revista

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ano 1 edição 1 junho 2024 R$ 50,00

na edição de hjjj

@isabrmont

E aí leitores, Nesta edição nós vamos mostrar para vocês um pouco do que o Egito antigo foi. Vamos ver sobre as tão conhecidas múmias e suas maldições – e tatuagens, além de sabermos mais sobre os deuses que cultuamos no dia a dia (gatos) e também conhecer um pouco sobre a sociedade egípcia e como os filmes de Hollywood moldaram nossa imagem do Egito. Não vamos esquecer do mais importante: nossa querida amiga Cleópatra veio nos visitar depois de passar por momentos turbulentos na sua carreira e ofereceu uma entrevista exclusiva para vocês. Esperamos que suas únicas semelhanças com uma múmia sejam as tatuagens duvidosas.

Até mais,

@sofiaavellar

@lucca_conversano

@vitoria.mrr

projeto III marise de chirico cor, percepção e tendências paula csillag produção gráfica mara martha roberto finanças alexandre ripamontes marketing estratégico leonardo aureliano ergonomia carolina bustos auresnede pires stephen infografia marcelo pliger

projeto editorial e gráfico isabela brasil lucca conversano renata barbosa sofia avellar vitória machado 2024-1 3 º semestre

@renataromerab

colaboradoresss

professor, historiador e militante, gustavo tem um canal no youtube chamado “história cabeluda” onde comenta fatos históricos e do cotidiano de uma visão trabalhista é escritora, palestrante, criadora de conteúdo e professora de história. viralizou no tiktok por conta das suas aulas super criativas

2012 d.c. sabinada

sumário

16 18

teorias que não sabem limites de lei: o egito criado por hollywood

sabinada: você cultua seus gatos? de frente com os mortos: cleopatra

6 2012 d.c. sabinada
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até as múmias se tatuam

muito antes de seus pais te proibirem, os egípcios já marcavam suas peles com tatuagens de todos os tipos e tamanhos

texto sarah gibbens

museum of pop culture

tatuagemmm

m termos cronológicos, a evidência seguinte foi encontrada em múmias que se pensa terem sido desidratadas entre 3351 e 3017 a.C. no antigo Egito. As múmias foram descobertas em 1900, mas as tatuagens só foram encontradas em 2018, quando os investigadores voltaram a examiná-las recorrendo a equipamentos de imagiologia de infravermelhos, concluindo que aquilo que pareciam ser manchas na pele eram, na verdade, arte corporal. São as evidências mais antigas de tatuagens reproduzindo imagens, incluindo um touro selvagem, uma ave e uma ovelha no braço de um homem, símbolos semelhantes à letra “S” e, possivelmente, um bastão no braço e ombro de uma mulher de meia-idade.

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o que as tatuagens nos dizem

A descoberta sugere, pela primeira vez, que tanto homens quanto mulheres de sociedades do Egito Antigo tinham tatuagens. Anteriormente, arqueólogos acreditavam que apenas as mulheres que viveram no período pré-dinástico do Egito Antigo, de 4.000 a.C. a 3.1000 a.C., eram tatuados. Essa teoria baseia-se em estatuetas que retratavam mulheres com tatuagens.

Além da análise das múmias, estatuetas de argila encontradas décadas atrás foram reexaminadas por Arnette. A coautora do estudo descobriu que as três figuras de barro são decoradas com tatuagens ao longo das coxas e região lombar, representando Bes (deus da fertilidade e protetor do parto).

Essas novas tatuagens são a primeira vez em que arqueólogos encontraram exemplos de tatuagens em pessoas que espelhem temas usados em arte.

Ambas as imagens, na mulher e no homem, parecem sugerir uma relevância simbólica, mas arqueólogos não têm certeza quanto ao significado exato.

11 @revistarevist_a
Apesar de ter feito tudo errado, o filme “a múmia” trouxe boas tatuagens para sua múmia
nossas únicas chances são quando os saqueadores deixaram a pele exposta milênios atrás

“OEm outro século, Elvira também homenageou o grande estilo das múmias

carneiro era usado com frequência no pré-dinástico [período do Egito Antigo] e sua significância não é bem compreendida, enquanto o touro tem relação específica com a virilidade masculina e status”, disse o autor do estudo e curador do Museu Britânico, Daniel Antoine. Tomografias computadorizadas do homem mostraram que ele tinha 20 e poucos anos quando morreu. Um corte em seu ombro e lesões em uma das costelas sugere que ele tenha morrido devido a uma punhalada nas costas.

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e o significado das tatuagens da mulher?

“Não acredito que tenhamos uma boa explicação no momento”, diz Antoine. “O objetivo é enfatizar as coisas, mas não tenho certeza do porquê. Talvez seja para chamar atenção ao cajado abaixo delas. É uma era antes da escrita, então podemos apenas traçar um paralelo.”

O estudo sugere ainda que o local onde foram feitas as tatuagens, no ombro e abdômen da mulher, significa que ela tenha sido alguém com conhecimento religioso ou de status elevado.

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múuuumias

Outra tatuagem, localizada no corpo de uma mulher também de meia-idade de uma tumba próxima, é mais difícil de ver a olho nu, então foi estudada com fotografia infravermelha. A reconstrução da tattoo revelou duas coisas: um Olho de Hórus e uma possível imagem de Bes usando uma coroa de penas. Acredita-se que ambos os símbolos representam proteção e cura.

Segundo Austin, também havia na tatuagem uma linha em ziguezague indicativa de pântanos com águas refrescantes citadas em antigos textos médicos para ajudar a aliviar a dor de colicas e do parto.

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Algumas múmias vivem até hoje entre nós com disfarces quase imperceptiveis e muito realistas

Uma maior pesquisa das tatuagens poderá ajudar os arqueólogos a entender melhor a linguagem visual do Egito Antigo, diz o curador.

“Como nunca desembrulharíamos pessoas mumificadas, nossas únicas chances de encontrar tatuagens são quando os saqueadores deixaram a pele exposta e essa ainda está presente para vermos milênios depois que uma pessoa morreu”, explicou a arqueóloga.

@revistarevist_a

o egito criado por holl egito criado por llywood

O poder da memória coletiva dos veículos de massa é incalculável. Os conteúdos produzidos pela máquina midiática capitalista ocidental construíram toda a percepção de mundo do sujeito contemporâneo. Por isso países como os Estados Unidos dão tanta importância à imprensa e a indústria do entretenimento, e as chamam de terceiro poder. Na lógica da dominação cultural, é importante que a cultura dominante elimine qualquer possibilidade de resistência do outro eliminando tudo que possa ilustrar sua visão de mundo, sistema social e identidade. No caso do povo egípcio esse processo se dá de forma maquínica: Os relatos históricos apagam as menções à negritude dos egípcios, sua existência enquanto povo é dissociada do continente africano.

A imagem do Egito antigo que temos no senso comum do ocidente contemporâneo é tão artificial que uma criança dificilmente associa o Egito ao seu continente, a África. Aliás, nas aulas ensinadas nas escolas, a história do Egito é ensinada em separado da história do resto da África (quando essa é ensinada e não esquecida).

a imagem popular do egito é totalmente diferente do real. “ por que criamos um egito imaginário?” é a pergunta inicial

embranquecimento histórico

O embranquecimento se tornou regra no ocidente a partir do final do séc. XIV. Era regra que todas as representações fossem contemporanizadas. Com o cinema Hollywoodiano, as grandes narrativas bíblicas e histórica não podiam ter atores negros, uma vez que a esses sequer era permitido serem artistas. Mas o fato é que Hollywood foi, em pouco mais de um século, responsável por criar o Egito que conhecemos hoje: Exoticamente branco.

Olhamos para a tonelada de protagonistas brancos com normalidade porque essa é a norma – a história de personagens brancos é o “padrão”.

Atores não-caucasianos possuem uma lista muito pequena de tipos de

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gustavo nassar gaiofato personagens, muitas vezes estereótipos e sem profundidade, da qual escolher. No século XX as produções midiáticas sobre o Egito Antigo tendem a retratar o povo egípcio como tendo sido uma população predominantemente branca. E mesmo no século XXI, ainda vemos filmes, novelas, desenhos etc., retratando os faraós sempre brancos, a nobreza egípcia sempre branca, e quando há personagens negros e pardos, estes geralmente são camponeses ou escravos.

Desde o começo, Hollywood e demais produções mundiais usam desses mecanismos em seus filmes e projetos. No filme Deuses do Egito, os personagens são majoritariamente brancos e com sua história nitidamente distorcida.

A produção trata o Egito como uma localidade exterior à África, mantendo uma plasticidade totalmente ultrapassada, com personagens que mantém estereótipos e velhos clichês totalmente.

É importante empreender a revisão histórica e a desconstrução dessa imagem forjada midiaticamente pelo imperialismo branco, não só no que diz respeito ao Egito antigo, mas a todas os povos africanos, orientais e sul-americanos. A valorização acadêmica dos pensadores que se dedicaram a isso também é importante. É preciso que haja uma rede de pensadores que trabalhem essa desconstrução cotidianamente nas salas de aula, nas produções midiáticas e em suas pesquisas.

