Revista Suma Economica
Atendendo boa parte da população
Setor de Saúde Suplementar não para de crescer
ISSN 0100-8595 - Edição Especial 79 - Julho de 2015
Estudo Setorial
PORTFÓLIO
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Saúde Suplementar
O
editorial
Saúde Suplementar atende 25% da população brasileira
mercado brasileiro de saúde suplementar encerrou o primeiro trimestre de 2015 com 50,8 milhões de segurados e/ou beneficiários, o que representa aproximadamente 25% da população brasileira.
Outra boa notícia é que o setor continua apresentando desempenho superior ao da economia, como ocorreu nos três últimos trimestres do ano passado e no primeiro semestre do atual exercício.
Não houve crescimento em relação a dezembro de 2014. Mas, a notícia não é de todo ruim, diante do cenário instável na economia brasileira.
Contudo, há sérios e preocupantes obstáculos pela frente.
Para especialistas, é até possível ver como positivo esse desempenho, pois a queda de atividade econômica poderia provocar uma redução do número de segurados ou beneficiários de planos de saúde suplementar. Isso porque o ritmo de contratação de seguros e planos de saúde está diretamente relacionado ao comportamento do mercado de trabalho e ao nível de renda da população. Então, se há desaceleração da economia e aumento do desemprego, e o número de beneficiários de planos de saúde está sendo mantido, é possível interpretar que o mercado se mostra resiliente. Muito provavelmente, as empresas brasileiras continuam a investir na oferta desse benefício para valorizar o seu quadro de funcionários e, principalmente, manter os bons profissionais.
incluídos 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar de diferentes tipos de câncer e 50 novos exames, consultas e cirurgias, uma nova técnica de radioterapia para tumores de cabeça e pescoço e tratamento de dores crônicas nas costas utilizando radiofrequência.
O maior deles é que o mercado enfrenta um forte incremento dos custos médicos e hospitalares.
Além disso, novos medicamentos e tecnologias são lançados todos os meses, refletindo diretamente nos custos das operadoras.
Nos últimos cinco anos, as despesas assistenciais das empresas associadas à FenaSaúde mantiveram a tendência de crescimento anual sempre acima da inflação.
Dessa forma, aumentam as dificuldades enfrentadas por essas empresas para a necessária gestão dos seus custos, até porque é impossível comandar o ato médico.
Esses custos são uma ameaça à sustentabilidade do sistema e sobrecarregam financeiramente as pessoas e empresas contratantes de planos e seguros de saúde.
Assim, é fundamental convencer os segurados e beneficiários a atuarem como agentes de mudança e controle. O que não é uma missão fácil.
São inúmeras as causas dessa constante elevação dos custos. E um dos fatores preponderantes é que, muito embora o setor já ofereça uma gama expressiva de coberturas, todas asseguradas por lei, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) costuma, com frequência, incluir novos procedimentos. Na última atualização, que vigora desde janeiro do ano passado, foram
Neste estudo setorial, Suma Economica oferece ao leitor um amplo perfil da saúde suplementar no Brasil, incluindo a legislação vigente, dados estatísticos, projeções e desempenho. Esse amplo leque faz da saúde suplementar uma opção para pessoas de todas as classes sociais, idades e credos.
Boa leitura! Estudo Setorial
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Saúde Suplementar capitalização EDITORIAL
Saúde Suplementar atende 25% da população brasileira
CUSTOS / PREÇOS
Aumento de custos afeta consumidor ANS autoriza reajuste de até 13,55%
legislação
Marco da saúde suplementar completa 17 anos
BRADESCO SEGUROS
De cada 45 brasileiros, um é cliente da Bradesco Saúde
INCENTIVO
Pesquisas sobre Saúde Suplementar terão apoio de R$ 1 milhão
MERCADO
Mais de 25% dos brasileiros já possuem um plano de saúde
ENTIDADE
ANS esclarece mudanças de regras
PESQUISA
Despesas aumentaram 16% até março
A edição especial sobre SEGUROS CORPORATIVOS faz parte da revista SUMA ECONOMICA, um suplemento da COP EDITORA LTDA. DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - redacao@suma.com.br COLABORAÇÃO: Jorge Clapp Projeto GrAfico e diagramação: CRIA - Design e Comunicação Visual - www.criavisual.com.br DIRETORIA COMERCIAL: Salete Gondin - salete@sumaeconomica.com.br ATENDIMENTO: Maristella Orlando - atendimento@suma.com.br
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Estudo Setorial
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Estudo Setorial Revista Suma Economica
Atendendo boa parte da população
Setor de Saúde Suplementar não para de crescer
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.
