EDIÇÃO COMEMORATIVA | 7 ANOS NOTÍCIAS DO DIA JOINVILLE | 6 DE NOVEMBRO DE 2013
EDIÇÃO COMEMORATIVA | 7 ANOS NOTÍCIAS DO DIA JOINVILLE | 6 DE NOVEMBRO DE 2013
Os DESAFIOS do passado
As ESTRATÉGIAS do presente
As EXPECTATIVAS para o futuro
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UMA PUBLICAÇÃO DO NOTÍCIAS DO DIA JOINVILLE FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO Mário J. Gonzaga Petrelli GRUPO RIC SC PRESIDENTE EXECUTIVO Marcello Corrêa Petrelli DIRETOR COMERCIAL Reynaldo Ramos DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Albertino Zamarco Jr. DIRETOR OPERACIONAL Paulo Hoeller DIRETOR REDAÇÃO NOTÍCIAS DO DIA Luís Meneghim REVISTA NOSSAS EMPRESAS, GRANDES HISTÓRIAS DIRETOR REGIONAL GRUPO RIC Silvano Silva GERENTE COMERCIAL NOTÍCIAS DO DIA JOINVILLE e COORDENADORA GERAL DO PROJETO Jackeline Moecke (47) 3419-8038 e (47) 8402-6633 jackeline@noticiasdodia.com.br CONTATOS COMERCIAIS NOTÍCIAS DO DIA JOINVILLE Mariana Lima, Nei Steffen e Calú Ledoux Inácio CONTEÚDO EDITORIAL EDITOR EXECUTIVO Vandré Kramer DIAGRAMAÇÃO Marcelo Duarte ARTE DA CAPA Robson Brüning EDITOR DE FOTOGRAFIA Carlos Jr. FOTOS Carlos Jr., Leandro Ferreira, Rogério Souza Jr. e Divulgação REVISÃO Solange Silva e Vania Oliveira DISTRIBUIÇÃO Josiléia Vilas Boas IMPRESSÃO Posigraf Novembro de 2013 SITE www.ricmais.com.br/sc/nossasempresas ENDEREÇO Rua Xavantes, 120 Bairro Atiradores – Cep: 89203210 (47)3419-8000 – Joinville/SC
Nossas Empresas, Grandes Histórias MARCELLO CORRÊA PETRELLI Joinville é uma cidade em pleno desenvolvimento. É com satisfação que contribuímos com este crescimento, trazendo um projeto que valoriza a história de empresas de pequeno, médio e grande porte. As organizações nasceram e cresceram em Joinville e cidades da região Norte do Estado e hoje são reconhecidas no Brasil e mundo, seus produtos e serviços consumidos por milhares de pessoas. Ao todo, foram 44 reportagens divulgadas no jornal Notícias do Dia, material que é compilado na revista especial que sera distribuída para SC e principais municípios do Sul e Sudeste do Brasil. Em cada reportagem os leitores conheceram os desafios de cada empresa, as estratégias para firmar a marca em um mercado concorrido e as expectativas para o futuro. A cidade contabiliza mais de 520 mil habitantes, sendo a 3ª economia do Sul do país e a 25ª do Brasil. Os números podem ficar ainda mais expressivos com a vinda de multinacionais para a região e a implantação de novas empresas em variados setores como indústria, comércio e serviço. O crescimento da região traz mais oportunidades e qualidade de vida para os moradores, com destaque para o desenvolvimento da área automotiva. O Grupo RIC é grato em contribuir com este crescimento, divulgando a cultura local para SC e Brasil e o que é destaque na região desde 2000. São dois veículos que já se consolidaram na região, a RICTV Record e o jornal Notícias do Dia. Recentes pesquisas do Instituto Sintese demonstraram que a preferência dos telespectadores é grande pelo jornalismo da emissora, com destaque para o Jornal do Meio-Dia e o Tribuna do Povo. A iniciativa cumpre a missão da RIC, de informar regionalmente e Estadualmente com a percepção de prestigiar, mostrar e caracterizar para o público o que é importante em nosso estado, quer na indústria, no comércio ou no serviço. E agora, com a implantação da tecnologia HD (alta definição) os telespectadores ganham uma nova experiência de som e imagem em uma qualidade nunca vista na região. Boa leitura! Presidente Executivo do Grupo RIC Santa Catarina
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SUMÁRIO Os desafios do passado, as estratégias do presente e as expectativas do futuro de 44 empresas da região Apresentação
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Lojas Salfer
64 e 65
Palavra do Governador de Santa Catarina
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Lepper
66 e 67
Palavra do prefeito de joinville
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Anagê Imóveis
70 e 71
Palavra da CDL e ACIJ
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Shopping Mueller
72 e 73
Fibrasca
14 e 15
Unimed
74 e 75
Messe Brasil
16 e 17
Ascensus
76 e 77
Perville
18 e 19
Transportadora Mann
80 e 81
Euromax
22 e 23
Cembrani
82 e 83
Miano’s
24 e 25
Tupy
84 e 85
Imobiliária Zattar
26 e 27
CMMR Advogados
86 e 87
Construtora Correia
30 e 31
CVF Trading
91 e 92
Coopercargo
32 e 33
Arxo
92 e 93
Tecnopó
34 e 35
CMDI
94 e 95
IOT
36 e 37
Steil Material de Construção
96 e 97
Essencis
40 e 41
Fremax
98 e 99
Irineu Imóveis
42 e 43
Grupo FT
100 e 101
Franklin Electric
44 e 45
Yudo
104 e 105
Hospital Dona Helena
46 e 47
CMI
106 e 107
Plasbohn
50 e 51
Fortunato
108 e 109
Aceville
52 e 53
Wetzel
110 e 111
Laboratório Catarinense
54 e 55
Litoral
114 e 115
ABplast
56 e 57
Joinvix
116 e 117
Plasticoville
60 e 61
JEC
118 e 119
Colégio Santos Anjos
62 e 63
ArcelorMittal Vega
120 e 121
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Linha de produção da fábrica de motores e cabeçotes da GM em Joinville, que foi inaugurada no final de fevereiro
DIVULGAÇÃO GM BRASIL
Cenário em transformação O momento é desafiador para a economia brasileira: baixo crescimento, alta carga tributária, inflação subindo e muita burocracia. Mas, em um cenário muito turbulento, o Norte Catarinense vem se destacando. VANDRÉ KRAMER Uma das mais tradicionais revistas de economia do mundo, a “The Economist”, estampou uma grande interrogação sobre o Brasil na capa da edição de 28 de setembro. A reportagem de 14 páginas mostra que o País chegou bem perto de decolar, mas acabou estagnando. As causas sinalizadas são as mais variadas: inflação em alta, elevada carga tributária, serviços públicos de baixa qualidade, burocracia e corrupção. Apesar das grandes conquistas recentes, como a expansão da classe média, a economia brasileira vem patinando nos
últimos anos. Depois do crescimento de 7,5% em 2010 – o maior em um quarto de século –, a expansão do PIB voltou a minguar: 2,5%, em 2011; e 0,9%, 2012. Para os próximos dois anos, as expectativas são um pouco mais animadoras: o PIB (produto interno bruto) deve expandir-se 2,5% em 2013 e 2014. O cenário macroeconômico pode não ser dos mais favoráveis para os empresários e executivos ouvidos para o Nossas Empresas, Grandes Histórias. Mas, eles estão contribuindo
para fazer a diferença e confirmar o que uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey projetou há dois anos: o Norte e Nordeste Catarinense estariam entre as regiões mais dinâmicas e de maior crescimento no País até 2025. É a repetição de uma situação verificada na primeira década deste século, quando a expansão do PIB regional foi o dobro do nacional. Uma boa ajuda está vindo de fora. A BMW e a GM devem aplicar cerca de R$ 1,2 bilhão nos próximos anos. A primei-
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Nossas Empresas, Grandes Histórias ra vai instalar uma montadora em Araquari. A segunda, construir uma fábrica de câmbio e transmissões. E pesquisa feita pela Sustentare Escola de Negócios mostra que os empresários da região sentem a necessidade de renovar a linha de produtos e ampliar a estrutura para atender à expansão do mercado.
Efeito automotivo O boom do complexo automotivo na região é um dos drivers que sinalizam para um novo momento de forte crescimento da região. É um cenário em profunda transformação, que, segundo Paulo Costa, do CMMR Advogados, exige uma constante atualização. O Colégio dos Santos Anjos, um dos mais tradicionais e antigos de Joinville, trabalha com a possibilidade de ampliar o número de aulas de línguas estrangeiras e o uso de tecnologia na sala de aula. O Perini Business Park sentiu diretamente o impacto da expansão dos investimentos da indústria automobilística na região. O local foi escolhido pela BMW para dar o startup para a construção da montadora em Araquari. O número de consultas de empresas para se instalar no local cresceu, logo imediatamente ao anúncio da chegada da empresa alemã ao Estado. Sondagens também foram feitas na Essencis. Segundo o gerente da unidade joinvilense, Julio de Oliveira Mueller, empresas que estão implantando unidades na região já entraram em contato para discutir o envio de resíduos industriais. A ArcelorMittal Vega, laminadora de aços sediada em São Francisco do Sul, pretende aproveitar as boas oportunidades geradas pela expansão da indústria automobilística brasileira, que deve investir R$ 7,3 bilhões a partir do novo regime automotivo. No início do ano, a em-
presa investiu US$ 10 milhões em um sistema de pós-tratamento em uma das linhas de galvanização, o que facilita a estampagem das peças. É um processo que vem se firmando como uma tendência entre as maiores montadoras mundiais. Quem também está atenta a este momento das montadoras é a Fremax, que fabrica discos e tambores de freio. Fornecedora da Mitsubishi há mais de dez anos, a empresa quer conquistar novos clientes. Para isto, vem investindo na expansão. É uma consequência do processo de valorização da marca, iniciado há mais de dez anos, quando se tornou fornecedora da Stock Car, uma das categorias que mais cresce em preferência. Outra empresa que vê reflexos imediatos com a expansão do complexo automotivo na região é a Miano’s, que fornece insumos para a indústria de fundição. A empresa tem relacionamento comercial com 95% das fundições que atuam no segmento no Sul do Brasil e espera um crescimento nas vendas. “Alguém vai ter de comprar essas matérias-primas e alguém vai ter de vender”, diz Azomar Miano, dono da empresa.
Os investimentos da indústria automobilística no Norte do Estado chegam a R$ 1,2 bilhão. A Messe Brasil, organizadora de algumas das principais feiras de negócios do segmento metalmecânico no Sul do Brasil, vê boas oportunidades com a expansão do complexo automotivo. Essas possibilidades estiveram na agenda das empresas que participaram da Intermach 2013, que aconteceu entre 9 e 13 de setembro. Outra que espera benefícios é a Tecnopó, que atua no segmento de pinturas especiais. Com a circulação de mais dinheiro pela região, LEIA MAIS
JACKELINE MOECKE Os desafios do passado, as estratégias do presente e as expectativas para o futuro das empresas do Norte de Santa Catarina são o tema central desta revista de 124 páginas, que circula encartada neste 6 de novembro nas edições do Notícias do Dia Joinville e Notícias do Dia Florianópolis e também tem uma distribuição em pontos estratégicos do Estado. O Nossas Empresas, Grandes Histórias é o resultado de um processo contínuo e crescente de agregação de valor a um jornal que hoje completa sete anos. Hoje, o Notícias do Dia é uma referência regional, que se destaca não só no papel de informar e antecipar tendências, mas, também, em preservar e difundir a memória deste importante polo regional do Sul do Brasil. Este projeto, fruto de um trabalho de oito meses, foi até 44 empresas de Joinville e região que se tornaram importantes referências na área em que atuam. A partir de um trabalho cuidadoso, resgatou-se os desafios que os empreendedores da nossa terra enfrentaram até chegarem onde estão, as oportunidades que estão conquistando e as expectativas em relação ao futuro. O Nossas Empresas, Grandes Histórias não é só um documento histórico, mas sim uma forma de as empresas se comunicarem ainda mais com o mercado em que atuam, com clientes e fornecedores e com a comunidade onde estão inseridas. É também a reunião de uma série de cases de sucesso corporativo que podem servir de importante contribuição para incentivar ainda mais o empreendedorismo em uma região que tem este comportamento no sangue e que, recentemente, foi beneficiada com um investimento bilionário por parte da indústria automobilística. A partir destes movimentos, certamente, surgirão novos empreendedores, que ajudarão a alimentar novos Nossas Empresas, Grandes Histórias.
Gerente Comercial Jornal Notícias do Dia Joinville
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o diretor Joelci Ferrari espera que a demanda de trabalho aumente na unidade instalada em Pirabeiraba. O segmento imobiliário também deve sentir os impactos dos novos investimentos. Segundo Anagê Alves, da Anagê Imóveis, Joinville ainda tem muito para crescer. “A cidade tem poucos prédios e condomínios horizontais de médio e alto padrão”, diz. As boas perspectivas também fazem parte do cenário do Shopping Mueller. O empreendimento, que completou 18 anos em maio, está trazendo novas operações. “Há uma possibilidade infinita de novas oportunidades para expandir os negócios”, diz a superintendente, Aurea Raquel Pirmann. A recuperação de um segmento específico na indústria automotiva, o de caminhões, vem animando a Wetzel. No primeiro semestre, as vendas cresceram 23,1% comparativamente a igual período de 2012. A empresa também vem reforçando a presença em outras atividades. Neste semestre, estão sendo lançados novos produtos na linha de alumínio e iluminação com tecnologia LED.
Aposta na logística Um dos principais gargalos da economia brasileira é o logístico. Mas as empresas que atuam na região estão enxergando grandes oportunidades neste setor. A Ascensus Trading & Logística tem planos para instalar um armazém em Pirabeiraba. A empresa já solicitou o licenciamento para a construção do empreendimento, que terá 80
mil metros quadrados. A expansão do agronegócio brasileiro está por trás de dois planos em que a Litoral Soluções em Comércio Exterior, de São Francisco do Sul, é parceira. Um deles é a construção do TGSC, um terminal de granéis privativo que será construído ao lado do porto de São Francisco do Sul, e terá capacidade para movimentar 10,5 milhões de toneladas anuais. O outro é a Litofértil, um local destinado à armazenagem de fertilizantes.
Empresas veem oportunidades no segmento logístico no Norte do Estado A Coopercargo vem reforçando a capacidade de armazenagem, para atender à demanda das empresas. “Funcionamos como uma extensão delas”, destaca Anacleto Pintarelli, presidente da cooperativa. E o próximo passo é buscar a certificação para ser um porto seco, o que facilitaria as operações de comércio exterior. “Seríamos como um porto sem navios”, compara. Com forte presença nas rotas entre o Sul e o Norte e Nordeste, a Mann aproveitou a adoção das novas regras da jornada de trabalho para os motoristas e implantou um sistema que vem dando mais agilidade na circulação de mercadorias. A partir do serviço dedicado entre as duas regiões, foram criados vários pontos de apoio ao longo das rotas. A cada 500 ou 600 quilômetros são feitas trocas de veículos e motoristas. A Aceville inaugura, no começo de 2014, as novas instalações às margens da BR-101. A capacidade de movimentação de cargas vai crescer 60%. A empresa estuda a possibilidade de entrar em novos mercados, como o da região de Campinas (SP).
Atenção às oportunidades Não é preciso a economia estar em crescimento para que surjam oportunidades para expansão dos negócios. É o que a AB Plast, fabricante de embalagens para a indústria de cosméticos e perfumaria, vem detectando: “Somos beneficiados pelo efeito batom”, diz o presidente, André Bornschein Silva, se referindo ao fato que as vendas de artigos da indústria da beleza se mantém em alta, mesmo em períodos de crise. FOTOS STOCK.XCHNG
A centenária Lepper está direcionando a produção de artigos de cama e banho para o segmento infantil. Marcas como Barbie, Hello Kitty, Moranguinho, Homem Aranha, Ben 10, Hot Wheels e o mais recente sucesso da Disney, “Aviões”, estão em seu portfólio de marcas. “O que for rentável, vamos produzir aqui. O que não for, será importado”, diz a presidente Maria Regina Loyola Alves. Oportunidades de negócio podem estar no vácuo de processos deixados de lado por outras empresas. É o caso da Plasticoville, que produz componentes plásticos para a indústria automobilística. Adelir Alves era gerente de uma grande empresa de plásticos, que estava
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Nossas Empresas, Grandes Histórias descontinuando algumas atividades. Clientes lhe pediram ajuda para encontrar novos fornecedores. Com o dinheiro da rescisão e o apoio da família, criou a empresa. Quem seguiu uma trajetória parecida foi a JoinVix, que atua no segmento de webhosting. Vendo a demora de grandes empresas em atender às necessidades de pequenos e médios empreendedores da região, Adriano Reinert e Estevão Goularte resolveram unir forças para oferecer um atendimento, ao mesmo tempo, mais automatizado e personalizado para elaboração de serviços na web. Foi a partir da popularização da terceirização, no início dos anos 90, e da concentração das empresas em suas atividades-fim que Waldir Fruit e Marcos Tilp criaram o Grupo FT, um dos mais importantes no segmento de segurança em Santa Catarina. Outro momento em que os empreendedores estão encontrando oportunidades de negócios é após a aposentadoria. É uma forma de encontrar uma segunda carreira. Após sair de uma grande multinacional alemã, Klaus Siebje se mudou para Joinville e aproveitou os conhecimentos nas áreas química e têxtil para implantar a Fibrasca, uma das principais fabricantes de travesseiros da América Latina. Atualmente, a empresa tem mais de 90 patentes e faz planos para intensificar as vendas para a África e ao Leste Europeu. Um caminho parecido foi trilhado por Wilson Bohn. As décadas de trabalho em uma empresa de plásticos para construção civil foram o combustível para criar a Plasbohn, em conjunto com a família. Vinte e cinco anos após a fundação, a empresa é líder nacional no segmento de mangueiras. As estratégias de exportação foram premiadas pelo Ministério do Desenvolvimento.
Para Alexandre da Silva, da Euromax, a oportunidade de ter o próprio empreendimento surgiu quando a empresa em que trabalhava foi vendida. A bagagem adquirida ao longo de mais de duas décadas serviu de inspiração para abrir a fábrica de rejuntes e argamassas. Muitas multinacionais veem o Norte Catarinense como uma região promissora para desenvolver as atividades. É o caso da coreana Yudo, que se instalou em 2012, em Joinville, e, agora tem planos mais ousados: implantar um condomínio empresarial voltado, principalmente, para o segmento de ferramentaria. Para o presidente da unidade brasileira da Franklin Electric, Michael Langer, o País é um mercado bem amplo e oferece muitas oportunidades de negócio. Para isto, a empresa está concluindo a construção de uma nova fábrica em Joinville, na qual foram aplicados R$ 40 milhões.
Multinacionais apostam nas oportunidades de mercado existentes no Brasil A belga CMI se instalou em Joinville, em 2004, para atender à demanda de manutenção industrial da laminadora de aço Vega do Sul, que hoje pertence à ArcelorMittal. A partir da cidade, se expandiu em direção a novos mercados – Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo – e novos segmentos, como a montagem industrial.
Busca por novos mercados Os desafios são um dos principais motivadores do crescimento das empresas. “Toda indústria deveria vender para o exterior para testar sua competitividade”, diz Conrado Lehmkuhl, sócio da CVF. A trading, especializada em soluções de comércio exterior para o LEIA MAIS
SILVANO SILVA Uma das marcas do Notícias do Dia Joinville, em seus sete anos de existência, é o de estar lado a lado com a comunidade da região de Joinville. Um jornal moderno e vibrante que se dedica a valorizar o que é nosso, mostra os desafios a serem seguidos, antecipa tendências e projeta o futuro. Nossas Empresas, Grandes Histórias é a continuidade de um trabalho de resgatar a memória da cidade sob o ponto de vista de quem vive o seu dia a dia. É a sequência natural de uma trajetória que começou com o Casas Históricas e prosseguiu com o Ruas Históricas. O projeto coincide com um grande momento para a economia do Norte do Estado: a consolidação do polo automotivo, com os anúncios da montadora de carros da BMW e da segunda fábrica da General Motors. Não é à toa que um dos fatores que atraiu essas duas grandes multinacionais à região foi a qualidade da nossa mão de obra e de nossos empreendedores. A série de 44 reportagens – publicadas originalmente entre 30 de maio e 31 de outubro no Notícias do Dia Joinville – mostra o retrato de uma economia vibrante, que tem como polo o maior PIB do Estado e a terceiro maior no Sul do Brasil, que foi construída sob o signo do empreendedorismo. Mostra a ousadia e a capacidade de uma cidade que, a partir de pequenos negócios, criou grandes empresas, que hoje projetam seu nome no país e no exterior. Mas, este projeto não se resume só ao resgate de um passado que nos dá muito orgulho. Destaca, também as estratégias que as empresas estão usando para se destacar no presente, em meio a um cenário desafiador, e para se perpetuar no futuro. Constitui-se em uma verdadeira enciclopédia de receitas de sucesso. É um importante benchmark para quem quer se tornar empreendedor ou quer, então, agregar valor ao seu negócio, ajudando, assim, a construir um legado para as gerações que estão chegando. Boa leitura! Diretor Regional Grupo RIC
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segmento de infraestrutura, quer intensificar sua presença nas operações comerciais com os Estados Unidos. A recuperação gradual da maior economia mundial vem beneficiando a Tupy. E a partir das duas unidades no México, adquiridas no ano passado, a fabricante está encontrando outras possibilidades de negócios. Consolidada como a maior fabricante latino-americana de tanques jateados para postos de combustíveis, a Arxo, de Balneário Piçarras, vem diversificando sua abrangência. A partir de uma parceria com uma empresa americana, está entrando no segmento aeroportuário, com o fornecimento de carros-tanque para abastecimento de aeronaves. No próximo ano, começam a funcionar duas unidades industriais: em Vitória de Santo Antão (PE) e em Ciudad del Este, no Paraguai. Quem também está se expandindo em direção a novos mercados é a Construtora Correia. A empresa está entrando em Jaraguá do Sul. Em 2014, é a vez de chegar às praias do Litoral Norte. Apostar na construção civil é o passo que a Steil Materiais de Construção pretende dar em 2014. As primeiras experiências começaram em 2009. Desde então, foram construídos um conjunto de geminados e dois prédios. “Joinville está em um bom momento”, justifica o diretor Jakson Steil. Empresas especializadas em loteamentos estão reforçando a atuação em outros mercados. A Zattar vai implantar um em Garuva. A Irineu Imóveis quer aproveitar o bom momento para a economia regional e está investindo na locação de galpões industriais. As maiores oportunidades estão em Araquari, Garuva, Guaramirim e São Francisco do Sul.
A partir do novo centro de distribuição, que está sendo instalado às margens da BR-101, a Salfer se prepara para novos voos. A capacidade de movimentação de mercadorias vai aumentar 60%. E o presidente da empresa, Clayton Salfer, não descarta a entrada em novos mercados. “Isto está sempre no nosso radar.” A Cembrani, que fabrica e revende móveis feitos sob medida, planeja abrir mais três lojas no próximo ano. Uma das possibilidades em estudo é chegar ao Nordeste por meio de um parceiro. O cenário também é favorável para a Empreiteira Fortunato, que tem as obras de infraestrutura como um dos principais focos. Ela pretende investir em áreas correlatas e em projetos que necessitem de grandes obras de engenharia, como centrais hidrelétricas, empresas de saneamento, logística e concessões de serviços públicos.
Investimento em saúde Investimentos também estão no mapa do segmento da saúde. O Hospital Dona Helena pretende concluir e ocupar todas as instalações do novo prédio, com 11 andares e 26 mil metros de área construída, em 2016, quando completa o centenário. A Unimed iniciou a expansão do centro hospitalar. A previsão é che-
gar em 2020, quando o empreendimento estiver concluído, com 350 leitos. Atualmente, são 165. Novas tecnologias são implantadas constantemente pelo setor. O CMDI, por exemplo, investiu na integração do diagnóstico médico por imagem com o cloud computing para facilitar o atendimento e agilizar acesso a resultado de exames. O IOT também tem planos de expandir as instalações. Referência regional na área de ortopedia e traumatologia, o instituto busca trazer novas práticas e conceitos por meio da parceria com a Duke University, uma das 20 melhores universidades do mundo. Investimentos em pesquisa também estão entre as prioridades de Adriano Bornschein Silva, que assumiu neste ano, a presidência do Laboratório Catarinense. Cientistas do Hospital das Clínicas de São Paulo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal do Ceará (UFCE) estão fazendo estudos sobre uma nova aplicação para o Catuama, o carro-chefe da empresa.
FOTOS STOCK.XCHNG
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A R T IGOS
Vocação empreendedora
JAMES TAVARES/SECOM
“Histórias de sucesso evidenciam nossa notável capacidade empreendedora, o dinamismo econômico catarinense e a qualificação da nossa mão de obra.”
RAIMUNDO COLOMBO
O
Norte Catarinense é um dos polos de empreendedorismo do Estado, berço de empresas que se tornaram gigantes internacionais e referências em seus ramos de atuação. É o caso da WEG, nascida em Jaraguá do Sul e hoje com unidades em diferentes continentes. Ou das têxteis centenárias de Joinville, Döhler e Lepper, empresas que seguem familiares, comandadas por descendentes dos seus fundadores. Ou ainda da marca Consul, que fez seus primeiros refrigeradores em um pequeno galpão em Joinville e que hoje faz parte do grupo Whirlpool. Isso só para citar alguns dos vários exemplos. Essas histórias de sucesso evidenciam nossa notável capacidade empreendedora, o dinamismo econômico catarinense e a qualificação da nossa mão de obra. E cabe ao Governo do Estado promover e facilitar esse empreendedorismo. Em todas as frentes, a soma dos recursos do programa Pacto por Santa Catarina para ações em todo o Estado é de R$ 9,4 bilhões, resultando no maior pacote de investimentos da história catarinense. Queremos resolver gargalos que estavam afetando o desenvolvimento catarinense, como nos setores aeroviário, rodoviário e ferroviário. Nesse sentido, temos fortes investimentos em infraestrutura e logística, com especial atenção também na manutenção e fortalecimento da competitividade
dos portos catarinenses. Podemos citar ainda o programa Juro Zero, em que pagamos os juros de empréstimos a pequenos empresários. Também temos estimulado e investido em inovação com parcerias com universidades e entidades de classe. E estamos investindo na ampliação da oferta de energia e do volume de gás disponibilizado no Estado. A combinação de uma consolidada cadeia produtiva com essa nova leva de investimentos tem atraído mais empresas para o Estado, com destaque para o setor automotivo, que tem no Norte do Estado seu principal beneficiado. A GM já está operando em Joinville com sua fábrica de motores, uma fábrica que já nasceu dentro dos mais modernos padrões de sustentabilidade. E agora, Araquari prepara-se para receber a primeira fábrica da BMW na América Latina. Além do investimento por si só já ser histórico, a cadeia produtiva em torno de uma montadora é muito grande e com certeza ela atrairá fornecedores com tecnologia de ponta. A BMW passa a ser um polo de atração. Outras empresas que vêm conversar sobre investimentos com Santa Catarina ficam mais interessadas quando sabem que vamos receber a BMW, uma marca de valor extraordinário. É uma série de fatores que sinaliza para um futuro cada vez mais promissor ao setor produtivo catarinense. E o Norte do Estado continuará como um dos protagonistas deste cenário.
Raimundo Colombo é governador de Santa Catarina
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A R T IGOS
Uma cidade em um momento propício
DIVULGAÇÃO
“A busca pela inovação, até a exaustão, é imprescindível para que se possa melhorar continuamente.”
UDO DÖHLER
H
á um ano escrevia que o ponto de partida para o sucesso de qualquer empreendimento é conhecer o mercado, saber quais as necessidades, os anseios e o potencial do consumidor. É a partir dessas premissas que se pode começar a construir um projeto. E isso serve tanto para a administração de uma pequena empresa, quanto para governar uma cidade ou um país. Acredito que sem conhecer com clareza o seu público, o que ele pensa e o que busca, fica impraticável identificar as suas demandas e, assim, propor soluções que realmente combatam os problemas. A vida moderna e as cobranças dos dias de hoje exigem uma mudança nos processos de gestão. A democratização da comunicação, ao alcance de todos, via redes sociais e tecnologia acessível, requer a todo gestor – seja ele da iniciativa privada ou pública – soluções rápidas para manter competitividade no mercado. Joinville é hoje uma cidade que vive em um momento cada vez mais propício e estimulante para fazer negócios e para viver. São esses os nossos desafios. Mostrar nossas características únicas com uma das principais cidades da região Sul do País, a que mais crescerá até 2030, triplicará a sua economia em 30 anos e a tendência é que sejamos a 2ª maior economia do Sul do País na próxima década. É para isso que estamos nos organizando e planejando a Joinville do futuro. E os potenciais são enormes. Somos privilegiados geograficamente. Temos a montanha a 35 quilômetros com variação de temperatura de até oito graus, temos o mar, o nosso belo litoral a menos de 60 quilômetros, temos o potencial turístico, náutico e ecológico da Baia da Babitonga, estamos avançando no tratamento de esgoto, equaciona-
mos o problema da energia elétrica para os próximos 30 anos e nossos recursos hídricos são ricos. As cidades reclamam de processos mais modernos e planejamento para o futuro. A região está se transformando com a chegada de grandes montadoras, como a GM, em Joinville, a BMW, em Araquari e a possibilidade de outras gigantes da indústria automobilística. Com a vinda de multinacionais e o selo de qualidade do nosso futuro Parque de Inovação Tecnológica, acreditamos que não só Joinville, mas toda a sua região metropolitana será, sem dúvida, uma das mais prósperas do País. Para competir, no entanto, é preciso ainda mais. A busca pela inovação, até a exaustão, é imprescindível para que se possa melhorar continuamente. E nesta linha, com o respeito ao meio ambiente, na ação de transformação, que devemos buscar o compromisso inicial. É preciso destacar que temos o dever de reduzir os enormes riscos à sustentabilidade deste mundo em que vivemos. Em Joinville, por exemplo, 60% do nosso espaço físico é verde e vamos cuidar para que ele continue preservado. O governo de Joinville tem dado a sua contribuição fundamental para que o empreendedor catarinense busque instrumentos para melhorar a gestão de seus negócios. Não há segredo para o sucesso, e sim trabalho árduo, dedicado e competente. A nossa capacidade de absorver e gerenciar as mudanças é que consolida isso tudo. Líderes e equipes precisam estar abertos às transformações propostas pelo desenvolvimento. Só assim conseguiremos enfrentar as adversidades. É desejável, portanto, que as unidades de ensino, saúde e segurança possam ser alcançadas com facilidade por toda e qualquer pessoa, sem congestionamento e de forma adequada. Em síntese, o que buscamos é uma gestão eficiente e que torne a cidade mais justa para todos os seus moradores. Udo Döhler é prefeito de Joinville
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Empreendedorismo, uma marca registrada MARIO CEZAR DE AGUIAR Empreendedorismo é uma marca registrada de Santa Catarina e uma característica muito forte da economia de nossa região. Em Joinville surgiram (e certamente outras virão) algumas das grandes empresas brasileiras, líderes em seus segmentos, referência no setor ondem atuam, seja no comércio, nos serviços ou na indústria. Empresas e pessoas empreendedoras constroem uma economia forte que possibilita um ambiente mais favorável aos negócios e ao desenvolvimento pessoal e profissional, como consequência produzindo um pais social e eco-
nomicamente mais justo. Localização, logística, mão de obra especializada, fornecedores qualificados e empreendedores por natureza, certamente foram fundamentais para embasarem a decisão dos grupos nacionais e internacionais para investirem na região, como as montadoras General Motors, BMW e LS Mtron. Ao mesmo tempo em que elas se beneficiam de nossas competências, trazem novas tecnologias, práticas de classe mundial e inovações que devem elevar a região a um padrão ainda mais alto, nos posicionando num novo patamar de desenvolvimento.
Mario Cezar de Aguiar é presidente da Acij (Associação Empresarial de Joinville (Acij) e vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
A tradicional e contemporânea CDL Joinville CARLOS GRENDENE A CDL Joinville, a segunda mais antiga de Santa Catarina, completou recentemente 48 anos de existência. Neste quase meio século de história, grandes homens estiveram à frente da CDL Joinville: Hercílio Hardt, Lourival May, Raul M. Pereira, Pedro F. Gonçaves, Carlos F. Fleischfresser, Gerd Haufe, Samuel Schubert, Gonçalo Nascimento, Manfredo Trauer, Jorge Domingues, Rubens Moura, Henrique Weber, Wilmar Hansen, Milton Kruger, Alexandre Brandão Nascimento, Gilson Bohn, José Manoel Ramos e Raulino Esbiteskoski. E Carlos Grendene está comandando a entidade lojista desde 2011. A gestão atual está dando continuidade ao trabalho desses antecessores, aprimorando cada vez mais a trajetória construída até então. O objetivo é que a entidade seja ainda mais ágil; presente na representação dos interesses lojistas de Joinville e região, atuando
junto aos órgãos públicos, em constantes reuniões com os governos federais e estaduais, com o Prefeito de Joinville e com membros da Câmara de Vereadores; construindo parcerias com outras entidades como a Acomac, Ajorpeme e Acij; e mais atenta ao cotidiano da cidade, participando ativamente de assuntos como a fiação subterrânea, a humanização do trânsito, a manutenção de calçadas, a acessibilidade, os corredores de ônibus, ações sociais, entre outras inúmeras causas nas quais a CDL Joinville esteve envolvida neste intenso ano de 2013. A entidade lojista está na casa dos 2 mil associados, todos muito bem representados por meio de iniciativas da diretoria para melhorar a comunicação com os clientes. Exemplos disso são as campanhas Natal Premiado, o Liquida Joinville, o Stammtisch e o Festival Gastronômico. E é com este legado que a CDL Joinville poderá celebrar em 2015 seus 50 anos de história e, ainda assim, mantendo-se mais atual e atuante do que nunca. Carlos Grendene é presidente da CDL Joinville
PENINHA MACHADO
“Empresas e pessoas empreendedoras constroem uma economia forte que possibilita um ambiente mais favorável aos negócios.” DIVULGAÇÃO
O objetivo é que a entidade seja ainda mais ágil; presente na representação dos interesses lojistas de Joinville e região,
ROGÉRIO SOUZA JR.
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Mathias Siebje Mancinelli (D) pretende seguir os passos do avô na Fibrasca
Um laboratório de boas ideias Klaus Siebje gosta de descobrir novos usos para as matérias-primas usadas pela Fibrasca. Agora, quer ampliar os mercados da empresa no exterior
Atividade Produção de acessórios para cama, estofados e decoração.
220
Funcionários.
Um pouco da história de Pirabeiraba está no terreno da fabricante de travesseiros Fibrasca. No local, no século 19, funcionou uma usina de cana. A fama era tanta que chegou a ser visitada pelo Conde d’Eu, marido da princesa Isabel. Hoje, o local continua sendo relevante para a comunidade de Pirabeiraba. A Fibrasca é uma das principais empregadoras do distrito. Por trás dela, está o empresário alemão Klaus Siebje, que há quase 60 anos desembarcou no Brasil.
www.fibrasca.com.br
O envolvimento dele com o dia a dia da fábrica de travesseiros e acessórios para cama e estofados é total. No escritório, o laptop e os papéis dividem espaço com tecidos, fios e amostras de espuma. A grande paixão é descobrir novos usos para as matérias-primas utilizadas da fabricação de acessórios para cama, estofados e decoração. As ideias são registradas: 92 patentes pedidas no Inpi. Os primeiros travesseiros produzidos, o carro chefe da companhia, surgiram a partir das experiências de um
1954 Klaus Siebje chega ao Brasil, vindo da Alemanha.
funcionário, que começou a fazê-los artesanalmente usando o PET. Hoje, são fabricados 20 mil por dia. O foco são itens de maior valor agregado. Há dois anos, começaram as exportações. O destino é a América do Sul. Mas a empresa quer mais. Os produtos também são comercializados para Angola, Moçambique e África do Sul. Siebje vê muitas oportunidades de negócio no continente africano. A região é uma das que mais cresce no mundo. Segundo o FMI, as projeções são de crescimento de 5% neste ano e de 6% em 2014. “Há muito a desbravar”. Dois países onde a empresa está analisando possibilidades de negócios são o Quênia e a Etiópia. “São países que têm governos estáveis.” Mais prospecções de negócios devem ser feitas a partir da participação na Heimtex, uma das principais feiras internacionais para o segmento têxtil, que acontece de 8 a 11 de janeiro, em Frankfurt, na Alemanha. Ela vai ser uma das três empresas brasileiras que vão participar do evento. Outra região que está no alvo do empresário é o Leste Europeu. Se-
1986 Klaus Siebje se aposenta na Basf, como gerente da divisão de produtos químicos para a indústria têxtil, e se muda para Joinville, onde cria a Fibrasca, que inicialmente recuperava retalhos de carpê e os transformava em revestimento antiacústico.