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Professor, historiador e prefere vermelho à laranja.

de frente com os mortos: cleópatra de frente com os mortos: Cópatra

fale um pouco sobre você

Nasci no em, como vocês dizem, 69 antes de Cristo. Meu pai, o rei Ptolomeu XII

Auleta era de uma dinastia grega que conquistou o Egito em 305 a.C. Por conta disso aprendi grego koine, mas, como acima de tudo sou a rainha do Egito, fui a única da linhagem a aprender egípcio.

a mais famosa rainha do egito esteve na rua Tutankamon aqui no Brasil e estava ansiosa para falar com a nossa equipe (de quem ela é muito fã)

como se tornou a rainha do Egito? Meu pai morreu quando eu tinha 18, todos queriam saber qual dos meus irmãos assumiriam. Me casei com meu irmão Ptolomeu XIII que se tornou rei, mas aquele egoista achou que eu me contentaria apenas em estar ao lado dele. Tive que me fugir para a Síria – na época já era controlada por romanos – porque ele tentou me matar. Lá conheci Júlio (César) que queria poder em Roma. Ele era casado, mas nada que eu precisasse me preocupar. Com a ajuda dele, caçamos o inútil do meu irmão – que se afogou no Nilo tentando fugir – e então me casei com Ptolomeu XIV. Quando Júlio foi morto pelo senado, o envenenei para que recuperar meu trono ao lado do meu filho com o apoio de Marco (António)

18 2012 d.c. de frente com os mortos
19 @revistarevist_a lucca conversano

como foi sua relação com César?

Ele era útil e um bom aliado, morava longe, mas não conseguia ficar tanto tempo longe de mim. Se estamos sendo honestos, Cesarião (filho de Cleópatra) tem a coragem dele por um motivo, se é que me entende… não mostre isso ao meu marido quando você morrer. Ele era burro demais para não ter ido aos campos de junco.

como conheceu Marco António?

Depois que César morreu, ele me pediu uma reunião para manter a aliança entre Egito e Roma.

Foi em 41 a.C. em Tarso (atual Turquia). Lembro daquele dia.

Cheguei em uma barcaça esplêndida, até os deuses olhavam para mim. Tenho o costume de escolher todos os tecidos, jóias, músicas e essências a dedo para uma viagem marítima.

Eu sabia a imagem que deveria passar para garantir meu direito como faraó. Marco abandonou seu casamento e se mudou para cá (Alexandria)

sou a rainha do Egito – quando falarem de mim, será com grandeza

Foram bons tempos aqueles, mas Roma teve medo do nosso poder juntos.

Se viraram contra nós e nos forçaram a nos barricar aqui no meu mausoléu real. Foi tamanho ressentimento que meu Marcos se apunhalou em meus braços. Ele…

**Cleópatra pediu um tempo para se recompor e dar continuidade**

20 2012 d.c. de frente com os mortos

Depois de sua morte, tentei negociar com seu co-dirigente, mas descobri que ele pretende me acorrentar e me exibir como um troféu, o que eu garanto, não vai acontecer.

o que vem agora?

Na hora certa, saberão. Mas quero que deixem registrado uma coisa: eu, Cleópatra, sou a rainha do Egito – quando falarem de mim, será com grandeza.

Os romanos podem ter poder de fogo, mas meu intelecto é alimentado pelo rio Nilo.

nota de falecimento

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teorias que não sabem limites

não faltam teorias malucas sobre os egípcios antigos, estimuladas por relíquias e evidências inexplicáveis, mas até que ponto elas são reais?

texto diogo antônio rodriguez

history channel

“Teoria dos Aliens Antigos” (ou dos “Antigos Astronautas”) prega que ETs visitaram a Terra nos primórdios da humanidade. Adorados como deuses, eles teriam nos concedido tecnologias avançadas, como as que ergueram as pirâmides. O alinhamento dessas obras com certas estrelas comprovaria que tinham funções “extras”, como um mapa espacial.

Mas o mérito é todo deles. Apesar de sua sofisticação, historiadores acreditam que as pirâmides de Gizé estavam dentro das possibilidades da engenharia, da astronomia e da força de trabalho à disposição dessa civilização. A construção das pirâmides é o resultado de uma sociedade com conhecimentos matemáticos altamente desenvolvidos.

não existem provas refutando essa teoria. Isso porque não tem como refutar uma coisa tão absurda

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Alguns aliens gostaram tanto da terra que preferiram continuar morando aqui, como o ET Bilu

Agora sobre uma estranha teoria de que eles dominavam a eletricidade: para o engenheiro inglês – só podia ser –Christopher Dunn, a Grande Pirâmide de Gizé era, na verdade, uma enorme usina de eletricidade. O corte das pedras que compõem a edificação é tão preciso que só poderia ser feito com ferramentas elétricas. E há gravuras no templo de Dendera que retratam egípcios segurando algo parecido com uma lâmpada gigante!

@revistarevist_a

Em 1936, foi descoberto um disco de 61 cm de diâmetro, perfeitamente redondo, com três “gomos”, no delta do rio Nilo. O formato lembra uma turbina de usina de energia. Até hoje, ninguém conseguiu definir para que ele servia. E o mais estranho: ele foi feito por volta dos anos 3000 a.C., cerca de 1.500 anos antes da introdução da roda no Egito ser feita!

A verdade é que não existem provas refutando essa teoria. Isso porque não tem como refutar uma coisa tão absurda quanto essa. Existem pesquisas indicando que as pirâmides eram tumbas feitas para velar o corpo de faraós.

sua morte foi causada por uma infecção generalizada após fraturar seu fêmur esquerdo
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Uma teoria conhecida é de Ben Carson, ele disse que as construções serviam como depósito para grãos, para evitar crises. Ele jura que encontrou essa informação na Bíblia, mesmo as construções egípcias sendo muito mais antigas que o Livro Sagrado dos cristãos. Outro detalhe é que os povos antigos sabiam como construir celeiros muito melhores do que as pirâmides para o armazenamento de grãos, o que não justificaria essas edificações para esse fim.

Outra teoria muito usada pelos filmes ocidentais sobre os egípcios é a de suas pragas e maldições. É muito perpetuado que as antigas múmias egípcias são amaldiçoadas e trazem morte para quem abrir suas tumbas. Essa crença é alimentada pelo fato de que mais de 20 membros da equipe que descobriu a tumba de Tutancâmon, em 1923, morreram de maneira trágica nos anos seguintes. Teve até suicídio, mas a maioria apresentava sintomas de uma doença.

A maldição pode ter sido desencadeada pelas circunstâncias da morte de Tutancâmon. Alguns historiadores acreditam que ele foi vítima de uma conspiração. Radiografias da múmia apontaram um coágulo na nuca, que seria indício de uma pancada.

Teorias da conspiração são essenciais para a população porque nem só de pão vive o homem

27 @revistarevist_a

Se as pirâmides fossem naves espaciais eles com certeza ririam da cara da NASA

Ateoria mais aceita, porém, sugere que sua morte foi causada por uma infecção generalizada após fraturar seu fêmur esquerdo. Independente do motivo, sua morte deu início a uma crença que perdura até os dias atuais e inspira diversas histórias para públicos de todas as idades e nacionalidades.

A melhor explicação, até agora, é a de que a tumba havia preservado o microrganismo Bacillus anthracis ou o fungo letal Aspergillus niger junto ao corpo do faraó e os membros da equipe se contaminaram quando entraram na tumba.

Por fim, alguns textos antigos supostamente fazem referências a uma rede de cavernas subterrâneas abaixo das pirâmides do Egito e de seu entorno. Teóricos acreditam que esses túneis podem ter servido de inspiração para a crença do Antigo Egito sobre o submundo escuro que os habitantes enfrentariam após a morte.

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Outros teóricos acreditam que esses supostos túneis levariam a uma cidade subterrânea gigantesca, toda feita de mármore e cheia de riquezas à espera de serem encontradas. Porém, além de não haver outras evidências, os textos foram escritos por poetas e cronistas, sendo possível que os túneis fossem apenas um mito da época sendo usado como inspiração para histórias desde a antiguidade e que sobreviveram até hoje em dia na memória coletiva.

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você cultua seu gato? você cultua seu gato?

Você já deve ter ouvido falar que os gatos eram deuses no antigo Egito, certo? Apesar desses felinos não serem exatamente considerados deidades, isso não estava tão longe da realidade.

O papel dos gatos e outras criaturas felinas na mitologia egípcia iam desde protetores e companheiros domésticos até símbolos místicos do divino.

Uma das primeiras domesticações de gatos aconteceu no antigo Egito. Os felinos menores viviam entre os humanos, sendo essenciais para a sociedade egípcia na proteção contra pragas de casas e celeiros.

Já os maiores, principalmente leões e leopardos, eram admirados por suas qualidades protetoras e perigosas, sendo, muitas vezes, símbolos da realeza e de alguns deuses do panteão egípcio.

De acordo com o Centro Americano de Pesquisa no Egito, através da observação atenta, os egípcios vieram a admirar os gatos pela sua natureza complexa e dual. Para eles, os felinos combinam graça, fertilidade e cuidado suave com agressão, rapidez e perigo. Os deuses relacionados a essas qualidades eram frequentemente representados com características felinas.

de companheiros domésticos até símbolos divinos, os gatos tiveram um papel importante no antigo Egito por milhares de anos que continua até hoje em dia

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Embora cada gato tenha sua personalidade, todos eles dominaram seus donos ao longo dos anos

Mas, segundo o centro de pesquisa, os egípcios não adoravam os gatos em si como divinos. Na verdade, eles acreditavam que as deidades representadas como felinas compartilhavam os mesmos traços de caráter desses animais, usando os gatos como um símbolos para representá-las no mundo terreno e receberem as oferendas.

bastet: a deusa gata do egito Inicialmente retratada como uma leoa, Bastet assumiu a imagem de um gato ou de uma mulher com cabeça felina a partir do 2º milênio a.C.

A deusa combinava qualidades acolhedoras e violentas, tendo uma natureza dual, assim como os felinos. Porém, seus aspectos de proteção e qualidades maternais eram enfatizados.

31 @revistarevist_a
lucca conversano

na edição de hjjj

@lucca_conversano

E aí leitores,

Nesta edição vamos nos aprofundar um pouco em alguns pontos sobre o Egito. Já pararam para pensar o que realmente são as conhecidas “pragas do Egito” e como as pessoas lidavam com a menstruação naquela época?

