CAJU

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Caro leitor,

a CAJU nasce em resposta a complexidade que permeia o desenvolvimento infantil. Ela é uma revista que valoriza o aprendizado baseado na diversão, que incentiva a conexão entre crianças e seus pais e que busca se comportar como catalisadora de transformações. Com o intuito de auxiliar os pais e de aflorar o potencial de cada criança, trazemos conteúdos acerca da linguagem e do desenvolvimento infantil em dois eixos: cajueiro e cajuzinho.

No cajueiro desta primeira edição os pais vão encontrar conteúdos informativos relacionados a aspectos relevantes da criação infantil: a importância do contato com a natureza; os benefícios da música e o impacto das telas no desenvolvimento e como incentivar a linguagem, a comunicação, a leitura e a criatividade dos pequenos.

No cajuzinho; com atividades práticas, brincadeiras e conteúdos que incentivam o aprendizado curioso; nossas crianças vão poder aprender mais sobre o mundo em que vivem, de forma leve e divertida.

Se junte a CAJU nessa jornada de crescimento mútuo, onde buscamos aprofundar raízes e influenciar de maneira positiva a formação de crianças criativas, respeitosas e curiosas, para que possam germinar e dar bons frutos!

ESPM | Escola Superior de Propaganda e Marketing

Projeto Integrado

DSG3A | 2024.2

Projeto III

Marise de Chirico

Cor, Percepção e Tendências

Paulo Csillag

Produção Gráfica

Mara Martha Roberto

Finanças Aplicadas de Mercado

Rossana Filetti Soranz

Marketing Estratégico

Leonardo Aureliano da Silva

Ergonomia

Matheus Alves Passaro

Carolina Bustos Raffainer

Infografia e Visualização de Dados

Marcelo Bautista Pliger

Motion Design

Carlos Eduardo da Silva Nogueira

Projeto editorial e projeto gráfico

Anna Clara Carnielli Oliveira

Fernanda Lie Shimomoto

Giulia Loiola Silva

Igor de Toledo César Jurse Saraiva

Julia Rocha Isidoro Oliveira

Laura Oliveira Machado

Lucas de Matos Maldonado

Manifesto

Sabemos que colhemos o que plantamos. Então, num cenário de desenvolvimento infantil que nunca foi simples, problemas de hoje em dia chegam para complicar ainda mais esse processo. Pandemia, exposição precoce à tecnologia, um bombardeio de informações superficiais, e diversos outros fatores tornam ainda mais desafiador os primeiros passos da criança ao entrar neste mundo. Mas nós da CAJU acreditamos que nossas decisões de hoje tem o poder de formar uma realidade melhor no amanhã.

Todo mundo sabe que a educação é crucial para o desenvolvimento, mas até que ponto ligamos o piloto automático para algo que fundamentalmente se trata de relacionamento e de aprender em conjunto? Aqui buscamos um crescimento muito além da teoria, em que os filhos precisam colocar a mão na massa e os pais estão lá para ajudar. E atenção: não estamos falando apenas de pais de sangue, mas também de pais de coração, pais-avós, pais-tios, e todos aqueles que paternam e maternam em busca do melhor para suas crianças.

A CAJU é isso. É uma resposta para aqueles que entendem que nossas crianças são nosso futuro e já impactam nosso presente, para aqueles que acreditam que esse aprendizado só vale a pena se for junto. Porque filho de caju, cajuzinho é!

Carta do leitor

Cesar Murad Tiburcio - 8 anos Estou muito animado pra revista CAJU! Espero que tenha muitas atividades e brincadeiras. Gosto muito de desenhar e fiz esse desenho sobre a natureza.

Colaboradores

Aliaga Mirguseinov é um ilustrador lituano, conhecido por suas composições inspiradas em desenhos animados e mangás, que refletem seu grande amor pela natureza.

Rafa Maranhão é uma influenciadora digital que produz uma diversidade de conteúdos sobre maternidade. Ela busca facilitar a jornada dos pais que lidam com a nova geração.

Monica Paola

Rodriguez nasceu e cresceu em San Juan, Porto Rico. Ela adora projetar cenários para curtas animados e ilustrar livros infantis para contadores de histórias e editoras.

Anna Daviscourt, ilustradora americana, combina design lúdico e narrativa para criar imagens mágicas, cativando crianças com suas histórias inclusivas.

Shirley Hilgert é autora do canal e do blog Macetes de Mãe e mãe de dois. Formada em Publicidade e em Relações Públicas, ela ajuda mães com dicas no canal do youtube.

Celine Ftouni é uma designer gráfica brasileira que trabalha com marketing e ilustração. Ela ama experimentar novas técnicas em sua arte e se aprofundar cada vez mais no mundo do design.

Vem aí…

Cajueiro

Dicas do Juca

Para começar

Música

No desenvolvimento

CRIATIVIDADE

Para estimular a criança

LINGUAGEM

Para a comunicação

Comunicação

Uma melhor comunicação

CAPA

Contato com a natureza

Bem-estar

Infância sem estresse

Personalidades

LEITURA

Desde a infância

Papo

Entrevista com Ziraldo

INFLUÊNCIA FALA

Dos pais nos filhos

Coluna assinada

Anny Meisler

Pedro Frias

Carlos González

Cajuzinho

Papinho

Entrevista com um cajuzinho

Sua vez

Oficina de reciclagem

Animais

Curiosidades sobre animais

Mexa-se

Brincadeiras em movimento

Meio ambiente

Como preservar

Ao ar livre

Brincadeiras ao ar livre

Infográfico

Crescimento do caju

Hortinha

Como plantar sua horta

Meio ambiente

Florestas tropicais

Receitinha

Bolinho de banana

Curiosidades

Por que chove?

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Caligrafia

Atividades de caligrafia

Atividades

Atividades divertidas

Quadrinho Juca

Juca ama caju

Respostas

Respostas das atividades

Poesia

Cantiga da babá

dicas do juca

O BAOBÁ MOCINHO

Heloise Pires Lima

Uma lição importante sobre saber a hora certa de falar e de escutar.

Editora Biruta

R$37,00

OS QUATRO AMIGOS

Marie Ange Bordas

Narra a saga de 4 animais amigos que saíram em busca de uma vida melhor.

Leiturinha

R$41,00

TRANÇANDO O AMOR

Lorrane Fortunato

Com sua mãe e avó, a personagem aprende sobre acestralidade e pertencer.

Leiturinha

R$46,00

CHAPEUZINHO VERDE

Maria Lucia Takua Peres

Obra potente sobre garantir a sobrevivência da Terra e de todos os que nela habitam.

Editora Aletria

R$35,00

PORTAS

Tino Freitas

Sobre um menino que está aprendendo a lidar com seus sentimentos.

Leiturinha

R$44,00

ENTRE IRMÃOS

Flávia Côrtes

Nos leva a refletir que, entre erros e acertos, estamos fazendo o melhor possível.

Leiturinha

R$49,00

MORADAS

Marilda Castanha

Nesse livro o leitor é apresentado aos diversos tipos de moradas, de variadas formas.

Leiturinha

R$52,00

O AZUL DO SOL

Telma Guimarães

Sobre sentimentos no primeiro dia na escola e sobre encontrar um novo amigo.

Leiturinha

R$38,00

Conheça os benefícios da música na infância

Descubra como a música estimula habilidades cognitivas, emocionais e motoras desde a infância

Amúsica no desenvolvimento infantil contribui para a integração da sensibilidade e da razão, colabora com a comunicação, expressão corporal e socialização, estimula a concentração e a memória, além de ser uma ótima forma para as crianças brincarem e se divertirem.

Se a criança é estimulada com música antes dos cinco anos, desenvolve a área frontal do cérebro de forma a ter melhor raciocínio lógico e abstrato. A música integra corpo e mente e neste artigo selecionamos alguns benefícios da música no desenvolvimento infantil. Continue a leitura para entender sua importância!

Concentração

A música exerce um poder de sensibilizar a criança e isso faz com que ela se envolva na melodia e se concentre no que está ouvindo. Essa atenção ao som potencializa o poder de concentração e, se ainda, ela for capaz de cantar um trecho ou aprender a música por completo, é sinal de que ela consegue focar naquela tarefa.

Se a musicalização for acompanhada de aprendizado de algum instrumento, será ainda mais benéfica para desenvolver e aumentar a concentração.

Raciocínio e memória

Algumas áreas do cérebro que são ativadas com a musicalização na infância têm muito a ver com o processo educativo.

Raciocínio e memória bem desenvolvidos são ferramentas importantes na escola e a música é capaz de desenvolver a percepção espacial e ativar a memória. Esse raciocínio é essencial para a educação das crianças.

A música no desenvolvimento infantil também faz com que as crianças tenham uma maior facilidade no aprendizado da linguagem e da matemática.

Expressão corporal

A música é uma fonte de estímulos inigualável para o desenvolvimento das expressões corporais. Ela integra corpo e mente, ativa a sensibilidade e a razão, facilita a comunicação e a consciência do corpo, demonstrando seus sentimentos através dele.

Com a música no desenvolvimento infantil, a criança pode melhorar comportamentos como a indisciplina e a timidez, além de desenvolver habilidades sociais ao interagir em atividades musicais coletivas.

A prática da música, quando associada à dança, também refina a coordenação

motora, a percepção rítmica e a capacidade de concentração, essenciais para o desenvilvimento infantil.

Segurança emocional

Antes mesmo de iniciar a escolarização, a música é benéfica para desenvolver afetividade e confiança entre os pais e os filhos.

Ela traz conforto e segurança emocional, facilita a socialização, a cooperação e a empatia nas crianças.

Segurança emocional

Antes mesmo de iniciar a escolarização, a música é benéfica para desenvolver afetividade e confiança entre os pais e os filhos.

Ela traz conforto e segurança emocional, facilita a socialização, a cooperação e a empatia nas crianças.

Aprendizado escolar

Crianças em fase escolar se beneficiam de maneira importante do processo de musi-

calização. Ao cantarem ou ouvirem as músicas, por exemplo, palavras são entendidas nos seus significados e os sons produzidos são estimulantes para o aprendizado da linguagem e para a alfabetização. Além disso, a repetição de músicas melhora a dicção dos alunos.

Como podemos observar, o contato com a música no desenvolvimento infantil é muito importante para o estímulo de várias áreas. A musicalização pode e deve ser estimulada desde muito cedo, em casa e pelos pais.

Geralmente, as brincadeiras com música são as preferidas das crianças e essa maneira lúdica de introduzir a música na vida delas vai trazer muitos benefícios para o cérebro e para o emocional. Aposte num repertório rico, com vários estilos, de diversas origens e que utilize os mais variados instrumentos musicais.

Por que estimular a criatividade

A importância da criatividade infantil no desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças

tEXtO SARAH BORGES ilustraçãO MARIA GABRIELA GAMA

Acriatividade infantil desempenha um papel importante no desenvolvimento de cada criança, desde os primeiros anos escolares. Em todas as etapas, ela se mostra uma importante aliada para ajudar as crianças a lidarem melhor com os desafios que encontrarão em suas vidas.

Nesse artigo, você entenderá a importância da criatividade infantil e seus benefícios.

A criatividade infantil é mesmo importante?

A criatividade infantil consta como uma das habilidades da BNCC, que é de responsabilidade de cada instituição desenvolver com os alunos dentro do currículo escolar. Além disso, ela não é só importante academicamente, mas também é uma competência considerada fundamental para o processo de aprendizagem e na formação de indivíduos inovadores.

De modo geral, quando falamos de criatividade, muitos podem pensar que ela é algo inato, ou seja, que nasce conosco. É comum ouvirmos pessoas falando que não são criativas, que não nasceram com esse dom, que muitas vezes pode ser considerado artístico.

