÃO DE QUATRO DÉCADAS COM A CIDADE
“O Mercado Público de Itajaí tem um charme especial. Lá você encontra de
Há 40 anos em Itajaí, o empresário Alceu Rauber se define como “um itajaiense nascido
tudo: desde peixe e camarões, frutas e
no Rio Grande do Sul”. Já foi bancário, dirigente sindical e jogador de futsal, mas hoje se
verduras, temperos, queijos e vinhos até
dedica à Max Imóveis, uma das maiores imobiliárias do Estado. E também à sua família.
artesanato e artigos para pesca.
Graças ao empreendimento já foi eleito Empresário do Ano em Itajaí, e, apesar do
Aos sábados tem música ao vivo no
tamanho, ainda administra a imobiliária como uma empresa familiar, com seus dois filhos
restaurante do mercado. Outra visita
como braços direitos. Seu maior desafio no momento é a comercialização da Marina de
imperdível!”
Itajaí, a maior do Sul do país, que será inaugurada em outubro.
O Mercado Público de Itajaí fica na Rua Blumenau, 5, São João. (47) 3341 8000.
PRaiA URBANA
ligados ao mar
“Poucas cidades no mundo têm uma praia
“Somos hoje um polo pesqueiro,
como Cabeçudas, em um bairro tranquilo
portuário e náutico. Pela entrada
e muito arborizado, a 5 minutos do Centro
da barra, exportamos produtos
“A Univali, uma das maiores
da cidade. Foi a minha primeira praia,
catarinenses para o mundo todo, e
universidades do Sul do país, é outro
onde meus filhos brincaram muito na
também chegam todas as mercadorias
orgulho nosso. E meu particularmente,
infância, e onde atualmente faço as minhas
importadas e os barcos de pesca
porque foi a vontade de fazer um curso
caminhadas. Gosto muito de frequentar o
carregados. Além disso, a barra recebe
superior que me fez pedir transferência
restaurante Chez Raymond, onde o pescado
ainda as regatas Volvo e Jacques
para a agência do Banco do Brasil de
é sempre fresco e o atendimento é ótimo.”
Vabre, que nos colocaram no mapa
Itajaí e prestar vestibular de Direito na
A Praia de Cabeçudas fica a 7,2 km do Centro
náutico mundial.”
Fepevi, em 1975.”
de Itajaí. O Chez Raymond fica na Rua Floriano
A Barra do Rio Itajaí-Açu fica na divisa entre os
A Univali fica na Rua Uruguai, 458, Centro.
Peixoto, 610. (47) 3348 7032 ou 3348-7015.
municípios de Itajaí e Navegantes.
(47) 3341 7500. www.univali.br
ITAJAÍ É l 2015
CENTRO DE CONHECIMENTO
anos
NOS 155 ANOS DE ITAJAÍ, A CIDADE GANHOU MUITAS OBRAS. E VOCÊ, UM FUTURO MELHOR. Itajaí tem muito o que comemorar neste aniversário de 155 anos. Além de se tornar a nova potência do Estado, a cidade está recebendo diversas obras e investimentos da Prefeitura. Tudo para que cada itajaiense tenha mais qualidade de vida e mais oportunidades para crescer com a gente.
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.Jerônimo Rubim NAnderson Bernardes / Nelson Robledo (Divulgação)
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minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
A ITAJAÍ DE
MEMÓRIA PRESERVADA
AmILCAR GAZANIGA
EM CINCO SUGESTÕES DE PASSEIO, O EX-PREFEITO DE ITAJAÍ MONTA UM ROTEIRO QUE MISTURA HISTÓRIA, BELEZAS NATURAIS E DESENVOLVIMENTO URBANO
“Os livros, as máquinas, os retratos e a própria arquitetura do Museu Histórico
Engenheiro elétrico de formação, em 1977 Amilcar Gazaniga foi eleito o prefeito mais jovem de Itajaí. Foi
de Itajaí contam a história dos que nos antecederam. São coisas materiais que nos levam ao imaterial da cidade.”
o começo de uma vida pública que
O Museu fica dentro do Palácio Marcos Konder, na
o levou, entre outras coisas, a ser
Rua Hercílio Luz, 681, Centro. A entrada é franca.
deputado estadual, presidente da
(47) 3348 1335.
Eletrosul, secretário de Estado e
a estar à frente do Comitê
fenÔMENO DA ENGENHARIA
Organizador de Regatas de Itajaí
“Gosto de observar o complexo
e da organização da Volvo Ocean
portuário. As teorias dizem que são
Race em 2012, evento que colocou
necessários 100 mil m² de área livre
Itajaí na vitrine internacional de
para cada berço de atracação para os
esportes náuticos. Hoje Amilcar é
navios. Nosso porto tem apenas 70 mil
sócio da empresa de consultoria em
m² para três berços. É um fenômeno da
engenharia WGC Networks, sediada
engenharia!”
superintendente do Porto de Itajaí. Essa experiência o credenciou
em Florianópolis, mas continua
O Porto de Itajaí fica às margens do Rio Itajaí-
ligado em tudo o que se relaciona
Açu. A Superintendência do porto atende na
com o desenvolvimento de Itajaí.
Rua Blumenau, 5, Centro. (47) 3341 8000.
história e devoção
VISTA PARA SE ADMIRAR
FUTURO NÁUTICO
“A Igreja da Imaculada Conceição
“O mirante do Parque da Atalaia é
“Eu vejo a Itajaí do futuro no Saco da
sintetiza o esforço dos primeiros
um ponto especial, dá uma visão
Fazenda, também chamado de Baía Afonso
colonizadores da cidade. É um ponto
privilegiada do contraste do verde da
Wippel. A construção da nova marina está
muito especial para mim. História,
montanha beijando a praia. A luta entre
sendo no lugar mais privilegiado, e as novas
tradição e bucolismo que nos lembram
o rio e o mar, a cada hora um subindo e
edificações são marcantes.”
a conquista deste lugar.”
adentrando o outro, me atrai muito.”
O Saco da Fazenda fica entre o Centro e
A Igreja da Imaculada Conceição, localizada
O mirante fica dentro do Parque Natural
Cabeçudas. A Marina Itajaí está sendo construída
na Praça Vidal Ramos, Centro, é tombada pelo
Municipal da Atalaia, entrada na Rua Lila Heusi,
na margem direita do Rio Itajaí-Açu, na Avenida
Patrimônio Histórico Municipal. (47) 3348 5431.
Bairro Fazenda. Fone (47) 3346 1721.
Ministro Victor Konder, Beira-Rio.
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.Jerônimo Rubim NDivulgação / Divulgação Santur
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minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
A ITAJAÍ DE
PAULO FONSECA O EMPRESÁRIO DE DESTAQUE NO SETOR DE LOGÍSTICA REFORÇA SUA APOSTA NA ECONOMIA LOCAL E INDICA OS LUGARES QUE MAIS GOSTA DE FREQUENTAR EM ITAJAÍ
O MELHOR DE DOIS MUNDOS “Indico a Choperia Villa Garden/Kawabi Sushi porque é um lugar especial, acolhedor, tem um chope bem tirado, a melhor pizza de forno a lenha e o melhor sushi da cidade, feito pelo sushiman Serginho. E ainda possui uma linda vista para o Rio Itajaí-Açu.” A Choperia Villa Garden/Kawabi Sushi fica na Avenida Ministro Victor Konder, 950, Fazenda. (47) 3083 6600.
EXERCÍCIO E EQUILÍBRIO “A Academia Open One é um lugar com um ótimo ambiente, que transpira saúde, amizade, fraternidade, onde você pode desfrutar de momentos de alegria, dedicando parte do seu pouco tempo a encontrar o equilíbrio entre o corpo e a mente.” A Academia Open One fica na Avenida Osvaldo Reis, 678, Fazenda. (47) 3342 0001.
No início, eram apenas duas salas comerciais e quatro colaboradores realizando projetos logísticos em Itajaí. Hoje, 15 anos depois, Paulo Fonseca é sócio de um conglomerado de empresas que inclui o Grupo Open Trade, um dos gigantes do comércio exterior da cidade, com filial em São Paulo e unidade na China. Eleito o Empresário do Ano 2014 pela
PRAIA PARA O ANO TODO
Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Paulo passou a diversificar seus investimentos. Abriu a Academia Open One e através da Open Trade virou patrocinador do Marcílio Dias na temporada passada, uma forma de agradecer o carinho com que a cidade o acolheu.
A CIDADE VISTA DE CiMA
O POINT DO CHURRASCO
“Gosto muito de ficar no alto do Morro
“O Santo Grill serve um churrasco de
da Cruz, de onde se enxerga toda a
primeira qualidade, tem um ambiente
cidade, a entrada dos navios no porto.
legal, os colaboradores são sempre
“Adoro o clima, o astral de praia no verão,
É um visual que dá a dimensão do porte
muito atenciosos e lá sempre me
e a Brava em Itajaí reúne tudo isso com
de Itajaí.”
reúno, principalmente às sextas-feiras,
a beleza natural da região. Nas outras
Localizado a 180 metros de altura, o Morro da
com o proprietário Marcelo Fronza e
estações do ano é um ótimo lugar para
Cruz é o ponto mais alto de Itajaí. Seguindo em
os amigos para bater um papo e tomar
apreciar o mar e refletir, fazer caminhadas e
direção à Univali, há placas por todo o percurso
uma cerveja bem gelada.”
corridas na beira da praia.”
até a Rua Antônio M. Vasconcelos Drumond,
O Santo Grill Restaurante fica na Avenida Ministro
A Praia Brava fica na divisa entre os municípios de
que leva ao morro, no Bairro Fazenda.
Victor Konder, 1212, Fazenda. (47) 3246 1076.
Itajaí e Balneário Camboriú.