Bom, talvez você não se importe, mas, se for o caso, também passaremos por pontos mais atratívos, como por exemplo como as pirâmides eram erguidas – que fique claro: não foram aliens – e como o papiro era feito quando eles não podiam comprar um bloco chamequinho na esquina.

Além disso, veremos como era o processo de mumificação feito na época para que você possa tentar em casa (melhor não).

Esperamos que vocês não estejam definhando nos seus sarcófagos.

Até mais,

@isabrmont

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colaboradoresss

bióloga e influencer digital, mari produz esquetes de humor para a internet com temáticas envolvendo ciências.

pedro é criador do canal ciência todo dia, onde fala sobre temas envolvendo física, astronomia e tecnologia de uma forma bem didática e divertida

4 3,14 de lei

sumário

sangrando no egito

de lei: como foram construidas as pirâmides

pragas do egito

pinfo: mumifique você também

eu sabo: como era feito o papiro

3,14
28 26
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pragas do egito

a sequência trágica é objeto de estudo e de polêmica entre os cientistas até os dias atuais por tamanha bizarrice

texto danilo cezar cabral

natgeo wild

ão há uma explicação que comprove totalmente as dez pragas relatadas na Bíblia com base em evidências históricas. Mas a sequência trágica formada por sangue no Nilo, sapos, piolhos, moscas, morte do gado, chagas, pedras, gafanhotos, céu escuro e a morte dos primogênitos é objeto de estudo – e de polêmica –entre os cientistas.

Há duas correntes teóricas principais. Uma delas, que credita as pragas a fenômenos naturais, é liderada pelo físico inglês Colin Humphreys, autor do livro “Os Milagres do Êxodo”. A outra coloca a erupção do vulcão na ilha de Santorini como ponto de partida. Ela é retratada no documentário O Êxodo Decodificado, produzido por James Cameron.

sangue no rio nilo: A primeira praga é a transformação das águas do rio Nilo em sangue. Uma teoria seria de que tom vermelho da água seria fruto da proliferação de algas vermelhas tóxicas ou de uma chuva que levou rochas dessa cor avermelhada ao rio.

Outra possibilidade seria o vulcão na ilha Santorini, que fica a 700 km dali, entrou em erupção, provocou e fissuras no fundo do rio. Das fendas saiu um gás que se misturou ao ferro do rio, criando ferrugem ao entrar em contato com o oxigênio, que coloriu a água do rio.

Representação do suposto sangue que substituiu a água do rio nilo

10

pragasssss

proliferação das rãs:

A segunda praga, a multiplicação das rãs, seria resultado da anterior: as toxinas das algas fariam com que os sapos deixassem o rio e invadissem as regiões do entorno do local.

No caso do vulcão, o gás liberado pelas fendas deixa a água sem oxigênio, assim, os animais fugiam para a terra firme.

piolhos aos montes: Temporais seguidos de clima quente e seco são propícios para a multiplicação de ovos de piolho. O inseto era comum no Egito antigo –muitos egípcios raspavam a cabeça para evitá-lo.

Na situação do vulcão, a infestação de piolhos ocorre devido à falta de água limpa. Sem ela, a higiene fica comprometida, formando um cenário propício para a reprodução de insetos, como os piolhos por exemplo.

11 @revistarevist_a

moscas se multiplicam por causa da morte dos sapos, Wotton, biólogo inglês, diz que algumas espécies de moscas formam enxames densos para se locomover.

Outra teoria sugere que as moscas apareceriam por duas razões: falta d’água, que provoca falta de higiene, atraindo os insetos. A segunda é a morte de animais do ecossistema do Nilo – a carniça chama mais moscas para as áreas.

Barbeiro, inseto que transmite a doença de chagas

peste nos animais: Para Humphreys, um dos culpados é a mosca-de-estábulo, que carrega um vírus fatal para vacas e cavalos. De acordo com Wotton, a enorme quantidade de picadas de insetos provocaria a peste.

Ou também, a cadeia de eventos iniciada pela falta de água gera a proliferação de insetos, que picam os animais rurais, provocando doenças.

12 3,14

chagas nos homens: De acordo com uma teoria, as úlceras e chagas em homens e nos animais seriam consequência da multiplicação de insetos, como o mosquito Culicoides canithorax. Outra explicação é que em 1986, um lago em Camarões ficou vermelho por causa de vazamentos de gás, e os moradores ganharam bolhas por causa da exposição aos gases. O mesmo poderia ter acontecido no Rio Nilo naquela época por conta da erupção do vulcão de Santorini.

não há uma explicação que comprove totalmente as dez pragas relatadas na Bíblia

13
egitooooooo

teoriassssss

chuva de pedras: As saraivas de que fala a Bíblia seriam chuvas de granizo muito maiores que o normal, misturadas a relâmpagos. Apesar de raras, as chuvas de pedra e granizo acontecem durante tempestades . Agora, considerando a teoria da erupção vulcânica, as cinzas do vulcão, em contato com a atmosfera, provocam uma chuva de fogo e gelo.

nuvem de gafanhotos: Com tantas alterações ambientais, o comportamento dos gafanhotos poderia mudar, provocando as nuvens. O solo úmido da chuva de granizo também atrairia gafanhotos. Outra possibilidade é de que a erupção do Santorini teria desequilibrado o clima, aumentando a temperatura e forçando os bichos a migrar para outras áreas onde a população vivia. Além disso, enxames de gafanhotos são comuns em partes da África.

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trevas no céu: A escuridão no céu do Egito poderia ser provocada por tempestades de areia chamadas khamsin, por um eclipse solar total ou até mesmo pelos densos enxames de gafanhotos.

Agora, pensando no vulcão, a escuridão teria sido causada pelas nuvens de cinza que ele lançou. A força da erupção do Santorini faria com que a nuvem viajasse até o Egito, tapando o Sol e escurecendo o céu, igual vemos em histórias sobre a extinção dos dinossauros milhões de anos antes, mas em uma intensidade muito menor.

morte dos primogênitos:

A última praga é a morte dos primogênitos. Tradicionalmente, os filhos mais velhos comiam antes que os demais irmãos. Por isso, morreram antes com a comida contaminada pela falta de higiene.

Considerando o vulcão, os mais velhos dormiam mais próximos ao chão. Entre os gases que vazaram, estaria o gás dióxido de carbono, que se desloca junto ao solo, matando quem o inala.

uma teoria acredita

nos

fenômenos naturais, a outra na relação com o vulcão Santorini
@revistarevist_a

como const as pirâmides como nstruiram prâmides

A construção das pirâmides botou milhares de egípcios para suar, exigiu conhecimentos avançados de matemática e muitas pedras. Das cem pirâmides conhecidas no Egito, a maior é a de Quéops, única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo. Datada de 2 550 a.C., ela foi obra de uma geração de faraós com aspirações arquitetônicas. Quéops, que encomendou a grande pirâmide, era filho de Snefru, que já tinha feito sua piramidezinha. O conhecimento passou de geração em geração, e seu filho e neto completaram o trio das pirâmides de Gizé. Para botar de pé os monumentos, que eram tumbas luxuosas, estima-se que 30 mil egípcios trabalharam durante 20 anos. Além do pessoal que pegava pesado, havia arquitetos, médicos, padeiros e cervejeiros. Tudo indica que esses caras eram livres (e não escravos), pagos com cerveja e alimentos. Mas há controvérsias. Alguns apostam em 100 mil trabalhadores. As pedras foram o começo de tudo específicos, como a câmara do rei, havia pedras gigantes, estimadas em até 80 toneladas. Depois de cortados nas pedreiras, os blocos eram lixados e

apesar de parecer simples calcular uma pirâmide com o teorema de Tales, o processo de construção era muito mais complicado quando feito com pedras e não com lápis

catalogados: escrevia-se o nome do faraó e o do grupo de trabalhadores responsáveis. No total, 2,3 milhões de blocos teriam sido usados na construção da pirâmide de Queóps. Para erguê-la, o terreno foi aplainado. Além de deixar a terra pronta para o trabalho, o processo rendeu uma fonte natural de matéria-prima: o platô era rico em rochas calcárias, um tipo de pedra mais mole, extraída com ferramentas de cobre. Rochas de calcário mais fino, usadas para dar brilho à pirâmide, vinham da região próxima de Tura. O faraó escolheu granito para decorar a câmara do rei, onde ele foi sepultado. Por não ser encontrada na região, os blocos vinham de até 800 quilômetros de distância, da pedreira de

16 3,14 de lei

Assuã, em barcos pelo rio Nilo. Os blocos, alguns com até 80 toneladas, também revestiam as câmaras e os corredores. Para alguns pesquisadores, a análise da taxa de minerais presentes em partes dos blocos da pirâmide mostra que pode ter sido usado um tipo de concreto primitivo tanto na parte externa quanto na interna. Se for verdade, essa terá sido a primeira aplicação de concreto de que se tem notícia. A proeza de transportar os blocos gigantes é tão complexa que até hoje não existe consenso. Isso pode ter sido feito com cordas; com uma espécie de trenó de troncos de madeira cilíndricos, sobre os quais as pedras deslizavam; ou com a ajuda de tafla, um tipo de barro que, molhado,

fica escorregadio e ajuda a deslizar os blocos. Depois de assentados, os blocos eram cortados em um ângulo de 51º, o que deixava a face da pirâmide lisa.

agora falando em números

A pirâmide finalizada chegou a 147 metros, o que equivale a um prédio de 49 andares – o Copan, por exemplo, tem 140 metros. Cada bloco pesava 2,5 toneladas, o equivalente a 3 fuscas de 800 quilos. Seu peso total era de 6,5 milhões de toneladas, o que seria o mesmo que 11,5 navios de carga completamente carregados. Por fim, sua área era de 13 acres, praticamente 6 campos de futebol. Isso a torna não só uma maravilha arquitetônica, mas uma maravilha para a ciência por conta dos estudos feitos para erguê-la.

pedro loos

Kurt que preferiu ciência ao invés de drogas

17 @revistarevist_a

sangrando no egito

a forma como lidamos com os períodos menstruais ao longo dos milênios diz muito sobre nossas sociedades e sobre o estigma ainda presente que envolve a menstruação texto jude coleman museu de história natural

o antigo Egito, as pessoas usavam papiro amolecido (uma planta semelhante à grama) para absorver o sangue menstrual – uma espécie de “tampão” antigo. O registro histórico mais antigo do controle da menstruação é também um dos poucos conhecidos, talvez porque a menstruação tenha sido um assunto tabu por muito tempo, dizem os especialistas.