No entanto, criatividade vai além de pintar quadros, fazer esculturas, escrever músicas e poemas, por isso se faz necessário quebrar esse mindset e essas crenças. A criatividade, assim como qualquer competência socioemocional, pode e deve ser desenvolvida e estimulada ao longo da vida, começando pelas crianças e indo até a fase adulta.

Afinal, pode ter passado despercebido, mas ao resolver um problema, por mais simples que seja, você já está recorrendo à criatividade. Todo ser humano possui um grande potencial para a criatividade e isso pode ser comprovado em um novo estudo da Universidade de Harvard.

A pesquisa constatou que, ao lidar com um problema, múltiplas regiões do cérebro são ativadas, incluindo as responsáveis pela criação, e que ela se dá por um emaranhado de repertórios, ideias e referências que acumulamos ao longo da vida.

Dessa forma, podemos dizer que a criatividade infantil deve ser estimulada desde cedo, para que as crianças estejam expostas a novas situações, experiências e ao mundo como ele realmente é para, assim, criarem repertório para o futuro.

“Criatividade vai além de pintar quadros, fazer esculturas, escrever músicas e poemas

Quais são os benefícios da criatividade para as crianças?

Ao desenvolver atividades que estimulam a criatividade infantil, as crianças utilizam toda a sua capacidade de ver e viver o mundo.

Além de ajudar a enfrentar os desafios da vida e solucionar problemas, a criatividade infantil ajuda no processo de alfabetização e amadurecimento, trazendo mais motivação ao longo da jornada escolar.

Desenvolvimento cognitivo e social

É possível estimular o pensamento crítico, a resolução de problemas e a tomada de decisões. Com esses três aspectos, é possível uma melhor interação com o mundo, encorajando, inclusive, a colaboração e o trabalho em grupo.

Desenvolvimento motor

Quando falamos dos primeiros anos escolares, a criatividade ganha uma aliada importante: as atividades manuais. Elas são essenciais para a criança usar a imaginação, além de sua coordenação motora fina e grossa. Além disso, as atividades manuais sempre podem ser aplicadas em todos os anos e fases escolares.

Emoções e mais confiança

Ao expressar suas emoções, utilizando sua criatividade, as crianças desenvolvem mais autonomia, resiliência e confiança. Ao lidar com situações do mundo, elas conseguem ver oportunidades de aprendizado mesmo em momentos difíceis, além de se sentirem confiantes para viver em sociedade.

Inovação e originalidade

Com atividades que estimulam a criatividade, as crianças são convidadas a pensar fora da caixa. Desse modo, sua capacidade de ser original e de resiliência são desenvolvidas e elas passam a ter um perfil mais inovador, que permitirá viver e construir caminhos mais ligados à realidade que viverá em seu futuro.

Solucionador de problemas

Uma das capacidades mais exigidas no mercado de trabalho atual, que também será no futuro, pode ser adquirida com o desenvolvimento da criatividade. Ao explorar diferentes maneiras para resolver um conflito, a criança mostrará sua capacidade real de enfrentar desafios e de solucioná-los com uma visão ampla.

Mais engajamento e desempenho

Usando a criatividade infantil para participar de novas atividades, os estudantes se sentem mais envolvidos com o conteúdo. Desse modo, é possível desenvolver um interesse natural e criar uma melhor assimilação, familiaridade e gosto pelo que ele está aprendendo.

Além desses benefícios, ao estimular a criatividade infantil, é possível identificar certas características especiais de cada um deles e isso os torna únicos, nenhuma criança se desenvolve igual a outra.

A seguir, listamos algumas dicas práticas para estimular a criatividade das crianças no dia a dia em casa.

Crie um ambiente estimulante

Estar em um ambiente que desperte a imaginação é essencial para a criatividade infantil. Invista em um espaço onde as crianças possam explorar, com materiais variados que incentivem a curiosidade, como papéis, tintas, blocos de montar, livros e objetos do cotidiano que convidem à descoberta.

Proponha atividades e desafios

Inspire-se nas metodologias ativas para criar atividades envolventes em casa. Por exemplo, você pode propor um desafio como construir uma "fortaleza" com objetos do lar ou criar uma história em família. Incentive a criança a buscar soluções, apresentar suas ideias e colaborar com outros membros da família, desenvolvendo autonomia e protagonismo.

Explore o mundo fora de casa

Promova o contato com o mundo exterior para enriquecer as experiências criativas. Um passeio ao parque, uma visita a um museu ou até uma caminhada pelo bairro podem estimular novas ideias. Experiências reais, como observar a natureza ou explorar um novo lugar, ajudam a criança a expandir seu repertório criativo.

Valorize o tempo livre

Na rotina de casa, valorize o tempo livre, pois ele é essencial para o desenvolvimento genuíno e livre das crianças. Permita que brinquem e explorem à vontade, sem pressa ou cobrança. Esse tempo permite que se expressem com mais clareza e confiança.

Estimule o diálogo e a troca de ideias O diálogo aberto é muito benéfico para a criatividade infantil. Escute as ideias das crianças com atenção e valorize suas opiniões, promovendo conversas em família que incentivem diferentes pontos de vista. Essa prática não só fortalece os laços familiares, como também contribui para um ambiente acolhedor onde as crianças se sentem seguras para criar.

“Todo ser humano possui um grande potencial para a criatividade

Envolva toda a família

A participação de toda a família é fundamental para enriquecer o processo de aprendizado e criatividade. Incentive atividades que envolvam pais, irmãos e outros familiares, como uma noite de jogos ou um projeto de artesanato em conjunto. A interação com pessoas queridas motiva as crianças a explorar novas formas de expressão e colaboração.

Ofereça apoio constante É importante que, em casa, os pais estejam sempre disponíveis para apoiar e incentivar as iniciativas criativas das crianças. Dê espaço para que experimentem e façam descobertas, reforçando que o aprendizado também acontece de forma divertida.

A criatividade infantil é uma habilidade essencial que enriquece o desenvolvimento global da criança, impactando seu crescimento cognitivo, emocional e social. Ao promover um ambiente que valorize a curiosidade, o questionamento e a liberdade para explorar, tanto a família quanto a escola contribuem para formar indivíduos mais confiantes, resilientes e preparados para os desafios futuros. Através de pequenas ações diárias, podemos apoiar as crianças a desenvolverem seu potencial criativo, abrindo caminho para que se tornem adultos inovadores, capazes de ver o mundo sob diferentes perspectivas e encontrar soluções originais para problemas.

Desenvolvendo a linguagem infantil

A linguagem é essencial na vida da crianças, abrindo portas para comunicação e expressão de sentimentos

tEXtO NICHOLAS SFORSIN ilustraçãO ALIAGA MIRGUSEINOV

Odesenvolvimento da linguagem é um marco crucial na vida de uma criança, pois abre portas para a comunicação, a expressão de pensamentos e sentimentos e o aprendizado. Entender como as crianças adquirem linguagem e quais estratégias podem ser empregadas para estimular a comunicação infantil é essencial para pais, cuidadores e educadores. Neste artigo, exploraremos o processo de desenvolvimento da linguagem infantil.

Como as crianças adquirem linguagem O processo de aquisição da linguagem é complexo e varia de criança para criança. No entanto, existem estágios gerais que a maioria das crianças passa durante seu desenvolvimento linguístico. Esses estágios incluem: Choros e sons primitivos (0–6 meses): Os bebês começam a se comunicar desde o nascimento, usando o choro como forma de expressão. À medida que crescem, começam a produzir sons, balbuciando e fazendo barulhos simples.

Reconhecimento de sons (6–12 meses): Nesse estágio, os bebês começam a reconhecer sons familiares, como a voz dos pais e outros sons do ambiente. Eles também começam a imitar os sons que ouvem.

Primeiras palavras (12–18 meses): A criança começa a produzir suas primeiras palavras reais, como “mama” e “papa.” No entanto, a pronúncia pode ser imprecisa.

Expansão do vocabulário (18–24 meses): Nessa fase, o vocabulário da criança cresce rapidamente, e ela começa a formar frases curtas, geralmente de duas palavras, como

Frases completas (2–3 anos): A partir dos dois anos, a criança começa a construir frases completas e mais complexas. Ela começa a usar pronomes, verbos, adjetivos e subjetivos, tornando-se mais habilidosa na comunicação.

Gramática (4–5 anos): As crianças aprimoram sua compreensão da gramática, melhorando a estrutura de suas frases e desenvolvendo uma compreensão mais precisa de como a linguagem funciona.

É importante notar que o desenvolvimento da linguagem varia de criança para criança. Algumas crianças podem atingir esses marcos de desenvolvimento mais cedo ou mais tarde do que outras, e isso é perfeitamente normal.

Dicas para estimular e melhorar a comunicação infantil

A estimulação da comunicação infantil desempenha um papel vital no desenvolvimento da linguagem, pois é por meio das interações diárias que a criança começa a construir suas habilidades de expressão e compreensão. Aqui estão algumas dicas práticas para pais e educadores: Fale com a Criança desde o Nascimento: Os bebês são sensíveis à linguagem e à voz humana desde o início de suas vidas, desenvolvendo desde o seu nascimento. Fale com eles regularmente, descrevendo tudo o que está acontecendo ao seu redor.

“Entender como as crianças adquirem linguagem e quais estratégias podem ser empregadas para estimular

a comunicação infantil

Leia em voz alta: A leitura é uma maneira maravilhosa de introduzir novas palavras e conceitos para as crianças. Comece a ler para elas desde tenra idade.

Responda aos Sons e Vocalizações: Quando a criança balbucia, faz sons ou tenta se comunicar de alguma forma, responda de maneira calorosa e afetuosa. Isso reforça a importância da comunicação.

Seja um modelo de linguagem: Use linguagem clara e bem estruturada ao conversar com a criança. Isso a ajuda a aprender padrões linguísticos e a desenvolver uma linguagem mais rica.

Faça perguntas abertas: Perguntas abertas incentivam a criança a pensar mais profundamente e a elaborar suas respostas. Em vez de perguntar "Você gostou do parque?", uma opção mais eficaz seria perguntar "O que você mais gostou no parque hoje?" ou "Qual foi a parte mais divertida do seu dia no parque?". Essas perguntas ajudam a estimular a comunicação, incentivando a criança a expressar seus

pensamentos e sentimentos de maneira mais completa e detalhada.

Jogos com palavras: Brinque com jogos de palavras, como palavras que rimam, adivinhas, caça-palavras, 7 erros e atividades de caligrafia. Isso ajuda a desenvolver habilidades fonológicas de vocabulário, comunicação e até mesmo de escrita.

Crie um ambiente de leitura: Tenha livros disponíveis em casa e crie um ambiente de leitura agradável. Isso estimula o interesse pela leitura e pela linguagem.

Dento

Evite falar por ela: Deixe a criança expressar suas ideias, mesmo que seu discurso seja inicialmente incompreensível. Isso a encoraja a continuar tentando se comunicar cada vez mais.

Seja paciente: O desenvolvimento da linguagem leva tempo. Não pressione a criança a falar mais rápido do que está pronta naquele momento.

Interaja com outras crianças: A interação com outras crianças é valiosa para o desenvolvimento da linguagem. Elas aprendem uns com os outros e praticam habilidades de comunicação.

Incentive a escrita: À medida que a criança cresce, incentive-a a praticar a escrita, seja desenhando, escrevendo histórias simples ou mantendo um diário.

Linguagem multilíngue: Se sua família fala mais de um idioma, a exposição a múltiplos idiomas é extremamente benéfica para o desenvolvimento da linguagem da criança. O contato com diferentes línguas desde cedo amplia o vocabulário, aprimora as habilidades cognitivas e melhora a flexibilidade mental. Crianças bilíngues ou multilíngues tendem a desenvolver maior capacidade de resolução de problemas e conseguem se adaptar melhor a diferentes contextos sociais e culturais.