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“Há muito a desbravar no mercado africano.” Klaus Siebje, proprietário da Fibrasca
gundo ele, principalmente nos países que formavam a ex-União Soviética, há uma necessidade de acessórios de cama de maior qualidade. “Na Rússia, por exemplo, eles trabalham só com um tipo de visco elástico. Aqui, nós trabalhamos com seis.” No novo passo que está dando, Siebje não teme a concorrência chinesa. A estratégia dele foi verticalizar completamente o processo de produção. “Assim, temos ganhos nas questões logística e tributária e podemos oferecer produtos a preços competitivos.” Mas não é só o exterior que prende a atenção do empresário. Outra estratégia é ampliar a atuação no comércio eletrônico. A empresa, fornecedora de alguns dos maiores portais, mira nichos mais específicos, como os de eletroeletrônicos e de livros. Para atingir esses mercados, a Fibrasca está desenvolvendo novos produtos. Um deles é uma espécie de bolsa que pode ter várias utilidades: guardar livros, tablets e netbooks com segurança; servir como apoio para manusear os eletroeletrônicos ou como travesseiro de leitura. Com estratégias como essa, a Fibrasca pretende ampliar o número de clientes ativos. No ano passado, atendia a 5.000 no Brasil. A expectativa é chegar em 2014 com 7.500.
do muda muito. Depois dos 60 (anos), você tem de pensar duas vezes antes de tomar uma decisão destas.” O empresário é extremamente conservador com o dinheiro. Os lucros são reinvestidos O objetivo é ampliar os negócios. “Nos últimos oito anos, a Fibrasca teve uma expansão de 1.000%.” Ele também quer garantir a continuidade da companhia. O futuro já foi pensado por Klaus. Três de seus netos trabalham com ele. O mais velho, Werner Man-
cinelli, está há cinco na empresa. Hoje, se dedica a gerir a unidade de percintas – elásticos que são usados na fabricação de estofados. Marianna, que está no último ano de administração, trabalha na área de vendas e marketing, acompanhando o desenvolvimento da empresa. O papel dela é o de contribuir com melhorias para as áreas comericial e administrativa. Mathias formou-se em engenharia ambiental. Os conhecimentos adquiridos no curso estão sendo aproveitados na prática. Gerente de produção têxtil, está há seis anos e meio na fabricante de travesseiros. A meta é manter o legado que está sendo construído pelo avô. “O Klaus é apaixonado pelo que faz.” ROGÉRIO SOUZA JR.
XXXXXXXXXXXXXXX
1991 Fibrasca começa a produzir travesseiros. Inicialmente, eram modelos mais populares, fabricados a partir de resíduos da produção de cordas.
É quanto a Fibrasca está investindo na implantação de uma fábrica de tapetes em Pirabeiraba.
1.000%
Foi o crescimento da Fibrasca nos últimos oito anos. No primeiro trimestre, a expansão foi de 30% em relação ao mesmo período de 2012.
82 anos
Cautela para o futuro A cautela é regra de ouro para Klaus Siebje, que não quer saber de financiamentos. O empresário diz que muitas empresas entram em dificuldades por causa disso. “O merca-
R$ 7 milhões
Fibrasca planeja ampliar a área de atuação
2000-2010 A empresa diversifica a produção. Começam a ser fabricados travesseiros de maior valor agregado e percintas para estofados. Cordas deixam de ser produzidas.
É a idade do funcionário mais velho da empresa: Nélson Simões, que é gerente de negócios no Planalto.
2013 Inicia a produção de tapetes, objetivando criar uma alternativa de mercado para o produto que é importado da China.
MARCELO KUPICKI
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As feiras organizadas pela Messe Brasil têm foco nos principais segmentos de atividade econômica de Joinville e nas necessidades das empresas que os compõem
Uma grande vitrine Melhoria na infraestrutura de eventos e investimentos na área automotiva podem criar novas oportunidades para a Messe Brasil
Atividade Organização de feiras e eventos.
11
Funcionários.
Organizar uma vitrine bem grande, com espaço que chega a 21.000 metros quadrados; aproximar clientes e fornecedores e incentivar contatos que estimulem negócios nos segmentos metalúrgico, mecânico, plástico, construção civil e de energia. Estes são alguns dos desafios da Messe Brasil, uma das principais organizadoras de eventos de negócios do Sul do País. A empresa tem em seu portfó-
www.messebrasil.com.br
lio as principais feiras realizadas em Joinville: a Interplast, a Metalurgia, a Intermach, a Intercon, a Powergrid e a EuroMold Brasil. As expectativas para expansão dos negócios são bem favoráveis. A reforma nos pavilhões da Expoville viabilizará a ampliação das feiras e do número de eventos paralelos. Com a melhoria na infraestrutura, Richard Spirandelli, diretor da Messe, estima um incremento de 40% na área de exposi-
ção e no número de expositores. “Nosso relacionamento com o mercado está consolidado. Quem participa de feiras setoriais em São Paulo também quer estar em Joinville”, diz o executivo. Os atrativos são grandes: a presença de um importante mercado consumidor de máquinas, equipamentos e insumos no Sul do País e os custos menores para a realização de feiras setoriais. Santa Catarina ocupa o segundo lugar no ranking nacional das indústrias plástica e metalúrgica. O executivo acredita que a tendência é de que mais eventos saiam do eixo Rio-São Paulo. A consolidação de um polo
1996 Messe Brasil realiza, entre 10 e 18 de agosto, o primeiro evento: a Intercon – Feira e Congresso da Construção Civil.
1997 Primeira edição da Intermach – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica.
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“Quem participa de feiras setoriais em São Paulo também quer estar em Joinville”
CARLOS JUNIOR
Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil
automotivo no Norte do Estado é outro fator impulsionador para os negócios da Messe. São R$ 1,2 bilhão em investimentos confirmados com a instalação da BMW em Araquari, e a segunda fábrica da General Motors em Joinville, que produzirá câmbios e transmissões. O setor automotivo esteve na agenda da Intermach 2013 – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica. “Identificamos profissionais interessados em novidades para o setor automotivo, que tem mostrado tendência de crescimento na região”, diz Spirandelli. Segundo ele, o evento tem se mostrado uma ferramenta importante de negócios, que sustenta a estratégia de vendas dos expositores ao longo do ano. A feira recebeu profissionais de dez países e 16 Estados. A expectativa da Messe Brasil é que até março, seis meses após a realização da feira, sejam gerados aproximadamente R$ 360 milhões em negócios, incluindo aqueles em eventos paralelos. A realização de eventos paralelos também favoreceu a Intercon – Feira e Congresso da Construção Civil, atraindo cerca de 35 mil pessoas de 18 Estados e quatro países. “A feira se tornou um evento completo para toda a cadeira da construção civil”, destaca Luiz Felipe Lepeltier, diretor da Messe Brasil. A expectativa é de que até abril
1998 Primeira edição da Metalurgia – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços.
sejam gerados R$ 190 milhões em negócios, a partir dos contatos estabelecidos no evento. É 20% a mais daquilo realizado na feira anterior, em 2011.
2014 em preparação Os eventos que vão ser realizados em 2014 estão com o planejamento bem encaminhado. A Interplast, programada para 18 a 22 de agosto de 2014, foi lançada em maio em São Paulo. “Tivemos alto índice de renovação de expositores e solicitação de novas empresas interessadas em participar da feira. Já contamos com o novo pavilhão da Expoville para garantir o crescimento da Interplast.” A Metalurgia vai acontecer em conjunto com a Powergrid, entre 16 e 19 de setembro de 2014. Pela primeira vez, as duas feiras serão simultâneas. A intenção é aproximar os grandes consumidores de energia com as empresas que oferecem soluções para esse segmento. O trabalho para a realização de uma feira começa dois anos antes de a primeira empresa montar o seu estande no pavilhão de exposições. Quando acaba um evento setorial, a Messe já está pensando no seguinte. “É tempo para as empresas colocarem o evento no planejamento e no orçamento da área de marketing”, diz Richard Spirandelli. Paralelamente, ocorre a captação de visitantes. Os principais meios são o desenvolvimento de
2000 Primeira edição da Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico.
Spirandelli projeta expansão das feiras com a reforma da Expoville
R$ 550 milhões
É a expectativa de negócios a serem realizados, em um prazo de seis meses, em decoorência da Intercon e da Intermach.
ferramentas para os expositores, os contatos com parceiros e o marketing de massa. O network da Messe é grande, destaca Spirandelli. “São 17 anos de muitos contatos.”
2011 Primeira edição da Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia.
40%
É a expectativa de crescimento de expositores com a expansão da Expoville.
2012 Em parceria com a empresa alemã Demat, de Frankfurt, realiza a primeira edição da Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos.
ANDRÉ KOPSCH/DIVULGAÇÃO
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Marcelo Hack (E), presidente; Jonas Tilp (C), diretor comercial; e Emerson Edel (D), diretor de operações, dividem o comando do Perini Business Park e da Perville
Um novo ciclo chegando Instalação da montadora alemã BMW deverá estimular novas oportunidades de negócios para o Perini Business Park
Atividade Condomínio empresarial.
7.500
Funcionários das empresas instaladas.
Um novo ciclo está começando para os três executivos do Perini Business Park que aparecem na foto: Marcelo Hack, Jonas Tilp e Emerson Edel. A montadora alemã BMW escolheu o condomínio empresarial para implantar o centro de treinamento. A partir da chegada do grupo, se abrem novas possibilidades para o empreendimento, que entrou em operação em 2001. “A BMW é um cartão de visitas”, diz
www.perinibusinesspark.com.br
Tilp, diretor comercial do condomínio empresarial. O prédio, com 9.000 metros quadrados de área, foi entregue em abril. As instalações no Perini vão servir de base para a fábrica que está começando a sair do papel no km 67 da BR-101, em Araquari, e que deve entrar em funcionamento em 2015. A partir da confirmação do investimento do grupo alemão, o número de consultas de empresas
1997 O empreendedor italiano Fabio Perini decide iniciar o projeto do Perini Business Park. A ideia é fazer um condomínio industrial sob medida, utilizando tecnologia construtiva italiana.
para se instalar no condomínio aumentou. São, principalmente, empresas do segmento automotivo. O diretor comercial do empreendimento, Jonas Tilp, diz que a instalação vai ser um estímulo para o aumento dos investimentos na região. Ele acredita que os primeiros reflexos já possam ser sentidos no início do próximo ano. A expectativa é de que a BMW possa ajudar a formar um cluster (arranjo produtivo) do segmento automotivo no Perini, a exemplo do que aconteceu com a Brunswick, que fabrica embarcações, e a Nova Motores, especializada em geradores e motores elétricos. Estas atraíram fornecedores ao local.
Perini vende a Fabio Perini S.A., especializada em máquinas e equipamentos para reconversão de papéis, para o grupo alemão Koeber. Os recursos são aplicados no projeto do Perini Business Park.
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“Vamos ter um forte crescimento na região nos próximos anos.” Jonas Tilp, diretor comercial do Perini Business Park
Atualmente, são 122 empresas instaladas no local, que ocupam uma área construída de 270 mil metros quadrados. Entre elas, há vários líderes mundiais de mercado: Aços Vilares, AllFlex, Benteler, Bosch, Brenntag, Buhler, Sherwin Williams, Siemens, Whirlpool, entre outras. O espaço para crescer é muito grande. Apenas 53% do projeto estão concluídos. A expectativa original era de que o terreno estivesse totalmente ocupado em 2030. O cenário mudou em razão da onda de investimentos na região e das perspectivas favoráveis para os próximos anos. A previsão é de que a meta seja alcançada em 2025. Atualmente, 2,65% do PIB (produto interno bruto) catarinense e 19% do joinvilense são gerados no local. Não são só as indústrias que estão optando pelo Perini. Um bloco voltado para a área de serviços foi implantado em julho. Escola de idiomas, salão de beleza, escritório de advocacia e personal trainer são alguns dos empreendimentos que se instalaram no condomínio. O modelo de negócio do Perini Business Park está despertando muita atenção de outras cidades e países. Não é difícil receber pedidos para levar a marca para outros locais. Uruguaios, colombianos, paraguaios e holandeses se interessaram pelo projeto. Mas o momento é o de continuar focado na zona Norte de Joinville. “Vamos ter um forte crescimento na região nos próximos anos.”
1999 É criada a Perville Construções, com a missão de construir o Perini Business Park.
A fábrica das fábricas O Perini Business Park impressiona a quem chega ao local. E quem é responsável pela montagem das estruturas e galpões é a Perville Construções. A empresa surgiu em 1999 com a missão de erguer o condomínio empresarial. A tecnologia para a elaboração de peças pré-moldadas foi importada da Itália pelo empreendedor Fabio Perini. São 18 mil metros cúbicos produzidos por ano. “É como se fosse um Lego gigante”, diz o diretor comercial, Jonas Tilp, comparando as estruturas ao brinquedo de montar. A área de atuação se expandiu rapidamente. A construtora foi a
responsável pela construção da fábrica de tubos de aço Marcegaglia, em Garuva; a de cintos de segurança Takata Petri, em Balneário Piçarras; o condomínio da Incasa e a sede da Ascensus Logística, em Joinville. Atualmente, está fazendo a nova fábrica da Franklin Electric, que deve ficar pronta em 2014, e o colégio bilíngue do Bom Jesus. As expectativas são de ampliar o leque de atuação, principalmente no Norte de Santa Catarina. O foco está em um raio de 250 quilômetros a partir de Joinville. “O segmento está bombando”, conta o executivo. São projetos que estão saindo do papel somente agora, por causa da burocracia na liberação de licenças.
19%
É a participação das empresas instaladas no Perini Business Park no PIB joinvilense.
16 mil
É a previsão do número de trabalhadores para 2025, quando o Perini espera estar com 100% da sua capacidade ocupada.
NILSON BASTIAN/DIVULGAÇÃO
Empresas instaladas no Perini Business Park ocupam uma área de 270 mil metros quadrados
2001 Perini Business Park é inaugurado.
2004 Começa o projeto do turismo industrial. Em nove anos, foram mais de 3.000 visitantes.
2011 Perini abre 18% dos seus negócios na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Uma fatia de 14% foi comprada pelo CSHG Logística Fundo de Investimento, do Credit Suisse Hedging Griffo.
CARLOS JUNIOR
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Alexandre da Silva, da Euromax, planeja dobrar o tamanho da empresa em até cinco anos
A construção do futuro Com duas fábricas, a Euromax quer consolidar a liderança no mercado de argamassas e rejuntes, apostando em novos produtos
Atividade Fabricação de argamassas e rejuntes para construção.
40
Funcionários.
Argamassas e rejuntes fazem parte da vida de Alexandre da Silva há 29 anos, quando começou a trabalhar na empresa do irmão dele, a Ligafix. Chegou a ser sócio, com uma participação de 10% no negócio. Mas os seus planos iam além. Queria construir seu próprio empreendimento. “Meu sonho era o de estar na linha de frente, de poder decidir.” A oportunidade começou a se tornar realidade em 2004, quan-
do foi convidado para implantar e gerenciar a unidade da Ligafix em Guarapuava, no interior do Paraná. Silva afirma que o envolvimento neste projeto foi fundamental para prepará-lo para ser empreendedor. “Foi uma escola.” Dois anos depois, com a venda da Ligafix, decidiu voltar para Joinville. Na bagagem, havia um plano de negócios consolidado. Nascia a Euromax, aproveitando parte da equipe que trabalhou na sua em-
1984 Alexandre da Silva começa a trabalhar na Ligafix, onde chega a ter participação minoritária na empresa.
presa anterior. Atualmente, são 40 funcionários trabalhando nas unidades de Araquari e Ponta Grossa, no interior do Paraná. Elas têm capacidade para produzir 4.500 toneladas por mês de argamassas e rejuntes. Para administrar o empreendimento, conta com o auxílio dos dois filhos: Alexandre da Silva Júnior, que coordena a produção, e Renan da Silva, na área administrativa. Outro grande apoio vem do gerente comercial, César Murilo de Almeida e Silva. O momento para a Euromax é o de consolidar a liderança no mercado e manter um crescimento de 20% ao ano. “Isso nos possi-
2004 Já como sócio da Ligafix, com 10% de participação, é convidado a implantar uma nova unidade industrial, localizada em Guarapuava, na região central do Paraná.
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20%
“Meu sonho era o de estar na linha de frente, de poder decidir.”
É a expectativa anual de crescimento da Euromax para a próxima meia década.
Alexandre da Silva, dono da Euromax Argamassas e Rejuntes
bilita dobrar de tamanho em meia década.” A estratégia para atingir esta meta passa pelo desenvolvimento de novos produtos. São, pelo menos, dois ao ano. A empresa apresentou, no início do segundo semestre, um rejuntamento cerâmico com adição de silicone em pó. “Dá mais brilho e é hidrorrepelente”, diz Silva. Os testes começaram há um ano. A areia usada vem da região de Joinville; o cimento, do Paraná, e os aditivos aplicados nos produtos são importados de dez países. O desenvolvimento de novidades para atender a um mercado cada vez mais exigente não para. Outro produto que está sendo preparado é uma argamassa de secagem rápida, que permite a liberação para o rejunte em três horas. Normalmente, este processo demora entre um e três dias. As pesquisas começaram há dois anos. Também estão em testes a argamassa de microconcreto, cujos testes começaram há um ano, e a de grandes formatos, para ser aplicada em revestimentos de grande porte (1 m a 1,40 m de largura). “O objetivo é o de atender à crescente oferta desses produtos no mercado, como os porcelanatos.”
Alexandre da Silva, é um negócio bem interessante. Uma equipe foi formada para atender exclusivamente a esse segmento. Mas o varejo continua mantendo a atenção da Euromax. Uma das ações para firmar a marca é o marketing esportivo. A empresa apoia equipes de futebol amador de Joinville. Entre elas estão o América, a Veterana, o Aviação, o Juventude, a Serrana e o Caxias. “Assim ficamos bem mais próximos do nosso público. Aplicadores de revestimentos cerâmicos e pessoal da área de engenharia são muito ligados ao futebol.” Mesmo com as expectativas de
forte crescimento, não há planos para expandir a área de atuação da empresa. Para isso, a Euromax precisaria abrir novas unidades. No momento, o foco é o de ampliar o mix de produtos e ser mais rentável. “Não é o momento de pensar em novas unidades. Vamos consolidar a presença naquelas em que atuamos.” A partir de Araquari, a Euromax atende a clientes nos litorais catarinense e paranaense, no Planalto Norte, na zona metropolitana de Curitiba e na região de Joinville. E, com a unidade de Ponta Grossa, inaugurada em 2011, é contemplado o Centro-sul do Paraná.
2
É o número de produtos que são lançados anualmente pela fabricante de argamassas e rejuntes.
1 milhão É o tamanho, em pessoas, do mercado atendido pela Euromax no interior do Paraná.
CARLOS JUNIOR
Foco na engenharia A Euromax planeja fortalecer sua atuação no segmento de engenharia, atendendo às construtoras. A principal vantagem, segundo
Unidade de Araquari foi implantada em 2007
2006 Com a venda da Ligafix, Alexandre da Silva retorna do interior do Paraná. Com parte da equipe da empresa, monta a Euromax, em Araquari, para atender à demanda da construção civil na região de Joinville.
2011 Implanta unidade industrial em Ponta Grossa, na região Centro-sul do Paraná, com capacidade para produzir 1.500 toneladas por mês. Comandada pelo engenheiro Daniel Piccoli Ambrosi (ex-Camargo Correia Cimentos), tem por objetivo atender à demanda de um mercado que abrange aproximadamente um milhão de pessoas.
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A fundição está na alma CARLOS JUNIOR
A Miano’s surgiu da paixão de seu fundador pela atividade. Agora, parte para conquistar novas oportunidades
Atividade
“Não queria sair da área, queria trabalhar por conta própria.”
Comércio de insumos para a indústria de fundição.
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Funcionários.
A vida do engenheiro mecânico Azomar Miano é a indústria de fundição. Por 24 anos, trabalhou na Tupy, líder mundial na produção e comercialização de blocos e cabeçotes de motor em ferro fundido. Quando saiu, em 1992, fez uma escolha: queria continuar nessa área. “Conhecia produtos, fornecedores, pessoas... E pretendia trabalhar por conta própria.” O caminho foi abrir, no ano seguinte, uma representação comercial para atuar com chapas de aço, refratários, insumos para moldagem e equipamentos para fundição. Não foi preciso fazer pesquisa de mercado para escolher o nome da empresa. Já que a carreira de Azomar estava vinculada à fundição, por que não escolher um nome que o relacionasse diretamente com a atividade? Surgia a Miano’s. Um dos braços direitos de Azomar, no início, foi um grande amigo: Otto Korb. Ele se tornou sócio. Por alguns anos, a empresa chamou-se Miano’s e Korb. A parceria durou até 2001, quando Otto morreu. Sua família saiu do empreendimento, que voltou a ter o nome original. Inicialmente, a atuação ficou restrita a Santa Catarina. Mas os planos eram de encontrar novas
Um dos principais planos de Azomar Miano, dono da Miano’s, é o de investir na construção de uma fábrica
www.mianos.com.br
1992 O engenheiro mecânico Azomar Miano sai da Tupy, após uma carreira de 24 anos.
Azomar Miano, dono da Miano’s, sobre as razões que o motivaram a continuar trabalhando na área de fundição
1993 Abre a Miano’s. No início era representante da Gazola, fabricante de equipamentos para fundição, sediada em Itu (SP). Também trabalhava com chapas de aço e refratários. A atuação era restrita a Santa Catarina.
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Os irmãos Azomar Jr e Isabelly ajudam o pai a expandir os negócios da Miano’s
oportunidades. Em 1997, começou a distribuir insumos para a Foseco, de São Paulo. Era um novo momento para a Miano’s. “Como representante, tinha limitações. A distribuição de produtos dá mais independência. O leque de atuação é maior e há mais liberdade de negociação”, diz Azomar. Outra vantagem é a maior rentabilidade. A empresa aproveitou para redirecionar o foco de atuação. Começou a trabalhar com ferroligas e interrompeu os negócios com refratários. Azomar dirige o empreendimento, que tem relacionamento comercial com 95% das fundições do Sul do Brasil, com os filhos Azomar Jr. e Isabelly. Ele atua na área comercial. Ela, há 12 anos, cuida da área administrativa. Atualmente, a empresa se dedica à distribuição de insumos para a indústria de fundição, como ferroligas, resinas, bentonitas e filtros. Os
1997 Inicia na atividade de distribuição de produtos, atendendo à Foseco, de São Paulo, fabricante de insumos para a fundição de alumínio.
fornecedores são, maioria, brasileiros. Mas também importa matérias-primas da China, Itália e Argentina.
Os passos para o futuro A Miano’s está atenta a novas oportunidades de negócios. Conquistados os mercados do Sul do Brasil, a empresa vem ampliando o leque de produtos vendidos e a área de atuação para Minas Gerais e São Paulo. Com a expansão do mix, a expectativa é de intensificar os negócios. A empresa também viu na logística uma oportunidade de ganhar dinheiro. Os primeiros caminhões foram comprados em 2008. Hoje, transporta 80% das mercadorias que vende. “O ponto forte da empresa é a rapidez da entrega”, diz Azomar Miano. Em até três dias, a empresa consegue entregar os pedidos na sua área de atuação. A frota também é usada para
2001 Os filhos Azomar Miano Jr. e Isabelly Miano Selbach se juntam ao pai na Miano’s.
2002 Amplia a área de atuação para o Paraná e Rio Grande do Sul.
trazer os produtos comprados junto aos fornecedores. É uma medida para reduzir os custos. “Precisamos diminuí-los ao máximo para ter preços mais competitivos”, diz Isabelly Miano, administradora da empresa. Uma boa oportunidade para os próximos anos está na consolidação do polo automotivo no Norte catarinense. A expansão das atividades da General Motors, em Joinville, e a construção da fábrica da BMW, em Araquari, podem beneficiar a distribuidora. A expectativa é de que o consumo de insumos e matérias-primas para a indústria de fundição se amplie. “Em algum lugar, as matérias-primas precisarão ser compradas”, destaca Azomar Jr. Os projetos não param. O grande sonho é o de fabricar produtos para fundição. A família não dá muitos detalhes sobre os planos. Eles apenas dizem que é algo mirando o médio prazo e que pode ser em Joinville ou em outro Estado.
2005 Muda-se para as atuais instalações, um galpão de 2.000 metros quadrados, no Distrito Industrial.
95%
É o percentual de fundições nos três Estados do Sul que têm algum tipo de relação comercial com a Miano’s.
10%
É o percentual dos produtos distribuídos pela Miano’s que vêm do exterior. As principais origens são a China, a Itália e a Argentina.
30%
É a expectativa de crescimento da Miano’s até o final do ano.
2011 Investe na área de logística. Frota é comprada para facilitar a entrega e a distribuição de produtos.
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A tradição em direção a Garuva
“É muito emocionante ver quando uma família quita o lote.” Claudine Zattar Ribeiro, diretora da área jurídica
CARLOS JUNIOR
Responsável pela implantação de 120 loteamentos em 36 anos, a Imobiliária Zattar busca oportunidades fora de Joinville
Atividade Loteadora.
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Funcionários.
Terezinha Zattar (E) e a filha, Claudine (D), cuidam do dia a dia da imobiliária
www.imobiliariazattar.com.br
Uma das mais tradicionais imobiliárias joinvilenses, a Zattar, está olhando além dos limites da cidade. O forte crescimento registrado em Garuva – 13,3% ao ano, desde 2000, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – despertou o interesse dos empresários Terezinha Ghanem Zattar, Claudine Zattar Ribeiro e Alfredo Miguel Zattar Neto para investir no município. “É uma região que está recebendo muitos investimentos e mais fábricas devem surgir por lá nos próximos anos”, diz Terezinha Zattar. Entre 2000 e 2012, a população da cidade aumentou 34,22%. No mesmo período, o número de catarinenses cresceu 19,17%, de acordo com o instituto. A empresa comprou duas áreas em Garuva, localizadas na Estrada Rio da Onça. A área total é de 480 mil metros quadrados. A primeira fase do empreendimento prevê 400 lotes. Além do forte crescimento, a opção pela cidade vizinha tem outra razão: as oportunidades em Joinville estão mais escassas. Segundo os empresários, a libeYração das licenças não acompanha o ritmo do crescimento da demanda,
1977 Namir Alfredo Zattar obtém o título de corretor de imóveis e cria a Imobiliária Zattar, especializada em loteamentos populares.
1978 Primeiro empreendimento da Imobiliária Zattar: o parque residencial José Francisco Vieira, no Aventureiro, com 350 lotes.
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“Vamos continuar fazendo o que sabemos bem, que são os loteamentos, principalmente os populares.”
devido à burocracia. Atualmente, a imobiliária está trabalhando com dois projetos em Joinville: Parque Residencial Campos Verdes, no Aventureiro, e Parque Residencial Portal do Horizonte, no Vila Nova. Desde que a imobiliária começou a funcionar, em 1977, foram implantados 120 loteamentos nos bairros da cidade, com 25 mil lotes. 60% já foram quitados. Com 33 anos de experiência no segmento, Terezinha, que é filha do oftalmologista Sadalla Amin Ghanem, pretende manter o foco de atuação em loteamentos, apesar de trabalhar também com locação de imóveis, construção de edifícios e implantação de condomínios. “Vamos continuar fazendo o que sabemos bem, principalmente os populares, com parcelas mensais a partir de R$ 337,50.” Uma das motivações é a grande procura, devido ao déficit habitacional e à melhoria do poder aquisitivo da população. Outra é a paixão. “Tenho grande amor por implantar loteamentos populares e muito orgulho de ter contribuído para o crescimento habitacional de Joinville.” A venda de lotes é extremamente desafiadora, destaca Claudine Zattar Ribeiro, filha de Terezinha
1980 Terezinha Ghanem Zattar começa a trabalhar na imobiliária, ajudando o marido.
DIVULGAÇÃO IMOBILIÁRIA ZATTAR
Terezinha Ghanem Zattar, dona da Imobiliária Zattar
Loteamento Kaesemodel é um dos maiores empreendimentos da Zattar
e responsável pelo departamento jurídico da imobiliária. “Mesmo o setor imobiliário sendo relevante para a economia nacional, está cada vez mais complicado. O empreendedor, antes da venda, enfrenta regras rígidas até conseguir aprovar o loteamento. Ele tem gastos exorbitantes com a infraestrutura”, diz Claudine. Segundo ela, a empresa loteadora oferece os imóveis à venda em longo prazo e, após arca com os riscos do parcelamento. “Os que licitamente arriscam seu patrimônio para empreender devem ser incentivados pela sociedade em geral, pois estão contribuindo para o crescimento do País”, destaca Alfredo Miguel Zattar Neto, que também é sócio da imobiliária. Mesmo com os desafios, há um lado compensador, afirma Claudine: “É emocionante ver quando uma família realiza seu sonho ao quitar o lote.”
Shopping center Os planos da Zattar para a zona
2001 Claudine Zattar Ribeiro, filha de Terezinha e Namir, volta para Joinville, após dez anos em São Paulo, e assume a área jurídica da empresa.
2002 Morre Namir Zattar, fundador da empresa.
Norte, em meados da década passada, previam a construção de um loteamento perto dos campi da Udesc e da Univille. Mas, em 2007, uma construtora curitibana se interessou pela área de 79 mil metros quadrados. A ideia inicial era a construção de um conjunto de prédios residenciais. As negociações foram infrutíferas. Terezinha Zattar já pensava em retomar a ideia inicial, quando foi procurada pelo empresário Jaimes Almeida Junior, do Grupo Almeida Junior, dono de uma rede de shopping centers no Estado. Ele mostrou interesse pela área, pois pretendia construir um empreendimento em Joinville. Almeida Junior apresentou o projeto e a empresária se encantou com a ideia. As conversas avançaram rapidamente. O projeto do loteamento foi deixado de lado. Em 2008, começava a ser construído o Joinville Garten Shopping, o maior da cidade, no terreno da Zattar. O empreendimento, que recebeu o investimento de R$ 150 milhões, foi inaugurado em abril de 2010.
2008-9 Terreno da Imobiliária Zattar é usado para a construção do Joinville Garten Shopping. A empresa se torna parceira do Grupo Almeida Junior no empreendimento.
120
É o número de loteamentos que a Imobiliária Zattar entregou em Joinville, desde 1977.
13,3%
Foi o crescimento médio anual de Garuva, em dez anos, segundo o IBGE.
2013 Com mais de 25 mil lotes vendidos, a imobiliária lança o primeiro empreendimento fora de Joinville.
JORNAL NOTÍCIAS DO DIA. O FARO PELA INFORMAÇÃO COM CREDIBILIDADE, OPINIÃO E CONTEÚDO REGIONAL. O Grupo RIC atua neste tradicional e respeitado veículo com dois jornais diários, nas duas principais cidades catarinenses – Florianópolis e Joinville. São 7 anos levando notícias para quem vive as cidades, prestando um serviço relevante à comunidade.
ndonline.com.br O MELHOR PARA QUEM VIVE A CIDADE
CARLOS JUNIOR
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Os planos da construtora para os próximos anos já estão traçados, diz Nivan Correia, da Construtora Correia
Hora dos novos mercados Construtora Correia prepara entrada em Jaraguá do Sul e no Litoral Norte. E planeja mais lançamentos em Joinville
Atividade Construtora e incorporadora de imóveis.
300
Funcionários.
A Construtora Correia está chegando a novos mercados. Consolidada a presença em Joinville, a empresa está entrando em Jaraguá do Sul. No próximo ano, é a vez de chegar ao Litoral Norte. A aposta na diversificação de mercado é motivada pelas expectativas favoráveis para a economia regional. A construtora comprou dois terrenos no bairro Vila Nova, em Jaraguá do Sul, onde vai construir duas torres, com apartamentos de 140 e 185
metros quadrados. A área total dos empreendimentos é de 25 mil metros quadrados. O lançamento está previsto para os próximos meses. Segundo Nivan Correia, fundador da Construtora Correia, o principal atrativo da cidade é o elevado poder aquisitivo. A empresa está acertando os últimos detalhes para a construção de um empreendimento no Litoral Norte. O lugar é guardado a sete chaves. “É perto de Joinville”, indica o empresário, sem dar pistas de
www.construtoracorreia.com.br
onde será implantado. Os planos preveem a construção de 11 torres e de um parque aquático. A expectativa é de que o lançamento ocorra no início de 2014. A entrega dos primeiros imóveis está prevista para 2017. A expansão para novos mercados não é empecilho para novos lançamentos em Joinville. São 11, em uma área que totaliza 119,8 mil metros quadrados. Os edifícios estão localizados no Anita Garibaldi (cinco), Atiradores (dois) e no América (quatro). Um dos principais impactos desses planos é a necessidade da contratação de mais trabalhadores. Atualmente, são 300 diretos e 90 indiretos. Correia projeta que será necessário
2007 Nivan Correia se muda do interior do Paraná para Joinville e cria a Construtora Correia. As oportunidades na terceira cidade mais rica do Sul do País foram a razão para implantar a empresa.
Lança o primeiro empreendimento em Joinville, o edifício Monte Cristo.
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“Nos destacamos no mercado por nossos diferenciais, como acabamentos sofisticados, design moderno e inovador.” Nivan Correia, diretor da Construtora Correia.
um aumento de 60% no número de funcionários, em um prazo de um ano. No médio prazo, a empresa não pretende expandir ainda mais a área de atuação. “Temos muito trabalho a fazer aqui no Norte do Estado, diz Nivan, com muita satisfação.
Cliente mais exigente A Construtora Correia vem detectando um aumento no nível de exigência dos consumidores. Os principais públicos atendidos pela Correia são as classes média e alta. As oportunidades para o mercado de alto padrão são grandes em Joinville, avalia Nivan Correia. “É um segmento bem promissor. O cliente quer um produto extremamente personalizado.” Uma das possibilidades para atender a essa demanda é a possibilidade da customização do imóvel. Outra é o trabalho com o conceito do home club, no qual o morador tem à disposição uma série de serviços de lazer e entretenimento. Os principais compradores dos imóveis da Construtora Correia são os que vão morar no local, diz Nivan Correia. Ele estima que esta é a finalidade para 80% dos clientes. O restante é formado por investidores, que diante das turbulências econômicas, estão direcionando recursos para aplicações financeiras de risco menor. “Isto tem nos ajudado. Tem gente que chega comprando oito apartamentos.” O empresário calcula que os imó-
2010 Clientes da Construtora Correia recebem as chaves do primeiro empreendimento.
veis chegam a se valorizar 80% em um período de 24 a 30 meses, entre o lançamento do empreendimento e a entrega das chaves. Isto corresponde a um rendimento mensal que varia entre 1,98% e 2,48% ao mês, ou seja, de quatro a cinco vezes a mais do que a caderneta de poupança. O boca a boca é uma das principais armas de propaganda da construtora. O empresário calcula, com base em sua intuição, que metade das vendas é feita por indicação de outros clientes. O apoio ao esporte é outra das estratégias adotadas pela Construto-
ra Correia para reforçar a imagem da marca. Modalidades como o basquete, o golfe, o hipismo e o tênis são as principais beneficiadas. “Quem sabe não estamos preparando alguém para a Olimpíada”, brinca Nivan Correia. A empresa também está envolvida em outras ações sociais. Em fevereiro, fez a doação de um ultrassom para o Hospital São José. Nas últimas semanas, concluía a construção da rampa que liga o prédio central ao jardim, espaço de convivência para pacientes e acompanhantes, que anteriormente tinha acesso apenas por escadaria.