Como as histórias escritas que fazem referência à menstruação são muito limitadas, as histórias orais são algumas das únicas fontes disponíveis, como os relatos das comunidades indígenas, diz Alma Gottlieb, antropóloga cultural da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Além disso, os produtos que as pessoas

um médico acreditava que ir à escola durante a menstruação prejudicava o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos

20 3,14

Essas plantas eram usadas tanto em absorventes quanto para livros guias para o além

provavelmente usavam para controlar o fluxo sanguíneo eram materiais orgânicos, o que significa que os artefatos se degradaram com o tempo. Em última análise, dizem os especialistas, as pessoas recorriam ao que estivesse disponível e fosse compatível com suas roupas. Para muitos, isso significava longas tiras de trapos de pano, que podiam ser dobradas e presas às roupas, depois lavadas e reutilizadas.

@revistarevist_a
papiroooooo

“Como a menstruação é vivenciada e por quem, e as atitudes sociais em torno dela são diferentes em lugares variados e em épocas diferentes”, diz Vostral. Por exemplo, no final do século 19, alguns médicos norte-americanos acreditavam que a menstruação era uma doença. Um médico, Edward Clark, acreditava que ir à escola durante a menstruação prejudicava o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos.

Até a Cleópatra fazia o uso de papiros e tecidos para conter sua menstruação

Algumas teorias sobre cuidados de época circulam na Internet, mas, na verdade, “a maioria delas é mentira”, afirma Kate Clancy, antropóloga da Universidade de Illinois, especialmente porque é difícil provar métodos especulados de cuidados de outras épocas. Outra opção era sangrar livremente nas roupas. Durante séculos na Europa, por exemplo, muitas camadas de roupas, como camisetas e vestidos, absorviam o sangue. Quanto mais roupas, menor a chance do sangue aparecer e maior era o status social.

22 3,14

mitos da menstruação Há muito tempo, muitas culturas vêem a menstruação de forma negativa. A falta de compreensão alimentou essas perspectivas.

Veja a teoria humoral: na Idade Média, acreditava-se que o corpo era composto por quatro componentes líquidos chamados “humores”: sangue, bile amarela, bile negra e fleuma. Esses fluidos corporais tinham de permanecer em equilíbrio para manter a saúde.

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sangueeee

Aperda mensal de sangue da menstruação era fundamental para estabilizar os humores, já que as mulheres eram consideradas mais fracas e incapazes de manter seus humores sob controle, explica Rachael Gillibrand, historiadora da Universidade de Leeds, na Inglaterra, Reino Unido.

Essa crença persistiu até a Era Vitoriana, diz ela. Outras percepções imprecisas incluíam a ideia de que as pessoas menstruadas emitiam uma toxina e poderiam causar doenças, que o sangue era “impuro” e, até mesmo, que o sangue poderia acabar com as plantações agrícolas.

“Práticas e percepções menstruais discriminatórias têm sido praticadas desde o início da civilização”, afirma Radha Paudel, fundadora da Global South Coalition for Dignified Menstruation no Nepal.

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Nut , a personificação do céu, também já foi retratada usando papiro como absorvente

Esses estigmas criaram um sentimento de vergonha e, mesmo no início do século 20, as pessoas nas culturas ocidentais falavam tão pouco sobre menstruação que muitas adolescentes não tinham ideia do que estava acontecendo com elas, diz Camilla Røstvik, que estuda a cultura menstrual na Universidade de Agder, na Noruega.

“Muitas delas pensaram que estavam morrendo”, diz Røstvik, “Se pensarmos no passado, isso deve ter sido muito traumático para muitas crianças.”

Mas é importante observar que nem todas as culturas vilanizavam a menstruação, diz Clancy. O povo Beng da África Ocidental, por exemplo, trata o sangue menstrual como sagrado e reconhece sua importância na reprodução.

Atualmente, os produtos comerciais evoluíram para incluir mais métodos de controle interno, como tampões, copos menstruais e discos menstruais.

Mas Clancy ressalta que ainda há um foco significativo em esconder a menstruação e não o suficiente em outros tópicos, como os sintomas que acompanham a menstruação.

25 @revistarevist_a

mumifiquevocê também

milênios se passaram e ainda encontramos múmias conservadas. Afinal, o que os antigos egípicios faziam para preservar seus mortos?

27 @revistarevist_a
Cruz de Ankh fonte museu nacional –UFRJ autoria isabela brasil, lucca conversano, sofia avellar, vitória machado

como é feito o papiro?

como era eito o papiro?

A escrita surgiu por volta de 3500 a.C., quando os povos sumérios desenvolveram o que ficou conhecido como escrita cuneiforme na Mesopotâmia, feita na argila por meio de símbolos cavados no material. Essa primeira escrita completa do mundo era uma replicação escrita palavra por palavra da linguagem falada, assim tornando possível o arquivo de registros cotidianos, econômicos e políticos da época.

Por milhares de anos, escrever foi uma habilidade reservada à elite, pertencente apenas aos escribas, ao clero e à aristocracia. Foi só por volta de 3000 a.C. que os egípcios antigos inventaram o papiro, considerado uma revolução para a arte da escrita e um passo a mais na caminhada na modernidade da civilização humana.

como era feito?

Foi o naturalista Plínio, o 1° a documentar como era feito o papiro, em 79 d.C., milhares de anos depois que o material já estava em uso. Visto que o papiro era confeccionado a partir do caule, era necessário que fosse cortado em tiras finas para que se chegasse ao processo de se tornar uma folha de papiro.

o papiro era uma planta muito comum no Egito antigo, era utilizada para produzir uma folha que servia como superfície para que os egípcios antigos pudessem escrever, vem ver como ela era feita!

28 3,14

Recorte do papiro de 15 metros do “livro dos mortos”, que segunda a crença, ajudariam os mortos a entrar no submundo

Após secas, essas

lâminas eram mergulhadas em água, onde ficavam por 6 dias com o propósito de se eliminar o açúcar. De novo secas, elas eram arrumadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras para, por fim, serem prensadas.

Depois de prontas, as folhas eram colocadas entre dois pedaços de tecido de algodão e então mantidas assim por mais 6 dias. Era com o peso dessa prensa que as finas lâminas se misturavam para formar o papel amarelado, pronto para o uso. Finalmente, o papiro era enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para que fosse criado um rolo, que seria usado durante a escrita.

29 @revistarevist_a

@sofiaavellar

E aí leitores,

Nessa edição visitaremos as lindas fotos de Lula e Macron e conversaremos sobre o que elas significam. Além de conhecer um pouco mais sobre o que tem acabado com nossos dias: a cultura de urgência

Passaremos pelo mundo da moda e como Tutankamon está o movimentando, mesmo não conseguindo se mover a um tempo, e encontraremos alguns lugares divertidos que possam te fazer parar de ler nossa revista por algumas horas (talvez minutos).

Também discutiremos um pouco sobre como o trabalho criativo tem sobrevivido nos dias de hoje para você que tem mais rabiscos do que matéria no seu caderno de física.

Esperamos que vocês não estejam pensando em apostar no tigrinho.

Até mais,

@vitoria.mrr

projeto III marise de chirico cor, percepção e tendências paula csillag produção gráfica mara martha roberto finanças alexandre ripamontes marketing estratégico leonardo aureliano ergonomia carolina bustos auresnede pires stephen infografia marcelo pliger

projeto editorial e gráfico isabela brasil lucca conversano renata barbosa sofia avellar vitória machado

2024-1 3 º semestre @isabrmont

@renataromerab

@lucca_conversano

colaboradoresss

nilce é jornalista mas ficou conhecida pelo seu canal no youtube "cadê a chave" onde mostra seu dia a dia e fala sobre assuntos do cotidiano

rita é professora, atriz, comediante, drag queen e dona do canal de youtube "tempero drag", onde ela trata de temas sociais e políticos com humor e arte

sumário

dicas da atualidade: #fyp 16

cultura da urgência

fotos nupciais: lulacron de lei com: rita von hunty

14

tema-lidades: tutancâmon e a moda nos anos 20

24 sai da caverna #*@$%&: são paulo e porto alegre

28

fotos nupciais lulacron

fotos dos presidentes Lula e Macron feitas na Amazônia viraram meme, mas para alguns o motivo do encontro não é de se comemorar

texto priscila yasbek

Ricardo Henrique Stuckert

amazôniaaaa

atmosfera do encontro de terça-feira (26) na Ilha do Combu, em Belém, foi bem diferente do protocolo das cerimônias no Palácio Presidencial do Eliseu, em Paris. De camisa, sorridentes e de mãos dadas, os líderes anunciaram um programa para arrecadar 1 bilhão de euros em investimentos público e privado nos próximos quatro anos para partes da Amazônia no Brasil e na Guiana Francesa. Mas jornais franceses, ONGs e especialistas brasileiros notaram que por trás da forte parceria também há incômodos.

protestos de ONGs. O país ingressou no grupo OPEP+ no final de 2023, ao lado da Arábia Saudita e da Rússia”, destacou o francês Le Monde.

