Revista SUMA Economica - Edição Junho 2015

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Consultoria e Publicações

Análise do comportamento dos setores no PIB Extrativismo e agropecuária são destaques no primeiro trimestre

ISSN 0100-8595 - Edição 445 - Junho de 2015

Suma Economica Revista


Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa. Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Orçamento operacional e de vendas

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O Estado da Economia the state of the economy

O

Mudanças difíceis no curto prazo

s últimos dados sobre o PIB, referentes ao primeiro trimestre deste ano, refletem o que já se percebia em relação à retração da economia, mostrado por outros indicadores antecedentes. Contudo, o tamanho da queda, de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, e o impacto sobre as principais atividades, que produzem riquezas e compõem o PIB (a agricultura, indústria e serviços) mostram uma piora estrutural na capacidade de o país gerar rendas no futuro próximo.

Pois,osúnicossetoresquecontinuamaapresentarfortecrescimento são a agropecuária e a atividade extrativa-mineral, produtos sujeitos a ciclos que alternam poucos anos de forte alta nos preços e muitos outros de baixa contínua. E, ao mesmo tempo, com raras exceções, de baixo valor agregado, de alto risco e de baixíssima renda para empreendedores, investidores e empregados. Para se ter uma ideia do que representa, atualmente, a agropecuária e a extração mineral na geração de rendas, somando o produto destas atividades encontra-se um resultado que é próximo ao da indústria de transformação (quando se retira destas atividades os impostos que incidem sobre os negócios). Em suma, o que desde a década de 1950 os economistas “cepalinos” e a esquerda em geral apontavam como o grande desafio a ser vencido pelos países subdesenvolvidos, que era a dependência da indústria extrativa e da exploração agropecuária, volta a ser realidade no Brasil, em um governo de esquerda, e, lamentavelmente, após terdesenvolvido uma eficiente indústria de transformação, que tem sido, ano a ano, desmontada por uma combinação de real supervalorizado e juros altos. Neste ambiente, o primeiro semestre de 2015 já está acabando. E o segundo tende a repetir a mesma situação, ainda que se tenha uma percepção de melhoria, pela maior atividade econômica no fim do ano. Como os juros já subiram, na atual escalada de alta, de 7,25% em dezembro de 2012 para 13,75% no início deste mês, era de se esperar queoBancoCentralmantivesseosjurosnestepatamar,considerando o tamanho da recessão. Contudo, se forem levados a “ferro e fogo” as últimas declarações da instituição, os juros continuarão a subir “até o mercado financeiro projetar para 2016 a inflação dentro da meta”, e o tamanho da recessão será superior a 3% do PIB. No Brasil, juros altos e inflação provocada por um déficit público de 6,7% do PIB só se resolverão com o tempo e com uma redução do déficit. Portanto, manter a elevação dos juros para controlara inflação terá resultados efêmeros, pois reduzirá a oferta de bens e produtos na economia, pela “degola” das empresas que produzem. Logo, a expectativa para o segundo semestre, se forem mantidos os aumentos pré-anunciados da Selic, será um aprofundamento da recessão, que se estenderá pelo ano de 2016.

Em relação ao déficit público, é inegável que o governo tem feito um esforço para reduzi-lo, o que efetivamente não é fácil. E ainda fica pior, quando parte do PT, com uma política míope em relação às dificuldades que atravessa o seu governo, joga contra, procurando marcar posições individuais que possam lhes garantir alguma vantagem no futuro, caso o programa dê errado. Como é difícil reduzir o déficit e “os bancos estão ganhando muito dinheiro”, aumentou-se os impostos, através da Contribuição Social das instituições financeiras, com declarações de apoios de algumas entidades empresariais, que apoiaram a decisão. O aumento nos impostos, seja para que negócio for em qualquer parte do mundo, é difícil de ser revertido. E, em geral, é ampliado, de forma que mesmo as empresas em má situação financeira acabam por pagar mais. Logo, este aumento na contribuição, foi um primeiro passo, para outros que deverão vir. E a situação das empresas, em termos de juros, considerando que o mercado livre de crédito é de pouco mais do que a metade da oferta de dinheiro no país, para atender a mais de 30 milhões de clientes pessoas jurídicas e pessoas físicas (de grandes corporações a microempreendedores individuais) com a oferta concentrada em seis bancos, levará, obviamente, ao repasse do novo custo para os clientes. Logo, os aumentos de impostos trazem perdas para todos os negócios. Independente de quem perca primeiro. Neste ambiente, as principais tendências que afetarão os seus negócios são as seguintes: • No mercado internacional, apesar da pequena recaída dos EUA no último trimestre, a expansão na Ásia continua firme e avança com as reformas na Índia; na Europa continental, exceto a Ucrânia, que está em guerra civil e a Rússia, pela queda nos preços do petróleo, a economia se recupera, sustentada pela expansão nos meios de pagamentos. • Taxas de juros tendem a continuar baixas no mercado internacional. Juros de 3% a.a nos papéis de 30 anos do Tesouro americano e 0,6% nos Bunds alemães de 10 anos, considerando a inflação potencial no período, oferecem um retorno real de zero, ou abaixo disto. • PIB brasileiro tendendo para - 1% a - 2%, podendo ser menor se as taxas de juros continuarem subindo. Indústria de transformação com queda de 5% no ano. Serviços entre Zero e -1%. Agropecuária crescendo 4,5%. • Mercado bursátil oscilando intensamente, em função do fluxo de capital externo. Tendência baixista, devido aos juros e as incertezas sobre a economia. Oportunidades com quedas substanciais nos preços de alguns papéis para valores abaixo do valor potencial das empresas.

Revista Suma Economica

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Índice

20

Juros básicos a 13,75% ao ano

10 AÇÕES

24

Investidores realizam lucros em maio

Menor déficit comercial

FUNDOS DE INVESTIMENTO Oscilação mantida

Extrativismo e agropecuária são destaques no primeiro trimestre

Suma Economica Revista

Consultoria e Publicações

Análise do comportamento dos setores no PIB

SEGUROS

27 28 37 40

CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIOR

35

26

EVOLUÇÃO E PREVISÕES

Análise do comportamento dos setores no PIB

Extrativismo e agropecuária são destaques no primeiro trimestre

Crescimento progressivo

VENDAS DO COMÉRCIO PRODUÇÃO INDUSTRIAL

30

06

PRINCIPAIS INDICADORES

ISSN 0100-8595 - Edição 445 - Junho de 2015

TAXA DE JUROS

Manufaturados querem ensaiar recuperação

42 43 44

Suma Economica

Estoques altos

ECONOMIA INTERNACIONAL

Crescimento modesto

AGRÍCOLA E COMMODITIES

Superando sete milhões de toneladas

BRIEFINGS ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS ESTATÍSTICA

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TRADUÇÃO: Melanie Siqueira Projeto GrAfico e diagramação: CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br DIRETORIA COMERCIAL: Salete Gondin - salete@sumaeconomica.com.br ATENDIMENTO: Luiz Cláudio - atendimento@suma.com.br

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Mudanças difíceis no curto prazo

THE STATE OF THE ECONOMY Hard changes in the short term

ANÁLISE DA CONJUNTURA Agropecuária e extrativismo sobressaem-se no PIB

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.

DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br

COLABORAÇÃO: Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp

03

O ESTADO DA ECONOMIA

CIRCULAÇÃO: Otacílio Vieira Filho RIO DE JANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648 TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.


The State of the Economy o estado da economia

T

Hard changes in the short term

he latest data on GDP for the first quarter of this year reflect an anticipated reasoning in relation to the downturn in the economy, shown by other leading indicators.

However, a meaningful sized drop, of 3% compared to the same period last year, and the impact on the main activities that generate wealth and make up GDP - agriculture, industry and services – show a structural deterioration in the ability of the country to generate revenues in the near future. Insomuch as the only sectors that continue to show strong growth are agriculture and extractive mineral activity. These products are subject to cycles, alternating few years of strong high prices, and many others of continuous low. At the same time, with rare exceptions, low added-value, high risk, and very low income for entrepreneurs, investors and employees. To elucidate the current status of agriculture and mineral extraction in the generation of income, adding the product of these activities closely results to that of the manufacturing industry (when removing from these activities taxes on the business). In short, that which since the 1950s “cepalinos” economists and the left generally pointed as the major challenge to be overcome by developing countries, i.e., the dependence on mining and agricultural exploitation, is back to reality in Brazil – in a leftist government. And, unfortunately, after developing an efficient manufacturing industry, which has been, year after year, dismantled by a combination of overvalued BRL and high interest rates. In this environment, the first half of 2015 is already over. The second tends to repeat the same situation, although through an improvement perception, due to the increased economic activity by the end of the year. As interest rates have risen, from 7.25% in December 2012 to 13.75%, it was already expected earlier this month for the Central Bank to keep Selic at that level, considering the size of the recession. However, if one takes the latest statements of the institution literally, interest rates will continue to rise “until the financial market projects inflation within the target for 2016”, the size of the recession will exceed 3% of GDP. In Brazil, high interest rates and inflation caused by a public deficit of 6.7% of GDP will only be solved with time and a reduction in the deficit. Therefore, keep raising interest rates to control inflation will show ephemeral results, as it reduces the supply of goods and products in the economy. Hence, the expectation for the second half, if the preannounced increases in the Selic rate are maintained, will be a deepening recession, which will extend through 2016.

Regarding the budget deficit, it is undeniable that the government has made an effort to reduce it, which is indeed not an easy task. It gets worse when a group of PT members, with a short-sighted policy in relation to the difficulties that crosses its government, play against, trying to mark individual positions that could guarantee them an advantage in the future if the program goes wrong. As it is difficult to reduce the deficit and “banks are making lots of money”, taxes were raised, through Social Contribution of financial institutions, with support from some business entities. The increase in taxes, for whichever business, anywhere in the world, is difficult to be reversed. And in general, it is enlarged, so that even companies in poor financial situation end up paying more. Therefore, this increase in contribution was the first step, others are due. Furthermore, considering that the free credit market is a bit more than half of the money supply in the country – to serve over 30 million corporate clients and individuals, from large corporations to individual micro entrepreneurs, and that supply is concentrated in six banks, the new costs will be transferred to customers. Thus, tax increases bring losses to all businesses. Regardless of who first loses.

In this environment, the major trends that will affect your business are as follows: • In the international market, despite the small drop in the US last quarter, the expansion in Asia still goes ahead with reforms in India; in continental Europe, except Ukraine – which is in civil war – and Russia – due to drop in oil prices – the economy is recovering, supported by the expansion in money supply. • Interest rates are likely to continue low in the international market. 3% interest pa in the 30year T-Bonds and 0.6% in German 10-year Bunds, considering the potential inflation in the period, offer a real return of zero, or below it. • Brazil’s GDP tending to -1% to -2% and may be lower if interest rates continue to rise. Manufacturing industry to fall 5% this year. Services between zero and -1%. Agrobusiness growing 4.5%. • Stock exchange market swings intensely, depending on external capital flows. Downward trend due to interest and uncertainty about the economy. Opportunities with substantial declines in the prices of some equity below the potential value of companies.

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5


Principais Indicadores main index

6

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Principais Indicadores main index

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Principais Indicadores main index

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Principais Indicadores main index

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Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IGP-M

IGP-M/FGV

Período

10

Índice

No mês

12 meses

Índice

TBF SELIC TR

No mês

12 meses

Ao Ano

Índice

No mês

12 meses

dez 94 107,45 0,84 1.246,62 - - - - 111,08 2,87 949,76 dez 95 123,82 0,71 15,24 121,01 2,66 - 38,96 138,62 1,34 31,62 dez 96 135,20 0,73 9,19 152,67 1,73 26,16 23,87 151,87 0,87 7,93 dez 97 145,66 0,84 7,74 189,10 2,80 23,86 42,08 166,59 1,31 9,69 dez 98 148,27 0,45 1,79 238,65 2,20 26,20 32,92 179,56 0,74 7,78 dez 99 178,08 1,81 20,11 297,55 1,55 24,68 20,98 189,84 0,30 5,73 dez 00 195,80 0,63 9,95 347,44 1,16 16,76 15,39 193,77 0,10 2,07 dez 01 216,11 0,22 10,37 406,04 1,34 16,87 18,02 198,18 0,20 2,27 dez 02 270,78 3,75 25,30 480,32 1,65 118,29 24,90 203,78 0,36 2,83 dez 03 294,32 0,61 8,69 587,23 1,33 22,26 16,50 213,29 0,19 4,67 dez 04 330,87 0,74 12,42 679,68 1,44 15,74 17,75 217,19 0,24 1,83 dez 05 334,84 -0,01 1,21 804,19 1,41 18,33 18,00 223,35 0,23 2,84 dez 06 347,73 0,32 3,83 921,17 0,96 14,55 13,25 227,90 0,15 2,04 dez 07 374,66 1,76 7,75 1.205,63 0,82 11,49 11,25 231,23 0,06 1,46 dez 08 411,40 -0,13 9,81 1.146,81 1,06 11,81 13,75 234,98 0,21 1,62 dez 09 404,36 -0,26 -1,72 1.255,13 0,71 9,45 8,75 236,46 0,05 0,63 dez 10 450,14 0,69 11,32 1.373,81 0,87 9,46 10,75 238,10 0,14 0,69 dez 11 473,09 -0,12 5,10 1.525,51 0,85 11,04 11,00 240,95 0,09 1,20 dez 12 510,04 0,68 7,82 1.649,82 0,51 8,15 7,25 241,64 0,00 0,29 jun 14 551,40 -0,74 6,25 1.857,56 0,80 9,07 11,00 242,95 0,05 0,54 jul 14 548,04 -0,61 5,33 1.873,91 0,88 9,28 11,00 243,20 0,10 0,62 ago 14 546,56 -0,27 4,88 1.889,09 0,81 9,46 11,00 243,34 0,06 0,68 set 14 547,65 0,20 3,54 1.905,14 0,85 9,66 11,00 243,56 0,09 0,76 out 14 549,18 0,28 2,95 1.921,72 0,87 9,80 11,00 243,80 0,10 0,77 nov 14 554,57 0,98 3,65 1.936,90 0,79 9,92 11,25 243,93 0,05 0,80 dez 14 558,00 0,62 3,69 1.954,33 0,90 10,12 11,75 244,19 0,11 0,86 jan 15 562,25 0,76 3,96 1.971,34 0,87 10,21 12,25 244,41 0,09 0,84 fev 15 563,76 0,27 3,85 1.986,52 0,77 10,24 12,25 244,46 0,02 0,81 mar 15 569,29 0,98 3,15 2.004,79 0,92 10,47 12,75 244,78 0,13 0,91 abr 15 575,95 1,17 3,54 2.022,83 0,90 10,65 12,75 245,05 0,11 0,97 mai 15 578,31 0,41 4,10 2.041,24 0,91 10,77 13,25 245,34 0,12 1,03 PREVISÕES jun 15 580,33 0,35 5,25 2.059,61 0,90 10,88 13,75 245,59 0,10 1,09 jul 15 582,08 0,30 6,21 2.077,74 0,88 10,88 13,75 245,81 0,09 1,08 ago 15 583,24 0,20 6,42 2.096,44 0,90 11,88 14,00 246,06 0,10 1,18 set 15 584,70 0,25 6,98 2.115,52 0,91 11,99 14,00 246,33 0,11 1,23 out 15 587,04 0,40 7,19 2.134,55 0,90 12,04 14,00 246,57 0,10 1,24 nov 15 589,97 0,50 7,43 2.153,98 0,91 12,09 14,00 246,84 0,11 1,25 dez 15 592,63 0,45 6,86 2.173,36 0,90 12,21 14,00 247,09 0,10 1,30 jan 16 596,18 0,60 6,84 2.192,71 0,89 12,20 13,50 247,34 0,10 1,29 fev 16 599,16 0,50 6,57 2.212,00 0,88 12,21 13,50 247,56 0,09 1,29 mar 16 602,46 0,55 6,86 2.231,69 0,89 12,34 13,50 247,81 0,10 1,37 abr 16 605,47 0,50 6,36 2.251,55 0,89 12,31 13,50 248,06 0,10 1,34 mai 16 608,20 0,45 5,60 2.271,82 0,90 12,31 13,50 248,33 0,11 1,34