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Foto: Bruna Passos
Foto: Secom ItajaĂ
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RETRATOS Da CIDADE Fotógrafos amadores e profissionais compartilham pelo aplicativo Instagram imagens que mostram as belezas de Itajaí dos mais variados ângulos
Patrick von Hebert @pa
Rober ta Martins @robertamaa Vista
Harley A. dos Santos @ha
Aérea
trickitj Itajaí Stopover
Macson Ferreira @macsonferreira
Porto de Itajaí
cego rleyasantos Canto do Mor
Queli Mortari @quelimor tari Molhes da Barra
Thiago M. Duarte @thiagomikaelduarte Bairro São Roque
Neto Andrade @netoxandrade Good ITAJAÍ É l 2015
Bike Morning
Ivo Hiebert @ivohiebert Pôr-do-sol
Thierr y Roget @thierryroget Luzes
noturnas
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Geovane Aninha @geova
ne_aninha APM Terminals
Alvaro Baldança @alvarobaldanca
Farol
Gilberto Hartmann @gilbertohart Pôr-do-sol na Brava
Luciano Mader @lucianomader Praia Brava Eliaquim Zimmermann
@eliaquimz Morro da
Cruz
Sofia Willer t @sofiawrv Volvo Ocean
Race
Lucas Adams @_ladams_ _ Itajaí Stopover Julian Knaesel @julianknaesel Canto
Jamir Victorino Jr. @jamirvictorinoju
nior Praia do Atalaia
Ligiane F. Meyer @lifinar
do Morcego
dimeyer Praia de Cabeçu
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Alvaro Baldança @alvaro
baldanca Bico do Papagai
das Edson Luz @edsonluizluz Beira- Rio
à noite
o
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entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
NAVEGANDO A FAVOR DO VENTO Em entrevista exclusiva, O prefeito Jandir Bellini fala sobre Os motivos que levaram itajaí a se TORNAR UMA DAS ECONOMIAS QUE MAIS CRESCEM NO PAÍS E os planos PARA O FUTURO DO MUNICÍPIO Itajaí assumiu em 2014 o posto de município com o maior Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina. Desde então, vieram mais responsabilidades para o poder público manter a economia da cidade em alta. O setor náutico, que movimenta o município, continua a se destacar nos cenários brasileiro e internacional, somando, com os últimos resultados, mais visibilidade para Itajaí. Nesta entrevista exclusiva, o prefeito Jandir Bellini fala sobre suas perspectivas para a economia municipal, a importância das regatas internacionais que voltaram à cidade em 2015, o novo plano de mobilidade urbana e a expectativa em torno das obras da Via Portuária Expressa. Em 2014, Itajaí atingiu o maior PIB de Santa Catarina e o 29º em todo o país. O que está sendo feito para que essa posição seja mantida? O fato de Itajaí ter assumido o posto de maior PIB estadual é consequência de um planejamento que teve início há alguns anos. É claro que esse status chama a atenção e desperta o interesse de empresas de fora que, em outro momento, talvez não enxergassem Itajaí como um local para se investir. No entanto, nossa maior preocupação
é continuar imprimindo uma gestão que possibilite novas oportunidades para quem vive aqui. Se daqui a três, quatro ou cinco anos ainda seremos a primeira economia do Estado, eu não posso afirmar, embora torça muito para que isso se concretize. Tenho certeza, no entanto, que Itajaí atingiu
“Tenho certeza que Itajaí atingiu uma maturidade e representatividade sem precedentes e, o mais importante, com solidez” uma maturidade e representatividade sem precedentes e, o mais importante, com solidez. Isso nos leva a crer que vamos permanecer na linha de frente das cidades catarinenses pelos próximos anos. Itajaí se consolidou como polo náutico nacional durante seu governo. Por que o senhor decidiu apostar ITAJAÍ É l 2015
na vocação náutica do município e como avalia a evolução deste setor nos últimos anos? A campanha como polo náutico do Brasil ganhou força a partir da primeira edição da Volvo Ocean Race em 2012. Foi a vitrine para que pudéssemos mostrar nossa história e nossa força econômica. Tenho certeza que esse novo rumo que Itajaí tem tomado nos últimos anos vai trazer novas aberturas para a nossa economia. Hoje somos a cidade da pesca, do porto, do turismo e dos eventos náuticos. A tendência é que essa lista só aumente com a instalação de uma marina e o nítido interesse que empresários estão tendo pelo município. A campanha pode ser novidade, mas esses pilares não surgiram da noite para o dia, são a nossa história e fazem parte de uma política para atrair novos investidores para cá e, consequentemente, novas oportunidades para quem é daqui. O que a cidade tem feito para atrair novas empresas fora do segmento náutico, pesqueiro e logístico? Embora tenhamos uma tendência a pensar que os novos investimentos se resumem ao setor náutico, na realidade não estão restritos a ele. Apenas estamos usando alguns dos nossos
19 .Carla Superti NVictor Broca (Divulgação)
“Hoje somos a cidade da pesca, do porto, do turismo e dos eventos náuticos. A tendência é que essa lista só aumente com a instalação de uma marina e o nítido interesse dos empresários pelo município”
pontos fortes para abrir novas possibilidades econômicas. O exemplo mais recente é o anúncio da vinda da multinacional norte-americana Sutherland Global Services. Itajaí foi escolhida para receber a primeira sede administrativa da empresa no Brasil, algo que, de imediato, deve gerar mais de mil empregos até o início de 2016. Quais os resultados deixados pela edição deste ano da Volvo Ocean Race, que aconteceu em abril, e qual a expectativa para a Regata Transat Jacques Vabre, em novembro? De imediato, passamos a ser vistos
como cidade próspera em nosso próprio Estado de forma nunca antes imaginada, sem contar a visibilidade nacional e internacional durante o evento. Eu diria que esse é um dos resultados a curtíssimo prazo, pois mal acabamos de respirar a Volvo Ocean Race. Na primeira edição da regata, a organização da VOR nos apresentou um estudo de impacto econômico que apontou a movimentação de R$ 43,75 milhões na economia catarinense, direta ou indiretamente. Ainda não temos os números referentes a 2015 e isso leva tempo para se mensurar, mas é nítido que os resultados ITAJAÍ É l 2015
não se resumem às cifras. A Transat Jacques Vabre já tem data marcada para acontecer: vamos recebê-la de 3 a 15 de novembro e uma das novidades para essa edição é a parceria com o município de Itapema. Itajaí será o porto de chegada, assim como foi em 2013, e Itapema receberá uma regata In-port. Essa aproximação dos nossos vizinhos é um nítido reconhecimento e interesse em também partilhar dessas consequências deixadas depois que o evento acaba. Em relação à infraestrutura urbana e mobilidade, que projetos devem ser executados ainda este ano? Estamos concluindo, agora no mês de junho, o nosso plano de mobilidade urbana. Já estamos executando obras como a conclusão da Rua Jacob Ardigó, fazendo mais uma ligação do Centro da cidade com a região do Pró-morar. Isso vai aliviar o tráfego da Rua Heitor Liberato e da Avenida Adolfo
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NVictor Broca (Divulgação)
Konder. Temos ainda a restauração das avenidas Reinaldo Schmithausen, Abraão João Francisco e a conclusão da Ministro Victor Konder, a Avenida Beira-Rio, interligando todo o sistema de ciclovias, e o sistema binário no Bairro São Vicente. Isso vai amenizar o sistema viário, mas não é a solução. A solução é a implantação do plano de mobilidade urbana para um futuro a longo prazo. Uma demanda antiga da população local é a construção da Via Portuária Expressa. O que falta para a obra finalmente sair do papel? É uma obra de extrema necessidade para a mobilidade urbana. O município fez aquilo que lhe cabia, que era enviar ao Governo Federal o projeto executivo para dar início ao processo de licitação, fato que aconteceu em julho de 2014. Feito isso, estamos aguardando o lançamento do edital para dar sequência ao planejamento. Ficou acordado que o município executaria as desapropriações necessárias, mas
“As obras da Via Portuária Expressa e da Via Perimetral Oeste darão um impulso gigantesco no sistema viário ao tirar 90% do tráfego pesado das ruas” quem custearia as despesas que envolvem a obra seria o Governo Federal. Além da Via Portuária Expressa, a construção da Via Perimetral Oeste complementaria o projeto de acesso ao porto. Também já temos o projeto executivo pronto e estamos aguardando o início da construção, dessa vez a cargo do Governo do Estado. Juntas, essas obras darão um impulso gigantesco no sistema viário ao tirar 90% ITAJAÍ É l 2015
do tráfego pesado das ruas e ligar a região Norte à região Sul, canalizando todo o transporte de cargas direcionadas ao Porto de Itajaí. Esperamos que os governos Federal e Estadual se sensibilizem e vejam a importância que Itajaí tem no contexto econômico para que viabilizem os dois projetos o quanto antes. Na sua opinião, o que Itajaí tem a comemorar neste aniversário? Eu acho que a cidade tem muito a comemorar nos seus 155 anos. A Itajaí que, há bem pouco tempo, era vista como mais uma cidade do interior, hoje tem o maior PIB de Santa Catarina. Temos a maior economia, a melhor qualidade de vida e a maior média salarial do Estado. Itajaí ganhou destaque em nível nacional e internacional, realizando grandes eventos e sendo um dos municípios mais procurados no país para receber investimentos. É uma cidade que desperta a cada dia em nós, itajaienses, mais motivos para nos orgulharmos.
Uma instituição sólida também.
SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.
Estamos presentes em 11 estados brasileiros, com mais de 1.300 pontos de atendimento. Movimentamos mais de R$ 49 bilhões em ativos e crescemos, em média, 25% ao ano. Números que nos colocam entre as maiores instituições financeiras do País. Mas, para nós, os valores que importam não são apenas os financeiros. Somos uma instituição financeira cooperativa. Com os produtos e serviços de um banco, mas com uma filosofia diferente. Em vez de clientes, temos 3 milhões de associados, que têm voz de decisão e participam dos resultados. Para nós, ninguém precisa perder para todo mundo ganhar. Se você também pensa assim, junte-se a nós. Porque gente que coopera cresce.
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A HORA E A VEZ DE ITAJAÍ AS OPORTUNIDADES GERADAS PELOS SETORES LOGÍSTICO E PORTUÁRIO IMPULSIONAM O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO, quE AGORA BUSCA DIVERSIFICAR SUA ECONOMIA PARA MANTER O RITMO DE CRESCIMENTO NOS PRÓXIMOS ANOS A figura do navio imponente e abarrotado de contêineres que zarpa pela Foz do Rio Itajaí-Açu é o ícone de uma cidade orgulhosa de seus números. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de 2014 apontam Itajaí como a economia mais forte de Santa Catarina. O PIB da cidade é de R$ 19,7 bilhões e desbanca Joinville – a maior cidade do Estado e também a mais industrializada –, que vinha ocupando o primeiro lugar. O resultado econômico é reflexo direto da movimentação portuária da cidade, que exporta uma carga de alto valor agregado: carne congelada produzida no Oeste catarinense. A demanda do porto ativa ainda uma cadeia logística paralela que inclui terminais retroportuários, empresas
de transportes, agências marítimas e profissionais autônomos responsáveis por movimentar a carga desde a indústria até o destino final, do outro lado do mundo. Para se ter uma ideia da importância do porto na economia local, dos R$ 7 milhões de receita média mensal de Imposto Sobre Serviços (ISS), 69% vêm da atividade portuária. A APM Terminals, empresa responsável por operar as cargas no porto, está no topo da lista das 100 empresas que mais arrecadam. Itajaí também é destaque na renda per capita individual. Está em segundo lugar em Santa Catarina, com R$ 104 mil/ano por habitante, atrás apenas somente de outro município portuário, São Francisco do Sul, que registrou um PIB per capita de R$ 115 mil. ITAJAÍ É l 2015
Para o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, o fator principal que coloca Itajaí à frente dos demais municípios catarinenses é a posição logística da cidade, situada em um dos principais entroncamentos rodoviários do Estado, na junção das BRs 101 e 470. “Agregamos a isso um porto que foi o principal indutor de todo esse crescimento, com condições operacionais para movimentar o resultado de um parque industrial responsável pela produção de bens de alto valor agregado, a exemplo dos setores metalmecânico, têxtil e, principalmente, a agroindústria”, observa Ayres. O foco na movimentação de contêineres é resultado de investimentos que se iniciaram em 2001. Na época, o Porto de Itajaí buscou parcerias na
23 .Luciana Zonta NMarcello Sokal
iniciativa privada, através do arrendamento de dois berços, para equipar o terminal com guindastes de terra e dotá-lo de infraestrutura para atender navios conteineiros. Quatorze anos depois, o principal desafio para permanecer no mapa das grandes embarcações mercantes que fazem a rota comercial no Brasil é ampliar a largura da bacia de evolução no Rio Itajaí-Açu. Hoje o Complexo Portuário do Itajaí está limitado a operações com navios com comprimento máximo de 306 metros. No ano passado, terminais que compõem o complexo chegaram a perder serviços de navios em razão desta limitação. Um contrato assinado pelo Governo do Estado no valor de R$ 104 milhões vai possibilitar a construção da pri-
meira fase da nova bacia de acesso ao porto, o que permitirá a operação de navios com até 335 metros de comprimento e 48 metros de boca. A nova bacia é considerada fundamental para Itajaí se manter no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando o porte dos navios. As obras devem começar em julho e têm prazo de 18 meses para serem concluídas. O projeto envolve a retirada das guias correntes em frente ao Saco da Fazenda, nas margens de Itajaí e Navegantes, e a dragagem de uma nova bacia com diâmetro de 530 metros e profundidade de 13 metros. “Esta é a mais importante obra para Itajaí na atualidade. Com ela, vamos recuperar serviços que foram embora e aumentar o potencial de ITAJAÍ É l 2015
movimentação de cargas”, afirma o diretor-superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten. A segunda fase da obra, que engloba investimentos de aproximadamente R$ 240 milhões, foi incluída pela Secretaria de Portos (SEP) no orçamento da União. Os recursos deverão ser investidos a partir deste ano e, com as obras dessa segunda fase concluídas, o complexo poderá operar cargueiros de até 365 metros. No entorno do Porto de Itajaí, uma rede logística tão importante quanto o próprio terminal complementa o atendimento ao mercado exportador e importador do Estado. São empresas de comércio exterior, despachantes aduaneiros, terminais retroportuários e porto seco especializados em contêineres re-
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Principal indutor do crescimento de Itajaí, o porto é responsável por 69% dos quase R$ 7 milhões mensais arrecadados pelo município em Imposto Sobre Serviços (ISS)