Atenção às dificuldades: é fundamental estar atento aos sinais de possíveis dificuldades no desenvolvimento da linguagem. Se você perceber que a criança está enfrentando desafios significativos para se comunicar, como atraso na fala, dificuldade em formar frases ou em entender instruções simples, é importante considerar a consulta a um profissional de saúde especializado, como um fonoaudiólogo. Esse profissional pode realizar uma avaliação detalhada e oferecer o suporte necessário para ajudar a criança a superar essas dificuldades. Intervenções precoces são essenciais, pois quanto mais cedo o problema for

O desenvolvimento da linguagem leva tempo. Não pressione a criança a falar mais rápido do que está pronta naquele momento

identificado, maiores são as chances de promover um desenvolvimento linguístico adequado, garantindo que a criança alcance seu pleno potencial de comunicação.Em resumo, o desenvolvimento da linguagem é um processo fascinante e crucial para o crescimento de uma criança. Desde os primeiros balbucios até a formação de frases mais complexas, cada etapa marca um progresso significativo no domínio da comunicação. Criar um ambiente que favoreça esse desenvolvimento é essencial, oferecendo à criança oportunidades de interagir, explorar novas palavras e conceitos, e expressar suas ideias de maneira livre e criativa.

Pais, cuidadores e educadores têm um papel vital nesse processo, agindo como modelos de comunicação, incentivando a curiosidade linguística e reforçando o valor do diálogo. Ao oferecer estímulos adequados e apoio contínuo, contribuímos para que a criança desenvolva suas habilidades linguísticas de forma plena e confiante, o que impacta diretamente outras áreas de seu aprendizado e socialização.

O progresso pode ser sutil ou gradual, mas com paciência, carinho e apoio, ele sempre acontece. Esteja presente e receptivo às necessidades de sua criança, incentivando-a a explorar a linguagem de forma natural e divertida. Ao acompanhar essa emocionante jornada de desenvolvimento da linguagem, você estará contribuindo para a construção de uma base sólida que permitirá à criança sentir-se segura e à vontade para se comunicar e se expressar plenamente ao longo de toda a sua vida, fortalecendo suas habilidades sociais e emocionais.

Como melhorar a comunicação com as crianças

Uma boa comunicação com as crianças constitui a base para uma boa comunicação com outras pessoas, à medida que seu filho se torna adulto

Asérie de TV “Os Simpsons” ilustra diferentes realidades frequentes na comunicação entre pais e filhos. Primeiro, as crianças realmente podem chamar repetidamente seus pais sem desanimar, o quanto for necessário. Segundo, os pais, muitas vezes, não dominam a arte de conversar com os filhos de forma eficaz. Em várias cenas, os pais se veem discursando longamente enquanto perdem completamente a atenção das crianças. Assim como Bart e outras crianças da série, essa comunicação se transforma em um mero "blá, blá, blá". Isso pode ser frustrante para os pais, que se esforçam para passar mensagens e valores importantes.

A maioria dos pais é eficiente em dar instruções práticas e objetivas, como “Prepare-se para a escola” ou “Preste atenção aos carros ao atravessar a rua”. Essas mensagens diretas são facilmente compreendidas e aceitas pelas crianças. No entanto, a dificuldade surge quando grandes emoções estão envolvidas. Esses desafios podem acontecer tanto com os sentimentos dos filhos quanto com os próprios sentimentos dos pais, ou até com ambos. Momentos emocionalmente carregados exigem mais do que simples instruções; eles pedem

uma comunicação sensível, que envolva escuta e empatia.

Quando a comunicação entre pais e fi lhos é bem-sucedida, ela fortalece o rela cionamento e promove maior cooperação, além de fazer a criança se sentir valori zada e compreendida. Em contrapartida, quando a comunicação se torna uma luta, pode levar a criança a se desligar, entrar em conflito e sentir-se inferior. Isso cria barreiras e prejudica a confiança, afetando a autoestima e a abertura da criança para compartilhar seus sentimentos.

Diante disso, muitos pais se perguntam: como conversar com os filhos quando emo ções intensas estão em jogo? Como falar para que as crianças realmente ouçam? E como podemos incentivar nossos filhos a falar e expressar suas próprias emoções?

Para que seja possível ajudar esses pais a enfrentarem esses desafios, reunimos alguns conselhos de psicólogos especia listas que podem ajudar a transformar a comunicação com as crianças em algo mais saudável, respeitosa e incentivá-las a compartilhar seus sentimentos. Essas prá ticas foram desenvolvidas para fortalecer a conexão emocional e criar um ambiente confortabel e com confiança.

Use expressões “abridoras de portas”

Essas expressões incentivam as crianças a compartilhar ideias e sentimentos, mostrando que você as ouve e valoriza o que dizem. Exemplos: “Uau”, “entendo”, “que legal!”, “sério?”, “me diga mais”, “isso é interessante”, “incrível”.

Use mais “faça” do que “não faça”

Frequentemente, os pais sabem o que não querem que aconteça, então eles começam com a palavra “não”. A desvantagem da palavra “não” é que ela falha em promover o comportamento positivo que você deseja. No máximo, reforça o comportamento que você não deseja.Trocar nossos “não fazer” por “fazer” pode ficar assim: “Não pode sair, está frio”, diga: “Fique em casa, por favor. Está muito frio para você brincar lá fora”.

Fale com seu filho, não para ele

Em vez de apenas dar instruções, converse de forma bilateral com seu filho, ouvindo-o também. Embora possa ser desafiador, isso ajuda a construir um relacionamento saudável e mostra que seus pensamentos e sentimentos são valorizados, ao contrário de uma comunicação unidirecional que pode sugerir desinteresse.

Use expressões com “eu” para se comunicar

Usar expressões com “eu” em vez de “você” ajuda os pais a comunicar como o comportamento dos filhos os afeta, tornando as expectativas mais claras e incentivando a responsabilidade. Por exemplo, trocar “Você é agitado demais” por “Estou cansado e sem vontade de brincar” ou “Seu quarto é uma bagunça” por “Preciso que você pegue suas coisas” promove compreensão e mudanças positivas.

Faça dos pedidos algo importantes

Para que suas solicitações sejam atendidas, primeiro garanta que seu filho esteja prestando atenção, fale com firmeza para demonstrar seriedade e explique por que a ação é importante no momento.Exemplo:

“Preciso que você coloque seus brinquedos na mesa agora, por favor. É importante porque não há espaço para comer na mesa.”

Sem palavras e rótulos indelicados

Algumas formas comuns, mas inúteis, de comunicação com as crianças são: ridicularizando, envergonhando e xingando. Este estilo de se comunicar pode levar a problemas no relacionamento pai-filho

Evite usar frases como:

“Você está agindo como uma criança de dois anos”, “Você está me envergonhando” ou “Você está sendo mau”.

Use palavras gentis

Palavras gentis criam um bom relacionamento e uma melhor comunicação com seu filho. Falar com apreço e respeito faz com que as crianças tenham melhor autoestima, o que lhes permite prosperar. Evite usar frases como:

Em vez de, “Não acredito, eu disse que iria quebrar se você brincasse com isso no banheiro”, diga “Vamos pegar a pá de lixo e limpar. Acidentes acontecem”.

Mostre a seu filho que você os aceita

Quando uma criança se sente aceita, torna-se mais confiante e aberta a expressar sentimentos. Em vez de críticas, como no exemplo dos vegetais, use uma abordagem empática para incentivá-la a experimentar sem impor. Uma comunicação positiva é essencial para um lar acolhedor e para uma saúde emocional da criança, sendo muito fundamental para conseguir um relacionamento saudável.

Fabio Frencl

O valor de crescer

com a natureza

Os pais podem ajudar seus filhos a crescer, aprender e viver aventuras, simplesmente passando algum tempo junto à natureza

tEXtO REGINA ESHER

Anatureza proporciona muitos benefícios para toda a vida, como saúde física, mental e competências acadêmicas. Uma exposição saudável à Vitamina

D promove saúde para os ossos e ajuda a minimizar os problemas relacionados ao diabetes e doenças cardíacas.

Até mesmo brincar com a terra demonstrou reduzir os níveis de ansiedade e de estresse das crianças. Apresentar diferentes ambientes naturais às crianças pode ajudá-las a pensar além do seu entorno imediato e a criar perspectivas equilibradas. A aprendizagem e a educação baseadas no meio ambiente e na natureza melhoram o desempenho acadêmico e o pensamento crítico da criança.

Mesmo assim, as crianças têm passado menos tempo ao ar livre do que nunca. Um estudo realizado em 2018 revelou que, em comparação com seus pais na mesma faixa etária, as crianças atuais desfrutam de cerca de 50% menos tempo em ambientes externos. Essa diminuição significativa no contato com a natureza é alarmante, pois quando as crianças não têm a oportunidade de explorar espaços ao ar livre, elas perdem experiências extremamente valiosas e significativas.

Essas vivências, que incluem desde a observação de plantas e animais até a interação com diferentes elementos naturais, são fundamentais para enriquecer o desenvol-

vimento cognitivo, emocional e mental dos pequenos. Esse contato das crianças com a natureza não apenas estimula a curiosidade e a criatividade dos pequenos, mas também promove habilidades sociais, ajudando as crianças a se tornarem indivíduos mais empáticos e conscientes do mundo em que vivem.

A natureza ajuda a aprender Apresentar as crianças à diversidade da natureza, desde animais singulares a diferentes cenários e climas, pode incentivá-las a construir uma admiração pelo mundo que as cerca e ajudá-las a entender seu lugar nele. Por exemplo: visitar um rio ou riacho, não só é uma oportunidade de ensinar as crianças sobre o habitat dos peixes, como explorar de onde vem nossa água potável, um dos recursos mais preciosos para a vida.

Aliaga Mirguseinov
Ilustração de crianças e insetos em um jardim encantado
A aprendizagem e a educação baseadas na natureza melhoram o desempenho acadêmico e o pensamento crítico da criança

A natureza também pode nos conectar com nossos alimentos. Você pode tentar criar e cultivar um pequeno jardim. Lembro-me de minha mãe contando histórias sobre o jardim da sua família. Muitos anos mais tarde, quando tive oportunidade de visitar meus parentes, pude ver as verduras de folha queeles cultivavam meticulosamente e desfrutavam dos benefícios de viver da terra. Se você for a um mercado local, dedique algum tempo a aprender sobre os agricultores que plantam os alimentos que você compra e explique para seus filhos o que esse processo representa. Pergunte o nome do agricultor, entenda quais são os produtos da estação e identifique produtos similares que você pode compartilhar com seus amigos e sua família.

Embora muitas comunidades ainda dependam de grandes operações agrícolas, apresentar seus filhos a produtores locais cria um vínculo direto com os alimentos, que geralmente são mais saudáveis e melhores para o meio ambiente. Conhecer de perto como os alimentos são cultivados ajuda as crianças a entenderem a importância da produção local e sustentável, além de fortalecer o respeito pela origem dos alimentos. Essa experiência também incentiva práticas de consumo mais responsáveis, como escolher produtos sazonais e apoiar a economia local, promovendo uma alimentação mais saudável e uma conexão maior com a natureza.

Além disso, a oportunidade educativa de ver que os alimentos não se originam no supermercado é inestimável, pois permite que as crianças compreendam o trabalho envolvido na produção e a importância de apoiar a agricultura local. Essa experiência pode inspirar um apreço duradouro pela alimentação saudável e um compromisso com a preservação do meio ambiente

Encontre espaços verdes por perto Meus filhos e eu temos a sorte de morar perto de parques públicos e de outros espaços verdes, que incentivam atividades ao ar livre. A copa das árvores em nossa região é vital para o ambiente urbano, porque as árvores literalmente limpam nosso ar e absorvem os gases estufa que contribuem para a mudança climática.

