Revista Som Em Campo JUN 2014

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A boa música em primeiro lugar ENTREVISTAS COLUNAS PARTITURAS VÍDEOS TRANSCRIÇÕES E MAIS

SIDNEY MATTOS Matéria especial sobre o pianista carioca! CÉSAR MACHADO

A SEC traz a entrevista com esse grande ícone da bateria no cenário da música brasileira e internacional!

Nº 06 JUN 2014

www.somemcampo.com

PAULO RUSSO

Mais uma partitura inédita de um dos maiores nomes do contrabaixo acústico mundial

RED SULLIVAN

O flautista Irlandês mais Brasileiro do mundo deixa entrevista na coluna Ouvido no Mundo

COLUNISTAS Paulo Russo Adriano Giffoni César Machado Márcio Hallack Lulu Martin


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16 Capa

Nessa edição, a SEC (Som em Campo), traz a entrevista do grande baterista carioca César Machado! Com uma enorme quantidade de trabalhos realizados no Brasil e exterior, o músico simplesmente já tocou com grandes nomes da música em todos os lugares, deixando sua marca aonde quer que vá...Seu incrível swing brasileiro!!!

07

Paulo Russo

O contrabaixista Paulo Russo presenteia a SEC com partitura e áudio inéditos!

12

COLUNAS & MATÉRIAS

Baixo Brasil

Novidades na coluna Baixo Brasil com o renomado Adriano Giffoni !

05-

O Som dos Acordes – Lulu Martin

24-

Brasil na Bateria – César Machado

27-

PIANO–música inédita Márcio Hallack.

30-

Estudo para Piano – Lulu Martin ENTREVISTAS & MATERIAS

33

Sidney Mattos

Nessa edição, matéria especial sobre o pianista Sidney Mattos, falando um pouco sobre sua trajetória e seu trabalho!

39

Ouvido no Mundo

Coluna Internacional

Entrevista com o flautista irlandês Red Sullivan!

39-

Pianista Sidney Mattos

SOM EM CAMPO RECOMENDA 47-

O que tem pra hoje? – CD Tony Babalu

49-

Pra levar na bag - Métodos, CD’s, livros de cabeceira e muito mais!


Já caímos em campo. . .

A caminho do nosso Festival de Música Instrumental ! AGUARDEM


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O Livro O Som dos Acordes do pianista Lulu Martin tem lançamento marcado para depois da Copa do Mundo e já está à venda na editora, podendo ser encomendado também através do e-mail:

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PAULO RUSSO

Por Paulo Russo

Nessa edição, mais uma partitura do renomado e mundialmente reconhecido contrabaixista Paulo Russo! A música Família com áudio e partitura “handwrite” . Para escutar o áudio basta acessar o botão acima da partitura na próxima página. Bom estudo!


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BAIXO BRASIL

Melhor de 3

Por Adriano Giffoni

Na coluna dessa edição, o grande baixista Adriano Giffoni nós da um super presente! A partitura da música Melhor de 3 do seu mais novo CD!


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CÉSAR MACHADO

SEC: Com qual idade você começou a tocar? CM: Comecei profissionalmente aos 12 anos de idade em Barra do Piraí cidade onde eu nasci no grupo “Tema Sete” do meu pai Helbe Machado que era guitarrista. SEC: A bateria foi seu primeiro instrumento? CM: Aos 5 anos meu pai me levava para a radio Difusora de Barra do Piraí para tocar percussão num programa onde o grupo acompanhava os calouros e os artistas convidados, “e aos 12 a Bateria me escolheu”…. penso na bateria como uma namorada, que nós homens sempre achamos que conquistamos mas a verdade é ela quem nos escolhe sempre. Não escolhemos o instrumento e nem o andamento da música ela diz pra gente o bit que ela quer ser tocada. SEC: Quando você sentiu realmente que a música seria sua profissão,e quais dificuldades você encontrou no início da sua carreira? CM: Desde que eu tive o primeiro contato com um chocalho já sabia que queria viver de música. Dificuldades extras musicais muitas, mas não deixei que isso atrapalhasse o meu sonho de ser musico, e o mais importante não abri mão de viver toda uma vida de música.