frigerados e cargas especiais que conferem competitividade a Itajaí e destacam o município em relação a outras cidades portuárias do Estado. Segundo Antônio Ayres, junto ao aparelhamento do porto, há 14 anos, a retroárea também se fortaleceu. “Unimos um estado com uma boa produção de bens de alto valor agregado a um porto aparelhado e uma rede de apoio com condições de atender o mercado da carga conteinerizada”, observa o superintendente do Porto de Itajaí. Na condição de porto seco e entreposto aduaneiro, a Multilog – empresa localizada no Bairro Itaipava – virou uma espécie de extensão da área primária do porto. A empresa acaba de conquistar a operação logística do quarto Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus no Brasil. Através de um convênio com o Governo do Estado do Amazonas, é permitida a transferência de produtos fabricados na Zona Franca para a área de entreposto fiscal com suspensão de cobrança do Impos-
to sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) por até 180 dias. A tributação ocorrerá somente no momento da venda da carga. “Isso permite um fluxo de caixa interessante para as empresas fabricantes”, comenta o
Ayres: a rede logística que se formou ao redor da estrutura portuária é tão importante quanto o próprio terminal de embarque e desembarque
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diretor-executivo da empresa, Djalma Vilela. A novidade deve atender principalmente os mercados internos do Sul e Sudeste. Para suprir a nova demanda, foi necessário investimento de R$ 40 milhões na construção de um armazém de 26 mil m 2 com 14 metros de pé-direito e a compra de novos equipamentos na unidade de Itajaí. A estrutura é equipada com sistema de cross-docking, que permite um fluxo único de operação. O local está preparado para receber produtos da linha marrom (TVs, áudios, etc.), duas rodas, automotivo e produtos farmacológicos. Um dos mais importantes indicadores de crescimento econômico está no número de novas empresas instaladas na cidade. Em 2014, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município registrou nada menos que 2.650 novos negócios. “Também começamos a notar uma diversidade dos segmentos e um equilíbrio maior da matriz econômica da cidade”, observa o secretá-
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rio municipal Osman Freire Rebello. Embora o pilar econômico de Itajaí esteja calçado na movimentação portuária e na cadeia logística, Rebello explica que segmentos como construção naval, indústria de transformação, montagem de módulos para plataformas e projetos de inovação despontam com grande potencial de investimentos na cidade. Com mais dinheiro no município, o comércio e a prestação de serviços também incrementam participação na economia local. Na opinião do presidente da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Eclésio da Silva, a construção civil e o turismo são dois setores que tendem a crescer fortemente como reflexo direto da expansão da economia local. “Nos arriscamos a dizer que, nos últimos cinco anos, a cidade percebeu um crescimento de 60% na oferta de novos imóveis”, diz. O desafio, segundo ele, é dar condições para que o segmento líder – no caso o porto e o setor logístico – continue crescendo, mas reduzindo o índice de dependência que dá sustentação à economia local. “É necessário diversificar mais, buscar novas possibilidades para Itajaí”, avalia Eclésio. Dentro dessa perspectiva, a cidade recebeu em maio mais uma boa notícia: a empresa norte-americana Southerland Global Services, referência mundial em robótica, anunciou a instalação de uma unidade em Itajaí. As contratações já começaram e a primeira etapa deve ser concluída em julho, com 300 funcionários. A previsão é chegar a mil empregos até o fim de 2016. Fundada há 29 anos, a Southerland possui 47 escritórios em 33 países e tem como clientes algumas das principais multinacionais do planeta. A empresa já tem escritório em São Paulo, mas escolheu Itajaí para instalar seu primeiro Centro Admi-
Silva: o desafio da economia itajaiense é manter o segmento logístico em alta mas buscar novas alternativas para não se tornar dependente dele
nistrativo no Brasil – outras opções eram Fortaleza e Porto Alegre. Um fator que pesou na decisão foi a apresentação realizada no ano passado pela ACII e a prefeitura, que mostrou à direção da empresa as vantagens competitivas do município, entre elas a facilidade de acesso, a infraestrutura portuária e a parceria com a
Universidade do Vale do Itajaí (Univali) para capacitação de pessoas. Outra iniciativa que deve ampliar os horizontes da economia local é o Centro de Inovação, projeto que faz parte do Programa Catarinense de Inovação (PCI) do Governo do Estado, previsto para 2016. No total, serão 12 unidades em Santa Catarina, uma delas em Itajaí. O Centro de Inovação no município terá 4 mil m² e será construído em um terreno da prefeitura, na Rodovia Antônio Heil. A Univali será parceira para implantar e desenvolver o projeto, que pretende fomentar uma nova economia pautada na pesquisa aplicada e em novos negócios. Atualmente, a universidade já tem estruturada a UniInova, uma espécie de incubadora que desenvolve pesquisas e oferece suporte para empresas que buscam o caminho da inovação em Itajaí e região. Segundo o diretor de Inovação da Univali, José Roberto Provesi, 15 empresas estão incubadas no Núcleo de Inovação Tecnológica da instituição. A mais famosa é a Brasmax, que desenvolve de tecnologias sustentáveis para tratamento de efluentes
Vilela: início da operação do entreposto da Zona Franca de Manaus vai reduzir impostos para empresas locais
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26 NDivulgação / Anderson Bernardes
Nathália: crescimento econômico traz clientes mais exigentes e faz crescer procura por imóveis de alto padrão
gerados pelo indústria de alimentos (ver matéria na pág. 36). O Centro de Inovação será uma espécie de “pedra fundamental” do Distrito de Inovação, projeto de bairro planejado que vai mesclar trabalho, moradia, estudos e lazer em uma mesma área de 2,3 milhões de m2 no Bairro Itaipava, a 8 quilômetros do Centro. Segundo Lauredir Nottar, diretor-presidente da Itajaí Participações, empresa pública de direito privado criada pelo poder público para atrair companhias para a área, o próximo passo é criar um planejamento de ocupação ordenada do distrito. “A proposta é diversificar e, ao mesmo tempo, gerar uma rede de apoio às empresas já instaladas na cidade.” Outro setor que funciona como um termômetro da atividade econômica em Itajaí é a construção civil. A paisagem plana – que 10 anos atrás era ocupada apenas por casas e edificações de até quatro andares – agora é tomada por prédios altos e envidraçados. O crescimento da cidade trouxe uma profunda transformação no perfil e nos preços do mercado imobiliário local. Embora
o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) não realize um monitoramento estatístico da evolução do setor, a leitura empírica é de forte expansão. “Quem sobe o Morro da Cruz tem uma visão panorâmica bastante diferente da que havia há uma década.
Kan: mercado imobiliário aquecido se reflete nos novos prédios comerciais e no preço do metro quadrado, que valorizou até 46,9% em cinco anos
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Facilmente se distinguem mais de 30 prédios em construção na região central”, diz o presidente da entidade, Charles Kan. Ele afirma que o mercado local registra um avanço de valorização do metro quadrado bastante similar ao do Estado, que foi de 46,9% desde 2010. O novo momento da cidade também se reflete no volume de prédios comerciais. “Há uma evolução clara deste segmento como resposta ao progresso econômico da cidade. Com menos espaço, a tendência é verticalizar, abrindo espaço para salas comerciais direcionadas às empresas e profissionais liberais que a região atrai”, afirma. Atento ao novo momento de Itajaí, o Grupo Riviera inaugurou recentemente o Riviera Business, primeiro empreendimento comercial da Avenida Osvaldo Reis, na Praia Brava. A proposta integra ainda o Brava Mall, com inauguração prevista para o segundo semestre, que conta com mix de lojas, gastronomia, utilidades e serviços. O estacionamento – com 400 vagas – tem pontos de abastecimento de carros elétricos, outra inovação em empreendimentos imobiliários em Santa Catarina. Já a construtora Mendes Sibara decidiu apostar em produtos que atendessem o perfil de um cliente mais exigente, a maioria empresários e executivos. A diretora da empresa, Nathália Mendes, conta que a construtora passou a investir em empreendimentos de alto padrão, antes só vistos em Balneário Camboriú. Segundo a empresária, o produto mais procurado em Itajaí são apartamentos de menor metragem, mas com mais infraestrutura de lazer. “O aumento do PIB de Itajaí com certeza possibilitou que o nosso metro quadrado de vendas aumentasse, melhorando assim nossos projetos”, conclui Nathália.
27 .Luciana Zonta NBuda Mendes (Divulgação)
VOCAÇÃO REDESCOBERTA INVESTINDO NA SUA PROXIMIDADE COM O MAR, ITAJAÍ SE TORNOU UMA REFERÊNCIA NACIONAL PARA O ESPORTE, O TURISMO E A INDÚSTRIA NÁUTICA
A multidão que se aglomerava no pátio externo do Centreventos Itajaí para acompanhar a chegada dos barcos competidores da mais famosa regata de volta ao mundo é o reflexo mais evidente do novo momento náutico da cidade. Desde 2012, quando a organização da Volvo Ocean Race escolheu Itajaí para ser a parada oficial no Brasil, o município passou a investir em relacionamento e infraestrutura para desenvolver o que o poder público costuma chamar de “vocação natural da cidade”.
Naquele ano, passaram pela Vila da Regata – onde ficam concentradas as ações esportivas e sociais da Volvo – nada menos que 282 mil pessoas. Em abril deste ano, na segunda edição da Itajaí Stopover, foram 352 mil visitantes. “Era a primeira vez que a cidade comportava um evento internacional deste porte e o retorno da regata em 2015 confirmou a vocação do município para eventos do gênero”, observa Alexandre dos Santos, presidente do Comitê Organizador da Volvo Ocean Race em Itajaí. Um
A segunda edição da Itajaí Stopover – etapa brasileira da regata internacional Volvo Ocean Race – recebeu 352 mil visitantes e colocou a cidade no mapa da vela mundial
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Simulação em computação gráfica mostra como deverão ser as instalações da Marina Itajaí, que vai contar com 908 vagas náuticas e tem conclusão prevista para 2019
ano e meio após receber a Volvo pela primeira vez, a cidade foi ponto de chegada de outra regata internacional: a Transat Jacques Vabre 2013, com largada em Le Havre, na França. Em dezembro deste ano, Itajaí receberá novamente os veleiros da regata francesa, que tem um percurso de 10 mil quilômetros a serem cumpridos em aproximadamente 10 dias de competição. O secretário municipal de Turismo, Agnaldo Santos, diz que o sucesso das edições anteriores credenciou a cidade para receber novas regatas internacionais e ajudou a divulgar Itajaí como uma marca de credibilidade. “Passamos a ter expertise em grandes eventos náuticos e visibilidade mundial da nossa infraestrutura de apoio”, observa Agnaldo. Para o secretário, a vocação náutica de Itajaí não chega a ser novidade, já que as relações comerciais promovidas pelos portos mercante e pesqueiro são antigos pilares econômicos da cidade. Há uma década, o município tam-
bém investiu na construção de um píer turístico para transatlânticos e passou a abrigar embarcações de cruzeiro entre os meses de novembro e março, na alta temporada de verão. Ancorada no complexo portuário, no porto pesqueiro, na recepção
Santos: “As regatas ajudaram a abrir um novo leque de negócios na cidade e a implantar uma cultura náutica cada vez mais voltada para o rio e o mar”
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de navios de cruzeiros e nos eventos náuticos, o poder público municipal acaba de lançar uma campanha com o objetivo de firmar o nome de Itajaí ao de polo náutico do Brasil. A ideia é consolidar a cidade neste contexto, fundamentada em quatro pilares: eventos náuticos, porto, turismo e pesca industrial. “Não há como negar que as regatas não só ajudaram a abrir um novo leque de negócios como também a implantar uma cultura náutica cada vez mais voltada para o rio e o mar”, completa o secretário de Turismo. A partir de outubro, Itajaí também terá uma marina – a primeira da cidade – para embarcações de passeio. Sob responsabilidade da Porto Esportivo Itajaí Ltda., vencedora do contrato de concessão, a Marina Itajaí está sendo construída no lado esquerdo da Baía Afonso Wippel (Saco da Fazenda) e vai abrigar 908 vagas náuticas, entre secas e molhadas. Na primeira etapa da obra, serão 320 vagas. O restante deve ser concluído
29 NDivulgação / Nelson Robledo (Divulgação)
até 2019. A estrutura contará com um posto de abastecimento, loja de conveniências, lojas de artigos náuticos e venda de embarcações. A marina terá local destinado a reparos de embarcações, área gastronômica com restaurante, bistrô e café, serviços de limpeza e prédios de serviço com refeitório, sala de descanso e sala de treinamento. Guindastes especiais com capacidade para retirada de embarcações de até 75 toneladas e duas empilhadeiras com capacidade de até 16 toneladas para as vagas secas também fazem parte do empreendimento, que terá um custo de R$ 40 milhões. Para o gerente de engenharia da Marina Itajaí, Jetro Barbosa de Oliveira, a construção de um complexo de lazer reforça a posição da cidade como polo náutico. “A vinda de pessoas de vários lugares do Brasil e até do exterior para usar a estrutura trará grande ganho econômico ao município”, reforça. A identidade náutica de Itajaí inclui a produção de embarcações de esporte e lazer de alto padrão. Alguns dos principais estaleiros nacionais de iates, lanchas e veleiros estão em Ita-
O píer turístico tem estrutura para receber transatlânticos e cruzeiros, fomentando o turismo na alta temporada
jaí. Com sede na cidade desde 1990, a Fibrafort já produziu mais de 13 mil lanchas que abastecem 41 revendas em todo o Brasil. A empresa garante driblar qualquer variação do setor e mantém a previsão de crescimento médio de 18% ao ano. Segundo o gerente de Negócios & Marketing da Fibrafort, Rafael Ferreira, Itajaí segue o padrão catarinense no setor náutico. “O município percebeu que está em
Fundada em 1990, a Fibrafort já produziu mais de 13 mil lanchas e vem crescendo a uma média de 18% ao ano
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vantagem devido à proximidade do mar e do rio e passou a investir economicamente para que este benefício se tornasse ainda mais rentável às empresas aqui instaladas, o que tem feito os olhos de interessados de diversas áreas do Brasil e do mundo se voltarem para nós”, observa. Até o ano passado, a marca trabalhava exclusivamente com a consolidada linha Focker, com barcos na categoria de 16 a 32 pés. Em 2015, a empresa entrou na linha de iates, com a fabricação e comercialização da F400 Gran Coupé, embarcação de 40 pés da linha Yachts. O objetivo, segundo Ferreira, é atender a demanda dos consumidores que estão migrando de embarcações de pequeno e médio porte para barcos maiores. “O setor está sendo movimentado pelos clientes que já fazem parte deste meio, ou que conheceram nos últimos anos e se apaixonaram pelo prazer de navegar”, explica. Hoje, a marca itajaiense é o maior estaleiro em unidades produzidas da América do Sul e conta com a parceria da Porsche Consulting para o desenvolvimento de novos produtos.