Os espaços verdes também oferecem a oportunidade de as crianças aprenderem sobre o risco e considerá-lo. Segundo a Harvard Health, as crianças também precisam aprender a ultrapassar seus limites. Naturalmente é desconfortável e assustador para seus filhos estar em perigo iminente. Entretanto, subir em árvores ou em estruturas de áreas de recreação, brincar com a água em um riacho ou colher frutas silvestres são oportunidades de experimentar toda a natureza e o que ela tem a oferecer do seu próprio jeito.

Crie suas próprias atividades

Nunca é cedo demais para criar atividades para as crianças conviverem com a natureza e aprenderem sobre por que vale a pena protegê-la. Como diversão estruturada, são opções: visitar um museu, um jardim botânico ou um parque que também tenha infraestrutura para crianças de todas as idades.

Se puder planejar com antecedência, considere opções on-line e digitais, como excursões virtuais e vídeos animados. Procure gráficos, páginas para colorir e pontos dereferência adicionais. Para ambientes não estruturados, traga um livro ilustrativo de plantas nativas ou um mapa que detalhe os rios e os lagos e outros cursos d’água.

Aprofunde-se na diversidade de espécies locais e regionais para entender melhor o ecossistema que o cerca. Esteja atento aos detalhes que formam o ambiente ao seu redor e busque aprender com aqueles que possuem um conhecimento profundo da terra: membros de comunidades indígenas, agricultores e historiadores locais. Cada um traz uma perspectiva singular sobre as interações naturais e o equilíbrio ecológico, revelando histórias, práticas e sabedorias transmitidas ao longo de gerações.

Em ambientes urbanos, há também uma riqueza inesperada para explorar – uma mistura de espécies nativas e introduzidas que compõem uma paisagem única. Essas descobertas revelam um mundo escondido, pronto para ser conhecido e respeitado, e nos lembram que cada planta, ave ou inseto carrega um pedaço da história e do ecossistema local.A riqueza da diversidade natural se revela nos mínimos detalhes ao nosso redor: nas árvores que teimam em crescer nas calçadas urbanas, nas aves que encontram repouso nos telhados das casas e até nas pequenas plantas que brotam espontaneamente

em cantos inesperados. Esses pequenos sinais da natureza, às vezes despercebidos, lembram-nos da força da vida que persiste, adaptando-se e florescendo mesmo em meio ao concreto da cidade.

Desperte o amor delas pela natureza

A presença humana traz impactos inevitáveis ao ambiente, mas a atração pelo ar livre permanece forte e essencial. Cada momento em que meus filhos se deparam com o espetacular balé das formigas em fila, com os pássaros que riscam o céu em liberdade, com o mistério e a profundidade de uma floresta vasta ou com a imponência serena de uma grande massa d'água, percebo que estou oferecendo a eles mais do que simples experiências visuais. Estou, na verdade, abrindo janelas para o mundo, incentivando descobertas e ampliando seus horizontes, tanto no aspecto físico quanto no emocional. É um convite para que cultivem o encantamento com o mun do natural e desenvolvam uma consciência mais profunda sobre sua conexão com tudo ao seu redor.

Ao permitir que as crianças se conectem com o ambiente ao seu redor, incentivamos mais do que a curiosidade; estamos cultivando um senso de pertencimento e responsabilidade pela natureza. Esse vínculo, que começa com a admiração, aos poucos se transforma desejo de preservar o mundo. À medida que exploram e interagem com a natureza, as crianças desenvolvem uma compreensão do impacto de suas ações no planeta, reconhecendo a importância das escolhas que fazem. Com o tempo, esse aprendizado se traduz em um compromisso com a sustentabilidade, motivando-as a adotar práticas diárias que favorecem a preservação ambiental. Quando as crianças percebem a beleza e o valor dos lugares que habitam e visitam, começam a entender que esses espaços são dignos de cuidado e proteção. Afinal, cuidamos daquilo que amamos, e cultivar o amor pela natureza desde a infância é essencial para formar adultos que não apenas valorizem o meio ambiente, mas também assumam um compromisso genuíno em preservá-lo para as futuras gerações. A natureza, com sua riqueza e diversidade, torna-se, assim, um patrimônio emocional e um legado a ser defendido.

Cuidamos daquilo que amamos, e cultivar o amor pela natureza é essencial

Infância sem estresse: atitudes em prol do bem-estar infantil

É preciso dar espaço para a alma se expressar, e a imaginação voar, mas, para isso, é necessário sair um pouco da rotina extressante

Ser criança hoje em dia não está fácil.

Elas têm vivido em espaços reduzidos, em ambientes fechados, e na maioria das vezes conectadas à algum aparelho tecnológico, distante do ritmo orgânico do mundo natural.

São submetidas cada vez mais cedo à pressão escolar e ainda arcam com agendas lotadas de atividades extracurriculares.

Elas estão sendo enquadradas às demandas da sociedade contemporânea que está preocupada com a formação acadêmica das crianças para o mercado de trabalho.

O resultado de tudo isso está nos consultórios, onde as queixas dos pais e filhos aumentam a cada dia. Tornou-se comum crianças diagnosticadas com ansiedade, depressão, medo e etc. Nunca a infância foi tão medicada por males psíquicos.

Diante desse novo cenário, é preciso criar na rotina da criança pausas para respirar ao ar livre e vivenciar o lúdico. É preciso dar espaço para a alma se expressar, e a imaginação voar.

Assegure todos os dias um tempo para a criança brincar livre, longe das telas. Brincar proporciona à criança o desenvolvimento de importantes habilidades –destreza corporal, escuta, interações sociais

e equilíbrio emocional. O brincar é um treino para amadurecimento e conquista dessas competências.

Reserve um período de contato com a natureza. Pesquisas pelo mundo afora revelam que mais tempo em contato com a natureza, regula hormônios, reduz a agressividade, hiperatividade e obesidade, entre muitos outros benefícios.

Garanta momentos de ócio, em que a criança fique sem fazer nada. Essa é a oportunidade que a criança tem de entrar em contato com seu mundo interior, exercitar a fantasia, a criatividade e desenvolver a concentração. Isso promove a autorregulação e equilíbrio emocional.

Selecione um tempo para a expressão do mundo interior. Dê a ela papel, giz de cera, tinta guache, massinha ou argila para modelar. Nietzsche, dizia que “a arte existe para que a realidade não nos destrua”. A criança encontra na arte, uma forma de expressão do seu mundo interior, além de um exercício da força da imaginação. Essas são algumas atitudes simples que não custam nada, mas que ajudam muito sua criança. Aproveite e desestresse também. Sente ao lado da criança e brinque um pouquinho.

Cinco razões para ter esperança no planeta

É importante que as crianças tenham contato com o meio ambiente desde pequenas. Confira algumas dicas de livros e jogos para introduzir o assunto

AJane Goodall é uma das ambientalistas e cientistas mais renomadas da atualidade. Aos 20 anos, decidiu seguir seu sonho de infância de viver com animais na África. Aos 26, foi escolhida pelo antropologista Louis Leakey para estudar chimpanzés selvagens em Gombe, Tanzânia, onde fez descobertas inovadoras, como o uso de ferramentas por chimpanzés. Sem formação universitária na época, tornou-se referência no estudo de comportamento animal e contribuiu para a compreensão da “cultura” em outras espécies.

Além da pesquisa, a Jane se dedica à conservação e cuidado dos chimpanzés e fundou o Instituto Jane Goodall, que atua em mais de 29 países, e a organização Roots and Shoots, voltada para a educação ambiental. Ao longo de toda a sua carreira, ela testemunhou mudanças no campo da conservação e criticou a competição e egoísmo entre os ambientalistas. Ela defende a inclusão das populações locais nos projetos de preservação do ambiente dos lugares em que moram e acredita que, apesar de todas as dificuldades ambientais e sociais, ainda há esperança para as mudanças se a humanidade agir de forma imediata, em conjunto e eficiente.

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O programa Roots & Shoots, voltado para jovens da pré-escola à universidade, está presente em mais de 137 países e conta com 150.000 membros. Os grupos escolhem projetos para melhorar a vida das pessoas, dos animais e do meio ambiente, com foco na paz e harmonia entre culturas, gerações e a natureza. Os jovens têm autonomia para agir em projetos que os motivam, criando um impacto duradouro, com muitos continuando comprometidos com a causa ao longo da vida.

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A maior diferença entre os humanos e os chimpanzés é o cérebro humano, que mesmo capazes de feitos como enviar robôs a Marte a humanidade está destruindo seu próprio planeta, mesmo sabendo que Marte é inabitável. A autora questiona se perdemos nossa sabedoria, focando em ganhos imediatos ao tomar decisões, em vez de pensar no impacto a longo prazo para as futuras gerações.

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Nos anos 1990, o ecossistema ao redor do Parque Nacional de Gombe estava degradado pela pobreza e superpopulação. O programa TACARE foi criado para melhorar a vida local com um enfoque participativo, ensinando práticas sustentáveis e fornecendo microcrédito, especialmente para mulheres. De 12 aldeias, o programa abrange 52, restaurando a cobertura florestal e protegendo as matas. Usando tecnologias, os aldeões monitoram as árvores e reservaram terras para proteger os chimpanzés, triplicando a floresta em 10 anos.

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O “indomável espírito humano”, exemplificado por pessoas que enfrentam desafios aparentemente impossíveis e perseveram. Don Merton salvou o torno-negro apesar de ser desencorajado, e Nelson Mandela, após 17 anos de trabalho forçado na prisão, emergiu com uma incrível capacidade de perdoar, ajudando a acabar com o apartheid pacificamente. O autor ressalta que esse espírito de resiliência e determinação pode ser encontrado em muitas pessoas ao redor do mundo, o que é inspirador.

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O poder das redes sociais é a razão mais recentes para que que não se perca a esperança. Por exemplo, os organizadores da última caminhada pelo clima em Nova York aguardavam em torno de 100.000 participantes, mas todo mundo tuitou, retuitou e postou notícias sobre o evento no Facebook, convocando os amigos e colegas para juntarem-se. E cerca de 400.000 pessoas apareceram (na verdade, haveria mais participantes se a polícia não tivesse interditado o acesso).

Como estimular a leitura na infância?

Estimular a leitura desde a infância é a principal ferramenta para o desenvolvimento intelectual de uma criança

tEXtO AMÉLIA ROCHA ilustraçãO ALIAGA MIRGUSNOV

As experiências vividas pelos pequenos influenciam o seu desenvolvimento. Todas as descobertas e vivências desempenham um papel importante na constituição do indivíduo, e a leitura é uma delas. Essa prática contribui para a alfabetização e a formação do vocabulário das crianças.

Qual a importância da leitura no desenvolvimento da criança?

O hábito da leitura deve começar com os pais, que precisam criar rotinas e momentos certos para essa atividade. É recomendado, inclusive, que mães leiam para os filhos enquanto elas estiverem grávidas, para ajudar o bebê a reconhecer a voz da mãe e a criar laços emocionais com ela. Aprender a ler é uma constante progressão no desenvolvimento da criança. Por esse motivo, existem diversos livros, com faixas etárias sugeridas. A melhor idade para começar a estimular a leitura é na primeira infância, por volta dos 3 anos. Mesmo não estando na fase da alfabetização escolar, as crianças já têm experiências sensoriais e cognitivas significativas para compreender o mundo. Assim, livros com muitas cores, desenhos, e elementos lúdicos são interessantes para desenvolver o raciocínio dos pequenos leitores.

Esses estímulos cognitivos desempenham um papel fundamental na formação das capacidades cerebrais. Crianças são curiosas por natureza, e utilizar essa curiosidade na leitura é um diferencial para prender a atenção delas. Procure sempre dar o livro na mão do seu filho e deixá-lo brincar e entender aquele objeto. Além disso, aponte para os personagens enquanto lê a história. Essas referências o ajudarão a entender a história e o papel e a figura dos personagens.