Revista Suma Economica


Evolução e Previsões - Câmbio

progression & previsions - exchange rates

DÓLAR X EURO

US$-OFICIAL US$-MÉDIO US$-PARALELO

Período Valor Final

No mês

No Ano

12 meses Valor Final

No mês

No Ano

12 meses Valor Final

No mês

12 meses

Ágio

dez 94

0,846

0,10

613,28

613,28

0,850

0,95

598,62

598,62

0,878

2,06

642,7

3,77

dez 95

0,973

0,61

14,98

14,98

0,968

0,52

13,85

13,85

1,000

2,56

13,94

2,83

dez 96 1,039 0,6 6,88 6,88 1,037 0,67 7,15 7,15 1,120 2,28 11,99 7,75 dez 97

1,116

0,59

7,40

7,40

1,114

0,63

7,48

7,48

1,215

4,29

8,48

8,83

dez 98

1,209

0,6249

8,25

8,25

1,206

1,01

8,26

8,26

1,290

3,21

6,16

6,73

dez 99

1,789

-6,95

48,06

48,06

1,843

-4,51

52,75

52,75

1,950

-3,46

51,21

9,00

dez 00

1,955

-0,21

9,30

9,30

1,963

0,77

6,53

6,53

2,180

5,31

11,75

11,49

dez 01

2,320

-8,24

18,69

18,69

2,363

-7,08

20,37

20,37

2,600

-1,52

19,28

12,05

dez 02

3,533

-2,86

52,26

52,26

3,626

1,39

53,43

53,43

3,670

1,94

41,16

3,88

dez 03

2,889

-2,03

-18,23

-18,23

2,925

0,41

-19,32

-19,32

3,000

0,00

-18,26

3,84

dez 04

2,654

-2,81

-8,13

-8,13

2,718

-2,44

-7,08

-7,08

3,030

-0,33

1,00

14,16

dez 05

2,341

6,07

-11,79

-11,79

2,285

3,34

-15,93

-15,93

2,530

3,27

-16,50

8,09

dez 06

2,138

-1,42

-8,67

-8,67

2,150

0,09

-5,91

-5,91

2,300

-4,17

-9,09

7,57

dez 07

1,771

-0,73

-17,17

-17,17

1,786

0,90

-16,93

-16,93

2,000

0,00

-13,04

12,91

dez 08

2,337

0,17

31,96

31,96

2,394

5,69

34,04

34,04

2,500

11,11

25,00

6,97

dez 09

1,741

-0,51

-25,50

-25,50

1,750

0,81

-26,90

-26,90

1,860

0,54

-25,60

6,82

dez 10

1,666

-2,91

-4,31

-4,31

1,693

-1,17

-3,26

-3,26

1,820

0,00

-2,15

9,24

dez 11

1,876

3,59

12,61

12,61

1,837

2,62

8,51

8,51

2,030

5,18

11,54

8,22

dez 12

2,043

-3,04

8,90

8,90

2,078

0,48

13,12

13,12

2,180

-3,54

7,39

6,70

dez 13

2,343

0,77

14,68

14,68

2,345

2,18

12,85

12,85

2,520

1,20

15,6

7,55

jul 14

2,267

2,95

-3,24

-1,00

2,225

-0,45

-5,12

-1,20

2,450

3,81

0,41

8,07

ago 14

2,240

-1,19

-4,40

-5,56

2,268

1,93

-3,28

-3,16

2,390

-2,45

-5,53

6,69

set 14

2,451

9,42

4,61

9,91

2,333

2,86

-0,51

2,78

2,640

10,46

10,92

7,71

out 14

2,444

-0,28

4,31

10,94

2,448

4,93

4,39

11,83

2,590

-1,89

8,82

5,97

nov 14

2,560

4,74

9,26

10,11

2,548

4,08

8,66

11,02

2,750

6,18

10,44

7,42

dez 14

2,656

3,75

13,36

13,36

2,639

3,57

12,54

12,54

2,860

4,00

13,49

7,68

jan 15

2,662

0,22

0,23

9,73

2,634

-0,19

-0,19

10,58

2,860

0,00

10,00

7,44

fev 15 2,878 8,11

8,36 23,36 2,816 6,91 6,71 18,12 3,060 6,99 22,89 6,32

mar 15

3,208

11,46

20,78

41,76

3,139

11,47

18,95

34,95

3,400

11,11

40,50

5,98

abr 15

2,994

-6,67

12,73

33,90

3,043

-3,06

15,31

3,21

3,210

-5,59

34,31

7,21

mai 15

3,179

6,18

19,69

41,98

3,062

0,62

16,03

37,87

3,370

4,98

39,26

6,01

PREVISÕES jun 15

3,150

-0,91

18,60

43,05

3,155

3,04

19,55

41,16

3,350

-0,59

41,95

jul 15

3,155

0,16

18,79

39,17

3,150

-0,16

19,36

41,57

3,360

0,30

37,14

6,50

ago 15

3,160

0,16

18,98

41,07

3,150

0,00

19,36

38,89

3,360

0,00

40,59

6,50 6,50

6,50

set 15

3,170

0,32

19,35

29,33

3,165

0,48

19,93

35,66

3,380

0,60

28,03

out 15

3,180

0,31

19,73

30,11

3,170

0,16

20,12

29,49

3,390

0,30

30,89

6,50

nov 15

3,185

0,16

19,92

24,41

3,180

0,31

20,50

24,80

3,390

0,00

23,27

6,50

dez 15

3,190

0,16

20,11

20,11

3,185

0,16

20,69

20,69

3,400

0,29

18,88

6,50

jan 16

3,200

0,31

0,31

20,21

3,190

0,16

0,16

21,11

3,410

0,29

19,23

6,50

fev 16

3,210

0,31

0,63

11,54

3,205

0,47

0,63

13,81

3,420

0,29

11,76

6,50

mar 16

3,220

0,31

0,94

0,37

3,210

0,16

0,78

2,26

3,430

0,29

0,88

6,50

abr 16

3,225

0,15

1,10

7,72

3,220

0,31

1,10

5,82

3,430

0,00

6,85

6,50

mai 16

3,230

0,15

1,25

1,60

3,225

0,15

1,10

5,32

3,440

0,29

2,08

6,50

Revista Suma Economica

11


Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IPCA

INPC

Período

12

Índice

No mês

IPCA

12 meses

Índice

No mês

DIEESE

12 meses

Índice

No mês

IPC - FIPE

12 meses

Índice

No mês

dez 94 1.029,32 1,70 929,32 1.016,43 1,71 916,43 110,23 2,37 1.082,94 118,30 1,25 dez 95 1.255,58 1,65 21,98 1.244,20 1,56 22,41 161,15 1,89 46,19 145,71 1,21 dez 96 1.370,05 0,33 9,12 1.363,20 0,47 9,56 183,81 0,38 14,07 160,34 0,17 dez 97 1.429,51 0,57 4,34 1.434,42 0,43 5,22 195,05 0,18 6,11 168,07 0,57 dez 98 1.465,07 0,42 2,49 1.458,17 0,33 1,66 195,97 0,15 0,47 165,07 -0,12 dez 99 1.588,58 0,74 8,43 1.588,53 0,60 8,94 214,73 0,80 9,57 179,32 0,49 dez 00 1.672,33 0,55 5,27 1.683,43 0,59 5,97 230,22 0,82 7,21 187,18 0,26 dez 01 1.830,22 0,74 9,44 1.812,61 0,65 7,67 251,93 -0,16 9,43 200,51 0,25 dez 02 2.100,00 2,70 14,74 2.039,73 2,10 12,53 284,51 2,39 12,93 220,40 1,83 dez 03 2.318,06 0,54 10,38 2.229,43 0,52 9,30 311,69 0,32 9,55 238,40 0,42 dez 04 2.460,23 0,86 6,13 2.398,88 0,86 7,60 335,68 0,54 7,70 254,06 0,67 dez 05 2.584,41 0,40 5,05 2.535,37 0,36 5,69 350,90 0,19 4,53 265,55 0,29 dez 06 2.657,12 0,62 2,81 2.615,02 0,48 3,14 359,89 0,65 2,56 272,30 1,04 dez 07 2.794,11 0,97 5,16 2.731,58 0,74 4,46 377,15 1,09 4,79 284,21 0,82 dez 08 2.975,21 0,29 6,48 2.892,81 0,28 5,90 400,83 0,10 6,28 301,75 0,16 dez 09 3.097,60 0,24 4,11 3.017,55 0,37 4,31 417,02 0,08 4,04 312,76 0,18 dez 10 3.297,87 0,60 6,47 3.195,86 0,63 5,91 445,82 0,65 6,91 332,82 0,54 dez 11 3.498,38 0,51 6,08 3.403,69 0,50 6,50 473,04 0,50 6,11 352,14 0,61 dez 12 3.715,20 0,74 6,20 3.602,42 0,79 5,84 503,34 0,43 6,41 370,14 0,78 dez 13 3.921,86 0,72 5,56 3.815,35 0,92 5,91 533,69 0,44 6,03 384,54 0,65 jun 14 4.070,40 0,26 6,06 3.958,28 0,40 6,52 555,77 0,00 6,18 396,29 0,04 jul 14 4.075,69 0,13 6,33 3.958,68 0,01 6,50 559,55 0,68 6,81 396,93 0,16 ago 14 4.083,03 0,18 6,35 3.968,57 0,25 6,51 559,66 0,02 6,73 398,28 0,34 set 14 4.103,04 0,49 6,59 3.991,20 0,57 6,75 560,95 0,23 6,72 399,11 0,21 out 14 4.118,63 0,38 6,34 4.007,96 0,42 6,59 563,75 0,50 6,58 400,59 0,37 nov 14 4.140,46 0,53 6,33 4.028,40 0,51 6,56 566,68 0,52 6,65 403,35 0,69 dez 14 4.166,13 0,62 6,23 4.059,82 0,78 6,41 569,63 0,52 6,73 404,56 0,30 jan 15 4.227,79 1,48 7,13 4.110,16 1,24 7,14 574,47 0,85 5,58 411,12 1,62 fev 15 4.276,83 1,16 7,68 4.160,31 1,22 7,70 582,51 1,40 6,41 416,13 1,22 mar 15 4.341,41 1,51 8,42 4.215,22 1,32 8,13 589,85 1,26 6,89 419,05 0,70 abr 15 4.372,23 0,71 8,34 4.245,15 0,71 8,17 593,10 0,55 6,87 423,66 1,10 PREVISÕES mai 15 4.391,91 0,45 8,18 4.264,25 0,45 8,16 596,06 0,50 7,25 425,56 0,45 jun 15 4.416,06 0,55 8,49 4.285,57 0,50 8,27 598,45 0,40 7,68 427,05 0,35 jul 15 4.435,94 0,45 8,84 4.304,86 0,45 8,74 601,14 0,45 7,43 428,76 0,40 ago 15 4.453,68 0,40 9,08 4.326,38 0,50 9,02 603,55 0,40 7,84 430,26 0,35 set 15 4.469,27 0,35 8,93 4.343,69 0,40 8,83 606,26 0,45 8,08 431,77 0,35 out 15 4.487,14 0,40 8,95 4.363,24 0,45 8,86 609,29 0,50 8,08 433,49 0,40 nov 15 4.507,34 0,45 8,86 4.382,87 0,45 8,80 612,03 0,45 8,00 435,44 0,45 dez 15 4.525,37 0,40 8,62 4.398,21 0,35 8,34 615,09 0,50 7,98 437,40 0,45 jan 16 4.547,99 0,50 7,57 4.420,20 0,50 7,54 619,09 0,65 7,77 438,93 0,35 fev 16 4.575,28 0,60 6,98 4.446,72 0,60 6,88 623,43 0,70 7,02 440,47 0,35 mar 16 4.602,73 0,60 6,02 4.471,18 0,55 6,07 627,48 0,65 6,38 442,23 0,40 abr 16 4.628,05 0,55 5,85 4.495,77 0,55 5,90 631,56 0,65 6,48 443,78 0,35

Revista Suma Economica

12 meses 941,25 23,17 10,04 4,83 -1,79 8,64 4,38 7,13 9,92 8,17 6,57 4,53 2,54 4,37 6,17 3,65 6,41 5,80 5,11 3,89 5,06 5,36 5,49 5,45 5,33 5,57 5,21 5,92 6,65 6,61 7,21 7,43 7,76 8,02 8,03 8,18 8,21 7,96 8,12 6,77 5,85 5,53 4,75


Evolução e Previsões - Inflação progression & previsions - inflation

IGP-DI

IGP - FGV

Período

Índice

No mês

IPA - FGV

12 meses

Índice

No mês

IPC - FGV

12 meses

Índice

No mês

INCC - FGV

12 meses

Índice

No mês

12 meses

dez 94 107,32 0,57 1.092,67 107,01 0,17 1.029,19 108,58 1,11 1.240,92 105,48 1,32 dez 95 123,10 0,27 14,71 113,84 -0,61 6,38 136,71 1,57 25,91 138,68 0,86 dez 96 134,62 0,88 9,36 123,06 1,21 8,10 152,22 0,44 11,34 151,94 0,59 dez 97 144,70 0,69 7,49 132,65 0,87 7,80 163,23 0,56 7,23 162,29 0,23 dez 98 147,17 0,98 1,71 134,64 1,74 1,50 165,96 0,09 1,67 166,76 0,05 dez 99 176,59 1,23 19,98 173,53 1,60 28,88 181,08 0,60 9,11 182,11 1,04 dez 00 193,89 0,76 9,80 194,46 0,85 12,06 192,34 0,62 6,21 196,06 0,64 dez 01 214,07 0,18 10,41 217,57 -0,09 11,88 207,61 0,70 7,94 213,40 0,34 dez 02 270,62 2,70 26,42 294,62 3,14 35,41 232,83 1,94 12,15 240,86 1,70 dez 03 291,37 0,60 7,67 313,10 0,74 6,27 253,60 0,43 8,92 275,59 0,16 dez 04 326,71 0,52 12,13 359,08 0,48 14,68 269,53 0,63 6,28 306,02 0,51 dez 05 330,74 0,07 1,23 355,62 -0,14 -0,96 282,81 0,46 4,93 326,92 0,37 dez 06 343,26 0,26 3,78 370,93 0,11 4,31 288,65 0,63 2,06 343,38 0,36 dez 07 370,37 1,47 7,90 405,92 1,90 9,43 301,96 0,70 4,61 364,54 0,59 dez 08 404,10 -0,44 9,11 445,59 -0,88 9,77 320,28 0,52 6,07 407,78 0,17 dez 09 398,30 -0,11 -1,44 427,39 -0,29 -4,09 332,86 0,24 3,93 421,06 0,10 dez 10 443,33 0,38 11,31 486,51 0,21 13,83 353,59 0,72 6,23 453,78 0,67 dez 11 465,55 -0,16 5,01 506,53 -0,55 4,12 376,07 0,79 6,36 487,73 0,11 dez 12 503,37 0,66 8,13 554,19 0,74 9,41 397,44 0,66 5,68 523,44 0,16 dez 13 531,17 0,69 5,52 582,25 0,78 5,06 419,84 0,69 5,64 565,78 0,10 jun 14 542,34 -0,63 5,78 587,18 -1,21 5,24 437,43 0,33 6,55 595,07 0,66 jul 14 539,36 -0,55 5,05 581,25 -1,01 3,97 437,86 0,10 6,84 599,54 0,75 ago 14 539,69 0,06 4,64 581,48 0,04 3,41 438,30 0,10 6,73 600,02 0,08 set 14 539,80 0,02 3,25 580,43 -0,18 1,30 440,45 0,49 6,94 600,92 0,15 out 14 542,98 0,59 3,21 584,67 0,73 1,32 442,34 0,43 6,81 601,94 0,17 nov 14 549,17 1,14 4,10 593,09 1,44 2,66 445,22 0,65 6,78 604,59 0,44 dez 14 551,26 0,38 3,78 594,87 0,30 2,17 448,56 0,75 6,84 605,07 0,08 jan 15 554,95 0,67 4,06 596,24 0,23 2,28 456,32 1,73 7,62 610,64 0,92 fev 15 557,89 0,53 3,73 598,68 0,41 1,68 460,74 0,97 7,96 612,53 0,31 mar 15 564,65 1,21 3,45 606,10 1,24 1,01 467,24 1,41 8,56 616,33 0,62 abr 15 569,84 0,92 3,94 612,83 1,11 1,86 470,09 0,61 8,38 619,16 0,46 PREVISÕES mai 15 572,46 0,46 4,89 614,98 0,35 3,47 473,15 0,65 8,52 622,57 0,55 jun 15 574,55 0,36 5,94 616,51 0,25 5,00 475,51 0,50 8,71 626,62 0,65 jul 15 576,30 0,30 6,85 617,44 0,15 6,23 478,13 0,55 9,20 629,75 0,50 ago 15 577,89 0,28 7,08 618,06 0,10 6,29 480,76 0,55 9,69 632,90 0,50 set 15 579,79 0,33 7,41 619,60 0,25 6,75 482,92 0,45 9,64 635,75 0,45 out 15 582,08 0,39 7,20 622,08 0,40 6,40 484,85 0,40 9,61 637,97 0,35 nov 15 584,85 0,47 6,50 625,19 0,50 5,41 487,03 0,45 9,39 640,52 0,40 dez 15 587,57 0,46 6,59 627,38 0,35 5,47 490,44 0,70 9,34 643,41 0,45 jan 16 590,80 0,55 6,46 629,89 0,40 5,64 494,86 0,90 8,45 645,98 0,40 fev 16 592,78 0,33 6,25 631,46 0,25 5,48 497,33 0,50 7,94 648,24 0,35 mar 16 594,91 0,36 5,36 633,36 0,30 4,50 499,57 0,45 6,92 651,16 0,45 abr 16 597,20 0,39 4,80 635,26 0,30 3,66 502,32 0,55 6,86 653,76 0,40