ISSN 0100-8595 - Edição Especial 79 - Julho de 2015
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índice
Saúde Suplementar
custos / preços
Aumento de custos afeta consumidor
ANS autoriza reajuste de até 13,55%
A elevação dos custos do setor não é, necessariamente, um problema se forem considerados especificamente os benefícios oferecidos por novas tecnologias ou mesmo as novas janelas de oportunidades que surgem para a indústria e profissionais a partir do surgimento dessas novidades. Contudo, há sempre o risco de se “empurrar” os consumidores, tanto pessoas físicas quanto empresas, para seus limites financeiros. O alerta foi feito pelo diretor Executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin, no seminário internacional “Evolução dos Custos na Saúde Suplementar”, realizado no final de maio, em São Paulo.
No início de junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou o percentual máximo de reajuste a ser aplicado aos planos de saúde médico-hospitalares individuais e/ou familiares que foram contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98. Segundo a agência, o percentual fixado - 13,55% - é válido para o período de maio de 2015 a abril de 2016 e deverá incidir sobre o contrato de aproximadamente 8,6 milhões de beneficiários.
Cechin acrescentou que é precisa, antes de tudo, verificar a real disposição do consumidor em arcar com o aumento dos custos, e sua capacidade de pagar. Para o diretor da FenaSaúde, é necessário evitar sucumbir à tentação de utilizar índices de variação setorial de custos para controlar preços ou reajustes, pois a história “está repleta de casos de fracasso nas tentativas desse tipo”. No mesmo evento, o presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, afirmou que são múltiplos os fatores para elevação dos custos. Ele lembrou que, mesmo já tendo o setor um grande volume de coberturas asseguradas por lei, a cada dois anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) inclui novos procedimentos. Além disso, há o reflexo provocado pelo teto da remuneração praticada pelos hospitais, com margens calculadas sobre o valor de materiais e medicamentos. “Novos materiais e medicamentos são lançados no mercado todos os meses, o aumenta ainda mais os preços”, observou Coriolano. Ele lamentou o fato de não existir no Brasil um órgão governamental para fazer o controle desses materiais, que muitas vezes são empregados sem critérios. Marcio Coriolano frisou ainda que as operadoras têm reduzida capacidade de gestão dos seus custos, uma vez que não podem comandar o ato médico: “É preciso que o paciente seja o agente de mudança”, conclamou.
Isso significa que até 17% dos 50,8 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil deverão pagar novas mensalidades. Para calcular esse índice máximo de reajuste, a ANS utilizou a mesma metodologia utilizada nos últimos 14 anos. A base de cálculo é a média dos percentuais de reajuste aplicados pelas operadoras aos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. A agência esclareceu ainda que não será permitido aplicar sobre os preços percentuais mais altos que esse teto. Contudo, ressaltou que as operadoras estão livres para adotar percentuais abaixo desse índice ou até mesmo “manter os contratos sem reajuste”. A ANS sugeriu ainda que os consumidores fiquem atentos aos valores novos que virão nos boletos. “A cobrança de reajuste é a partir do mês de aniversário do contrato e o percentual de aumento aplicado deve ser igual ou inferior ao definido pelo órgão”, alertou o órgão. A ANS esclareceu também que, se no mês de aniversário do contrato, o consumidor receber o boleto sem o reajuste devido, as operadoras terão permissão para cobrar um valor retroativo nos meses de defasagem entre a aplicação e a data de aniversário do contrato. Ao anunciar o novo teto de reajuste, a diretoria da ANS informou que a inclusão de novas coberturas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde refletiu na decisão. Isso porque, na última atualização, em vigor desde janeiro do ano passado, foram incluídos 37 medicamentos para tratamento domiciliar de diferentes tipos de câncer e 50 novos exames, consultas e cirurgias. O percentual de reajuste anual das mensalidades dos planos e seguros de saúde individuais irá variar de acordo com o perfil de cada conjunto de planos.
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Saúde Suplementar
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Marco da saúde suplementar completa 17 anos
o último dia 03 de junho, o principal marco do setor de saúde suplementar completou 17 anos. Trata-se da Lei 9.656, aprovada em 1998. Essa lei define Operadora de Plano de Assistência à Saúde como sendo a pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que opere produto, serviço ou contrato de prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós-estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor. Outra marca histórica é a Resolução 242/14, editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, em dezembro do ano passado. Essa norma dispõe sobre a participação da sociedade civil e dos agentes regulados no processo de edição de normas e tomada de decisão da agência, mediante a realização de consultas e audiências públicas, e câmaras técnicas. Segundo a Resolução, através dessas consultas e audiências públicas, a agência deverá recolher sugestões e contribuições para o processo decisório e edição de atos normativos; identificar, da forma mais ampla possível, todos os aspectos relevantes à matéria submetida ao processo de participação democrática; e dar maior legitimidade aos atos normativos. Contudo, a norma estabelece que tais sugestões e contribuições são de caráter consultivo e não vinculante para a ANS.