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editorial l índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l
mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
UM PLANO PARA AVANÇAR ITAJAÍ DISCUTE SOLUÇÕES PARA seus PROBLEMAS DE TRÂNSITO E PREPARA UMA SÉRIE DE AÇÕES PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE MOBILIDADE URBANA
Um dos principais motivos para a falta de mobilidade é a predominância do transporte individual sobre o coletivo
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31 .NAnderson Bernardes
O fim da tarde e o início da noite reservam momentos tensos para quem se locomove na região central de Itajaí. Nas avenidas Sete de Setembro e Marcos Konder, os veículos que levam os trabalhadores para os bairros mais afastados do Centro formam filas nos semáforos, trancando os cruzamentos. Ao mesmo tempo, nas saídas dos principais colégios da cidade, pais à espera dos filhos tornam o tráfego ainda mais lento. Nos principais acessos aos bairros mais populosos, como as ruas Heitor Liberato e Reinaldo Schmithausen, os engarrafamentos tiram a paciência dos motoristas. O cruzamento entre a Rua Uruguai e a Avenida Contorno Sul também desafia os nervos de quem escolheu o automóvel como meio de locomoção para as aulas na universidade. Em todos os lugares, um dos sintomas do desenvolvimento econômico de Itajaí se faz notar: há muito carro para pouco espaço. O problema começou a ser enfrentado sistematicamente em novembro do ano passado, quando o grupo formado pelos prefeitos e vice-prefeitos de dez municípios que compõem a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) se reuniu na sede da entidade com representantes da empresa LePadron Arquitetura & Consultoria Técnica para iniciar a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. O documento é necessário para que os municípios estejam de acordo com o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, instituído em 2012, e estabeleçam metas conjuntas para eliminar os problemas de mobilidade enfrentados. O plano – que tem como objetivo principal estabelecer políticas e ações relativas à mobilidade urbana para promoção da cidadania e inclusão social – é composto por quatro etapas: mobilização e le-
vantamento de informações, diagnóstico e prognóstico, elaboração de projetos e elaboração de minuta de lei. De acordo com a prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva, que ocupava o cargo de presidente da Amfri no início da elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, a decisão de construir o documento das dez cidades de forma conjunta leva em conta a interdependência dos municípios da região quando o assunto é mobilidade. “Um plano só para cumprir a lei qualquer município podia fazer. Para conseguir o efeito desejado, teria que ser discu-
tido com toda a sociedade da região e elaborado de forma integrada, pois uma cidade depende da outra”, avalia a prefeita. Uma comissão formada por arquitetos, engenheiros e técnicos das cidades da Amfri participou do início do levantamento de informações do setor e Itajaí foi a primeira cidade a receber os pesquisadores, em dezembro. Moradores de 22 localidades das zonas urbana e zona rural foram entrevistados. O número de entrevistados foi determinado de acordo com a proporção do número de habitantes por bairro, tendo como
Com a expansão da rede de ciclofaixas, a ideia é estimular o uso da bicicleta também como meio de transporte
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Investimento em transporte alternativo, como a expansão da rede de ciclofaixas, é uma demanda da população
Segundo a pesquisa da LePadron, 24% dos deslocamentos em Itajaí são feitos a pé, enquanto os carros são responsáveis por 46% e o transporte coletivo somente 6%
base o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A LePadron apresentou em abril alguns resultados da pesquisa realizada com os moradores de Itajaí. Ao todo, 1.117 residências receberam os pesquisadores. Os entrevistados responderam a um questionário com cerca de 60 perguntas que tinha como objetivo conhecer a rotina de
mobilidade na cidade. Um dos dados que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi o número de automóveis e motocicletas. Mais de 60% dos domicílios possuem carro e cerca de 30% possuem motos, segundo a pesquisa. Por outro lado, mais de 60% das residências têm ao menos uma bicicleta. O número equivalente de carros e bicicletas por domicílios, no
Mesmo presentes em 60% das residências da cidade, as bicicletas são usadas em apenas 8% dos deslocamentos
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entanto, não reflete de forma semelhante no tipo de transporte escolhido por deslocamento, em Itajaí. De acordo com os dados da pesquisa, os carros são utilizados em 46% dos deslocamentos e as bicicletas em apenas 8%. As motos são responsáveis por 12% dos deslocamentos e o transporte coletivo apenas por 6%. Os deslocamentos a pé totalizam 24%. A pesquisa aponta ainda alguns caminhos para que o automóvel deixe de ser o meio de transporte preferencial do itajaiense. Segundo o estudo, 41% dos entrevistados usuários de transporte coletivo afirmam que a cidade precisa ter mais horários de ônibus e 77% indicam a necessidade de mais linhas. Os usuários de bicicletas também reclamam das condições de tráfego – 82% responderam que a cidade precisa de mais ciclovias. Os dados levantados pelos técnicos da prefeitura e da empresa contratada para a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana estão sendo acrescidos das propostas e suges-
33 NAnderson Bernardes / Victor Schneider (Divulgação)
tões dos moradores da cidade, que participam do processo por meio das audiências públicas realizadas nos bairros. Lideranças locais e vereadores também têm contribuído com o debate. “Acreditamos que ao final de todas as audiências teremos adicionado às informações já coletadas pelo menos mais de 500 sugestões e observações oriundas dessas consultas”, afirma o arquiteto e diretor da LePadron, Sérgio Gollnick. Todos os dados levantados serão aplicados na elaboração dos projetos e das minutas de leis que serão enviadas à Câmara de Vereadores para aprovação. Depois de uma análise prévia dos dados disponíveis, Gollnick afirma que a situação de Itajaí é preocupante porque os deslocamentos estão concentrados nos meios de transportes individuais. A situação é agravada pela alta taxa de deslocamento de cargas na cidade. “Estes fatores, aliados ao baixo nível de serviço e utilização do transporte coletivo,indicam que a cidade deve entrar num estado de redução drástica da mobilidade urbana”, avalia. O coordenador do Plano de Mobilidade afirma ainda que se não houver um investimento significativo no sistema de transporte coletivo a cidade não suportará o incremento de tráfego na proporção dos últimos anos. O principal desafio de Itajaí, segundo Gollnick, é a participação e aceitação da sociedade, especialmente no sentido de mudar a “cultura do carro” como meio de deslocamento. “É preciso adotar uma cultura mais coletiva, que privilegie os modos de menor impacto e a disponibilidade de amplos espaços coletivos, com qualidade. Ou seja: a busca de uma modernidade que signifique qualidade e sustentabilidade”, destaca o arquiteto.
Audiências públicas nos bairros e pesquisa em domicílio foram ferramentas essenciais na elaboração do plano
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.Jerônimo Rubim NAnderson Bernardes
editorial l índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l
empreendedores l mobilidade lgastronomia l cultura l ambientel casacorl grupoRIC
Silvio Emerson Douglas Vieira
PIONEIRO NA SAÚDE ANIMAL ITAJAÍ É l 2015
Crescimento econômico, expectativa de maior longevidade, casais que não querem ter filhos. Estas são algumas explicações para a expansão do mercado pet no país, que cresce acima da média mundial. Em 2014, movimentou R$ 16 bilhões e cresceu 8,2%, mantendo o Brasil como o segundo no setor no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Silvio Emerson Douglas Vieira, com 22 anos de experiência em gestão empresarial na área de saúde, estudou atentamente este mercado e em 2013 decidiu investir em um negócio pioneiro. Criou a PetMedic em Itajaí, a primeira (e ainda única) empresa do Sul do país a oferecer planos de saúde para cães e gatos. A empresa tem quatro tipos de planos que oferecem consultas, serviços de prevenção, ambulatorial e de emergência através de uma rede de atendimento com mais de 60 consultórios, clínicas e hospitais credenciados, uma das maiores redes do país. Hoje, a PetMedic cobre 18 cidades, a maioria do litoral catarinense, mas também Blumenau, Brusque, Jaraguá do Sul e Joinville. Com 2,8 milhões de moradores, a região foi escolhida por sua relação animal/habitante – há um cão ou gato para cada 3,5 habitantes – e pela maior concentração de serviços veterinários estruturados do Estado. “Agora estamos na fase de fazer as pessoas entenderem a importância da prevenção para a qualidade de vida do pet e da família. É uma mudança de cultura”, diz Silvio. Para isso, ele expandiu a comercialização de planos neste ano e já conta com 11 consultores e um serviço de televendas, que faz prospecção. Os planos para o futuro envolvem fechar parcerias para abrir unidades no Rio Grande do Sul e Paraná, construir um hospital veterinário de referência em Santa Catarina e começar uma franquia. “O Brasil é considerado um mercado emergente, junto com México e Rússia, e fomos apenas a décima operadora instalada no país”, ressalta.
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A GENTE TEM ORGULHO DE PARTICIPAR DESTA HISTÓRIA E CRESCER COM ESSA CIDADE.
Itajaí é uma das cidades mais importantes de Santa Catarina. Em 2014, ela teve o maior PIB do estado, segundo o IBGE, e o terceiro maior do sul do Brasil. Todo este crescimento é visível no dia a dia das pessoas que passaram a viver cada vez melhor. O Semasa, com seu trabalho, tem orgulho de poder contribuir com esta história levando mais saúde e conforto para os lares itajaienses.
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.Jerônimo Rubim NAnderson Bernardes
editorial
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Ele ainda era estudante do curso de Oceanografia da Univali quando montou, com a ajuda de colegas, um modelo de negócio ganhador do Prêmio Santander de empreendedorismo em 2012. Hoje, aos 25 anos, Murilo Canova Zeschau é o diretor da empresa de biotecnologia Brastax, criada com aqueles mesmos colegas e que nunca abandonou a ideia do projeto de faculdade: tratar efluentes da indústria animal com a ação de microalgas. Por meio de um processo inédito no Brasil a empresa consegue reduzir em até 90% o potencial poluidor dos efluentes e ainda permite o reuso da água na indústria. “A lei exige o tratamento, o que gera custo às empresas. Com esse processo, além de economizar água, também geramos biomassa para alimentar animais. Isso diminui custos, agrega valor e fecha o ciclo de sustentabilidade”, explica Murilo. A ideia conquistou diversos prêmios nacionais, recebendo algum aporte financeiro e muitas consultorias, capacitações e viagens. Isso ajudou a empresa a se estabelecer enquanto focava apenas em pesquisa e desenvolvimento. Foi a conquista do Acelera Startup em 2014, evento promovido pelo Comitê de Jovens Empreendedores da Federação das Indústrias de São Paulo, que lançou sua empresa no mercado. Além de serviços de assessoria, surgiu a chance de apresentar o negócio a uma banca de investidores anjo. A parceria ainda não veio, mas a Brastax iniciou relacionamentos e tem uma área comercial com prospectos em todo o país. No último ano, o modelo de negócio foi ampliado com a expansão dos serviços de tratamento para toda a cadeia animal (no começo, atuavam apenas no setor aviário). Empresas de grande porte estão interessadas e já há um novo cliente em fase de assinatura de contrato. “Nenhum sistema de tratamento de efluentes oferece custo-benefício igual a este. O custo é alto mas o retorno também é”, garante o jovem empresário.