SEC: Na sua geração o acesso a materiais didáticos e ao estudo musical era mais difícil do que nos dias atuais? CM: Era mais dificil sim! Mas apesar de hoje ter muita informação elas não veem completas e o estudante precisa ter algum profissional para guia-lo durante seus estudos. Outra coisa é saber que tocar bem é o mais importante, saber acompanhar, tocar ouvindo muito os outros músicos da banda e não só ser virtuoso, se puder ter as duas coisas maravilha mas isso é prívilégio de poucos. Pesquiso muito as video aulas que aparecem na internet e cada vez me convenço mais que o aluno deve ter um contato pessoal com os professores. SEC: Qual sua formação musical? CM: Estudei com os dois melhores bateristas que já vi tocar assim bem de perto. João Machado e Edgard Roca ( Bituca) foram dois de meus ídolos. Estudei harmonia por correspondencia na Berkeley school of music.. SEC: Geralmente músicos no início de suas carreiras se inspiram em outros músicos, você passou por esse processo? CM: Bem no começo eu me inspirava no meu tio e primeiro professor João Machado que era o baterista do grupo do meu pai.



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SEC: Quais foram os músicos que lhe influenciaram ou que ainda são fonte de inspiração pra você? CM: Eu utilizei um processo diferente na minha vida, ouvia todos mas não escutava, pra que eu conseguisse criar o meu jeito próprio de tocar criando o meu som , minha personalidade e o mais engraçado disso é que a gente não sabe se conseguiu só os outros podem perceber e comentar, espero que eu tenha conseguido. SEC: Você pode citar alguns nomes de profissionais com quem você já gravou e tocou? CM: São muitos nomes, citarei alguns: BABY DO BRASIl, EMILIO SANTIAGO, NANA CAIMMY, JOÃO NOGUEIRA MARIA BHETANIA, PERI RIBEIRO, MARY ECLER, ELIZETE CARDOSO MARTINHO DA VILA, NORMA SUELI, LEILA PINHEIRO, NELSON CAVAQUINHO, FAFÁ DE BELÉM, NELSON GONÇALVES, ANGELA MARIA, OLÍVIA HEIME, CAUBI PEIXOTO, LENI ANDRADE, JEAN SABLON, ELSA SOARES, MARIA CREUZA JAMELÃO, FÁTIMA GUEDES, CARLOS LYRA, GRANDE OTÉLO, KLEITON E KLEDIR ZÉQUETE, ROSITA GONSALEZ, WANDERLEI CARDOSO, JERRY ADRIANE NELSON NED, AMELINHA,NÚBIA LAFAIETE, ANTONIO CARLOS E JOCAFI WILSON SIMONAL, CELI CAMPELO, BOB NELSON, GOLDEN BOYS AGUINALDO RAIOL, WALDIK SORIANO, IThAMARA KOORAX, TRIO ESPERANÇA HENDRIK MEURKENS, EDUARDO SOTO, GERALDO VESPAR, PAQUITO DE RIVERA HERMETO PASCOAL, ROBERTO MENESCAL, ADRIANO GIFONI DÁRIO GALANTE DJALMA FERREIRA Entre muitos outros.


SEC: Como você se vê enquanto baterista tecnicamente falando? Conte-nos um pouco sobre seu processo de estudo. CM: Eu estudei muito no começo da minha carreira mas como disse anteriormente virtuosismo é pra poucos, hoje em dia eu faço uma manutenção, de técnica e teoria porque acho que o músico tem que estar sempre preparado pra o trabalho que vir por ex: quando me chamam para um trabalho que julgo mais difícil estudo mais tempo, como já aconteceu de eu ter que tocar peças clássicas e uma apresentação que fiz com a Sinfônica brasileira que exigiam técnicas mais apuradas para os rudimentos e muita leitura. SEC: Em sua opinião, quais os elementos fundamentais para um baterista? CM: É imprescindível que o baterista saiba harmonia, toque um pouco de um outro instrumento, ouvindo muito os outros músicos da banda, tenha dinâmica, um bom tempo ( bit), não seja metrônomo pra ninguém, porque o baterista está na banda pra tocar como todos os outros, todos os músicos devem, estudar com metrônomo e cuidar do seu tempo, não tenha nenhum preconceito com estilos musicais, ame e respeite a música, SEC: Sabemos que você tem um contato estreito com músicos do exterior. Você pode falar um pouco sobre essas experiências? CM: Essa é uma experiência muito rica mas não só com músicos de fora porque apesar da música ser universal vamos tocar com músicos de concepções diferentes e a gente precisa se entrosar rápido e se aprende muito com cada deles.