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Estudo Setorial
OPERADORAS Relevante também é a Resolução 39/2000, da ANS, que classificou as operadoras nas seguintes modalidades: • Administradora: administram exclusivamente planos de assistência à saúde, financiados pelo contratante e que não possuem risco decorrente da operação desses planos nem possuem rede própria, credenciada ou referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos; • Cooperativa Médica: sociedade de pessoas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei 5.764/1971 (Lei geral do cooperativismo), que operam planos privados de assistência à saúde; • Cooperativa Odontológica: sociedade de pessoas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei 5.764/1971 (Lei geral do cooperativismo), que operam exclusivamente planos odontológicos; • Autogestão: entidades que operam serviços de assistência à saúde ou empresas que, por intermédio de seu departamento de recursos humanos, responsabilizam-se pelo plano privado de assistência à saúde de seus empregados ativos, aposentados, pensionistas e ex-empregados e respectivos grupos familiares, ou ainda a participantes e dependentes de associações de pessoas físicas ou jurídicas, fundações, sindicatos, entidades de classes profissionais ou assemelhados; • Filantropia: entidades sem fins lucrativos que operam planos privados de assistência à saúde e tenham obtido certificado de entidade filantrópica junto ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e declaração de utilidade pública federal, estadual ou municipal junto aos órgãos competentes; • Medicina de Grupo: empresas ou entidades que ope-
legislação ram planos privados de assistência à saúde, excetuando aquelas classificadas nas modalidades anteriores; • Odontologia de Grupo: empresas ou entidades que operam exclusivamente planos odontológicos, excetuando-se aquelas classificadas nas modalidades anteriores; Posteriormente, em 2001, a Lei 10.185 exigiu que as seguradoras que já atuavam no segmento do seguro saúde se transformassem em seguradoras especializadas, equiparando-as às operadoras e passando a estar subordinadas a uma nova estrutura de regulação e fiscalização vinculada ao Ministério da Saúde, juntamente com as outras modalidades de operadoras de planos de saúde privados. • Seguradora Especializada em Saúde: sociedades seguradoras autorizadas a operar seguro-saúde, devendo seu estatuto vedar a atuação em quaisquer outros ramos de seguro. CONSU - O Conselho de Saúde Suplementar CONSU é órgão colegiado integrante da estrutura regimental do Ministério da Saúde, sendo composto pelo Ministro da Justiça - que o preside - pelo Ministro da Saúde, pelo Ministro da Fazenda e Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, além do Presidente da ANS, que atua como Secretário das reuniões. O CONSU tem competência para desempenhar as seguintes atividades: 1. Estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes gerais do setor de saúde suplementar. 2. Aprovar o contrato de gestão da ANS. 3. Supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS. 4. Fixar diretrizes gerais para a constituição, organização, funcionamento e fiscalização das empresas operadoras de produtos de que tratar a Lei 9.656/1998. 5. Deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consultivo, de forma a subsidiar as decisões. ANS A ANS foi criada pela Lei 9.961, de 2000 como autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Sua missão é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo, assim, para o desenvolvimento das ações de saúde no país. Entre suas competências, destacam-se as seguintes:
• Propor políticas e diretrizes gerais ao Conselho Nacional de Saúde Suplementar - CONSU para a regulação do setor de saúde suplementar. • Estabelecer parâmetros e indicadores de qualidade e de cobertura em assistência à saúde para os serviços próprios e de terceiros oferecidos pelas operadoras. • Estabelecer normas para ressarcimento ao Sistema Único de Saúde. • Normatizar os conceitos de doença e lesão preexistentes. • Definir, para fins de aplicação da Lei 9.656, de 1998, a segmentação das operadoras e administradoras de planos privados de assistência à saúde, observando as suas peculiaridades. • Decidir sobre o estabelecimento de subsegmentações aos tipos de planos definidos nos incisos I a IV do art. 12 da Lei 9.656, de 1998. • Autorizar reajustes e revisões das contraprestações pecuniárias dos planos privados de assistência à saúde, de acordo com parâmetros e diretrizes gerais fixados conjuntamente pelos Ministérios da Fazenda e da Saúde. • Expedir normas e padrões para o envio de informações de natureza econômico-financeira pelas operadoras, com vistas à homologação de reajustes e revisões. • Fiscalizar as atividades das operadoras de planos privados de assistência à saúde e zelar pelo cumprimento das normas atinentes ao seu funcionamento. • Articular-se com os órgãos de defesa do consumidor visando a eficácia da proteção e defesa do consumidor de serviços privados de assistência à saúde, observado o disposto na Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990. SEGURADORAS Já a Lei 10.185/01 enquadrou o seguro saúde como plano privado de assistência à saúde, e a sociedade seguradora especializada em saúde como operadora de plano de assistência à saúde, para efeito da Lei 9.656, de 1998. Às seguradoras, que em 2001 já operavam o seguro saúde, foi determinado que providenciassem a especialização até 1º de julho de 2001, quando passaram a ser disciplinadas pelo CONSU e ANS. Com o advento da RDC 65/01, a ANS regulamentou esse segmento, aplicando-se, no que coube, às sociedades seguradoras especializadas em saúde, o disposto nas normas da Susep e do CNSP, publicadas até 21 de dezembro de 2000.