Murilo Canova Zeschau
INOVAÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO ITAJAÍ É l 2015
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Nilton Goés
PRONTO PARA voar mais alto ITAJAÍ É l 2015
“As melhores oportunidades surgem durante as crises.” É com este lema, sem se assustar com o cenário da economia, que o empresário Nilton Goés segue firme em seu novo empreendimento: fabricar aviões de luxo. Apaixonado por aviação desde a época em que se dedicava ao aeromodelismo, há quatro anos ele trabalha com técnicos no desenvolvimento de uma aeronave bimotor de seis lugares, batizada de GA 620. O lançamento oficial será feito até o carnaval de 2016, e a primeira unidade já está vendida. “E estamos negociando outras. Se o empresário tiver visão, consegue trabalhar com lucro menor e conquistar o mercado”, afirma. Cada avião custa US$ 1,075 milhão, valor que Nilton garante ser o menor preço no mundo para a categoria. Há outra característica que pode ser um grande diferencial para os negócios da Galaxy Aero. A estrutura da fuselagem será construída em fibra de carbono, material tão resistente quanto o aço e mais leve que o alumínio. O arrasto (resistência do ar) também será menor, o que vai gerar economia de combustível de até 25%. O know-how para trabalhar com esse tipo de material vem da primeira empresa de Nilton. Desde 1991, a Autos Fibra usa fibra de vidro e de carbono para fabricar réplicas e customizar carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Bugatti. Nilton já entregou mais de 350 carros, que custam até R$ 160 mil. Tudo começou quando algumas pessoas se interessaram por um protótipo de Ferrari S355 que Nilton construía em sua garagem. Vendida a primeira réplica, ele vislumbrou um nicho de mercado e, de Itajaí, vendeu para o mundo. Ele também mira o mercado internacional para seus aviões, e a expectativa da Galaxy Aero é entregar de 15 a 20 aeronaves por ano.
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bem-vindos ao atalaia ITAJAÍ É l 2015
ambiente l casa cor l grupo RIC
PERTO DO CENTRO, EM UMA ÁREA DE MATA ATLÂNTICA PRESERVADA, ESTÁ UM DOS MAIORES TESOUROS DE ITAJAÍ
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Poucas cidades têm o privilégio de contar com uma área de conservação natural dentro de sua área urbana. Itajaí tem e está a apenas 2 km do Centro, acessível ao público de todas as idades. No Parque Municipal da Atalaia os morros são cobertos por um verde denso e vivo e há um cheiro característico de mato – uma mistura de terra, madeira, óleos essenciais e perfume de flores. Ao andar nas trilhas, ao som de sabiás, saíras, tico-ticos e rolinhas, o visitante pode encontrar tatus, tamanduás e gatos-do-mato. Ao final, um mirante revela um cenário primoroso – o verde dos morros contrastando com o azul do Oceano Atlântico, as águas da foz do Rio Itajaí se misturando ao mar. “O parque é importante não só pela conservação, mas por permitir às pessoas o contato com a natureza, a apreciação da fauna e da flora
e a contemplação da beleza cênica”, explica Felipe Ramiro, biólogo e analista ambiental da Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai). O órgão divide a gestão do parque com o Instituto Brasil Ambiental (IBRA), uma entidade formada por moradores locais preocupados com as questões sociais e ambientais do seu bairro. Criado pelo município em 2007 como uma Unidade de Conservação, o parque tem 19,5 hectares destinados à proteção dos ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e biodiversidade. Habitam essa área pelo menos 200 espécies de árvores e mais de 100 tipos de animais e aves. A Mata Atlântica tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, e hoje é o bioma mais ameaçado do território brasileiro. Sua cobertura vegetal está reduzida a apenas 7% da área original em nosso país, o que
torna a existência do Parque da Atalaia ainda mais importante. Além de preservar a mata, o parque tem um viveiro especializado na produção de árvores nativas aberto à população. Depois de relaxar com o clima tranquilo, qualquer visitante pode sair de lá com até cinco mudas por mês, com a opção de escolher entre mais de cem espécies como pitanga, araçá, gabiroba e o ipê-amarelo ou roxo. Cerca de mil mudas são distribuídas por mês, e as pessoas ainda recebem orientações de como e onde plantar suas futuras árvores. As mudas também podem ajudar a recuperar áreas degradadas, como encostas de rios ou de morros, e os técnicos da unidade também ajudam na orientação (nesse caso, apenas dentro do município de Itajaí). A exuberância e a variedade do Parque da Atalaia o tornam perfeito
Local ideal para atividades de conscientização e educação ambiental, o parque é visitado com frequência por grupos de estudantes locais e de municípios vizinhos ITAJAÍ É l 2015
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Antigo ponto de observação de cardumes de tainha, o parque conta com um mirante que proporciona uma belíssima vista do rio e das cidades de Itajaí e Navegantes
PROGRAME SUA VISITA Parque Natural Municipal da Atalaia Rua Lile Heusi, Bairro Fazenda. Aberto diariamente, das 8h às 18h
para a educação e conscientização ambiental. Universidades e grupos de interesse socioambiental vão até lá com essa intenção, mas são os estudantes do ensino fundamental que visitam em maior número. “Eles se divertem muito, são curiosos e
(durante o horário de verão, das 9h às 20h). Entrada gratuita. Visitas em grupo devem ser agendadas. www.parquedaatalaia.com.br (47) 3346 1721 contato@parquedaatalaia.com.br
Como chegar Vindo de Itajaí, pegue a Rodovia Osvaldo Reis. Logo depois do Posto Ipiranga, há um acesso à esquerda. Há uma placa indicando. Siga até chegar à Rua Lile Heusi. Para quem vem de Balneário Camboriú, o acesso também é pela Osvaldo Reis, entrando pela própria rua do parque. A entrada fica à direita, logo depois da concessionária da Chevrolet e do Posto Esso.
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perguntam muito sobre os animais, adoram quando conseguem ver algum”, conta José Roberto Fernandes, monitor ambiental do parque. Ele acompanha os grupos em visitas pré-agendadas, explicando sobre a diversidade do lugar. Crianças de diversas cidades de Santa Catarina e até de fora do Estado fazem as trilhas, visitam o viveiro, acompanham a produção de mudas e têm uma estimulante aula ambiental ao ar livre. “Esse trabalho é essencial para despertar a consciência dos alunos. Logo eles serão o futuro e têm de saber como preservá-lo”, incentiva Fábio Rezes, diretor de Educação Ambiental da Famai. O Parque da Atalaia também é bastante procurado por universitários e pesquisadores de Ciências Biológicas. Além dos biólogos do parque, estudantes da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) costumam realizar estudos por lá. “De vez em
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quando eles encontram uma espécie que ainda não havia sido catalogada aqui. É possível que haja muitas que não foram descobertas ainda”, conta José Roberto Fernandes. Durante o ano, a administração do parque promove atividades como palestras, cursos de formação e oficinas, com a intenção de envolver a comunidade. Um exemplo é a Semana do Meio Ambiente de Itajaí, que aconteceu no começo do mês de junho, reunindo estudantes de escolas da região e de outras cidades. Com o slogan escolhido “O mundo está em suas mãos. Faça a sua parte!”, a semana teve um ciclo de palestras para universitários e professores da rede municipal de ensino, exposição de trabalhos de caráter educativo e sustentável, um concurso musical com canções relacionadas ao tema e um grande passeio ciclístico no encerramento. Esta foi a 20ª edição do evento e, segundo a direção, o interesse aumenta a cada ano. Uma amostra de como a fundação do parque e o envolvimento da sociedade na criação de um ambiente sustentável têm grande poder realizador. Com uma média de 50 mil visitantes por ano, o Parque da Atalaia é um dos principais pontos de ecoturismo em Itajaí e o lugar ideal para passar um dia relaxado junto à natureza. Uma de suas trilhas do lugar leva até a área de amortecimento, de onde esportistas se lançam de parapente para curtir a riqueza da mata e do cenário pelo ar. Dali se enxerga boa parte de Itajaí e a cidade de Navegantes do outro lado do rio. Antigamente, os pescadores usavam aquela área como ponto de observação para a pesca da tainha. De origem árabe, a palavra atalaia significa “torre de observação”. Os antigos tinham razão: há muito o que se observar neste lugar.
Passeios por trilhas e plantio de mudas de árvores nativas são algumas das atividades acessíveis ao visitante
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editorial l índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l
cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
aS VOZES de itajaí CONHEÇA A TRAJETÓRIA DAS RÁDIOS E JORNAIS QUE FIZERAM HISTÓRIA NA CIDADE E ATÉ HOJE CONTINUAM OFERECENDO SERVIçO E INFORMAÇÃO DE QUALIDADE PARA A COMUNIDADE LOCAL
O crescimento do município e sua ascensão ao primeiro lugar no ranking da economia catarinense foram acompanhados no Estado graças ao trabalho dos grandes grupos de comunicação que atuam em Santa Catarina. Emissoras de rádio e TV, jornais e revistas – e nas últimas décadas portais, sites e blogs na internet – noticiaram ano após ano as conquistas da cidade e apresentaram ao resto do mundo uma visão ampla, porém limitada, da realidade dos itajaienses. Paralelamente, ITAJAÍ É l 2015
pela iniciativa de pioneiros e visionários, Itajaí sempre contou com a atuação de empresas de comunicação locais para suprir a demanda por informação regional, com foco no cotidiano e nas necessidades do cidadão comum. Organizações de origem familiar, cujo controle vem sendo transmitido aos descendentes dos seus fundadores, essas empresas continuam representando um papel preponderante no desenvolvimento da cidade e também ajudam a forjar a identidade itajaiense.
45 .Anderson Bernardes NAnderson Bernardes / Alyson Lima (Divulgação)
Iniciativa do advogado Dalmo Vieira, o jornal Diário do Litoral – que adotou como marca a alcunha “Diarinho”, como passou a ser conhecido pelos leitores – é considerado o principal ícone da comunicação local. Fundado em 1979, com a missão de ser o primeiro jornal diário da cidade, o periódico se tornou um fenômeno de popularidade dentro e fora de Itajaí graças ao linguajar despojado e coloquial, com a adoção de gírias e expressões locais. A neta do fundador e diretora do jornal, Samara Toth Vieira, ressalta que a linguagem adotada pelo Diarinho é uma de suas características marcantes, mas não é a única e tampouco a mais importante. “O diferencial do jornal é que ele noticia fatos locais, fala para as pessoas da região, não de cima para baixo e sim de uma forma horizontal”, acrescenta. Outro fator determinante para o crescimento do jornal foi a criação do serviço de classificados gratuitos, em meados da década de 1980. Antes do surgimento do Diarinho, o principal meio de comunicação dos itajaienses era o rádio. E a
Samara: irreverente e focado em fatos locais, o Diarinho se diferencia pela comunicação horizontal com o leitor
Rádio Difusora, fundada em 1942, se destacava na região. No início da década de 1970, Célio Reiser Fóes, um apaixonado pelas transmissões das rádios Globo e Tupi, resolveu iniciar a carreira na empresa que um dia viria a comandar. Depois de viajar o Estado para acompanhar as jornadas esportivas com o Clube Náutico Marcílio Dias, Fóes passou por todos
De repórter a proprietário da Rádio Difusora, Célio mantém a emissora na ativa mesmo diante do fim das AMs
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os cargos dentro da rádio até ser nomeado coordenador de jornalismo, em plena ditadura militar. Era ele quem se deslocava até a Delegacia da Polícia Federal para receber as intimações de censura dos capítulos de uma radionovela transmitida pela Difusora na região. Ele confessa que nem questionava a decisão dos censores. “A gente nem sabia por que não podia colocar no ar. Naquela época, mandava quem podia e obedecia quem tinha juízo”, lembra. Depois de sofrer um grave acidente automobilístico, em 1971, Alfredo Fóes, o pai de Célio, comprou a rádio onde o filho trabalhava. Temendo não resistir aos ferimentos do acidente, ele tinha a intenção de deixar aos filhos a rádio como herança. No entanto, o pai ainda conduziu os negócios até 1985 e quem assumiu o comando depois de sua morte foi Edith Reiser Fóes, a mãe de Célio. Edith comandou a Difusora até 2014, quando faleceu aos 101 anos, deixando a rádio para o filho. A Difusora, que chegou a contar com uma equipe de quase 20 profis-
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NAnderson Bernardes
sionais, atualmente emprega apenas nove pessoas e sofre um processo de definhamento que Fóes considera irreversível e que deve atingir todas as emissoras AM. “As rádios AM vão acabar em breve”, sentencia. Sérgio Rosa, diretor da Rádio Clube Bandeirantes, compartilha o mesmo sentimento de Célio Fóes sobre o fim das rádios AM e se prepara para a migração para a FM. Neto de um dos pioneiros do rádio em Santa Catarina, Sérgio herdou a Clube Bandeirantes do pai, Flávio Rosa, um dos fundadores da Rede Coligadas de Rádio e Televisão. A empresa na década de 1950 contava com seis emissoras de rádio, uma de TV e um jornal impresso. Flávio ficou à frente das rádios até 2003, quando Sérgio assumiu a Rádio Clube de Itajaí. Hoje, além da programação local, a emissora retransmite o sinal da Rádio Bandeirantes, de São Paulo. Entre os principais destaques da programação está o “Só Notícias”, programa matinal comandado pelo apresentador Graciliano Rodrigues. Sérgio também acredita que o fim das AMs é inevitável e que, por
Sérgio: combinando conteúdo local com o sinal retransmitido de uma rádio paulista, a Clube Bandeirantes prepara sua migração para a FM
uma questão mercadológica, o espaço para a programação local nas rádios tende a ser cada vez mais reduzido. “É muito difícil manter um negócio sustentável no rádio, há uma concorrência muito grande com outros meios atualmente”, analisa. “A população vai perder muito
Fundador do jornal O Tempo, Antonio se orgulha do nível editorial atingido pelo semanário criado há 16 anos
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com o fim da rádio AM. Ajudava a resolver os problemas da cidade.” Ao lado de empresas onde a regra é o filho assumir o lugar do pai, o jornal O Tempo tem uma história invertida. Na década de 1990, o advogado e empresário Antonio Carlos de Campos Silva administrava por um longo tempo o Jornal do Povo, fundado por Abdon Fóes na primeira metade do século 20, quando resolveu encerrar as atividades do periódico. A decisão foi criticada posteriormente pelo filho Márcio Ferreira de Mello e Silva, que à época cursava Jornalismo e Direito e pretendia seguir os passos do pai. “Ele me dizia que eu não deveria ter fechado o Jornal do Povo, que Itajaí precisava de um veículo de comunicação como aquele”, relembra. Para atender aos anseios do filho, o empresário criou em 1999 o semanário O Tempo, um jornal focado em política, economia e colunismo social. “Não noticiamos futebol, acidentes, violência e nada sobre religião”, destaca. Um ano depois da fundação do periódico, o filho, que já trabalhava na redação ao lado do pai, faleceu em um acidente automobilístico. Antonio Carlos acredita que foi o jornal que o ajudou a suportar a perda. “Eu não teria aguentado. O jornal me ajudou a sobreviver.” Atualmente afastado da administração do jornal, Antonio continua atuando como consultor emérito da publicação e se orgulha em afirmar que, às vésperas de completar 16 anos, o jornal não foi acionado pela Justiça uma única vez em decorrência do noticiário veiculado. “Acho que conseguimos manter aquele nível que meu filho desejava, quando pediu que eu fundasse o jornal. Estamos honrando a memória dele”, ressalta.