Além disso, procure sempre reforçar com o exemplo como a leitura é importante. Filhos que veem pais lendo imitam o ato, mesmo sem saber o que ele significa. Outro fator importante, que deve partir dos pais, é a supervisão do uso da tecnologia desde cedo. O uso de celulares e tablets deve ser acompanhado pelos responsáveis, pois esse recurso acaba sendo mais atraente para a criança do que um livro. Portanto, crianças que têm contato com livros desde a primeira infância apresentam maior facilidade em absorver os conteúdos escolares e desenvolvem a memória, o raciocínio e a criatividade, além de manter o interesse pela leitura, aprimorando a escrita ao longo dos estudos.

Qual é o papel dos pais para criar esse hábito nos filhos?

O papel dos pais na criação do hábito da leitura nos filhos é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e acadêmico das crianças. Aqui estão algumas maneiras importantes de promover o amor pela leitura:

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Explorar interesses individuais: reconhecer e apoiar os interesses de leitura individuais das crianças pode incentivá-las a ler mais. Isso pode incluir histórias sobre esportes, ciência, aventuras, entre outros.

Exemplo pessoal: os pais podem ser modelos de leitura ao mostrarem interesse por essa atividade em suas próprias vidas. Quando as crianças veem os pais lendo, elas tendem a imitar esse comportamento.

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Criar um ambiente de leitura agradável: ter um espaço aconchegante e silencioso para a leitura em casa pode tornar a experiência mais agradável.

Leitura em voz alta: ler para as crianças desde uma idade precoce é essencial. A leitura em voz alta não apenas expõe as crianças a palavras e histórias, mas também fortalece o vínculo entre pais e filhos.

Disponibilidade de livros: ter uma variedade de livros acessíveis em casa é importante. Crianças têm mais probabilidade de ler quando têm fácil acesso a livros que se adéquam às suas idades e interesses.

Visitas à biblioteca: levar as crianças à biblioteca regularmente pode ser uma experiência emocionante. Elas podem escolher seus próprios livros e explorar diferentes gêneros literários.

Incorporar a leitura à rotina: estabelecer um tempo dedicado à leitura, como uma história antes de dormir, pode criar uma rotina que as crianças esperam ansiosas e desfrutam.

O hábito da leitura não apenas enriquece o vocabulário e a imaginação das crianças, mas também fortalece suas habilidades de comunicação e compreensão do mundo ao seu redor, além de amplicar o seu vocabulário gradativamente. Os pais desempenham um papel crucial na promoção desse hábito, criando um ambiente de leitura positivo e incentivando seus filhos a explorar o mundo fascinante dos livros desde cedo. 6 5 4 3 2 1

Fazer perguntas e discutir: após a leitura, os pais podem fazer perguntas sobre a história e discuti-la com as crianças. Isso ajuda a desenvolver habilidades de compreensão e pensamento crítico.

Celebrar a leitura: reconhecer as conquistas de leitura das crianças, como atingir metas de páginas lidas ou concluir um livro, pode ser motivador.

O que fazer se a criança não gostar de ler?

Se uma criança não gosta de ler, é importante adotar abordagens que promovam uma relação mais positiva com a leitura. Primeiramente, ofereça uma variedade de materiais de leitura, incluindo livros de diferentes gêneros, revistas, histórias em quadrinhos, e-books e audiolivros.

Dê à criança a liberdade de escolher o que lhe interessa. Além disso, uma visita a livrarias pode ser bastante divertida e útil nesse sentido, pois a criança conseguirá explorar livremente suas opções e participar de programas especiais, como leitura em grupo e contação de histórias. É fundamental também respeitar o ritmo da criança e evitar pressioná-la a ler se ela não estiver interessada, pois forçá-la pode criar uma associação negativa com a leitura. Em vez disso, envolva a criança na escolha de livros e faça perguntas após a leitura para estimular discussões e tornar a atividade mais interativa. A leitura não deve ser imposta, mas a criança precisa entender os motivos pelos quais é importante ler. Destine pelo menos alguns minutos do dia para a leitura e perceba que, com o tempo, será a criança quem pedirá por uma nova história.

Como qualquer outra atividade, a leitura é um hábito. As crianças passam por fases difíceis, em que não querem comer, tomar banho ou ler. Por isso, os pais precisam ser persistentes até que essa atividade se torne parte da rotina dos pequenos.

Um bom horário para a leitura é antes de dormir. A criança já estará calma e pronta para descansar, e a história será um momento de relaxamento e imaginação. Se a ideia for ler para o pequeno, procure interpretar e fazer vozes para cada personagem – certamente, seu filho ficará fascinado por essa apresentação.

Além disso, encontrar conexões com os interesses pessoais da criança, como passatempos, esportes ou animais de estimação, pode ajudar a tornar a leitura mais relevante e atraente.

Agora uma dica! Que tal, por exemplo, organizar uma peça de teatro baseada no livro que foi lido? Ou sugerir que uma redação ou desenho sejam feitos? Todas essas técnicas servem tanto para treinar outras habilidades quanto para ser um engajamento extra para a leitura. Sem contar que pode ser um programão em família, não é mesmo?

Quais os principais benefícios da leitura?

A leitura traz diversos benefícios às crianças. Conheça alguns deles:

• vocabulário mais rico;

• cérebro mais saudável;

• bom humor;

• diversão;

• liberdade e criatividade;

• autoestima;

• fortalecimento do vínculo com os pais;

• poder de análise e crítica;

• desenvolvimento da linguagem oral;

• melhora na qualidade do sono;

• desenvolvimento da atenção e concentração;

• estímulo da curiosidade.

Incentivar e estimular a leitura é uma longa tarefa, que deve começar a ser construída desde cedo. Os pais são os principais responsáveis pelo estímulo e precisam criar hábitos e rotinas que auxiliem nessa missão. Por isso, dar o exemplo é tão importante: as crianças vão se espelhar sempre nos adultos mais próximos.

Incentivar e estimular a leitura é uma longa tarefa, que deve começar a ser
Aliaga
Mirguseinov

O Menino Maluquinho de Ziraldo faz 40 anos

O Menino Maluquinho foi lançado em 1980, e agora o escritor e cartunista

Ziraldo comemora 40 anos da sua criação mais famosa

Oprimeiro livro do Menino Maluquinho, de Ziraldo, foi lançado em 1980, e está completando seus 40 anos. Um verdadeiro clássico: são mais de 4 milhões de livros do Menino Maluquinho vendidos, com 129 edições diferentes publicadas em mais de 10 países!

Ziraldo é muitos em um só: é cartunista, desenhista, jornalista, chargista, pintor e dramaturgo. Na literatura infantil, a grande marca da sua carreira foi o Menino Maluquinho. Em entrevista à Dentro da História, o autor conta sobre a sua carreira, a criação do personagem e as novidades que chegam junto com a comemoração dos 40 anos do personagem:

Como foi a sua infância em Caratinga, Minas Gerais?

Eu nasci em uma cidade do interior de Minas Gerais. Não tinha televisão. Eu mal tinha conhecimento do mundo, a não ser através das histórias em quadrinhos.

Eu lia muito mais quadrinhos do que livros na infância. Meus amigos não eram exatamente a rapaziada do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Meus amigos eram o Batman, O Super-Homem, O Capitão América. Esse pessoal é que povoou a minha vida.

Por que você escolheu escrever livros infantis?

Foi por causa desses heróis que eu comecei a fazer história em quadrinhos por minha conta. Meus primeiros personagens não eram heróis, eram astronautas. Enquanto meus amigos estavam brincando com os brinquedos tradicionais, eu estava vivendo no espaço. Foi assim que tudo começou.

Como se forma um leitor? Para você, o que é um bom livro infantil?

Se você conseguir fazer uma história que é interessante, que as crianças fiquem presas, conversem sobre o livro, entendam a história ou, até mesmo que não entendam, mesmo assim podem amar ela. Então o escritor fez o certo. São essas qualidades que os livros precisam ter para que possam ser considerados bons livros infantis.

Como você enxerga a importância da leitura nesse momento de transformação digital?

A pandemia me deixou muito mais tecnológico, e as crianças já são muito tecnológicas. Acredito que os livros sempre serão importantes, em todos os momentos e épocas eles terão o seu valor único.

Qual é a sua parte favorita da vida de um escritor?

De tudo o que fiz na vida, o que me deu a melhor resposta foi escrever livros infantis.

Já visitei escolas do Brasil inteiro por conta dos meus livros. Não há estado para o qual eu não tenha ido. Chego nos lugares e as crianças vêm correndo me abraçar, falar comigo…tudo isso é muito recompensador.

O que faz o Menino Maluquinho continuar gerando identificação mesmo após 40 anos de sua criação?

Esse ano O Menino Maluquinho completa 40 anos. Quando lancei o livro, eu não tinha a menor ideia de que ele teria tamanha repercussão, que um dia teria toda essa história que construiu. Acredito que o Maluquinho teve tamanho alcance nesses anos todos por despertar identificação nos leitores. As crianças leem a história e se identificam com o personagem, sentindo algo como: “Opa, isso é comigo!”, “Eu sei o que ele está sentindo”, “É isso que eu sinto!”.

Como você enxerga o potencial de um livro personalizado para a relação da criança com a leitura?

Há muitos anos eu disse em uma entrevista que queria fazer um livro do O Menino Maluquinho interativo, em que a criança pudesse brincar, completar o desenho, pintar. Então personalizar um livro com o meu personagem é um sonho sendo realizado. Tenho certeza de que as crianças irão gostar muito!

Se você pudesse virar personagem e viver a história de qualquer livro no mundo, qual escolheria?

Se pudesse virar um personagem, eu seria o Robinson Crusoé. Era muito encantado com esse personagem quando menino.

Ziraldo, criador do Menino Maluquinho
Freepik

O perfil dos pais e a fala na infância

O perfil dos pais pode interferir no desenvolvimento da fala da criança? A forma como a interação ocorre pode prejudicar a fala?

tEXtO DRA. ELISABETE GIUSTI

Na maioria dos contextos familiares, os pais trabalham e quando chegam em casa, não têm energia para sentar e brincar com o filho. As mães geralmente, acumulam uma série de funções e correm contra o tempo, para conseguirem fazer tudo o que precisam. Diante deste contexto, temos pais, que se desdobram para prover o que há de melhor para os seus filhos, muitos investem em excelentes escolas, em cuidadosas babás, em muitos brinquedos, assim por diante. Mas aqui, gostaria de chamar a atenção, para um outro aspecto igualmente ou em alguns casos, até mais importante, que é: qual a qualidade da interação dos pais com seus filhos?

Os pais estão conectados a seus filhos? Por exemplo, uma criança pequena aprende que “água” é água, porque, os pais ensinaram isso a ela, nomearam, descreveram, mostraram. Quando nós nascemos, é como se, no nosso cérebro, nós tivéssemos algumas gavetas vazias e que nossos pais foram, gradativamente, preenchendo. A criança em processo de desenvolvimento vai sendo inserida

“ é preciso ter paciência, é preciso repetir, é preciso criar um ambiente favorável…

no “mundo das palavras” aos poucos. No entanto, para isso, é preciso ter paciência, é preciso repetir, é preciso criar um ambiente favorável para que toda essa aprendizagem possa ocorrer.

Agora, imagine um contexto, onde os pais, chegam em casa muito cansados, já não estão com muita paciência, ficam perto da criança mas não estão conectados a ela, estão pensando no trabalho, no que precisam fazer no dia seguinte, nas contas que precisam pagar, nos compromissos. Buscam a criança na escola e no caminho estão preocupados com o trânsito para chegar em casa ou estão tentando checar as redes sociais, afinal é o momento que conseguem fazer isso porque também precisam se desligar um pouco. Aos finais de semana, acabam acumulando os afazeres da semana e usam seus horários para isso. Nessas situações, como podem estimular a fala e a linguagem de seus filhos?