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Saúde Suplementar
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De cada 45 brasileiros, um é cliente da Bradesco Saúde
Bradesco Saúde e sua controlada Mediservice possuem, juntas, cerca de 4,5 milhões de clientes. Isso significa que há, pelo menos, um cliente dessas empresas em cada grupo de 45 pessoas residentes no Brasil. A expectativa é a de crescimento de até 20% no faturamento do grupo em 2015. Essa projeção otimista é sustentada por fatores como o rápido acesso das classes C e D ao consumo e a necessidade de retenção de mão de obra pelas pequenas e médias empresas, o que as faz oferecer uma gama maior de benefícios. Além disso, o plano de saúde continua sendo o 3º produto mais desejado pela população, segundo pesquisas recentes. Segundo Marcio Coriolano, Presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice, há alguns grandes desafios pela frente, como a necessidade de haver um financiamento sustentável da assistência à saúde, que acumula custos crescentes em razão da incorporação acrítica de tecnologias e do aumento indiscriminado da demanda por tratamentos sem adequada orientação médica e sem o uso de protocolos elaborados através da medicina baseada em evidências. Nesse processo de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema de saúde suplementar, o consumidor também tem sua parcela de responsabilidade, necessitando estar atento à utilização dos serviços de modo responsável e ético, evitando onerar ainda mais um sistema que, por sua natureza de mutualismo, aumenta seus custos na medida de sua utilização. O setor está atento e tem participado ativamente do
“As transições etária, demográfica, epidemiológica e tecnológica já estão impactando negativamente a sustentabilidade dos sistemas de saúde no mundo todo, e no Brasil não é diferente” Marcio Coriolano presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice
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Estudo Setorial
debate junto à ANS, propondo o aperfeiçoamento da regulação e de práticas que incentivem a sustentabilidade do sistema via a produção assistencial de qualidade e o combate ao desperdício. Outro desafio é incentivar a adoção de hábitos saudáveis, que podem contribuir decisivamente para a reversão da tendência inflacionária de custos médicos. Nesse sentido, a Bradesco estimula a mudança de hábitos mediante programas de promoção da saúde e de prevenção de doenças. A adoção desses programas pode reduzir a demanda futura por tratamentos.
bradesco saúde Para enfrentar custos crescentes, a Bradesco Saúde oferece aos contratantes uma grande quantidade estruturada de informações e serviços que permitem uma melhor gestão do benefício de saúde pela área de Recursos Humanos. Destaque para o Sistema de Informações Gerenciais (SIGE) e o Programa Juntos Pela Saúde: “A Bradesco analisa o desenho do plano de saúde da empresa, os diagnósticos e o risco populacional. A partir desse estudo, usa as ferramentas do programa “Juntos pela Saúde”, como screenings (exames de glicemia, colesterol, medições de peso, altura e pressão arterial) e questionários de avaliação dos segurados. O Programa indica, então, ações de prevenção, que podem contribuir para o controle de patologias e dos custos”, frisa Coriolano.
Já o SIGE (Sistema de Informações Gerenciais) disponibiliza informações para a área de recursos humanos e permite o acompanhamento das despesas incorridas pelos beneficiários, em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre, possibilitando a geração de relatórios sob medida para as necessidades de análise. Na outra ponta, estão os programas de gestão da rede de assistência médico-hospitalar, que visam a estimular a qualidade da prestação do serviço, a resolubilidade do atendimento, bem como a racionalização dos custos assistenciais. São, por exemplo, programas como o Meu Doutor, a Segunda Opinião Médica e a Colocação direta de OPME nos hospitais, que vêm se expandido em termos de volume e de abrangência regional.
qualidade A Bradesco Saúde adota, no processo de avaliação do ingresso do referenciado, criteriosa seleção, através de avaliação curricular, confirmação da titulação nos conselhos regionais de medicina, bem como avaliação de diversas documentações do estabelecimento. Periodicamente, esse cadastro é revisado e atualizado. O referenciado é constantemente monitorado, através de indicadores de qualidade assistencial e de satisfação do beneficiário. Em junho, a Bradesco Saúde recebeu, pela segunda vez consecutiva, o selo de Acreditação com a qualificação de nível 1, o mais alto segundo os critérios da avaliação, que seguem padrões estipulados pela ANS. A avaliação dedica um capítulo inteiro para a gestão da rede referenciada dada sua relevância para a operação.
