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Os alimentos ultraprocessados
Preços acessíveis, praticidade alimentar e fácil disponibilidade aliados ao trabalho de marketing massivo dos produtos, foram os grandes responsáveis pela elevação do comércio dos alimentos ultraprocessados no país.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a aquisição média per capita dos alimentos industrializados foi de 2.560 kg entre 2002-2003, para 3.992 kg no período de 2017-2018, representando um aumento de 56%.
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O processo de substituição das preparações culinárias e tradicionais pelos alimentos ultraprocessados ocorreu de forma gradativa, em consonância com as transformações socioeconômicas que aconteciam no país, pois, quanto maior a urbanização, a renda per capita e o incentivo fiscal fornecido às empresas estrangeiras para se instalarem em território nacional, maior é o consumo desses alimentos.
Os alimentos ultraprocessados são altamente irresistíveis, viciantes e de longa validade, porém nada nutritivos. Na verdade, possuem alta densidade energética e desequilíbrio de macro e micronutrientes, com destaque para o excesso de carboidratos simples, sódio e gorduras, e quantidade insuficiente de fibras e potássio.
Estudos têm apontado a relação direta entre o consumo de alimentos industrializados e o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), as quais ainda potencializam as complicações e a letalidade do coronavírus.
Sendo assim, em 2007, as DCNTs foram responsáveis por 72% das mortes que ocorreram no país e, em 2020, durante a pandemia, de acordo com o Ministério da Saúde, dos óbitos contabilizados até a Semana Epidemiológica 14, em 61,1% havia pelo menos uma comorbidade, sendo cardiopatia e diabetes as de maior incidência entre os maiores de 60 anos e obesidade em pessoas que são menores de 60 anos.
por Yanna Carneiro Gestora de Recursos Humanos | DHO | Gente e Gestão | Saúde e Segurança | Meio Ambiente
Como consumir mais comidas saudáveis e baratas?
Uma rotina saudável deve começar com um café da manhã balanceadíssimo! Contendo uma variedade de nutrientes bacanas.
por dra sophie deram
O que é uma alimentação saudável?
Antes de conhecer as seis dicas para ter uma alimentação saudável e barata, é importante entender o que significa o “comer bem”. Basicamente é ter uma alimentação que contribua para a nossa saúde física e mental. Ou seja, podemos considerar que: não é restritiva; é variada, composta por todos os grupos de alimentos; é baseada em comida caseira e fresca.
É importante entender também que uma alimentação saudável não está focada na perda de peso, mas sim em bons hábitos alimentares, existem alimentos saudaveis que são autamente caloricos, como a laranja.
Alimente-se de maneira prazerosa e tenha um estilo de vida promotor de saúde, assim, atingirá um peso saudável, que é só seu. Além disso, não vá atrás de dietas ou restrições alimentares, essas ações estão na contramão do conceito de alimentação saudável.
1- Prefira alimentos in natura e minimamente processados É comum acreditar que uma alimentação saudável e variada, baseada em alimentos in natura, ou comida fresca, é mais cara que os alimentos ultraprocessados.
Por exemplo: 1kg de carne, considerado um alimento in natura ou minimamente processado, é bem mais caro que um quilo de salsicha (alimento ultraprocessado). Comprar um refrigerante também pode ser bem mais barato do que adquirir frutas para fazer um suco. Comprar um refrigerante também pode ser bem mais barato.
Isso pode acontecer porque a indústria alimentícia recebe incentivos fiscais e consegue produzir mais com um menor custo. De qualquer forma, é um barato que sai caro para a nossa saúde.
Além disso, de forma geral, não está confirmado que ter um padrão alimentar baseado em alimentos ultraprocessados seja realmente mais barato. Portanto, prefira os alimentos frescos!
2- Planeje suas compras
Para consumir mais comidas saudáveis e baratas, tenha um bom planejamento. Escolha um dia da semana para verificar o que tem na sua despensa e geladeira e faça uma lista de compras com o que necessita para preparar as refeições da semana.
Quando for ao mercado, atenha-se à sua lista de compras e evite gastos não intencionais. Para ajudar nisso, não faça mercado de barriga vazia. Isso contribui para que você adquira alimentos desnecessários e em quantidades exageradas.
3- Prefira frutas, legumes e verduras da estação
Frutas, legumes e verduras da estação geralmente têm mais nutrientes e melhor sabor quando comparados aos alimentos que não são da estação. O motivo é que elas apresentam maior oferta e facilidades na produção.
São alimentos saudáveis e baratos que você pode comprar em quantidades maiores e congelar uma parte para utilizar em outras refeições. Sempre esteja informado sobre quais são as frutas mais favorecidas pelo momento atual. Além de melhores, elas certamente estarão muito mais baratas.
4- Compre em feiras livres e de produtores locais
Os alimentos que encontramos nos grandes mercados geralmente têm custo maior em relação àqueles que encontramos nas feiras livres e adquirimos de produtores locais. Isso acontece porque o preço dos alimentos envolve muitas coisas, como o custo de embalagens e do transporte.
Busque feiras perto de você para comprar comidas saudáveis e baratas. Essa ação, além de incentivar o comércio local, traz um menor impacto para o meio ambiente.
5- Cozinhe mais
Cozinhar pode ser bem mais barato que comer fora. Já que nesse primeiro caso não pagamos pela mão de obra, pelo estabelecimento e tudo o mais que a experiência exige. Além disso, criar o hábito de cozinhar mais em casa faz muito bem para a sua saúde. Sem falar que você tem mais consciência do que está indo para o seu prato.
Mas sabemos que o ato de cozinhar demanda tempo. Assim, em vez de preparar as refeições diariamente, escolha um dia para fazer a comida de toda a semana e congele os alimentos em porções. Prático, não?
6- Tenha uma horta
Uma horta, ainda que pequena, feita em casa ou mesmo em um apartamento, permite o consumo de alimentos a baixo custo. É uma ótima ideia para se alimentar de maneira saudável sem gastar nada.
Experimente cultivar vegetais como salsa, manjericão, coentro, hortelã, cebolinha, rúcula, oregano, atemoia e até mesmo frutas e legumes se você dispõe.
A multitarefa pode lhe salvar muito tempo