1.030,25 31,48 9,56 6,81 2,76 9,20 7,66 8,85 12,87 14,42 11,04 6,83 5,04 6,16 11,86 3,25 7,77 7,48 7,32 8,09 7,22 7,51 7,27 6,97 6,87 6,97 6,94 6,99 6,97 7,33 6,88 5,31 5,30 5,04 5,48 5,80 5,99 5,94 6,34 5,79 5,83 5,65 5,59

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Análise da Conjuntura conjuncture analisys

Agropecuária e Extrativismo sobressaem-se no PIB A figura 1 na abertura desta análise apresenta a evolução do PIB no primeiro trimestre deste ano. E, o box da tabela inferior mostra, em separado e em reais, a produção de riquezas e o consumo no Brasil

C

omo se pode constatar, no primeiro trimestre o total de riquezas produzidas foi de R$ 1,2 trilhão, enquanto o consumo foi de R$ 1,4 trilhão, sendo que, deste total, o governo foi responsável por R$ 273 bilhões. Ou seja, em um trimestre de “aperto nas despesas públicas”, o consumo do governo foi maior do que todo o valor gerado pelas indústrias do país. Só isto é suficiente para considerar que aumentos de impostos - sobre qualquer setor que produza riquezas terá por fim perpetuar e aumentar os gastos do governo. Como é difícil reduzir despesas do governo, em razão de os beneficiados só olharem os seus próprios interesses, sem preocupação com o todo, e a carga tributária ser imensa, fica claro que a redução do déficit público, que alimenta a inflação, vai exigir muitos anos. Ao mesmo tempo, uma política de juros altos - como a que fez o Brasil perder a década de 1980, enquanto a

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inflação continuava subindo - não terá sucesso duradouro no controle dos preços. Mas repetirá a recessão e os anos perdidos, em 2015 e 2016. Provavelmente com um respiro em 2017 e, certamente, um aumento de gastos e maior expansão da economia em 2018, por ocasião das eleições. Outra observação importante é que o total de gastos do governo e o aumento dos impostos reduzem a alocação de recursos das empresas em formação bruta de capital fixo (máquinas, equipamentos e qualquer investimento que permite a criação de valor). Isto, combinado aos juros altíssimos, que impedem as empresas de utilizarem capital de terceiros para alavancarem os seus investimentos, geram um círculo vicioso - que já dura desde o fim da década de 1970 em que as indústrias nacionais perdem competitividade relativa, em escala e modernização dos equipamentos, em comparação às empresas de outros países.


Análise da Conjuntura

conjuncture analisys

Somado a isto, a prática de uma taxa de câmbio irreal faz com que o Brasil, pouco a pouco, esteja se transformando em uma economia exportadora de produtos agrícolas e minerais. Comparação entre a indústria de transformação e a soma da agropecuária e a indústria extrativa, no primeiro trimestre de 2015 A figura 2 apresenta uma comparação, por geração de riquezas, entre a indústria de transformação e a agropecuária, somada com as atividades extrativas. Como se pode observar, no primeiro trimestre de 2015 a soma do PIB da agropecuária com extrativa é maior do que o da indústria de transformação. Este resultado, no decorrer do ano, deve mudar, considerando que a queda da indústria de transformação no primeiro trimestre foi muito forte: - 7%. E a indústria tende a se recuperar nos próximos meses, por razões sazonais e pela desvalorização do real. Contudo, a mudança será pequena e o mais importante é o que destaca a figura: o total de riquezas da indústria de transformação é menor do que o gerado pela soma da agropecuária e indústria extrativa. Isto nos leva a duas conclusões: 1. A primeira é a de que a estrutura produtiva do país, de certa forma, volta ao início dos anos 1950. 2. A segunda é a de que não adianta chorar. E que as oportunidades a serem exploradas nos próximos anos estarão cada vez mais voltadas para as atividades ligadas - direta ou indiretamente - à agropecuária e à indústria extrativa e na logística, nos serviços e na indústria de transformação dos produtos desta área, onde haja capital para se organizar um arranjo produtivo com capacidade para competir em âmbito internacional. Na agropecuária, os complexos de carnes e de soja são extremamente competitivos. Porém, existem muitas

oportunidades atraentes, em diferentes setores das atividades primárias, para se organizar a estrutura de produção e distribuição, a custos atraentes, para o mercado interno e externo. Na indústria extrativa mineral, petróleo e minério de ferro são e continuarão sendo as grandes estrelas O petróleo, mesmo com a queda de preços (atualmente em recuperação), com todo o escândalo do Lava Jato e com os problemas na cadeia de fornecedores da Petrobras, continuou crescendo no primeiro semestre deste ano. E, como mostra a figura 3, a participação de petróleo e gás, na estrutura de oferta de energia, até 2030, continua firme. Perceba, nesta mesma figura, que mesmo o carvão, que é uma energia mais antiga e altamente poluente, cai pouco em relação à oferta atual, por um motivo simples: não existe outra oferta de energia suficiente, considerando o aumento na demanda, para atender o consumo. A conclusão das projeções para oferta de energia para os próximos anos é que todas as fontes de energia serão competitivas devido ao impressionante crescimento na demanda. Perceba na mesma figura 3 que o crescimento das energias alternativas é muito forte, mas continuará atendendo a uma parte pequena da demanda. Por outro lado, a energia atômica e a hidráulica, embora sejam limpas, ficam quase estáveis, devido a restrições políticas. O minério de ferro, por sua vez, continua atraente, devido à evolução tecnológica do aço, que faz com que o seu preço continue competitivo em relação aos seus potenciais substitutos. Na década de 1970 já se dizia que em 10 anos o aço tornar-se-ia obsoleto, pela concorrência dos polímeros e outros materiais. Passados quase 50 anos, algumas substituições realmente ocorreram, em partes

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dos automóveis e em outros produtos, mas a evolução do aço em aumento da resistência, menor peso e menor preço fazem com que o minério de ferro tenha vida longa.

Os grandes problemas para o futuro dos empregos e das oportunidades na indústria (que proporcionalmente é a maior fonte de arrecadação de tributos no país) são:

O futuro da indústria de transformação no Brasil

1. O tempo que ocorrerá entre o câmbio ficar competitivo para as exportações de produtos brasileiros (e evitar as importações) e;

As indústrias de transformação, que processem insumos agropecuários, petróleo ou aço, e que tenham acesso a capital externo, cujo custo é substancialmente mais baixo do que no Brasil, estarão em uma posição favorável no decorrer dos próximos anos, principalmente as ligadas ao petróleo, com ou sem reserva de conteúdo nacional, se tiverem uma estrutura de capital de terceiros a baixo custo e acesso a tecnologia de ponta. Havendo reserva de conteúdo local, a competitividade e a rentabilidade serão atraentes. Por outro lado, a falta de uma política industrial no país, o real supervalorizado e os juros altos continuarão sendo um entrave ao desenvolvimento da indústria. Entretanto, a indústria brasileira ainda mantém uma importante base instalada. E, no topo, possui quadros bem formados, tanto na parte de engenharia quanto em administração, com capacidade de fazer a produção crescer, se o câmbio for competitivo e houver acesso a dinheiro com um custo que permita a modernização do parque industrial. Existe um problema, em todo o país, na qualificação técnica das linhas de produção, em razão do ensino básico ser muito deficiente, o que a indústria aprendeu a superar, a um alto custo, treinando o pessoal para tarefas específicas. No curto prazo, a desvalorização do real dará um fôlego para a indústria que, com a queda de -7% no primeiro trimestre, deve ter chegado ao fundo do poço, embora não se deva subestimar a capacidade dos juros em alta continuarem a derrubar a produção e o consumo.

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2. A disponibilidade de dinheiro com um custo similar, ou próximo, ao que os concorrentes podem obter no mercado internacional. O câmbio, pouco a pouco, vai se ajustando, embora a política errática adotada para o controle da inflação possa fazer, a qualquer momento, que o real volte a ficar supervalorizado. Contudo, acesso a recursos competitivos, no horizonte dos próximos dois anos, (ou mais) considerando a atual política antiinflacionária, será difícil no mercado interno, o que faz com que as empresas multinacionais e as nacionais com acesso ao crédito externo, neste ambiente, levem uma grande vantagem competitiva. O setor de serviços Este setor engloba um imenso número de atividades. A figura 4 apresenta a riqueza gerada pelos principais segmentos de serviços em comparação com a indústria de transformação, no ano passado. Como se pode observar, só as atividades de comércio, somadas à saúde e à educação pública, representam quase 30% do PIB no país, enquanto toda a indústria de transformação gerou apenas 10,9% das riquezas, no mesmo período. Educação e saúde (pública e privada) são os segmentos que mais crescem em termos de participação na renda e na oferta de empregos no Brasil e em todo o mundo.


Análise da Conjuntura

conjuncture analisys

A complexidade, a especialização e a inovação fazem com que os investimentos em educação, tanto por parte dos governos quanto das famílias, sejam cada vez maiores, o que tem feito com que as oportunidades nesta área estejam entre as mais atraentes. Ao mesmo tempo, novos hábitos e a evolução da medicina têm melhorado a saúde física e mental de uma enorme quantidade da população mundial, que continua produtiva por mais tempo e vida longa. Como consequência, os investimentos nos mais diferentes negócios ligados à saúde, seja na pesquisa de novas moléculas e medicamentos, seja em equipamentos, formação de pessoal e todo o complexo ligado à vida, crescem a uma velocidade impressionante. Estas são as duas áreas mais atraentes para investimentos. No Brasil e em todo o mundo. Logística A figura 5 apresenta a participação dos setores de transportes, armazenagens e afins no PIB, e a compara outros segmentos da economia. Os negócios de logística estão sofrendo muito neste primeiro semestre, pela redução das atividades em todas as áreas da economia, o que impacta na movimentação de cargas e armazenagens. O setor, no decorrer dos últimos anos, obteve bom crescimento. Porém, continua abaixo do seu produto potencial, que depende da recuperação da indústria de transformação e da maior inserção do Brasil no comércio internacional. A economia moderna exige movimentação mais rápida de um volume crescente de cargas e mais espaços de armazenagens para transferências, movimentação e hubs de logística. Na última década, o transporte de cabotagem tem ensaiado um retorno, que pode ser significativo, e existem importantes projetos e novos investimentos em ferrovias e hidrovias. Contudo, considerando a velocidade que os projetos são aprovados e os investimentos implantados no Brasil, o caminhão continuará a ser, por muitos e muitos anos, a espinha dorsal da logística no país. A desvalorização do real, considerando que seja mantida, levará a um aumento das exportações e a uma redução, no decorrer dos próximos doze meses, nas importações, devido ao câmbio e à recessão em curso, que provoca uma queda de demanda por produtos importados. Nos anos seguintes, como o comércio internacional é uma via de mão dupla, exportações e importações tendem a continuar crescendo, como ocorre em todo o mundo, fazendo com que o volume de cargas cresça, proporcionalmente,

foto: DNIT

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Análise da Conjuntura conjuncture analisys

mais do que o PIB. Em um país continental, a movimentação de insumos e mercadorias do interior ao litoral continuará aumentando o faturamento global das empresas.

algumas linhas, por produtos nacionais. Contudo, uma parte expressiva dos importados só será substituída se a cotação real/dólar superar os R$ 4,00, o que atualmente é inviável.

Este setor, embora apresente um potencial de crescimento e renda menor que educação e saúde, é uma opção atraente.

Além disso, como o Brasil continua muito fechado à economia mundial, para crescer precisará de se integrar as cadeias internacionais de valor. Logo, manter aberto o canal com importadores e fabricantes internacionais é crucial para o sucesso de qualquer atacadista.

Comércio A participação do comércio no PIB cresceu muito no decorrer dos últimos anos, motivado pelo aumento na renda das classes C, D e pela expansão do crédito para todas as classes. O aumento na renda do comércio foi ainda impulsionado pelas importações de bens de consumo a um custo significativamente mais baixo do que os produtos nacionais. Inicialmente nas linhas de menor valor, e, em seguida, os importados passaram a competir com os produtos nacionais em quase todos os segmentos de valor, o que aumentou expressivamente a rentabilidade do setor. Em um ambiente recessivo, com retração do consumo e com aumento nos preços na reposição dos estoques, o setor atravessa um ano difícil. A situação no primeiro semestre do próximo ano será um pouco melhor, mas longe dos resultados de anos anteriores. Contudo, passada a crise, o segmento mantém oportunidades de crescimento. Entretanto, no varejo, a competição será cada vez mais feroz, o que reduzirá as margens das empresas que não se adequarem aos novos tempos, em que a demanda não crescerá tão rápido e a gestão de capital de giro será tão importante quanto a exposição de produtos e o atendimento. Práticas comerciais, há décadas utilizadas nos EUA, como as reais liquidações de estoque, que disponibilizam capital de giro e eliminam os produtos de menor giro, enquanto geram intensa movimentação nas lojas por conta das trocas, colocando o potencial consumidor frente a frente com novas opções e coleções, atualmente só são usadas no Brasil por poucas redes de eletrodomésticos. O varejo, no exterior, tem sido bombardeado pelos canais de vendas diretas, e tem mudado radicalmente a forma com que o comércio - mesmo nos pontos de vendas interage através das novas tecnologias, mídias e aparelhos móveis com os seus consumidores. No Brasil, exceto por experiências isoladas, o comércio tem passado ao largo destas mudanças, o que deixa um imenso espaço aberto para as vendas diretas, pela internet, por representantes porta a porta e por outros canais. Quanto ao atacado, a integração de linhas de produtos nacionais e importados é uma tendência que veio para ficar. Passado o primeiro susto com a desvalorização do real e o aumento nos preços dos importados, haverá a substituição, em

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Construção Civil e Atividades Imobiliárias A Construção Civil sempre foi o “patinho feio” da indústria e sofreu muito no decorrer das décadas de 1980 e 1990. Só nos últimos cinco anos é que o setor conseguiu recuperar a sua participação no PIB, devido à expansão nos financiamentos imobiliários e à queda na inflação, que gerava nos compradores a confiança de que poderiam quitar as prestações dos imóveis comprados. No decorrer de 2014, com a subida abrupta dos juros e a contenção dos financiamentos imobiliários, a expectativa para o setor era de uma retração que já começaria no primeiro trimestre deste ano. Apesar disto, esta indústria cresceu, como pode ser visto na figura 6. O complexo da indústria de construção e das atividades imobiliárias (que são parte do setor de serviços) representam, em conjunto, aproximadamente 17% do PIB. O que não é pouco! Nos últimos anos de bonança, subsistiram - e tendem a continuar subsistindo - empresas de todos os portes e todos os tipos de tecnologia. Algumas cresceram com o uso de novas tecnologias de construção, como a MRV (entre outras), que conseguem ganhar dinheiro até com o programa do Minha Casa, Minha Vida, onde é baixíssimo o preço das habitações, o que exige controles de custos, qualidade e prazos, que não são comuns nas construções brasileiras. Os anos de 2015 e 2016 serão difíceis para o setor. Contudo, considerando déficit existente de moradias, com a queda da inflação e o retorno do crédito, os negócios neste segmento tendem a crescer. Entretanto, parte expressiva dos ganhos ficará com as empresas e investidores que atuam nas áreas de serviços ligadas às atividades imobiliárias. Bancos e intermediação financeira Este é um jogo para poucos. Entretanto, o setor merece ser acompanhado com atenção pelos investidores, pois é cada vez mais atraente. O mercado continua se concentrando. A figura 7 apresenta a participação dos maiores bancos do país, nos ativos totais do sistema financeiro, de 1990 até o ano de 2014. Em 1995 os ativos totais dos 6 maiores bancos eram 51% do sistema. Em 2014 era 78,2%.