O plano da Petrobras de explorar petróleo na Foz do Amazonas preocupa a Guiana Francesa. O projeto prevê a perfuração de 16 poços de petróleo em uma extensão de 2.200 quilômetros ao longo da costa brasileira, do norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, ao litoral do Rio Grande do Norte. Em caso de acidente com derramamento de óleo, os impactos na Guiana

10 4h20

Francesa seriam sentidos em menos de 48 horas, segundo reportagem da Agência Pública, portal de jornalismo investigativo independente e sem fins lucrativos.

O encontro entre os presidentes, em meio aos projetos de exploração na Foz do Amazonas, foi alvo de protestos do Greenpeace Brasil nas redes sociais.

A bordo de um veleiro, a equipe do Greenpeace exibiu uma grande faixa com a frase “Petróleo na Amazônia Não” no momento em que passavam as embarcações da comitiva oficial dos presidentes. A ong questionou: “Será que o Lula contou para o Macron nesse encontro que grandes volumes de eventuais vazamentos

o encontro entre os presidentes foi alvo de protestos nas redes sociais

e derramamentos de petróleo ocorridos na bacia da Foz do Amazonas tendem a ir para a Guiana Francesa, que é território do país de Macron?"

contrassensos

Ricardo Gilson da Costa Silva, professor de geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e doutor em Geografia Humana USP, diz que a exploração de petróleo sempre apresenta riscos, mas a Petrobras tem capacidade técnica para garantir a segurança ambiental do processo.

Presidentes

@revistarevist_a
Lula e Macron na floresta amazônica

garantir sua inserção no comércio global. “O Brasil promete uma economia mais verde, mas com a exploração na Foz do Amazonas, esse é um primeiro contrassenso”,

dissessem: ‘Olha, vocês não precisam explorar petróleo porque vocês vão ganhar dinheiro com a exportação de produtos agrícolas”, avalia Silva.

Macron tem sido enfático sobre a sua oposição ao acordo entre Mercosul e União Europeia, que abriria as portas do mercado europeu aos produtos brasileiros. O assunto, inclusive, é um dos grandes tabus da viagem presidencial.

Mar poluído após ocorrer vazamento de petróleo

lulacronnn

do mesmo tamanho para resolver como o Brasil”.

Além disso, a França não é membro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e, diferentemente de outros países como a Alemanha e a Noruega, não contribui ao Fundo Amazônia.

Em 2019, na reunião do G7 em Biarritz, na França, Macron pediu uma mobilização internacional sobre a Amazônia, mas sem a presença de

francês deve tomar cuidado para não repetir o estereótipo de superioridade francesa que tanto incomoda os estrangeiros.

As fotos do pré-casamento ficaram bonitas, não há dúvidas, mas os países terão de fazer muita terapia de casal se quiserem manter uma relação duradoura.

13 @revistarevist_a

amar quem te explora amar quem te explora

Tem uma questão aqui muito clara para nós que é: que a gente possa pensar qual é a classe que produz a arte. Mais do que isso, qual é a classe que legitima o discurso produtor da arte. Se não me entende, faça o seguinte: feche o olho e fotografe o que vier na sua cabeça ao pensar na palavra “escultura” e “artesanato”. Qual era de rico e qual era de pobre? Você entende que entre essas duas palavras temos meramente um recorte de classe? Um é a posição de poder e o outro é a posição do subalterno, e é isso que os diferencia e os distância. A nossa questão é: ainda temos classe trabalhadora produzindo arte?

A resposta é cada vez menos. Dos anos 70 para cá o número de pessoas no mundo da arte que vieram da classe trabalhadora diminuiu pela metade no Reino Unido. E já não eram muito grandes! Foram de 16,4% para 7,9%. As artes estão cada vez mais sendo feitas pela pequena burguesia e pela classe dominante.

todo mundo é um artista e um intelectual, a gente só não recebe incentivo para ser, mas por que estamos nessa situação?

Um fenômeno na cultura que acontece ao redor do mundo chamado “poverty porn”. Quando assistimos produções que relatam a vida da classe trabalhadora, não como a maioria da experiência da população do país, mas como uma coisa estranha e exótica. Agora, se a classe trabalhadora não é quem produz essa narrativa sobre si, como ela vai ser retratada?

14 4h20 de lei

Narrativas que poderiam ser sobre uma classe, se tornam narrativas sobre outras coisas. Os seriados mais famosos são uma ode à riqueza. Uma escola de milionários (Elite), uma juventude descolada que usa drogas (Euphoria), um bando de rico que anda de iate (Sucession). Quando a classe dominante consegue fazer com que a classe dominada tenha por ela admiração e desejo de se parecer, nos afastamos cada vez mais da ideia da justiça social – e isso é um projeto social que vivemos.

Você e eu, colega, somos treinados para não pensar que podem escrever, que não temos o que falar e que não somos dignos de ter uma história contada em uma série ou filme. Quando o povo de um território não tem interesse pela arte e pela cultura o que acontece? Não sei, mas você estipula sobre o que destruir quadros e itens históricos do seu país significa.

professora que defende a volta da guilhotina por um futuro melhor e o uso de perucas rita von hunty

15 @revistarevist_a

dicas da atualidade dicas da atualidade

oi! nós revisteiros reunimos pra vocês as melhores dicas culturais do momento pra melhorar o seu mau gosto! aproveite :)))))

artista

série

terno rei banda de rock e indie alternativo

shōgun: a gloriosa saga do japão drama histórico

16 4h20 #fyp

belle

animação musical e ficção científica

longa

last summer

animação "coming of age"

persépolis quadrinho autobiográfico

livro curta

17 @revistarevist_a
divulgação

cultura da urgência

quais são os problemas de estar sempre ligado e como nós podemos controlar isso em uma sociedade imediatista

texto paula aguiar

google images

azer parte da cultura do “sempre ligado” muitas vezes exige a realização de várias tarefas. No entanto, pesquisas mostram que o cérebro humano não tem a arquitetura neurocognitiva para realizar duas ou mais tarefas simultaneamente. Portanto, toda vez que realizamos uma multitarefa, o cérebro fica mais lento e reduz a produtividade em até 40%.

Além disso, “a atração pela distração que impulsiona a maioria das multitarefas pode ser difícil de ser desligada”, afirma Friederike Fabritius, neurocientista e autora de The Brain-Friendly Workplace. “Como resultado, você pode achar difícil se concentrar mesmo quando não está realizando várias tarefas.”

Enquanto isso, a superestimulação constante – um contribuinte significativo para a cultura da urgência – dessensibiliza seu sistema de dopamina. Em resumo, quanto mais superestimulado você estiver, menos alegria poderá sentir, diz Fabritius. Isso também impede o pensamento reflexivo.

Quando o cérebro está sobrecarregado pela necessidade constante de processar informações e tomar decisões rapidamente, ele geralmente recorre ao pensamento superficial. Isso compromete sua capacidade de se envolver em um trabalho profundo, que exige longos períodos de concentração sem distrações, explica Frank.

Metrô de São Paulo, onde 4 milhões de pessoas passam todos os dias

Com o tempo, a cultura da urgência também pode ser prejudicial à saúde física. Um falso senso de urgência leva o corpo a reagir como se estivesse em uma situação ameaçadora, ativando a resposta de “lutar ou fugir”. A respiração fica mais rápida, a pressão arterial e a frequência cardíaca aumentam e você perde a capacidade de regular suas emoções, diz David Rabin, neurocientista e cofundador da Apollo Neuro, uma empresa de tecnologia de saúde com sede em São Francisco, nos EUA. De acordo com Rabin, uma resposta de luta ou fuga hiperativa contribui para a hipertensão, privação do sono, o colesterol alto e os distúrbios inflamatórios.

quanto mais superestimulado você estiver, menos alegria poderá sentir,

21
urgênciaaaa

como combater a cultura da urgência?

Para evitar a armadilha da urgência, recomenda fazer uma pausa por alguns momentos antes de entrar em ação sempre que algo surgir. “Isso permite que você dê um passo atrás e avalie se essa demanda por sua atenção está alinhada com suas prioridades”, diz ele.

Definir expectativas claras nos relacionamentos pessoais e profissionais também pode ajudar a planejar, priorizar e solucionar problemas sem induzir a uma falsa urgência, diz Peter Economou, diretor do programa de Saúde Comportamental e Psicologia do Esporte da Universidade Rutgers e autor do livro “Mindfulness Workbook for Beginners” (em tradução

livre, “Manual de atenção plena para iniciantes”).

A melhor coisa que você pode fazer para lidar com a cultura da urgência é se envolver regularmente em atividades que o lembrem de que não há pressa, diz David Rabin.

Ele recomenda “as quatro práticas de controle” para se acalmar e se centrar sempre que se sentir apressado, sobrecarregado ou superestimulado – respiração intencional consciente, escuta e movimento.

Estabelecer limites claros, inclusive os digitais, também é fundamental para evitar a falsa urgência resultante de expectativas irracionais, excesso de compromissos e multitarefas. Priorizar a realização de uma única tarefa sempre que possível é outra estratégia eficaz

Cruzamento de Shibuya, onde a cada dois minutos passam cerca de 1.500 pessoas

22

para obter um foco claro e aumentar a produtividade.

Se você acha difícil trabalhar em uma única tarefa até a conclusão, Fabritius sugere usar blocos de tempo para se concentrar exclusivamente em uma tarefa por um período específico antes de passar para a próxima. “A satisfação de concluir cada bloco de tempo deve lhe dar uma dose de dopamina, assim como a perspectiva de enfrentar a próxima ‘nova’ tarefa”, diz a especialista..

Ida Taghavi, psicóloga clínica do Williamsburg Therapy Group, em Nova York, recomenda a prática da atenção plena para aumentar a consciência, a regulação emocional e a tolerância ao estresse.

A atenção plena é a consciência e a aceitação sem julgamentos das

experiências presentes. “Ela oferece uma oportunidade de refletir e escolher respostas que consideramos mais eficazes e alinhadas com nossas intenções e valores”, explica a mesma.