77,4
É a área, em mil metros quadrados, dos empreendimentos lançados pela Construtora Correia em Joinville.
11
É o número de torres que a Correia deve lançar nos próximos meses em Joinville.
DIVULGAÇÃO CONSTRUTORA CORREIA
Obras da Construtora Correia em Joinville
2013 Consolidada a presença em Joinville, prepara o lançamento de 11 novos prédios residenciais na cidade e entra no mercado de Jaraguá do Sul, onde vai construir dois edifícios.
2014 Construtora Correia projeta a entrada no Litoral Norte, com a construção de 11 torres e um parque aquático em uma cidade próxima a Joinville. A expectativa é de que os imóveis comecem a ser entregues em 2017.
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Transporte de cargas, movimentação de mercadorias e armazenagem
170
Funcionários.
700
Associados.
1985 Com o apoio do Sindicato de Transportadores Autônomos de Joinville, a Coopercargo é fundada. O primeiro presidente é Sílvio Pereira da Cunha. 1991 Conquista o primeiro grande cliente: a Consul. 1997 Começa a primeira modernização da frota da Coopercargo. Besc e Bradesco liberam recursos para compra de caminhões com carroceria de alumínio.
Da geladeira aos armazéns CARLOS JUNIOR
Atividade
As geladeiras estão nas raízes da Coopercargo. A cooperativa surgiu quando a Consul promoveu uma reorganização na área logística, em 1985. Até então, aproximadamente 300 caminhoneiros faziam a entrega dos produtos para a fabricante de eletrodomésticos. Para reduzir custos, a companhia decidiu contratar transportadoras. Motoristas se reuniram para criar empresas, mirando na possibilidade de contratos futuros. A partir de conversas lideradas pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos de Joinville, um grupo de 27 pessoas se reuniu e criou a cooperativa em 30 de junho de 1985. Os primeiros tempos foram difíceis. Não havia possibilidade de transportar cargas para a Consul. “O temor era de que a cooperativa organizasse greves e fechasse a entrada da empresa”, diz Anacleto Pintarelli, um dos fundadores e atual presidente. A concorrência era grande. Conseguir clientes era muito difícil. Segundo ele, as empresas procuradas diziam que eram bem atendidas pelas transportadoras. Pequenos fretes e a contribuição mensal de meio salário mínimo garantiam a sobrevivência do empreendimento, que ganhou uma sede própria no Costa e Silva a partir da venda, para a Eletrosul, de um terreno que fora doado em 1987 pelo governo do Estado. A situação começou a mudar em 1994, quando a Consul abriu as portas para que a Coopercargo pudesse transportar eletrodomésticos. O principal impacto foi a volta de antigos associados. Eram 82 quando as operações foram iniciadas. Quatro anos depois, o número saltou para 278.
www.coopercargo.com.br
A Coopercargo moderniza a frota, planeja mais investimentos em serviços com maior valor agregado
2000 Abertura da primeira filial. O local escolhido foi Mauá (SP), para atender à demanda da Brastemp.
2002 Compra de área no Distrito Industrial, para construção da nova sede.
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Fomos bem além do que sonhávamos para a Coopercargo.” Anacleto Pintarelli, presidente da Coopercargo
O primeiro cliente internacional veio na primeira metade dos anos 90 em razão da parceria com a Consul. O empresário boliviano Modestino León tinha comprado um lote de geladeiras e precisava de alguém que as transportasse até Corumbá, no Mato Grosso do Sul, – um trajeto de 1.600 quilômetros – de onde seriam enviadas para a Bolívia. “Pelo menos 20 caminhões foram usados para levar o lote”, lembra Pintarelli. A expansão para atender aos clientes fora de Joinville começou em 2000, com a instalação de uma base em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. O objetivo era ficar perto da Brastemp, um importante cliente, que pertencia ao mesmo grupo da Consul. Para atender à demanda na região, a unidade foi transferida para Barueri e, depois, Itupeva, perto de Campinas. Atualmente, a cooperativa também está presente em Rio Claro (SP), Jaboatão dos Guararapes (PE), Fortaleza (CE) e Feira de Santana (BA) com amplos pátios de estacionamento e infraestrutura para abrigar, com conforto, os cooperados. O destaque é a distribuição de cargas para fabricantes de artigos da linha branca, como a Whirlpool e Esmaltec. Mas a empresa pensa mais alto. Os focos são a mudança no perfil de cargas e a diversificação do portfólio de serviços. O primeiro passo em direção a essa estratégia foi dado em 2004, com a implantação do Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), que desburocratiza a liberação de cargas para serem exportadas. A unidade
2004 Em parceria com a Receita Federal, implanta o primeiro Redex. É o primeiro empreendimento fora de um porto.
foi a primeira, no interior do Estado, a ser autorizada pela Receita Federal . Novo passo, com o apoio financeiro do BRDE, foi dado em 2007, com a construção da nova sede administrativa e o primeiro armazém geral, com 16 mil metros quadrados, para guardar e movimentar cargas. Os bons resultados entusiasmaram os cooperados. A instituição financeira liberou, em 2010, mais recursos para a construção de mais 15,5 mil metros quadrados. Nova expansão foi feita no ano passado. A capacidade atual de armazenagem é de 59 mil metros quadrados.
ceita Federal já atua na Coopercargo por meio do Redex. A cooperativa tem a licença especial para transportar mercadorias por meio da DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro), que possibilita o transporte de cargas alfandegadas. Para agregar mais valor para as operações logísticas, a cooperativa está em fase final de obtenção de registro na Anvisa para armazenar e transportar produtos alimentícios e equipamentos utilizados na área de saúde. “Poderemos oferecer serviços de maior valor agregado para os nossos clientes.” Mais imediatos são os planos
CARLOS JUNIOR
Capacidade de armazenamento da Coopercargo aumentou 3,7 vezes desde 2007
Fortalecimento logístico O principal plano da Coopercargo é o de se fortalecer como operador logístico. A principal meta é a obtenção da licença para operar um porto seco, recinto alfandegado no qual são executadas operações de importação e exportação. “Será como um porto sem navios”, diz Anacleto Pintarelli, presidente da cooperativa A estrutura está montada. A Re-
para a renovação da frota dos cooperados. A Coopercargo assinou um convênio com o BRDE para adquirir novos caminhões. O financiamento foi autorizado em novembro. São R$ 20 milhões, dentro do Programa Pró-Caminhoneiro, que concede prazos de até dez anos para a compra de veículos comerciais, com juros de 4% ao ano. Os primeiros caminhões chegaram para os associados no final de maio.
2007 Entram em operação a nova sede da Coopercargo, no Distrito Industrial, e o primeiro armazém. Contratos para movimentação de cargas são assinados. O segundo armazém é entregue em 2010 e o terceiro, em 2012.
59 mil
É a área de armazenagem de mercadorias, em metros quadrados, da cooperativa.
262 mil
É a área, em metros quadrados, do terreno em que está instalada a Coopercargo.
2012-3 Novo financiamento para renovação da frota. São R$ 20 milhões em recursos do BRDE, que podem ser complementados. Os primeiros caminhões chegam à cooperativa no final de maio.
CARLOS JUNIOR
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Pintando novos negócios A Tecnopó, de Pirabeiraba, investe na expansão dos serviços e está buscando novos clientes
Atividade
Serviços de pintura industrial.
98
Funcionários.
Uma rápida visita à unidade da Tecnopó, em Pirabeiraba, sintetiza um pouco dos planos de Joelci Ferrari para a empresa, especializada em serviços de pintura industrial. “Quero estar no meio de tudo o que envolver pintura”, diz. Nas linhas de trabalho, estão itens usados por fabricantes de telas; molas; carrinhos, banheiras e andadores para bebê; máquinas leves e pesadas, expositores de cigarros... Atualmente, a capacidade de pintura é de 4.000 metros quadrados ao dia. A empresa está em expansão para atender às expectativas favoráveis para a economia da área em que atua – um raio de 250 quilômetros ao redor de Joinville. Uma terceira linha contínua de pintura entrou em operação em meados deste ano, o que possibilita um crescimento de 30% na capacidade de oferecer serviços.
www.tecnopo.com.br
Planos de Joelci Ferrari para a Tecnopó preveem mais investimentos até 2014 para atender à demanda crescente de serviços de pintura na região que vai de Ponta Grossa (PR) a Florianópolis
Ferrari pretende aproveitar uma tendência que está ganhando força: as grandes empresas estão centrando foco na elaboração e montagem dos produtos, delegando atividades para outras compa-
1994 É criada a Tecnopó. Inicialmente, eram três funcionários em um prédio com 150 metros quadrados, no centro de Pirabeiraba.
nhias. “O objetivo é de consolidar a Tecnopó como uma terceirizadora na área de serviços de pintura.” Para isso, mais investimentos estão em planejamento. “O mercado é bem concorrido e é preciso se
2004 Tecnopó se muda para as atuais instalações: uma área de 5.000 metros quadrados localizada no Distrito Industrial.
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“Quero estar no meio de tudo o que envolva pintura.” Joelci Ferrari, diretor da Tecnopó
3
É o número de edições da Metalurgia, feira realizada a cada dois anos em Joinville, que a Tecnopó participou.
250 km
É o raio de atuação dos serviços da Tecnopó, abrangendo as regiões do Norte catarinense, Centro-sul paranaense e Grande Florianópolis.
DIVULGAÇÃO TECNOPÓ
preocupar com diferenciação e agilidade da realização de serviços. “O cliente está cada vez mais exigente. Quer mais qualidade, mais durabilidade e rapidez na entrega.” A empresa pretende implantar uma nova linha de banhos para fosfatização, que utilizará tecnologia norte-americana, e uma estação de tratamento, que deve entrar em operação em janeiro de 2014. Outra estratégia é investir na captação de novos clientes. Uma das formas que vem mostrado muito bom resultado é a participação na Metalurgia, organizada pela Messe Brasil e uma das principais feiras do setor no Sul do Brasil, que acontece a cada dois anos em Joinville. Ferrari diz que, com a participação, novas empresas acabam conhecendo os serviços oferecidos pela Tecnopó. “Conquistamos um a dois clientes maiores por evento e seis a sete de menor porte.” A demanda conseguida com um único negócio na última edição, realizada entre 18 e 21 de setembro de 2012, foi o principal responsável pelo investimento na terceira linha de pintura. A empresa figura entre os expositores desde 2008. A participação na próxima edição, prevista para ocorrer de 16 a 19 de setembro de 2014, já está confirmada.
motivados pela expansão do parque fabril da General Motors e pela construção da fábrica da montadora alemã BMW, em Araquari, devem ter impacto indireto nos negócios da Tecnopó. O executivo avalia que a maior circulação de dinheiro vai beneficiar o consumo regional. “Outros segmentos vão ser beneficiados. A produção terá de crescer para atender a essa demanda e, assim, será possível conquistar mais clientes.” A empresa também está diversificando a carteira de clientes em mais segmentos para encontrar novas oportunidades de negócios e depender menos da área automotiva, a mais importante para a Tecnopó. O fraco desempenho do segmento de caminhões, em 2012, afetou os negócios. Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o licenciamento encolheu 20,2%, por causa de mudanças nas regras para os motores dos veículos novos. Mas a situação está melhorando neste ano. “Já sentimos os benefícios”, diz o diretor Joelci Ferrari. Nos oito primeiros meses do ano, a expansão nos licenciamentos aumentou 11,9% em relação ao mesmo período de 2012. Quem está estimulando o crescimento são os caminhões pesados. O número de registros aumentou 41,2%.
Benefícios com expansão Os novos investimentos que o Norte do Estado está recebendo,
2008 Participa pela primeira vez da Metalurgia. A feira, realizada a cada dois anos pela Messe Brasil, é uma das principais formas encontradas para captar clientes. Também participou nas edições de 2010 e 2012.
Para ampliar as oportunidades, a Tecnopó está diversificando a carteira de clientes
2013 Investimentos em expansão da empresa. Nova linha de pintura contínua, focada na área automotiva, vai ampliar em 30% a capacidade de oferecer serviços.
2014 Expectativa de colocar em operação nova linha de banhos de fosfatização, que usará tecnologia norte-americana.
CARLOS JUNIOR
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Valdir Steglich, diretor técnico do IOT, pretende intensificar parcerias para a clínica se tornar referência ortopédica e traumatológica no Estado
Articulando saúde e saber Os 10 mil atendimentos mensais no IOT são apoiados por educação continuada e pesquisas em parceria com grande universidade dos EUA
Atividade Serviços médicos de ortopedia e traumatologia.
26
Médicos.
Todo dia, é um entra e sai no prédio da rua Blumenau, 1.316, no América, em Joinville. São mais de 10 mil pessoas que circulam mensalmente pelo prédio de 2.000 metros quadrados do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia). É gente que passa desde uma consulta de rotina com um dos 26 especialistas que atendem no local a complexos procedimentos cirúrgicos. Esta é face mais conhecida do empreendimento, que começou em 1985, na rua Abdon Batista, no
www.iot.com.br
Centro da cidade. Uma face menos conhecida é a produção científica que sai do local. O instituto tem uma parceria com a Duke University – de Durham, nos Estados Unidos –, uma das 20 melhores universidades do mundo, segundo a consultoria educacional britânica QS. O IOT utiliza a base de dados da instituição educacional norte-americana para desenvolver estudos e pesquisas nas áreas de traumatolo-
1985 Um grupo de cinco ortopedistas se reúne para criar o IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia), na rua Abdon Batista. A missão foi a de trazer serviços disponíveis nos grandes centros.
gia e ortopedia. Debates envolvendo o corpo clínico, residentes e estudantes acontecem a cada duas semanas. Nos últimos 17 anos, os médicos escreveram, pelo menos, 55 artigos científicos, que foram publicados em livros ou em revistas especializadas. O núcleo de pesquisas se reúne semanalmente para discutir e avaliar as cirurgias realizadas pelo corpo clínico no local na semana anterior. “Isto nos ajuda a formar o nosso arquivo científico”, diz o diretor técnico do empreendimento, Valdir Steglich. Outra atividade realizada pelo núcleo científico está nas parcerias feitas com indústrias farmacêuticas, com a realização de trials clínicos. São pesquisas envolvendo análises
1991 É credenciado pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia). Foi o primeiro serviço de residência médica de Santa Catarina autorizado a especializar médicos como ortopedistas.
37 DIVULGAÇÃO IOT
“A união, a cooperação e o reforço na qualidade dos serviços prestados são fatores que estimulam o crescimento.” Valdir Steglich, diretor técnico do IOT
dos resultados a partir de tratamentos com medicamentos específicos. A proximidade com a academia não se restringe à área científica. Quatro membros do corpo clínico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia são professores do curso de medicina na Univille. O IOT tem uma parceria com o Hospital São José para o desenvolvimento de programa de residência, com três anos de duração, sendo reconhecido pela SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e do Ministério da Educação. Atualmente, são 20 participantes em especializações que abrangem áreas como a cirurgia de mão, pé, tornozelo, coluna, joelho e a ortopedia infantil. Muitos desses residentes acabam sendo convidados para ingressar no corpo clínico do instituto. A intenção é acelerar ainda mais este processo de capacitação. Steglich diz que o objetivo é o de ampliar a busca de conhecimento nos principais centros de referência mundial para formar médicos cada vez mais qualificados na região. E reforçar o princípio da medicina moderna de que grandes cirurgias são feitas com pequenas incisões. “Assim, temos menos agressão aos tecidos e um retorno mais rápido do paciente às atividades normais”, diz o diretor técnico. O trabalho de pesquisa é complementado com ações comunitárias de prevenção e valorização de práticas saudáveis, como a Corrida do IOT, campanhas para incenti-
1995 A primeira turma de residência se forma. Cinco profissionais participaram: Carlos Henrique Dantas, Carlos Henrique Maçaneiro, Ingo Schneider, Luiz H. Panno e Antonio F. Greppe de Mello.
var o uso adequado de mochilas escolares, de redução de riscos no trânsito e de prevenção aos acidentes da mão. O instituto é um dos apoiadores da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, oferecendo atendimento médico aos bailarinos.
Planos de ampliação Um dos principais objetivos do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) é o de ampliar a capacidade de atendimento. A expectativa é de, até o próximo ano, possibilitar a duplicação do espaço. Atualmente, são 2.000 metros quadrados. “Com isso, poderíamos mais do que dobrar o número de pessoas atendidas por mês”, diz Tânia Steurnagel, gestora do IOT. Hoje são feitos aproximadamente 10 mil atendimentos por mês. Mas, com as parcerias feitas com quatro hospitais da cidade – Dona Helena,
Prédio do IOT na rua Blumenau foi inaugurado em março de 2007
Materno-infantil, São José e Unimed – , o número de atendimentos prestados pelos médicos do instituto chega a 20 mil. Um dos fatores que ajudam a alimentar os planos do IOT é a alta penetração dos planos de saúde na população joinvilense. Cerca de 38% tem, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS). Outra estratégia é reforçar as parcerias que o instituto tem com hospitais públicos e privados de Joinville, convênios de saúde e com as prefeituras do Norte e Nordeste catarinense. “A união, a cooperação e o reforço na qualidade dos serviços prestados são fatores que estimulam o crescimento”, diz o diretor técnico, Valdir Steglich.
4
É o número de hospitais que são parceiros do IOT: Dona Helena, Maternoinfantil, São José e Unimed.
10
É o número de especialidades atendidas pelo corpo clínico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia.
DIVULGAÇÃO IOT
Corpo clínico do IOT é formado por especialistas em dez áreas da ortopedia e traumatologia
2004 IOT e Hospital Municipal São José fazem parceria para oferecer residência nas áreas de ortopedia e traumatologia. Curso passa a ter credenciamento duplo: Ministério da Educação e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
2007 Inaugura a nova sede: um prédio de 2.000 m2 quadrados, localizado no América.
2008 Inicia a parceria com a Duke University, dos Estados Unidos, por meio do programa Research Coaching.
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Estratégia verde CARLOS JUNIOR
Novos investimentos no Norte do Estado estão ampliando as oportunidades de negócios para a Essencis
“Empresas que estão se instalando na região já entraram em contato com a empresa para discutir o envio de resíduos industriais, tendo em vista o que é determinado na Política Nacional de Resíduos Sólidos.”
Atividade Processamento e destinação de resíduos industriais.
58
Funcionários (unidade de Joinville).
O metano gerado pelo Centro de Tratamento e Valorização Ambiental que a Essencis mantém em Joinville pode ter um destino mais nobre do que a simples queima ao ar livre. A unidade está desenvolvendo um projeto para aproveitar o gás proveniente de resíduos industriais na geração de energia elétrica, que seria utilizada para atender à parte da demanda interna da empresa localizada no Distrito Industrial. Matéria-prima para a geração de energia não deve faltar no longo prazo. A unidade recebe 65% dos resíduos industriais produzidos em Joinville. A capacidade de armazenagem, dependendo do tipo de resíduo, pode chegar a 70 anos. Os maiores clientes estão nos segmentos metalúrgico e mecânico. Os materiais são tratados, isolados do contato com o solo natural e depositados em células que garantem a proteção ao meio ambiente. Pesquisas e desenvolvimento
Novos investimentos devem aumentar a demanda da Essencis em Joinville, diz Julio de Oliveira Müller
www.essencis.com.br
1997 Crescem as necessidades para a instalação de um local em Joinville para receber os resíduos industriais.
Julio de Oliveira Müller, gerente da Essencis em Joinville
2000 É constituída a Catarinense Engenharia Ambiental, que vence licitação para a implantação de uma área para receber resíduos industriais em Joinville.
41
70
É a capacidade máxima, em anos, de resíduos industriais no centro de tratamento e valorização ambiental de Joinville.
65% DIVULGAÇÃO ESSENCIS
É a participação no mercado de destinação de resíduos industriais que a Essencis tem em Joinville. Resíduos que chegam à Essencis são inspecionados antes de serem destinados à área de armazenamento
de processos são uma rotina na unidade joinvilense. Foi a partir de um projeto-piloto realizado na cidade que a empresa ganhou uma nova unidade de negócios. Em 2009, a Essencis recebeu um pedido para fazer a descaracterização de 4.000 gabinetes de eletrodomésticos. Os materiais foram desmontados e triturados. As sucatas de cobre, metal e plásticos foram recicladas. A partir deste projeto, surgiu a Essencis Manufatura Reversa, que tem escritório central em São Paulo e unidades operacionais em Caieiras (SP), Curitiba (PR) e Magé (RJ). Esta área também atua com o desenvolvimento de programas de eficiência energética, desmobilização de áreas industriais e a desmontagem de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, microcomputadores e equipamentos hospitalares e healthcare. A Essencis também está investindo no desenvolvimento de pes-
quisas para qualificação do serviço, como o tratamento de efluentes com a utilização de nanotecnologia. Membranas de nanofiltração são responsáveis pela fase final do processo, garantindo a qualidade do tratamento. O equipamento é único em Santa Catarina. O desenvolvimento de novas soluções para as empresas faz parte da estratégia de depender menos dos resíduos. “A tendência é de redução na geração”, diz Julio de Oliveira Müller, gerente da unidade joinvilense da Essencis. Mesmo assim, as expectativas para os próximos anos são extremamente favoráveis. A motivação vem dos novos investimentos que estão chegando ao Norte catarinense. “Empresas que estão se instalando na região já entraram em contato com a empresa para discutir o envio de resíduos industriais, tendo em vista o que é determinado na Política Nacional de Resíduos Sólidos”, diz o executivo.
2002 São recebidas as primeiras cargas de resíduos industriais no Centro de Tratamento e Valorização Ambiental de Joinville. Recebe a certificação ISO 9001 pela primeira vez.
2003 Pela primeira vez, recebe a certificação ISO 14001.
Iniciativas comunitárias As ações ambientais desenvolvidas pela Essencis não se restringem somente à destinação correta de resíduos industriais. Outras iniciativas desenvolvidas pela empresa envolvem visitas guiadas de instituições de ensino ao centro de valorização ambiental, o povoamento com peixes dos córregos e riachos próximos da unidade, a coleta de pilhas e baterias, um viveiro de mudas típicas da região, que são usadas no reflorestamento de áreas, e um prêmio interdisciplinar de educação ambiental, feito em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e a Fatma (Fundação do Meio Ambiente). Segundo Julio do Oliveira Müller, a previsão é de que, em quatro anos, todos os alunos das escolas municipais de Joinville e dos centros de educação infantil estejam envolvidos nesta iniciativa.
2007 Conquista a certificação OHSAS 18001, voltada para a saúde ocupacional.
2009 A partir de um projeto desenvolvido em Joinville, a Essencis implanta mais uma unidade de negócio: a manufatura reversa.
CARLOS JUNIOR
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“A estratégia sempre foi de ficar perto de onde o povo está.” Irineu Machado, presidente da Irineu Imóveis
Atividades
Imobiliária, loteadora, hotel e complexo esportivo. Irineu Machado começou no segmento de loteamentos e diversificou negócios para outras áreas, como a turística e a esportiva
63
Funcionários.
1974 Irineu Machado sai de Vidal Ramos, onde ajudava os pais nas lavouras de fumo, arroz e feijão, e se muda para Joinville.
De olho no movimento O grande fluxo de gente nas proximidades do Terminal Central é uma fonte de negócios para a Irineu Imóveis
www.irineuimoveis.com.br
1983 Aluga uma sala no Edíficio Rudenas para atender aos clientes interessados na compra de lotes.
A atuação do Grupo Irineu é ampla: loteamentos, imobiliária, aluguel de galpões industriais, turismo e esporte. A raiz destes empreendimentos foi um Fusca bege, ano 1976. Com ele, Irineu Machado, que era vendedor autônomo da Coluna Imóveis, começou a desbravar o mercado imobiliário joinvilense. O carro ficava estacionado perto do ginásio Abel Schulz. “Sempre foi um lugar de muito movimento”, diz o empresário, que distribuía panfletos, deixava cartazes nos bares do Centro e levava clientes para conhecer os lotes em vários bairros da cidade. “A estratégia sempre foi de ficar perto de onde o povo está.” A era do Fusca acabou em 1984. O carro foi vendido. Iniciava uma nova fase. Irineu criava a sua própria imobiliária. O local escolhido foi uma sala no Edifício Rudenas, em frente ao Terminal Central de Ônibus. É onde, até hoje, está a sede da empresa. Há planos de mudar de local, mas a intenção é de permanecer perto desta área de grande circulação. O projeto é construir, a partir do ano que vem, um edifício com 12 andares, com 8.000 metros quadrados de área, no local onde já funcionou a Câmara de Vereadores e a agência central do antigo Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), que foi absorvido pelo Banco do Brasil
1985 Surgimento da Irineu Imóveis. Em parceria com a Elos Imóveis, vende o Loteamento Recanto Iririú. O primeiro empreendimento com marca própria foi o Loteamento Pianezer, no Aventureiro.
DIVULGAÇÃO IRINEU IMÓVEIS
43
40
É o número de loteamentos que a Irineu Imóveis já vendeu em Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Joinville e São Francisco do Sul.
10 mil
É o número de lotes que a empresa comercializou desde o início de sua atuação, em 27 anos. Oportunidades de negócios para a Irineu Imóveis também estão nas cidades do Litoral Norte Catarinense
A expectativa é de que seja inaugurado em 2015, quando o grupo completa 30 anos. “Além da sede, vamos agregar uma série de serviços voltados para a área imobiliária”, diz a gerente-geral, Grasieli Machado. A diversificação sempre esteve presente na estratégia da Irineu Imóveis. Os primeiros passos foram em 1986, com a compra da Imobiliária Bandeirantes e do Loteamento Jardim Bandeirantes. Nos cinco primeiros anos, foram comprados 14 loteamentos totalizando 4.000 lotes em Joinville e Balneário Barra do Sul. Outros dois segmentos em que o grupo está avançando é na locação de imóveis, em que atua há três anos, e a revenda de residências geminadas. Grasieli avalia que esse
1986 Utilizando a marca Irineu Imóveis, amplia os negócios, comprando o Loteamento Jardim Bandeirantes e a Imobiliária Bandeirantes.
segmento deve continuar crescendo com força nos próximos anos, principalmente nas classes B e C. Atualmente, além da área imobiliária, a Irineu Imóveis atua nos segmentos turístico, com o Hotel Bandeirantes da Barra, em Balneário Barra do Sul, e esportivo. O grupo mantém um centro de treinamento para atletas amadores e profissionais, no bairro Jardim Paraíso.
Na onda do crescimento O momento é de aproveitar o forte crescimento econômico da região, que está sendo motivado pela chegada de novas empresas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia da região de Joinville dobrou
1991-2000 Comercializa 13 lotes na região de Joinville.
de tamanho entre 1999 e 2011. Neste cenário, a empresa identificou um novo nicho: a locação de galpões industriais. Irineu ressalta que há uma grande necessidade de serviços especializados para esta área. As maiores oportunidades estão em Araquari, Garuva, Guaramirim e São Francisco do Sul. Não é só o segmento industrial que está aquecido no entorno de Joinvile. Dos 13 loteamentos que estão sendo vendidos, dez estão fora da cidade. Um dos fatores que favorecem este direcionamento é a dificuldade e morosidade do licenciamento em Joinville. “Quem resiste no setor são empresas com histórico e experiência. É gratificante poder proporcionar às pessoas o acesso à moradia”, afirma o empresário.
1999 Começa a investir no esporte de Joinville. Cria a Sociedade Esportiva Irineu e monta um time de futebol, que é vice-campeão da Copa Juniores, na Itália. O grupo mantém um centro de treinamento para atletas amadores e profissionais, no bairro Jardim Paraíso.
2001 Expande o processo de diversificação das atividades, inaugurando o Hotel Bandeirantes da Barra, em Balneário Barra do Sul.
CARLOS JUNIOR
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Michael Langer, presidente da Franklin Electric no Brasil, projeta excelentes oportunidades de negócios no país
A nova fábrica da Franklin Grupo americano está investindo R$ 40 milhões na construção de unidade no Distrito Industrial, que duplicará capacidade de produção
Atividade Produção, venda e distribuição de sistemas de bombeamento de água.
376
Funcionários no Brasil.
Desde 2004, a América Latina é o escritório do executivo americano Michael Langer, presidente da unidade brasileira da Franklin Electric – a maior fabricante mundial de motores submersos. O sotaque de Langer é carregado e mostra bastante otimismo sobre os planos para a operação brasileira, sediada em Joinville, a qual comanda desde outubro de 2011.“O Brasil é um mercado amplo e oferece excelentes oportunidades.”
A menina dos olhos do grupo, que adquiriu a Schneider Motobombas em 2008, é a construção da nova fábrica no Distrito Industrial, nas proximidades da BR-101. O investimento é de R$ 40 milhões, o que permitirá dobrar a área de produção para 12,3 mil metros quadrados. A unidade também vai abrigar a área administrativa. A mudança está prevista para o próximo ano. “Vamos ganhar flexibilidade para fazer novas expan-
sões. Será uma fábrica com o que há de mais moderno”, diz Langer. A expectativa é de que a segunda fase da obra comece imediatamente após a conclusão da primeira etapa. O investimento também inclui a compra de máquinas. Uma das prioridades é a área de usinagem. Langer diz que será possível pensar na fabricação de bombas de maior porte. A empresa atende principalmente aos segmentos agrícola e de construção predial. Outro ganho será com a capacidade de estocagem e expedição de produtos, que será triplicada. Atualmente, são duas docas que funcionam em horários restritos,
www.franklin-electric.com.br
1944 Os engenheiros Edward J. Schaefer e T. Wayne Kehoe fundam em Bluffton, nos Estados Unidos, a Franklin Electric. O nome homenageia Benjamin Franklin, um dos pioneiros nos estudos da energia elétrica. O foco inicial eram motores para clientes com necessidades específicas.
1949 Patente do primeiro motor submerso lubrificado a água.
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“Vamos ganhar flexibilidade para fazer novas expansões. Será uma fábrica com o que há de mais moderno.” Michael Langer, presidente da Franklin Electric no Brasil
ber a certificação ISO 17025. O espaço, com 500 metros quadrados, contará com sistema de áudio/vídeo e infraestrutura completa para atender a uma agenda regular de cursos para colaboradores e clientes. O local pode ser dividido em dois ambientes, o que possibilitará a realização de treinamentos simultâneos, que serão ministrados ao longo do ano e realizados em módulos.
Eficiência energética A eficiência energética está no centro das preocupações da Franklin Electric. O produto da marca Schneider Motobombas foi o primeiro do setor a conquistar a certificação A, a mais alta no Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia), ocorrida em
12
É a profundidade, em metros, do fosso de testes que a Franklin Electric está construindo na nova unidade no Distrito Industrial.
12,3 mil
Será a área, em metros quadrados, da primeira fase da nova fábrica da Frankin Electric.
DIVULGAÇÃO FRANKLIN
pois a unidade atual está localizada em área urbana. Na nova fábrica, serão cinco docas. A unidade vai ampliar a capacidade de desenvolvimento de novos produtos. Além de um amplo reservatório para ensaios no laboratório, a área de produção vai ganhar um tanque de testes com 12 metros de profundidade. Atualmente, podem ser testadas bombas de até 100 cavalos. A partir do ano que vem, essa possibilidade aumenta para 250 cavalos. No novo laboratório também será possível a realização de provas hidráulicas e de testes testemunhais, caracterizados pelo acompanhamento de representantes dos compradores. Com as novas instalações, a Franklin Electric será credenciada para rece-
2011. Desde então, novas linhas estão sendo certificadas. O objetivo é conseguir incluir os principais produtos no topo da classificação deste programa. Uma das áreas em que há grande preocupação é a agrícola. Os produtos tradicionais estão sendo redesenhados para obter uma melhor classificação junto ao Inmetro Outra estratégia para ampliar a eficiência energética é a introdução de novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas pelo grupo. Da unidade italiana, sediada em Vicenza, são trazidas bombas e componentes em aço inox. A Franklin está investindo na produção de sistemas inteligentes de bombeamento de água, que operam por meio da integração de uma bomba e um inversor de frequência. As principais vantagens são maior eficiência no consumo e na operação quando há demanda pelo líquido. Segundo o presidente, Michael Langer, é uma tecnologia que terá forte aplicação no futuro. “Estamos abertos a qualquer projeto”, diz, entusiasmado.
Nova unidade da Franklin Electric vai possibilitar expansão no desenvolvimento de produtos
1962 Estabelece jointventure com uma empresa australiana.
1965 A Franklin se instala na Europa.
1983 Início das primeiras instalações em um país da América Latina. O local escolhido foi Monterrey, no México.
1988 Criação de unidade voltada para a produção de sistemas de combustíveis.
1999 Desenvolve o primeiro controlador para sistemas de água a pressão constante. Instala-se na China.
2008 Aquisição da Schneider Motobombas, em Joinville, marcando a entrada no Brasil com uma unidade industrial.
46 DIVULGAÇÃO DONA HELENA
Atividade Serviços médicohospitalares
863
Funcionários
1916 Fundação da Sociedade de Socorro das Senhoras Evangélicas, por iniciativa de Helena Trinks Lepper. A instituição é, inicialmente, um ancionato e um jardim de infância. O hospital começa a ser materializar pela mão do Dr. Norberto Bachmann, que traz o primeiro paciente. 1989 Implantação do Plano Diretor com o objetivo de tornar a instituição uma referência no Sul do país.
Uma das prioridades do Hospital Dona Helena é o investimento em novas tecnologias, destaca o gerente operacional Marcos Antônio Navarro
Dona Helena rumo aos 100 anos Maior expectativa de vida faz crescer a demanda por serviços hospitalares e estimula novos investimentos
www.donahelena.com.br
1992 Inauguração do Centro de Diagnóstico por Imagem e informatização do hospital.
O centenário do Hospital Dona Helena é só daqui a três anos, mas o presente já está sendo preparado cuidadosamente. A expectativa é de que, em 2016, o novo prédio, de 11 andares e 26 mil metros quadrados, esteja concluído e totalmente ocupado. Atualmente, nele funcionam um estacionamento com 210 vagas, a área administrativa, o serviço de neurologia, o centro de diagnóstico ortopédico, o Naim (Núcleo de Atendimento Integrado à Mulher), o centro cirúrgico ambulatorial, o serviço de oncologia e o pronto-atendimento. Mais serviços deverão ser incorporados nos próximos meses. Andares serão ocupados pela clínica de diagnóstico vascular e pelo serviço de endoscopia. “Também projetamos a instalação de clínicas especializadas com perfil de alta complexidade para atender à demanda da comunidade da região”, diz Marcos Antônio Navarro, gerente operacional do Hospital Dona Helena. O plano diretor do hospital, que tem suas raízes em 1989, prevê que o atendimento assistencial ao paciente, as internações e as cirurgias sejam centralizadas no prédio antigo. As clínicas de diagnóstico ficarão concentradas no novo edifício, liberando espaço para a instalação de mais leitos e a estrutura de apoio. Hoje, são 156 leitos, que devem ser complementados por mais 15, a serem abertos nos próximos meses. As obras no prédio antigo estão em andamento. O centro cirúrgico está em ampliação. A central
1996 Implantação do programa Pró-Humano.
1997 Primeiro Simpósio de Bioética.
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“Constantemente estamos investindo em novas tecnologias e capacitando nossos profissionais para acompanhar o avanço da medicina.” Marcos Antônio Navarro, gerente operacional
de materiais esterilizados ganhará um novo espaço, mais moderno e ampliado. O aumento na expectativa de vida – de 70,5 anos ao nascer, em 2001, para 74,1 anos, em 2011, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – tem ampliado a demanda por serviços hospitalares. Segundo Navarro, o reflexo é o aumento na taxa de permanência na instituição. “O hospital tem recebido mais pacientes idosos, o que exige mais adaptações e cuidados especiais.” Para atender a esse aumento na procura, o hospital vem investindo na compra de novos equipamentos, como o PET-Scan, que é um grande avanço no diagnóstico e no controle do tratamento do câncer. Em 2012, foram adquiridos novos aparelhos para o laboratório de análises clínicas, que realizam exames da parte hormonal e de alergias. Neste ano, foi inaugurado o centro de infusão, destinado ao atendimento de pacientes que se tratam com medicamentos imunobiológicos. “Isto é um avanço na medicina e serve para o tratamento de doenças autoimunes”, explica o gerente operacional do Hospital Dona Helena, Marcos Antônio Navarro. As pesquisas fazem parte do dia a dia do corpo clínico. Um caso diagnosticado no Dona Helena foi apresentado no Congresso Brasileiro de Genética Médica, que ocorreu em
2002 Inauguração do Serviço de Reprodução Assistida, em parceria com a clínica Satis.
junho, em Florianópolis. Outros trabalhos em andamento são a coleta de dados para o perfil epidemiológico da sepsia grave e do choque séptico em ambientes hospitalares e o estudo nacional de pacientes que sofreram fratura de quadril e desenvolveram osteoporose.