Como você é como pai ou como mãe? Bagunceiro? Ou mais reservado? Você acha que você fala demais? Você demonstra interesse em se comunicar com seu bebê?

Você está sempre com pressa? Passa no supermercado correndo, prepara o jantar e já está pensando no dia seguinte?

Se você se identificou com o que estou escrevendo, possivelmente, a estimulação da fala e da linguagem de seu filho, pode não ser muito eficiente. No Programa It Takes Two to Talk, do Instituto Hanen, existe uma descrição do perfil ou do papel dos pais. Às vezes, o casal possui o mesmo perfil, ou, o que é mais comum, possuem perfis diferentes. Ao todo, são 7 tipos de papéis descritos para caracterizar os pais:

Animador (Entertainer)

O animador é aquele pai ou mãe que traz muita diversão e energia para as interações com a criança. Ele faz bagunça, cria brincadeiras, faz sons engraçados e caretas que fazem a criança rir. Esse perfil é essencial para criar um ambiente alegre e estimulante. No entanto, embora a diversão e a risada sejam importantes para o desenvolvimento emocional, esse tipo de interação pode não necessariamente incentivar a fala. O foco nas brincadeiras e na diversão pode deixar de lado oportunidades valiosas para promover a comunicação verbal.

Testador (Tester)

O testador é aquele que constantemente questiona a criança, colocando-a em situações de teste para avaliar seu conhecimento. Frases como “Filho, o que é isso?”, “Filha, que cor é essa?”, “Filho, quantos anos você tem?” e “Filha, conta até 10?” são comuns nesse estilo. Essa abordagem pode ajudar a criança a desenvolver habilidades de memória e a reafirmar o que já aprendeu. No entanto, o foco excessivo em testes e perguntas pode criar um ambiente que se sente mais como uma avaliação do que uma conversa natural. Isso pode fazer com que a criança se sinta pressionada ou ansiosa para responder corretamente, em vez de se sentir livre para explorar e expressar suas ideias de maneira mais criativa.

Observador (Watcher)

É aquele que fica sentado no sofá, por exemplo, apenas observando o que a criança está fazendo, como ela está brincando ou fica de longe, observando a criança na piscina ou ainda, é aquela mãe que senta na frente da criança para alimentá-la e apenas vai dando a comidinha e fica olhando ela comer, que fala pouco com a criança. Ou ainda, é aquele pai ou mãe, que senta ao lado da criança no tapete do quarto, com muitos brinquedos, no entanto, enquanto a criança brinca, eles estão checando seus e-mails no celular.

Diretor (Director)

O diretor é aquele que assume o papel de quem sempre delega tarefas à criança, dando muitas ordens e instruções. Frases como “Pegue a boneca”, “Dê leite”, “Pegue a bola” são comuns nesse estilo. Enquanto o diretor pode ajudar a criança a aprender sobre diferentes ações, essa abordagem pode ser um pouco unilateral, pois foca mais

Zoe Persico

nas instruções do que no diálogo. A criança pode se sentir menos incentivada a explorar sua criatividade ou a fazer perguntas, uma vez que as interações são mais sobre seguir ordens do que sobre descobrir e aprender de forma colaborativa.

Movedor (Mover)

É aquele que gosta de brincadeiras motoras, joga o filho pra cima, corre de um lado para o outro, se joga no chão, vira a criança de cabeça pra baixo. Neste perfil, também pode ter muita diversão, mas não necessariamente muita comunicação ou muito aprendizado linguístico.

Ajudante (Helper)

O ajudante é aquele que está constantemente presente, cuidando e ajudando a criança em tudo o que ela faz. Embora cuidar e proteger seja essencial, o excesso de atenção pode sufocar a criança e impedi-la de desenvolver sua independência. Isso pode levar a uma dependência excessiva, onde a criança não se sente à vontade para explorar sozinha. Por exemplo, quando a criança está brincando com água e a mãe corre para entregá-la rapidamente, perde-se a oportunidade de ensinar a criança a esperar, a nomear a palavra “água” e a discutir suas características.

Esse tipo de interação poderia enriquecer o vocabulário e a compreensão da criança sobre o mundo ao seu redor, tornando o aprendizado mais significativo.

Entregue (Turned-in-parent) É aquele pai ou mãe, que de fato, se entrega à interação com a criança, que consegue estabelecer uma conexão com a criança. Que olha pra ela, que dá o tempo necessário para ela se expressar (seja pelo olhar, por gestos, por palavras), que interpreta suas tentativas de comunicação, que consegue observar e valoriza suas tentativas de comunicação. Este é o perfil mais apropriado e que consistentemente fornece um encorajamento, apoio e suporte que a criança necessita para a interação e a aprendizagem da linguagem, da comunicação.

Para desenvolver a fala, uma criança precisa da integridade física, orgânica e intelectual, mas aqui ressalto a importância dos aspectos relacionados à qualidade da interação dos pais com seus pequenos. Interagir e estimular uma criança não é uma tarefa fácil; não se resume simplesmente a oferecer uma série de jogos, atividades ou brinquedos. É preciso aflorar a criança que existe dentro de nós e permitir que a espontaneidade e a criatividade se manifestem. Crianças não podem ser tratadas como “mini adultos”, pois elas têm suas

Maria Gabriela Gama
“ É aquele pai ou mãe que de fato se entrega à interação com a criança

próprias formas de ver o mundo, de se colocar nele e de se expressar com os outros. Vejo muitos pais que acabam subestimando a capacidade de comunicação de seus filhos. Em algumas situações, já ouvi pais comentando: “Eu quase não falo com ele, porque ele não fala mesmo!”. Esse tipo de percepção é preocupante, especialmente considerando que estudos mostram que pais de crianças com dificuldades de comunicação tendem a falar menos com seus filhos. Esse comportamento pode criar um ciclo negativo.

Hoje, posso assegurar que não são apenas os pais de crianças com dificuldades que enfrentam esse desafio. Muitos pais, devido ao ritmo corrido da vida moderna e a uma abordagem rígida no dia a dia, encontram dificuldade em desenvolver a leveza necessária para interagir e estimular seus filhos. Não os culpo; todos enfrentamos pressões e responsabilidades que podem nos distrair das interações significativas. No entanto, espero que este texto sirva como um convite à reflexão sobre a importância da comunicação na formação do desenvolvimento infantil. É fundamental observar e orientar os pais sobre a relevância de uma interação de qualidade com seus filhos. Muitos pais me procuram angustiados, preocupados ao ouvir que não estão estimulando seus filhos o suficiente, e ficam desorientados com essas informações. Estimular uma criança pequena não é uma tarefa simples e não é um mecanismo que pode ser facilmente ativado nos pais. O papel do profissional é justamente guiar os pais nesse processo, mostrando caminhos e estratégias, sem imposição de culpas ou julgamentos.

Além disso, é crucial que os pais estejam abertos e dispostos a aprender mais sobre como proporcionar esses estímulos que contribuirão de forma tão positiva na vida de seus filhos. A comunicação é uma habilidade que se desenvolve ao longo do tempo e, com apoio e orientação adequados, os pais podem adquirir as ferramentas necessárias para enriquecer a interação com suas crianças, fortalecendo assim o vínculo familiar e promovendo um ambiente propício ao desenvolvimento saudável.

Os benditos legumes

Dicas para uma relação saudável entre as crianças e o cardápio sem negociações ou chantagens

tEXtO PEDRO FRIAS ilustraçãO CELINE FTOUNI

Amaioria das crianças prefere determinados alimentos (normalmente massa, arroz, batatas fritas, carne, frango... para não falar de bolos, chocolate e gelados) e demonstra pouco entusiasmo por outros (como vegetais, frutas, legumes, peixe...). Nos restaurantes de todos os continentes, o “menu infantil” é consideravelmente semelhante. Mas muitos pais ficam surpresos que o seu filho, justo ele, não queira comer vegetais.

Os bebês geralmente comem de tudo (ou, pelo menos, levam tudo á boca), mesmo em pequenas quantidades. Como pode alguém que é capaz de chupar chaves de carro ou engolir jornal não comer vegetais ou peixe?

Mas, por volta de 1 ou 2 anos, boa parte dos pequenos se torna cada vez mais seletiva. Não querem experimentar novos alimentos e rejeitam muitos dos quais gostavam, até chegarem ao típico “menu infantil”.

Isso não significa que você tenha que dar macarrão a eles todos os dias. Em suma, no dia que houver macarrão, eles vão dizer “u-hu, macarrão!” e vão comer um pouco mais, enquanto o cardápio for de verduras poderão dizer “ai, verduras, sempre verduras! “e comerão menos.

Não faça nada. Não insista, não dê sermões sobre as múltiplas vitaminas e minerais dos vegetais, não faça chantagem emocional (“preparei este vegetal para você com tanto amor!”), não ofereça prêmios, não ameace deixá-lo sem sobremesa, não diga que as crianças dos pais pobres gostariam de comer aquele vegetal que ele despreza — aliás, sempre me parece cruel fazer uma criança acreditar que é, de alguma forma, culpada por outra, a milhares de quilômetros de distância, passar fome. Não diga nada. Aceite que em alguns dias ele comerá mais e, em outros, menos, como todo mundo.

Se insistirmos no macarrão, que já é aceito, perderemos tempo. Devemos insistir no que não gosta, como espinafre, e oferecer algo desejado como recompensa. Assim, evitamos reforçar que o espinafre é ruim e o chocolate, irresistível. Com a nossa insistência só conseguimos aumentar as manias dele: os legumes, que no começo não gostava muito, agora odeia até a morte, pois “meus pais ficam insuportáveis nos dias em que eles estão no cardápio”. Enquanto o macarrão, de que já gostava bastante, agora ama de paixão, porque é a única coisa que o deixam comer em paz.

São Tantas Emoções

Será que estamos tentando disciplinar as emoções das crianças em vez de deixar que as vivam?

Ultimamente parece que as emoções estão na moda. Tudo começou com a “inteligência emocional”, que a princípio pareceu uma espécie de prêmio de consolação: “Não sou bom em matemática, mas tenho inteligência emocional, que é o que importa”. Mas não foi tão simples. Acontece que nem todo mundo tem inteligência emocional. Aliás, quase ninguém, ao que parece, tem inteligência emocional.

A teoria das inteligências múltiplas (musical, espacial, interpessoal, colaborativa…, e assim por diante, até 12) parecia oferecer a todos a possibilidade de serem inteligentes em pelo menos um aspecto, mas, no final, o que ela trouxe para alguns de nós foram 12 maneiras diferentes de ser pouco inteligente. Múltiplas estupidezes.

Parece haver tão pouca inteligência emocional no mundo que as crianças devem receber uma educação específica. É preciso “trabalhar as emoções delas” com histórias especialmente floreadas, com jogos e brinquedos específicos, com explicações teóricas. Durante centenas de milhares de anos, a espécie humana, que não trabalhava as emoções, não sabia o que sentia, ou o que os outros sentiam. O cara que grita e me insulta está com raiva ou apenas entediado? Se percebo algo dentro de mim quando converso com outra pessoa, estou apaixonado ou é indigestão? Quantos conflitos nascidos da ignorância emocional, que as novas gerações, treinadas, saberão evitar! Agora, falando sério: fico um pouco desconfortável quando ouço falar em “ajudar as crianças a controlar suas emoções”. Na minha época, o que se administrava eram as empresas, e as emoções eram sentidas ou vividas. Possivelmente, por trás disso, estão alguns psicólogos muito inteligentes que estudaram durante anos e refletiram por ainda mais tempo, fazendo propostas razoáveis como respeitar os sentimentos das crianças, aceitar que, se estão zangadas, estão zangadas e vão se comportar como crianças irritadas.

Quando pais e professores, sem preparo adequado, tentam gerenciar as emoções das crianças, podem acabar rotulando-as como "boas" ou "ruins", exigindo que sintam apenas as "certas". Antes, o foco estava no comportamento: você podia estar com raiva enquanto fazia a lição ou não precisava sorrir ao ser repreendido. Agora, até as emoções correm o risco de serem controladas.