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cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
TRADIÇÃO QUE RESISTE a herança cultural dos IMIGRANTEs portugueses se mantém viva graças ao esforço de educadores e artistas para preservar as raízes culturais do povo itajaiense
Fundado em 2001, o Eduxi mantém um grupo de dança profissional e faz um trabalho de resgate cultural com mais de 100 crianças da rede pública
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49 .Carla Superti NAnderson Bernardes
Comidas típicas, boi de mamão, terno de reis, danças, ritmos e até o sotaque do povo de Itajaí têm como base a cultura vinda dos Açores. Os portugueses foram alguns dos colonizadores do litoral catarinense há mais de 300 anos e as tradições deles foram passadas de geração para geração. Ainda hoje na cidade existem pessoas comprometidas com a manutenção deste rico acervo cultural, seja preservando antigos costumes ou até mesmo reinventando a influência açoriana com um olhar mais contemporâneo. Transmitir esta herança através da dança é a missão da Companhia de Dança Eduxi, que existe desde 2001 e vem ajudando a transformar a vida de crianças de baixa renda ensinando – além dos passos das danças típicas – história, música e comportamento. A coordenadora do grupo, Graziela Pereira, conta que a ideia surgiu quando ela ainda era acadêmica de Educação Física e dava aulas de expressão corporal no intervalo do contraturno escolar. Ela queria fazer um trabalho diferente com aquelas crianças, que passavam o dia todo na escola, e resolveu criar o grupo para representar a cultura local através de danças açorianas. No início, 20 alunos participavam. Hoje, o número passa de 100 e eles têm até uma sede própria, que fica no terreno do Centro Educacional Cacildo Romagnoni, no Bairro Cidade Nova. O projeto é custeado pela prefeitura e, além da cultura açoriana, trabalha com outras atividades, como iniciação ao balé, teatro, música, etiqueta à mesa, mais de 20 ritmos de danças, entre outras. “Além de elevar a autoestima dos alunos, o grupo está comprometido com a qualidade em todas as suas ações, sejam elas de ordem comportamental, educacional ou artística”, diz Graziela. A
Os alunos da professora Patrícia foram até Portugal para trocar experiências com estudantes da Ilha dos Açores
primeira apresentação aconteceu na Marejada, em 2001. Daquela época até hoje, diversas apresentações pelo Brasil fazem parte do currículo do grupo Eduxi. Atualmente a companhia de dança se divide nas cate-
Há 14 anos no Eduxi, Priscila ampliou seus horizontes e já conheceu o Brasil divulgando a dança portuguesa
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gorias mirim, infantil e profissional, esta última com 19 dançarinos. Priscila Reges foi uma das crianças que teve a vida mudada pelo projeto. Ela entrou no grupo quando tinha 10 anos, em 2001, e não saiu mais. A dançarina lembra que Graziela passou nas salas de aula fazendo o convite para os estudantes terem aulas de danças folclóricas. “Lembro como se fosse hoje. A partir de então, o Eduxi passou a fazer parte do meu dia a dia”, enfatiza. Tudo o que aprendeu nesses quase 15 anos no grupo ela busca transmitir aos novos alunos. “Hoje vejo o quanto a dança é importante. Pois ampliou meus horizontes e ajudou a desenvolver minha coordenação motora. Quando danço me sinto mais feliz e realizada”, afirma. Na rede municipal de ensino, outra iniciativa de uma professora vem contribuindo para reforçar os laços dos pequenos itajaienses com a herança d’além mar. Trata-se do projeto “Resgatando Raízes”, da Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira, no Bairro Itaipava. O trabalho, desenvolvido desde 2011, surgiu pela
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O Festival de Terno de Reis organizado pelo grupo Os Cantores da Paz reúne músicos de todo o Estado para celebrar esta manifestação cultural muito popular na região
vontade de reavivar a história dos itajaienses. “Para isso, o caminho encontrado foi iniciar o resgate de certas manifestações culturais”, lembra Patrícia Wanderlinde Alves, professora responsável pelo projeto. Em 2014, o Resgatando Raízes venceu o prêmio “Professores do Brasil”, do Ministério da Educação (MEC), que reconhece o mérito de professores de redes públicas que contribuem com a qualidade da educação básica. O projeto chegou tão longe que, neste ano, os alunos do 5o ano foram até Portugal conhecer estudantes da Ilha do Pico, no Arquipélago dos Açores, com quem cultivam uma amizade de dois anos através de cartas. Uma bagagem cultural que as crianças, que têm faixa etária de 11 anos, vão carregar para sempre. A troca de cartas e a viagem fazem parte do subprojeto “Intercâmbio Cultural: Viajando nas Asas do Conhecimento”, desenvolvido por Patrícia quando os estudantes estavam
no terceiro ano. “Além de visar o resgate cultural, procurei resgatar a própria cidadania dos envolvidos”, enfatiza a professora, que fez pesquisas do sobrenome dos alunos e descobriu que a maioria deles tem origem açoriana. Entre os mais antigos, tradições como o boi de mamão e o terno de reis também encontram gente disposta a mantê-las vivas. O grupo Os Cantores da Paz encantam Itajaí e região com as cantorias do terno de reis há 20 anos. Silvio José Keunecke Ignácio de Mendonça – que, como muitos itajaienses, tem descendência alemã e portuguesa – é o coordenador do grupo, que costuma ter sua agenda de apresentações lotada entre setembro e janeiro. “Nessa época somos requisitados também para tocar nas casas das pessoas, como manda a tradição”, diz Silvio. O terno de reis é inspirado na história bíblica dos Três Reis Magos e adaptado aos folguedos lusitanos.
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Os grupos percorrem as casas, normalmente à noite, pedem licença para entrar e cantam. “A recepção das pessoas é espetacular”, comenta Silvio. “Não temos tempo suficiente para atender a todos os pedidos. Se tivéssemos, acho que ninguém do grupo parava no período do advento da Igreja Católica.” Além do período tradicional das apresentações de terno de reis, eles continuam na ativa pela região durante o ano todo, tocando em feiras, exposições e em outras cidades. Os Cantores da Paz também são responsáveis pelo Festival de Terno de Reis de Itajaí, que neste ano chega à 12ª edição e acontece em três datas. “Tocamos também nas igrejas, onde a gente leva a nossa maneira de ser, diferente dos corais. Com acordeão, violão e tambores fazemos uma missa bem mais animada, dentro do estilo folclórico”, ressalta o músico. Silvio enfatiza que o terno de reis tem um grande espaço no cenário
NDivulgação / Anderson Bernardes / Divulgação
itajaiense e conta com o apoio do poder público. Já outra manifestação cultural com a qual ele trabalha – o boi de mamão – não tem a mesma sorte. “O boi é um problema. É um folclore que está parado no tempo e no espaço. E tem um custo caro que ninguém quer pagar”, revela Silvio. O coordenador do grupo folclórico explica que as apresentações são solicitadas, mas somente o custo da confecção dos personagens passa de R$ 1 mil cada. “Fico com pena de não atender. Mas não querem pagar. Se tivesse uma estrutura melhor, seria lindo de ver. Quando há um evento da prefeitura que quer o boi, aí consigo, pois tem o cachê. É diferente do terno de reis, quando pegamos nossos carros e vamos tocar”, conta. O fado é outra manifestação cultural portuguesa presente em Itajaí, em grande parte graças ao trabalho da cantora Célia Pedro. Neste estilo musical, os sentimentos são expres-
Silvio: “A recepção das pessoas é espetacular. Não temos tempo suficiente de atender a todos os pedidos entre os meses de setembro e janeiro”
sos através de canções pungentes ao som da guitarra portuguesa. O fado encontrou Célia há 21 anos. “O sobrenatural, costumo dizer, simpati-
zou com a minha grande dor da época, veio a mim como alento e cura”, ressalta a cantora, que afirma que não conhecia música portuguesa, muito menos Portugal. “Na época, o meu cantar com tristeza e sentimentos de mágoa me conduziu a conhecer esse gênero, que considero minha religião”, conta. A cantora se apresentou diversas vezes pela cidade. Mas, segundo ela, pela falta de incentivo, começou a fazer mais shows em outros municípios e até em outros países. A partir do segundo semestre ela começa uma turnê com apresentações em diversas cidades de Santa Catarina. Saindo do universo mais tradicional do fado, chegamos a um grupo que tem um ritmo diferente, bem mais alegre e adepto da livre mistura cultural. Criado em 2004 com o objetivo de levar a cultura “peixeira” para o mundo, o grupo Tarrafa Elétrica continua firme na estrada sem abandonar esta missão. “Tarra-
A tradição do fado português é mantida há 21 anos pela cantora Célia Pedro, que hoje lamenta ter que reduzir suas apresentações na cidade devido à falta de incentivo
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NDivulgação / Anderson Bernardes
Os integrantes do Tarrafa Elétrica misturam guitarras, batuque e folclore para reinventar a cultura “peixeira”
fa remete à raiz de nossa cultura, e o Elétrica nos leva ao contemporâneo. Musicalmente soa como a mistura de viola caipira e riffs de guitarra”, comenta o vocalista Evandro “Che” Marquesi. Evandro é jornalista formado e sempre teve o hábito de escrever bastante. “De início, não havia pretensão em fazer música. Escrevi diversos textos e poesias que retratavam o cotidiano, lembranças de infância, do mar, da pesca, das festas religiosas... Depois começamos a musicar as poesias e já nas primeiras composições a identificação com a cultura peixeira já se fazia presente”, enfatiza. Ele revela que a vontade do grupo de fortalecer a cultura açoriana veio por herança familiar. Mas outras culturas do litoral também formam a identidade da banda. Além da música, personagens folclóricos são evidenciados nos shows, como o boi que subia aos palcos através do folclorista Arnoldo Cueca. Hoje, aos 95 anos, ele precisou se afastar das apresentações. “A partir daí, começamos a levantar a bandeira da tradição com maior propriedade. Acabamos estreitando laços também com o Nú-
cleo de Estudos Açorianos da UFSC e as pessoas ligadas a festas culturais começaram a chamar o Tarrafa Elétrica justamente devido à mensagem da banda”, afirma Evandro. Dos palcos para a mesa, a influência açoriana também marca sua presença na culinária local. A preferência dos catarinenses do litoral por pratos feitos com peixe não se deve apenas à proximidade com o
mar. Muitas das receitas à base de pescado e frutos do mar servidas nos restaurantes da cidade são baseadas na tradição gastronômica trazida pelos imigrantes portugueses. A chef Sandra Zen, formada em Gastronomia pela Univali, trabalha há mais de 20 anos com pratos baseados na cozinha açoriana. Ela ressalta que as receitas mais tradicionais são os pirões de peixe, d’água e de camarão, além dos peixes fritos e assados. Os mais comuns nos pratos feitos em restaurantes da região são o peixe-espada, sardinha e tainha. Sandra ressalta que a culinária açoriana foi um pouco modificada com o passar dos anos, mas continua presente na mesa dos itajaienses e outros moradores da região. A chef de cozinha tem no currículo diversas participações em festas típicas, como a Marejada, onde costuma servir uma de suas especialidades: a paella portuguesa. Petiscos à base de frutos do mar e o famoso pirão também fazem parte do cardápio de Sandra, que atualmente tem um restaurante em Navegantes.