FERRAMENTAS O grupo investe forte também nas ferramentas desenvolvidas para aprimorar o relacionamento com parceiros, segurados e prestadores de serviços. Exemplo disso é o sistema de Emissão Expressa, lançado em 2013, que possibilita aos corretores mais praticidade nas vendas e rapidez nas cotações e no processo de implantação do seguro saúde, por meio de uma plataforma web integrada. “A ferramenta traz inovação, tecnologia e agilidade ao processo de vendas de apólices. Através dessa plataforma, os corretores podem digitalizar e anexar documentos e acompanhar todo o processo em qualquer etapa, desde a cotação até a sua implantação final”, acentua Coriolano. Outra grande facilidade é o “Manual 100% Corretor Bradesco Saúde - SPG”, disponível no Portal 100% Corretor (www.bradescoseguros.com.br). O manual detalha as características do Bradesco Saúde SPG, destacando a linha de planos, diferenciais e benefícios, o reembolso, a coparticipação e muito mais, contribuindo assim para que o corretor aprimore ainda mais o seu conhecimento e ofereça aos clientes atendimento de excelência, utilizando argumentos sólidos para a comercialização do produto. Para os segurados, além do “Meu Doutor”, há aplicativos para iPhone e iPad, que disponibilizam uma série de serviços como consulta da rede referenciada, benefício de desconto de medicamento e status do reembolso; e a “Legislação de Saúde Suplementar”, aplicativo para iPad que disponibiliza consulta às normas, súmulas e resoluções publicadas pela ANS. Já o site da Bradesco Saúde dá acesso exclusivo para corretores, estipulantes, referenciados, produtores e segurados. A Bradesco Seguros, seguradora e patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, traz em seu DNA o compromisso de realizar ações que incentivem a conquista da longevidade, com saúde, qualidade de vida e bem-estar, buscando difundir a importância da prática regular de exercícios físicos, adoção de hábitos saudáveis e planejamento financeiro.
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Saúde Suplementar
bradesco saúde
NÚMEROS No primeiro trimestre de 2015, o faturamento da Bradesco Saúde e da Mediservice ultrapassou a marca de
bilhões, crescimento de 24,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
R$ 4,1
Em 2014, as duas empresas faturaram mais de R$ 14,9 bilhões (crescimento de 22,1%) e pagaram 18,9 milhões de consultas médicas, 827 mil internações, 68,6 milhões de exames e 44 milhões de outros procedimentos. A Bradesco Saúde tem constatado que, cada vez mais, pequenas e médias empresas estão contratando seguros de vida e outros benefícios como política de retenção de talentos. O segmento SPG (seguro para grupos) da Bradesco Saúde, produto voltado para atender micros, pequenas e médias empresas - até 199 segurados - tem sido o grande destaque nos últimos anos. Até março, esse segmento aumentou 21,2% em número de beneficiários comparado ao mesmo período de 2014, para 955 mil vidas e mais de 107 mil empresas clientes. Entre 2009 e 2014, o total de vidas seguradas cresceu 216%, de 293 mil para 925 mil.
Bradesco investe na Qualidade da informaÇÃo A Bradesco Saúde oferece uma gama de informações e serviços que permitem uma melhor gestão do benefício de saúde pela área de Recursos Humanos das empresas. Conheça os programas desenvolvidos pelo grupo: JUNTOS PELA SAÚDE - Com base em estudos gerenciais para identificação de riscos, a Bradesco analisa o desenho do plano de saúde da empresa, diagnósticos e o risco populacional. A partir dos resultados, faz-se uso das ferramentas desse programa, que indica ações de prevenção, desde a entrega de material explicativo e realização de palestras até a elaboração de programas específicos de gestão de patologias, que podem contribuir para o controle de patologias e dos custos do benefício. O programa desenvolve também ações como imunização, campanha anual de vacinação contra gripe, benefício farmácia e o “Saúde em Forma”, - iniciativa que identifica e acompanha pacientes com patologias crônicas, visando a induzir mudança de hábitos e conscientização para adoção de atitudes saudáveis. SIGE (SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS) - Permite o acompanhamento das despesas incorridas pela população beneficiária, em todos os tipos de tratamentos que o seguro cobre, possibilitando a geração de relatórios sob medida para as necessidades de análise do comportamento das despesas médicas. O SIGE indica a necessidade de implementação de ajustes no desenho do plano/benefício, de acordo com o perfil de cada empresa. O sistema, acessado pela internet, utiliza tecnologia de ponta para que o usuário tenha uma experiência agradável de acesso e navegação, com respostas rápidas na extração de dados e relatórios. MEU DOUTOR - Esse programa objetiva o resgate da relação médico-paciente, sem abrir mão da modernidade atual. Os segurados podem solicitar o agendamento online de suas consultas que, dependendo da disponibilidade do médico, poderá ser realizada até no mesmo dia, por meio dos sites bradescosaude.com.br (na área de Acesso Exclusivo dos Segurados) e mediservice.com.br (na área de Usuário Mediservice). O médico confirmará a solicitação de agendamento da consulta. SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA - Em parceria com os Hospitais Albert Einstein (SP), Mater Dei (MG) e Casa de Saúde São José (RJ), tem por objetivo proporcionar aos pacientes eventuais alternativas de tratamento de patologias de coluna vertebral, neurológicas e hemodinâmicas que não sejam a intervenção cirúrgica, com ou sem colocação de prótese. Mais de 67% dos casos indicados para cirurgia de coluna foram desaconselhados pelo projeto de segunda opinião médica. OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais de alto custo) - A Bradesco Saúde promove a colocação direta de OPME nos hospitais, abrangendo as melhores marcas, visando a gerar economias para todos, na medida em que, pelos altos volumes envolvidos nas operações, a Bradesco Saúde e a Mediservice conseguem negociar melhores preços com fabricantes e distribuidores.