Análise da Conjuntura

conjuncture analisys

E a tendência é a continuidade da concentração Independente de o HSBC sair, ou não, do mercado brasileiro. Embora, obviamente, a sua saída acelere o processo. Ganhos de escala reduzem os custos e aumenta a força dos bancos em todos os seus canais de distribuição. De seguros a cartões de crédito, de poupança a capitalização e bilhetes de loteria, a concentração bancária alavanca o potencial e a rentabilidade dos pontos de contato com os clientes e facilitam as vendas cruzadas de produtos financeiros e correlatos. A consequência, naturalmente, é a expansão dos lucros dos bancos, que, mesmo no caso de uma queda fortíssima nos juros - que não está no horizonte poderiam manter os seus spreads e teriam espaço para expandir as receitas de serviços, que já são altas, mas poderiam ser aumentadas com pouco atrito e resistência dos clientes, desde que os lucros das empresas e a economia estejam crescendo. Outra questão importante, que prejudica aos bancos e às empresas não financeiras, é a existência de dois mercados de crédito no país. Um de créditos direcionados e outro que funciona como um mercado livre. Se o volume de créditos direcionados fosse pequeno, o impacto sobre a economia seria pouco significativo. O problema é que o total do dinheiro direcionado é quase do tamanho do mercado de crédito livre. Os escândalos envolvendo recursos direcionados - e em particular o BNDES, que foi recentemente forçado pela justiça a abrir informações sobre os seus empréstimos - levam a acreditar que é questão de tempo até que ocorra uma reorganização dos mercados e do próprio BNDES. Com o governo federal possuindo o controle do Banco do Brasil e 100% da Caixa, ambos com excepcional capacidade de distribuição e um corpo de funcionários bem treinados, o BNDES passa a ser uma instituição anacrônica, que foi necessária no fim dos anos 1950 e 60, mas que perdeu a sua razão de ser, na estrutura atual da economia brasileira. A transformação do BNDES em uma instituição democrática e moderna, com a distribuição de recursos ancorado no BB e, ou na Caixa e demais instituições financeiras, públicas ou privadas, permitiria uma alavancagem impressionante das pequenas e médias empresas, que são a estrutura dorsal da produção e do emprego no país. Esta será, provavelmente, a mais importante mudança nos sistema financeiro brasileiro que pode ocorrer no decorrer desta década. E, ocorrendo, aumentará significativamente o mercado de crédito. Revista Suma Economica

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Taxa de Juros interest rates

Juros básicos a 13,75% ao ano O Banco Central elevou a taxa básica de juros a 13,75% ao ano, a partir do início de junho. Este é o maior patamar desde agosto de 2006, quando estava em 4,25%. E, provavelmente, será igualada, ou ficará um pouco abaixo, no próximo mês VARIAÇÃO ANUAL DA SELIC

A

decisão de subir os juros desta forma é corajosa e ousada, embora pouco prudente. Sendo de apenas 52% o mercado de crédito livre, os aumentos nos juros básicos refletem-se com força neste mercado, enquanto que, no mercado de crédito direcionado o impacto é pequeno. O resultado é uma dose cavalar de juros para a espinha dorsal da economia brasileira, que são as pequenas e médias empresas, que não tem acesso ao crédito externo e, pouco, ao crédito subsidiado.

comparado com 2014. E de aproximadamente o dobro - R$ 220 bilhões - quando comparado com o produto potencial da economia para 2015, com um crescimento de 1,5% a 2%, em que a inflação continuaria no mesmo patamar, e recuaria no próximo ano para 6,5% a 7%, com a manutenção do aperto nas contas públicas. Ou seja, teremos uma recessão muito forte para um ganho pequeno em termos de inflação. Concentração bancária

O processo recessivo tende a se aprofundar. Entretanto, na melhor das hipóteses, a inflação medida pelo IPCA fica abaixo da média de 5,5% a 6,5% neste ano, com o que teremos uma recessão muito forte, para uma queda de 1,5% a 2% na inflação, em média móvel de 12 meses. Em suma, teremos uma retração do PIB neste ano, que representará uma perda de riquezas de aproximadamente R$ 110 bilhões (2%) quando

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A saída do HSBC do mercado brasileiro parece próxima. Com o que, cinco bancos (Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) concentrarão 80% dos ativos financeiros no Brasil. A concentração bancária ocorre no país desde o fim da década de 1950 e é uma tendência em todo o mundo. Os ganhos de escala no mercado internacional foram em grande parte distribuídos


Taxa de Juros interest rates

aos usuários de serviços financeiros na forma de juros menores. No Brasil, o ganho de escala tem sido apropriado pelo governo que, logo após os bancos conseguirem reduzir os seus custos, aumenta os impostos sobre as atividades financeiras. O aumento da CSLL, portanto, é uma continuidade do que tem sido feito há muitos anos. Parte deste custo adicional será coberto com os ganhos de escala e parte será transferido para os clientes. Portanto, a principal causa da redução na rentabilidade dos bancos em 2015, provavelmente, será a menor expansão no crédito para empresas e

pessoas físicas, onde as margens são mais atraentes do que os 13,75% a.a., da Selic, embora a margem da alocação de dinheiro em títulos públicos, em um mercado recessivo, seja excepcional. Juros no mercado internacional Os principais fatos que influenciarão o mercado de juros internacionais nos próximos meses são: recuperação mais lenta do que o esperado na economia americana; Banco Central Europeu com um generoso “quantitative easing”, colocando mais 60 bilhões de euros no mercado a cada mês; China injetando dinheiro na economia para fomentar o mercado interno; Japão com excesso de liquidez; Inflação baixíssima e medo da deflação na maior parte do mundo.

Revista Suma Economica

21




Ações stocks

Investidores realizam lucros em maio No mês de maio, foi negativo o resultado dos investimentos em bolsa. O índice Bovespa fechou o mês aos 52.760 pontos, uma queda de 6,2%. Foi o pior desempenho mensal neste ano. EVOLUÇÃO DA BOVESPA

O

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desempenho ruim da bolsa, no mês passado, foi determinado pela realização dos lucros obtidos em abril, quando foi forte a valorização da maior parte das ações.

agressivos) para fazer caixa e avaliar melhor os setores e as empresas em que investir foram decisões sensatas.

O fato de o governo estar dando sinais de adotar uma política fiscal ainda mais rigorosa, aumentando os juros em um ambiente recessivo para controlar a inflação, desencadeou um grande volume de vendas, por parte dos investidores mais experientes, com recordações da década de 1980.

Uma avaliação dos principais setores da economia e o cenário para este ano e o próximo são apresentados na análise de conjuntura, nesta publicação. É uma leitura importante para os investidores em bolsa. Embora não faça recomendações de empresas, mostra os setores onde estão as melhores oportunidades.

Aumentar os juros em um ambiente recessivo, em que a produção da indústria de transformação caiu 7% no primeiro trimestre, derrubará expressivamente o lucro das empresas e mudará a precificação para os papéis. Logo, vender parte das posições (ou toda, no caso dos investidores menores ou mais

Se o governo persistir em uma alta dos juros até conseguir que as estimativas de inflação para 2016 estejam na meta, teremos uma recessão de 3% do PIB neste ano. Com juros altos e uma recessão desta magnitude, os preços dos papéis tendem a cair.

Economica Revista Suma Econômica


Ações stocks

Como a experiência mostra, em um processo de queda intensa e inflação alta os preços ficam muitos voláteis e se perde a referência de precificação dos papéis, o que gera oportunidades para os investidores com caixa e uma análise fria da empresa e do setor que atua, para o período em que durar a recessão e o seu potencial de alavancagem no ciclo de recuperação da economia e dos negócios, no segmento em que a empresa atua. Em uma situação como a atual, os preços oscilarão muito. Com oque,adecisãodopontodecompradependerádasoportunidades, do volume de caixa e da estratégia de cada investidor. Entretanto, alguns segmentos de negócios destacam-se pelo potencial de crescimento, baixo risco, ou uma combinação dos dois. Recomendamos a sua atenção para os destacados a seguir. Petróleo e Mineração A Petrobras e a Vale são, praticamente, as empresas que representam este setor, que cresce de forma acelerada. O negócio de petróleo e gás é a principal fonte de energia no mundo, e continuará sendo no futuro previsível. Os preços são atraentes, e a Petrobras possui um excepcional posicionamento no país. A empresa foi assolada por uma sequência de péssimos investimentos e os escândalos da operação Lava-Jato. Porém, se a atual administração levara frente o que tem proposto e se capitalizar com a abertura do capital da BR-Distribuidora, repetindo o que o BB fez com a sua operação de seguros, os preços das ações vão disparar. Quanto a Vale, parece estar chegando ao fim o seu “inferno astral”. Os preços do minério recuperaram-se e os investimentos feitos na região de Carajás começarão a se refletir nos seus resultados em 2016. Os investidores, em geral, têm mais medo de empresas que apresentaram grandes quedas nos preços das ações do que gatos têm de água fria. Porém, a Vale é um investimento de baixo risco na situação atual, embora os preços possam cair ainda mais, se os juros continuarem aumentando e o ambiente recessivo aumentar o pessimismo dos investidores, o que faz com que quase todos os papéis cedam. Bancos

participação no PIB. É um segmento do setor de serviços onde as margens são atraentes e a disputa de mercado é acirrada. Porém, as seguradoras com ações no mercado possuem excepcionais canais de distribuição e tendem a continuar ganhando mercado e reduzindo custos, pelo aumento da escala. É um setor de baixo risco e de bons retornos. Saúde e educação São os dois ramos de negócios que mais crescem, em todo o mundo. No Brasil ainda são poucos representados em Bolsa, e as intervenções do governo, nestes mercados, são imensas. Há grandes oportunidades e grandes riscos. Construção Civil e atividades imobiliárias Apesar do imenso déficit habitacional, os ciclos de altas e baixas do setor são violentos. Há alto risco e oportunidades sazonais na construção; menor risco e maiores lucros nas atividades imobiliárias (serviços e similares). Recomendação do mês Além dos setores já comentados, recomendamos atenção em relação aos preços da Klabin (papel e celulose) que podem gerar um bom ponto de compra no decorrer deste mês. As suas ações estão com um preço atraente no cenário atual. A desvalorização do real, com o dólar a R$ 3,20, aumenta a receita da empresa em moeda nacional, e a será concluído, no primeiro trimestre de 2016, um grande projeto de expansão de sua capacidade produtiva. Assim, nossa recomendação em relação aos papéis da Klabin é de compra. Com relação à recomendação de venda, mais uma vez insistimos na venda da Fibria, caso você tenha seguido nossa recomendação no início de ano para comprar ações da empresa, umavez que o potencial devalorização dos papéis já se concretizou.

MERCADO DE AÇÕES

Em um mercado em que seis bancos controlam 80% dos ativos do mercado financeiro, qualquer aumento de Contribuição Social, ou outros impostos, serão repassados da estrutura de custos para os preços aos consumidores de serviços financeiros. E, qualquer caso de redução futura nos juros básicos, que se reflita nos juros ao consumidor, os bancos manterão os spreads e aumentarão o volume de financiamentos, assim como as taxas de serviços. Logo, continua sendo o investimento de menor risco no mercado de ações, com um yield de dividendos atraentes. Seguros Os seguros estão ganhando, ano a ano, uma maior Revista Suma Economica

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Fundos de Investimento mutual funds

Oscilação mantida Após março com resgate líquido, abril tem entrada líquida COMPORTAMENTO DA INDÚSTRIA DE FUNDOS

E

m abril, a indústria de fundos de investimento apresentou entrada líquida de R$ 9,4 bilhões. O resultado acumulado no quadrimestre do ano aponta para uma captação líquida de R$ 10,9 bilhões. O principal destaque no quarto mês do ano pertenceu à modalidade Referenciado DI, com entrada líquida de R$ 6,4 bilhões. Outras categorias com captação significativa, todas acima dos R$ 3 bilhões foram: Curto Prazo, FIDC e Previdência.

Três modalidades importantes tiveram resgates líquidos, sendo Multimercados na liderança, com saída líquida de R$ 4 bilhões. As outras foram Renda Fixa e Ações, com saídas líquidas de R$ 2,4 bilhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente. O resultado acumulado no primeiro quadrimestre aponta para liderança na captação líquida para a modalidade Curto Prazo, com R$ 12,9 bilhões, seguido de Referenciado DI, com entrada líquida acumulada de R$ 12,1 bilhões. Por outro lado, o pior desempenho é da categoria Multimercados, com saída líquida de recursos de R$ 20,9 bilhões, seguido dos Fundos de Ações, com saída líquida de R$ 7,3 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano. O resultado de abril fez a modalidade Renda Fixa voltar a ter resgate líquido acumulado, agora em R$ 1,2 bilhão.

26

Revista Suma Economica

Após a boa valorização em abril do Ibovespa, os fundos de ações foram destaque. Os tipos Ações FMP-FGTS e Ações Setoriais tiveram rentabilidades significativas, em 38,24% e 14,29%, respectivamente, puxados pela valorização das ações da Petrobras, que fazem parte de ambas as carteiras. A ligeira retração do câmbio prejudicou, além dos fundos cambiais, os fundos Multimercados Macro e Multiestrategia. O patrimônio líquido da indústria de fundos chegou, em abril, a R$ 2,829 trilhões, considerando os fundos Off-Shore.

CAPTAÇÃO LÍQUIDA POR CATEGORIA NO MÊS DE ABRIL


Seguros insurance

Crescimento progressivo Dados da Sincor-SP apontam para melhora gradual durante o ano

O

faturamento do setor de seguros somados aos dados da previdência privada atingiu R$ 26,686 bilhões no primeiro bimestre deste ano, alta de 15% frente ao mesmo período de 2014. Os dados foram divulgados pela Sincor-SP, que fez uma análise do comportamento do setor no período e das perspectivas para o ano em sua Carta de Conjuntura.