As telas e as suas responsabilidades

O desafio de ser pai e mãe em um mundo digital: por que a solução começa com os adultos

As telas são uma das maiores preocupações das famílias hoje. Como fazer para as crianças saírem delas? Como fazer para que os pequenos se interessem por leitura, por atividades corporais, por verem o mundo “lá fora” se estão sempre na frente das telas? Cada vez que escuto essas perguntas, que jogam a responsabilidade para as crianças, penso que precisamos refletir um pouco sobre o que significa ser mãe e pai. Sobre o que significa educar crianças e jovens. Sim, os desafios são inúmeros. Nosso mundo vive momentos difíceis de falta de percepção amorosa e de empatia – e isso dificulta a conexão entre o que se pede e o que se pratica. Não podemos negligenciar algo que é nossa responsabilidade enquanto adultos.

Serei direto: quem deu a tela para as crianças? Quem deixou que elas usassem as telas enquanto comiam, enquanto estudavam? Quem permitiu que substituíssem brincadeira, companhia de amigos e afetos dentro de casa por elas? Fomos nós que as oferecemos sem cerimônia (não dá para dizer que é algo novo e estamos aprendendo ainda).

Telas viciam. Mexem com hormônios, mudam a programação do cérebro para o entendimento de si e do mundo. Afetam a postura corporal e social da criança. Como as encararão? Como serão capazes de enxergar o mundo em que vivem se não levantam a cabeça? Como lidarão com os desafios e não se desintegrarão diante das frustrações, se não souberem do que gostam de algo?

Os jovens parecem focar apenas em conteúdos rápidos, como vídeos de 15 segundos. Isso põe em questão o interesse por livros, filmes longos ou conversas mais aprofundadas. Seus heróis e referências muitas vezes vêm de um universo raso, alimentado por piadas, pegadinhas e exibição de corpos. Esse modelo superficial de sucesso privilegia o prazer imediato, ignorando o esforço que vivências significativas exigem.

Todos conhecem os riscos das telas, mas não há solução mágica. Combater a dependência exige coragem e limites. Educação é também sobre estabelecer regras, como limitar o uso a uma hora por dia, sem negociar recompensas. É essencial enfrentar a reação das crianças, reconhecendo que os adultos têm parte na culpa: trabalham demais, negligenciam atenção e se acomodam diante do problema.

Ser mãe e pai é estar presente. Ter filhos não é fácil e essa é nossa maior missão de vida. Desliga as telas e siga lendo o mundo.

Papinho com Lulu!

Uma cajuzinha teve um papinho com sua mãe! Venha ver!

Amor?

Meu irmão!

Felicidade?

Brincar com meu irmão

Uma saudade?

Do papai quando ele está trabalhando

O papai é?

Muito carinhoso

A mamãe é?

Muito delicada

O seu irmão é?

Muito lindo e sensível

Uma diversão?

Brincar com a mamãe

Se pudesse comer só uma fruta, o que seria?

Melancia bem docinha

Comida favorita?

Batata frita

Um lugar especial?

Casa da Minnie

A melhor sobremesa?

Chocolate e sorvete

Eu quero?

Ficar pra sempre com a minha família!

Se pudesse ser um animal, qual seria?

Uma borboleta, pra voar com as flores!

Algo que te deixa muito feliz?

Quando todo mundo ri junto

Qual é a coisa mais engraçada que você já viu?

Meu irmão fazendo caretas

Lulu e sua mamãe Maju!

Oficina de reciclagem

Vamos fazer um aviãozinho incrível usando palitos de madeira e prendedores de papel?

É super fácil, rápido e você pode personalizar do jeito que quiser! Chame os amigos e vamos criar juntos com materiais reciclados. Quem está pronto para decolar a criatividade?

O que vamos precisar:

Canetinhas coloridas

2 palitos de tamanhos diferentes

Prendedor de roupa de madeira

Como fazer:

Pinte as asas e o prendedor que será o corpo do avião! Se não tiver em casa um palito pequeno, peça para um adulto cortar um palito grande para você. Pegue os dois palitos e pinte com a cor que você quiser, dos dois lados. Use a sua criatividade para colori-lo do jeito que preferir!

Quando tudo estiver pintado, vamos colar! Coloque um pingo de cola na parte da frente do prendedor e cole o palito maior. Segure firme e espere secar um pouco.

Agora, vamos colar a asa menor igual fizemos com a outra, mas na parte de trás do prendedor. Aperte um pouco para não cair e espere secar de novo.

E seu avião está pronto! Você pode criar vários de cores diferentes e montar uma esquadrilha para se divertir com seus amigos! Boa brincadeira!

Conheça os animais

Você tem curiosidades sobre os animais e suas características?

Venha aprender mais sobre eles!

Os animais são seres vivos e possuem ciclo de vida. São classificados em vertebrados e invertebrados, e cada grupo possui características particulares, a principal é que vertebrados tem ossos, e os invertebrados não.

Os animais podem ser classificados de diversas formas. Os animais são seres vivos que possuem algumas características em comum: nascem, desenvolvem-se, reproduzem-se e depois morrem.

Os peixes são animais que colocam seus ovos na água, assim eles se desenvolvem fora do corpo da mãe e não precisam dos cuidados maternos ao nascer. Vivem exclusivamente na água.

Répteis

A maioria dos répteis nasce de ovos, que, em grande parte, desenvolvem-se fora do corpo da mãe.

Aves

As aves botam ovos e têm o corpo coberto de penas, possuem bicos e grande parte delas pode voar.

Mamíferos

Os mamíferos são gerados dentro do corpo da mãe. Quando nascem, alimentam-se do leite materno. Eles podem viver na terra ou na água.

Curiosidades sobre o mundo animal!

• Você sabia que alguns sapos podem pular até 100 vezes o próprio tamanho?

• Os ratos também sentem cócegas.

• Salamandras não fazem barulho!

• As lesmas podem se esconder em sua concha por até três anos, a fim de se proteger do tempo ruim.

• Um pássaro, como a andorinha, pode voar por até 10 meses sem parar.

Maria Gabriela Gama

Acerte o balde

Você já brincou de “acerte o balde”? Vamos aprender?

Essa brincadeira é super divertida, e pode ser feita apenas com coisas que já temos em casa. Ela ajuda no desenvolvimento das nossas habilidades de pontaria e de coordenação motora.

Participantes: 1 ou mais

Idade recomendada: mais de 5 anos (com o apoio de um adulto)

Espaço: lugar amplo que permita os arremessos sem perigo de quebrar nada

Materiais:

• Baldes ou bacias (pode ser de lavanderia)

• Bolas (pode ser de meia, de papel, de plástico…)

Como brincar:

1

Coloque os baldes a uma distância que a bola alcance quando arremessada. Eles podem estar enfileirados, lado-a-lado, pendurados ou apoiados em degraus de uma escada.

2

Cada acerto no balde vale um ponto, ou, se quiser deixar a brincadeira mais interessante, cada balde pode ter uma pontuação diferente, dependendo da dificuldade.

3

Chame seus amigos ou sua família para brincar com você. Quanto mais gente, mais divertido fica! Vamos arremessar?

Sofia de Castro

Como preservar o meio ambiente

Sabemos como o meio ambiente é importante para a vida no planeta Terra, por isso é fundamental conhecermos maneiras de cuidá-lo

1

Não desperdice água

Você já pensou em quanta água gastamos quando tomamos banhos muito demorados? Atitudes simples podem evitar o desperdício, como: diminuir o tempo de banho, escovar os dentes com a torneira desligada e aproveitar a água da chuva.

2

Economize energia

Algumas vezes ligamos várias coisas ao mesmo tempo sem necessidade. Quem nunca deixou luzes acesas mesmo sem ter ninguém no lugar? Desligar aparelhos, luzes e ar-condicionado que não estão sendo usados podem ajudar a salvar o mundo!

5 4 3

Separe o lixo

Você sabia que existem vários tipos de lixo? Separar o lixo é essencial para que cada um seja reciclado do jeito certo.

Não jogue lixo nas ruas

Lugar de lixo é no lixo. Se não, o lixo pode sujar o meio ambiente, fazendo mal para plantas e animais. Caso não tenha lixeira por perto, guarde o lixo até chegar em casa.

Reaproveite

Usar de novo alguma coisa que ainda está em bom estado é reaproveitar. Algumas vezes jogamos no lixo objetos que ainda estão bons. Com um pouco de criatividade podemos reaproveitar muita coisa!

Pulseira florida

Você já imaginou ter uma pulseira única, especial e cheia de vida? Que tal aprender a fazer uma?

A ideia é criar uma pulseira com elementos da natureza. Flores, folhas, penas… Isso vai tornar a sua pulseira única e especial, como você. Chame um adulto para te ajudar!

Participantes: 1 ou mais

Idade recomendada: mais de 5 anos (com o apoio de um adulto)

Espaço: ao ar livre

Materiais:

• fita-adesiva ou fita-crepe grossa

• elementos decorativos da natureza

Como brincar:

1

Recolha os elementos. Podem ser flores, folhas, gravetinhos… Vale de tudo, desde que tenha respeito com a natureza. Se não encontrar elementos no chão, tire apenas o que você precisa.

2

Corte um pedaço de fita maior que o seu pulso. Aqui vai ser preciso a ajuda de outra pessoa para que a fita não se enrole.

3

Enrola a fita em volta do seu pulso, com a parte que cola virada para fora. É preciso que a fita envolva seu pulso e cole ponta com ponta. Tenha paciência e, se precisar, peça ajuda.

4

Cole na fita os elementos da natureza que você recolheu e aproveite sua nova pulseira!

Marina Pardini

Crescimento do Caju

O caju é uma fruta saborosa e saudável que fortalece o corpo e dá energia. Aqui estão as etapas do crescimento dele!

A castanha cai

A árvore começa a crescer

Quando ela para de crescer, entre maio e julho, as folhas caem

O que se faz com o caju?

Suco de caju

Doce de caju

chuvas, novos galhos começam a crescer

Entre outubro e novembro, o caju está pronto ser colhido

crescem e os insetos polinizam

A castanha começa a crescer a partir da flor

Venha com a gente descobrir como o caju vai de uma sementinha para uma fruta deliciosa!

Fonte: Minhas Frutas
Lucas Maldonado

Vamos plantar juntos?

Use as sementes que vieram nessa edição para plantar seu próprio majericão em casa!

Você sabe o que é manjericão? Na verdade, seu nome completo é Manjericão Alfavaca Basilicão e é um tempero muito famoso.

Provavelmente você já provou manjericão em pizzas ou macarrão com molho de tomate. Ele deixa a comida mais gostosa e cheirosa! Então vamos ver passo a passo de como plantar essa sementinha.

1

Escolha um vaso pequeno e coloque terra

Nos primeiros dias, a semente precisa ficar em um vaso pequeno com um pouco de terra, sobrando um pequeno espaço sem terra em cima.

2

Coloque as sementes

Faça um buraco na terra com o dedo e, com muito cuidado, coloque apenas duas sementinhas no meio da terra. Depois, pegue a terra em volta do buraco para cobrir as sementes.

Vamos Comer Melhor

3

Só um pouco de água!

Pegue um spray de água e borrife três vezes sobre a terra de manhã e três vezes de noite.

4

Espere de 4 a 14 dias

Quando você ver que seu manjericão já está com folhinhas, é hora de mudar de vaso! Encontre um vaso maior onde a planta se sentirá confortável para crescer.

5

Troca de vaso

Para tirar a planta do vaso pequeno e colocar no vaso maior, é preciso ter cuidado. Coloque terra no vaso maior e faça um buraco no meio do tamanho do vaso pequeno.

Agora pegue delicadamente o manjericão junto com a terra e coloque no buraco.