Chef Sandra: mesmo modificada pelo tempo, a culinária açoriana ainda se faz presente na mesa do itajaiense
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DE ITAJAÍ PARA O CAVERN CLUB
Segunda colocada na categoria “Artista Revelação” do prêmio da Música Catarinense em 2014, a itajaiense Ruca vai longe com
TEM BOI NOS PALCOS
seu primeiro disco solo, Marte. Em 2016 fará
A falta de espaço e de apoio uniu diversas bandas autorais de Itajaí e região no
onde os Beatles deram seus primeiros passos.
movimento batizado como BOI (Bandas Organizadas Independentes) no final do
Serão dois shows como parte do evento
ano passado. Escanteados por um mercado que consome apenas covers de grandes
International Pop Overthrow, que acontece
bandas, os músicos querem quebrar essa cultura. Eles já gravaram um vídeo, têm
em várias cidades do mundo. A banda
realizado shows conjuntos e sonham em fundar um selo musical independente. O
aproveitará o grande momento para lançar
BOI, que tem como slogan “A farra agora é do rock”, conta com quase duas dezenas
um vinil do álbum, que foi eleito um dos mais
de participantes e tem trabalhado para agrupar mais bandas da região do Vale.
esperados do Estado no ano passado.
show na Inglaterra, mais exatamente no The Cavern Club, em Liverpool, lendária casa
VIAJANDO Na batida Em 2013, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o Grupo de Percussão de Itajaí (GPI) lançou em DVD o espetáculo Ritmos do Mundo, com canções inéditas e uma dramaturgia cênica elaborada. Este ano o grupo foi premiado pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura e agora vai levar o show — que já passou por outros estados — a diversas cidades catarinenses. A apresentação é resultado da criação coletiva e de pesquisa do grupo, que está estruturado no Curso de Música da Univali. O GPI também desenvolve oficinas, apresentações didáticas e exposições para contribuir com a educação musical em escolas.
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55 .Jerônimo Rubim NDivulgação / Dane Souza (BOI) / Brianne Lee (Ruca) / Marcelo Cássio (GPI) / Miriam Arins (Rafaelo) / Samara Sukoski (Cia Experimentus)
para reviver A Seresta Vestidos com roupas de época e acompanhados por violinos, escaletas, violões e piano, os integrantes do Cantando Por Aí resgatam o romantismo das serenatas em suas apresentações. Considerado um dos mais importantes conjuntos de seresteiros do Estado, celebrou em março seus 20 anos de existência com um grande espetáculo no Teatro Municipal de Itajaí. Os arranjos vocais e instrumentais de clássicos da música brasileira são do próprio grupo, que tem a proposta de “levar alegria, emoção e fazer as pessoas recordarem de momentos marcantes de suas vidas”, afirma Hilda Deola, fundadora e coordenadora.
sucesso com sotaque local Cantada com o sotaque e as expressões típicas dos manés da região
experimentaR sempre
de Itajaí, a canção “Vai dar Tainha” se espalhou rapidamente pela
Com 16 anos de dedicação à montagem e circulação
internet quando foi lançada, em fevereiro deste ano. O autor Rafaelo
de espetáculos para adultos e crianças, a Cia.
de Goés se surpreendeu com a repercussão de seu samba leve,
Experimentus é um dos mais atuantes grupos teatrais
que compôs como uma homenagem aos valores locais. “Trabalhos
do Vale. Atualmente tem oito espetáculos no repertório,
regionais que conseguem se apresentar em formatos mais atuais
incluindo o projeto “Intersecções — Intercâmbio de
chamam a atenção dos jovens, o que é fundamental para que o valor
Solos Teatrais”, ganhador do prêmio Funarte de teatro.
regional não caia no ostracismo ou seja diminuído”, diz. A canção foi
Este ano o grupo estreou a montagem da peça “Meu Pai
gravada com a participação do músico Carlos Cória, que também
é um Pássaro”, dirigida ao público infantojuvenil. A Cia.
trabalha com a valorização da linguagem popular da região. O clipe,
também realiza diversos cursos de formação, abertos a
realizado por uma produtora local, está disponível no YouTube.
artistas e à comunidade.
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gastronomia l cultura l ambiente l casa cor l grupo RIC
O camarão grelhado e flambado é o carro-chefe do cardápio do Bistrô Dal Molin, na Praia Brava
PARA TODOS OS GOSTOS DE CHARMOSOS BISTRÔS A SOFISTICADAS CONFEITARIAS, A GASTRONOMIA de Itajaí se diversifica para acompanhar o desenvolvimento da cidade ITAJAÍ É l 2015
Itajaí sempre foi um lugar atrativo para quem gosta de comer bem. Vizinha do mar e detentora da maior indústria pesqueira do país, a cidade está acostumada a oferecer aos turistas e visitantes uma gastronomia que esbanja peixes e frutos do mar, principalmente na Avenida Ministro Victor Konder, a Beira-Rio, que se consolidou como via gastronômica. Aos poucos, novas opções foram surgindo, como as pizzarias, os restaurantes de comida caseira e algumas cantinas italianas. Porém, nos últimos anos, com o desenvolvimento econômico acelerado e com
57 .NAnderson Bernardes
a realização de eventos internacio-
nais, Itajaí se viu capaz de avançar para a alta gastronomia, com opções para os paladares mais sofisticados. Um turista que visita hoje Itajaí pode se deliciar com os peixes e frutos do mar de sempre, ou optar por um bistrô com inspirações portuguesas no Centro da cidade, uma casa de sushi na Beira-Rio, uma doceria gourmet na Rua Lauro Müller, ou experimentar as culinárias francesa e italiana num cantinho tranquilo da Praia Brava. Se a opção do visitante é ficar perto da praia mais preservada da região, o Bistrô Dal Molin é uma boa sugestão para quem não abre mão de sabores sofisticados e de um ambiente intimista. Neste pequeno restaurante, o chef e proprietário Renato Dal Molin prepara um nhoque com camarão grelhado e flambado (R$ 89) que é carro-chefe do cardápio. Natural de Itá, no Oeste do Estado, o cozinheiro foi para Balneário Camboriú estudar gastronomia na universidade e, desde que se formou, procurava o lugar ideal para abrir um negócio próprio – encontrou a Praia Brava. A casa, que foi inaugurada há três anos, tem decoração inspirada em moinhos europeus e é banhada por uma luz suave que deixa o lugar ainda mais agradável. Renato, que trabalhou em restaurantes da região durante 10 anos antes de inaugurar o Dal Molin, conta que a intenção do bistrô é receber os clientes como se estivesse recebendo os amigos em casa. Na cozinha, a inspiração vem da França e da Itália. Entre os pratos principais estão steak tartar, vieiras canadenses e os risotos. Mais próximo ao centro comercial da cidade, o turista que prefere a comida portuguesa tem como opção o Beth Bistrô, um restaurante
A proprietária do Beth Bistrô prepara o risoto, uma de suas especialidades. Acima: o bolinho que deu início a tudo
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Doçuras de altíssimo padrão fizeram a fama da panificadora e confeitaria gourmet 45 Bakery, cuja proposta cosmopolita foi inspirada em tendências internacionais
BOM APETITE BISTRÔ DAL MOLIN Rua Carola Coelho, 182 – Praia Brava. Aberto de terça a sábado, das 19h30 à 1h. (47) 3344 5331. BETH BISTRÔ Rua Camboriú, 647 – Centro. Aberto de segunda a sábado, das 18h ao meio-dia. (47) 3444 5516. 45 BAKERY Rua Lauro Müller, 1067 – Centro. Aberto de segunda a sábado, das 15h às 20h. (47) 3344 6223. CASA DO LUCAS SUSHI MAKIS Avenida Ministro Victor Konder – Fazenda. Aberto de segunda a segunda, das 19h30 à meia-noite. (47) 3366 6312.
que nasceu dentro da Marejada, a Festa Portuguesa e do Pescado, realizada em Itajaí no mês de outubro, a partir da década de 1980. Maria Elizabeth Soares Nunes, a Beth, preparava bolinhos de bacalhau e vendia durante a festa para arrecadar fundos para o Lar Fabiano de Cristo, entidade beneficente que atua com crianças na cidade. De tanto ouvir pedidos para fazer os bolinhos durante o ano inteiro, a cozinheira resolveu abrir o bistrô em 2006. Uma parte da casa da família, localizada na Rua Camboriú, foi transformada em um restaurante decorado com artefatos trazidos de diversas partes do mundo. O prato principal da casa é a tradicional porção de bolinhos de bacalhau (R$ 49). A cozinha comandada por Beth ITAJAÍ É l 2015
ainda oferece uma grande variedade de risotos, com destaque para o risoto de camarão rosa com palmito real (R$ 156 – porção para duas pessoas). Descendente de portugueses, mas criada por uma família alemã, ela incorpora aos risotos servidos no bistrô ingredientes da tradição germânica, fazendo uma mistura harmônica de doces e salgados. Outros destaques da cozinha são os pastéis de camarão e o pirão com linguiça, uma receita especial da família. A Avenida Beira-Rio, ponto de referência da gastronomia local, também abriu espaço para novos paladares e acolhe a mais nova casa de gastronomia oriental da cidade: a Casa do Lucas Sushi Makis, um lugar indicado para quem aprecia a variedade da culinária japonesa.
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Inaugurado no fim de março, o restaurante aproveitou o público da Volvo Ocean Race para alavancar os negócios. “Recebemos pessoas de diversas nacionalidades e tivemos um movimento interessante já na inauguração”, afirma o proprietário Reinaldo Freitas. A ideia foi trazida de Balneário Camboriú e teve como idealizador o sushiman que dá nome à casa. Lucas Coimbra iniciou o negócio servindo rodízio de sushi aos amigos, no próprio apartamento. Os encontros foram tomando maior proporção e ficando mais frequentes a ponto de ele decidir abrir um restaurante. Reinaldo entrou na sociedade e participou da expansão para Itajaí. Atualmente, a Casa do Lucas Sushi Makis tem restaurantes em Itajaí, Balneário e Itapema. A casa oferece um rodízio livre (R$ 34,90) com uramakis, hosomakis, sashimis, ebis e yakisobas. Há ainda vários pratos combinados, entre eles o Especial Casa do Lucas (R$ 19,90), com 25 peças entre uramakis e sashimis. A bebida principal é a caipirinha de saquê – uma versão abrasileirada do tradicional saquê japonês –, mas o bar oferece também cervejas, chopes e sucos. Não só de salgados vive a diversidade gastronômica da cidade. Quem visita Itajaí e não dispensa um doce pode procurar a 45 Bakery, uma panificadora e confeitaria gourmet, inaugurada há quase três anos. Os proprietários Gustavo Guttierreez e Djalmma Reinalldo, que atuam no mercado da gastronomia há nove anos atendendo eventos, decidiram investir numa ideia cosmopolita de padaria. “Viajamos pelo mundo com o nosso trabalho. Em todos esses lugares vimos esse tipo de padaria e tentamos adotar o conceito aqui em Itajaí”, explica Gustavo.
A intenção da casa é oferecer aos clientes doces e pães artesanais, preparados com os melhores ingredientes, muitos deles importados. Na 45 Bakery, a cozinha é influenciada por tendências trazidas de diversos países. “Acaba sendo uma culinária brasileira, identificada com a diversidade do nosso país”, resume o proprietário. A proposta teve boa aceitação dos itajaienses e já deixou a Rua Brusque, onde foi
inaugurada, para se instalar em um espaço maior próximo à via gastronômica. A panificadora serve cupcakes (entre R$ 8 e R$ 10), pães artesanais, sanduíches e tortas doces que podem ser acompanhados por um café italiano. O turista que optar por um tour gastronômico por Itajaí pode ainda levar uma lembrança da cidade aos amigos, uma vez que há a opção de embalagem dos doces e pães para presente.