Considerando apenas o setor de seguros, a alta foi de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com R$ 14,732 bilhões em faturamento. O segmento VGBL mais previdência obteve uma receita de R$ 11,954 bilhões, com alta de 33% na mesma base de comparação. Aprofundando mais a análise do faturamento do setor de seguros, os ramos chamados elementares contribuíram com R$ 10,279 bilhões no primeiro bimestre, alta de 3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o ramo pessoas apresentou receita de R$ 4,453 bilhões, com crescimento de 6%. Segundo o Sincor-SP, o mercado deve melhorar durante o decorrer do ano e a tendência é de que o faturamento do setor de seguros fique em R$ 98 bilhões, o que representaria uma alta de 8%. Se considerarmos também os diversos ramos como previdência, capitalização, saúde suplementar, entre outros, a alta pode chegar a 10%, com um faturamento total de R$ 362,5 bilhões.

MERCADO DE SEGUROS GERAIS - Em R$ milhões Jan. a FEV. 2014

Jan. a FEV. 2015

Var. %

Automóveis

4.761

4.965

4,3

Patrimoniais

2.077

1.975

-4,9

DPVAT

2.272

2.190

-3,6

Habitacional

406

492

21,0

Transportes

440

459

4,3

Riscos Financeiros

323

383

18,7

17

6

-64,8

Responsabilidades

267

256

-4,1

Riscos Especiais

130

23

-82,1

Cascos

128

124

-2,6

Rural

291

276

-5,2

11.112

11.150

0,3

Segmentos (Prêmio Direto)

Crédito

Total Seguros Gerais Fonte: CNseg

Revista Suma Economica

27


Vendas do Comércio retail sales

Estoques altos

G

Setores acumulam estoques no ano

rande parcela das empresas do varejo está trabalhando com estoques altos neste ano. É o que identificou a Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços numa pesquisa recente, que apontou que 28,3% dos empresários disseram estar com os seus estoques mais altos. Este percentual é o maior já registrado por essa pesquisa da confederação.

As previsões da CNC para as vendas do comércio estão menos otimistas para este ano e devem ficar em uma alta de 0,3% para o varejo restrito (dentro da metodologia do IBGE).

Na análise por renda, a demanda por crédito em abril cresceu frente ao mesmo mês do ano passado registrou alta apenas nas faixas até R$ 500 / mês e na entre R$ 500 e R$ 1000 /mês. Nas outras quatro faixas pesquisadas houve queda na demanda por crédito. Frente a março, a retração na demanda ultrapassou os dois dígitos em todas as faixas. O resultado acumulado aponta para alta em todas as faixas,à exceção da até R$ 500 / mês, cuja retração no quadrimestre ficou em 6,5%.

A confiança do empresário e do consumidor está em baixa e não há perspectiva de melhora no curto prazo. Isso prejudica o cenário para as vendas do varejo e diminui as perspectivas de melhora.

Por região, houve alta na procura por crédito no Centro-Oeste e no Norte, isto frente a abril do ano passado. Frente ao mês de março, todas as regiões tiveram queda de dois dígitos na procura por crédito.

A CNC aponta que a conjuntura econômica desfavorável, com juros e inflação altos, tem prejudicado as vendas do comércio, como percebemos nos dados mensais divulgados pelo IBGE.

Demanda do consumidor por crédito De acordo com o Serasa, a demanda do consumidor por crédito caiu 0,5% em abril na comparação com o mesmo mês de 2014, voltando à trajetória de queda. Em relação ao mês de março, o indicador também apresentou queda: -12,2%.

VENDAS DO VAREJO NO BRASIL

28

O nível de emprego em queda e a piora do rendimento real do trabalhador com a inflação persistente explicam a piora da demanda por crédito. Soma-se a isso a contínua escalada dos juros e a percepção do consumidor da permanência de um cenário econômico nebuloso.

Revista Suma Economica

Inadimplência do consumidor A inadimplência do consumidor, segundo o Serasa, registrou alta de 12,2% em abril deste ano quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Frente ao mês de março, o crescimento foi de 1,8%. Nos quatro primeiros meses do ano, alta de 12,2%.


Vendas do Comércio retail sales

Inflação, juros altos e aumento do desemprego estão favorecendo a conjuntura de aumento da inadimplência do consumidor neste ano.

Números do IBGE para MARÇO

De acordo com a ANFAVEA, o licenciamento de veículos novos foi de 219,3 mil unidades em abril deste ano, queda de 25,2% frente ao mesmo mês de 2014. Na comparação com março, houve queda de 6,6%.

Em março deste ano, as vendas do comércio cresceram 0,4% na comparação com o mesmo mês de 2014. O destaque ficou para o ramo de Artigos Farmacêuticos, com alta de 10,2% e para Equipamentos e Materiais de Escritório, com elevação de 21,8%. Por outro lado, os ramos de maior peso na pesquisa tiveram retração, casos, por exemplo de Hiper e Supermercados, de Combustíveis e Lubrificantes e de Móveis e Eletrodomésticos.

No quadrimestre foram comercializados 893,6 mil unidades, retração de 19,2% frente ao mesmo período do ano passado.

O resultado acumulado do trimestre aponta uma queda de 0,8%, enquanto em 12 meses, ainda é apresentada uma alta de 1,0%.

Para caminhões houve queda de 46,9% na comparação com o mesmo mês de 2014, com 5,8 mil unidades comercializadas. Sobre março, retração de 10,9%. O resultado acumulado dos quatro primeiros meses do ano é 39,3% menor, com 25,1 mil caminhões comercializados.

Para o varejo ampliado, as vendas de março tiveram queda de 0,7%, com queda nas vendas de Veículos e Motos e alta nas vendas de Material de Construção. O resultado acumulado chegou a uma retração de 5,3%.

VENDAS DE VEÍCULOS

Revista Suma Economica

29


Produção Industrial industrial production

Menor déficit comercial Dados foram divulgados pelo Iedi

O

Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou, em maio, uma análise sobre a balança comercial da indústria de transformação, mostrando que no primeiro quadrimestre, foi a primeira vez em dez anos em que o déficit comercial do setor mostra uma queda. A retração de 22% entre janeiro e abril frente ao mesmo período do ano passado, levando o déficit a US$ 18,9 bilhões, é resultado de uma retração na

VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL

30

Revista Suma Economica

demanda doméstica e das atividades do setor, que diminuíram a procura por material importado. Nos quatro primeiros meses do ano, a indústria de transformação apresentou uma queda de 14,3% na importação em valores. Já a queda nas exportações foi de 9,4%. Uma das preocupações demonstradas no relatório do Iedi diz respeito ao atual momento da economia


Produção Industrial industrial production

brasileira e o seu período recessivo. Não há uma perspectiva de melhora na economia e a tendência da atividade industrial é permanecer reduzida no curto prazo.

mil unidades, queda de 44,3% frente ao resultado do mesmo mês de 2014. Entre janeiro e abril, a retração ficou em 45,2%, com 30,2 mil caminhões fabricados. Balança comercial da indústria química

Com isso, a corrente de comércio do setor deve continuar caindo, mascarando este efeito de queda das importações, já que não está havendo uma recuperação substancial da atividade do chão de fábrica, que faça, não só que as exportações cresçam com a recuperação do dólar, mas que também não haja nítido um movimento de substituição de importações, já que a indústria está “parada” e não há condições estruturais para isso. Mudanças tributárias, manutenção do câmbio depreciado e investimentos seriam necessários para que processo de substituição de importações entre novamente na pauta da conjuntura econômica brasileira. Produção automobilística De acordo com a Anfavea, a produção de veículos caiu 21,7% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 217,1 mil unidades. Frente ao mês de março, queda de 14,5%. No quadrimestre, queda de 17,5%, com 881,8 mil unidades produzidas. Para caminhões, a produção de abril ficou em 6,9

No primeiro quadrimestre deste ano, as exportações da indústria química chegaram a US$ 4,1 bilhões, queda de 7,3%. As importações ficaram em US$ 11,9 bilhões, recuo de 10,1%. O setor acompanha a maioria dos outras atividades industriais onde percebemos uma retração dos números das exportações e das importações. O déficit recuou 11,6% entre janeiro e abril deste ano. Com a conjuntura econômica preocupante, não há ganho de competitividade da indústria química, muito pelo contrário, já que o cenário é de retração da atividade. Para a Abiquim, não há perspectiva de melhora no curto prazo, já que a demanda está em baixa e os preços internacionais em estão em queda. Números do aço em abril A produção brasileira de aço atingiu 2,912 milhões de toneladas em abril, alta de 4,4% frente ao resultado do mesmo mês de 2014. Para laminados, o resultado de abril foi de uma produção de 2,2 milhões

VARIAÇÃO DO EMPREGO INDUSTRIAL

Revista Suma Economica

31


Produção Industrial industrial production

de toneladas, queda de 2,7% na mesma base de comparação. O resultado acumulado do ano aponta para uma produção de 11,332 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 1,6%. Em laminados, entre janeiro e abril foram produzidas 8,715 milhões de tonelada, crescimento de 2,5%. De acordo com o Instituo Aço Brasil, as vendas internas ficaram em 1,5 milhão de toneladas em abril, queda de 14,1%, levando o resultado acumulado para 6,7 milhões de toneladas, com retração de 7,5%. As exportações foram de 663 mil toneladas no quarto mês do ano, resultando em um faturamento de US$ 361 milhões de dólares. No quadrimestre, foram 3,4 milhões de toneladas e US$ 2,1 bilhões. Números do IBGE Em março, a produção industrial apresentou queda de 3,5% frente ao mesmo mês do ano passado, com destaque negativo para a categoria de Bens de Capital, com queda de 12,4%. Todas as outras categorias também registraram retração nesta base de comparação. Por ramo, retração significativa na produção de Veículos Automotores, Produtos de Informática, Metalurgia e Bebidas. Frente a fevereiro, a produção industrial apresentou queda de 0,8%, puxada pela retração de 4,4% em Bens de Capital. No ano a indústria acumula queda de 5,9%, e em 12 meses, retração de 4,7%. Números regionais Os dados do IBGE para a produção regional da indústria registraram alta de dois dígitos em dois estados frente ao mesmo mês do ano passado: Espírito Santo (19,8%) e Pará (11,8%). Além destes, apenas mais dois resultados de alta na produção regional em março: Mato Grosso e Goiás. Por outro lado, queda significativa na produção amazonense (-20,6%). Na comparação com fevereiro, a alta de 22,1% na produção baiana foi o destaque.

32

Revista Suma Economica

PRINCIPAIS SEGMENTOS INDUSTRIAIS


Produção Industrial industrial production

INDICADORES DA PRODUÇÃO REGIONAL

Revista Suma Economica

33


Produção Industrial industrial production

O resultado acumulado entre janeiro e março coloca a indústria capixaba na liderança com alta de 20,9%.

O estado também lidera no acumulado em 12 meses: 11,8%.

NÍVEL DE ATIVIDADE INDUSTRIAL Geral

Extrativa Mineral

Acumul. Período ate o mês

12 meses

Acumul. ate o mês

fev

-3,40

-1,00

-1,14

mar

-2,95

-1,09

-1,15

abr

-2,82

-1,05

mai

-3,44

-1,76

jun

-3,81

jul ago

12 meses

Transformação

Bens de Capital

Bens Intermediários

Bens de Consumo

Acumul. ate o mês

12 meses

Acumul. ate o mês

12 meses

Acumul. ate o mês

12 meses

Acumul. ate o mês

12 meses

1,28

-3,55

-1,13

-14,63

-1,01

-1,05

-0,32

-2,97

-1,81

1,32

-3,12

-1,23

-11,42

-1,54

-1,32

-0,48

-2,27

-1,68

-0,02

1,23

-2,99

-1,19

-9,76

-1,69

-1,51

-0,55

-2,04

-1,41

0,43

1,16

-3,68

-1,93

-11,96

-3,83

-2,01

-1,1

-2,48

-1,94

-2,29

0,07

0,7

-4,05

-2,47

-12,46

-5,52

-2,49

-1,53

-2,52

-2,06

-3,70

-2,52

-0,11

0,51

-3,92

-2,70

-11,97

-6,55

-2,46

-1,53

-2,43

-2,26

-3,41

-2,86

-0,26

0,33

-3,6

-3,05

-12,19

-8,48

-2,11

-1,59

-2,08

-2,46

set

-3,45

-3,05

0,69

0,10

-3,62

-3,24

-12,39

-9,64

-2,20

-1,86

-1,98

-2,25

out

-2,85

-2,7

-0,22

0,28

-3,01

-2,88

-11,75

-10,13

-1,77

-1,66

-1,25

-1,48

nov

-2,63

-2,53

-0,54

-0,32

-2,76

-2,66

-11,56

-10,67

-1,62

-1,54

-0,98

-1,05

dez/12 -2,68 -2,68 -0,38 -0,38 -2,82 -2,82 -11,75 -11,75 -1,65 -1,65 -1,01 -1,01 jan

5,65

-1,92

2,56

0,29

5,86

-2,06

17,27

-9,74

4,03

-1,04

4,58

-0,43

fev

1,11

-1,88

-3,68

mar

-0,47

-1,95

-4,85

-0,78

1,42

-1,95

13,31

-7,34

-0,32

-1,49

-0,28

-0,38

-1,50

-0,20

-1,98

9,82

-6,33

-0,77

-1,42

-2,79

-0,98

abr

1,62

-1,07

mai

1,66

-0,54

-6,52

-2,47

2,14

-0,98

13,37

-4,42

0,42

-0,89

-0,22

-0,24

-7,16

-3,45

2,22

-0,36

13,25

-2,34

0,23

-0,68

0,30

0,32

jun

1,92

0,18

-6,4

-3,54

2,45

0,42

13,78

0,28

0,38

-0,20

0,72

0,75

jul

2,03

0,64

-5,81

-3,66

2,53

0,90

14,15

2,44

0,40

-0,08

1,00

1,19

ago

1,55

0,65

-5,23

-3,68

1,98

0,92

13,54

4,64

0,13

-0,20

0,41

0,87

set

1,64

1,13

-4,58

-3,28

2,03

1,41

14,58

7,83

0,16

0,07

0,37

0,88

out

1,55

0,95

-4,38

-3,84

1,92

1,24

14,88

9,86

0,07

-0,19

0,20

0,26

nov

1,44

1,05

-3,85

-3,40

1,76

1,32

14,2

11,55

0,21

0,01

-0,04

-0,12

dez/13

1,15

1,15

-4,07

-4,07

1,47

1,47

13,33

13,33

-0,02

-0,02

-0,21

-0,21

jan

-2,44

0,52

-0,84

-4,28

-2,54

0,82

2,48

12,14

-2,69

-0,53

-3,58

-0,83

fev

1,28

1,11

-0,04

-3,47

1,36

1,40

8,02

12,48

-0,81

-0,10

1,65

-0,03

mar

0,40

2,10

3,70

-1,60

0,10

2,60

-0,90

8,90

-0,60

0,70

3,00

3,20

abr

-1,20

0,80

3,90

-0,70

-1,80

1,00

-4,80

5,50

-1,50

-0,30

0,60

1,60

mai

-1,60

0,20

4,70

0,60

-2,40

0,20

-5,80

4,10

-1,80

-0,80

-0,10

1,10

jun

-2,60

-0,60

4,10

1,00

-3,40

-0,80

-8,30

1,20

-2,20

-1,20

-1,90

-0,30

jul

-2,80

-1,20

4,40

1,80

-3,60

-1,60

-7,80

-0,10

-2,50

-1,80

-2,00

-0,80

ago

-3,10

-1,80

4,90

2,70

-4,00

-2,30

-8,80

-2,40

-2,60

-2,00

-2,50

-1,40

set

-2,90

-2,20

5,40

3,50

-3,90

-2,90

-8,20

-4,30

-2,50

-2,20

-2,20

-1,70

out

-3,00

-2,60

5,50

4,50

-4,00

-3,40

-8,80

-6,90

-2,50

-2,20

-2,20

-2,00

nov

-3,20

-3,20

5,40

4,60

-4,20

-4,10

-8,80

-8,50

-2,90

-2,90

-2,30

-2,20

dez/14

-3,20

-3,20

5,70

5,70

-4,30

-4,30

-9,60

-9,60

-2,70

-2,70

-2,50

-2,50

jan

-5,20

-3,50

10,40

6,40

-7,30

-4,70

-16,40

-10,90

-2,40

-2,70

-7,40

-2,90

fev

-7,10

-4,50

10,90

7,20

-9,30

-5,90

-21,10

-13,50

-3,20

-3,00

-10,30

-4,60

mar/15

-5,90

-4,70

10,30

7,30

-7,90

-6,10

-18,00

-13,80

-2,80

-3,20

-8,40

-5,00

- Variação Acumulada até o mês: compara a produção acumulada no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com igual período do ano anterior. - Variação Acumulada em 12 meses: compara a produção acumulada nos últimos 12 meses de referência do índice, com igual período do ano anterior.