E pronto! Agora você já pode regar seu manjericão com mais água uma vez por dia e esperar até que se torne uma planta grande e saudável, pronta para tornar suas comidas mais gostosas e cheirosas!

Floresta tropical

Presentes em diversos continentes, as florestas tropicais têm grande diversidade de vegetação e de animais

Esse tipo de floresta fica entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, por isso o nome tropical. Elas abrangem regiões de países da África, América Central, América do Sul, sudeste da Ásia e Oceania.

O solo de uma floresta tropical tem muito húmus, um material feito de folhas, frutos, cocô e animais mortos. A camada desse húmus varia entre 30 e 50 centímetros e é muito útil para as plantas, que absorvem os nutrientes presentes ali.

Dentro de uma floresta tropical, as árvores ficam muito próximas umas das outras. Além disso, são bem altas e chegam a 50 metros de altura. Isso impede a passagem da luz do sol, deixando o local com bastante sombra.

Esse tipo de floresta possui clima quente e a quantidade de chuva também é grande. Por isso, frutos e plantas de diversas espécies têm facilidade para se desenvolver nesses locais, garantindo a alimentação dos animais.

Floresta Amazônica, no Brasil, vista de cima

Freepik
“Quase tudo na floresta tropical acontece no topo das árvores

Quase tudo na floresta tropical acontece no topo das árvores, porque é lá que a luz solar chega. Até alguns tipos de vegetação, como bromélias e orquídeas, criam raiz nos ramos e troncos mais altos das árvores. Também é no topo das árvores que vivem macacos, sapos, lagartos, aves, preguiças, cobras e insetos, e outras espécies de bichos.

Nas florestas tropicais africanas, os principais animais são: antílopes, veado, elefante-da-floresta, chimpanzé e gorila. Na Ásia, estão orangotango, gibão, tigre e musaranho.

Na Austrália há: canguru, gambá, ornitorrinco, papagaio-real, periquitoaustraliano e ave-do-paraíso. Já na América do Sul, as florestas tropicais abrigam cutia, paca, capivara, onça, jaguatirica, tamanduá, tatu, tucano, águia, jiboia, cobra-coral, jararaca, sapo, rã, perereca.

O desmatamento das florestas tropicais é um dos principais problemas ambientais do mundo. Ele é causado principalmente pelo corte ilegal de árvores, abertura de pastagens e áreas agrícolas, além da construção de estradas. Quando uma área de floresta é devastada, muitos bichos ficam sem ter onde morar, e isso pode fazer com que algumas espécies fiquem ameaçadas. Além disso, as florestas são muito importantes para a saúde do nosso planeta. Precisamos cuidar delas para que os animais tenham um lar e o nosso mundo continue bonito e saudável!

Marina Pardini

Bolinho de banana

Peça a ajuda de um responsável e venha conosco fazer uma receita de bolinho de banana com gotas de chocolate, delicioso e saudável!

Ingredientes:

1/3 xícara de óleo de coco

1/2 xícara de mel

2 ovos

4 bananas pratas maduras

1/4 xícara de leite

1 colher de chá de bicarbonato de sódio

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá de essência de baunilha

Canela em pó a gosto

Uma pitada de sal

2 1/2 xícaras de farinha de aveia

100 gramas de gotas de chocolate

Forminhas de cupcake

Modo de fazer:

1

Misture o óleo de coco e o mel. Mexa bem! Enquanto você ainda mexe, peça para alguém te ajudar a quebrar os ovos e adicione a mistura.

2 3 4 5

Depois amasse as bananas e adicione a mistura, assim como o leite. Mexa até tudo ficar bem misturado.

Adicione o bicarbonato, o fermento, a baunilha, a canela em pó e uma pitadinha de sal, continue mexendo para deixar tudo bem misturado.

Depois, coloque a farinha de aveia e as gotas de chocolate e misture com cuidado.

Peça para um adulto te ajudar a colocar a massa nas forminhas de cupcake e asse por 20 minutos a 180 graus. Se não tiver forminhas, não tem problema, pode usar uma forma de bolo com papel manteiga untada e assar por 50 minutos.

6

Oba! Os bolinhos de banana estão prontos! Agora, chama todo mundo, amigos e família, para provar essa delícia que vocês fizeram juntos!

Por que chove?

Você já se perguntou por que chove?

Como é que a água vai parar lá na nuvem?

Quando tem sol e fica muito quente, a água que tem nos rios lagos e oceanos evapora, e vai parar lá no céu. Como lá em cima é mais frio do que aqui embaixo o vapor vira água de novo. Imagina pequenas gotinhas de água se formando e se juntando até virarem nuvens: as nuvens fofinhas são pequeninas gotas d’água. Elas vão ficando maiores e mais pesadas até caírem em forma de chuva.

É parecido com o que acontece quando tomamos um banho muito quente. O banheiro fica tão cheio de fumaça que o espelho até embaça. Mas o que pensamos que é fumaça, na verdade é vapor, e todo esse vapor é mais leve que o nosso ar, por isso que ele sobe até o céu.

Xindi

Se você quiser entender melhor o que acontece lá no céu, pede para os seus pais te mostrarem como fica a tampa da panela quando eles estão fervendo água. Por dentro, ela fica cheia de gotinhas de água, igual o céu, e, quando essas gotas ficam muito grandes, elas se juntam e caem na panela, igualzinho a chuva cai das nuvens. Nesse cenário, o fogo que esquenta a água é como se fosse o sol que esquenta os rios, lagos e oceanos, fazendo com que parte da água evapore para a tampa da panela, ou seja, o céu.

Aliaga Mirgusinov

Atividades de caligrafia

Treine as suas habilidades de escrita!

Complete as letras com ajuda do tracejado:

Complete os números abaixo:

Cubra os pontilhados das palavras e copie-as ao lado:

caligrafia

Cubra os pontilhados do alfabeto maiúsculo e minúsculo

Copie o alfabeto maiúsculo e minúsculo nas linhas abaixo

Escreva as palavras abaixo com letra cursiva

Copie as palavras nas linhas

Cubra os pontilhados e separe as sílabas das palavra

Colorir

Novas experiências

Escreva ou desenhe aqui algo novo que você fez essa semana!

Agora, desenho no círculo em branco abaixo como você sentiu ao ter essa nova experiência!

Feliz
Triste
Com medo
Bravo Nervoso Entediado

Caça-palavras

Você já bricou de caça-palavras?

Procure as palavras abaixo e se divirta!

Caça Palavras

21/10/2024 20 :39 Palavras - Imprimir Caça Palavras

palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal e vertical, sem palavras ao contrário. N

Labirinto

Ajude o ratinho a chegar ao quejo!

Liga Pontos

Olá, pequenos artistas! Forme o vaso de flor ligando os pontos e pinte com as cores dos círculos!

7 erros

As duas imagens parecem iguais, mas existem 7 diferenças entre elas! Você consegue encontrá-las?

Cruzadinha

Você já bricou de cruzadinha?

Complete com os nomes dos objetos desenhados e se divirta!

Palavrinha

Observe os desenhos. Pegue a primeira letra de cada um deles para descobrir qual é a palavra!

Dica: quando a gente brinca na natureza, acaba se sujando com isso, mas um bom banho resolve rapidinho!

Quem você é no filme divertidamente?

Venha descobrir qual personagem do filme Divertidamente mais se parece com você!

Qual a sua cor favorita?

a. verde

b. roxo

c. azul

d. amarelo

e. vermelho

O que você gosta de fazer?

a. ver desenho

b. jogar videogame

c. brincar

d. passear

e. comer

Qual fruta você mais gosta?

a. morango

b. uva

c. melancia

d. banana

e. maçã

Que animal você mais gosta?

a. gato

b. coellho

c. passarinho

d. cachorro

e. tubarão

Qual doce você mais gosta?

a. pirulito

b. sorvete

c. bala

d. bolo

e. chocolate

Qual seu herói favorito?

a. mulher-maravilha

b. superman

c. homem-aranha

d. capitão-américa

e. hulk

Qual sua princesa favorita?

a. tiana

b. cinderela

c. branca de neve

d. rapunzel

e. moana

Qual seu esporte favorito?

a. ginástica

b. dança

c. natação

d. volêi

e. futebol

Se você escolheu mais a letra “a”.

Você é a personagem Nojinho!

Você adora manter tudo em ordem e suas escolhas mostram que você se preocupa com o que é legal, estiloso e divertido. Você tem um ótimo gosto e sempre faz questão de que tudo ao seu redor seja agradável e bonito!

Se você escolheu mais a letra “b”.

Você é o personagem Medo!

Você é muito cuidadoso(a) e quer que tudo fique seguro! Você tem um superpoder para perceber quando algo não está certo. Seus amigos sabem que podem contar com você para ajudá-los!

Você é um guarda de segurança que está de olho!

Se você escolheu mais a letra “c”.

Você é a personagem Tristeza!

Você é muito sensível! Você entende como as emoções são importantes e que é legal sentir tudo o que a vida traz. Você se importa com os sentimentos dos outros e ajuda seus amigos a entender o que estão sentindo. Você é um grande amigo!

Se você escolheu mais a letra “d”.

Você é a personagem Alegria!

Você é cheio(a) de energia, sempre vê o lado divertido das coisas e ama se divertir e fazer todos sorrirem. Sua felicidade é gigante e todos ao seu redor se sentem bem! Você sempre acha algo para comemorar e espalhar alegria por onde passa!

Se você escolheu mais a letra “e”.

Você é o personagem Raiva!

Você é apaixonado(a) e não tem medo de mostrar o que sente! Suas escolhas mostram que você é forte e determinado(a). Você sempre defende o que acredita e luta pelo que é certo, mesmo que às vezes isso te tire da sua zona de conforto!

10 perguntas

Agora temos algumas perguntinhas para te conhecer um pouco melhor! Será que você consegue responder todas elas?

Quando terminar, peça para seus pais nos enviarem uma foto dessa página por e-mail!

Talvez ela apareça na nossa próxima edição!

Qual é o seu nome?

Quantos anos você tem?

Qual é sua cor preferida?

Qual seu animal preferido?

O que você mais gosta de fazer?

Qual é sua comida preferida?

Você faz algum esporte? Qual?

O que você quer ser quando crescer?

Qual é sua brincadeira preferida?

Qual é seu maior sonho?

Quadrinho

Venha se divertir com as aventuras do Juca! Descobrindo o caju pela a primeira vez

Respostas das atividades

21/10/2024 20:39

Caça Palavras

As palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal e vertical, sem palavras ao contrário. N S I I Y

98 CAÇA-PALAVRAS

H U N I V E R S O S A E I M S S S Y

E A E D E N Y S C O E O T H D T D F

H N P W E S T R E L A G N T H N S E

L T A A U M F H A T A T F E E R A A

D H H H S I L A N A E L S E F E R D

E E N A C N O F O G O I P S I N U G

L P S I S U R R F E W R F H O Y E S

F S E E S R E I F R H P N E E D E T

E O O E E C S S P I O D G A E E E M

L R N P D W T M N I P L A N E T A F

R I T A L U A C S M T I U E U H N C

99 LABIRINTO

ESTRELA FLORESTA FOGO LUA

102 CRUZADINHA
103 PALAVRINHA 101 7 ERROS

Cantiga da babá

Eu queria pentear o menino

Como os anjinhos de caracóis.

Mas ele quer cortar o cabelo,

Porque é pescador e precisa de anzóis.

Eu queria calçar o menino

Com umas botinhas de cetim.

Mas ele diz que agora é sapinho E mora nas águas do jardim.

Eu queria dar ao menino

Umas asinhas de arame e algodão. Mas ele diz que não pode ser anjo, Pois todos já sabem que ele é índio e leão. (Este menino está sempre brincando, dizendo-me coisas assim.

Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido, um anjo que troça de mim.)

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