Qualidade de vida Humanização é uma palavra chave para quem vive o dia a dia no Hospital Dona Helena. O significado é profundo, conta Maria José Varela, coordenadora do programa Pró-Humano: “É aumentar a sensibilidade em relação às pessoas que estão sob os nossos cuidados.” O trabalho integra a saúde a aspectos emocionais e espirituais, priorizando a qualidade de vida. Uma das formas encontradas para reforçar internamente esse conceito foi a arte, por meio do teatro e do coral. E, externamente, foi criado um grupo – o Hospirrisos, com parceria da Studio Escola de Atores – que recruta voluntários para levarem alegria, por meio do espírito clown, a pacientes, funcionários e visitantes. A implantação de uma capelania no hospital, no início do ano, também ajudou a reforçar o conceito da humanização. Uma pastora luterana realiza celebrações litúrgicas, de caráter ecumênico, e oferece acompanhamento espiritual para quem está internado, a
2004 Primeiro transplante de rim, logo após credenciamento pelo SUS.
2007 Início da construção do Centro Clínico.
familiares e aos funcionários. Outra estratégia para valorizar a qualidade de vida no ambiente hospitalar é uma parceria desenvolvida com a ACE (Associação Catarinense de Ensino), que está ampliando a difusão da pedagogia hospitalar. O objetivo é desenvolver atividades lúdicas com as crianças que estão internadas, dar apoio escolar e orientar os pais. Segundo Maria José, isto ajuda no processo de recuperação. Um projeto mais antigo que busca enfatizar os princípios da humanização é o da bioética. “Temos de preparar os profissionais em relação a questões mais críticas e polêmicas.” Mensalmente, há encontros envolvendo a comunidade hospitalar e o público externo. Uma vez ao ano, o hospital promove o Simpósio Catarinense de Bioética. Pela primeira vez, o evento foi realizado fora de Joinville. A 13ª edição aconteceu no CentroSul, em Florianópolis, paralelamente ao Congresso Nacional de Bioética, entre 23 e 27 de setembro.
156
É o número de leitos do Hospital Dona Helena. Outros 15 serão implantados.
13
Edições do Simpósio Catarinense de Bioética já foram realizadas pelo hospital.
DIVULGAÇÃO DONA HELENA
Planejamento prevê ocupação total do Dona Helena em 2016
2009-10 Centro Clínico começa a funcionar: primeiro serviço a se instalar é o estacionamento. Em 2010, são implantados o centro cirúrgico ambulatorial, centro de diagnóstico da visão, serviço de suporte ao diagnóstico neurológico e o serviço de ergometria.
2012 Implantação dos serviços de oncologia e neurologia.
50
O plástico é muito interessante. Ainda há muito a ser descoberto sobre ele.”
CARLOS JUNIOR
Wilson Bohn, fundador da Plasbohn
Negócios em família: patrimônio criado por Dalila e Wilson Bohn é gerenciado pelos filhos Celson e Sarita
Atividade Plásticos para a construção civil e para a irrigação.
300
Funcionários
Mudança bem-sucedida Ao se aposentar, em 1989, Wilson Bohn pensou em se dedicar à pesca. Acabou criando a maior fábrica brasileira de mangueiras e acessórios plásticos
www.plasbohn.com.br
1990 Wilson Bohn cria a Plasbohn. A partir da carcaça de uma extrusora, ele e o filho Celson Bohn montam a primeira máquina da empresa.
Wilson Bohn se aposentou em 1989, após trabalhar 26 anos em uma fábrica de plásticos para a construção civil em Joinville. A ideia inicial era a de dedicar-se a um de seus hobbies: a pesca. Não demorou dois meses para desistir. Um dos motivos foi o baixo valor do benefício pago pelo INSS. O outro era a inquietude. “Ele tinha vontade de montar o próprio empreendimento”, diz o filho, Celson Bohn. O primeiro passo para a criação da Plasbohn foi a compra da carcaça de uma extrusora junto à antiga empregadora de Wilson. Mas era preciso algo a mais para fazer a máquina funcionar. Peças compradas em um ferro-velho serviram para fazer o painel de comando. “Até pneus de lambreta foram utilizados para fazer as correias transportadoras”, lembra Dalila Bohn, mulher de Wilson. O equipamento para a fabricação de mangueiras levou quase um ano para ficar pronto. Eram tempos extremamente desafiadores. A hiperinflação corroía rapidamente os ganhos – em média, os preços aumentavam 18,56% ao mês na primeira metade dos anos 90, segundo dados do IBGE. Mas, o ânimo persistia. A compra de matéria-prima era difícil. O número de fornecedores era reduzido e estes tinham pouco interesse em atender aos pequenos pedidos. A solução encontrada pela família Bohn foi pagar as encomendas à vista e antecipadamente. A produção de mangueiras era feita de sexta à noite a domingo à noite, quando os filhos Celson e Sarita podiam ajudar, já que eles trabalhavam em outras empresas. Sábado era o dia das vendas, rea-
1996 Diversificação da clientela da Plasbohn. Com 30 funcionários, a empresa vende para todo o país.
1997 Começa a produção de mangueiras para gás de cozinha. A Plasbohn é uma das primeiras empresas a serem certificadas pelo Inmetro.
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Precisamos estar sempre à frente dos concorrentes, deixando o alvo cada vez mais distante.” Celson Bohn, diretor administrativo da Plasbohn
lizadas na frente dos supermercados. “Um dos lugares com mais consumidores era o antigo Catarinão, na zona Sul”, lembra Sarita Bohn. Os negócios prosperaram em Joinville e o passo seguinte foi conquistar o mercado de Florianópolis. Grandes saltos foram dados em meados dos anos 90. A forte expansão fez com que Celson e Sarita passassem a se dedicar exclusivamente para a empresa familiar. O primeiro impulso veio da criação de condições facilitadas para a compra de matéria-prima por um fornecedor. O impacto, segundo Dalila, foi dar mais fôlego para a empresa. O segundo estímulo foi a terceirização de serviços de uma grande empresa, que possibilitou a compra de novas máquinas. O novo contrato acabou sendo o embrião de uma nova fase. Obrigou a Plasbohn a expandir ainda mais os negócios, para não ficar dependente da terceirização, que respondia por 60% das receitas. A estratégia foi diversificar a produção e conquistar novos mercados para os produtos da empresa. Em 1996, a Plasbohn vendia para todo o país. Os efeitos foram bem positivos. Rapidamente, a importância do principal cliente nas receitas caiu para 20%. Em 1997, a empresa iniciou a fabricação de mangueiras para GLP após estas serem certificadas pelo Inmetro. A Plasbohn foi uma das três primeiras empresas a ser homologadas. “Isto fez a empresa ser enxergada de modo diferente pelo mercado”, diz Celson, diretor administrativo. A diversificação não parou. Novos produtos são constantemente lança-
2005-6 Grande processo de diversificação de produtos. Atualmente, o portfólio conta com 600 itens. Entra no segmento de injetados para a construção civil.
dos para garantir a rentabilidade dos negócios. Em 2006, entrou no segmento de injetados para a construção. Hoje, o agronegócio desperta muita atenção, por causa da forte expansão da produção rural. Atualmente, são 80 itens comercializados.
Foco na competitividade O principal desafio da Plasbohn é comum à maioria das empresas de Joinville: encontrar mão de obra qualificada. E a resposta encontrada é focar na automação. Segundo Celson Bohn, diretor administrativo da companhia, assim será possível ampliar a produtividade, ser mais competitivo e garantir um crescimento sustentável. “Vamos fazer mais com o que a empresa tem.” Outra meta é remodelar o mix de produtos, que atualmente tem 600 itens. O executivo destaca que é preciso estar sempre à frente dos concorrentes, deixando o alvo a ser perseguido bem mais distante. Para isso, a Plasbohn ampliou a linha de produção. A empresa também está adotando práticas de sustentabilidade, como o tratamento de efluentes de modo biodegradável e o descarte de resíduos sólidos, seguindo os princípios estabelecidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Apesar da empresa estar presente em todo o país, os negócios estão concentrados em Santa Catarina, no Norte e no Centro-oeste. “São áreas que apostam mais na marca Plasbohn”, conta Sandro Michinosk, gerente comercial. Ele complementa dizendo que o Brasil é um mercado muito grande para ser trabalhado.
2007 Plasbohn entra no segmento agrícola.
2010 Primeiros embarques de mercadorias para o exterior.
O foco está no mercado interno, mas o exterior desperta interesse. As primeiras experiências começaram em 2010, quando foram feitos os primeiros embarques para o Paraguai. Paralelamente, a fabricante de plásticos para a construção civil participou do Primeira Exportação, que estimulou empresas de pequeno e médio portes a realizarem negócios fora do Brasil. O programa foi uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e contou com o apoio da Prefeitura de Joinville e da Univille. Foram abertos mercados na América do Sul. A participação de uma feira no Quênia (Leste da África) assegurou a conquista de mais clientes. A imagem da empresa foi reforçada com essa iniciativa. Ela recebeu o Prêmio Destaque Comércio Exterior 2011, concedido pelo Ministério do Desenvolvimento e pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), ao lado de multinacionais como a Vale, a Embraer, a Ericsson, a BRF Brasil Foods, a Fiat, a Braskem, a Queiroz Galvão e a Marcopolo.
3
É o número de turnos em que a Plasbohn opera.
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Foi a primeira compra, em quilos, de matéria- prima para a produção de mangueiras, em 1990.
CARLOS JUNIOR
Fábrica da Plasbohn está sendo modernizada e ampliada
2011 As estratégias de comércio exterior da Plasbohn são premiadas pelo Ministério do Desenvolvimento e pela Associação de Comércio Exterior do Brasil.
2013 Expansão da fábrica, focada na automação de processos.
CARLOS JUNIOR
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Ari Rabaiolli, da Aceville, projeta crescimento da área de logística no Norte de Santa Catarina
Novo ponto de partida Aceville Transportes vai inaugurar terminal de cargas no início do próximo ano, ampliando as possibilidades de expansão dos negócios
Atividade Transporte de cargas.
180
Funcionários.
Ari Rabaiolli era gerente de banco no final dos anos 80. Mas tinha um sonho comum a muito brasileiro: ter o seu próprio negócio. Foram 15 anos para amadurecer a ideia. Optou por abrir a Aceville, uma transportadora de cargas. A decisão, até hoje, surpreende muita gente, por causa da distância entre as duas atividades. A resposta do empresário vem em meio a um sorriso: “Não tinha como eu abrir uma instituição financeira. Tive de buscar uma outra alternativa
www.aceville.com.br
no segmento de prestação de serviços.” O conhecimento de mercado veio dos frequentes contatos que mantinha com clientes da instituição financeira que atuavam no segmento de transportes. Mas a grande concorrência era um desafio. “Para onde você for tem de fazer diferente, com qualidade, responsabilidade e seriedade”, afirma Rabaiolli. Este mantra o acompanha desde 1989, quando abriu a Aceville Transportes com a es-
posa e mais um motorista, que dirigia o único caminhão. Atualmente, são 55 veículos que operam em rotas para as regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Litoral Catarinense e Vale do Itajaí. A empresa – com matriz em Joinville e filiais em Guarulhos (SP); São José dos Pinhais (PR); Novo Hamburgo (RS); e Guaramirim, Blumenau, Timbó, Itajaí e Palhoça – se especializou no transporte de cargas fracionadas, com atendimento a segmentos como o comércio, a indústria e os serviços. “Assim, fugimos da dependência de poucos clientes”, afirma Rabaiolli. Atualmente, são 6.300 ativos que fazem, pelo menos, um embarque mensal.
1989 A Aceville inicia as atividades no transporte rodoviário de cargas, com uma pequena estrutura, possuindo apenas um caminhão e um quadro de três funcionários, incluindo o proprietário, sua esposa e o motorista contratado.
1996 Início das operações em sede própria, em Joinville.
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“Para onde você for tem de fazer diferente, com qualidade, responsabilidade e seriedade.”
Ari Rabaiolli, sócio-diretor da Aceville Transportes
A empresa está construindo um novo terminal de cargas às margens da BR-101, perto do escritório regional do DNIT. A previsão é de que entre em operação em janeiro. A capacidade de movimentação de carga será 60% maior do que a atual. Outras facilidades que o empreendimento oferecerá são a disponibilidade de uma área para lavação dos veículos e uma garagem para estacionamento. A transportadora também está renovando a frota, aproveitando as condições favoráveis de linhas de crédito do Finame, oferecidas pelo BNDES. “Estamos aproveitando uma boa oportunidade”, diz. O momento também é o de reforçar a presença nos mercados em que atua, aproveitando as possibilidades que serão oferecidas pelas futuras instalações. A região de Campinas desperta interesse para a Aceville. “Os clientes nos perguntam quando iremos para lá.” A resposta pode vir a partir do segundo semestre de 2014.
Planos para o futuro Ari Rabaiolli, que também é presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Cargas de Joinville, enxerga um cenário bem favorável para o Norte Catarinense nos próximos anos. E não são só os grandes investimentos que vão ser feitos nos próximos anos, como a fábrica de carros da BMW e a de câmbios e transmissões da GM. “A região tem um potencial para ser
2000 Inauguração da unidade própria em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
2003 Mudança de sede da matriz, em Joinville, para um novo depósito.
um polo da área de logística”, acredita o dirigente empresarial. Os trunfos são os investimentos que vêm sendo feitos para ampliar a capacidade da movimentação nos portos, a possibilidade de mais recursos serem aplicados em infraestrutura na região e a expectativa do crescimento na navegação de cabotagem. Isto está alimentando o projeto da criação da Cidade do Transporte, uma inciativa que está sendo apoiada pelo sindicato e que conta com o apoio de 13 empresas, entre elas a Aceville. A intenção é estabelecer uma espécie de condomínio empresarial voltado para o segmento logístico, em Garuva, em uma área de 7,6 milhões de metros quadrados na Estrada Palmeiras. “As restrições para a atividade de transporte são grandes em Joinville”, diz Rabaiolli. Outro fator estimulador é a proximidade do porto de Itapoá. Além de transportadoras e serviços voltados para elas, o empreendimento teria armazéns e um terminal retroportuário com a possibilidade de uma ligação ferroviária. Os planos miram um horizonte de 30 anos.
associadas ao Setracajo (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Operadores Logísticos de Joinville) na doação de uma van, com capacidade para 16 passageiros, ao Lar Abdon Batista. A mais recente foi a adesão à campanha de apoio ao Hospital Municipal São José, na qual patrocinou a compra de camisas por parte dos funcionários. Outras entidades beneficiadas são as cozinhas comunitárias da Fundação Pauli-Madi; a Casa Adauto, que dá assistência às famílias com filhos portadores de câncer; e uma família do bairro Espinheiros, que adotou 25 filhos. A empresa apoia a atleta Letícia Oro Mello, que participou, em janeiro, na competição de salto em distância, na Olimpiada Mundial Escolar, realizada em Sydney (Austrália). Nos campeonatos, ela também participa nas modalidades de revezamento 4 x 100 m e nos 100 m. O associativismo está entre as políticas desenvolvidas pela empresa: participa ativamente da Setracajo e da Transpocred (Cooperativa de Poupança e Crédito dos Transportadores de Carga de Santa Catarina).
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É o tamanho da frota de caminhões da Aceville Transportes.
13
É o número de empresas que estão participando do projeto Cidade dos Transportes.
60%
Vai ser o crescimento da capacidade de movimentação de cargas, com a nova sede.
CARLOS JÚNIOR
Ação social A preocupação da Aceville não se restringe aos negócios. A transportadora se envolve em causas sociais. No ano passado, participou de parceria com outras 15
2009 Em novembro, inaugura unidade própria em Itajaí
Obras das novas instalações da Aceville Transportes estão entrando na reta final
2010 Em setembro, inaugura unidade própria em Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis.
2011 Início das obras da nova sede própria, na matriz, em Joinville.
2014 Entrada em operação da nova sede própria, em Joinville, que contará com um terminal de cargas.
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“O desafio é manter as marcas tradicionais adaptadas às novas realidades sem perder a tradição do produto.”
ROGÉRIO SOUZA JR.
Adriano Bornschein Silva, presidente do Laboratório Catarinense
Adriano Bornschein Silva representa a nova geração da família no comando do Laboratório Catarinense
Atividade Fabricação de medicamentos alopáticos para uso humano.
213
Funcionários.
Inovar sem perder a tradição Com marcas fortes entre os consumidores, Laboratório Catarinense investe em pesquisas para garantir o futuro
www.labcat.com.br
1919 Bornschein cria, com um sócio, a Farmácia Minerva, em Curitiba. Três anos depois, se instala em Joinville.
Um armário de estilo antigo, de madeira de lei, chama a atenção de quem entra na recepção do Laboratório Catarinense. Nele, passado e presente se confundem. Sessenta e oito anos de história da empresa estão nas prateleiras. Marcas de produtos farmacêuticos comercializadas desde o tempo dos nossos avôs se juntam a produtos desenvolvidos nos últimos anos. Todos tem um ingrediente comum: plantas tipicamente brasileiras. A mistura de tradição e inovação representada pelo armário tem um novo guardião: Adriano Bornschein Silva, 35 anos, o novo presidente da empresa. Ele assumiu o cargo neste ano, em substituição ao pai, Ney Osvaldo Silva Filho. As raízes familiares da empresa são mais profundas. Elas têm origem no bisavô de Adriano, que, em 1919, foi um dos criadores da Farmácia Minerva, em Curitiba. O desafio do executivo é o de manter a sintonia entre tradição e inovação. A nova função tem tomado seu tempo. Tanto é que tem se dedicado menos para um de seus hobbies, que é o de ser bombeiro voluntário. Ele gostaria
1941 A Farmácia Minerva compra a Farmacia Leão. Com ela, são adquiridos equipamentos que permitem a fabricação de medicamentos.
1942 A Farmácia Minerva passa a se chamar Farmácia Catarinense.
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de ter mais tempo para poder participar dos plantões, que duram 12 horas. “Em media, tenho participado de um por mês.” Mesmo assim, pelo menos seis horas por semana são dedicadas para a corporação, onde é coordenador dos bombeiros mirins. Na empresa, a principal preocupação é com a consolidação do segmento farmacêutico. Para acompanhar as novas tendências, a prioridade é dar ênfase para a inovação. Produtos que podem ser lançados daqui a cinco, dez anos já começam a ser pensados, pesquisados ou testados. Um dos principais estudos em andamento é sobre uma nova fórmula derivada de um dos mais tradicionais produtos da empresa, o Catuama, feito a partir de três plantas: a catuaba, o guaraná e a marapuama. O medicamento surgiu, em 1978, como ajuda para combater o cansaço físico e mental. O novo conceito está sendo testado como alternativa ao combate a problemas cardíacos e a depressão leve. As pesquisas contam com o apoio dos professores Irineu Velasco, do HC-SP (Hospital das Clínicas de São Paulo), e João Batista Calisto, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). As primeiras pesquisas sobre o novo uso começaram em 1995. Agora, os testes com pessoas estão na primeira fase. O Laboratório Catarinense e a UFCE (Universidade Federal do Ceará) fizeram uma parceria com o objetivo de avaliar qual é a dosagem ideal. A autorização foi dada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril. Noventa pessoas estão participando. A expectativa é de que o relatório final do estudo seja divulgado até
dezembro. Mais testes serão necessários antes da nova aplicação do novo produto chegar para os consumidores. Uma segunda fase está prevista. O objetivo é comprovar a eficácia do medicamento em humanos. A expectativa do executivo é de que o medicamento esteja no mercado em cinco anos.
1945 Ministério da Saúde determina a divisão das empresas que fabricam e vendem medicamentos. Surge o Laboratório Catarinense.
1951 A empresa se muda para a sua atual sede.
Novos consumidores As marcas tradicionais são o carro-chefe do Laboratório Catarinense. “O desafio é mantê-las adaptadas às novas realidades sem perder a tradição do produto”, diz o presidente, Adriano Bornschein Silva. Uma das estratégias é dar muita ênfase na comunicação com os novos consumidores. Outra aposta é a de reforçar a presença no segmento de suplementos alimentares. “A preocupação com saúde e a boa alimentação esta em alta entre os brasileiros. É um segmento que vai
crescer muito”, diz Adriano Silva. Um dos trunfos para crescer ainda mais neste mercado é a tradição. O Laboratório Catarinense é uma das empresas mais antigas nesta área.
Ações sociais O Laboratório Catarinense está envolvido com o Instituto A Fonte da Alegria, que desenvolve ações sociais destinadas a ampliar a consciência social dos colaboradores. As ações são voltadas para a melhoria da qualidade de vida de famílias, crianças, jovens, adultos e idosos. Adolescentes em situação de vulnerabilidade social são atendidos no projeto Pelotão Mirim; o instituto ajuda a manter o Asilo Vila Vicentina. Outros programas desenvolvidos são a Campanha do Agasalho e o Cata Quilo, de apoio a famílias necessitadas. Um coral, que integra os trabalhadores de diferentes áreas, também é mantido.
8 milhões É a quantidade anual de itens fabricados pelo Laboratório Catarinense.
5 a 10 anos
É o tempo médio de desenvolvimento de um produto.
1995
Foi quando começou o desenvolvimento dos estudos da nova aplicação da Catuama.
DIVULGAÇÃO LABORATÓRIO CATARINENSE
Linha de produção do Laboratório Catarinense
1980-90 Grandes campanhas de divulgação ampliam o alcance das principais marcas do Laboratório Catarinense no país.
2000 Iniciam-se as exportações para paises das Américas, Europa e Ásia.
2013 Adriano Silva assume o comando do Laboratório Catarinense.
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“Somos beneficiados pelo efeito batom.”
CARLOS JUNIOR
André Bornschein Silva, presidente da AB Plast
Bons números da indústria da beleza animam André Bornschein Silva, presidente da AB Plast, que projeta crescimento de 40% nas vendas em 2013
Atividade Produção de embalagens de material plástico.
350
Funcionários.
Embalando a beleza Uma das principais fornecedoras brasileiras de embalagens para cosméticos, a AB Plast acelera investimentos para atender à demanda crescente
www.abplast.com.br
Um dos hobbies do executivo André Bornschein Silva, presidente da AB Plast – uma das maiores empresas fornecedoras de embalagens para a indústria de perfumaria e cosméticos –, é o automobilismo. Ele já foi corredor de kart. E é capaz de passar horas discorrendo sobre os últimos lançamentos no segmento esportivo. Esta paixão encontra um paralelo na empresa que dirige. A ordem, em uma das maiores empresas fornecedoras de embalagens para a indústria de perfumaria e cosméticos, é pisar fundo no acelerador. A empresa está investindo na modernização e ampliação do parque fabril, para atender à demanda crescente e ao maior nível de exigência das maiores empresas do segmento de produtos de beleza. Um dos focos é a compra de equipamentos no exterior A indústria da beleza está em um ótimo momento. As vendas de artigos de perfumaria, cosméticos e farmacêuticos cresceram 14,67% nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2012, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É uma das maiores altas no comércio. A tendência é de que esta alta continue. Algumas das maiores empresas do setor, que são clientes da AB Plast, estão reforçando investimentos em marketing neste segundo semestre. Elas pretendem expandir a capacidade produtiva no Brasil, o terceiro maior mercado mundial de cosméticos, ficando atrás apenas dos
1982 A partir de uma fábrica de embalagens de vidro, surge a AB Plast, produtora de frascos, potes, tampas e batoques. O primeiro cliente foi o Laboratório Catarinense. As iniciais da empresa homenageiam Alberto Bornschein, bisavô de André Bornschein Silva.
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Estados Unidos e do Japão. Em nichos como perfumaria e desodorantes, a liderança nacional é absoluta. São estes fatores que fazem com que o executivo não se preocupe com o fraco desempenho da economia brasileira. A expectativa dele é de que os negócios da AB Plast cresçam em torno de 40% neste ano. “Somos beneficiados pelo efeito batom”, diz ele, referindo-se à expressão, cunhada em 2001 por Leonard Lauder, executivo da Estée Lauder, que mostra que, mesmo em tempos de crise, as vendas de cosméticos e artigos de perfumaria permanecem em alta. Nos últimos dez anos, a economia brasileira cresceu 42%, enquanto os gastos com a indústria de beleza aumentaram 124%, segundo a empresa de análise de mercado Data Popular. “Naturalmente, as vendas crescem quando a economia está em alta. E em tempos mais complicados, as pessoas não deixam de comprar para poder ajudar aquele parente ou amigo que encontrou uma fonte
de renda na venda porta a porta”, diz André Bornschein Silva. A produção da empresa não se restringe ao segmento de perfumaria e cosméticos. Os frascos de polietileno, polipropileno, PVC, PET e Adflex também são direcionados para os segmentos farmacêutico, alimentício e químico.
O design faz a diferença O design é um dos instrumentos usados para seduzir os consumidores na hora de comprar perfumes e cosméticos. Os principais clientes já vêm com os projetos dos moldes prontos, afirma o presidente da AB Plast. Mas, para os demais, são desenvolvidas ideias em conjunto. “É um trabalho que envolve uma equipe jovem e dinâmica, que está mostrando serviço.” As ideias que serão aplicadas em 2014 já começaram a ser desenvolvidas. Segundo o presidente da empresa, é um trabalho que demora de seis meses a um ano, entre as primeiras
conversas com os clientes e o lançamento do projeto no mercado. A experiência de mais de 30 anos da empresa no segmento faz com que muitas ideias já venham do feeling. Contudo, há inspirações que vem de fora. E uma das formas é visitando feiras como a K – International Trade Fair No. 1 for Plastics and Rubber Worldwide, que é realizada em Dusseldorf, na Alemanha. A primeira vez foi em 1994. Desde então, a empresa vem participando do evento, que ocorre a cada três anos. A preocupação com os detalhes vem garantindo a conquista de prêmios junto aos clientes. Em 2009, foi o melhor fornecedor da Natura. No ano passado, foi o segundo. No Boticário, a empresa tem recebido sucessivas avaliações na categoria prata, uma das melhores. Além do design, essas avaliações também levam em consideração aspectos como a qualidade, a logística, a inovação, a competitividade, o atendimento e a responsabilidade social.
124%
DIVULGAÇÃO AB PLAST
Foi o crescimento da indústria da beleza nos últimos dez anos, segundo a consultoria Data Popular.
21,4%
Linha de produção da AB Plast, no bairro América, está em fase de modernização para atender à expansão da demanda das indústrias brasileiras de cosméticos e perfumaria
Final dos anos 80 Diversificação da carteira de clientes.
1994 Participa pela primeira vez da feira K, na Alemanha. O evento lança tendências para o segmento plástico.
2002 Conquista a certificação SA 8000, voltada para a responsabilidade social.
2009 A AB Plast é premiada como a melhor fornecedora da Natura.
Foi o crescimento nas vendas das franquias do segmento de beleza em 2012, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
2012 A AB Plast é premiada como o segundo melhor fornecedor da Natura.
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“Vale a pena a existência da empresa, quando as pessoas que nela trabalham conseguem crescer e desenvolver e melhorar a sua condição social.”
CARLOS JUNIOR
Adelir Alves, diretor da Plasticoville
Uma das principais preocupações de Adelir Alves, à frente da Plasticoville, é com a qualidade, que é decisiva para garantir o crescimento
Atividade Soluções em peças técnicas, injeção, sopro e extrusão.
290
Funcionários.
Aproveitando oportunidades Capital, conhecimento de mercado e processos e apoio da família fizeram Adelir Alves criar a Plasticoville, fornecedora de peças plásticas
A partir da experiência adquirida em uma fabricante de tubos e conexões, Adelir Alves enxergou a possibilidade de ter o próprio negócio. Na primeira metade dos anos 90, havia uma forte demanda na transformação de termoplásticos e poucas empresas atuando no setor. Foi nesse cenário que surgiu a Plasticoville, que atualmente fornece peças plásticas para empresas que as utilizam no seu produto final. São companhias dos segmentos automotivo, náutico, agroindústria, construção civil, eletroeletrônico, eletrodoméstico, médico-hospitalar, motobombas, motocompressores, odontológico, alimentício, embalagens, telecomunicação e refrigeração. Quatro fatores foram fundamentais para Adelir dar os primeiros passos: o capital para comprar a primeira injetora, o conhecimento do mercado e do processo de transformação de plásticos e o apoio de seus filhos, Juarez e James, que se tornaram sócios e diretores da Plasticoville. A tradição familiar continua. Outro filho, Johnatas, cuida da gestão ambiental,
www.plasticoville.com.br 1993 Adelir Alves sai do emprego em uma grande empresa para abrir a Plasticoville. O objetivo é de transformar e comercializar produtos e serviços ligados aos termoplásticos.
1994 A empresa começa a funcionar. James Ademir Alves e Juarez Adelir Alves, filhos de Adelir, juntam-se ao empreendimento. O cliente inicial foi a Docol.
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e o neto Jhuan é analista de manufatura e de custos. Adelir, que em 1993 era gerente de produção de uma grande empresa do ramo plástico, lembra: “Muitos vinham me pedir para ajudá-los a encontrar um fornecedor para fabricar suas peças plásticas.” Para atendê-los e ciente da carência, criou a Plasticoville. O objetivo era de suprir a demanda das empresas que usavam peças plásticas no processo de produção, os fabricantes de produtos finais de diversos ramos da indústria. O primeiro investimento, em novembro de 1993, foi a compra de uma injetora e seus periféricos. O ritmo do trabalho começou bem acelerado, com a ajuda dos dois filhos. “A nossa mesa de refeições passou a ter, também, outras utilidades: sala e mesa de reuniões.” Todos faziam um pouco de tudo: produção, compras, vendas, qualidade, administração e financeiro. No terceiro mês, havia serviço para abrir mais um turno. Desde então, a Plasticoville está em um
processo de expansão em suas atividades. O que incomodava Adelir, no início de seu empreendimento, era quando um amigo lhe perguntava: “Como está a fabriqueta?” A resposta vinha rápido: “Não é o fato de ser uma pequena empresa que a transforma em fabriqueta.” O principal argumento que Adelir usava para defender a Plasticoville era a forte preocupação com a qualidade da organização. “É preciso dar respostas às demandas do cliente, não importa o tamanho ou ramo, e dar atenção às obrigações da empresa. Um pequeno negócio pode ser uma grande empresa em conteúdo.” Segundo ele, a qualidade sempre recebeu atenção especial. Este cuidado foi um dos fatores determinantes do crescimento e viabilidade da Plasticoville. Atualmente, são mais de 1.000 itens produzidos, pelos processos de injeção, sopro, extrusão, montagem e acabamento superficial, gerando 290 postos de trabalho.
ARQUIVO PLASTICOVILLE
Família de Adelir Alves participa do dia a dia da Plasticoville
1995 A Plasticoville se instala na sua primeira sede própria.
1998 Começa a participar da Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia de Plástico, em Joinville. O evento é um dos principais do segmento no Brasil e serve para reforçar o relacionamento com os clientes e os fornecedores.
Na estratégia de crescimento, a Plasticoville optou por não ter um produto próprio. “Foi uma condição necessária para ter um único foco: o cliente-empresa. Se tivéssemos uma linha própria viria conflitar na hora de vender, programar, produzir e entregar.” A empresa atua no desenvolvimento e melhoria de peças técnicas com o objetivo de aperfeiçoar o funcionamento e reduzir custos. O propósito é continuar a ser um excelente transformador e fabricante para atender às exigências dos clientes, a maioria líder mundial em seus segmentos. “Isto exige a fabricação de peças em plásticos de engenharia, com características aparentes, controles dimensionais e acabamentos especiais.”
Perspectivas A perspectiva de crescimento e desenvolvimento da Plasticoville está atrelada à economia do Brasil. “Se o país estiver com a economia em crescimento, significa mais trabalho nas fábricas, no comércio e na prestação de serviços”, diz Adelir Alves. As expectativas são animadoras para os próximos anos. Elas são alavancadas pelos investimentos que a BMW e a General Motors farão no Norte do Estado. “Isto dá prestigio para a indústria da região”, diz o empresário. Para ele, estes novos empreendimentos podem gerar um efeito multiplicador com a atração de mais fábricas, estabelecimentos comerciais e prestadoras de serviços. Outro impacto imediato, na avaliação de Adelir Alves, é que este cenário vai resultar em uma grande oportunidade de crescimento para quem estiver preparado.
2001 A Plasticoville conquista a ISO 9001.
Cinco
São as áreas de atuação da Plasticoville: injeção, sopro, extrusão, montagem e acabamento.
Quatro
É o número de entidades às quais a Plasticoville é filiada: Acij, Acomac, Ajorpeme e Sindipeças.
2013 O bom momento da indústria automobilística faz a Plasticoville aumentar quadro de funcionários.
CARLOS JUNIOR
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Atividade
Gestão dos Santos Anjos é feita pelas irmãs Oliva (E) e Anna Maria (D) e por Adelina Dalmônico (C)
Ensinos infantil, fundamental e médio.
Valores para sempre
131
O centenário Colégio dos Santos Anjos aposta na tecnologia para reforçar princípios humanistas, éticos e religiosos
Funcionários.
1907 O monsenhor José Sundrup funda a Escola Paroquial. 1909 As irmãs da Divina Providência assumem a escola. As pioneiras foram as irmãs Fidelis, Leonilla, Evangelista e Lintrudis.
Os corredores do Colégio dos Santos Anjos guardam muitas histórias. Várias gerações de alunos passaram por ali, desde que o monsenhor José Sundrup, segundo pároco de Joinville, criou a Escola Paroquial, em 1° de agosto de 1907, com 32 alunos. As instalações iniciais eram a sacristia da Igreja Católica e algumas salas alugadas. Hoje, o prédio de 8.000 metros quadrados abriga 1.535 alunos. O principal objetivo do colégio
www.santosanjos.g12.br
1914 Inaugurado o prédio próprio.
é o de reforçar os princípios que o nortearam ao longo dos mais de cem anos de história. “O que sustenta a instituição são os valores humanistas, éticos e religiosos com os quais trabalhamos”, diz a irmã Anna Maria Petermann, vice-gestora da instituição. Para manter a continuidade da tradição e perpetuar os princípios, em meio a um cenário de profundas transformações, o Colégio dos Santos Anjos adota práticas empresariais na
1934 A Escola Paroquial se torna o Colégio dos Santos Anjos.
gestão. A principal ferramenta, implantada em 2000, é o planejamento estratégico, que estabelece objetivos, metas e índices de controle. Os primeiros passos neste sentido começaram em 1978, com a implantação do projeto político-pedagógico participativo, que envolve professores, pais e alunos. Ele é feito em conjunto com outros três estabelecimentos que a congregação das Irmãs da Divina Providência mantém no Estado: o Sagrada Família, em Blumenau; o Stella Maris, em Laguna; e o São José, em Tubarão. As prioridades para o Colégio dos Santos Anjos, segundo a gestora, Adelina Dalmônico, são reforçar a qualificação acadêmica e hu-
1942 Estrangeiros são proibidos de dar aula. Como as professoras eram irmãs alemãs, a congregação coloca o colégio à disposição da diocese. As Irmãs Vicentinas assumem. O nome muda para Escola Normal São Vicente de Paula.