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Revista Suma Economica


Câmbio & Comércio Exterior exchange rates & foreing commerce

Manufaturados querem ensaiar recuperação Câmbio a R$ 3,00 pode ajudar na retomada

A

pós ser, por décadas, o setor que comandava a nossa pauta de exportações, os produtos manufaturados perderam espaço para as commodities, na esteira do crescimento chinês e da queda da demanda dos EUA e da União Europeia. Agora em 2015, a exportação de manufaturados pode ensaiar uma retomada, aproveitando o crescimento da economia norte-americana e a desvalorização do real. As exportações de manufaturados para os EUA subiram 5,64% (US$ 4,39 bilhões) entre janeiro e abril deste ano, dado bastante relevante, já que o total das exportações brasileiras para os EUA caiu 5,69% (grande influência da queda no embarque

de petróleo). Outro ponto importante é que a exportação global de manufaturados caiu 11,3% no quadrimestre, o que ressalta os dados dos embarques de manufaturados para os norte-americanos. O que preocupa é saber se a indústria estará preparada para intensificar este processo de recuperação ainda este ano, A utilização da capacidade instalada ainda é baixa, a demanda interna não se recupera para que haja uma intensificação do processo de substituição de importações, então o mercado externo é uma válvula de escape importante. O que temos percebido é que a demanda externa ainda cresce pouco, mas pode ser sustentada se os EUA permanecerem comprando e câmbio mantiverse favorável. A União Europeia, porém, ainda

BALANÇA COMERCIAL

Revista Suma Economica

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Câmbio & Comércio Exterior exchange rates & foreing commerce

não tem condições de aumentar sua demanda de manufaturados brasileiros no curto prazo.

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO - em US$ milhões

Transações correntes e IDP Em abril, as transações correntes tiveram um déficit de US$ 6,901 bilhões, levando o déficit acumulado do ano para US$ 32,462 bilhões. O resultado em 12 meses o déficit fechou abril em US$ 100,225 bilhões, ou -4,53% do PIB. A previsão do Banco Central para o ano é de um déficit de US$ 84 bilhões. O Investimento Direto no País, ele ficou em US$ 5,777 bilhões, levando o resultado do primeiro quadrimestre a US$ 18,912 bilhões. Em 12 meses, o investimento direto chegou a 86,069 bilhões, ou 3,89% do PIB, insuficiente para cobrir o déficit na conta corrente. Pressão muda regras As receitas oriundas da variação cambial de exportações, empréstimos e obrigações no exterior, incluindo o hedge, não sofrerão taxação do PIS/Cofins. Esta determinação do governo partiu após uma pressão dos diversos setores contra esta cobrança que começaria a partir de julho. A decisão por Decreto foi publicada em Diário Oficial no dia 20 de maio. Outra decisão foi sobre a possibilidade de as empresas mudarem o seu regime de tributação, se, por ventura, a oscilação da taxa de câmbio no mês ultrapassar 10%. Continuam valendo a alteração das alíquotas, zeradas em 2004, para outras modalidades de transação, como o rendimento de uma empresa através de aplicação do caixa em CDB. Neste caso, e em outros, o PIS passa a uma alíquota de 0,65% e o Cofins, para 4%.

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL

36

Revista Suma Economica

Período dez /12 fev/13 mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/14 fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan/15 fev mar abr mai

Exportações

Importações

no mês

no mês

12 meses

12 meses

Saldo Com.

no mês

12 meses

19.749 242.580 17.499 223.142 2 .250 19.438 15.551 239.928 16.827 226.214 -1.276 13.714 19.323 238.339 19.159 226.486 164 11.853 20.632 239.401 21.626 229.436 -994 9.965 21.824 238.009 21.064 230.253 760 7.756 21.227 239.881 18.833 230.534 2.394 9.347 20.807 239.592 22.704 235.102 -1.897 4.490 21.425 238.636 20.199 236.143 1.226 2.493 20.996 239.633 18.849 237.553 2.147 2.080 22.822 240.692 23.046 240.473 -224 219 20.862 241.081 19.122 238.926 1.740 2.155 20.846 242.178 18.192 239.617 2.654 2.561 16.027 242.238 20.084 239.694 -4.057 2.544 15.934 242.622 18.059 240.931 -2.125 1.691 17.628 240.930 17.516 239.294 112 1.636 19.724 240.023 19.218 236.891 506 3.132 20.752 238.953 20.040 235.873 712 3.080 20.468 238.141 18.103 235.154 2.365 2.987 23.025 240.358 21.450 233.899 1.575 6.459 20.465 239.398 19.297 232.998 1.168 6.400 19.617 238.163 20.556 234.694 -939 3.469 18.330 233.672 19.507 231.519 -1.177 2.519 15.646 228.457 17.996 230.029 -2.350 -1.572 17.491 225.101 17.198 229.031 293 -3.930 13.704 222.779 16.878 225.844 -3.174 -3.065 12.092 218.937 14.934 222.716 -2.842 -3.779 16.979 218.288 16.521 221.803 458 -3.515 15.156 213.720 14.665 217.249 491 -3.529 16.769 209.737 14.008 211.224 2.761 -1.487

Crescimento: Mês/mesmo mês ano ant. Em 12 meses

-19,19 --- -30,10 --- 287,78 -----

-12,23

---

-10,45

---

-148,28


Economia Internacional international economy

Crescimento modesto

N

Para BCE, Zona do Euro cresce em ritmo muito baixo

o primeiro trimestre deste ano o PIB da Zona do Euro cresceu 0,4% frente ao último trimestre do ano passado e 1,0% frente ao mesmo trimestre de 2014. Em dados anualizados, a alta foi de 1,6%. Os dados dos três primeiros meses do ano, segundo as autoridades do Banco Central Europeu, foram beneficiados pela queda dos preços do petróleo e pela desvalorização do euro. O destaque nos números frente ao último trimestre do ano passado ficou para a economia espanhola, que registrou alta de 0,9%. Na França, a alta foi de 0,6%, enquanto na Itália ficou em 0,3%. Estes dois países terão uma recuperação boa neste ano, após períodos anteriores claudicantes. A Espanha, por exemplo, pode crescer o dobro do previsto para a Zona do Euro, segundo o BCE. Para a Itália, a alta no primeiro trimestre ficou em 0,3% (acima das projeções iniciais) e para a Alemanha, principal economia do bloco, o crescimento também foi de 0,3% (abaixo das expectativas). O PIB alemão teve forte influência negativa do comércio exterior, que foi compensado pela demanda doméstica. O BCE, através de declaração do seu presidente Mario Draghi, divulgou que acha que o crescimento da Zona do Euro tem sido muito baixo, com uma recuperação “modesta”. A preocupação com a deflação ainda persiste e o BCE deseja que sejam intensificadas as reformas econômicas e estruturais sob o risco de

que o crescimento da economia do bloco não atinja as expectativas para 2015. O BCE aumentou a sua previsão de crescimento para a Zona do Euro para 1,5% em 2015. As projeções anteriores apontavam para uma alta de 1,3%. A questão dos preços do petróleo e dos estímulos monetários fez que houvesse uma mudança para melhor nas expectativas, mas o alerta ainda está ligado no que diz respeito aos impactos dos recentes problemas com relação às dívidas públicas dos países do bloco. O desemprego ainda é alto, os governos e as empresas ainda estão endividados e os investimentos não retornaram com força. O fantasma da deflação também assusta. PIB japonês No primeiro trimestre deste ano, o PIB do Japão cresceu 2,4% em ritmo anualizado, bem acima do resultado do trimestre anterior, que havia registrado alta de 1,1% em valores anualizados. Sobre o trimestre anterior, a alta foi de 0,6%. Os dados superaram os números da Zona do Euro, que cresceram 1,6% na mesma base de comparação. Também são maiores do que os registrados pelos EUA, cuja elevação ficou em apenas 0,2%. Os números japoneses do primeiro trimestre foram sustentados, sobretudo pela reposição dos estoques e pelos gastos de capital. As exportações também tiveram um bom desempenho no período.

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eletrobras.com

Tudo começou em 62. E a Eletrobras já nasceu impulsionando o país. Nas décadas seguintes, a gente continuou buscando chegar mais longe, construindo novas linhas de transmissão, novas usinas, investindo em tecnologia, investindo no futuro. Há mais de 50 anos, a história vem mostrando que superação é a marca da Eletrobras. Por isso, temos certeza: em 2030, vamos estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa e entre as dez maiores em energia elétrica do mundo.


Há mais de 50 anos, a Eletrobras é a força que transforma um país inteiro. Década de 60 A Eletrobras nasce com a missão de aumentar a capacidade de energia do País. Década de 70 Início da construção das usinas nucleares de Angra I e Angra II. Criação do CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Década de 80 e 90 Inauguração das usinas Angra I, Xingó, Serra da Mesa, Itaipu e Tucuruí. Criação do Procel, programa que contribui para o uso eficiente da energia no país. 2000 até hoje Instituídos os programas Luz para Todos e Proinfa. Início da construção de Belo Monte, Jirau, Santo Antônio, Teles Pires e retomada de Angra III. Expansão das matrizes eólica e solar no País com a viabilização de vários empreendimentos: Geribatu, Mangue Seco, Rei dos Ventos, Miassaba e MegaWatt Solar. Até 2030 Objetivo de estar entre as dez maiores empresas de energia elétrica do mundo.

Somos a Eletrobras. Somos a energia do Brasil.


Produção Agropecuária

livestock & agricultural production

Superando sete milhões de toneladas Safra de trigo pode superar montante pela primeira vez

A

safra brasileira de trigo de 2015 pode ultrapassar, neste ano, pela primeira vez, a marca de sete milhões de toneladas. Pelo resultado, com previsão de ficar em 7,045 milhões de toneladas, de acordo com a Campanha Nacional de Abastecimento (Conab), a alta seria de 18% frente ao resultado da produção anterior. A área plantada deverá ser 5,3% menor, atingindo 2,612 milhões de hectares. O número deverá ser revisto ao longo do ano, pois dependerá, sobretudo, das condições climáticas, para que não ocorra o que aconteceu ano passado, quando as previsões eram bastante otimistas, mas foram frustradas pelas chuvas no Sul do país. No Rio Grande do Sul, há bastante otimismo com relação ao total a ser colhido neste ano, com expectativas que chegam a 2,7 milhões de toneladas, mesmo com a redução de 10% na área plantada. Para o Paraná, já há uma projeção menos otimista, com tendência de uma safra de 3,679 milhões de toneladas, cerca de 3% inferior ao total do ano passado. A área plantada no estado ficou 2,3%, com 1,357 milhões de hectares. Previsões do USDA para o ciclo 2015/16 Em meados do mês passado, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou o seu primeiro levantamento sobre o mercado mundial de grãos para o ciclo 2015/16.

Para o órgão norte-americano, a produção mundial de trigo deve ficar em 718,93 milhões de toneladas no período 2015/16 (abaixo do período anterior) para um consumo total de 716,59 milhões de toneladas. Para o milho, a tendência é de um consumo maior do que a produção no ciclo pesquisado. Seria de 990,40 milhões de toneladas a demanda, para uma produção de 989,83 milhões de toneladas. Os estoques de passagem seriam de 192,50 milhões, com os estoques finais em 191,94 milhões. Os EUA devem produzir 346,2 milhões de toneladas, seguido da China, com 228 milhões de toneladas. Na soja, a tendência é de uma produção total de 317,30 milhões de toneladas, superando com certa folga o consumo previsto de 304,28 milhões de toneladas no período 2015/16. O USDA projeta uma produção de 97 milhões de toneladas para o Brasil, atrás dos EUA, com tendência para uma colheita de 104,8 milhões de toneladas. Projeções para o café O USDA também divulgou as suas projeções para a safra brasileira de café. A tendência para o ciclo 2015/16 é de uma colheita de 52,4 milhões de sacas de 60 kg. Os números do USDA diferem bastante dos dados divulgados pela CONAB, que estima uma safra entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas.

PREÇOS NO MERCADO ATACADISTA (*) - ÚLTIMA COTAÇÃO DISPONÍVEL PRODUTOS

JUL

CARNE BOVINA (R$/Kg) Traseiro (carne de primeira) 9,00 Dianteiro (carne de segunda) 6,10 FRANGO (R$/Kg) 2,88 OVOS (Dúzia/branco gde) 2,23 SOJA Grão (R$/60 Kg) 55,50 Farelo (R$/Kg) 1,01 Óleo Refinado (R$/18.000ml) 52,20 SUÍNOS (R$/Kg) Carcaça 5,50 CAFÉ ARÁBICA (R$/60Kg) 403,41 CACAU/BA (R$/@) 108,00

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ/14

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI/15

9,50 7,00 3,13 2,06

9,30 6,40 3,55 1,79

10,20 6,90 3,40 1,92

11,10 6,40 3,50 1,80

11,30 6,20 3,12 1,87

11,20 6,10 3,06 2,20

11,10 6,50 3,40 2,71

10,80 7,20 3,17 2,66

11,20 8,00 3,25 2,22

10,80 7,40 3,10 2,29

55,50 0,99 47,50

55,50 0,95 52,05

55,50 1,08 49,12

55,50 1,06 54,66

55,50 1,05 48,25

55,50 0,91 52,03

55,50 1,01 48,27

55,50 1,04 52,80

55,50 0,94 55,09

55,50 0,93 52,80

6,90 455,54 108,00

6,60 470,88 116,00

7,40 442,90 103,00

6,50 448,50 102,00

6,90 454,13 110,00

5,65 445,43 101,00

5,40 432,00 115,00

5,10 445,53 117,00

4,70 435,70 115,00

5,20 409,83 126,00

(*) Cotações do mercado de São Paulo, salvo as especificadas.