A atenção plena cria um amortecedor entre um estímulo, como um pensamento, uma emoção ou uma sensação física, e nossa resposta a ele. “Esse espaço interrompe reações habituais que podem ser destrutivas, como desregulação ou evitação emocional, comportamentos compulsivos ou padrões de pensamento negativo”, diz Taghavi.

23 @revistarevist_a

tutan e a moda nos anos 20 ncâmon a moda os anos 20

Harry Burton, um fotógrafo de arte nascido no Reino Unido e funcionário do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, foi levado ao Egito para fotografar as escavações. Sua abordagem foi meticulosa e dramática, fotografando objetos de vários ângulos com iluminação e encenação especializadas que, à época, ainda estavam sendo desenvolvidas na nova indústria de Hollywood. O mundo ficou encantado com os tesouros encontrados na escavação: eles eram extraordinários, mas também ordinários. Paul Collins, curador de artigos do oriente no museu Ashmolean, em Oxford, diz que essa “egiptomania” foi alimentada “por uma perfeita onda de novas tecnologias”. “Foi um momento em que rádio, telegrama, jornais de circulação em massa e filmes em movimento se uniram para que todos pudessem ter um pouco de Tutancâmon”, afirma.

a tumba de tutancâmon enfeitiçou o mundo influenciando a moda após quase 3 mil anos

24 4h20 tema-lidades

Arqueólogo britânico

Howard Carter e um trabalhador egípcio examinam um caixão feito de ouro maciço dentro da tumba

As fotografias de Burton mostravam mais de 5 mil objetos amontoados no pequeno túmulo. Entre as requintadas estátuas e jóias de ouro, caixas e barcos decorados e carruagens desmontadas, havia também objetos triviais da vida cotidiana como pães, restos de carne, cestos de grão de bico, lentilhas e tâmaras. Havia até guirlandas.

As descobertas, no entanto, inspiraram a moda da década de 1920, quando motivos egípcios genéricos de cobras, pássaros e flores de lótus apareceram em roupas, além de bens de consumo produzidos em massa e disponíveis a todos.

As fotos de objetos de luxo, feitas por Harry Burton, refletiam o novo consumismo da década de 1920. Pouco antes, o economista norte-americano Thorstein Veblen havia cunhado a expressão “consumo conspícuo” e já falava do “poder de ostentação” das compras, conceitos que resumiam a economia de consumo dos “Roaring Twenties” (algo como “loucos anos 20”, em tradução livre). Esse consumo ostensivo mostrou ao mundo que as pessoas poderiam comprar mais do que as necessidades básicas da vida.

O rei Tutancâmon alimentou as fantasias das pessoas e a demanda por produtos que faziam referência ao Egito Antigo. Talvez fosse mais fácil se relacionar com ele do que alguns outros reinos antigos, porque o pai de Tutancâmon, Akhenaton, havia inaugurado um novo estilo: a arte Amarna, que representava a realeza em ambientes mais suaves e casuais,

25 @revistarevist_a

Figuras como a deusa Ísis, uma das quatro estátuas que guardavam cada canto do santuário do rei Tutancâmon, eram inspiradoras para as garotas modernas’, um novo tipo de mulher que emergia após a Primeira Guerra Mundial.

A “garota moderna” era um fenômeno que não se restringia à Europa, chegando também à China e ao Japão. Elas compartilhavam um estilo comum mais liberal: usavam um corte de cabelo no estilo Cleópatra e vestido de cintura baixa, tomavam coquetéis e dançavam jazz. Elas poderiam atrair homens, mas também sobreviver normalmente.

A “garota moderna” também virou alvo da indústria de produtos de beleza: cresceu a venda de batom, perfumes e cremes para o rosto. Muitos deles, como os produtos Nile Queen fabricados pela Kashmir Chemical Company, em Chicago, foram comercializados com um tema egípcio explícito. Eram os costumes de 1.300 antes de Cristo influenciando a moda dos anos 20, três mil anos depois.

Mulheres vestidas de acordo com a moda dos anos 20

26 4h20 tema-lidades

negras produzida por Madame CJ Walker e das mais influentes e conhecidas mulheres negras dos EUA, Baker usou essa nova cultura de beleza para se fortalecer. Ela desafiou o racismo usando essa modernidade da moda. Baker tornou-se famosa por suas apresentações de jazz no Folies Bergère, em Paris, popularizando o Charleston, a moda de dança dos EUA. Como as dançarinas não estavam mais necessariamente emparelhadas ‘em espera’ (dançando nos braços um do outro com o homem à frente), o novo modelo parecia revolucionário. “Depois de dançar sozinho, você pode fazer o que quiser”, disse o musicólogo Martin Guerpin sobre o estilo.

O rei Tutancâmon também inspirou o jazz, incluindo a música Old King Tut, de 1923, que declarou que ele era só mais um ‘velho muito louco’.

A mania dos anos 20 influenciada pelo rei Tutancâmon foi um projeto global da imaginação. Conectava as pessoas a um lugar antigo e também entre si, incluindo entes queridos mortos na guerra - permitindo uma imagem de um mundo diferente e possivelmente melhor. E a necessidade de sonhar com novos mundos, recuperando os mortos para a história, é sempre muito importante.

Dançarina afro-americana Josephine Baker, conhecida como "cleópatra do jazz"

@revistarevist_a

sai da caverna #*@$%& sai caverna

são paulo

nós, queridos da equipe revista, reunimos os melhores locais de são paulo e porto alegre na nossa primeiríssima edição pra você, que fica aí o dia inteiro na @!#*% do celular levantar a bunda do sofá e ir viver, aproveite!

pinacoteca

lygia clark: projeto para um planeta

02/mar - 04/ago pça da luz, 2

28 4h20 sai da caverna #*@$%&
2024
#*@$%&

loja monstra gibis e artigos de cultura pop

aberto todo dia pça benedito calixto, 158

cine belas artes cinema de rua

abre todo dia r. da consolação, 2423

bodogami restaurante e jogos de tabuleiro

abre todo dia av. da liberdade, 456

29 @revistarevist_a
divulgação

2024 porto alegre

noite dos museus museu com programações culturais eventos periódicos r. tamandaré, 71

fundação iberê centro cultural de arte moderna qui - dom av. padre cacique, 2000

30
sai
#*@$%&
4h20
da caverna

farol santander centro cultural de exposições

ter - dom r. sete de setembro, 1028

casa de cultura mário quintana instituição multicultural

ter - dom r. andradas, 736 cinemateca capitólio centro cultural audiovisual

ter - dom r. demétrio, 1085

31 @revistarevist_a
divulgação
38 4h20

na edição de hjjj

E aí leitores,

Já pararam para pensar sobre o que acontece na produção de um anime? Na edição desse mês descobriremos isso e como a Kim Kardashian ajudou a resolver um roubo.

Também exploraremos mais sobre como a linda estética frutiger tem voltado a moda e sobre como o novo filme do Nicolas Cage deve ser seu novo filme favorito.

Além disso, contamos com uma entrevista única e especial do Chico Moedas para vocês e algumas dicas de coisas que nós – que procuramos qualquer coisa para não trabalhar –descobrimos e achamos que vocês também deveriam conhecher.

Esperamos que não tenham pedido para o chat gpt ler.

Até mais,

projeto III marise de chirico cor, percepção e tendências paula csillag produção gráfica mara martha roberto finanças alexandre ripamontes marketing estratégico leonardo aureliano ergonomia carolina bustos auresnede pires stephen infografia marcelo pliger

projeto editorial e gráfico isabela brasil lucca conversano renata barbosa sofia avellar vitória machado

2024-1 3 º semestre

@isabrmont @renataromerab @sofiaavellar @lucca_conversano

colaboradoresss

é cantor, produtor, compositor e integrante da banda O Terno, nome consolidado da música indie brasileira e do novo mpb

é jornalista especializada em crítica de cinema, e recentemente se tornou um ícone da internet após os trechos dos seus vídeos virarem meme na internet.

sumário

frutiger aero

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mangás, animes e Hollywood de frente com os vivos: chico moedas

32 de lei com: tim bernardes 18

28 tema-pop: kim kardashian e o sarcófago

zenha: o homem dos sonhos

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@revistarevist_a 7

mangás animes e hollywood

à medida que o Museu Britânico abre uma nova exposição sobre a história do mangá, olhamos para o seu impacto em Hollywood

texto den of geek staff

chrunchyroll

Seu Tetsuwan Atomu (Mighty Atom - ou, mais comumente, Astro Boy) provou ser extremamente bem-sucedido dentro e fora do Japão, levando a uma versão animada de 1963 que se tornou o primeiro anime de sucesso internacional. Tezuka desenhou mais de 150.000 páginas de mangá em sua vida e hoje é muitas vezes referido como “o padrinho do mangá”.

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hollywood estava prestando atenção

Enquanto James Cameron passou anos planejando seu remake de Battle Angel Alita, seu Avatar tinha uma dívida clara com a Princesa Mononoke de Miyazaki. Black Swan de Darren Aronofsky - sobre uma bailarina cuja vida e estado mental começam a se desvendar - tem fortes semelhanças com o Perfect Blue de Satoshi Kon, enquanto outro clássico de Kon, Paprika, pode ser fortemente sentido em Inception de Christopher Nolan.

Da mesma forma, o número de remakes e adaptações ocidentais de propriedades de mangá e anime aumentou nos últimos anos. Embora alguns tenham sido decentes - ficaremos felizes em levantar as mãos para a visão muito ridicível do Wachowski sobre o Speed Racer - a maioria tem sido divisiva. A versão de Oldboy de Spike Lee não tinha o poder do original (sim, foi um mangá primeiro), enquanto o Death Note de 2017 foi uma bagunça apressada. Ghost In The Shell conseguiu as alturas vertiginosas de “está tudo bem”, mas atraiu controvérsia graças ao elenco de Scarlett Johansson como Major Motoko Kusanagi.