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“O que sustentou a instituição foram os valores humanistas, éticos e religiosos com os quais trabalhamos.” Irmã Anna Maria Petermann, vicegestora do Colégio dos Santos Anjos
“Aconteça o que acontecer, estou nas mãos de Deus e Nele confio.”
Irmã Oliva Cerrutti, coordenadora administrativa do Colégio dos Santos Anjos
Padre Eduardo Michelis (1813-1855), fundador da Congregação das Irmãs da Divina Providência
Mata atlântica O prédio da avenida JK, no Centro da cidade, é a face mais conhecida do Colégio dos Santos Anjos. Mas, no pé da Serra do Mar, em meio à mata atlântica, a instituição mantém o Recanto Nazaré, uma área de 102 mil metros quadrados. “É um local encantador, cheio de bromélias e outras espécies nativas”, diz Adelina Dalmônico. A área, localizada a 15 quilômetros da sede da instituição de ensino, foi adquirida há 25 anos. Ela é utilizada para complementar as aulas. O objetivo é possibilitar que crianças e jovens tenham contato direto com a terra, os animais e as plantas e possam ter mais opor-
DIVULGAÇÃO SANTOS ANJOS
mana, para continuar sendo uma referência regional. “Isto passa por enriquecer o currículo, atualizar constantemente a tecnologia empregada na sala de aula e atualizar a estrutura física”, afirma. Uma das possibilidades em estudo é a de ampliar o número de aulas de línguas estrangeiras, motivada pela exigência do mercado de trabalho. Outra é incorporar os tablets no dia a dia das atividades escolares. Também está em estudo a possibilidade de aumentar o número das aulas no colégio, para enriquecer ainda mais as experiências vividas pelos alunos. “É preciso estar inovando constantemente”, resume a coordenadora administrativa, a irmã Oliva Cerrutti.
“É preciso estar inovando constantemente.”
Recanto Nazaré é utilizado para complementar as atividades de ensino
1958 As Irmãs Vicentinas colocam a escola à disposição da diocese. Dom Gregório Warmeling pede que a Congregação da Divina Providência assuma a instituição, que volta a ser o Colégio dos Santos Anjos.
1978 Implanta o projeto políticopedagógico.
tunidade de socialização com os colegas e de vivenciar a dimensão social da preservação ambiental.
Causas sociais O Colégio dos Santos Anjos está vinculado à congregação religiosa das Irmãs da Divina Providência, de origem alemã, que é mantenedora de outros três colégios no Estado, quatro hospitais – Nossa Senhora da Conceição, em Blumenau; Santa Isabel, em Tubarão; Hospital São José e Maternidade Chiquinha Galotti, em Tijucas; e Hospital e Maternidade São José, em Jaraguá do Sul –, e outras obras sociais. A congregação foi fundada em 1842, pelo padre Eduardo Michelis, em Münster, na Alemanha, com o objetivo inicial de se dedicar ao cuidado de órfãos. As primeiras irmãs chegaram ao Brasil em 1895 para atender às necessidades dos imigrantes alemães nas áreas de saúde e educação. Inicialmente, instalaram-se em Blumenau e Tubarão. Depois foram para Florianópolis e Joinville. Foi a partir de Santa Catarina que elas se espalharam por 11 Estados brasileiros. No mundo, estão presentes também no Paraguai, Bolívia, Alemanha, Holanda, Indonésia e Malawi (África).
2000 Adota o planejamento estratégico. 2007 Centenário da fundação.
1.535
É o número de alunos matriculados no colégio, dos quais 130 estão no ensino integral.
8.000
É a área construída, em metros quadrados, do Colégio dos Santos Anjos.
4
É o número de irmãs da Congregação da Divina Providência que trabalham no Colégio dos Santos Anjos.
2008 Equipe formada por Adelina Dalmônico e pelas irmãs Anna Maria Petermann e Oliva Cerrutti assume a direção, com a missão de manter a dedicação e o compromisso com a educação das crianças e jovens joinvilenses.
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“O escritório tem ar rarefeito. Se a gente quer respirar tem que ir para a loja.”
CARLOS JUNIOR
Clayton Salfer, presidente da Salfer
Clayton Salfer projeta um bom desempenho da rede em 2013: “Crescimento vai ser de dois dígitos”
Atividade
Comércio varejista de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
3.000
Funcionários.
Apaixonados por crescer Salfer cresceu oito vezes nos últimos dez anos e se prepara, a partir do novo centro de distribuição, para uma nova fase de expansão
Crescer oito vezes em dez anos não é para qualquer um. A expansão registrada pela Salfer, uma das principais varejistas de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos do Sul do país, é de dar inveja até para chinês. É como se a cada 1.200 dias, dobrasse de tamanho. O resultado foi obtido com uma estratégia de forte expansão em Santa Catarina e no Paraná. Em 2002, eram 22 lojas, hoje são 176. O momento para a empresa, que completou 55 anos em 28 de fevereiro, é de continuar avançando. “Novos mercados estão sempre presentes no nosso radar”, diz o presidente da Salfer, Clayton Salfer. E uma peça-chave para garantir a continuidade do forte crescimento é o novo centro de distribuição que está em construção às margens da BR-101, em Joinville. O empreendimento, que será o terceiro depósito da empresa, vai ser inaugurado neste ano. A capacidade de estocagem será ampliada em 60%. “Isto nos dará mais fôlego para a expansão”, afirma o executivo. Para este ano, a expectativa é de ter um crescimento de dois dígitos, apoiado na expansão das vendas das lojas existentes e em ampliação da produtividade. É um desempenho bem superior ao do mercado. Nos 12 meses encerrados em julho, o volume de vendas de móveis e eletrodomésticos no comércio catarinense cresceram 6,41% em relação ao período anterior, segundo o
www.salfer.com.br
1958 Alfredo e Eleusa Salfer abrem a primeira loja em Joinville e recebem um prêmio da Monark – viagem para assistir à Copa do Mundo na Suécia –, que é trocado por produtos para o estabelecimento comercial.
1996 Consolidada em Joinville, com seis lojas, abre a primeira unidade em outra cidade: Blumenau.
2001 Com 21 lojas, entra no Paraná: início foi em São José dos Pinhais. Inaugura o Centro Administrativo e de Distribuição Alfredo Salfer, na zona Norte de Joinville.
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IBGE. E no Paraná, houve uma retração de 1,94%. O cenário de baixo crescimento da economia brasileira – 2,2% para este ano, segundo o último Relatório Focus do Banco Central – e as margens de lucro mais reduzidas por causa da disputa maior pelo cliente não são fonte de grande preocupação para o executivo. “Grande concorrência é um cenário com o qual temos de conviver. Quem trabalha com produtos de consumo vive esta realidade”, diz ele. O bom ânimo é reforçado pela situação de pleno emprego que vive a economia brasileira. Ele avalia que esta situação vai persistir por um bom tempo. “Ainda vai acontecer muita coisa boa.” Um dos impactos imediatos para a Salfer deverá ser a necessidade de contratar mais gente. Outro reforço, segundo ele, deve vir do Programa Minha Casa Melhor. A Caixa estabeleceu uma linha de crédito facilitada para a compra de móveis e eletrodomésticos. A instituição financeira libera até R$ 5.000, a juros de 5% ao ano, para pagamento em até 48 vezes (quatro anos).
vel de exigência e de informação do consumidor. “É preciso estar comprometido com o cliente, conhecer bem as suas necessidades e fidelizá-lo”, afirma. Desta forma, segundo ele, será possível sentir bem as tendências do mercado e ajustar o mix de produtos. Anualmente, a rede faz um milhão de vendas. É a partir desse conhecimento do que pensa o consumidor que a varejista toma suas decisões estratégicas.“O escritório tem ar rarefeito. Se a gente quer respirar tem que ir para a loja”, costuma dizer, para mostrar a necessidade de estar na linha de frente. A Salfer foi pioneira a introduzir o conceito de loja-escola. É uma área no centro da cidade, onde os funcionários são treinados constantemente para conhecer melhor o consumidor. Pela primeira vez nos 55 anos de história, a varejista está enviando colaboradores para realizar cursos nos Estados Unidos, França e Japão. O objetivo é de trazer novos conhecimentos para serem multiplicados no quadro funcional. Além da preocupação com a
capacitação, a empresa aposta na meritocracia como forma de valorização dos funcionários e para ampliar os negócios. Clayton Salfer exemplifica, contando que pessoas que começaram como vendedor ocupam, hoje, cargos de gerência e diretoria. “Oferecemos um salário diferenciado e temos um programa de remuneração variada (bônus por desempenho) focado nos resultados obtidos com os clientes.”
Responsabilidade social Além dos negócios, outra preocupação da Salfer está na responsabilidade social. “É preciso contribuir para o futuro, mirando uma sociedade melhor”, destaca Clayton Salfer. Há 13 anos, é desenvolvido o programa Salfer Solidária, que é mantido pelos funcionários da empresa. O foco é ajudar instituições que atendem a crianças e adolescentes. Quarenta e sete entidades catarinenses e paranaenses, como a Fundação Pauli-Madi, de Joinville, são beneficiadas com ajuda financeira.
176
É o número de lojas da Salfer, que atua em Santa Catarina e no Paraná. Ela está presente em 132 cidades.
2,9
É o tamanho, em milhões, da carteira de clientes da Salfer.
DIVULGAÇÃO SALFER
Investimento nas pessoas Para não ficar dependente do sobe-e-desce dos números da economia, a Salfer adota como estratégia o forte investimento no capital humano. Nos últimos dois anos, foram aplicados R$ 4 milhões. “São as pessoas que ajudam a fazer a diferença em relação à concorrência”, diz o presidente, Clayton Salfer. Atualmente, são 3.000 funcionários em 132 cidades do Paraná e Santa Catarina. Um dos fatores que reforçam a preocupação com o treinamento e a capacitação é a ampliação no ní-
2004 Implanta o SAC e amplia o centro de distribuição, que passa a ter 12.500 metros quadrados.
Funcionários da Salfer fazem, anualmente, um milhão de vendas
2008 Comemoração de 50 anos.
2009 Criação da Loja-escola Salfer, voltada para a capacitação e treinamento dos funcionários.
2010 Amplia novamente a capacidade de armazenagem na central de distribuição, que passa a ter 27 mil metros quadrados.
2012 A Salfer se associa à Máquina de Vendas e passa a integrar a maior rede varejista do país, com 1.100 lojas.
CARLOS JUNIOR
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Coleção inspirada no filme “Aviões” é o mais recente lançamento da centenária Lepper, que tem Maria Regina Loyola Alves à frente, representando a quinta geração da empresa
Voando nos sonhos da criançada Atividade Produtos para cama, mesa e banho.
800
Funcionários.
Licenciamento de marcas é uma das principais estratégias da centenária Lepper para garantir bons resultados em um segmento em profunda transformação
O que o filme “Aviões”, a nova animação da Disney, que estreou nos cinemas brasileiros em 13 de setembro, tem a ver com a Lepper, uma das mais tradicionais empresas joinvilenses? Tudo! A história do aviãozinho Dusty, que sonha em competir como piloto de altitude sem ter sido projetado para isso, faz parte da estratégia de expansão dos negócios da companhia centenária. O licenciamento
de marcas famosas entre a criançada foi a alternativa que a empresa encontrou para expandir a presença em um mercado que se tornou turbulento a partir de meados da década passada, quando a OMC (Organização Mundial do Comércio) extinguiu o sistema internacional de quotas para os têxteis. O que se seguiu foi uma situação extremamente desafiadora para as têxteis. Artigos chineses ocuparam o espaço de itens brasileiros no exterior. A produção nacional foi direcionada para o mercado interno. A demanda crescente não conseguiu absorver a oferta da indústria nacional. As margens foram ficando cada vez mais espremidas. Metade do mix de produtos fabricados pela Lepper está destinada ao público infantil. “Hoje, a Lepper tem o melhor portfólio voltado nesta área”, diz a presidente,
www.lepper.com.br
1852 Hermann Otto August Lepper chega, aos 12 anos, com a família no Brasil. Os Lepper eram originários da SchleswigHolstein, no Norte da Alemanha
1907 Aos 65 anos, Hermann Otto August Lepper funda a tecelagem no mesmo terreno onde ela se encontra hoje.
1930 Otto Eduardo Lepper, filho de Hermann, assume o comando da Lepper. Ele fica à frente da empresa até 1958. A empresa já tem abrangência nacional.
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“O nosso foco é a rentabilidade. Nossa missão é a de levar a beleza para a casa dos brasileiros.” Maria Regina Loyola Alves, presidente da Lepper
Maria Regina Loyola Alves. Dusty está em muito boa companhia. Ao lado dele estão ícones da garotada como Barbie, Monster High, Hello Kitty, Moranguinho, Homem Aranha, Ben 10, Hot Wheels, Sininho, Ariel, Rapunzel, Marie e Jollie, por meio da Lepper Kids. “Aviões” não é a única novidade da Lepper. Em junho, obteve o licenciamento da marca Patati Patatá. Os palhaços que conquistaram a criançada estampam jogos de cama, colchas, edredons e toalhas. Os artigos já estão no mercado. “Estamos encantando as crianças”, diz a executiva, que representa a quinta geração da família à frente da empresa. Com os licenciamentos, a Lepper obteve um posicionamento diferenciado. A prioridade é atuar na produção de itens em que a rentabilidade é maior. É o caso da linha de roupões, que faz parte da Lepper Home. A empresa é a maior fabricante da América Latina. “Os felpudos não sofrem concorrência da China”, ressalta o diretor comercial, Ênio Kohler. A estratégia de focar na rentabilidade está levando a Lepper a se desverticalizar. Atualmente, 70% da produção vêm da fábrica na região central de Joinville. Quinze porcento são importados da China e o restante é terceirizado com fornecedores catarinenses. Outra área de atuação da empresa é a linha Lepper Promo, que oferece produtos diferenciados. “Ela faz do brinde promocional um elo entre a empresa e o consumidor.”
1945 Lepper chega à primeira centena de colaboradores.
1948 É estabelecida a Fiação São Bento, no Planalto Norte.
Compromisso com a beleza A missão da empresa é a de levar a beleza para a casa dos brasileiros. As conquistas e experiências de sucesso são resultado do aprimoramento tecnológico, pesquisas, alinhamento com o perfil do consumidor e a preocupação com o bem-estar do público. Um dos mercados considerados mais atraentes é o do Nordeste. O crescimento das vendas no varejo de artigos têxteis e de confecções chega a superar os dois dígitos. Segundo o IBGE, as vendas nos 12 meses encerrados em julho cresceram 13,59%, em relação ao período anterior, na BA; 13,28%, em PE; e 9,55% no CE. Para atender a mercados como esses, a Lepper está reforçando o processo de interiorização da marca. “Temos uma força de venda extremamente atuante, oferecendo um produto que atende às necessidades daquele mercado.” Atenção especial é dedicada aos clientes de pequeno e médio portes. A possibilidade de atuar como varejista, a exemplo de outras têxteis, não está no foco da Lepper. Segundo Maria Regina, é um movimento que exige muito cuidado.
articulador e primeiro presidente da Acij. Quatro anos depois, a esposa, Helena, idealizou o que viria a ser o futuro Hospital Dona Helena. Hoje, a empresa desenvolve os programas Repet, de capacitação artesanal, que incentiva a customização de material reciclável; o Casa Solidária, que doa enxovais para entidades beneficentes; e o Retalhos da Solidariedade, que capacita clubes de mães, idosos e entidades beneficentes conveniadas para produzir peças a partir de retalhos doados pela empresa. Em 1987, o controlador da Lepper, José Henrique Carneiro de Loyola, criou a Fundação 12 de Outubro, uma organização de utilidade pública sem fins lucrativos. Ela atua na promoção da família, apoiando crianças, adolescentes e idosos com vulnerabilidade e risco social. Desde a fundação, disponibilizou mais de R$ 25 milhões em ações sociais, entre elas, o Ventura Residence, residencial para o público sênior, que incorpora as mais modernas práticas de atendimento.
900
É o número de itens produzidos pela Lepper.
50%
É o percentual do portfólio da Lepper que é voltado para o público infantil.
CARLOS JUNIOR
Engajamento social O engajamento com causas comunitárias faz parte da história da Lepper. Quinze anos antes da fundação da empresa, a família participou da criação do Corpo de Bombeiros. Em 1911, Hermann Lepper foi o
1964 José Henrique Carneiro de Loyola, casado com a bisneta do fundador, assume o cargo na diretoria
70% dos produtos com a marca Lepper são fabricados em Joinville
1984 Às 15h32, de 21 de julho, é desativado o último tear adquirido da Alemanha em 1907 e instalado pelo fundador.
2005 Entra no segmento infantil. A primeira marca licenciada foi a “Bang on the Door”, popular em artigos de papelaria.
2007 Completa cem anos de atividade.
Muito além dos dentes. Um espaço inovador, projetado para buscar a beleza de sorrisos em uma harmonia entre dentes, lábios, gengiva e traços faciais. E para isso dispomos de tecnologias, materiais inovadores e uma equipe de profissionais especializados prontos para restaurar, corrigir imperfeições, clarear, substituir dentes perdidos, enfim, dar ao seu sorriso a beleza e perfeição idealizada.
LEANDRO FERREIRA
70
Anagê Alves, diretor da imobiliária que leva o seu nome, comemora o bom momento do mercado imobiliário joinvilense e a liderança nos segmentos em que atua
Bodas de prata da Anagê Atividade Imobiliária.
200
Funcionários.
1988 Anagê Alves sai da multinacional onde trabalhava como executivo e abre, na rua Visconde de Taunay, a imobiliária que leva o seu nome. Era o único funcionário.
Grande rede de contatos, paixão pela área imobiliária e a preocupação com o futuro foram decisivos para torná-la a maior empresa do setor em Joinville Há 25 anos, Anagê Alves resolveu trocar o ambiente corporativo – onde era executivo de uma grande empresa – pelo próprio empreendimento, uma imobiliária. Quando era empregado, parte das reservas era destinada a investir na construção de imóveis. O objetivo era proteger o dinheiro da inflação alta. Em 1988, os preços aumentaram, em média, 21,59% ao mês. Era como se dobrassem a cada 102 dias. “Quem não viveu aquele tempo não consegue entender.”
O empresário foi tomando cada vez mais gosto pelo ramo. A experiência de 16 anos na multinacional lhe deu conhecimento para a nova empreitada. Outro trunfo era a grande rede de contatos. Parte dos primeiros clientes veio desse network. Inicialmente, dedicou-se a construir casas para negociá-las. Foram quatro, antes de decidir se especializar na venda. “As obras tomavam bastante tempo.” Os primeiros tempos foram complicados. O principal desafio era não
www.anageimoveis.com.br
deixar que a forte instabilidade econômica do início dos anos 90 derrubasse o empreendimento. Nos quatro primeiros anos, até conseguir a exclusividade das vendas da Construtora Camilotti, o país teve uma inflação de 26.904.010% Naquele tempo, os anúncios eram feitos em dólares. O dinheiro das vendas tinha de ser rapidamente depositado no banco, e colocado no overnight, uma aplicação financeira que oferecia remuneração diária. “Sempre procurei tratar a imobiliária como um grande negócio”, diz Anagê. O empresário destaca que valores como confiança, credibilidade, segurança e transparência na relação com seus clientes, par-
1992 Muda-se para a rua Jacob Richlin. Imobiliária conta com seis funcionários. Torna-se vendedor exclusivo da Construtora Camilotti.
1994 Com oito funcionários, muda-se para a rua 9 de Março.
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“A liderança é uma posição sempre visada. Não dá para descuidar.” Anagê Alves, diretor da Anagê Imóveis
ceiros, fornecedores e profissionais estão no DNA da empresa desde as origens. Um novo passo no processo de diversificação da empresa aconteceu em 1996, quando entrou no segmento de locação. O network novamente foi fundamental. Os investidores compravam os imóveis e deixavam para a Anagê alugá-los. Em 1997, a imobiliária passou a atuar na comercialização de empreendimentos de mais construtoras. O caminho para se beneficiar do boom da construção civil estava preparado. O crescimento fez com que fossem desenvolvidas novas estratégias, aproveitando uma característica da empresa: a preocupação com a fidelização de clientes por meio de um atendimento diferenciado. Uma das medidas foi a “regionalização”. Lojas foram abertas no Floresta e no Santo Antônio. “Assim passamos a atender melhor o cliente interessado nestas regiões. O Norte já era uma área bem desenvolvida para a atividade e o Sul já dava sinais de um forte potencial.” A especialização também levou a Anagê a criar, em 2009, uma unidade especificamente para a venda de lançamentos. “A dinâmica dos negócios neste segmento é diferente.”
O desafio da liderança O principal desafio da imobiliária é o de manter a liderança nos mercados em que atua – as vendas de imóveis prontos e na planta e de
1996 Entra no segmento de locação.
aluguéis. “É uma posição sempre visada. Não dá para descuidar”, destaca Anagê Alves. Para isso, duas medidas foram tomadas. A primeira é a investir na capacitação profissional. A segunda, de estar atento para reforçar a estrutura física. Novas lojas podem ser implantadas no médio prazo. Se depender das expectativas para os próximos anos, não deverá haver dificuldade por causa dos investimentos que estão chegando à região. Mais empregos, novos empreendimentos e mais negócios sendo desenvolvidos devem ser as faces mais evidentes deste cenário. E um segmento que deve ser beneficiado é o imobiliário. “Joinville ainda tem muito para crescer. A cidade tem poucos prédios e condomínios horizontais de médio e alto padrão.” Outro fator que favorece a atividade é a expansão das instituições de ensino superior na cidade, como a Católica de Santa Catarina, a Unisociesc, a Udesc, a UFSC e a Univille. “Isto é muito importante para a cidade. A maioria das pessoas que vão estudar vem de fora e acaba comprando ou alugando imóvel.”
lorização do imóvel, o retorno pode superar os 16% ao ano. A poupança, a mais tradicional das aplicações financeiras, teve um rendimento anual de 6% nos últimos 12 meses, o que corresponde a uma valorização de 0,49% ao mês. As ações acumulam uma desvalorização de 11,51%, desde outubro de 2012. Os fundos de investimento oferecem uma remuneração líquida média de 0,54% ao mês, ou 6,68% ao ano, segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). O ganho real com os investimentos é pequeno. A inflação medida pelo IGPM, calculada pela FGV, foi de 4,4% nos últimos 12 meses. Anagê projeta que os ganhos devem continuar bons ao longo dos próximos anos. A expectativa é de que os imóveis em Joinville tenham uma valorização de 10%, em 2013, enquanto o IGPM deve encerrar com uma variação de 5,73%, segundo levantamento feito pelo Banco Central junto ao mercado financeiro.
2.500
É o número de imóveis que a Anagê tem disponíveis para venda, incluindo lançamentos e para locação.
ARQUIVO ANAGÊ IMÓVEIS
Hora de investir O mau momento para as aplicações financeiras pode ser outro estímulo para manter o segmento de imóveis em alta. A rentabilidade líquida mensal de um aluguel fica entre 0,5%, no caso de residenciais, a 0,8%, para outros empreendimentos, diz Anagê Alves. Incluindo a va-
1998 Nova mudança. Instala-se na rua 15 de Novembro. São 20 funcionários. Imobiliária passa a vender imóveis de mais construtoras.
2002 Inaugura a matriz, na rua Max Colin. Já são 30 funcionários.
Ações solidárias também estão na agenda da Anagê Imóveis
2005 Cria a primeira unidade fora do Centro da cidade. O local escolhido foi o bairro Floresta. O objetivo da unidade é o de se focar em imóveis na zona Sul.
2006 Inaugura a filial na zona Norte.
2009 Inaugura uma unidade especializada em lançamentos.
Atividade Shopping center.
ANDRÉ KOPSCH/DIVULGAÇÃO
72
Aurea Pirmann quer aproveitar localização estratégica do Mueller para intensificar expansão
6.000
Funcionários (diretos e indiretos).
1994 Anúncio da construção do Shopping Mueller em Joinville. 1995 Shopping Mueller se instala em Joinville, que tinha 397 mil habitantes. 1999 Ganha o primeiro prêmio: foi considerado Top de Marketing pela ADVB-SC.
Um lugar de muita história Aos 18 anos, com a expansão da economia regional, shopping center projeta mais oportunidades de negócios A esquina das ruas Pedro Lobo e Senador Schmidt, no Centro de Joinville, tem muita história para contar. No passado, lá funcionou uma das maiores empresas da cidade: a Tupy. E há 18 anos abriga o Shopping Mueller, por onde, mensalmente, circulam um milhão de pessoas. O principal objetivo do Mueller é continuar sendo o palco de mais histórias. As expectativas para isso são bastante promissoras, diz a superinten-
dente Aurea Raquel Pirmann. “O que anima são as boas perspectivas para a economia regional, que deve ser estimulada com o investimento bilionário da indústria automotiva da região”. O cenário econômico turbulento, marcado pelos juros em alta e maior comprometimento da renda das famílias, é olhado com atenção. Segundo a executiva, os lojistas têm mostrado muita competência ao encarar o momento atual. O empreendimento quer continuar ditando tendências na
cidade. Ele foi um dos responsáveis por uma mudança de comportamento entre os consumidores joinvilenses, reforçando o comércio local. Até a primeira metade dos anos 90, as famílias de maior poder aquisitivo iam fazer compras em Curitiba. “Há uma possibilidade infinita de novas oportunidades para expandir os negócios.” O principal trunfo é a localização estratégica do empreendimento. “Estamos em uma posição bem privilegiada no Centro da cidade”, diz a executiva. Uma das possibilidades, que está em negociação, é a integração entre o empreendimento e a Católica de Santa Catarina, que ocupa as instalações onde funcionou a Wetzel. Não há data
muellerjoinville.com.br 1999 Inicia o projeto Dia D+, que acontece às quartas. Grupos de 50 crianças da rede pública de ensino passam uma hora pela manhã ou à tarde brincando no parque de diversões.
2007 Ganha, pela primeira vez, o Prêmio Impar, promovido pelo Grupo RIC e pelo Ibope. Foram três na categoria estadual e seis na regional.
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“Há uma possibilidade infinita de novas oportunidades para expandir os negócios.” Aurea Raquel Pirmann, superintendente do Shopping Mueller
ARQUIVO MUELLER
prevista para que isto ocorra, mas as conversas estão avançadas. O Mueller também quer ampliar as sinergias com o Bourbon Business Hotel, com o qual mantém uma ligação. O shopping é um dos poucos no Sul do Brasil que se encontra unido a um hotel. “Isto é muito importante do ponto de vista do desenvolvimento do turismo de negócios”, afirma a superintendente, que também participa do Joinville Região Convention & Visitors Bureau.
Mais novidades a caminho Uma das características do Shopping Mueller nos 18 anos de atividade foi a constante procura por novidades. “Temos muita responsabilidade por sermos os pioneiros”, enfatiza a superintendente Aurea Pirmann. Até o final do ano, mais operações devem se instalar no empreendimento. Em agosto, começou a funcionar o Mexicato, cujo atrativo são picolés artesanais com receita exclusiva do México. Em outubro, foi a vez das estreias de loja de artigos de decoração Imaginarium e da Yacamim, de moda feminina, e da rede de fast food Burger King. Elas se juntam a quatro operações que se estabeleceram neste ano: Hering Kids, Cute Case, Iris Coloré. Outras cinco lojas devem terminar o ano com mudanças em seu layout. No ano passado, foram 11 lojas ampliadas e/ou reformadas e outras 11 que se instalaram no shopping center. O índice de renovação do mix do empreendimento é de 10%.
Um milhão
É o fluxo de pessoas que passam pelo Shopping Mueller ao longo de um mês.
500
Momentos históricos: apresentação do Mueller aos lojistas em 1995
É a quantidade, em metros cúbicos por mês, de papelão que é encaminhado para o Centro Integrado João de Paula.
DIVULGAÇÃO MUELLER
O principal objetivo do Mueller é continuar ditando tendências em Joinville
2009 Desde este ano, passa a consumir energia elétrica exclusivamente de fontes renováveis. Com isso, deixou de emitir 400 toneladas de dióxido de carbono. Três anos depois recebe o Certificado de Energia Renovável, concedido pela Comerc Energia.
2011 Em parceria com a Associação Joinvilense de Agroindústrias Artesanais e Rurais e a Rede Agroecológica Agrovida cria a feirinha “Do Mueller pra Mesa”, que estimula o comércio e a economia dos produtores rurais e facilita o acesso da população central a esses produtos coloniais e naturais. A feira é realizada todas as quartas e sextas.
74
Um grande olhar para 2020 Os planos para o futuro da Unimed Joinville começam a sair do papel para se tornar realidade
Atividade
Cooperativa médica, que mantém plano de saúde, hospital e serviços próprios.
840
Funcionários.
Quem passa pelo terreno onde está instalado o CHU (Centro Hospitalar Unimed), na rua Orestes Guimarães, percebe um ritmo frenético. Não é só o entra e sai de médicos e pacientes, carros e ambulâncias. O empreendimento está em expansão. O objetivo é chegar a 2020 com uma área construída de 68 mil metros quadrados para atender ao crescimento da demanda. A primeira fase é a construção do centro oncológico. As obras já começaram. As estacas foram colocadas em agosto. O prédio deve ficar pronto em um prazo de até dois anos e meio. Paralelamente, será construída uma garagem com nove andares.
http://www.unimed.coop.br
Daudt projeta boas expectativas de crescimento para a Unimed Joinville
CARLOS JUNIOR
A segunda etapa é a expansão da área hospitalar, com a construção de uma segunda torre, que abrigará o novo pronto-atendimento, o centro cirúrgico e a UTI. A projeção é, em sete anos, ter 350 leitos. Hoje, são 165. A terceira etapa é a conclusão de todo o projeto de expansão, com a entrega do centro clínico em 2020. As mudanças são constantes. “Precisamos estar permanentemen-
1967 O cooperativismo médico dá seus primeiros passos no Brasil com a fundação da Unimed Santos.
te atualizados”, ressalta o presidente da Unimed Joinville, Carlos Antônio Daudt. Para melhorar e ampliar a capacidade de atendimento, o layout das instalações do CHU está sendo modificado. O resultado será a expansão das UTIs adulta e infantil. As obras devem durar de seis a dez meses. E o CDI (Centro de Diagnóstico por Imagem) vai ter novos aparelhos.
1971 Médicos trazem para Joinville um modelo de sistema previdenciário que permitia valorizar a profissão médica e beneficiar os usuários com uma prática mais livre e de melhor qualidade.
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Precisamos estar permanentemente atualizados.”
dada às gestantes de alto risco. O programa multidisciplinar, que envolve médicos, nutricionistas e psicólogos, oferece consultas bimensais e conta com a chancela da ANS.
Carlos Antônio Daudt, presidente da Unimed Joinville
Novos equipamentos, com o que há de mais moderno na tecnologia médica, são incorporados continuamente ao centro hospitalar. Nos próximos meses, devem chegar novos materiais ao centro cirúrgico. A Unimed está realizando a cotação de instrumentais para facilitar a realização de videocirurgias. Um novo aparelho para hemodinâmica está programado para ser entregue em 2014. A preocupação com a inovação tecnológica não se restringe à área médico-hospitalar. Hoje, os prontuários são totalmente informatizados. O próximo passo é ser totalmente paperless. A Unimed está trabalhando para a obtenção das autorizações de procedimentos por via eletrônica.
“São mercados bem interessantes para a gente.” No ano passado, houve um crescimento de 7% na área corporativa e de 2,5%, entre as pessoas físicas. O processo de expansão da cooperativa também está sendo acompanhado por uma maior ênfase a medidas preventivas de saúde. O principal instrumento de trabalho é o Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), que oferece programas de medicina preventiva e cuidados a domicílio. Um projeto piloto começou a ser desenvolvido em março: o Viva Saudável. Atualmente, acompanha cerca de 1.200 pessoas. O foco são os doentes crônicos, que precisam de acompanhamento contínuo. Atenção redobrada também é
Crescimento
DIVULGAÇÃO UNIMED
Além da expansão do hospital, outro foco de atenção é a busca de oportunidades de crescimento no número de usuários do plano de saúde. Em junho, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), eram 81 mil, que correspondem a 40,3% dos joinvilenses beneficiários de assistência médica. Apesar da mais populosa cidade catarinense ter uma boa cobertura – cerca de 38% da população, enquanto a média nacional é de 25%, de acordo com o órgão regulador – o presidente da Unimed Joinville, Carlos Antônio Daudt, vê boas oportunidades de crescimento, principalmente entre as classes C, D e E.
A cooperativa localizava-se na rua Abdon Batista e contava com 22 médicos.
1976 Muda-se para a rua Ministro Calógeras.
Certificação internacional Para os próximos anos, o centro hospitalar tem como meta buscar uma acreditação internacional. O CHU possui acreditação com excelência ONA Nível 3 e faz parte de um grupo seleto de hospitais do Brasil que possui esta certificação, concedida pela ONA (Organização Nacional de Acreditação). Isto faz com que a instituição seja considerada como referência nacional na prestação de serviços de saúde. A Unimed Joinville conquistou o Selo de Responsabilidade Social 2013. A certificação é concedida anualmente pela Unimed do Brasil às cooperativas que adotam práticas socialmente responsáveis. É o 11º selo conquistado.
657
É o número de médicos cooperados da Unimed Joinville.
165
É o número de leitos do CHU.
40,3%
É a participação da Unimed de Joinville no mercado local de planos de saúde.
Quando o hospital estiver concluído, serão 68 mil metros quadrados de área construída
1990 Inauguração do prontoatendimento – embrião do CHU (Centro Hospitalar Unimed) – e o Hospital Dia.
1997 Ínicio das obras do Centro Hospitalar Unimed, na rua Orestes Guimarães.
2001 Inauguração do Centro Hospitalar Unimed.
2013 Lançada a pedra fundamental da expansão do Centro Hospitalar Unimed.
CARLOS JUNIOR
76 80
Vanderlei Palhano, presidente da Ascensus Trading & Logística, enxerga boas oportunidades de negócios para o comércio exterior nos próximos anos
O mundo como limite Atuando em 25 países de três continentes, a Ascensus Trading & Logística pretende chegar em 2018 como uma das maiores operadoras brasileiras de comércio exterior
Atividade Consultoria em operações de comércio exterior.
100
Funcionários.