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Revista Suma Economica


Commodities COMMODITIES - BOLSA DE CHICAGO* SOJA EM GRÃOS FARELO DE SOJA

US$ cents/ bushel nov dez/13 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez/14 jan fev mar abr Mai/15

Var% Mensal

US$/t curta

Var% Mensal

ÓLEO DE SOJA

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

TRIGO

US$ cents/ bushel

1.292,66 0,45 418,80 1,23 40,70 -0,20 1.329,36 2,84 437,87 4,55 39,68 -2,51 1.286,70 -3,21 421,42 -3,76 37,80 -4,74 1.348,62 4,81 452,15 7,29 39,52 4,55 1.422,27 5,46 455,69 0,78 42,22 6,83 1.489,18 4,70 483,82 6,17 42,37 0,36 1.498,17 0,60 487,52 0,76 40,61 -4,15 1.436,99 -4,08 471,08 -3,37 39,53 -2,66 1.224,71 -14,77 396,11 -15,91 36,94 -6,55 1.102,42 -9,96 388,71 -1,87 33,86 -8,34 971,46 -11,88 334,65 -13,91 32,30 -4,61 964,63 -0,70 335,64 0,30 32,79 1,52 1.032,14 7,00 383,98 14,40 32,72 -0,21 1.030,87 -0,12 366,48 -4,56 32,06 -2,02 1.002,45 -2,76 338,06 -7,75 32,18 0,37 1.047,80 4,52 358,38 6,01 33,42 3,85 980,75 -6,40 326,27 -8,96 31,07 -7,03 971,39 -0,95 316,81 -2,90 31,37 0,97 953,54 -1,84 307,42 -2,96 32,84 4,69

Var% Mensal

MILHO

US$ cents/ bushel

Var% Mensal

650,60 -5,56 422,56 -3,77 630,80 -3,04 430,26 1,82 574,23 -8,97 427,23 -0,70 595,74 3,74 446,72 4,56 679,26 14,02 484,83 8,53 684,14 0,72 502,20 3,58 686,65 0,37 490,14 -2,40 592,05 -13,78 446,59 -8,88 542,14 -8,43 379,31 -15,28 545,26 0,57 359,34 -5,26 502,31 -7,87 338,81 -5,83 511,19 1,77 349,41 3,13 541,78 5,98 373,17 6,80 610,60 12,70 401,44 7,57 543,59 -10,97 388,10 -3,32 519,09 -4,51 383,68 -1,14 506,92 -2,34 386,20 0,66 502,05 -0,96 373,99 -3,16 492,21 -1,96 360,97 -3,48

BOLSA DE NOVA IORQUE* AÇÚCAR

US$ cents/ LBS-peso out nov dez/13 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez/14 jan fev mar abr Mai/15

US$ cents/ LBS-peso

CACAU EM AMÊNDOAS

US$/t curta

Var% Mensal

CAFÉ EM GRÃOS

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

SUCO DE LARANJA

US$ cents/ LBS-peso

Var% Mensal

ALGODÃO

US$ cents/ LBS-peso

18,81 10,58 2.697,69 4,64 112,80 -3,54 123,12 -6,71 17,17 -5,69 2.722,70 0,93 105,6 -6,38 133,71 8,60 16,41 -7,50 2.776,76 1,99 112,09 6,15 139,89 4,62 15,42 -6,03 2.758,67 -0,65 117,62 4,93 142,51 1,87 16,27 5,51 2.916,89 5,74 152,76 29,88 145,63 2,19 17,58 8,05 2.972,05 1,89 188,96 23,70 152,45 4,68 17,01 -3,24 2.966,09 -0,20 197,02 4,27 160,09 5,01 16,66 -2,06 2.946,38 -0,66 188,71 -4,22 157,88 -0,76 17,22 3,36 3.100,71 5,24 171,60 -9,07 157,61 -0,80 17,18 -0,23 3.131,54 0,99 172,59 0,58 149,11 -5,39 15,89 -7,51 3.216,28 2,71 187,98 8,72 145,22 -2,61 14,60 -8,12 3.181,95 -1,07 188,58 0,32 145,34 0,08 16,47 12,81 3.061,13 -3,80 205,05 8,73 138,41 -4,77 15,88 -3,58 2.870,63 -6,22 188,18 -8,23 136,29 -1,53 14,99 -5,60 2.920,36 1,73 175,60 -6,69 145,42 6,70 15,06 0,47 2.872,10 -1,65 169,24 -3,62 143,28 -1,47 14,51 -3,65 2.922,10 1,74 154,90 -8,47 133,12 -7,09 12,82 -11,65 2.834,86 -2,99 136,95 -11,59 119,82 -9,99 12,94 0,94 2.828,86 -0,21 138,41 1,07 116,25 -2,98 12,06 -6,80 3.051,05 7,85 132,61 -4,19 116,20 -0,04

Var% Mensal

82,58 -2,03 76,66 -7,17 82,03 7,00 85,01 3,63 86,89 2,21 91,79 5,64 91,42 -0,40 90,10 -1,44 85,53 -5,07 68,20 -20,26 65,00 -4,69 66,12 1,72 63,72 -3,63 61,13 -4,06 60,56 -0,93 59,32 -2,05 63,18 6,51 62,53 -1,03 62,03 -0,80 65,15 5,03

* Os valores indicados nestas tabelas se referem à média mensal dos contratos de primeiro futuro negociados nas Bolsas de Chicago e Nova Iorque. Por representarem futuros diferentes, em alguns casos, a variação mensal nem sempre indica a real posição do mercado, devendo ser utilizada apenas como referência.

Revista Suma Economica

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Briefings

Receita do setor de serviços De acordo com o IBGE, a receita do setor de serviços cresceu 6,1% em março, na comparação com o mesmo mês de 2014. Em 12 meses o resultado apontou uma alta de 4,6% e, no ano, 2,9%. O destaque ficou para Serviços de Transporte aquaviário com alta de 18,1% no terceiro mês do ano. O ramo vem sendo o destaque do ano, com alta de 15,0% no trimestre. Por estado, os destaques foram São Paulo, com alta de 8,9% na receita de serviços, seguido pelo estado do Mato Grosso do Sul, com crescimento de 8,4%.

Comportamento da Demanda por crédito por parte das empresas De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito caiu 1,2% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Frente a março deste ano, houve queda de 12,3%. No trimestre, alta de 6,9%. Por porte de empresa, as micro e pequenas empresas foram as únicas que apresentaram alta frente ao mesmo mês do ano passado, mesmo assim, pouco significativa, com 0,2%. Na comparação com março, todos os portes de empresa apresentaram queda, sendo que as micro e pequenas empresas tiveram uma queda acima de dois dígitos. O resultado acumulado mantém as MPE com únicas com alta: 8,4%. Na análise por setor, houve queda em todos pesquisados frente ao mês de abril do ano passado. Frente ao mês de março, a queda nos três setores (Indústria, comércio e serviços) ultrapassou dois dígitos No resultado do quadrimestre, a indústria permanece com queda na demanda por crédito: -5,7%. Serviços e comércio retraíram as suas altas acumuladas para menos de dois dígitos: 8,8% e 8,5%, respectivamente. Na pesquisa por região, a exceção do Norte, todas tiveram queda em março frente ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com março, a região Norte liderou a procura por crédito para empresas, com alta de 9,0%. Com os dados de abril, a região Norte é a que apresenta melhor resultado acumulado no ano, com alta de 11,0%.

Mercado de fertilizantes De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), a entrega de fertilizantes ao consumidor final ficou em 1,39 milhão de toneladas em abril deste ano, queda de 20,9% frente ao resultado do mesmo mês do ano passado. No quadrimestre, entregas de 6,98 milhões de toneladas, com retração de 8,7%. A produção ficou em 700,73 mil toneladas em abril, levando o total do ano a 2,91 milhões de toneladas, alta de 8,4%.

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Revista Suma Economica


Atualização de Ativos

assets actualization

ÍNDICE GERAL DE PREÇOS - FGV - (BASE: MAIO 2015 = 1,00) Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

1950 - 1,279988 1,279988 1,304778 1,317958 1,304909 1,291989 1,266656 1,232156 1,199762 1,199762 1,169359 1951 1,148682 1,110911 1,102095 1,075214 1,054132 1,054132 1,054132 1,085615 1,074866 1,064224 1,053687 1,043254 1952 1,023802 0,987273 0,978467 0,978467 0,978467 0,969739 0,961089 0,944095 0,944095 0,944095 0,944095 0,913052 1953 0,905805 0,898616 0,891484 0,87059 0,87059 0,877611 0,857042 0,843545 0,812664 0,800654 0,77809 0,772681 1954 0,751635 0,731875 0,712634 0,703488 0,673194 0,665212 0,657324 0,645701 0,64185 0,623761 0,623761 0,609737 1955 0,599545 0,590103 0,590103 0,583683 0,574491 0,574491 0,574491 0,568803 0,557104 0,54618 0,538109 0,535431 1956 0,535431 0,524933 0,510139 0,503095 0,503095 0,487496 0,472838 0,46677 0,457169 0,442564 0,435595 0,43043 1957 0,428715 0,41104 0,41104 0,412691 0,414348 0,414348 0,414348 0,414348 0,41106 0,412711 0,411066 0,408209 1958 0,402176 0,396233 0,394654 0,389205 0,383832 0,377416 0,376287 0,369997 0,362742 0,352177 0,340267 0,297697 1959 0,295041 0,283421 0,264632 0,260465 0,255107 0,251834 0,24934 0,243973 0,233244 0,226891 0,221789 0,214289 1960 0,211539 0,208413 0,20333 0,200128 0,196976 0,196583 0,195411 0,191767 0,186001 0,179019 0,170495 0,165368 1961 0,161967 0,159103 0,158311 0,155055 0,147672 0,145489 0,143339 0,141082 0,134236 0,128702 0,118948 0,113392 1962 0,109452 0,103844 0,102108 0,1005 0,1 0,096154 0,092634 0,089329 0,086225 0,084783 0,082715 0,077016 1963 0,07252 0,066716 0,062939 0,058877 0,058179 0,055567 0,053225 0,051031 0,049258 0,046734 0,044047 0,042191 1964 0,03984 0,035827 0,033546 0,031235 0,029918 0,029132 0,027904 0,0263 0,025484 0,024551 0,023517 0,021958 1965 0,020774 0,019784 0,019208 0,018121 0,017731 0,017452 0,017245 0,016775 0,016576 0,016172 0,015917 0,015697 1966 0,015435 0,014385 0,014007 0,013638 0,013039 0,012721 0,012508 0,012097 0,011871 0,011525 0,011322 0,011221 1967 0,011121 0,010642 10,453467 10,198505 9,988741 9,792883 9,695924 9,515137 9,420927 9,245267 9,162802 9,000788 1968 8,920503 8,610524 8,466592 8,26009 8,058625 7,994667 7,746771 7,685288 7,571713 7,459815 7,242539 7,192194 1969 7,142198 7,043588 6,898715 6,85076 6,803138 6,709209 6,577656 6,410971 6,291433 6,174125 6,023537 5,952111 1970 5,952111 5,864149 5,783184 5,675353 5,658378 5,569269 5,449383 5,358292 5,237822 5,13512 5,059231 5,019079 1971 4,979245 4,900831 4,828405 4,724467 4,654647 4,567858 4,465159 4,399172 4,359932 4,299736 4,248751 4,206684 1972 4,173298 4,103538 4,023076 3,959721 3,916638 3,881702 3,839468 3,786458 3,734179 3,69355 3,65698 3,627957 1973 3,602737 3,542515 3,500509 3,452178 3,404515 3,367473 3,337436 3,304392 3,271675 3,239282 3,191411 3,153568 1974 3,119256 3,031347 2,951653 2,824548 2,687486 2,596605 2,545691 2,515505 2,483223 2,441714 2,40563 2,367746 1975 2,316777 2,266905 2,215938 2,181042 2,142477 2,09841 2,053239 2,011008 1,956233 1,912252 1,869259 1,830812 1976 1,791401 1,737537 1,667502 1,608006 1,550632 1,498196 1,458808 1,405403 1,35005 1,305658 1,275057 1,251282 1977 1,22315 1,179508 1,142934 1,096866 1,053666 1,017052 0,997109 0,976601 0,964068 0,947953 0,922133 0,898765 1978 0,879418 0,857133 0,828948 0,803244 0,776832 0,752744 0,726587 0,706797 0,688215 0,671429 0,652507 0,635352 1979 0,625963 0,604211 0,582653 0,550712 0,530551 0,518622 0,501084 0,479966 0,453654 0,42122 0,400399 0,379166 1980 0,35337 0,33274 0,319328 0,299558 0,283404 0,266357 0,251517 0,231813 0,21685 0,205936 0,19139 0,178037 1981 0,168118 0,15771 0,145354 0,135339 0,128284 0,120794 0,115593 0,109984 0,103077 0,098076 0,093942 0,089214 1982 0,085948 0,080854 0,075635 0,070555 0,06694 0,063092 0,058418 0,05506 0,052041 0,050184 0,047886 0,045606 1983 0,042984 0,039435 0,037028 0,033631 0,030798 0,028864 0,025702 0,022685 0,020604 0,018266 0,016122 0,014873 1984 0,013822 0,012588 0,01121 0,010191 0,009358 0,008593 0,007869 0,007134 0,00645 0,005838 0,005184 0,004717 1985 0,004269 0,003791 0,00344 0,003053 0,002848 0,002661 0,00245 0,00225 0,001973 0,001809 0,001659 0,001443 1986 0,001275 0,001082 0,940993 0,950498 0,956044 0,952994 0,94797 0,942035 0,92967 0,919646 0,907038 0,885261 1987 0,823039 0,734594 0,64376 0,559791 0,466182 0,365403 0,290279 0,265507 0,254074 0,23521 0,211615 0,184865 1988 0,159518 0,133891 0,113804 0,096314 0,080041 0,066975 0,055429 0,045605 0,037108 0,029507 0,023128 0,018073 1989 14,022076 10,26807 9,18432 8,81159 8,378425 7,430317 5,861258 4,250985 3,114731 2,242104 1,604942 1,112457 1990 0,744666 0,433197 0,252335 0,139167 0,125001 0,114601 0,105122 0,093047 0,082394 0,073753 0,064606 0,055006 1991 0,047234 0,039383 0,032519 0,030322 0,027885 0,026177 0,023827 0,021118 0,018286 0,015737 0,012505 0,009943 1992 0,008141 0,006418 0,005143 0,004261 0,003595 0,002936 0,002418 0,001987 0,001583 0,001243 0,000994 0,000801 1993 0,000647 0,000503 0,000397 0,000311 0,000243 0,000183 0,00014 0,106265 0,079581 0,058093 0,042987 0,031387 1994 0,023041 0,016204 0,011379 0,007857 0,005515 0,003913 7,340682 5,886202 5,695957 5,609017 5,469544 5,337702 1995 5,30745 5,236237 5,176705 5,084672 4,970354 4,950552 4,824159 4,718466 4,658373 4,709232 4,698426 4,636757 1996 4,624271 4,542953 4,508687 4,498789 4,467517 4,393702 4,340745 4,293941 4,293941 4,288367 4,278953 4,267005 1997 4,229783 4,163992 4,146576 4,099028 4,074985 4,062797 4,034555 4,030927 4,03254 4,008888 3,995304 3,962416 1998 3,935262 3,900934 3,900154 3,891204 3,896269 3,887329 3,876474 3,891261 3,897888 3,898667 3,899837 3,90687 1999 3,868954 3,824967 3,662358 3,591251 3,590174 3,602423 3,566049 3,510236 3,460065 3,409939 3,346687 3,264105 2000 3,224444 3,191887 3,185834 3,18011 3,175981 3,154843 3,125774 3,056692 3,002055 2,981483 2,970492 2,958952 2001 2,936634 2,922314 2,912412 2,889298 2,857014 2,844498 2,803566 2,758872 2,734264 2,723913 2,68498 2,664729 2002 2,659941 2,654896 2,650126 2,647214 2,628813 2,599953 2,555488 2,504152 2,446417 2,383493 2,287202 2,160999 2003 2,104186 2,059495 2,027262 1,994159 1,986016 1,999412 2,013507 2,017542 2,00511 1,984275 1,975583 1,966145 2004 1,954419 1,938907 1,918191 1,900516 1,878909 1,851871 1,828286 1,807679 1,784304 1,775781 1,766419 1,752052 2005 1,742988 1,737255 1,730334 1,713372 1,704678 1,70895 1,716675 1,723569 1,737294 1,739556 1,728665 1,722979 2006 1,721774 1,709466 1,710492 1,718224 1,71788 1,711377 1,699987 1,697102 1,690173 1,686126 1,672578 1,663098 2007 1,658785 1,651683 1,647893 1,644276 1,641977 1,639354 1,635103 1,629075 1,606741 1,58816 1,576337 1,559958 2008 1,537359 1,522288 1,516525 1,505983 1,489303 1,461821 1,434705 1,418814 1,424226 1,419117 1,403816 1,402834 2009 1,409034 1,408893 1,410727 1,422677 1,422108 1,419553 1,42411 1,433283 1,431995 1,428423 1,428995 1,427995 2010 1,429568 1,415274 1,400014 1,391249 1,381303 1,359952 1,355344 1,352369 1,337654 1,3231 1,309611 1,289241 2011 1,284233 1,271770 1,259677 1,252039 1,24581 1,245686 1,247307 1,247931 1,240365 1,231131 1,226226 1,220976 2012 1,222933 1,219275 1,220129 1,213334 1,201083 1,190252 1,182096 1,164397 1,149567 1,139539 1,143083 1,140232 2013 1,132756 1,128581 1,126328 1,122847 1,123521 1,119937 1,11149 1,109936 1,104854 1,090029 1,083205 1,080181 2014 1,072779 1,068505 1,059499 1,044047 1,03937 1,044068 1,050687 1,056498 1,055865 1,055653 1,049462 1,037633 2015 1,033705 1,026825 1,021411 1,0092 1,00000