13 @revistarevist_a
ghibliiiiii

a mpb atual a mpb atual

A música popular brasileira (MPB) continua sendo um gênero importante e influente na cultura musical brasileira.

Nos dias atuais, a MPB tem se adaptado às mudanças na indústria musical, com o surgimento de novos artistas e estilos musicais.

Uma tendência recente é a mistura da MPB com outros gêneros musicais, como o rap, o funk e a música eletrônica, resultando em novas sonoridades e abrindo espaço para novos artistas e produtores musicais.

Nos dias atuais, a música popular brasileira (MPB) continua a ser uma forma de expressão cultural importante no Brasil. Embora tenha havido mudanças significativas na forma como a música é produzida, distribuída e consumida, a MPB ainda tem um papel relevante na cultura brasileira.

Uma das mudanças mais significativas na indústria da música brasileira nos últimos anos é o crescimento do streaming de música.

14 96

da MPB, há uma variedade de outros gêneros musicais populares, como sertanejo, funk, piseiro, pagode, rap e reggaeton. Essa diversidade reflete a rica cultura musical do Brasil e a influência de diferentes tradições musicais de todos os cantos do mundo.

No entanto, também é importante destacar que a indústria da música brasileira enfrenta desafios significativos, como a falta de apoio financeiro para artistas independentes e a falta de acesso a infraestrutura e recursos de produção.

Além disso, a pandemia do COVID-19 afetou profundamente a indústria da música, com muitos shows e eventos sendo cancelados ou adiados.

Apesar desses desafios, a música popular brasileira continua a ser uma forma de arte vibrante e relevante no país, com uma rica tradição que continua a inspirar novos artistas e a cativar os fãs em todo o mundo.

Martim Bernardes Pereira

O que to fazendo aqui? Eu nem lembro da última vez que escrevi em prosa

15 @revistarevist_a

de frente com os vivos frente com os vivos

O influenciador participou do podcast Podpah, apresentado por Igão e Mítico, e relatou que os ataques acabam afetando outras pessoas e isso o incomoda.

“Minha vida ficou maluca, muita coisa [aconteceu], pô. Mas o que me pega assim, por isso que fica difícil responder, é porque afeta muito quem está em volta. Isso é horroroso, só tem um sentimento, é horroroso”, afirmou ele.

quase 7 meses após Luísa Sonza expor sua traição em rede nacional, com a Ana Mari Braga, na TV Globo, Chico Moedas resolveu falar sobre a repercussão do acontecido em sua vida

16 96 de frente com os vivos
google
images
indignada. o cara trai e faz
podcast. caiu no conceito ��

em seguida, ele falou sobre a criatividade dos usuários das redes sociais: “Tem coisa que dou risada. Tem momentos que acho engraçado porque se criou uma imagem folclórica que não existe na realidade”, afirmou. Mítico, então, rebateu: “Se você falar que isso não existe, é mais ainda uma parada sua”.

18 96 de frente com os vivos

Chico moedas e Luísa sonza em show... qundo eram um casal

chico moedas resolveu dar um exemplo de ‘fic’, como chamam as histórias criadas na internet:

“Li um comentário assim: ‘é exatamente o que um aquariano nato falaria’ [fazendo referência a uma música que está bombando]… Eu sou taurino, para começar”, pontuou.

Ao ser questionado se a fama lhe ajudou ou lhe prejudicou. “Depende do que. [Na vida] como um todo? Não sei. É difícil pensar sobre isso”, afirma

no Instagram do podcast, os seguidores desaprovaram a entrevista:

“O que uma mulher quer com um cara desse??”, questionou uma. “Ai, gente, pra quê?”, questionou outra. “Esse cara faz o que da vida, man??? Ele traiu e fico famoso como se fosse uma coisa certa? Kkk. Ou ele é cantor ou jogador???”, quis saber um terceiro. “Indignada. O cara trai e faz podcast. Caiu no conceito ��”, queixou-se mais uma.

19 @revistarevist_a

frutiger aero

a tendência de design do protetor de tela da windows tomando o tiktok

texto sofia avellar

wayback machine

frutigerrr

que peixes tropicais, bolhas, campos verdes e gotas de orvalho têm em comum? Todos eles são marcadores visuais de uma estética de meados dos anos 2000 que está tomando a geração TikTok de assalto, em meio a uma onda de nostalgia por uma época em que a tecnologia era vista como um caminho para um futuro mais brilhante.

A estética frutiger aero tem como característica principal elementos da natureza

Apelidado de Frutiger Aero por gurus do design, a tendência é nomeada em homenagem ao designer de tipos suíço Adrian Frutiger, cujas letras apareceram amplamente nos primeiros computadores coloridos, e o Windows Aero, um estilo visual adotado pelo software Vista 2006 da Microsoft, com seus protetores de tela representando grama verde elétrica e céus incrivelmente azuis.

frutiger aero volta a um tempo de otimismo tecnológico

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No TikTok, a hashtag teve quase 270 milhões de visualizações e é preenchida com vídeos mostrando slides de telefones flip da Motorola, golfinhos-nariz-de-garrafa pulando de piscinas e o logotipo da Apple cheio de água e peixinhos dourados. No YouTube, os espectadores estão sintonizando vídeos longos e relaxantes com títulos como “30 Minutes of Frutiger Aero! para todas as suas necessidades de nostalgia de 2000”.

A tendência, dizem os observadores, é uma reação a um presente dominado por avisos apocalípticos sobre o poder da IA de destruir a humanidade, onde o poder, a riqueza e a influência descontrocados dos irmãos do Vale do Silício tornaram os avanços digitais parte do problema, em vez de uma chance de uma solução.

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Frutiger Aero volta a um tempo de otimismo tecnológico, um tempo antes dos iPhones, quando os computadores – como o iMac G3 “com sabor de frutas” da Apple em tangerina, limão e mirtilo –eram vistos como mais em sintonia com a natureza.

as marcas estão vendendo o futuro vestidas no passado, e estamos todos fazendo fila para um gostinho

A movimentada marca de moda de Nova York Collina Strada flertou com o otimismo do estilo de design com roupas coloridas e inspiradas na natureza, enquanto os vendedores no Etsy estão criando mercadorias que se completam.

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A lata rosa e azul doce para a nova bebida y3000 da coca-cola, promovida como tendo sido projetada com a ajuda da ia, foi citada como frutiger aero-esque: enraizada no mundo natural, mas brilhante e limpa, se inclina para azuis, verdes e o efeito bokeh de fundo desfocado. frutiger aero é a garrafa de sabão palmolive que parece um aquário dentro, e uma afeiçoa pelo wii sports, trilha sonora e tudo mais.

Caracteriza-se por elementos aquáticos

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aeroooooo

“Éo senso de relacionabilidade e simpatia que faz com que essa estética pareça uma pausa bem-vinda do caos do mundo exterior”, diz J’Nae Phillips, editor de cultura, escritor e autor do boletim informativo Fashion Tingz. “Parece reconfortante e comercialmente viável, pois preenche a lacuna entre a utopia tecnológica e a distopia, especialmente em um momento em que as tensões estão aumentando on-line e todos estão apenas tentando navegar por espaços digitais aquecidos.”

Em 2023, faz sentido do ponto de vista da marca e dos negócios porque, como explica Anil Nataly, diretor criativo da Together Agency: “É o equivalente de design gráfico de um álbum de grandes sucessos. Não apenas puxa as cordas do coração daqueles que se lembram da primeira vez, tem esse brilho brilhante e ‘retro-futurista’ que até a geração do TikTok pode ficar para trás. É como um high five entre gerações.”

Usá-lo nos negócios é, diz Nataly, “uma jogada inteligente”, porque as marcas estão “vendendo o futuro vestidas no passado, e estamos todos fazendo fila para um gostinho”.

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Ben D vende pôsteres e adesivos da Frutiger Aero no Etsy, com seu pôster retratando golfinhos e um planeta cheio de plantas como um best-seller. “Para mim, representa um futuro sustentável, onde o rápido progresso coexiste com a natureza”, diz o jovem de 21 anos. “É um estilo futurista e utópico, mas evoca nostalgia pelo início dos anos 2000, que parecia um momento mais simples.”

Enquanto o público mais jovem é atraído por sua aura, para os seguidores mais velhos do “núcleo” do Frutiger Aero, é uma viagem pela pista da memória. Como um comentarista colocou em um vídeo do TikTok sobre a tendência: “Frutiger Aero é o futuro que nos foi prometido e nunca entregue, mas é um futuro pelo qual vale a pena lutar.”

Os golfinhos são uma marca registrada da estética frutiger aero

@revistarevist_a

kardashian e o sarcófago kim kardashian e o sarcófago

O currículo de Kim Kardashian vai além de seus inúmeros negócios com a moda e beleza, personalidade de um reality show e estudante de direito. Recentemente, Kardashian ajudou a desvendar um processo criminal envolvendo um sarcófago egípcio roubado.

Tudo começou com um clique, em 2018 durante o Met Gala. No museu nova iorquino, Kim, vestida com um longo dourado assinado pelo Atelier Versace, decidiu posar ao lado de um sarcófago, também dourado.

Adquirido em 2017 pelo museu, o sarcófago originalmente continha o corpo mumificado do sacerdote do século I aC, Nedjemankh. Segundo o site New York Post, em 2011, durante a revolução no Egito, o artefato foi desenterrado e traficado pelos Emirados Árabes Unidos para a Alemanha. Na Europa, Roben Dib, gerente da Galeria Dionysos de Hamburgo, restaurou a peça e falsificou licenças de exportação.

empresária, estudante de direito, socialite e ainda por cima soluciona mistérios

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Kim kardashian ao lado do sarcófago desaparecido

A peça foi então, trans portada para a França, onde negociantes de antiguidades a venderam ao Met por 4 milhões de dólares. Pouco tempo depois, Kim posou ao lado da peça egípcia, tão brilhante quanto o seu vestido dourado.