Um globo no escritório de Vanderlei Palhano, localizado no Distrito Industrial, retrata um pouco da atuação global da empresa que comanda, a Ascensus Trading & Logística. São negócios com 25 países de três continentes, envolvendo 150 clientes de médio e grande portes dos segmentos alimentício, construção civil, eletroeletrônico, infraestrutura, au-
www.ascensus.com.br/
tomobilístico, náutico, plástico, químico, siderúrgico e varejo. A Ascensus é uma integradora de comércio exterior, atuando nas áreas de importação, exportação, logística, distribuição, planejamento financeiro e tributário. Os serviços são oferecidos desde a saída da mercadoria da fábrica até a chegada ao cliente (door to door). “Estamos focados em pro-
2001 É criada a Ascensus Consultoria & Gestão, com o objetivo de atuar no segmentos contábil, jurídico e de gestão.
cessos”, destaca. O desafio que move o executivo é fazer com que a empresa, em um prazo de até cinco anos, esteja entre as cinco maiores operadoras brasileiras de comércio exterior. Os investimentos estão sendo intensificados. Uma das prioridades é a construção de um centro de distribuição em Pirabeiraba, para atender à demanda dos clientes. A área prevista é de 80 mil metros quadrados. O empreendimento está na fase de obtenção de licenças ambientais. “A região é foco de atração de negócios internacionais. As expectativas são extremamente favorá-
2005 A Ascensus passa a se dedicar ao comércio exterior e se torna Ascensus Trading & Logística.
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“A região é foco de atração de negócios internacionais. As expectativas são extremamente favoráveis.” Vanderlei Palhano, presidente da Ascensus
veis”, diz ele. Um dos trunfos para a Ascensus é a forte internacionalização das empresas da região. O comércio exterior representa 26% do PIB (produto interno bruto) joinvilense, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento (MDIC). Outra estratégia para atingir a meta até 2018 é a expansão em direção a novos mercados. O primeiro passo fora de Santa Catarina foi dado em 2009, com a instalação de um escritório em São Paulo. Hoje, metade dos negócios da Ascensus vem de lá. Atualmente, a empresa está presente no Paraná, São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais. Este foi o último mercado a entrar. “É uma região extremamente promissora para a Ascensus”, destaca Palhano. Os principais atrativos são as importações de commodities e o grande potencial de consumo. O Estado é o terceiro mais populoso da União.
responsáveis por 95% das mercadorias exportadas e importadas pelo Brasil. O movimento das mercadorias com origem e destino no exterior vem aumentando nos dois portos do Litoral Norte Catarinense. Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o movimento nos nove primeiros meses do ano foi de US$ 10,31 milhões, um crescimento de 18,94% em comparação a igual período de 2012. Outro impacto favorável para o setor portuário, aponta o presidente da Ascensus, é a consolidação da indústria automotiva no entorno de Joinville, com a instalação da BMW e a segunda fábrica da GM. Ele avalia que isto poderá
se refletir em mais investimentos e em aumento de eficiência nos terminais da região.
Estratégias Não importa o tipo do produto, o que a Ascensus tem como meta é facilitar o processo de importação e exportação de mercadorias de seus clientes. O trabalho de Vanderlei Palhano, presidente da Ascensus, é o de moldar estratégias, produtos e serviços para atender a essa demanda. Acordos com as principais prestadoras de serviços de comércio internacional e parceiros estratégicos em duas das maiores economias do mundo – China e Estados Unidos –, com escritórios em Xangai, Hong Kong e Miami, ajudam a Ascensus a alavancar os negócios. “Buscamos oferecer uma competência diferenciada nas áreas de logística, comércio exterior e finanças”, diz o executivo.
CARLOS JÚNIOR
25
É o número de países com os quais a Ascensus realiza operações de comércio exterior.
150
É o número de clientes da Ascensus. São empresas de médio e grande portes em dez segmentos.
Novos estímulos
18,94%
O comércio exterior pode estar ganhando um novo estímulo. Vanderlei Palhano avalia que, com a aprovação da MP dos Portos, serão viabilizados investimentos privados e haverá aumento de eficiência nos terminais, que são
2009 Abre o primeiro escritório fora de Joinville. O local escolhido foi São Paulo, responsável por metade dos negócios da empresa.
2013 Início do projeto de construção de um armazém em Pirabeiraba para atender à crescente demanda por operações de comércio exterior pelo Norte Catarinense.
Foi o crescimento das operações de comércio exterior pelos portos do Litoral Norte de SC em 2013. Cem funcionários atuam nos escritórios da Ascensus Trading & Logística
CARLOS JUNIOR
80
Duas gerações da Transportes Mann: o pai Hilário Hahnemann (E), que fundou a empresa em 1985, e o filho Sidnei, diretor geral, que lidera o processo de expansão
Transformação sobre rodas Focada no transporte de cargas para o Norte e Nordeste, a Mann está alinhada na busca da perpetuação do negócio
Atividade Transporte de cargas.
950
Funcionários.
O caminhoneiro Hilário Hahnemann tinha, no início dos anos 70, um grande sonho: ter a própria transportadora de cargas. Com o apoio da família, o sonho virou realidade em 1985: nascia a Transporte Mann Ltda. E como muitos motoristas e muitas empresas, seguiu uma trajetória comum: transportar geladeiras para uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo para o Nordeste do país.
Hilário não está mais na boleia, mas, da janela do escritório da empresa que fundou, vê a realização do seu sonho: mercadorias sendo movimentadas por centenas de caminhões, partindo e chegando para atender à demanda do mercado. São milhares de quilômetros percorridos por mês, em rotas que passam por 14 Estados e chegam até Belém, a 3.324 quilômetros de distância de Joinville.
www.transmann.com.br
1970 O motorista Hilário Hahnemann compra o seu primeiro caminhão.
Hoje, os conselhos de Hilário são fundamentais para o filho Sidnei Hahnemann, responsável por tocar o dia a dia da empresa. O principal desafio é perpetuar a empresa. Para isso, o executivo conta com uma equipe altamente qualificada e o apoio dos especialistas da Fundação Dom Cabral, eleita a terceira melhor escola de negócios do mundo. A empresa está passando por uma transformação cultural. Profissionalização e preocupação com a governança são práticas que estão sendo incorporadas à transportadora. O primeiro impacto deste processo já está sendo sentido: “Consigo mensurar o
1985 Com o apoio da família, Hilário Hahnemann cria a Transportadora Mann. O primeiro cliente foi a Consul (hoje Whirlpool).
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“A tecnologia da informação é uma das preocupações que está nas raízes da empresa.”
lhendo os frutos”, afirma. Hoje, 30% da frota já estão no projeto. A expectativa é chegar em dezembro com a totalidade da frota incluída.
A grande transformação
Sidnei Hahnemann, diretorgeral da Transporte Mann
destino da empresa e a perpetuação da marca”, diz. O principal objetivo da Mann é ser a melhor transportadora do Norte e Nordeste do país. “Ao lado de Santa Catarina, o Nordeste é uma região de forte crescimento. São lugares que estão recebendo grandes investimentos.” A partir das alterações na jornada de trabalho dos motoristas, no ano passado, a transportadora desenvolveu uma estratégia, batizada como “Hot Seat”, para ganhar produtividade e agilidade no transporte de cargas entre o Sul/ Sudeste para o Norte/Nordeste. A partir do serviço dedicado entre as duas regiões, foram criados vários pontos de apoio ao longo das rotas. A cada 500 ou 600 quilômetros, são feitas trocas de veículos e motoristas para dar mais agilidade nas transferências de mercadorias e atender à nova legislação. Segundo o executivo, o principal ganho está sendo a satisfação dos clientes com a redução dos prazos de entregas. “A nova jornada de trabalho dos motoristas, regulada pela lei 12.619, trouxe um grande impacto para transportadoras de longo percurso, como é o nosso caso. Diante dessa realidade, buscamos enxergar uma oportunidade e estamos co-
2001 Preocupada com a segurança das cargas, a empresa investe em tecnologia de rastreamento de veículos e mercadorias.
A grande transformação da Mann começou a ser desenhada em 2000. As ideias iniciais eram a de reduzir a dependência do principal cliente e buscar oportunidades em novos mercados. Foi quando a empresa optou por iniciar o transporte de cargas fracionadas para o Norte e Nordeste do país. “Antes, tínhamos uma sazonalidade muito grande”, lembra Sidnei. O que era o segundo negócio da empresa foi ganhando corpo e passou a ser a principal fonte de receita. Dois anos após entrar
no segmento fracionado, a Mann passou a se dedicar exclusivamente a esta área. Atualmente, a Mann conta com uma estrutura de captação e distribuição de cargas composta por 29 unidades. Outra preocupação é estar permanentemente atualizado. Sidnei aponta que isto é uma forma de reduzir custos e ampliar a produtividade. Um exemplo é a idade média da frota, que é inferior a dois anos. A tecnologia da informação também é uma aliada para a Mann. “É uma preocupação que está nas raízes da empresa”, conta o empresário. Um software exclusivo está auxiliando no suporte do projeto Hot Seat, e com o apoio da multinacional norte-americana Dell, a empresa está concluindo a reestruturação do data center.
3.324 km É a distância entre Joinville, sede da Transportadora Mann, e Belém, a base mais ao Norte da empresa.
DIVULGAÇÃO MANN
Para atender ao crescimento nas áreas em que atua, a Transporte Mann, sediada em Joinville, está reforçando investimentos
2002 A empresa foca seu negócio no segmento de carga fracionada.
2004 Inauguração da nova sede, no Distrito Industrial.
2009 A Mann inicia um processo de transformação cultural, com a profissionalização da gestão e a criação de estruturas de governança.
2013 A empresa consolida sua profissionalização e alça o crescimento sustentável.
ROGÉRIO SOUZA JR.
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Novos mercados estão na mira de Marcos Leandro do Nascimento, diretor comercial da Cembrani: expectativa da empresa é abrir três lojas no próximo ano
Sofisticação joinvilense Valorizando flexibilidade e bom relacionamento, Cembrani planeja levar a marca de móveis para novos mercados
Atividade Fabricação e comercialização de móveis planejados.
30
Funcionários.
De um lado, a tradição de grandes empresas, com experiência de décadas na fabricação e venda de móveis planejados. De outro, marceneiros atuando em pequena escala. Um cenário desafiador para a joinvilense Cembrani, que estreou neste segmento em 2007 e que, atualmente, firma a marca fora de Santa Catarina. É a partir deste cenário que Marcos Leandro do Nascimento, diretor comercial, tira as cartas da manga,
mostrando os trunfos da Cembrani: “Como nas grandes, o trabalho é feito com máquinas de padrão industrial. Há vantagens tecnológicas. Como nas pequenas, o cliente pode escolher cada detalhe de acordo com seus hábitos, sem perder a qualidade e precisão do produto.” O foco no relacionamento é considerado vital para o crescimento da empresa. O objetivo é o de oferecer um produto customizado a um preço extremamente competitivo. “Um
www.cembrani.com.br
consumidor satisfeito, bem atendido, acaba trazendo mais clientes e, até mesmo, retornando”, diz Nascimento. A carteira é formada, principalmente, pelas classes A e B. A expansão está sendo feita de forma bem cautelosa. Atualmente, a empresa tem show-rooms em Joinville, Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Balneário Camboriú. Para o próximo ano, a intenção é abrir mais três lojas. Uma das possibilidades é entrar no mercado nordestino. As negociações estão bem encaminhadas. A expansão comercial não deve exigir novos investimentos na linha de produção, instalada no Distrito Industrial. A unidade,
2006 A Cembrani é aberta como uma pequena fábrica de móveis planejados. A área inicial era de 30 metros quadrados.
2008 Começa a abrir lojas. A primeira foi instalada em Joinville e tinha 30 metros quadrados.
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“Como nas grandes, o trabalho é feito com máquinas de padrão industrial.Como nas pequenas, o cliente pode escolher cada detalhe de acordo com seus hábitos, sem perder a qualidade e precisão do produto.” Marcos Leandro do Nascimento, diretor comercial da Cembrani
que recebeu um investimento em 2010, tem capacidade para atender ao triplo da demanda. Segundo o diretor, a gestão do processo de produção é um dos fatores que asseguram a flexibilidade. Um dos próximos passos da Cembrani pode vir dali. Nascimento estuda a implantação de uma tendência europeia: a virtualização da fábrica: “A partir da simulação feita na loja, pode se dar o start na produção.”
Sonho e coragem A Cembrani atua no mercado desde 2006, quando os irmãos Ronaldo e Marcos Nascimento acreditaram em um sonho de construir uma fábrica de móveis que atendesse ao mercado nacional. Com conhecimento específico em instalação de móveis planejados, surgiu o desafio de atuar e crescer como uma indústria. “Isto exige planejamento, ousadia e, acima de tudo, coragem para realizar”, diz ele. Uma das fontes de inspiração é o mestre das artes marciais Bruce Lee. “É preciso ser como a água fluente”, diz o diretor comercial Marcos Leandro do Nascimento. A estratégia de adaptação permanente às circunstâncias do mercado foi essencial desde o início. A empresa estreou, em 2006, um bom momento, com o boom da indústria da construção civil. Mas logo em se-
2009 Em meio ao cenário recessivo, causado pela maior crise econônima e financeira mundial desde 1929, a Cembrani expande a atuação.
guida teve de enfrentar os reflexos da maior crise financeira e econômica mundial em 80 anos. A Cembrani passou bem pela situação. Foi o momento de investir. A empresa implantou a fábrica no Distrito Industrial e abriu as primeiras lojas. Quando a economia voltou a crescer, em 2010, estava bem preparada para expandir os negócios. Hoje, o desafio vem do câmbio. Com a desvalorização do real, os custos tendem a aumentar, porque parte das peças é importada de países como Espanha, Itália e Áustria. “Não estamos repassando porque conseguimos condições favoráveis junto aos fornecedores.”
20%
É o percentual de itens importados que entram na composição dos móveis planejados feitos pela Cembrani.
30 dias
É o prazo médio de conclusão de um pedido na fábrica. O prazo para entrega depende da localização.
R$ 7.000
Foi o valor do primeiro investimento feito pela Cembrani.
DIVULGAÇÃO CEMBRANI
Ambientes planejados da Cembrani têm clientela em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará
2010 Abre loja em Balneário Camboriú, Belém e um escritório em São Paulo. Instala uma fábrica no Distrito Industrial.
2013 Implanta três lojas em mercados amplamente competitivos: Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
2014 Pretende entrar no mercado do Nordeste.
CARLOS JUNIOR
84 80
Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, presidente da Tupy, acredita no reforço da parceria da empresa com os clientes, por meio do desenvolvimento de serviços de maior valor agregado
O olhar para o futuro Paralelamente à compra de duas unidades no México, a Tupy foca em serviços que agregam valor ao produto
Atividade
Produção de peças automotivas, conexões e perfis de ferro e granalhas de aço.
12 mil
Funcionários (Brasil e México).
Aos 75 anos de fundação, a Tupy olha o futuro com bastante otimismo. A empresa, que produz peças automotivas, conexões e perfis de ferro e granalhas de aço, está desenvolvendo oportunidades de negócios já prospectadas, para assegurar expansão na receita e na rentabilidade. Os focos são produtos de maior valor agregado e o reforço do processo de internacionalização. Um caminho estratégico que vem sendo trilhado desde 1996, com am-
www.tupy.com.br
pliações gradativas, é oferecer serviços que agregam valor ao produto, como a usinagem. Trata-se de um processo de acabamento mecânico voltado à preparação de fundidos para montagem, que se tornou tendência de mercado. Os clientes querem concentrar o foco em seu negócio principal – design, montagem e venda e veículos. “No caso de autopeças, as montadoras demandam produtos totalmente usinados, prontos para montagem. No caso de blocos e cabeçotes,
1938 A Tupy é fundada no Centro de Joinville. Ela começou produzindo conexões de ferro maleável para a construção civil, um produto até então importado.
a usinagem pode ser parcial ou total. Neste segmento, o processo está em andamento. Deve avançar ao longo do tempo”, diz o presidente da empresa, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro. Segundo o executivo, faz todo sentido colocar as linhas de usinagem ao lado da fundição. Os principais ganhos são em relação aos custos – material descartado após a furação e a esmerilhação é reaproveitado na fundição – e à logística – materiais retirados no processo de usinagem deixam a peça mais leve para o transporte e dão espaço para o carregamento de mais produtos. Além da usinagem ser um elemento de agregação de valor, Sardinha Ferro vê outras vantagens, como
1954 A empresa se instala no Boa Vista.
1958 Assina o primeiro contrato com uma montadora. A Tupy tornase fornecedora de tambores de freio para a Volkswagen.
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“Passamos a ter duas bases competitivas – Brasil e México – para atender aos clientes.” Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, presidente da Tupy
o reforço na parceria com os clientes, desonerando-os de investir em máquinas e equipamentos e permitindo que aloquem mais recursos na atividade principal. O desenvolvimento e a produção de componentes de alta engenharia também são um caminho a ser reforçado, aproveitando o conhecimento técnico da empresa no Brasil e no México. O principal impacto destas estratégias é manter a competitividade. A Tupy também pretende expandir a produtividade por meio de investimentos em automação. Um importante aliado para a empresa pode ser a emissão de ações. O processo estava em andamento durante o fechamento desta edição. Os coordenadores do processo são o BB Investimentos, o BTG Pactual, o Citibank, o Itaú BBA e o Brasil Plural.
Bons ventos do Norte
um importante cliente: os fabricantes de veículos comerciais leves. “Estes veículos são muito utilizados por empreiteiros e construtoras americanas”, enfatiza o presidente da Tupy. A recuperação da economia americana pode implicar, nos próximos meses, em um enrijecimento da política monetária. O Fed – o BC americano – analisa a possibilidade de reduzir a injeção de recursos na economia. Para o Brasil, o principal reflexo tem sido a valorização do dólar. O impacto para a Tupy foi o aumento do custo da dívida dolarizada. Mas, o cenário é promissor. A valorização do dólar implica em receita maior em reais nos próximos meses. Outro fator que pode beneficiá-la é a pouca dependência de insumos em dólar. Apesar do lucro da empresa ter caído 15,2% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 30,4 milhões, dois indicadores sinalizam boas perspectivas: a receita cresceu 17,6%, atingindo R$ 1,5 bilhão e a geração de caixa se expandiu 22%, chegando a R$ 205,8 milhões, conforme demonstrações apresentadas à CVM.
A retomada do mercado americano anima a Tupy. As projeções do FMI são de uma expansão de 1,7% neste ano e de 2,7% em 2014. O segmento automotivo está se aquecendo na maior economia mundial. Nos oito primeiros meses do ano, as vendas cresceram 10% em relação a igual período do ano passado, segundo a publicação especializada “Automotive News”. A maior confiança dos consumidores, a ampliação na oferta de crédito e juros nos financiamentos alavancaram os números. O crescimento na construção de casas nos EUA ajudou
Um ano e meio após comprar as fundições no México, a Tupy começa a colher resultados. “Como é comum acontecer neste tipo de transação, encontramos oportunidades que não estávamos esperando e, por outro lado, descobrimos sinergias cujo potencial foi menor do que o projetado.”
1969 Começa a exportar. O primeiro mercado foi a Alemanha.
1991 Família Schmidt profissionaliza a gestão.
1975 Inauguração da unidade de fundição de blocos de motor.
Os maiores ganhos são em relação às potencialidades das unidades. Segundo Sardinha Ferro, são maiores do que se esperava. A Tupy encontrou oportunidades de troca de melhores práticas com a unidade brasileira. Uma delas é o desenvolvimento de fornecedores locais para itens antes importados. Um exemplo é a compra de areia de fundição. A empresa está desenvolvendo fornecedores no Norte do México, onde estão os empreendimentos, para não ter de trazê-la do Centro-Norte dos EUA. A empresa também está obtendo ganhos de competitividade para as exportações. “Passamos a ter duas bases competitivas – Brasil e México – para atender aos clientes. Teremos condições de usá-las de acordo com o menor custo de produção e melhorar o retorno da companhia”. Há mais sinergias a conseguir. O processo pode demorar até três anos. Atenção especial é dada às funções críticas de apoio às plantas fabris, antes executadas pela holding dos antigos controladores. “Podemos aproveitar melhor os ativos adquiridos no México.”
28,7%
Foi o crescimento das vendas externas da Tupy no primeiro semestre, comparativamente a igual período de 2012.
DIVULGAÇÃO TUPY
Oportunidades no México
1995 A Tupy é adquirida por bancos e fundos de pensão. No mesmo ano, incorpora a Sofunge.
Uma das linhas de produção da unidade fabril Fundição-C, reinaugurada em 2012
1998 Compra uma fundição da Cofap, em Mauá (SP).
2012 Adquire duas fundições no México, tornando-se uma das lideres mundiais na produção e comercialização de blocos e cabeçotes de motor em ferro fundido.
CARLOS JUNIOR
86 80
Dar mais agilidade para os negócios empresariais é o principal objetivo do CMMR Advogados, criado por Paulo Costa (E), José Martins, Celso Meira Júnior e Renato Rinaldi (D)
Ao lado das empresas Preocupação com um atendimento personalizado levou profissionais joinvilenses a criarem o CMMR Advogados
Atividade Escritório de advocacia especializado em direito empresarial.
40
Colaboradores.
O tradicional ditado prevenir é melhor do que remediar está na agenda dos advogados Paulo Costa, José Martins, Celso Meira Júnior e Renato Rinaldi. A partir de projetos pessoais e com uma experiência de mais de 20 anos de atuação em grandes bancas de advocacia e multinacionais, criaram o CMMR Advogados, em 2012. O objetivo foi o de reunir profissionais com sólidos conhecimentos jurídicos para atuar no dia a dia das
www.cmmr.adv.br
empresas, fazendo análises prévias para evitar contenciosos. “A disputa judicial tem de ser a última alternativa. É preciso estabelecer barreiras preventivas para evitar que se chegue a isso”, diz Costa. Uma das mais importantes ferramentas de trabalho para se atingir este objetivo é o atendimento personalizado, fugindo do conceito de massificação. “Temos de conhecer as características, as particularidades e as necessidades de cada cliente”,
1992 Celso Meira Júnior se forma em direito e passa a atuar em Joinville na área empresarial.
destaca José Martins. A missão do escritório, onde atuam 40 pessoas, é o de funcionar como uma ferramenta para as empresas obterem mais agilidade em seus negócios. Paulo Costa lembra que as legislações estão se desdobrando rapidamente. Outro fator levado em consideração é a rápida mudança que está ocorrendo no cenário empresarial. “Há uma ampla profissionalização do ambiente corporativo, motivado pela maior presença de multinacionais”, completa. Isto está favorecendo a implantação de modelos de governança corporativa nas empresas. Meira Júnior destaca que há um aumento na responsabilização dos
1993 José Martins se forma em economia. Em 2010, em direito.
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“Temos de conhecer as características, as particularidades e as necessidades de cada cliente.”
“O segmento de fusões e aquisições é extremamente dinâmico. Os investidores veem o país com bons olhos.”
José Martins
Celso Meira Júnior
A disputa judicial tem de ser a última alternativa. É preciso estabelecer barreiras preventivas para evitar que se chegue a isso.”
As soluções adotadas pelos empresários demandam estratégias jurídicas mais sofisticadas e personalizadas.”
Paulo Costa
Renato Rinaldi
administradores por decisões tomadas. No Brasil, segundo o levantamento “Doing Business”, feito pelo IFC (International Finance Corporation) – um braço do Banco Mundial –, as possibilidades são maiores do que nos países ligados à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade que reúne as maiores economias mundiais. “Atualmente, é muito mais fácil responsabilizar um executivo do que um sócio ou acionista. Um dos termômetros para isto é o crescimento da procura de seguros por responsabilidade civil dos executivos” , ressalta Meira Júnior. O ambiente jurídico também está se reinventando. O escritório, que atua principalmente no segmento empresarial com enfoque nas áreas tributária, societária, comercial e trabalhista, quer ajudar as empresas a compreender melhor este momento. Uma das principais tendências é a diminuição da duração dos con-
tenciosos na Justiça, por meio da virtualização dos processos. 80% dos que tramitam na primeira e segunda instâncias da Justiça Federal da 4ª Região, que compreende Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, já estão nesta forma. O principal ganho, segundo Meira Júnior, é na agilidade. “Em média, demora 50% a menos do que um processo físico.”
Apesar das turbulências da economia, o momento é extremamente dinâmico para o Norte catarinense. Novos investimentos estão desembarcando na região, como os realizados pela BMW e pela General Motors, e devem contribuir para a criação de novas oportunidades de negócios. Segundo Paulo Costa, isto exige estar sempre alinhado e atualizado em questões, como, por exemplo, os incentivos fiscais.
1996 Paulo Costa conclui o curso de direito e passa a atuar como sócio em uma grande banca em Joinville.
2003 Renato Rinaldi se forma e inicia a trajetória como advogado.
Boas oportunidades
A demanda é crescente nesta área. O movimento ganhou mais força com a Resolução 13/2012, do Senado Federal, que unificou as alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços) para produtos importados, com o objetivo de reduzir a “guerra dos portos”. A medida entrou em vigor no início deste ano. Outro segmento extremamente dinâmico é o de fusões e aquisições. “O movimento é forte entre as pequenas e médias empresas. Os investidores veem o país com bons olhos”, destaca Celso Meira Júnior. No Brasil, nos oito primeiros meses do ano, foram registradas 462 transações, segundo levantamento feito pela consultoria internacional PwC (PriceWaterhouseCoopers). O número é o segundo melhor desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2002. Santa Catarina está entre os cinco principais mercados do país.
2007 É fundada a Martins Assessoria.
2012 Constituído o CMMR.
50%
É o ganho de tempo médio, na Justiça Federal, com o julgamento de contenciosos empresariais, obtido a partir da virtualização dos processos.
DIVULGAÇÃO CVF
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Conrado Lehmkuhl (E) e Eraldo Rosa (D), da CVF Trading, planejam reforçar operações com os Estados Unidos
De porta a porta, em todo o mundo Atividade Operações de comércio exterior.
40
Colaboradores diretos e indiretos.
A CVF Trading se especializou em complexas operações de comércio exterior. Agora, aposta na expansão dos negócios com os Estados Unidos Uma operação de desembarque de geradores alemães em uma praia do litoral equatoriano para a expansão de uma central termelétrica perto de Guaiaquil, a maior cidade do país. A chegada de aerogeradores chineses no porto de Aracaju, para serem ins-
www.cvftrading.com.br
talados em um parque de geração de energia eólica perto da cidade. São dois projetos separados por uma distância de quase 5 mil quilômetros, que tem um ponto em comum: o planejamento tributário, aduaneiro e logístico foi estrutura-
do por uma empresa instalada no Floresta, na Zona Sul: a CVF Trading. “Ninguém pensa que há alguém em Joinville capaz de estruturar essas operações”, diz Conrado Lehmkuhl, diretor do empreendimento. A empresa é nova: foi fundada em 2010, mas traz uma experiência de 25 anos com comércio exterior de Lehmkuhl, que atuou antes em tradings e na indústria têxtil, e de Eraldo Rosa, com passagens pelos segmentos de tecnologia de informação, comércio exterior e consultoria. As raízes da CVF estão na busca de clientes para a indústria no Mercosul e de fornecedores no exterior, para fazer frente à perda de competitividade, causado pelo custo Brasil e da concorrência com produtos da China e do Sudeste Asiático. A experiência deixou uma clara lição para Lehmkuhl: “Toda empresa deveria exportar para medir a competitividade.” Atualmente, o foco da empresa está em estruturar soluções tributá-
2010 A partir das experiências de Conrado Lehmkuhl, que atuou na indústria têxtil e em tradings, e de Eraldo Rosa, nos segmentos de tecnologia da informação, auditoria e comércio exterior, é criada a CVF Trading.
2010-3 Reforça sua atuação na área de infraestrutura, em operações em vários países.
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“Toda empresa deveria exportar para medir o seu grau de competitividade.” Conrado Lehmkuhl, diretor da CVF Trading
trabalho envolve a pesquisa de empresas, homologar a qualidade, estruturar o projeto para a logística do transporte das cargas e obter soluções para questões aduaneiras.
Sem medo do câmbio A desvalorização do real não preocupa Conrado Lehmkuhl. Apesar de a moeda brasileira ter perdido 10,6% de seu valor frente ao dólar, desde o início do ano, o que, em tese, tornaria as importações mais caras, o executivo avalia que o Brasil tem um importante atrativo: o grande mercado. Particularmente, em relação a Santa Catarina, ele aponta que as expectativas para o comércio exterior são bem animadoras. Nos oito primeiros meses do ano, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, o valor exportado pelo porto de São Francisco do Sul aumentou 45,46%, em relação a igual período de 2012. As importações permaneceram praticamente estáveis. Lemhkuhl destaca que as condi-
MARCOS RODRIGUES, ASN
rias, aduaneiras e logísticas para operações de exportação e importação. Uma das áreas prioritárias é a de obras de infraestrutura. “No exterior, há um apoio muito grande para a atuação das empresas brasileiras, por meio da liberação de recursos por parte do BNDES”, diz. Um dos processos mais complexos, segundo ele, é o logístico. As dificuldades para transportar a carga de geradores do porto de Guaiaquil até a localidade de Santa Elena, no litoral equatoriano, fizeram com que a CVF adotasse estratégia similar à que os aliados usaram no desembarque das tropas na Normandia, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial: barcaças levaram as cargas até a praia, onde os equipamentos foram desembarcados e transportados até a termelétrica. Outro segmento em que a trading está investindo é o de operações de sourcing, que consiste em identificar potenciais fornecedores, no exterior, para o comércio e para a indústria. O
2013 Abre, em parceria com outras duas empresas, o primeiro escritório no exterior. O local escolhido foi Fort Lauderdale, a 40 quilômetros de Miami, nos Estados Unidos. O foco é dar estrutura de apoio a clientes que operam entre o Brasil e os Estados Unidos.
CVF Trading estruturou operação de importação de aerogeradores para parque eólico no Sergipe
ções de infraestrutura do Estado estão entre as melhores do País. E há a expectativa de novos investimentos. A Santos Brasil projeta aplicar R$ 280 milhões na expansão do terminal em Imbituba. Itapoá tem planos de expansão, e São Francisco do Sul está, constantemente, em obras, para ampliar a capacidade. Outro impacto é esperado a partir dos efeitos multiplicadores do investimento bilionário das montadoras no Norte de Santa Catarina.
Olho nos Estados Unidos Concentrada em operações estruturantes de comércio exterior, o próximo passo de Conrado Lemkuhl e Eraldo Rosa é intensificar as operações nos Estados Unidos. O primeiro escritório e estrutura de armazenagem da CVF Trading, em parceria com outras duas empresas, foram instalados no início do ano em uma localização estratégica: Fort Lauderdale, na Flórida. O objetivo é oferecer estrutura de apoio para clientes que operam nos dois países. Nos nove primeiros meses do ano, as exportações e importações envolvendo SC e os EUA foram de US$ 1,5 bilhão, 5,01% a mais do que no mesmo período de 2012. Outro importante trunfo para a empresa joinvilense é a proximidade de dois portos: o Everglades e o de Miami, que estão recebendo investimentos que viabilizarão a operação de navios super post panamax, com capacidade para transportar 9 mil contêineres. Uma missão de 50 pequenas e médias empresas quer aproveitar esse potencial para intensificar as relações comerciais entre Santa Catarina e os Estados Unidos. A maior economia mundial é o principal destinatário das exportações feitas pelo Estado e o quarto maior fornecedor de produtos adquiridos fora do Brasil. Os EUA estão em recuperação. As expectativas de aceleração do crescimento são favoráveis. O FMI projeta uma expansão de 1,6% neste ano e de 2,6%, em 2014.
1,18
Foi a movimentação de mercadorias, em bilhões de dólares, entre SC e os EUA, nos sete primeiros meses do ano.
2,6%
É a expectativa de crescimento para a economia americana em 2014, segundo o FMI.
92 80
“Nos últimos dez anos aumentamos o número de zeros na receita.” Cidemar Dalla Zen, diretor comercial da Arxo.
Atividade
452
Funcionários.
CARLOS JUNIOR
Fabricação de soluções para armazenagem de fluidos.
Investimentos em infraestrutura aeroportuária e no setor petrolífero animam a Arxo, diz o diretor comercial, Cidemar Dalla Zen
1967 A Arxo é fundada em Itajaí com o nome de Soldas Pereira, uma oficina que atuava nos segmentos de solda e serralheria. 1975 A oficina passou a atender às companhias de petróleo com serviços de reformas e consertos.
Combustível para a expansão Líder no segmento de tanques para postos de combustível, a Arxo, de Balneário Piçarras, vê oportunidades de crescimento nos segmentos de aviação e off-shore
www.arxo.com
1987 A Soldas Pereira passa a fabricar tanques para armazenamento subterrâneo de combustíveis.
1997 Mudança de nome: torna-se Sideraço.
O entorno do trecho Norte da BR101 está em transformação. O motorista que passa por uma das principais rodovias catarinenses facilmente percebe o cenário de rápidas mudanças: as cidades estão em expansão. Novas empresas chegam à região e as já estabelecidas aproveitam as oportunidades geradas pela boa infraestrutura logística. Uma das que se destaca neste cenário é a Arxo, maior fabricante de tanques jaquetados para postos de combustíveis da América Latina. “Nos últimos dez anos, aumentamos o número de zeros na receita”, diz o diretor comercial e de marketing, Cidemar Dalla Zen, referindo-se ao fato de que a empresa teve uma receita de R$ 1 milhão em 2003 e encerrou o ano passado com vendas de R$ 106 milhões. A empresa foi diretamente beneficiada pelo boom da indústria automotiva. As vendas de combustíveis, por parte das distribuidoras, cresceram 51,87% neste período, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Mas, os planos da empresa são de depender cada vez menos do segmento de postos de combustíveis. Atualmente, esta área de negócios representa 60% do faturamento. A intenção é que caia para 25%, em 2018. A principal estratégia é reforçar a presença no segmento de aviação. A partir de uma parceria com a em-
2003 Constrói uma rede de representantes e parceiros no Brasil e no Mercosul.
2005 Inaugura a primeira unidade fora de Santa Catarina, em Pernambuco.
93
presa americana Bosserman Aviation Equipment, a Arxo passou a atuar na montagem de caminhões-tanque de abastecimento de aeronaves (CTA). Os equipamentos foram apresentados ao mercado, em março, na Expo Aero Brasil 2013, que aconteceu em São José dos Campos (SP). A expectativa é de montar 20 CTAs até o final do ano. O impacto imediato é o de aumentar a participação dos negócios ligados à aviação no faturamento da empresa: em 2012 foi de 5,5% e a projeção para 2013 é de 12%. Um dos fatores que alimentam essas expectativas é o crescimento nos investimentos em infraestrutura aeroportuária. Três dos maiores terminais brasileiros – São Paulo/ Guarulhos, Brasília e Campinas – foram concedidos, no ano passado, à iniciativa privada. Outros dois – Rio de Janeiro/Galeão e Belo Horizonte/Confins – devem ser licitados até o final do ano. O governo federal também tem planos para reforçar os investimentos na área aeroportuária. No primeiro semestre, foi anunciado um pacote de R$ 7,3 bilhões em recursos para serem aplicados em 270 terminais. Outro fator motivador é que o brasileiro está viajando mais de avião. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), nos últimos dez anos, o número de passageiros transportados pelas companhias aéreas cresceu mais de três vezes.
As possibilidades geradas pelo pré-sal animam o executivo. “É uma bênção”, qualifica. Em sua avaliação, o Brasil está em uma posição privilegiada, pois a Petrobras é especializada na exploração de petróleo em águas profundas. As reservas brasileiras são a 14ª maior no mundo, segundo a publicação “World Energy Outlook”, produzida pela petrolífera britânica BP. O pré-sal não é uma realidade exclusiva do Brasil. “Ela existe em todos os grandes produtores de petróleo”, destaca o executivo. Mas a que está em um estágio mais avançado de exploração é a brasileira. Um fator importante para a Arxo é a grande parceria com a Petrobras e suas subsidiárias. A empresa catarinense forneceu os tanques sobre trenós que armazenam o combustível utilizado para a geração de energia da base brasileira na Antártida. A expansão da empresa de Balne-
ário Piçarras não se restringe apenas à entrada em novos segmentos. A empresa está investindo na construção de duas unidades: uma em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, e outra em Ciudad del Este, no Paraguai. As fábricas, que entram em operação nos próximos meses, vão empregar, inicialmente, 40 pessoas cada uma. O objetivo da primeira unidade no exterior é o de ampliar a internacionalização da empresa. Segundo Cidemar Dalla Zen, o país vizinho oferece vantagens competitivas: a localização central para atender a outros países da América do Sul e a carga fiscal menor. A segunda unidade em Pernambuco é reflexo do dinamismo do mercado do Norte/Nordeste, que vem crescendo mais do que a economia nacional. Desde 2006, quando se instalou no Estado, a linha de produção de Cabo de Santo Agostinho foi quadruplicada.