SEC: O que você acha do acesso a materiais didáticos que proporciona atualmente para os músicos e o que acha da nova geração de bateristas? CM: Quanto ao material da internet é o que eu disse acima e sobre os novos bateristas eu acho que apesar de ser uma geração que tem muito material disponível para estudar falta musicas de qualidade harmonica e ritmica que exija mais do musico devido ao que a midia tem feito com a musica brasileira privilegiando o retorno financeiro imediato e deixando de lado a qualidade num país que é o mais rico harmonica e ritmicamente do mundo. SEC: Para você qual o limite saudável na relação marketing-música? CM: Seria que a mídia tratasse igualmente a todos os generos e stilos de música, e não tentando nos fazer acreditar que o povo é idiota, ignorante e que não gosta da boa música, não podemos nos esquecer que nos anos 60 e 70 os primeiros lugares nas paradas de sucesso no Brasil estava, Elis Regina, Milton Nascimento, Ivan Lins, Gonzaguinha, Djavam e outros , ou seja a nata da música brasileira.. SEC: Sabemos que músicos como você passam por situações de extremo cansaço físico e mental. Como lidar com esses momentos tendo que manter a qualidade musical em apresentações? CM: Então, estudando diariamente um pouquinho que seja…..( aquela manutenção que disse acima), pra manter a qualidade, caminhadas e exercícios físicos todos os dias principalmente nós bateristas que somos mais exigidos fisicamente também!


SEC: Sabemos que está sempre envolto em uma série de projetos, pode-nos falar um pouco sobre alguns nos quais está atuando no momento e sobre futuras empreitadas? CM: A 4 anos venho trabalhando como arranjador e produtor da cantora Hekung Na da Korea onde lancei meu CD Momentos e tenho ido todo ano para me apresentar com meus shows e dela. Dentre outros estou arranjando e produzindo a cantora Masé Sant’Anna, trabalhando com o Trio Melhor de Três com Adriano Giffoni e Felipe Poli e gravando os meus discos para ser lançado for a do Brasil ainda este ano e estou esperando ansioso um show que vai acontecer aqui no Rio no qual fui convidado e que sera uma honra poder participar, com o grande baixista Zazur, a excelente cantora Ceci e o pianista Marcio Hallack SEC: O som em Campo agradece bastante pela participação como capa da revista! Você poderia deixar uma mensagem final para os músicos, e os leitores em geral da revista?

CM: Gostaria muito de agradecer a oportunidade, dizer que me sinto honrado em estar em uma revista onde já temos Marcio Bahia, Kiko Freitas , Marcio Hallack e tanto outros músicos importantes e convidar a todos a conhecerem esse trabalho maravilhoso Do Zazu, Ceci e todos que fazem com que a revista seja tão boa e com tamanha qualidade.


BRASIL NA BATERIA

Por César Machado

Esta coluna traz alguns loops de baião tocados e escritos na partitura, portanto temos áudio, que pode ser escutado acionando os botões na próxima página, e partituras para os interessados poderem ter mais praticidade para estudar . Estes loops fazem parte de uma série de levadas de música brasileira na bateria do projeto Sons do Brasil, do Baterista César Machado, que encontrados em sites de música americanos e Koreanos.

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PIANO

Márcio Hallack

Como prometido, o grande pianista Márcio Hallack traz na página a seguir um super material musical! Partitura e áudio de uma das músicas autorais

ou

interpretadas do Márcio . Nessa edição, a música é Da Horta, do cd De Manhã do pianista. Bom estudo!


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A missão da QUALYSOM

Satisfazer um mercado profissional em amplo crescimento, com produtos de alta qualidade e o que há de mais moderno. Trabalhando num ambiente participativo, aplicando padrões de alta satisfação, criatividade e inovação.

A missão do SOM EM CAMPO Fazer com que todo esse esforço da nossa parceira QUALYSOM valha a pena! Difundindo a música instrumental de qualidade no Brasil e no exterior!