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Estudo Setorial
Saúde Suplementar
incentivo
Pesquisas sobre Saúde Suplementar terão apoio de R$ 1 milhão
A
s pesquisas acadêmicas sobre o tema “Sustentabilidade do Setor de Saúde Suplementar” terão apoio da ordem de R$ 1 milhão em bolsas. O anúncio foi feito, no início de junho, pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Na ocasião, o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro anunciou que essa é a primeira chamada de uma série de bolsas que devem ser ofertadas, em parceria com a Fapesp, para “fomentar estudos e debates sobre a sustentabilidade do setor de Saúde Suplementar”. As inscrições de projetos para concorrer às bolsas podem ser feitas até o dia 04 de setembro de 2015. Podem se inscrever pesquisadores que estejam vinculados a instituições de ensino superior e de pesquisa no estado de São Paulo, sejam públicas ou privadas, sem fins lucrativos. As propostas de pesquisa devem abordar a sustentabilidade
da saúde suplementar por ao menos uma das três áreas abrangidas pela chamada de propostas: econômica, direito e saúde. Os proponentes devem, ainda, atender às condições e restrições do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (Pite) da Fapesp. O superintendente-executivo do IESS reforçou também a importância da iniciativa, que amplia a atuação do IESS como agente de fomento a pesquisas relevantes para o amadurecimento do setor de saúde suplementar. Ele lembrou que o Prêmio IESS condecora, já há quatro anos, os melhores estudos de pós-graduação que trazem bases científicas capazes de contribuir com a sustentabilidade da saúde suplementar. Agora, por meio da parceria com a Fapesp, a intenção é alcançar mais pesquisadores e impulsionar, cada vez mais, a produção desses estudos e pesquisas no País.
Mais informações para os beneficiários Uma boa notícia para os beneficiários e segurados de planos de saúde suplementar. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou, no final de maio, a atualização dos Dados Integrados da Qualidade Setorial, que traça um novo panorama dos planos de saúde e do setor no Brasil. Com isso, os consumidores poderão contar, agora, com muito mais informações sobre o setor, principalmente no momento em que for necessário trocar de plano ou firmar um novo contrato. Entre as novidades constam informações sobre o preço médio de planos de saúde disponíveis no mercado e por operadora, além de dados de sinistralidade (relação entre receita e despesa) das empresas. A diretoria da ANS explicou que essa medida é mais um passo para aumentar a transparência do setor e permitir o que vem sendo chamado na agência de “empoderamento do consumidor”. A intenção é ir progressivamente agregando mais informações sobre a qualidade da assistência e dos planos de saúde. O estudo engloba dados referentes ao perfil de qualidade da rede de planos, quais as ofertas do produto, qualificação das operadoras, se a operadora é ou não acreditada. Com isso, o consumidor pode fazer comparação entre as operadoras de uma maneira mais rápida e acessível, sem necessidade de buscar as informações em vários lugares diferentes. A princípio, a atualização dos dados deverá ser feita a cada seis meses, no mínimo. No Brasil, atualmente, há 1,4 mil operadoras de planos de saúde com registro ativo, das quais 1,2 mil têm beneficiários. No total, essas empresas atendem a 72,2 milhões de beneficiários, sendo 50,8 milhões nos planos de assistência médico-hospitalar e 21,4 milhões em planos exclusivamente odontológicos.