R$ 106 milhões
Foi o faturamento da Arxo no ano passado.
16,5 mil
É a meta de processamento de aço, em toneladas, para este ano.
CARLOS JUNIOR
Expansão até no exterior Outro segmento em que a Arxo deposita suas atenções é o off-shore. “Ele contempla muita tecnologia”, destaca o diretor comercial e de marketing, Cidemar Dalla Zen. A empresa fornece produtos para a indústria petrolífera a partir de Balneário Piçarras. Os planos preveem que a montagem das estruturas seja feita em Itajaí.
2006 Inaugura a unidade de Balneário Piçarras, que, dois anos depois, torna-se a matriz da empresa.
2009 Sideraço passa a se chamar Arxo.
Linhas de produção da Arxo estão em processo de expansão
2010 Cria o Instituto Arxo para desenvolvimento de projetos voltados à comunidade.
2011 Entrada nos segmentos off-shore e aviação. 2012 Abertura de escritório em São Paulo
2013 Lançamento do CTA, abertura de escritório no Paraguai e da Veryx Itajaí e investimento em novas unidades fabris.
CARLOS JUNIOR
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Atividade
Apaixonado por inovação, José Olavo Dugaich, do CMDI, está unindo os conhecimentos da medicina com os da tecnologia da informação para trazer benefícios aos pacientes
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Inovação a serviço da saúde
Diagnóstico médico por imagem.
Funcionários.
1977 José Olavo Dugaich se forma pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo).
1978 Sebastião Miotto se forma pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo).
CMDI investe na integração do diagnóstico médico por imagem com o cloud computing para facilitar o atendimento e agilizar acesso a resultado de exames O diagnóstico por imagem é um dos ramos da medicina relativamente mais novos. As raízes remontam a 1895, quando o físico alemão Wilhelm Konrad Roentgen, a partir de experiências realizadas em seu laboratório, em Würzburg, na Alemanha, descobriu uma nova espécie de raios, os X. As primeiras imagens foram da mão de sua mulher, Anna Bertha. Menos de um ano após o surgimento da invenção, já era usada na prática médica. Oficialmente, a pri-
meira radiografia diagnóstica foi feita em 3 de fevereiro de 1896, pelo médico Edwin Geada, em Dartmouth, nos Estados Unidos. No Brasil, o primeiro aparelho, que teve a construção supervisionada pelo físico alemão, foi comprado por José Carlos Ferreira Pires e instalado em Formiga (MG). Muitas inovações surgiram nos 118 anos de história do diagnóstico por imagem. “As possibilidades são amplas”, diz, apaixonadamente, José Olavo Dugaich, diretor técnico do
www.cmdi.med.br
CMDI (Centro Médico de Diagnóstico por Imagem) e um dos pioneiros da atividade em Joinville. Trazer as mais modernas tecnologias da especialidade para o Nordeste catarinense é a proposta do CMDI, que conta com uma equipe de oito médicos e 65 funcionários. As principais tendências deste ramo são ditadas pelos Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos e Japão, nos quais estão sediados os principais fabricantes de equipamentos. A partir de uma parceria firmada com uma empresa de tecnologia da informação de Joinville e outra de gerenciamento de imagens de Porto Alegre, o CMDI está implantando o conceito de cloud computing para o
1981 Após concluir a residência no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Dugaich chega em Joinville. É um dos primeiros radiologistas da cidade e implanta o primeiro serviço de ultrassom.
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118 anos
Não dá para ficar parado. É preciso estar constantemente se aperfeiçoando e fazendo novos investimentos.”
É o tempo de existência da radiologia enquanto especialidade clínica.
José Olavo Dugaich, diretor técnico do CMDI
diagnóstico por imagem. O sistema, batizado de Nuvix – Radiologia Digital na Nuvem, vai estar funcionando totalmente nas próximas semanas. Os principais ganhos são a maior agilidade e precisão do diagnóstico. “O paciente tem, quase que instantaneamente, acesso ao resultado. Um exame feito em São Francisco do Sul pode ser avaliado quase que imediatamente em Joinville. Basta o médico parceiro ter o login e a senha para poder ter acesso.” As informações ficam disponíveis na web e são codificadas por meio de uma senha com 22 dígitos. Outra vantagem propiciada pelo investimento está relacionada à sustentabilidade. O cloud computing acaba com a necessidade de o exame ser impresso, dispensando gastos com impressoras, filmes e outros insumos. O projeto começou a ser desenvolvido em julho do ano passado, na área de radiologia, na unidade de São Francisco do Sul. O passo seguinte foi o de incorporar outras especialidades, como a mamografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. E também deve abranger a densitometria óssea e a ultrassonografia.
Tecnologia e oportunidade A incorporação de novas tecnologias pode criar novas oportunidades para o Centro Médico de Diagnóstico por Imagens. Uma
1985 Implanta o primeiro serviço de tomografia em Joinville.
delas, segundo José Olavo Dugaich, é a possibilidade de expandir a abrangência de atuação do estabelecimento, aproveitando os benefícios gerados pelo cloud computing. Isto poderá facilitar oferecimento de serviços na área de radiologia. O caminho da inovação é contínuo. “Não dá para ficar parado. É preciso estar se aperfeiçoando constantemente e fazendo investimentos. A cada dia, surgem novas ideias. Os softwares estão cada vez mais aprimorados”, destaca o diretor técnico. O cenário para o futuro parece estar saindo de filmes de ficção científica. Conceitos como radiologia digital de corpo inteiro e TCMD (tomografia computadorizada multidetector) surgiram a partir da incorporação de novas tecnologias. “O ser humano será cada vez mais ‘transparente’. Quando o paciente passar por um determinado ponto, o médico vai saber o que está acontecendo com a pessoa.” Isto é uma realidade nos Estados Unidos. O médico explica que lá, os atendimentos a acidentes de trânsito estão usando essa técnica. “Isto acaba facilitando o atendimento clínico no hospital.” O principal reflexo para pacientes e médicos é que, com a incorporação das novas tecnologias, as informações vão estar disponíveis mais rapidamente e com um grau de precisão maior.
1986 Em parceria com Sebastião Miotto, cria o CMDI (Centro Médico de Diagnóstico por Imagem).
CARLOS JUNIOR
Novas tecnologias de diagnóstico médico por imagem se refletem em mais agilidade e precisão
2007 Instala unidade própria em São Francisco do Sul.
2013 Aproveitando o conceito de cloud computing, investe em novos equipamentos e tecnologias para oferecer um atendimento mais ágil e reforçar a precisão nos diagnósticos médicos.
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Duas gerações vendendo material de construção em Joinville e nas praias do Litoral Norte Catarinense: Jakson Steil (E) e Vilmar Steil (D), que também está à frente da Fecomac-SC
Nome ligado à construção Atividade Revenda de materiais de construção.
100
Funcionários.
1977 Vilmar Steil abre uma pequena loja de material de construção no Costa e Silva.
Primeiro, uma olaria; depois, uma rede de lojas de material de construção. Agora, o próximo passo dos Steil é reforçar investimentos em imóveis Os negócios ligados à construção correm nas veias dos Steil. O avô de Jakson Steil, diretor da Steil Materiais de Construção, foi dono de uma olaria e o pai, Vilmar, fundou a rede de lojas que leva o seu sobrenome. O próximo passo da família é ampliar a presença no segmento de incorporação de imóveis. Os olhares estão voltados para os desdobramentos das discussões sobre a Lei de Ordenamento Territorial (LOT), que pode ampliar as
www.steil.com.br
possibilidades de construção em algumas regiões da cidade. As primeiras experiências no segmento começaram em 2009. A Steil já construiu um conjunto de geminados e dois prédios. “A cidade está em um bom momento”, destaca Jakson. Outro fator que incentiva o investimento é a possibilidade de obter ganhos superiores aos da grande maioria das aplicações financeiras. A origem da rede de lojas, que
1978 A Steil Materiais de Construção contrata o primeiro funcionário.
tem quatro estabelecimentos – dois em Joinville (Costa e Silva e Pirabeiraba), uma em São Francisco do Sul (Ubatuba) e outra em Balneário Barra do Sul – é inusitada. Surgiu na cama de um hospital, em 1977, enquanto Vilmar era submetido a tratamento por causa de úlcera perfurada. O pai de Vilmar achou interessante a ideia de se abrir uma loja de material no Costa e Silva, uma região que começava a ser urbanizada. Ele cedeu um terreno para a construção do estabelecimento. Os primeiros tempos foram complicados. A falta de capital foi compensada com o apoio da família. Outro importante apoio veio de
1981 Primeira expansão da loja da Steil. Tamanho é quatro vezes maior do que o estabelecimento original.
1989 Novo aumento de área para conseguir atender ao crescimento da demanda por materiais de construção. São 360 metros quadrados.
97 Comerciantes de Material de Construção do Estado de Santa Catarina (Fecomac).
“As oportunidades para o futuro são promissoras. A cidade está em um bom momento.”
Os estímulos do crédito
Jakson Steil, diretor da Steil Materiais de Construção, ao falar sobre as expectativas para a economia joinvilense
Zaíde, mulher de Vilmar, que era professora. Ela era responsável pelo sustento da casa, enquanto que o lucro da pequena loja era reinvestido para fazer o empreendimento crescer. O trabalho realizado pela família Steil começou a dar frutos. O primeiro funcionário foi contratado quando a empresa já tinha um ano. Quatro anos após a fundação, em 1981, foi a vez de expandir a loja, que passou a ter três vezes o tamanho da original. E, em 1989, foi preciso ampliá-la novamente para dar conta da demanda por material de construção. Obras fizeram com que o empreendimento familiar passasse a ter 360 metros quadrados, 20 vezes a mais do que a aberta há 12 anos. A possibilidade de abrir a primeira loja fora de Joinville começou a ser avaliada no início dos anos 90. “Muitos clientes da Steil tinham terrenos em São Francisco do Sul e compravam material para construir ou reformar casas de veraneio”, conta Jakson. Foi a senha para expandir a empresa. O local escolhido foi Ubatuba. Além da demanda, outro fator que estimulou a instalação foi o grande potencial que Vilmar Steil viu na região. O empreendimento foi inaugurado em 1992, tendo Rodrigo Steil, sobrinho de Vilmar, como sócio-gerente. O Litoral continuou a atrair os planos de expansão da Steil Materiais de Construção. Em 1999, foi a vez de Balneário Barra do Sul receber uma loja. Os motivos foram pra-
1992 Primeira loja fora de Joinville é aberta: local escolhido foi Ubatuba, em São Francisco do Sul.
ticamente os mesmos que levaram a empresa a se instalar em Ubatuba. A caçula das lojas, a de Pirabeiraba, foi aberta em janeiro de 2007 Os negócios no distrito joinvilense são promissores. Tanto é que a Steil está se instalando em uma área própria, com 1.500 metros quadrados de área, mais de quatro vezes maior do que a existente. Mas não é só no mundo dos negócios que os Steil tem uma presença relevante. Vilmar é uma liderança ativa no segmento. No final de setembro, Vilmar deixou de ser o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Joinville (Acomac-Joinville) e assumiu cargo similar na Federação das Associaçãoes dos CARLOS JUNIOR
10%
É o percentual de produtos vendidos pela Steil que tem origem no exterior.
1.500
É o tamanho, em metros quadrados, da futura loja da Steil, em Pirabeiraba.
4
É o número de lojas da Steil Materiais de Construção.
A opção por importar
Investimentos em construção devem ser reforçados
1999 Segunda loja no Litoral: Steil se instala em Balneário Barra do Sul.
A maior disponibilidade de crédito para as áreas de construção e habitacional, motivadas principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida é um importante fator no processo de expansão da Steil. A maior parte dos consumidores é de pequeno porte. São os “formiguinhas”, que, geralmente, fazem obras aos poucos. “Este segmento é extremamente rentável”, diz o diretor, Jakson Steil. A carteira de clientes também inclui as grandes construtoras da cidade. Para elas, a Steil oferece um tratamento diferenciado. O executivo afirma que foi preciso investir em pessoal especializado para atuar na área. Segundo ele, as expectativas são promissoras. A chegada de novas empresas à região, deve estimular mais a economia, gerando benefícios para outros ramos, como por exemplo, o comércio de materiais de construção.
2007 Quarta loja da rede é aberta em Pirabeiraba.
A empresa começou, em 2011, a importar material e equipamentos para construção da China para ganhar competitividade. São produtos como revestimentos cerâmicos de alta durabilidade, blocos de vidro e ferramentas elétricas. “A qualidade é idêntica à nacional e os preços são bem menores”, diz Jakson Steil. Atualmente, 10% do mix de produtos vendidos nas quatro lojas da rede tem origem no exterior. Ele aponta que é preciso, constantemente, estar buscando alternativas para se manter competitivo em um cenário em que, ao mesmo tempo, há a presença da informalidade e a entrada de grandes redes.
2009 Entra no segmento de incorporação e construção de imóveis. Já foram feitos dois prédios e um conjunto de geminados.
2013 Vilmar Steil assume o comando da Federação das Associações dos Comerciantes de Material de Construção do Estado de Santa Catarina.
CARLOS JUNIOR
98 80
Carlos André Birckholz, presidente da Fremax, vê boas oportunidades para a empresa crescer a partir do programa Inovar Auto, que está estimulando investimentos por parte das montadoras
Pisando fundo para crescer Fornecedora de discos de freio para a Stock Car, a Fremax pretende aproveitar a onda de investimentos das montadoras para conquistar novos clientes
Atividade Fabricação de disco de freio para automóveis, tambor de freios.
420
Funcionários.
A Stock Car é uma das categorias que vem caindo no gosto do brasileiro. A combinação de carros possantes, que podem chegar à velocidades superiores a 200 quilômetros por hora; circuitos espalhados por boa parte do país; e nomes famosos são alguns dos fatores que a tornaram uma receita de sucesso. Um dos ingredientes para este bom desempenho é “made in Joinville”: os discos de freio usados pelos carros de corrida são fabricados pela Fremax, fornecedora oficial do
www.fremax.com
evento há mais de dez anos. O investimento de R$ 300 mil na modalidade, feito em 2004, surtiu efeito rapidamente. Com mais segurança no freio, os stock cars ganharam, pelo menos, três segundos por volta. Mais recursos foram aplicados, a imagem da empresa foi reforçada, e mais categorias foram conquistadas. A empresa joinvilense é fornecedora oficial da F3 Sul-americana e da Porsche GT3 Cup / Challenge Brasil. “É uma ótima vitrine”, destaca Carlos An-
1986 A Jofund inicia suas atividades em Joinville, terceirizando serviços na fundição de ferro para o mercado industrial.
dré Birckholz, presidente da Fremax. Pisando fundo no segmento de reposição, com participação de mercado que supera os 30%, o próximo grande desafio da marca é ampliar a presença junto às montadoras. O principal cliente neste mercado é a Mitsubishi, atendida há doze anos. Nesta lista, também estão a Agrale e a ex-catarinense TAC. A participação no automobilismo é um bom cartão de visitas para chamar a atenção das montadoras. O momento é propício. As oportunidades para crescer são bem grandes. A partir do Inovar Auto, o novo regime automotivo brasileiro, a expectativa é de que sejam investidos mais de R$ 7,3 bilhões na construção de novas montadoras nos
1990 A Jofund especializa-se na fabricação de discos e tambores de freio, dedicando-se integralmente a este segmento.
99
“O automobilismo é uma ótima vitrine.” Carlos André Birckholz, presidente da Fremax
próximos anos. O objetivo da Fremax é o de se qualificar para atender a esta demanda. Os primeiros passos já foram dados. A empresa está concluindo a certificação na ISO TS 16949 e ampliando a capacidade de usinagem, para reforçar a produção. Atualmente, podem ser fabricadas 300 mil peças ao mês. A expansão objetiva também garantir a manutenção da liderança. “Todo mundo mira quem está na frente”, afirma Birckholz. Um dos grandes desafios é contornar a informalidade que caracteriza parte do mercado de discos e tambores de freio. A estratégia da Jofund foi apostar na valorização da marca Fremax, no oferecimento de diferenciais de produto e no serviço de entrega. O salto gerado por essa estratégia foi grande. Em 2006, eram produzidas 240 mil peças por mês, das quais menos de 30% tinham a marca Fremax. O resto era private label, ou seja, com outros rótulos. Hoje, 97% das 300 mil unidades fabricadas no Distrito Industrial são da marca Fremax. Obter flexibilidade no processo de produção e rapidez de entrega foi fundamental, ressalta o executivo. “Funcionamos como o estoque de nossos clientes.” A empresa tem condições de rapidamente mudar a programação da fabricação dos discos e tambores de freio. Apesar de ser monoproduto, a Fremax possui mais de 1.500 modelos diferentes entre discos e tambores. A inovação também aparece na apresentação do produto. As tradicionais caixas de papelão deram lugar a embalagens redondas, feitas de plástico reciclado, que se mostraram mais
2002 Gstão é profissionalizada. Passa a ser fornecedora oficial de discos e tambores de freio da Mitsubishi Motors Corporation do Brasil.
práticas para estocar e movimentar discos de freio que podem ter até 33,5 quilos, como os utilizados em caminhões. A patente é da Jofund. “Acabou virando um símbolo da empresa.”
Boas oportunidades lá fora Mais de um terço da produção da Fremax é direcionada ao mercado externo. Os principais clientes, a Argentina e a União Europeia, são atendidos a partir de unidades de negócio próprias localizadas em Buenos Aires e em Eschweiler, na Alemanha. Apesar de a situação econômica nestas duas regiões não estar muito favorável, a ordem é continuar desenvolvendo estas duas frentes, além de outros mercados. A justificativa de
Carlos André Birckholz, presidente da empresa, é a saturação do mercado brasileiro. “Há excesso de oferta e muita concorrência desleal. O mercado externo, apesar de competitivo, oferece bons resultados no longo prazo.” A crise na Europa encolheu o mercado automotivo: nos oito primeiros meses do ano, a queda nas vendas de carros foi de 5,2% em relação ao mesmo período de 2012, segundo a consultoria Jato. Há sinais de recuperação, principalmente entre as marcas premium. Além da possibilidade de recuperação no médio prazo, o executivo enxerga boas possibilidades por causa do perfil do consumidor. “Lá há uma fuga da comoditização. Valorizam-se produtos mais duráveis, e de maior qualidade. No longo prazo, os ganhos estão na relação custo-benefício.” A Argentina é um mercado desafiador. As circunstâncias político-econômicas afetam frequentemente as relações comerciais com o Brasil, mas as possibilidades são enormes.
33,5 kg
É o tamanho do maior disco de freio produzido pela Fremax. Ele é usado no caminhão Mercedes Benz 1938.
35%
É o peso das exportações nas vendas da Fremax.
1.500
É a quantidade de variações de discos de freio que a Fremax pode produzir. Elas podem atender a 99% da frota em circulação.
CARLOS JUNIOR
Capacidade de produção da fábrica no Distrito Industrial é de 300 mil peças ao mês. Mais de um terço é exportado
2004 Investe R$ 300 mil em projeto de freio para se tornar fornecedora oficial do sistema de freios dos carros que participam da Stock Car.
2006 Passa por um processo de downsizing e reestrutura seu negócio ao abandonar a produção de private labels. Passa a focar na marca Fremax e na oferta de diferenciais.
2011 Torna-se fornecedora oficial da Porsche GT3/ Challenge Brasil, substituindo empresa alemã.
CARLOS JUNIOR
100 80
A partir da experiência adquirida na Tupy, Waldir Fruit (E) e Raul Tilp (D) montaram o grupo. Um dos focos foi entrar em novos lugares com uma âncora
A importância das letras FT não simboliza só as iniciais dos fundadores, mas também as origens e o primeiro cliente de um dos maiores grupos de segurança de SC
Atividade Prestação de serviços de segurança.
1.500
Funcionários.
FT: duas letras que guardam uma história escrita desde 1992 pelos empresários Waldir Fruit e Raul Tilp. As iniciais dos sobrenomes batizaram um dos maiores grupos de segurança de Santa Catarina. Elas também representam também as raízes de onde o empreendimento surgiu: a Fundição Tupy. “A sigla também é uma forma de homenagear as origens”, contam. Os dois trabalharam mais de uma década na empresa: Fruit chegou a
www.grupoft.com.br
ser gerente de recursos humanos, cuidando das relações industriais, e Tilp, responsável pela segurança. Foi em um momento de transformação no cenário corporativo que nasceu a FT. A Tupy estava reduzindo custos e optou por centrar forças na sua área de negócios. No início dos anos 90, a terceirização crescia entre os grandes grupos empresariais. A fundição foi uma das pioneiras neste processo. Fruit e Tilp aproveitaram a oportunidade para apre-
1992 Inicia as atividades terceirizando a área de segurança da Tupy, para quem presta serviços até hoje, inclusive na área florestal.
sentar uma proposta de negócios: prestar serviços para a empresa em que trabalhavam. A ideia foi rapidamente aceita: nascia a FT, absorvendo as áreas de segurança, brigada de incêndio e transporte administrativo da Tupy, com uma equipe de 64 pessoas. Junto, um contrato de dois anos para a prestação dos serviços. Implícito, o desafio de conquistar novos clientes, para diluir a dependência de uma única companhia. O cenário era competitivo. Outras empresas surgiam a partir da terceirização de atividades dos grandes grupos. A opção para expandir a atividade foi a de procurar empresas que tinham equipe de segurança própria para poder terceirizar o serviço. Assim,
1999 Reforça sua atuação no segmento florestal, ao assumir os serviços de vigilância da Rigesa, em Três Barras.
2002 Chega ao Planalto Norte. O primeiro cliente foi a Móveis Rudnick, em São Bento do Sul.
101
“Não há tecnologia que não dependa do ser humano.” Waldir Fruit e Raul Tilp, sócios fundadores do Grupo FT
nascia um conceito vital para a FT: ter uma âncora. “Ter a Tupy como cliente foi um importante chamariz”, destaca Waldir Fruit, sócio fundador. Os primeiros clientes surgiram no entorno da fundição: a Escola Técnica Tupy, a Termotécnica e o Joinville Iate Clube. A tática da âncora continua sendo aplicada com sucesso: no Planalto Norte, foi a Rudnick; no Vale do Itajaí, a Haco Etiquetas; e na região de Jaraguá, a Duas Rodas Industrial. Atualmente, são 1.548 funcionários. Mas, esqueça a figura do vigilante armado até os dentes. A estratégia é investir em ideias diferenciadas, por meio de projetos de segurança, que ofereçam soluções adaptadas às realidades do cliente, permitam respostas rápidas, reduzam custos e incorporem novas tecnologias. Outra atenção especial é dedicada à prevenção. “Isto pode representar uma redução de até 50% nos custos de um condomínio”, exemplifica Raul Tilp, sócio fundador. A tecnologia é fundamental para Fruit e Tilp. Contudo, isto não significa que o fator humano não seja valorizado. Muito pelo contrário. Os empreendedores enfatizam que as pessoas sempre serão essenciais à atividade. “Não há tecnologia que não dependa do ser humano”, dizem.
sionalização da gestão e por pensar como será a corporação em um horizonte de até 15 anos. O processo é encarado com muita naturalidade. “Era uma das opções que tínhamos. A outra seria vender a empresa, o que foi descartado”, diz Waldir Fruit. Por trás do conselho de administração está uma holding familiar. E no dia a dia, Rafael Buchmann, genro de Fruit, e Rodrigo Tilp, filho de Raul Tilp, assumiram funções estratégicas. O primeiro se dedica à gestão das áreas administrativa, financeira e comercial. O segundo atua no desenvolvimento de novos projetos e produtos. O leque de possibilidades para o futuro é amplo. A mais importante é a de reforçar a integração entre as novas tecnologias e a segurança. O primeiro serviço seguindo esta tendência deve chegar ao mercado nas próximas semanas. O Balkon integra conceitos herdados
do cloud computing e das redes sociais. À distância, o cliente poderá monitorar seu imóvel e adotar medidas preventivas, como acender lâmpadas ou fechar portões, para protegê-lo. Três fatores foram levados em consideração ao longo do processo de desenvolvimento do Balkon: a presença maior da tecnologia na vida das pessoas; a necessidade de desmitificar seu uso e a necessidade de reforçar a cultura da prevenção, devido aos índices de criminalidade. Um dos trunfos é o baixo investimento em equipamentos por parte do usuário, já que as imagens acabam sendo armazenadas na nuvem. Uma ou mais câmaras de pequeno porte ocupam o lugar dos DVRs – sistemas de gravação de vídeo –, que chegam a custar mais de R$ 1.000,00 O desenvolvimento do novo serviço é totalmente joinvilense. A fase de testes começou em janeiro, envolvendo a instalação de 40 câmeras em 30 clientes. Agora, está sendo concluída a elaboração da interface com o usuário. O sistema, de acordo com Rodrigo, abre novas possibilidades de negócios, podendo, inclusive, ampliar a área de abrangência do Grupo FT.
120
É o número de carros da frota da FT.
250
É o número de clientes corporativos do grupo.
12
É o número de escritórios que o Grupo FT tem distribuídos em sete unidades.
CARLOS JUNIOR
A segunda geração A segunda geração das famílias Fruit e Tilp está sendo preparada para conduzir o futuro do Grupo FT. O programa de sucessão é caracterizado pela constituição de um conselho de administração, a profis-
2003 Recebe a certificação ISO 9001.
Uma das missões de Rafael Buchmann (E) e Rodrigo Tilp é pensar o futuro do grupo
2004 Entra, por meio da prestação de serviços de segurança na área florestal, no Planalto Serrano. O primeiro cliente foi a Klabin, em Lages e Otacílio Costa.
2009 Contrato com a Duas Rodas Industrial, de Jaraguá do Sul, marca a estreia no mercado do Vale do Itapocu. Estreia no Vale do Itajaí. A porta de entrada foi a Haco Etiquetas, de Blumenau.
2010-3 Entra em novos mercados: Curitiba, Itajaí e Brusque.
104 80
“Há uma demanda muito grande por parte das empresas de molde e ferramentaria.”
CARLOS JUNIOR
Francis Yu, chairman e fundador do grupo Yudo
Francis Yu, chairman do grupo Yudo, é um apaixonado pelas belezas naturais do Brasil e pelas oportunidades que o país oferece
Atividade Sistemas de injeção para o processo de moldagem.
45
Da Coreia à terra da oportunidade Empresas joinvilenses respondem por metade dos negócios da multinacional asiática Yudo no Brasil. E grupo vê novas oportunidades de negócios
As atenções do empresário coreano Francis Yu, chairman do grupo Yudo, estão voltadas para Joinville. Um terreno de 192 mil metros quadrados, na rua Dorotóvio do Nascimento, no Jardim Paraíso, vai sediar o mais novo empreendimento da multinacional coreana: um condomínio empresarial voltado para as ferramentarias. O investimento está estimado em US$ 120 milhões. Francis é um apaixonado pelo Brasil. E não é só pelo potencial de negócios que a sétima economia mundial oferece. “É um país muito bonito.” E esta ligação ficou evidente pelo local que ele escolheu para ser fotografado: um jardim no interior de Joinville. O condomínio empresarial é o segundo passo que o grupo, fundando por ele em 1980, está dando em Joinville. No ano passado, a empresa inaugurou uma fábrica de sistemas de injeção para o processo de moldagem, localizada perto do Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola. Foram aplicados R$ 16 milhões para iniciar as atividades no Brasil. Até então, os produtos eram importados. A importância de Joinville para a Yudo é muito grande. Empresas da cidade absorvem metade do que é fabricado pela unidade local. “Há uma demanda para empresas de moldes e ferramentaria”, disse Fran-
Funcionários.
www.yudosa.com.br
1980 Francis Yu cria a Yu & Do Trading Co, na Coreia do Sul.
1981 Desenvolve e lança os sistemas de câmaras quentes no mercado coreano.
1986 Começa a exportar os sistemas de câmaras quentes. Nome do grupo muda para Yudo Co. Ltd.
105
cis na inauguração da fábrica, em agosto de 2012. O objetivo com a criação do condomínio empresarial é o de criar um cluster (arranjo produtivo) de ferramentarias. “Isto vai reduzir a burocracia e estimular a geração de negócios entre as empresas”, destaca o presidente da Yudo no Brasil, José Édson Tomazzini Dantas. Quando o empreendimento estiver totalmente concluído, em um prazo de três a cinco anos, 2.500 pessoas deverão estar trabalhando no local. As negociações para atrair empresas já começaram. “Há ferramentarias que já manifestaram interesse em se instalar no local”, diz o executivo. E também uma grande empresa do segmento de embalagens estuda a possibilidade de vir para Joinville, implantando uma unidade no condomínio. O empreendimento será implantado em cinco etapas. A primeira deve começar a operar no próximo ano. A última fase prevê a transferência da fábrica da Yudo, o que deve acontecer em um prazo de três a quatro anos. “Antes, temos que recuperar o investimento que foi aplicado na unidade instalada em 2012”, afirma Dantas. Mas não são só fábricas que se instalarão no local. O projeto do condomínio prevê a construção de um edifício-garagem de três andares, cinco restaurantes – um deles VIP -, um auditório com capacidade para 250 pessoas e uma área de serviços para dar apoio às empresas.
os negócios da Yudo, tornando-a a terceira em relevância mundial. A intenção para o futuro é trazer linhas de produção de porta moldes, robôs e máquinas operatrizes, como fresadoras e tornos, que atualmente são importados. O grupo coreano atua em mais de 40 países e é líder mundial em produção de sistemas de câmara quente. Uma das principais características do complexo que a Yudo vai implantar no Jardim Paraíso é a utilização de tecnologias que priorizem a sustentabilidade. “Vamos usar tecnologias verdes”, destaca Dantas Painéis fotovoltaicos serão instalados para gerar parte da energia que será utilizada pelo
empreendimento, para o funcionamento dos equipamentos de informática e o aquecimento da água utilizada. A energia externa será destinada para o funcionamento do maquinário. O empreendimento não terá ar-condicionado. O executivo diz que para manter o ambiente mais refrigerado será utilizada uma tecnologia geotérmica desenvolvida e patenteada pela Yudo O complexo de ferramentarias também terá uma estação de tratamento, com capacidade para atender a uma população de 6 mil pessoas. O sistema que será utilizado, segundo o executivo, possibilitará que a água retorne limpa ao meio ambiente.
R$ 16 mi
Foi o valor do primeiro investinmento feito pela Yudo em Joinville.
NEIVA DALTROZO/SECOM
Importância global A expectativa é de que, com o complexo de ferramentarias em funcionamento, a unidade de Joinville cresça em importância para
1992 A partir da joint venture com a empresa japonesa Star Seiki, forma a Yudo-Star, voltada para a fabricação de robôs e equipamentos de automação industrial.
Fábrica da Yudo em Joinville foi inaugurada no segundo semestre do ano passado
1997 Instala-se nos Estados Unidos.
1999 Recebe a ISO 9001, por meio da certificadora TUV.
2008 Instala-se na China.
2009 Yujin Yi assume a presidência do grupo Yudo.
2012 Inaugura unidade industrial em Joinville.
DIVULGAÇÃO CMI BRASIL
106 80
Técnico da CMI realiza trabalho de manutenção em estrutura no terminal portuário de Navegantes
Atividade Serviços de manutenção e montagem industrial.
800
Funcionários no Brasil.
1817 John Cockerill cria os ‘Etablissements Cockerill’, que deu origem ao CMI Groupe, em Seraing, na Bélgica, perto da fronteira com a Holanda.
Negócios nas alturas Com dez anos de Brasil e perto do bicentenário, a CMI pretende duplicar a receita até 2017, por meio de serviços mais abrangentes e mais tecnológicos A mais de 70 metros de altura, alpinistas industriais, realizam serviços de inspeção em estruturas e equipamentos. Prestando manutenção no mais alto nível, técnicos trabalham, de forma segura, a 238 metros de altura realizando reparos. Estes são alguns dos desafios realizados pela multinacional belga CMI (Cockerill Maintenance & Ingénierie), com quase 200 anos de existência, que, em 2004, en-
www.cmibrasil.com
controu Joinville para ser a sede das operações brasileiras. Um dos maiores investimentos privados em Santa Catarina foi a porta de entrada do grupo europeu no Brasil. A aplicação de US$ 400 milhões em 2000 feito pelo grupo Usinor (atualmente parte da ArcelorMittal) na construção da laminadora de aço Vega do Sul, em São Francisco do Sul, foi acompanhado pelo desembarque dos belgas, que já tinham uma
1835 Projeta a locomotiva a vapor “Le Belge”, a primeira a circular na Europa Continental.
1857 Fabricação de locomotivas industriais.
parceria com os franceses na manutenção industrial nas unidades na Europa. Ao longo de quase uma década no Brasil, os negócios se expandiram “em espiral”, explica o gestor corporativo de comunicação e TI, Islair Gonzaga. A partir dos primeiros serviços realizados em São Francisco do Sul, as atividades se expandiram para Joinville, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro... E não ficaram restritas às operações de manutenção industrial e engenharia industrial. Apoiada nos mais de 800 profissionais no Brasil, a empresa expandiu e consolidou a presença também em outros segmentos
1890 Torna-se parceira na construção do primeiro grande complexo siderúrgico chinês, em Hanyang, na região central da China.
1950 Fabricação de locomotivas a diesel.
107
“São, às vezes, serviços bem simples para operações extremamente complexas.” Islair Gonzaga, gestor de comunicação e TI da CMI Brasil
como o montagem industrial. Um dos grandes trabalhos realizados pela empresa neste segmento foi a implantação de uma das linhas de produção da nova fábrica de pneus da francesa Michelin, no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A unidade tem capacidade para produzir 2 milhões de pneus ao ano ou 40 mil toneladas. A operação, concluída no mês passado, demandou mais de 200 mil horas trabalhadas por uma equipe de 210 profissionais. Os equipamentos instalados vieram em 218 contêineres de 40 pés. Foi preciso o apoio de guindastes capazes de operar com cargas de até 60 toneladas. Uma das tarefas envolveu a instalação de 177 quilômetros de cabos elétricos, o que corresponde à distância entre Joinville e Florianópolis. O desempenho da economia brasileira aquém das expectativas não assusta a multinacional belga, que tem planos para duplicar o faturamento até 2017, quando completa 200 anos. A carteira de clientes é repleta de nomes de peso, como Petrobras, Tractebel, Valorec Mannesmann, Weg, Michelin, White Martins, Arcelor Mittal, Ferrous e Gerdau. O fato de o Brasil ser um dos maiores mercados consumidores do mundo e com uma classe média em expansão é um bom sinalizador para a empresa, principalmente no segmento de
1956 Fabricação de caldeiras para usinas nucleares.
1972 Fabricação de canhões de baixa pressão.
montagem. Segundo informações compiladas pela Bradesco Corretora, entre janeiro e setembro, foram anunciadas 391 intenções de investimentos em projetos industriais. As projeções para Santa Catarina são bem positivas. Dois fatores reforçam este bom humor: a instalação da BMW em Araquari e a construção da segunda fábrica da GM. A consolidação do complexo automotivo pode desencadear novos investimentos. O grupo atua em 19 países por meio de 41 unidades de negócios. No ano passado, eram 3.677 funcionários, que foram responsáveis por um faturamento de 792,8 milhões de euros (R$ 2,38 bilhões) e um lucro de 32,1 milhões de euros (R$ 96,2 milhões), o maior da história do grupo.
tagem de grandes estruturas para a realização de serviços de manutenção. Engenheiros e técnicos industriais escalam estruturas como as torres de 238 metros da termelétrica de Capivari de Baixo, pertencente à Tractebel, ou os guindastes que são utilizados para a movimentação de cargas na Portonave, o terminal portuário de Navegantes. Segundo Islair Gonzaga, os principais impactos são a redução dos custos e o ganho de tempo. “Trocam-se dias por horas”. O treinamento do pessoal é realizado em Joinville, onde o grupo tem uma estrutura que simula operações em grandes alturas.