PIANO LULU MARTIN

A AUDIÇÃO CONSTRUTIVA O organizador que percebe e dá sentido a improvisação musical é a capacidade auditiva do músico. Ela determina que notas escolher. Escutamos o som de forma que a consonância deva prevalecer no lugar da dissonância. Isso ajuda a construir sentido musical. O que elimina o caos é a boa organização. Para se ter clareza musical é necessário delimitar as notas a serem usadas nos acordes. Isso ajuda a formular melhor os acordes musicais e dão mais sentido artístico porque permite a comunicação musical. A comunicação que não cria sentido musical para quem escuta, é uma expressão egoísta. Valoriza apenas o lado que expressa sua subjetividade. Não objetiva a comunicação no sentido de emitente e receptor. Não podemos esquecer que a vida acontece em grupos. Esses acordes do exercício "Acordes livres da escala alterada" me foram ensinados pelo pianista Serge Scollo, que nasceu na Tunísia, morou anos aqui no Rio de Janeiro. Atualmente mora em Paris. Ele sempre foi um estudioso do jazz e outros estilos musicais, uma espécie de cientista do piano. Sempre procurava algo além do comum. Estes acordes foram construídos dentro da escala alterada, na tonalidade de dó. São combinações de notas que lhe agradavam a audição. E, já que a vida acontece em grupos, devo dizer que esses pentagramas usados nas edições passadas da revista, foram editados pelo violonista Ricardo Simões, que fez o livro "O Som dos Acordes" comigo.

lulumartinbr@yahoo.com.br


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Apresenta


SIDNEY MATTOS

Compositor. Cantor. Arranjador. Musicoterapeuta. Arte-Educador. Professor. Aos oito anos de idade começou a aprender piano. Dois anos depois, estudou teoria e solfejo com a professora Nilda Fonseca. Foi aluno de Oscar Santos (Oscarzinho do Violão) e fez aprofundamento da técnica de violão nas escolas Brower, Cárceres e Villa-Lobos. Após 1975, fez cursos complementares: expressão corporal com Klaus Vianna; Atelier pour enfants Cartoucherie des Vincennes e La Musique Brésillienne, na Mairie de Montreuil, em Paris e oficina sonora com Adolfo Reisin.


No ano de 1977 fez estágio como musicoterapeuta na ABBR e em Paris, no GRM (Groupe des Recherches Musicales). No ano seguinte, atuou em pesquisa de campo nos seguintes países: Índia, Alemanha, Áustria, Iugoslávia, Grécia, Turquia, Irã, Paquistão, Afeganistão e Nepal. Em 1984 formou-se em Musicoterapia e Licenciatura Plena em Música pelo Conservatório Brasileiro de Música. Ainda na década de 1980, lecionou Música e Canto na UERJ, Colégio Anglo-Americano, Colégio de Aplicação, Escola de Teatro Martins Pena, Circo Voador e Escola de Samba Mirim de Santa Teresa. Diretor musical do Núcleo Experimental de Arte-Educação/NEAE, tendo produzido, arranjado e gravado toda a sua obra entre os anos de 1998 e 2010.


TRESCLICKS fotografia & Som em Campo Parceria entre o Som e a arte de registrar a mĂşsica em movimento por Tatiana Ribeiro


Sobre o sexto CD “AMIGOS” de Sidney Mattos

AMIGOS é o sexto CD instrumental do músico, compositor e arranjador carioca Sidney Mattos que este ano comemora 45 anos de carreira. Com a participação de vinte e três músicos amigos e talentosos, o CD traz uma capa genial do Mello Menezes e é apresentado por Guinga:

“Conheci Sidney Mattos, há 44 anos, na casa do Dr. Aloízio Portocarrero (Jaceguai 27), já imor-talizada na música brasileira por tantos artistas geniais que por lá passaram. Reencontro Sidinho agora por intermédio desse insti-gante CD AMIGOS seu mais recente CD instrumental. Multi-instrumentista, grandíssimo compositor e um artista muito sério que enobrece a sua classe e nos dá orgulho de sermos seus cole-gas. Sidinho, obrigado pela beleza que passa dentro de você e se transforma numa música que a gente embrulha pra viagem!” São dez temas inéditos e duas regravações que se juntam às mais de trezentas já gravadas pelo artista. Ritmos como o samba, marcha e sobretudo temas construídos em épocas distintas e com influências diversas, deixam que o intérprete passeie confortavelmente e à vontade pelos variados estilos com sua voz marcante. Ela tem força, mas também doçura, necessárias pra mensagem e pro lirismo das canções. É mais uma produção indepen-dente onde sobressai o lado criativo do músico seja pelos arranjos, seja pela interpretação ou simplesmente os solos instrumentais dos músicos que, assim como ele, participam do projeto. Sidney se apresentou ao lado de Cartola, Geraldo Aze-vedo, Nivaldo Ornelas, Pascoal Meirelles, Marisa Gata Mansa, Jards Macalé, dentre outros e fez a direção mu-sical de Gonzaguinha e Ivan Lins, no início dos anos 70, bem como a participação em gravações de Elis Re-gina, Jorge Benjor e Evinha, apenas para destacar par-te de sua atuação nos palcos brasileiros. São aproxi-madamente trezentas composições gravadas, dez CDs autorais, cinco infantis e mais seis instrumentais. São direções musicais para peças infantis e adultas, gravações em estú-dio, televisão, teatros e concertos no Brasil, Europa e Índia.


CD’s do Sidney Mattos

Link


TV Nova Lima

registrando o nosso som


OUVIDO NO MUNDO Internacional

RED SULLIVAN

SEC-Com qual idade você começou a estudar música? A flauta foi seu primeiro instrumento? At what age did you start to study music? Was the flute your first instrument? RS: Tinha 12 anos, Ceci, quando eu ganhei meu primeiro instrumento (de minha mãe - é CLARO!) e, sim - sempre foi flauta. Apenas Flauta na minha vida... (bem: flauta em sol e flautim também...). RS: I was 12, Ceci, when I won my first instrument (from my mother - of COURSE!) And yes - always was flute. Just Flute in my life ... (well: flute in “Sol” and piccolo too ...).


SEC-Você é natural de qual país e cidade? Are you a native of which country and city? RS: Sou Irlandês, mas prefiro não falar ou até comentar sobre isso... Eu amo SEU país, o Brasil, com todo meu coração, e nunca tive amor por um outro país na minha vida RS: I'm Irish, but I prefer not to talk or even comment on that ... I love YOUR country, Brazil, with all my heart, and I never had love for another country in my life SEC- Como galgou seus estudos no início? How did you climb your studies at the beginning? RS: Realmente, ouvindo discos, realmente isso. No meu caso, discos do jazz exclusivamente... Sempre fui um jazzista puro quando era jovem, e tive um coleção de discos enorme! Isso foi minha escola, especialmente porque no meu país, não tive uma cultura musical além do rock - o grupo U2, e outras bobagens e tal. RS: Indeed, listening to records, this really. In my case, Jazz disks ... I've always been exclusively a pure jazz musician when I was young, and had a huge collection of records! That was my school, especially because in my country, I had a musical culture beyond the rock - the group U2, and other nonsense and such.


SEC- Com qual idade percebeu que a música realmente era seu caminho? At what age did you realize that music really was your path? RS: Aos 12 anos. RS: I was twelve years old .

SEC-Qual é sua formação musical? What is your musical background? RS: Sou autodidata. Somente meus discos no meu quarto em casa! E, claro, outra parte importantíssima, encontrando e tocando com outros músicos mais velhos e com mais experiência. É isso. Como disse nosso queridíssimo Noel Rosa: "Ninguém aprende samba no colégio"! RS: I am self taught. Only my drives in my home at my bedroom! And of course, another important part, finding and playing with other musicians, older with more experience. That's it. As our beloved Noel Rosa said: "Nobody learns Samba at school “!


SEC-Em seu ponto de vista, qual seria a postura de um músico para sempre estar trabalhando profissionalmente? In your point of view, what would be the attitude of a musician to always be working professionally? RS: Bebe muito álcool. Mas muito mesmo. (É "minha visão" - né?). Certamente ajuda muito... RS: Drink too much alcohol. But very much. (It is "my vision" - huh?). Certainly helps a lot ...