Estudo Setorial
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Saúde Suplementar
mercado
Mais de 25% dos brasileiros já possuem um plano de saúde
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egundo levantamento feito pelo IESS - Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, com base em dados oficiais da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), No final do primeiro trimestre deste ano, o número de beneficiários de planos médico-hospitalares somava 50,8 milhões. Isso significa que, de cada quatro pessoas residentes no país, pelo menos uma (25%) já conta com a proteção de um plano privado de saúde. São Paulo é o estado brasileiro com o maior número de beneficiários: pouco menos de 19 milhões, o que representa 37,2% do volume total de pessoas que contam com um plano de saúde em todo o Brasil. Logo depois, no “ranking” dos estados com mais pessoas assistidas, vêm o Rio de Janeiro, com 6,2 milhões de beneficiários; Minas Gerais (5,4 milhões); Paraná (2,856 milhões) e Rio Grande do Sul (2,780 milhões). No Norte do Brasil, o estado com maior número de pessoas assistidas é o Pará (893 mil). No Centro-Oeste, a “liderança” fica com Goiás (1,07 milhão), enquanto no Nordeste, Bahia (1,677 milhão) e Pernambuco (1,418 milhão de beneficiários) têm a maior fatia. Em termos percentuais, está na Região Sudeste a grande maioria dos beneficiários de planos de saúde: 62,5%. A segunda maior concentração está no Sul, com 14,1%. Outra fatia de 13,4% dos beneficiários reside na Região Nordeste. Já no Centro-Oeste estão outros 6,1% e, no Norte, 3,8%.
PLANOS Ainda de acordo com a IESS, a contratação de planos coletivos por adesão cresceu mais do que a contratação de planos individuais pelo quarto trimestre seguido, em dezembro de 2014. No final do ano passado, o número de beneficiários de planos individuais cresceu apenas 0,9% enquanto que os de planos coletivos por adesão tiveram um incremento de 2,6%. O estudo apurou ainda que, em 2014, a faixa etária que mais cresceu (em 12 meses) foi a de 59 anos ou mais: 4,7%. A faixa etária de 19 a 58 anos cresceu 2,4% e a de 0 a 18 anos, 1,7%. Segundo o IESS, desde março de 2013, a faixa etária de idosos tem crescido continuamente acima das demais faixas etárias, na comparação em 12 meses. Isso já seria reflexo do envelhecimento dos beneficiários, que já contam com 12,6% de pessoas com 59 anos ou mais. Essa proporção é superior à da população brasileira (11%). O IESS apurou também que, além do aumento proporcional de idosos, os planos de saúde têm observado um crescimento mais lento da faixa etária das pessoas em idade ativa (19 a 58 anos). Essa faixa etária, por conter a população economicamente ativa, sofre o reflexo da desaceleração da criação de empregos formais, que pode impactar os planos coletivos empresariais. O estudo indicou ainda que, para cada trimestre de 2014, a variação em 12 meses das faixas etárias de 0 a 18 anos e de 19 a 58 anos foram diminuindo. O crescimento de 1,7% da faixa etária de 0 a 18 anos em dezembro do ano passado foi o menor desde junho de 2012.
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Estudo Setorial
Saúde Suplementar
entidade
ANS esclarece mudanças de regras
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m nota divulgada para a imprensa, no final de junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclareceu que não irá tomar como base os tratamentos ofertados pela rede pública para definir a cobertura obrigatória dos planos de saúde. Essa possibilidade foi levantada por alguns jornais recentemente. Segundo a entidade, a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde deverá seguir critérios e diretrizes técnicas estabelecidas desde a criação da ANS, há 17 anos, e levará em consideração a segurança e efetividade dos procedimentos; a disponibilidade de rede prestadora de serviços para os beneficiários de planos de saúde; e a garantia de cobertura a ações de promoção e prevenção, entre outros aspectos. “As avaliações feitas pela Conitec são apenas um dos parâmetros uti-
lizados para a inclusão ou exclusão de procedimentos”, diz um trecho do comunicado. A ANS assegura ainda que a proposta de atualização que está em consulta pública – aberta ao diálogo e à participação de toda a sociedade - representa “um avanço para os consumidores”. A intenção da agência é, com essa proposta, ampliar a cobertura obrigatória, com a inclusão de 11 novos procedimentos médicos e de um medicamento oral para tratamento do câncer de próstata, incluindo diretriz clínica para avaliação geriátrica ampla, aumentar o número de sessões/consultas com profissionais de saúde e ampliar as indicações para diagnóstico e tratamento de 16 síndromes genéticas. “Não há retrocesso ou redução na cobertura”, destaca o texto.