51,4%
Foi o percentual dos pedidos de produtos e serviços, feitos em 2012, que envolvem novas oportunidades de negócios.
38,9%
É o peso das áreas industrial e de serviços industriais na receita do CMI.
CARLOS JUNIOR
Treinamento em Joinville Um aspecto que merece destaque na CMI são as intervenções dos alpinistas industriais. São profissionais trabalhando na manutenção e na montagem de equipamentos industriais em grandes alturas. “Os alpinistas – que tem a certificação internacional da Irata (Industrial Rope Access Trade Association) transformam operações extremamente complexas em atividades bem mais simples”, explica o gestor corporativo de comunicação e TI, Islair Gonzaga. O objetivo é evitar a desmon-
1982 Criação da Cockerill Mechanical Industries.
1999 Primeira unidade fora da Bélgica: instala-se na França para atuar no segmento de manutenção industrial.
Jean-Noël Ott lidera as operações da multinacional belga no Brasil
2004 Instala-se no Brasil, para atender à demanda de serviços de manutenção da laminadora de aço Vega do Sul, em São Francisco do Sul.
2005 Instala-se na Rússia. 2008 Instala-se na Índia.
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“É bom atuar em vários segmentos para não depender exclusivamente de um.” Odorico Fortunato, presidente do Conselho de Administração da Empreiteira Fortunato
Atividade Obras de engenharia
215
1971 Fundação da Empreiteira Fortunato, dedicada a construções e outras obras de engenharia. 1987 Começa a atuar na área de saneamento, implantando redes coletoras, realizando dragagens e obras para depósitos de resíduos industriais. Executa as primeiras obras para a Prefeitura de Joinville.
CARLOS JUNIOR
Funcionários
Odorico Fortunato, presidente do Conselho de Administração, está repartindo experiência com a segunda geração
Mãos à obra A atuação no segmento de infraestrutura está no DNA da Empreiteira Fortunato. Com mais de 40 anos de história e indo para a segunda geração, a empresa quer aproveitar as oportunidades que estão chegando
www.fortunato.com.br
1999 Entra no segmento de engenharia ambiental, por meio de participação na Catarinense Engenharia Ambiental.
Miniaturas de caminhões e retroescavadeiras, quadros mostrando máquinas e equipamentos utilizados em obras de infraestrutura. Os itens que decoram o escritório de Odorico Fortunato, fundador e presidente do Conselho de Administração da Empreiteira Fortunato, retratam mais de quatro décadas de história de envolvimento com a construção pesada. As primeiras lições para o empreendedor, nascido em Rio do Sul, foram obtidas no início da juventude, quando trabalhou com compactação de pavimentação na Construtora Paranapanema. Era o final dos anos 60. O sonho era ser dono do próprio negócio. Isto se tornou realidade no início dos anos 70. No começo, era ele e um caminhão, um Ford Alemão. As primeiras obras foram a realização de drenagens na serra de Garuva. Para complementar a renda, plantava grama. O apoio familiar foi grande: como os recursos gerados pela empresa eram reinvestidos, o sustento doméstico vinha por meio da esposa de Odorico, que era professora. “No começo, muitos pagamentos atrasavam”, conta o empresário. A demanda por obras nos anos 70 era crescente. Isto obrigou a realização de novos investimentos – compra de veículos e máquinas – e a abertura de novas frentes de negó-
2003 Início das atividades de construção civil industrial, comercial e residencial e obras especiais.
2004 É certificada com a ISO 9000.
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cio, no Rio Grande do Sul. O primeiro grande contrato em que a Empreiteira Fortunato esteve diretamente envolvida foi a construção do oleoduto da Transpetro, que liga as instalações da Petrobras em São Francisco do Sul à Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária (PR). Para participar do consórcio, foi necessário realizar uma saga. “Tivemos de reunir muitos documentos para participar da concorrência.” O resultado foi positivo. A participação na obra abriu as portas para novos trabalhos com a petrolífera. Isto, segundo o empresário, acabou sendo uma grande escola de negócios. “Aprendi muitas lições sobre como administrar uma empresa.” Uma das que ele considera mais valiosa é a de “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. “É bom atuar em vários segmentos para não depender exclusivamente de um.” Um novo salto da empresa foi dado em meados dos anos 80, aproveitando a forte expansão registrada entre 1984 e 1987, quando o país cresceu 26,5%. A Fortunato acompanhou este ritmo de crescimento acelerado: comprou mais equipamentos; ampliou a área de atuação, com a entrada no segmento de terraplenagem, e conquistou novos clientes, como a Prefeitura de Joinville A Fortunato foi uma das primeiras empresas da cidade a atuar com terraplenagem. A fama acabou se espalhando. “Tinha até socialite que pedia para que fôssemos fazer as obras”, diz, rindo, o empresário. Entre os clientes atendidos neste segmento estão o Makro Atacadista, a ArcelorMittal Vega, a Hengst, a Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina), a Marcegaglia do Brasil, a Autopista Litoral Sul e o Governo de Santa Catarina. A pavimentação, entretanto, é
2005 Início da operação da 1ª Usina de Asfaltos Contra Fluxo da cidade de Joinville.
uma das grandes paixões de Odorico Fortunato. “Sempre tive boas obras neste ramo.” O empresário é capaz de passar horas falando sobre o tema. Desde o início das atividades da empresa já foram 2.300 quilômetros. Atualmente, a empresa é responsável pela construção do contorno de Garuva, que vai ligar a SC-415 à BR101, facilitando o acesso ao porto de Itapoá; de obras na Costa do Encanto, que margeia a baía da Babitonga; e a implantação de pistas marginais e de recuperação asfáltica na BR-101, para a Autopista Litoral Sul. Outras obras que a empresa está desenvolvendo são a implantação de um centro logístico integrado (Clif), em Itapoá; a reurbanização da rua Tuiuti, em Joinville, e diversas atividades para clientes como Douat, Ciser, Apoio Logística, Logbras, Brasmazem, Marcegaglia, Whirlpool e Aceville.
Nova geração Os planos para o futuro não param, mesmo com Odorico Fortunato envolvido na sucessão da em-
preiteira. Dois de seus filhos, Aline e Leonardo, ocupam posições-chave na empresa. A primeira, que está há 15 anos na Fortunato, é responsável pela gestão financeira. O segundo, com quase 20 anos de experiência, assumiu em 2011 a administração do negócio. Mesmo com a mudança, o empresário pretende continuar dando “uns pitacos” no dia a dia da empresa. “Sou o presidente do conselho de administração, mas venho acompanhando o dia a dia, repassando informações e cobrando resultados”. O objetivo da segunda geração é permanecer como referência no segmento de infraestrutura e ampliar a participação da empresa em obras industriais. A Fortunato também pretende investir em áreas correlatas às atividades da empresa e em projetos que necessitem de grandes obras de engenharia, como centrais hidrelétricas, empresas de saneamento, logística e concessões de serviços públicos.
2.300 km É a quantidade de obras de asfaltamento realizadas pela Empreiteira Fortunato.
SECOM
Rodovia que faciilta o acesso direito ao porto de Itapoá foi uma das obras realizadas pela empresa
2008 Início de operação da unidade industrial em Garuva, com pedreira, britagem, usina de solos e usina de asfalto.
2011 Leonardo Fortunanto assume a presidência.
Início das atividades de consultoria, gestão de projetos e gerenciamento de obras.
2013 Lançamento de incorporação imobiliária na cidade de Itapoá.
2014 Início das atividades da empresa na área de logística multimodal.
Atividade Componentes para os segmentos automotivo, iluminação e agronegócio e eletroferragens.
1.628
Funcionários.
1932 Fundação da Schmidt, Wetzel & Cia. por Wigando Schmidt e os irmãos Erwino e Arnoldo Wetzel. Início da fabricação de torneiras e registros em latão pelo processo de fundição sob pressão, uma técnica pioneira na América Latina.
DIVULGAÇÃO WETZEL
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André Luís Wetzel da Silva assumiu o comando da empresa no final do ano passado com a missão de imprimir um novo ritmo
O momento da retomada Conquista de novos clientes, recuperação do mercado de caminhões e conclusão da reestruturação começam a gerar bons resultados para a Wetzel André Luís Wetzel da Silva assumiu o comando da Wetzel em 12 de dezembro de 2012. A combinação dos números é motivo para uma brincadeira: “deve ter algo de cabalístico nela.” Coincidência ou não, é um momento de grande transformação para a empresa, que está concluindo um processo de reestruturação. O modelo de unidades de negócios – que dividia a empresa em unidades de ferro, alumínio e eletrotécnica – foi substituído pelo
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de gestão por competências. Funções comuns às três áreas foram consolidadas. Segundo André, o principal objetivo é o de tornar os processos muito mais ágeis. “Estamos em uma fase de transformação cultural”, explica o executivo, que tem como grande desafio preservar os valores conquistados ao longo dos 81 anos de história da empresa. A empresa foi fundada em 1932 por seu avô, Erwino Wetzel, e mais dois sócios. Até o final do ano, a
1938 Produz a primeira injetora no Brasil.
1950 Início da fabricação de produtos para instalações elétricas.
empresa terá o código de ética divulgado. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o Sesi (Serviço Social da Indústria). O Sistema de Gestão Ambiental está consolidado e atende à realidade dos segmentos em que a Wetzel atua. A reestruturação da empresa, ao longo do ano passado, foi acompanhada por um cenário macroeconômico mais turbulento. O “pibinho” de 2012, que cresceu 0,9 %, deixou impactos na empresa. Ela também foi afetada pela crise externa e a antecipação de compras de caminhões – um dos principais mercados atendidos pela Wetzel – no final de 2011. Isto acabou resultando na formação de estoques nas reven-
1960 Início da produção de eletroferragens em alumínio fundido para linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.
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“Estamos em uma fase de transformação cultural.” André Luís Wetzel, presidente da Wetzel
A Wetzel também conquistou clientes que são sistemistas de montadoras participantes do InovarAuto, que tem por objetivo estimular novos investimentos no segmento. A outra área da empresa – a eletrotécnica – também passa por um bom momento. A expansão foi de 20,2%. Neste semestre estão sendo lançados novos produtos na linha de alumínio e iluminação com tecnologia LED, o que pode contribuir para a expansão na participação de mercado. Para manter os bons resultados, a empresa também está racionalizando os processos de
Temporada de prêmios Desde o início do ano, a empresa conseguiu dois prêmios. O desempenho na entrega e na qualidade do produto para a Robert Bosch rendeu o prêmio Magneto de Ouro. A empresa também foi premiada pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) como destaque nos segmentos de caixas de derivação e conduletes e acessórios de metal. A entrega foi em agosto.
106,5%
Foi quanto cresceu o lucro da Wetzel no primeiro semestre, comparativamente a igual período de 2012.
3
São as unidades de atuação da Wetzel: Ferro, Alumínio e Eletrotécnica.
275
Foi o aumento no quadro de colaboradores no primeiro semestre. DIVULGAÇÃO WETZEL
das e nos pátios das montadoras nos primeiros meses de 2012. Mas, os bons resultados estão de volta e com bastante vigor. O faturamento da Wetzel no primeiro semestre foi de R$ 153,94 milhões, 23,1% a mais do que no mesmo período de 2012. Um importante aliado contribuiu para o resultado: a recuperação do mercado de veículos pesados, um dos mais relevantes para a empresa. Segundo a Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), o licenciamento de caminhões novos fabricados no Brasil cresceu 5,1% no primeiro semestre do ano comparativamente a igual período de 2012. A de ônibus, 5,2%. E a produção de máquinas agrícolas se expandiu em 15,8%. Estes três segmentos continuam tendo um bom desempenho. Dados da associação mostram que nos três primeiros trimestres do ano, o licenciamento de caminhões cresceu 15,1%, em relação a 2012; a de ônibus, 10,4%; e a de máquinas agrícolas, 19,8%.
produção. O principal desafio do momento é a manutenção dos custos. Segundo o relatório da administração sobre o primeiro semestre, isto tem se traduzido em atuação precisa e controle rigoroso dos gastos. Os custos de produção caíram de 86,5% das vendas, na primeira metade de 2012, para 76,7%, no mesmo período de 2013.
Boas expectativas O bom desempenho no primeiro semestre foi sentido com mais força nas unidades alumínio e ferro, que, respectivamente, tiveram um crescimento de 30% e 17,2% na primeira metade de 2013 em relação aos mesmos meses do ano passado. As expectativas são de que os negócios continuem bem.
1970 Início da produção de ferro fundido zincado, destinado à fabricação de componentes para isoladores elétricos e ferragens para linhas de transmissão de energia.
Linha de produção da unidade de alumínio da Wetzel
1980 Desenvolve peças para a indústria de autopeças e abre escritórios em São Paulo e Nova Jersey (EUA).
1988 Adquire o controle da Metalúrgica Douat.
2010 Criação da Wetzel Univolt, em conjunto com a empresa austríaca Dietzel, com o objetivo de produzir eletrodutos em PVC e PEAD.
112
R$ 10,21 bi
É o potencial de consumo dos joinvilenses, em 2013, segundo projeções da consultoria IPC Marketing.
19%
É o peso da indústria automotiva na indústria nacional.
Possibilidades de
crescimento As possibilidades de crescimento para a economia joinvilense são grandes. Não são só os reflexos diretos e indiretos gerados pelos mais de R$ 1,2 bilhão de investimentos na indústria automotiva que vão ter impacto positivo nos próximos anos. Outra possibilidade é gerada pelo crescimento contínuo dos salários. O aumento anual chega a ser próximo de 10%. O potencial de consumo joinvilense para 2013 foi estimado em R$ 10,21 bilhões pela consultoria IPC Marketing. É só o 40° maior do país, para uma cidade que se orgulha em ter o terceiro maior PIB (produto interno bruto) do Sul do Brasil e o 25o no âmbito nacional. Os estímulos vindos da indústria automotiva não se restringem apenas ao polo metal-mecânico. São mais amplos, devido ao grau de capilaridade das montadoras de carros no restante da economia. Quase 19% da economia nacional gira direta ou indiretamente em torno da atividade. A instalação das fábricas deve reforçar ain-
da mais o empreendedorismo na região. Áreas como construção civil, logística e prestação de serviços são alguns dos segmentos que mais devem ser requisitados. Mais investimentos, mais negócios, mais empresas e mais postos de trabalho. A economia tende a girar com maior vigor. Quem tiver um projeto consistente, adequado às novas demandas e com um bom planejamento, poderá aproveitar bem esse bom momento, previsto há dois anos pela consultoria americana McKinsey. Um exemplo bem próximo de como Joinville e região podem ser beneficiados com os novos investimentos é o de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Antes da instalação de duas montadoras, no final do anos 90, era uma cidade-dormitório da capital paranaense. No período entre 1996 e 2010 viu o PIB se expandir mais de cinco vezes, segundo o IBGE. A população ampliou-se mais de 87% nos últimos 17 anos.
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CARLOS JUNIOR
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Carlos Alberto de Oliveira Júnior (E) e Alberto Raposo de Oliveira, da Litoral Soluções em Comércio Exterior, planejam investir em projetos ligados ao agronegócio
Navegando em bons mares Bom momento do agronegócio brasileiro alimenta planos da Litoral Soluções em Comércio Exterior para o porto de São Francisco do Sul
Atividade
Soluções para comércio exterior em portos, aeroportos e fronteiras.
106
Funcionários.
As águas da baía da Babitonga estão mais movimentadas. O entra e sai de navios no porto de São Francisco do Sul não para. Nos oito primeiros meses do ano, a chegada e saída de cargas aumentou 18% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo 8,62 milhões. E, na avaliação dos empresários Alberto Raposo de Oliveira e Carlos Alberto de Oliveira Júnior, da Litoral Soluções em Comércio Exterior, os bons momentos devem continuar por
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bastante tempo. O principal trunfo é a maior eficiência do terminal em relação aos concorrentes. Uma carga em São Francisco do Sul leva cerca de três dias úteis para ser liberada. Em Santos, o maior porto brasileiro, esta demora pode chegar a 20 dias. “Por aqui há uma situação mais confortável para o cliente”, destaca Raposo. Este fato, segundo ele, foi um dos motivos pelos quais o terminal não foi afetado pela uniformização
das alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre as importações. “Nas operações de comércio exterior, não é só a questão financeira que pesa”, afirma Oliveira Júnior. Santa Catarina tinha, até o final do ano passado, uma das políticas mais agressivas em relação a este tributo, com o intuito de estimular a movimentação de cargas pelos portos do Estado. Outro fator que favorece a expansão são os investimentos constantes em ampliação da capacidade. Além do agronegócio, São Francisco do Sul vem se tornando uma importante alternativa para outros tipos de cargas, como os contêineres e as gerais.
1988 A partir de incentivos dos pais, Alberto Raposo de Oliveira e Carlos Alberto de Oliveira Júnior criam a Litoral Agência Marítima. Eles vinham de outras experiências na área de comércio exterior, trabalhando para a Ceval (hoje Bunge) e para a Saveiros, que pertencia ao grupo Wilson Sons. O primeiro cliente foi a Ceval.
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“São Francisco do Sul vem se tornando uma importante alternativa.” Alberto Raposo de Oliveira, diretor da Litoral
O cenário favorável faz a Litoral apostar em vários projetos relacionados ao agronegócio. Um deles é o TGSC, um terminal de granéis privativo, que será construído ao lado do porto. A Litoral é acionista de 30% do empreendimento, que terá capacidade para movimentar 10 milhões de toneladas ao ano. Serão dois berços de atracação, em um cais com 453 metros de extensão, com um calado de 14 metros. A previsão é de que a licença para as obras, por parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), seja liberada ainda neste ano. A partir disto, seriam necessários 90 dias para implantar o canteiro de obras e outros 18 meses para concluí-las. O projeto foi concebido há oito anos. “Mais cedo ou mais tarde, vai acabar se tornando realidade”, afirma Raposo. Outra aposta da Litoral é na retroárea do porto de São Francisco do Sul. Nos planos da Litoral, está o projeto da Litofertil, que envolve a construção de um armazém para a estocagem de fertilizantes. A importação está em alta para atender às necessidades da crescente produção agrícola. De acordo com a Anda (Associação Nacional de Difusão de Adubos), entre janeiro e agosto, foram compradas 13,6 millhões de toneladas do tipo intermediário no exterior. É uma expansão de 10,9% em relação ao mesmo período de 2012. A empresa também pretende
1990 Abrem o primeiro escritório fora de São Francisco do Sul. O local escolhido foi Itajaí.
“O objetivo é vender serviços de comércio exterior nos portos e aeroportos de SC, PR e SP.” Carlos Alberto de Oliveira Júnior, diretor da Litoral
ampliar a área de abrangência. “O objetivo é vender serviços de comércio exterior nos portos e aeroportos de Santa Catarina, Paraná e São Paulo”, enfatiza Oliveira Júnior. Outras regiões que despertam o interesse são Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Capital humano Os investimentos da Litoral não se restringem somente aos ativos. A necessidade de ter cada vez mais mão de obra qualificada vem fazendo com que a empresa especializada em soluções de comércio exterior invista no reforço da capacitação de seus quadros. Atualmente, são cem funcionários envolvidos diretamente na atividade. O cenário dinâmico do comércio exterior é um dos motivadores para esta preocupação. “É preciso estar constantemente direcionando esforços para o aprimoramento das pessoas”, ressalta Raposo.
Segundo Raposo, não adianta dotar o porto de mais capacidade – a expectativa é de que ela duplique nos próximos três anos –, sem que haja acessos adequados. Hoje, São Francisco do Sul é referência da movimentação de cargas ligadas ao agronegócio e está se expandindo em direção a outros segmentos. Outra necessidade levantada pelo empresário é a realização de novas obras de dragagem. O PAC2 direcionou R$ 29,4 milhões que já foram aplicados. “Novas obras seriam bem-vindas”. A principal justificativa é a entrada em operações de navios com maior calado – os super post panamax, que exigem 16 metros. Hoje, São Francisco do Sul pode receber embarcações com até 14 metros.
18%
Foi o crescimento, neste ano, na movimentação de cargas pelo porto de São Francisco do Sul.
DIVULGAÇÃO LITORAL
Infraestrutura Uma das principais preocupações dos empresários é em relação aos acessos para o porto. A maior delas é em relação à duplicação da BR-280. “Desde que eu era pequeno já se falava nessa necessidade”, diz Carlos Alberto de Oliveira Júnior. A licitação já foi realizada para os três trechos, contudo ainda não há previsão para que as obras iniciem.
2008 Abrem o escritório em Joinville.
2009 Primeira filial fora de Santa Catarina: Paranaguá.
Planta do TGSC, que será construído nas proximidades do porto de São Francisco
2013 Aos 25 anos, a Litoral tem novos planos de expansão: participação em terminais de granéis e em armazéns de fertilizantes. Implanta a unidade de Santos e avalia a instação de uma unidade em Vitória.
CARLOS JUNIOR
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A amizade de 20 anos entre Adriano Reinert e Estevão Goularte se reflete na JoinVix. O primeiro se dedica ao gerenciamento dos servidores, segurança da informação e aprimoramento de produtos e serviços; o segundo, à administração
Empreendedores da web Um livro emprestado e um jogo de sinuca foram as bases para Adriano Reinert e Estevão Goularte criarem a JoinVix
Atividade
Soluções de web hosting e produtos para gestão de negócios via web.
10
Funcionários.
Não é só a JoinVix, uma empresa que oferece soluções de web hosting e produtos para gestão de negócios via web e que tem como mascote o simpático robô ao lado, que une os empreendedores Adriano Reinert e Estevão Goularte. O negócio só tem cinco anos, mas a amizade entre os dois dura há mais de 20 anos. Vizinhos do mesmo bairro, o Fátima, estudaram na mesma escola pública, disputavam partidas de futebol, jogavam games no computador
– o favorito da dupla era o lendário Age of Empires, da Microsoft – e, até mesmo, brigavam. A tecnologia sempre foi uma paixão para eles, mesmo quando a internet ainda engatinhava, no final dos anos 90. Este forte relacionamento ganhou força quando Estevão foi trabalhar como menor aprendiz em uma agência da Caixa Econômica. A instituição financeira estava
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1991 Adriano Reinert e Estevão Goularte se conhecem.
dando os primeiros passos no ambiente virtual. Um funcionário tinha como objetivo fazer a página da intranet do escritório de negócios da Caixa em SC. A curiosidade de Estevão por códigos e linhas de programação era tão grande que chamou a atenção do bancário, que lhe emprestou, por alguns dias, um livro de linguagem HTML. Estevão começou a devorar as páginas e montar os primeiros códigos em um Pentium 233, comprado com muito esforço pela mãe, a partir do dinheiro de uma rescisão
1998 Estevão Goularte pega emprestado um livro sobre HTML e começa estudar a linguagen. Adriano faz cópia da publicação.
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“O cliente é o nosso principal parceiro e quem vai acabar vendendo a marca JoinVix.” Adriano Reinert e Estevão Goularte, sócios da JoinVix
trabalhista. “Eu era o que se chamava, na época, de micreiro”, conta Estevão. Em visita ao amigo, Adriano pediu o livro emprestado. Não conseguiu. Mas fotocopiou a publicação. Nasciam as bases da JoinVix. O tempo passou e cada um foi cuidar de sua vida. Obviamente, ligada às novas tecnologias. “Sempre tive uma sede de aprendizado nesta área”, diz Estevão. Tanto ele, quanto Adriano se aventuraram em negócios próprios. Tiveram seus tropeços, quebraram a cabeça. Uma realidade comum a muito empreendedor. O destino os voltou a unir. O cenário foi uma mesa de sinuca. Dali saiu o convite de Adriano ao amigo Estevão. A ideia era a de criar uma empresa de hosting, para profissionalizar o atendimento a cerca de 80 clientes que Adriano tinha em sua empresa de criação de sites. “Uma coisa sabíamos: não podíamos errar. Não havia dinheiro para esbanjar”, afirma Adriano. A possibilidade de um fracasso sequer foi levada em consideração.
os dois empreendedores. A experiência de Estevão como técnico bancário o credenciou para cuidar da administração da empresa. Adriano se dedica ao gerenciamento dos servidores, segurança da informação e aprimoramento de produtos e serviços. O grande sonho no começo era o de conquistar pelo menos um cliente ao dia. A meta foi alcançada há tempo. São conquistados, em média, 40 clientes por mês. Atualmente, são 1.440, formados principalmente por pequenas e médias empresas. Outro objetivo realizado foi o de chegar ao faturamento de R$ 1 milhão. Ele foi alcançado em 2012. A equipe é pequena. São só dez pessoas. O segredo, segundo Adriano e Estevão, é não deixar as coisas que podem ser feitas hoje para amanhã e investir na gestão de processos e automatização de tarefas. A JonVix tem uma obsessão com o
tempo. Só assim, segundo os empreendedores, é possível pensar estrategicamente a empresa. “Temos de trabalhar para não termos o que fazer”, afirma Adriano. Outro importante cuidado com a empresa está nas mãos de Estevão: a gestão financeira. Os preceitos a serem seguidos são sempre ser lucrativa e não pedir emprestado dinheiro das instituições financeiras. “É preciso dar passos pequenos para construir uma empresa sólida.” É seguindo este caminho que a JoinVix, instalada no Boa Vista, pretende expandir sua abrangência. Uma das medidas tomadas para se aproximar de potenciais clientes foi ter telefones locais em algumas das principais capitais e regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande e Salvador. Uma linha 0800 atende às demais localidades. O grande desafio é, com o crescimento contínuo, não se tornar uma empresa zumbi, ou seja, distanciar-se do cliente. “É ele o nosso principal parceiro e quem vai acabar vendendo a marca JoinVix”, dizem Adriano Reinert e Estevão Goularte.
5 mil
É a quantidade de contas de e-mail gerenciadas pela JoinVix.
600 mil
É a quantidade de e-mails por mês enviados pelos clientes da Joinvix a partir dos servidores da empresa.
CARLOS JUNIOR
Oportunidade à frente A decisão, tomada no final de 2007, vislumbrava uma grande oportunidade na internet: oferecer serviços voltados de uma forma ágil e extremamente simples, aproveitando um vácuo deixado pelas empresas de grande porte, que não conseguiam dar um atendimento mais dedicado às necessidades locais, principalmente entre as empresas de pequeno e médio porte. Outro fator que facilitou a sociedade foi a complementaridade entre
1999 Primeiro emprego de Estevão e Adriano na área de tecnologia da informação: trabalham em um dos sites regionais mais acessados.
Em média, 40 clientes são incorporados por mês à carteira da JoinVix
2001 Estevão e Adriano passam a trabalhar em outras empresas e se dedicam a negócios próprios.
2008 Reunem-se para fundar a JoinVix.
2012 Fatura o primeiro milhão de reais 2013 Passa dos 1.400 clientes.
FOTOS CARLOS JUNIOR
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JEC: Uma grande paixão em três letras Com 37 anos e uma torcida fanática, uma das tradições joinvilenses tem um dos maiores públicos pagantes na Série B
Atividade Clube de futebol
Cidade da Dança. Cidade das Flores. Manchester Catarinense. Várias são as denominações dadas a Joinville. E, porque não considerá-la como a cidade do futebol, já que o JEC é uma grande paixão? A maior prova disto são os milhares de torcedores que lotam a Arena Joinville a cada jogo. Não foi difícil para o JEC tornar-se uma referência absoluta para o joinvilense. Os primeiros resultados mostraram isso: o campeonato conquistado logo no primeiro ano de atuação e o inédito octocampeonato catarinense, entre 1978 e 1985, uma marca que nem sequer chegou a ser ameaçada. O clube já nasceu movimentando a cidade. Outro fator que contribuiu para que o clube resultante da fusão dos departamentos de futebol dos tradicionais América e Caixas se popularizasse, quase que instantaneamente, foi o fato de ser uma das opções de lazer mais acessíveis em uma época em que elas eram mais restritas. No ano em que o JEC foi
www.jec.com.br
fundado, em 1976, Joinville tinha 191 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A população cresceu quase três vezes desde então. A atividade econômica se expandiu mais de quatro vezes e meia. E a relação entre a cidade e o clube de futebol se intensificou mais ainda. O impulso dado pela ascensão nas divisões do futebol brasileiro vem contribuindo para reforçar a marca do clube. Em 2010, subiu da série D para a C. No ano seguinte, foi campeão da C, subindo para a B, onde se encontra atualmente. Hoje, possui mais de 10 mil sócios. É um público fiel. Nenhuma partida jogada pelo JEC está entre as dez com maior público pagante na edição deste ano da Série B. Contudo, o clube catarinense é o que tem a quarta maior média, perdendo apenas para Palmeiras, Sport e Ceará. São 8.732 pessoas que compraram ingressos para ver o tricolor jogar em casa. E é
1976 Nasce a partir da fusão dos departamentos de futebol do América e do Caxias. Foi com essa parceria, entre dois tradicionais adversários do futebol local, que começou a história do JEC.
Jogos do JEC atraem milhares de pessoas à Arena
o segundo no ranking da taxa de ocupação do estádio em que joga, ao longo de 30 rodadas: 41%. À frente, apenas outro catarinense, a Chapecoense.
1977-86 Disputou a Série A do Campeonato Brasileiro por 10 anos consecutivos. A melhor colocação foi em 1985, quando ficou em 8º, sendo eliminado pelo Coritiba, campeão daquele ano.
119
41%
8.732
É a taxa média de ocupação da Arena Joinville no campeonato da Série B. É o segundo melhor desempenho entre as equipes.
1978-1985 Conquista um inédito e até hoje insuperável octacampeonato catarinense.
1986 Dez anos após a fusão, o JEC já havia acumulado tantos títulos quanto América, Caixas e Operário em 65 de história.
É a média de público pagante nos jogos em que o JEC disputa na Arena Joinville pela série B. É o quarto melhor desempenho entre as equipes.
2010 Joga na Série D e garante a vaga para a Série C.
2011 Primeiro título nacional do JEC. Conquista o campeonato e sobe para a Série B depois de oito anos de ausência.
ANDRÉ KOPSCH/DIVULGAÇÃO
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Além do bom momento do segmento automotivo, Fernando Teixeira, gerente geral da ArcelorMittal Vega, vê grandes chances de negócios a partir dos investimentos em inovação
Ciclo de oportunidades Novos investimentos das montadoras criam mais expectativas de negócios para a ArcelorMittal Vega, que completou dez anos de atividade em 2013
Atividade Produção de laminados planos de aço ao carbono.
1.200
Funcionários no Condomínio Vega.
A indústria automobilística brasileira está entrando em um novo ciclo de investimentos. A partir do novo regime automotivo – o Inovar Auto –, focado no desenvolvimento de veículos mais inovadores, seguros e sustentáveis – devem ser aplicados mais de R$ 7,3 bilhões nos próximos anos. Uma parcela deles está sendo direcionada para o Norte do Estado: a montadora alemã BMW vai aplicar R$ 500 milhões em Araquari, na implantação da primei-
ra unidade da América Latina. A ArcelorMittal Vega vê grandes oportunidades de expansão com o novo ciclo de investimentos na indústria automobilística brasileira. A laminadora de aço – que tem uma capacidade para processar 1,4 milhão de toneladas ao ano e recebeu mais de US$ 500 milhões de investimentos desde a sua instalação, há dez anos – é uma das principais fornecedoras do segmento automotivo. 65% da produção na unidade francisquense
www.arcelormittal.com/br/vega
são direcionados para esta área. Um em cada quatro carros produzidos no Brasil recebe o aço catarinense. “O Brasil vive um momento muito mais promissor do que a Europa e vem se configurando como um dos grandes players automotivos, já sendo o quarto mercado mundial”, afirma o gerente geral da ArcelorMittal Vega, Fernando Teixeira. Segundo a Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), entre 2009 e 2012, o licenciamento de veículos novos cresceu a um ritmo anual de 6,57%. Nos três maiores mercados europeus – Alemanha, França e Grã-Bretanha – , houve um encolhimento médio anual de 3,54%.
1999 O grupo francês Usinor inicia os estudos de viabilidade técnica e econômica do projeto Vega.
2000 Lançamento oficial do projeto Vega do Sul.
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“A vinda de importantes montadoras traz novas oportunidades aos fornecedores de toda a cadeia da indústria automotiva.” Fernando Teixeira, gerente geral da ArcelorMittal Vega
A sustentação do bom desempenho do setor automotivo vem gerando bons resultados para a ArcelorMittal Vega. No ano passado, a produção cresceu 5%. Outro importante pilar para a obtenção desses resultados é o sistema de gestão da qualidade, que é baseado no atendimento a requisitos específicos dos clientes e é certificado pelas normas ISO/TS 16949 e NBR ISO 9001. Há também o compromisso com a eficiência ambiental desde o planejamento de investimentos até a distribuição dos produtos.
Inovação A ArcelorMittal vem focando investimentos no desenvolvimento de novas linhas de produtos para a área automotiva. Nos últimos anos ,foram aplicados mais de US$ 150 milhões em escala mundial na pesquisa e desenvolvimento do projeto S-in Motion, um conjunto de soluções em aço, que possibilita garantir mais leveza e segurança aos veículos, mantendo o custo final. O grupo projeta que, com o uso desses aços especiais, é possível diminuir o peso do veículo em até 20%. Outra possibilidade, de acordo com os testes realizados nos laboratórios e centros de pesquisa da ArcelorMittal, é a redução nas emissões de dióxido de carbono (CO2). Em média, segundo a empresa, pode chegar a 6,2 gramas por quilômetro rodado. A nova tecnologia já representa de 8% a 10% do volume total de aço
2001 Início das obras da laminadora de aço Vega do Sul, em São Francisco do Sul. Foram aplicados US$ 420 milhões.
consumido na produção de veículos no Brasil. A previsão é que o volume chegue a 25% em 2025. No início do ano, foram concluídos US$ 10 milhões em investimentos, em São Francisco do Sul, na implantação de um sistema de pós-tratamento em uma das linhas de galvanização, o que possibilita que a indústria automobilística tenha mais facilidade na estampagem das peças. O pós-tratamento está se tornando uma tendência entre as montadoras, principalmente as asiáticas. Vários benefícios foram detectados com a adoção deste processo: a redução no índice de rejeição de peças e o aumento na produtividade. Uma oportunidade de negócio
que a ArcelorMittal está enxergando no mercado brasileiro vem da obrigatoriedade da realização do crash test, o teste de colisão realizado para determinar a segurança dos ocupantes. Segundo Teixeira, para que os carros brasileiros sejam aprovados vão precisar de aços diferenciados, mais resistentes e com mais tecnologia. A empresa também tem como meta manter o market share entre 34% e 37%. “Nossa capacidade está preparada para atender às demandas do mercado, crescendo no volume de aço fornecido”, destaca o executivo.
Ação comunitária Os investimentos da ArcelorMittal Vega não se restringem ao parque fabril. Desde o início de sua atuação, há dez anos, a empresa investe em projetos comunitários em São Francisco do Sul. Já foram destinados R$ 15,6 milhões para as áreas de educação, saúde, meio ambiente e cultura.
34%
É a participação da ArcelorMittal Vega no mercado brasileiro para aços revestidos e laminados a frio.
ANDRÉ KOPSCH/DIVULGAÇÃO
Quase dois terços do aço processado em São Francisco do Sul são direcionadox às montadoras
2003 Início da produção para atender à demanda das indústrias automobilística e de eletrodomésticos.
2008 Início das obras de linha de galvanização. São aplicados US$ 76 milhões para ampliar a capacidade para 1,4 milhão de toneladas ao ano.
2013 Completa dez anos de atividade.