SEC-Quais suas influências musicais, e os flautistas que mais te influenciaram? What are your musical influences, and flutists who most have influenced you? RS: No jazz, meus favoritos músicos, sem hesitação sao os saxophonistas Dexter Gordon e Stan Getz, o saxophonista/compositor/aranjador e multiinstrumentalista Benny Carter - e o pianista, o grande George Shearing. Também tive o previlégio de


ter um grande músico de jazz no meu país: chamada "Louis Stewart", um guitarrista de primeiro nível, que tocou com Benny Goodman e vários outros gigantes - que também são muito respeitados nos Estados Unidos, e aqui no Brasil vários múicos conhecem o trabalho dele também. Ele foi em uma turnê pelo Brasil em 1979, tocando com o trio do George Shearing: tocou em Sao Paulo, no Rio e em Belo Horizonte. Pela flauta: No jazz, meus favoritos, de novo, sem hesitação, sao em ordem: James Moody, Sam Most e Frank Wess. Numero 4, pra mim, é Bobby Jasper! Claro que gosto muito do Hubert Laws, e Bud Shank e Buddy Colette e o grande Joe Farrell mas meus 4 favoritos sao eles! Nunca gostei do famoso Herbie Mann... Sinto muito! Na música brasileira, meus favoritos na flauta sao Bebeto Castilho do famoso grupo Tamba Trio - minha epoca favorita é da Bossa Nova! e hoje em dia o Zé Carlos Bigorna. Meu outro ídolo brasileiro na flauta é o lendário Copinha! E também acho o Eduardo Neves (também Carioca) incrível, incrível... RS: In jazz, my favorite musicians, without hesitation are the saxophonistas Dexter Gordon and Stan Getz, the saxophonista, composer, arranger and multiinstrumentalist Benny Carter - and the pianist, the great George Shearing. I also had the privilege of having a great jazz musician in my country: called "Louis Stewart," a first class guitarist, who played with Benny Goodman and several other giants - which are also very respected in the United States, and here in Brazil several musicians know his job well. He was on a tour in Brazil in 1979, playing with George Shearing Trio: played in Sao Paulo, Rio and Belo Horizonte. The flute: In jazz, my favorite, again, without hesitation, are in order: James Moody, Sam Most and Frank Wess. Number 4, to me, is Bobby Jasper! Of course I really like Hubert Laws, and Bud Shank and Buddy Colette and the great Joe Farrell - but my favorites are 4 of them! Never liked the famous Herbie Mann ... sorry! Brazilian music, my favorites are the flute Bebeto's famous group Tamba Trio - My favorite time is the Bossa Nova! and today Zé Carlos Anvil. My other Brazilian idol is the legendary flute Copinha! I also think the Eduardo Neves (also Carioca) amazing, amazing ...


SEC-Com quais artistas e instrumentistas já trabalhou, incluindo gravações, shows, participações especiais? Which artists and musicians have you worked with, including recordings, concerts, special appearances? RS: Uau... muitos! Tive muita honra em tocar com músicos que eu admiro muito! Tive a grande honra de tocar no grupo do lendário contra-baixista, o Luiz Alves, com o Alberto Chimelli no piano e Ricardo Costa na batera - e nós gravamos um CD juntos, que foi lançado na Europa (no selo TCB) e no Japão (no selo "Groovin' High"). Também toquei no grupo do baterista Robertinho Silva. E com o pianista e grande arranjador, Fernando Merlino, o pianista Kiko Continentino e o grande contra-baixista Paulo Russo, com o grande Xande Figueiredo na bateira. Mas agora, tenho um projeto para um novo grupo com Kiko Freitas na bateria e o Cliff Korman no piano. Tudo isso no Rio de Janeiro, mas em Belo Horizonte eu toquei com Magno Alexandre, um guitarrista que eu gosto muito, mas muito! O grande baixista Eneias Xavier (sorte!) e o baterista Jimmy Duchovney. No passado, antes de eu chegar ao Brasil - eu toquei nos Estados Unidos no grupo do lendário compositor/pianista/cantor e arranjador Bob Dorough! E eu tive uma banda por anos em Londres com excelentes músicos - os tops da cidade: Phil Lee (um guitarrista que amo) o baixista Dave Green e o baterista Steve Brown (ambos Dave Green e Steve Brown vão tocar em Belo Horizonte em agosto, no "I Love Jazz Festival" com os saxofonistas Americanos, Scott Hamilton e Harry Allen. Vai ser maravilhoso! Também nos festivais no meu país, eu toquei com o grande contra-baixista Buster Williams, com Steve Gilmore e Bill Goodwin juntos, o rhythm-section do grupo do Phil Woods. Também toquei em um concerto com o trompetista Jeremy Pelt. RS: Wow ... a lot! I am honored to play with musicians that I admire very much! I had the great honor of playing in the legendary group bass player, Luiz Alves, with Alberto Chimelli on piano and Ricardo Costa on drums - and we recorded a CD together, which was released in Europe (postage TCB) and Japan (the stamp "Groovin 'High"). I also played in the group drummer Robby Silva. And with the great pianist and arranger, Fernando Merlino, pianist Kiko Continentino and the great bass player Paul Russo, with big Xande Figueiredo on Bateira. But now I have a project for a new group with Kiko Freitas on drums and Cliff Korman on piano. All this in Rio de Janeiro, Belo Horizonte but I played with Alexandre Magno, a guitarist who I like very, very! The great bassist Xavier Aeneas (sorte!) and drummer Jimmy Duchovney.