Às margens da Avenida Beira-Rio, a Casa do Lucas é o mais novo endereço da culinária japonesa na cidade
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editorial l índice l cartão-postal l minha cidade l #itajaí l entrevista l economia l empreendedores l mobilidade l gastronomia l cultura l ambiente l
casa cor l grupo RIC
DESIGN com personalidade EM SUA TERCEIRA EDIÇÃO EM ITAJAÍ, A MOSTRA CASA COR SC TRAZ ambientes EXCLUSIVOS e cheios de ESTILO, que REFLETEM AS QUALIDADES ÚNICAS DE SEUS CRIADORES
Loft Black Edition, por Moacir Schmitt Jr e Salvio Moraes Jr ITAJAÍ É l 2015
61 .Divulgação NLio Simas
Os holofotes do país estão voltados para Santa Catarina entre os meses de maio e julho de 2015. Neste período, o Estado recebe simultaneamente dois grandes eventos: a Bienal Brasileira de Design, que pela primeira vez aterrissa na capital catarinense, e a sexta edição da Casa Cor SC, com sedes nas cidades de Florianópolis e na Praia Brava, em Itajaí. Com o tema “Design para UM”, a Casa Cor propõe um contraponto ao conceito de coletividade do design apontado pela Bienal (cujo tema é “Design para todos”). O objetivo da organização do evento foi instigar os expositores a criarem ambientes únicos, que refletissem o estilo individual de cada profissional. “Além de provocar o olhar criativo do elenco de profissionais, nesta edição propusemos um conceito único e exclusivo voltado para o UM, com criações autênticas e carregadas de personalidade”, garante o diretor da Casa Cor SC, Lucas Petrelli Wilmer. Quem saiu ganhando com esta dinâmica foi o público, que encontra projetos fortemente autorais nos 25 espaços à mostra no Riviera Concept, na Praia Brava. Assim como em 2014, a Casa Cor SC conta com dois masterplans, projetados sob medida para cada uma das sedes. O masterplan é fundamental para garantir a mobilidade e a otimização dos espaços da Casa Cor, contemplando também o importante planejamento da logística e circulação dos visitantes ao longo da mostra. Em Itajaí, o masterplan é assinado por Carolina Lopes e Richard Gohr, da Logo Arquitetura & Design, de Blumenau. Com investimento aproximado de R$ 4 milhões entre produção e mídia, o evento movimenta intensamente o mercado, com influências diretas na economia, cultura e turismo da região.
Club House, por Fernanda Consonni e Priscilla Borges
Soul Loft, por Carolina Lopes e Richard Gohr
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Hobby da Família, por Claudiney Simão e Josiane Castilho
VISITE A MOSTRA A Casa Cor SC acontece de 28 de maio a 12 de julho no Condomínio Riviera Concept, em Itajaí. A mostra fica aberta Tríade Loft, por Blanc Concept Design
de terça a sexta, das 15h às 21h. Aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h. A entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). O passaporte para todos os dias do evento custa R$ 60. Av. Osvaldo Reis, 3.385 Praia Brava – Itajaí
Home Theater, por Indiara Daros Barbieri e Bruno Barbieri
www.casacorsc.com.br
Cozinha de Campo, por Fabiane Folchini
Suíte da empresária, por Daniela Schmitt Arquit.
Living Cool Castle, por Vanessa Larré Arquitetura
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63 NLio Simas e Sidney Kair
Reconhecida por sua constante renovação, a Casa Cor conta este ano com algumas novidades em sua edição de Itajaí. A primeira delas é o espaço Novos Ares Riviera, um projeto institucional do Grupo Riviera criado pelo escritório Ileon de Mello Arquitetura e Gestão que funciona como central de vendas da construtora. O ambiente fica aberto além dos horários de bilheteria da Casa Cor e conta com café para os visitantes do evento e atendimento personalizado da equipe comercial do Grupo Riviera. Outra novidade da edição de Itajaí é a participação do Núcleo de Decoração do Vale. Com apoio de seus lojistas, da agência de comunicação GGe Design e do designer de interiores Érico Luiz da Conceição, o núcleo preparou a cenografia das áreas comuns do evento com imagens de identidade forte em design, de acordo com o tema da Casa Cor SC 2015. A edição deste ano traz renovação também no elenco de profissionais convidados, composto por um mix de arquitetos, designers, paisagistas e decoradores que fazem parte da história do evento e por novos nomes, oriundos de diferentes regiões do Estado e do país. Segundo Petrelli, o público é o maior beneficiado com a entrada de novos profissionais. “Nossa curadoria se preocupou em abrir espaço para novos talentos exporem suas criações, trazendo novas ideias e ampliando o leque de estilos apresentados. Por sermos a maior vitrine da decoração do Estado e uma referência do nosso mercado nacionalmente, nada mais justo que representantes de diferentes regiões encontrem aqui espaço para ter seu trabalho reconhecido em todo o Brasil”, afirma o diretor da Casa Cor SC.
Shanti Urban Spa, por Laura Giassi Morastoni e Homero Marques
Sala de Jantar Arte e Design, por Deisi Priori
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grupo RIC
ITAJAÍ EM ALTA DEFINIÇÃO TOTALMENTE REEQUIPADA PARA TRANSMITIR EM HD, A RICTV RECORD INVESTE NA QUALIDADE DIGITAL E NA EXPANSÃO DO SINAL PELA REGIÃO Desde 2013 a RICTV Record Santa Catarina vem implantando o sistema de transmissão e geração de imagens em alta definição (HD) em suas emissoras. A primeira a receber a tecnologia foi Florianópolis, seguida por Joinville e Blumenau. Desde o dia 24 de abril, Itajaí também faz parte dessa lista. É mais um presente do Grupo RIC para a região que mais cresce no Estado e para os telespectadores locais, que passam a ter mais qualidade de imagem e som sintonizando no canal digital 10.1. Para adotar a nova tecnologia de captação e transmissão foram investidos mais de R$ 3 milhões em novos
equipamentos. Além disso, todos os cenários foram modernizados seguindo o padrão nacional da Rede Record. “Estamos dando um salto de qualidade que será percebido claramente pelos telespectadores e anunciantes”, afirma o diretor regional da RICTV Record Itajaí, Alexandre Rocha. “É um grande investimento da emissora e prova de que não mediremos esforços para estar sempre em sintonia com o que há de mais moderno em tecnologia de transmissão”, completa Rocha. No mercado publicitário local, a novidade foi muito bem recebida. “A qualificação do sinal possibilita ITAJAÍ É l 2015
uma valorização da imagem e consequentemente das produções locais, sendo o telespectador o maior beneficiado”, afirma Franciéle Chiapetti, diretora da agência Tatticas. “A interatividade que a TV digital vai proporcionar futuramente promoverá uma transformação na forma de comunicação dos negócios”, avalia a publicitária. A cobertura digital abrange canais abertos e distribuição por meio das operadoras de TV a cabo nos municípios de Itajaí, Balneário Piçarras, Penha, Navegantes, Ilhota, Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema e Brusque, que – junto com Guabiru-
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ba – passaram a integrar a área de abrangência da emissora. O lançamento da transmissão em HD ocorreu durante o Jornal do Meio-Dia, noticiário que detém a preferência absoluta do telespectador da região. Para acompanhar a novidade, o programa anunciou seu novo formato, agora com uma presença feminina na apresentação. Na edição de Itajaí, Graciliano Rodrigues – indicado como apresentador de maior credibilidade na região em recente pesquisa da Univali – faz dupla com Bruna Radtke, que divide seu tempo entre a bancada do telejornal e a apresentação do programa Ver Mais.
Com novo cenário, o Jornal do Meio-Dia agora é apresentado pela dupla Bruna Radtke e Graciliano Rodrigues
COMO SINTONIZAR O SINAL EM HD Se você ainda tem uma TV analógica, prepare-se para mudar de tela. A TV digital chegou com qualidade de cinema, sem chuviscos na imagem e ruídos no som. A partir de agora você poderá assistir aos programas da RICTV Record em HD como SC no Ar, Hoje em Dia, Jornal do Meio-Dia, Jornal da Record, Cidade Alerta, Domingo Espetacular, Câmera Record, Legendários, novelas e filmes de primeira qualidade. A imagem deixa de ser 4x3 e passa a ser 16x9, aumentando em seis vezes a quantidade de linhas que formam a imagem.
NO DIGITAL VOCÊ PODE RODAR TRANQUILO Com a RICTV Digital você também poderá captar o sinal em aparelhos móveis instalados em carros, caminhões e ônibus e acompanhar a programação quando esses veículos estiverem em movimento, desde que estejam dentro da área de cobertura do sinal digital. EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS Equipamentos portáteis como alguns modelos de telefone celular, televisão portátil, laptop e notebook com conversores também poderão captar a RICTV Record digital. COMPRE CERTO
do cabo, é necessário que a concessionária tenha à disposição dos clientes o processamento de distribuição em HD. Pela antena o sinal da RICTV Record HD Itajaí deverá ser sintonizado pelo canal 28 UHF ou 10.1 digital. ANTENA COLETIVA Um dos problemas mais frequentes para captação acontece nas antenas coletivas instaladas em condomínios. A maioria delas está instalada com conectores e cabos específicos para recepção em VHF, que não permitem a captação adequada do sinal digital. Neste caso, os condomínios deverão providenciar a troca para cabos e conectores que permitem a passagem de sinais de VHF e UHF.
Uma dúvida comum é em relação ao conversor. Hoje a maioria das lojas vende o televisor com o conversor integrado. Ao adquirir um televisor, seja de plasma, LCD ou LED, verifique se o mesmo possui o conversor embutido com tecnologia Full HD. SINTONIA PERFEITA Para captar a RICTV Record HD é simples. Os televisores têm uma entrada para os sinais provenientes do cabo e outra entrada para os sinais que são captados pela antena. No caso
MERCADO PUBLICITÁRIO Chame agora a sua agência de publicidade. A partir de agora você é um cliente digital. Suas produções em HD poderão ser enviadas à RICTV Record Itajaí para exibição imediata. É a alta definição a serviço dos seus produtos e clientes. Desta forma você também estará contribuindo para o crescimento da TV digital no mercado local, tornando os intervalos comerciais mais bonitos e atraentes.
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Nusuários do Instagram
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grupo RIC
NO CAMINHO DO BEM MOVIMENTO SOU BEM ITAJAÍ CONVIDA TODOS A CONTRIBUÍREM COM PEQUENOS GESTOS PARA UMA CIDADE CADA VEZ MELHOR PARA SE VIVER
Ser mais cordial no trânsito, preservar o meio ambiente, receber bem o turista, cuidar dos animais e respeitar os idosos são atitudes simples e um primeiro passo para a construção de uma cidade ainda melhor. Pensando nisso, o Grupo RIC/SC criou em outubro de 2013 o Movimento Sou Bem Floripa. Desde então, o projeto mobiliza a população da capital para discutir temas de interesse da sociedade e incentiva pequenas atitudes positivas que juntas podem gerar grandes resultados. A iniciativa fez tanto sucesso que foi expandida em março deste ano para outras quatro cidades catarinenses, entre elas Itajaí. Para promover a proposta do Movimento Sou Bem Itajaí, a emissora passou a dar mais espaço para pautas positivas no conteúdo editorial, especialmente no Jornal do Meio-Dia e Programa Ver Mais.
Entre os temas abordados estão Respeito no Trânsito, Cuidado Coletivo com a Segurança e Orientação aos Turistas. Também foram valorizadas ações de voluntários em hospitais, mobilizações para doação de sangue, economia de água, revitalização de pontos da cidade e iniciativas de pessoas que dedicam seu tempo para alimentar os mais necessitados.
faça sua parte E você, é bem Itajaí? Para conhecer e participar do Sou Bem Itajaí, basta ficar ligado na programação da RICTV Record e acessar a página do movimento no facebook: facebook.com/soubemitajai Você também pode postar fotos da cidade no Instagram com a tag #soubemitajai ITAJAÍ É l 2015
Já os totens customizados, ícones da campanha, caíram no gosto popular e geraram dezenas de fotos compartilhadas nas redes sociais por moradores e turistas com a hashtag #soubemitajai. Localizados nas praças Governador Irineu Bornhausen e Genésio Miranda Lins, os totens têm um design que remete à fluidez das águas, presentes na vida do município, seja pela importância do seu porto, pela beleza de suas praias ou pela força da sua indústria pesqueira. “O Sou Bem Itajaí é um movimento que trará crescimento porque concentra em uma frase que investir e crescer aqui faz bem”, observa o diretor regional da RICTV Record Itajaí, Alexandre Rocha. “A autoestima do itajaiense fará com que a cidade que mais cresce no Estado resgate o seu viver, as belezas dos seus patrimônios históricos e de uma cultura belíssima”, conclui.
/soubemitajai
UMA CIDADE SEM IGUAL. UM POVO QUE FAZ A DIFERENÇA.
Ser Bem Itajaí é estar sempre de mãos dadas com o mar. É tirar dele o sustento e saber que temos aqui uma das mais fortes indústrias pesqueiras e um dos mais importantes portos do país. É saber equilibrar todo esse desenvolvimento com a beleza natural das nossas muitas praias. Mas mesmo o que é bom pode melhorar. O movimento Sou Bem Itajaí convida você a praticar pequenos gestos que vão fazer uma grande diferença na nossa cidade. Acompanhe nossa programação e descubra como você pode participar deste movimento.