Novo presidente Empossado no final de junho, o novo presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão, pretende pautar as suas ações “nos princípios que nortearam minha atuação nos mais de 40 anos dedicados ao setor”. Ele destacou que o trabalho à frente das diretorias de Gestão (DIGES) e de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO) da ANS deram a oportunidade de comprovar a importância do diálogo entre os atores do setor para a promoção da sustentabilidade econômica e assistencial, necessária à prestação qualificada de atendimento aos beneficiários de planos de saúde. “A razão de ser da ANS é a defesa do interesse público e eu honrarei este compromisso durante meu mandato. A razão de ser deste setor de Saúde Suplementar é o beneficiário que para nós, médicos, são nossos pacientes. Em busca de servi-los da melhor forma, trabalharemos no tripé garantia de acesso, garantia da qualidade e sustentabilidade setorial. Os direitos dos cidadãos serão garantidos e construiremos, juntos, um setor cada vez melhor e mais qualificado”, afirmou Abrahão, que é pediatra. Ele frisou ainda que a ANS vai estimular a realização de campanhas pelo uso consciente do sistema suplementar, através de múltiplas ações, como um processo de incorporação tecnológica criterioso, baseado em evidências clínicas, com protocolos clínicos e avaliação do custo e efetividade, combate ao desperdício e das fraudes, alteração do modelo de remuneração, e redução do custo setorial e da imprevisibilidade. Abrahão comentou também sobre os desafios exigidos pelo novo perfil socioeconômico da população. “Conquistamos maior sobrevida, mas nos defrontamos com uma grande transição epidemiológica, em que nossa população deixa de ser acometida por doenças infectocontagiosas e é acometida por doenças degenerativas, hipertensão, diabetes. Portanto, necessitamos incentivar os programas de atenção à saúde do idoso e promoção à longevidade”, afirmou.
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Saúde Suplementar
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Despesas aumentaram 16% até março
esquisa realizada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), com base em dados oficiais da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), indica que as despesas assistenciais do setor somaram R$ 110,5 bilhões nos últimos 12 meses terminados em março de 2015, o que representa um crescimento de 16% comparado ao mesmo período de 2014.
A FenaSaúde apurou ainda que, no mercado de Saúde Suplementar, a sinistralidade foi de 82,2% nos últimos doze meses terminados em março de 2015, expansão de 0,9 ponto percentual na comparação com os últimos doze meses terminados em março de 2014.
No primeiro trimestre de 2015, essas despesas atingiram a marca de R$ 27,5 bilhões, com expansão de 13,9%, em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Entre março de 2014 e março de 2015, o número de beneficiários de planos médicos aumentou 2,1%, totalizando 50,8 milhões de vidas. A taxa de crescimento neste segmento havia sido de 2,7% entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014, mostrando desaceleração da expansão.
As despesas assistenciais são aquelas pagas pelos procedimentos ambulatoriais e hospitalares, como consultas médicas, exames, terapias e internações, realizados pelos beneficiários de planos e seguros de saúde. Desperdícios e distorções de preços exercem forte pressão sobre essas despesas. Ainda de acordo com a Federação, entre março de 2014 e o mesmo mês do atual exercício, as receitas de contraprestações chegaram a R$ 134,4 bilhões, com incremento de 14,7%, na mesma base de comparação. De janeiro a março, as receitas de contraprestações totalizaram R$ 34,7 bilhões, com expansão de 13% em face do primeiro trimestre de 2014. Segundo a FenaSaúde, a tendência de crescimento das despesas nos últimos doze meses terminados em março de 2015, de 16,0 %, ante o mesmo período de 2014, resulta, em parte, do aumento do número de beneficiários, de 2,1%, no mesmo período analisado. Mas, o maior impacto é provocado pela chamada inflação médica, pressionada pela alta acelerada dos custos assistenciais. Esse indicador, na área da saúde, é muito superior ao índice geral de preços da economia.
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pesquisa
Estudo Setorial
BENEFICIÁRIOS
Esse resultado reflete a atual situação macroeconômica, em especial os dados de emprego e renda, que, por hora, seguem movimento de retração. Ainda assim, a relevância do setor para a economia brasileira é inegavelmente expressiva, tendo em vista que o crescimento populacional não chega a 1%. Para se ter uma ideia, os planos odontológicos vêm mantendo sua taxa de crescimento. Entre março de 2014 e março de 2015, os planos exclusivamente odontológicos cresceram 5,7%, alcançando 21,4 milhões de beneficiários em todo o país. A FenaSaúde representa 26 operadoras de planos e seguros de saúde, que atendem a 29,2 milhões de beneficiários de planos médicos e exclusivamente odontológicos, respondendo por 40,5% do total do setor (posição em dezembro de 2014) - com expansão no número de beneficiários de 3,5% na comparação com o ano anterior. São 10 seguradoras especializadas em saúde, 11 medicinas de grupo e cinco odontologias de grupo. No mercado, há mais de 1.200 ativas.
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