In the past, before I get to Brazil - I played in the United States in the legendary composer / pianist / singer and arranger Bob Dorough group! And I had a band for years in London with excellent musicians - the tops of the city: Phil Lee (a guitarist who Love) bassist Dave Green and drummer Steve Brown (both Dave Green and Steve Brown will play in Belo Horizonte in August the "I Love Jazz Festival" with the Americans, Scott Hamilton and Harry Allen saxophonists. going to be wonderful! Also at festivals in my country, I played with the great bass player Buster Williams, Steve Gilmore and Bill Goodwin together, the rhythm-section of Phil Woods group. I also played in a concert with trumpeter Jeremy Pelt. SEC-conte-nos sobre seus trabalhos e sobre os instrumentos que usa. Tell us about your work, and the instruments which you use. RS: Minha flauta em dó é bem simples, a marca é Gemeinhardt (dos Estad0os Unidos) mas é muito especial pessoalmente, por que foi um presente do grande, grande pianista inglês, o grande Gordon Beck (que tocou por anos com Phil Woods, Helen Merrill e Alan Holdsworth). Ele deu-me depois de minha outra flauta, bem mais cara, uma prata Pearl (a marca é chamada "Pearl") foi roubada em Londres muitos anos atrás. RS: My flute in C is quite simple, the brand is Gemeinhardt (United States) but is very special, that was a great gift from a great English pianist, the great Gordon Beck (who played for years with Phil Woods, Helen Merrill and Alan Holdsworth). He gave me after my other flute, much more expensive, one Pearl Silver (the brand is called "Pearl") was stolen in London many years ago. SEC-Você leciona? Faz workshops? Do you teach, make workshops? RS: Não. Nunca. Nenhuma vez! E, de novo, eu acredito que "Ninguém aprende samba no colégio"! RS: No. Never. No time! And, again, I believe that "Nobody learns Samba at school "!


SEC-Quais os projetos atuais e futuros? What are the current and future projects? RS: Várias coisas, tocando com vários grupos aqui no Rio, com a "Companhia Estadual do Jazz" do Reinaldo Figueiro do Casseta e Planeta e, espero que esse novo grupo com o Cliff Korman e Kiko Freitas prospere... RS: Several things, playing with various groups here in Rio, with the "State Company of Jazz" Reinaldo Figueiro Casseta and Planet, and hope this new group with Cliff Korman and Kiko Freitas prosper ... SEC-A Som em Campo agradece pela entrevista e pede que deixe uma mensagem final para os leitores da revista? The “Som em Campo” Magazine thanks you for the interview and asks that you leave a final message for the readers and musicians! RS: Não, eu é quem agradeço!! Só quero falar que eu AMO MUITO seu país, e que, simplesmente, o Brasil é (realmente é) o país com a cultura musical mais rica no mundo. Como disse o grande Vitor Martins nas letras do Ivan Lins (meu compositor preferido) "Me diz, me diz - Como ser feliz em outro lugar?". É isso mesmo! RS: No, I thank you! I just want to mention that I LOVE VERY MUCH your country, that’s simply, Brazil is (really) the country with the richest musical culture in the world. As the great Vitor Martins said the letters of Ivan Lins (my favorite composer) "Tell me, tell me - How to be happy anywhere else?". That's it!


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