Um informante anônimo enviou duas fotos a um promotor em Nova York, a primeira contendo a foto de Kardashian e outra dos ladrões ao lado do sarcófago. O motivo da denúncia, foi que o informante não havia sido pago para desenterrar a peça, sete anos antes.

O promotor, que há cinco anos tentava localizar a quadrilha de contrabandos, abriu um caso para o item e informou o Met. A partir de um osso do dedo mumificado, escondido dentro do caixão, foi possível identificar que a peça era a mesma identificada pelo informante.

O sarcófago incrustado de ouro foi devolvido ao Cairo em 2019. O CEO do Met, Daniel Weiss, pediu desculpas ao Egito e ao ministro de antiguidades do país, Khaled El-Enany.

“Depois que soubemos que o museu foi vítima de fraude e involuntariamente participou do comércio ilegal de antiguidades, nós trabalhamos para a devolução da peça ao Egito o mais rápido possível”, disse Weiss em um comunicado.

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homem dos sonhos o homem dos sonhos

aqui ninguém sai bem na foto, aliás, todo mundo sai bem mal na foto

A primeira vez que a gente vê o Paul Matthews, protagonista de “o homem dos sonhos” é em um sonho da filha dele, e por alguma razão misteriosa o protagonista começou a aparecer em sonhos de todo o mundo, gente que ele conhece e gente que não entende o porque de estar sonhando com um sujeito tão esquecível, e gente que nunca viu ele antes na vida, e a reação de todas é a mesma “pô você só fica lá, não faz nada”, e esse é meio que o resumo de vida da história do Paul Mathews – pô você só fica lá, não faz nada. Esse é um papel que cai como uma luva para o Nicholas Cage, um dos poucos atores que realmente não tem medo de chegar aos confins do universo com o personagem, de chegar às raias da loucura, ou de ultrapassá-las, quando você precisa de um ator pra fazer algo muito fora da casinha, o Nicholas Cage – apesar da reputação de fazer muito filme ruim – é o ator perfeito, porque ele é um grande ator quando o papel o permite, é completamente destemido.

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Mais uma vez, Cage fornece material para o vídeo “nicolas cage losing his shit”.

eu tive durante o filme é que lá dentro da roupa dele não deve estar muito saudável não!

No entanto, com tudo isso o Paul vira um fenômeno, claro, o mundo inteiro sonhando com ele sem saber por quê!

E aí quando ele começa a capitalizar em cima dessa fama inexplicável, a coisa muda de figura, porque o papel dele nos sonhos das pessoas muda radicalmente. Eu achei

“O homem dos sonhos” um filme superengraçado e super incômodo, um daqueles filmes que fica dando aflição na gente, e é exatamente isso o

na realidade, a onda que se volta contra ele é uma coisa horrível, impressionante!

Aqui ninguém sai bem na foto, aliás, todo mundo sai bem mal na foto, nem o coletivo e muito menos o Paul Mathews, que passa do comportamento obsequioso, com o qual ele tenta tirar partido do que está acontecendo, para um comportamento completamente sem noção, completamente errado quando todos se voltam contra ele. É uma paulada, em cima de todas as partes envolvidas na cultura do cancelamento, e o mais legal de tudo é o tom absurdista do filme, isso aqui parece um roteiro do Charlie Kaufman, depois que vocês assistirem o filme vocês vão saber exatamente de que cena eu estou falando e vão entender o que estou dizendo.

31 @revistarevist_a
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1 @revistarevist_a

na edição de hjjj

@renataromerab

E aí leitores,

Nesta edição vamos mostrar para vocês um pouco sobre o universo das zines e ensiná-los a criar suas própriaspara começarem a espalhar seu ódio pelos vestibulares ou suas paixões estranhas – sem julgamentos. Também temos uma mensagem pensada por nós para trazer inspiração a vocês para começar seu zine autoral com a nossa ajuda. Esperamos que ainda saibam escrever manualmente sem precisar de um tempo para se recuperar. Até mais,

projeto III marise de chirico cor, percepção e tendências paula csillag produção gráfica mara martha roberto finanças alexandre ripamontes marketing estratégico leonardo aureliano ergonomia carolina bustos auresnede pires stephen infografia marcelo pliger

projeto editorial e gráfico isabela brasil lucca conversano renata barbosa sofia avellar vitória machado

2024-1 3 º semestre

@lucca_conversano

@vitoria.mrr

@sofiaavellar

@isabrmont

colaboradoresss

encostinho, também conhecido como “diabinho gente boa” tem doutorado em produção de zines, e possui inúmeras criações em seu nome

(insira texto abaixo)

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sumário

8 (+55) de lei
9 @revistarevist_a

O termo “fanzine” é uma junção das palavras “fanatic” (fanático) e ‘magazine” (revista), significando “revista do fã”.

À medida que as publicações fanzine passaram a ser de caráter autoral, não mais focadas em um artista ou assunto específico, elas começaram a ser chamadas simplesmente de “zine”.

A natureza dos zines é intrinsecamente fluida, o que reflete a diversidade e a adaptabilidade do meio. Esse fenômeno é resultado do caráter democrático e acessível dos zines, que permitem que indivíduos de diversas origens, experiências e motivações os utilizem como um meio de expressão. Portanto, do ponto de vista da autora, não é necessário definir ou restringir então, o que é e o que não e um zine. ele pode ser o que você quiser. basta você querer fazer. Nas palavras do grande zineiro Márcio Sno: “Não importa a categoria que você se encaixe, só faça!’

10 (+55) o que é o que é ein

Os primeiros zines surgiram nos anos 1930 nos Estados Unidos, com foco em artigos e curiosidades sobre ficção cientifica. No final da década, o formato se espalhou para a Europa e o Japão, sendo a Inglaterra o primeiro país a adotá-lo. com o fanzine Novae Terrae. dedicado à ficção científica, criado por Maurice Handon e Dennis Jacques em 1936.

movimento punk em 1976, tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra, os zines ganharam ainda mais força. Na Inglaterra o zine “Sniffin’ Glue”, criado por Marky Perry, originou o termo D.I.Y (‘do it yourself” ou “faça você mesmo”) ao dizer para os seus leitores: “Todos que estão lendo Sniffin’ Glue e estão insatisfeitos com o que escrevemos, saiam e façam seus próprios fanzines”

11 @revistarevist_a

No Brasil, Edson Rontani é considerado o pioneiro dos fanzines, lançando “Ficção” em 1965, um boletim impresso em mimeógrafo a álcool que informava sobre quadrinhos e reunia aficionados por essa arte, com uma tiragem de cerca de 300 exemplares e uma periodicidade irregular. No entanto, o termo “Fanzine” no Brasil comecou a ser utilizado apenas na década de 1970, antes sendo simplesmente chamado de “Boletim”.

É importante notar que os zines no Brasil surgiram também em um contexto político e cultural de redemocratização e efervescência criativa. O país saía de um período de ditadura militar, que reprimia a livre expressão artística e cultural, e vivenciava a retomada das liberdades democráticas e da cultura popular. Nesse contexto, os zines surgiram também como uma forma de resistência cultural e de expressão independente.

Nos anos 1990, com o processo de redemocratização do país, os zines continuaram a se desenvolver e se tornaram uma forma de expressão de diversos movimentos sociais, como os movimentos feminista, LGBTQIA+, negro e indígena. Nesse período, também surgiram novos formatos de zines, como os digitais, que se popularizaram com o advento da internet.

Hoje, o contexto histórico do zine no Brasil é marcado pela diversidade e pela resistência cultural.

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Nenhuma das formas. dobras, cortes e costuras mostrados aqui são os jeitos necessariamente “corretos” ou os únicos jeitos de fazer um zine, você vai experimentando, testando e descobrindo o jeito que funciona para você. Este guia apresenta alguns jeitos que funcionam para mim, ele é apenas um início com algumas ferramentas que podem ajudar a dar um pontapé inicial.

Não existem limites aqui. Inicialmente esse sentimento de liberdade pode se transformar quase que em um pânico existencial ao contemplar um número infinito de possibilidades. Dentro disso, existe a chance de duas coisas ocorrerem: ou você tem mil ideias ou não tem nenhuma. Dito isso, existem dois caminhos que podem ser seguidos quando essas duas coisas acontecem.

Quando tenho muitas ideias ao mesmo tempo, o que me ajuda é trazê-las para realidade, seja no papel ou num bloco de notas. Dar forma a elas, nem que seja

em texto ou em rabiscos. as força a ocupar espaços fora da minha mente e me auxilia a enxergá-las individualmente, e não num conglomerado de possibilidades.

Em contrapartida, às vezes não faço ideia do que fazer, e quando isso ocorre, procuro coisas que já existam, coisas tangíveis de alguma forma (sejam físicas ou digitais).

Revistas antigas, CDs, fotografias de infância, panfletos, tudo e qualquer coisa que me atraia naquele momento, a narrativa (se é que é necessário ter alguma) surge inesperadamente, a partir de coisas que não imaginava encontrar.

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tamanhos de papel mais comumente encontrados e as proporções entre eles. podendo ser utilizado como referência. O papel como um todo mede tamanho A3 (42 x 29,7 cm), contendo divisões em A4, A5 e A6.

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você tem se sentido burro ultimamente? mais do que o normal? a revista revista está aqui para impedir que seu cérebro fique liso igual um peito de frango, trazendo informações super úteis (ou nem tanto) que te impedirão de passar vergonha quando estiver dando em cima de alguém, além de poder aproveitar isso nos seus estudos e não tirar todos os seus conhecimentos de um vídeo de 15 segundos da internet.

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