Revista Suma Economica

43


Estatística statistics

PRINCIPAIS HAVERES FINANCEIROS Período

Base Monetária

mar abr mai jun jul ago set out nov dez/13 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez/14 jan fev mar abr/15

207 717 209 622 201 046 214 568 210 471 209 608 229 575 211 135 215 547 249 510 222 947 224 671 228 014 222 463 214 772 222 859 223 595 231 345 238 409 231 028 241 626 263 529 238 525 238 816 240 656 235 020

MI 292 398 286 743 292 596 300 252 294 771 298 262 301 106 297 336 314 559 344 843 312 999 315 426 309 269 308 576 303 211 305 351 301 817 306 376 311 515 312 267 326 195 351 148 321 241 318 574 314 336 305 619

Depósitos de poupança 513 801 518 697 526 620 538 416 550 188 577 450 567 871 574 219 583 697 597 912 602 767 608 080 612 885 615 952 620 301 626 947 634 329 638 452 643 389 647 479 653 702 662 700 663 691 661 401 660 047 650 496

Títulos privados (I) 935 538 947 139 956 372 968 094 977 220 977 682 991 696 997 475 998 432 1 010 443 1 012 650 1 014 996 1 030 085 1 051 902 1 055 886 1 074 788 1 088 528 1 094 799 1 102 330 1 112 184 1 120 462 1 126 150 1 132 365 1 147 414 1 151 727 1 176 805

M2

Cotas de fundos de renda fixa (2)

Operações compromissadas com títulos federais (3)

1 741 557 1 699 201 1 752 580 1 715 635 1 775 588 1 4 722 828 1 806 761 1 703 255 1 822 179 1 728 012 1 833 395 1 732 663 1 860 673 1 737 779 1 869 030 1 740 719 1 896 686 1 732 822 1 953 197 1 736 989 1 928 386 1 744 151 1 938 502 1 758 512 1 952 238 1 786 095 1 976 431 1 791 581 1 979 397 1 825 335 2 007 086 1 851 774 2 024 675 1 875 145 2 039 627 1 920 431 2 057 233 1 939 173 2 071 931 1 961 961 2 100 358 1 975 885 2 139 998 1 976 698 2 117 296 2 002 400 2 127 390 2 033 518 2 126 110 2 068 976 2 132 920 2 094 130

156 201 164 815 177 665 172 127 160 791 157 901 157 264 155 414 146 538 130 057 145 955 134 133 119 400 140 597 140 806 127 756 151 678 189 669 193 070 192 267 198 785 193 889 205 757 182 982 174 323 174 911

M3 3 597 269 3 633 029 3 676 082 3 682 143 3 710 982 3 723 959 3 755 716 3 765 263 3 776 047 3 820 243 3 818 491 3 831 148 3 857 733 3 908 609 3 945 538 3 986 136 4 051 498 4 149 727 4 189 477 4 226 159 4 275 028 4 310 585 4 325 452 4 343 800 4 369 409 4 401 961

Títulos federais (Selic)

Títulos estaduais e municipais

M4

545 811 578 821 546 461 575 130 589 207 548 521 610 540 623 304 609 921 635 140 619 242 630 836 645 569 624 371 624 163 728 577 679 183 683 370 673 809 706 960 735 140 707 957 740 144 714 144 770 412 760 439

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 413 080 4 211 850 4 222 542 4 257 273 4 300 189 4 272 480 4 366 256 4 388 567 4 385 968 4 455 383 4 437 733 4 461 983 4 503 302 4 532 981 4 569 701 4 714 713 4 730 681 4 833 098 4 863 285 4 933 118 5 010 168 5 018 541 5 065 597 5 057 944 5 139 821 5 162 400

Fonte: Banco Central do Brasil *Dados preliminares. (1) Inclui depósito a prazo, letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobiliárias. (2) Exclui lastro em títulos emitidos primariamente por instituição financeira. (3) As aplicações do setor não-financeiro em operações compromissadas estão incluídas no M3 a partir de agosto de 1999, quando eliminou-se o prazo mínimo de 30 dias, exigido em tais operações desde outubro de 1991.

REMUNERAÇÃO DO CAPITAL NOMINAL

nov dez jan fev mar abr Bolsa (SP) CDB (Pré 30 dias) (I) Poupança (2) Overnight (3) Ouro (Spot-BM&F) US$ Comercial US$ Paralelo TR (4) IGP-M (FGV)

0,07 -8,62 -6,20 0,78 0,75 0,81 0,55 0,61 0,59 0,84 0,96 0,94 3,74 4,21 7,50 3,75 3,50 1,10 6,18 4,00 0,00 0,05 0,11 0,09 0,98 0,62 0,76

REAL*

mai 15

9,97 -0,84 9,93 -6,17 5,51 0,94 0,81 0,91 0,94 4,49 0,52 0,63 0,61 0,62 2,99 0,82 1,04 0,95 0,99 4,83 2,02 10,43 -5,94 5,54 20,22 6,19 11,80 -5,72 5,80 19,73 6,99 11,11 -5,59 4,98 17,83 0,02 0,13 0,11 0,12 0,47 0,27 0,98 1,17 0,41 3,64

Fonte: Bovespa, BVRJ, Bacen, BM&F, Anbid, FGV e Centro de Informações da Gazeta Mercantil. (1) Taxa líquida realizada no primeiro dia útil do mês. (2) Rendimento para cadernetas com aniversário no dia 1o do mês subsequente. (3) Taxa efetiva. (4) Taxa no período entre o dia 1o do mês ao primeiro dia do mês seguinte. (*) Em relação ao IGP-M (FGV).

44

Revista Suma Economica

no ano

nov

dez jan fev mar

-0,91 -9,24 -6,96 9,70 -0,20 0,13 0,05 0,67 -0,43 -0,01 -0,17 0,25 -0,14 0,34 0,18 0,55 2,76 3,59 6,74 1,75 2,77 2,88 0,34 5,92 5,20 3,38 -0,76 6,72 -0,93 -0,51 -0,67 -0,25 -

-1,82 -0,17 -0,35 0,06 9,45 10,82 10,13 -0,85 -

abr

mai no 15 ano

8,76 -6,58 1,87 -0,26 0,53 0,85 -0,56 0,21 -0,65 -0,22 0,58 1,19 -7,11 5,13 16,58 -6,89 5,39 16,09 -6,76 4,57 14,19 -1,06 -0,29 -3,17 -


Estatística statistics

TAXAS DE CÂMBIO DIVERSAS - (MAIO/2015) Data

Dólar EUA

Euro

Iene Japonês

Libra Esterlina

4 5 6 7 8 11 12 13 14 15 18 19 20 21 22 25 26 27 28 29

3,0754 3,0626 3,042 3,0421 2,9966 3,0175 3,0389 3,0103 3,0032 2,9894 3,0145 3,0284 3,0347 3,0295 3,0653 3,1212 3,1351 3,174 3,1748 3,1788

3,4275 3,4228 3,4521 3,4327 3,3688 3,3624 3,416 3,4233 3,4143 3,4169 3,4227 3,3779 3,3624 3,3712 3,3823 3,4246 3,41 3,4559 3,4653 3,4941

0,02557 0,02555 0,02547 0,02541 0,02502 0,02514 0,02536 0,02528 0,0252 0,02505 0,02516 0,02512 0,02502 0,02502 0,02525 0,02569 0,02547 0,02565 0,02557 0,02563

4,6491 4,6484 4,6375 4,6316 4,6315 4,7055 4,7665 4,7403 4,7351 4,7146 4,7261 4,7019 4,7171 4,7478 4,7469 4,8276 4,8268 4,8645 4,8546 4,8578

TAXAS DE CÂMBIO

Franco Suiço 3,2871 3,3063 3,3242 3,3081 3,2315 3,2293 3,2793 3,2867 3,2843 3,2586 3,2678 3,2348 3,2301 3,2415 3,2509 3,306 3,2987 3,3386 3,3567 3,3795

* Taxa de venda no mercado comercial (valores das moedas estrangeiras em reais).

TAXAS DE CÂMBIO DIVERSAS - (MÉDIA MENSAL) Período

Dólar EUA

Euro

Iene Japonês

Libra Esterlina

Franco Suiço

mai 2,034843

2,638690

0,020132

3,108614

jun 2,172955

2,86746

0,0223545

3,36611

2,32887

2,946213

0,022596

3,417661

2,382935

jul

2,252170

libor e prime

2,125443

ago 2,342190

3,118522

0,0239468

3,632272

2,529577

set 2,270509

3,031652

0,0228833

3,601657

2,458214 2,4252869

out 2,188647

2,986521

0,0223847

3,522630

nov 2,29535

3,09685

0,0229265

3,696485

2,51475

dez/13 2,34548

3,214757

0,0226733

3,842557

2,625638 2,635359

jan 2,382209

3,243790

0,022952

3,923304

fev 2,38368

3,256205

0,023348

3,9481

2,66606

mar 2,326089

3,218526

0,0227184

3,864878

2,6430368

abr 2,23277

3,083785

0,0217935

3,73857

2,52974

mai 2,220882

3,049057

0,0218280

3,740119

2,4989047

jun 2,23547

3,038875

0,021901

3,778175

2,4954

jul

2,22464

3,011269

0,021864

3,797382

2,478543

ago

2,4933285

2,268028

3,020176

0,0220347

3,787861

set 2,332868

3,008827

0,0217404

3,803759

2,4916

out 2,448260

3,103778

0,0226726

3,935104

2,5696826

nov 2,548365

3,17785

0,0219185

4,020665

2,642765

dez/14 2,639363

3,252540

0,0221104

4,127359

2,7050590

jan 2,634228

3,061585

0,0222871

3,991290

2,8134428

fev 2,81645

3,194677

0,023715

4,317872

3,0085222

mar 3,139477

3,39541

0,026076

4,694031

3,2051863

abr 3,04322

3,291465

0,025459

4,555045

3,16928

mai/15 3,061715

3,41516

0,0253315

4,73656

3,285

Revista Suma Economica

45


Estatística statistics

R$/US$ NO FINAL DO MÊS (ÚLTIMO DIA ÚTIL) ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

1992 1.319,45 1.630,85 1.988,00 2.396,10 2.849,10 3.446,70 4.204,60 5.131,00 6.400,00 8.034,10 9.949,90 12.387,50 1993 15.720,00 19.858,00 25.121,00 32.268,00 41.700,00 54.336,00 71.153,00 94.652 128.070 174.000 235.980 326.105 1994 458,66 637,45 913,34 1.302,28 1.875,20 2.750,00 0,94 0,889 0,853 0,846 0,845 0,846 1995 0,842 0,851 0,896 0,913 0,906 0,922 0,936 0,951 0,954 0,962 0,967 0,973 1996 0,979 0,984 0,988 0,993 0,998 1,004 1,011 1,017 1,022 1,028 1,033 1,039 1997 1,046 1,052 1,059 1,064 1,072 1,077 1,083 1,092 1,096 1,103 1,11 1,116 1998 1,124 1,13 1,137 1,144 1,15 1,157 1,163 1,177 1,186 1,193 1,201 1,209 1999 1,983 2,065 1,722 1,661 1,724 1,769 1,789 1,916 1,922 1,953 1,923 1,789 2000 1,802 1,769 1,747 1,807 1,827 1,8 1,775 1,823 1,844 1,909 1,96 1,955 2001 1,971 2,045 2,162 2,185 2,36 2,305 2,431 2,552 2,671 2,707 2,529 2,32 2002 2,418 2,348 2,324 2,363 2,522 2,844 3,428 3,022 3,895 3,645 3,637 3,533 2003 3,526 3,563 3,353 2,89 2,966 2,872 2,965 2,966 2,923 2,856 2,949 2,889 2004 2,941 2,914 2,909 2,945 3,129 3,107 3,027 2,934 2,857 2,856 2,731 2,654 2005 2,693 2,595 2,666 2,531 2,404 2,35 2,39 2,364 2,222 2,254 2,207 2,341 2006 2,216 2,135 2,172 2,089 2,3 2,164 2,176 2,139 2,174 2,143 2,169 2,138 2007 2,125 2,118 2,05 2,034 1,929 1,926 1,878 1,962 1,839 1,744 1,784 1,771 2008 1,76 1,683 1,749 1,687 1,629 1,592 1,567 1,634 1,914 2,115 2,333 2,337 2009 2,316 2,378 2,315 2,178 1,973 1,952 1,873 1,886 1,778 1,744 1,75 1,741 2010 1,874 1,811 1,781 1,731 1,817 1,801 1,757 1,756 1,694 1,701 1,716 1,666 2011 1,673 1,661 1,629 1,573 1,58 1,561 1,556 1,587 1,854 1,688 1,811 1,876 2012 1,739 1,709 1,822 1,892 2,022 2,021 2,050 2,037 2,031 2,031 2,107 2,043 2013 1,988 1,975 2,014 2,002 2,132 2,216 2,290 2,372 2,230 2,203 2,325 2,343 2014 2,426 2,333 2,263 2,236 2,239 2,202 2,267 2,240 2,451 2,444 2,560 2,656 2015 2,662 2,878 3,208 2,994 3,179

REAL/DÓLAR (MÉDIA MENSAL) ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

1992 1.197,38 1.478,66 1.814,22 2.196,78 2.628,65 3.149,77 3.829,20 4.672,14 5.771,57 7.214,90 9.044,59 11.150,88 1993 14.059,14 17.868,59 22.469,25 28.728,94 37.040,31 48.106,46 62.773,24 82,74 111,189 151,225 205,801 279,3852 1994 390,823 550,807 768,12 1.109,56 1.585,48 2.296,26 0,933 0,899 0,865 0,846 0,842 0,85 1995 0,847 0,841 0,889 0,912 0,897 0,914 0,929 0,942 0,953 0,96 0,963 0,968 1996 0,975 0,981 0,986 0,99 0,995 1,001 1,007 1,013 1,019 1,025 1 1,037 1997 1,043 1,049 1,057 1,061 1,068 1,075 1,081 1,088 1,094 1,1 1,107 1,114 1998 1,12 1,127 1,133 1,141 1,148 1,155 1,161 1,172 1,181 1,188 1,194 1,206 1999 1,502 1,914 1,897 1,694 1,684 1,765 1,8 1,881 1,898 1,97 1,93 1,843 2000 1,804 1,775 1,742 1,768 1,828 1,808 1,798 1,809 1,839 1,88 1,948 1,963 2001 1,955 2,002 2,089 2,192 2,297 2,376 2,466 2,511 2,672 2,74 2,543 2,363 2002 2,378 2,42 2,347 2,32 2,48 2,714 2,935 3,11 3,342 3,806 3,576 3,626 2003 3,438 3,591 3,447 3,119 2,956 2,883 2,88 3,002 2,923 2,861 2,914 2,925 2004 2,852 2,93 2,905 2,906 3,1 3,129 3,037 3,003 2,891 2,853 2,786 2,718 2005 2,625 2,598 2,705 2,579 2,453 2,413 2,373 2,368 2,294 2,256 2,211 2,285 2006 2,274 2,162 2,152 2,129 2,178 2,248 2,189 2,156 2,169 2,148 2,158 2,15 2007 2,138 2,096 2,089 2,032 1,982 1,932 1,883 1,966 1,899 1,801 1,77 1,786 2008 1,774 1,728 1,707 1,689 1,66 1,619 1,591 1,612 1,799 2,173 2,266 2,394 2009 2,307 2,313 2,314 2,206 2,061 1,957 1,933 1,845 1,82 1,738 1,726 1,75 2010 1,78 1,841 1,786 1,756 1,813 1,806 1,77 1,759 1,719 1,683 1,713 1,693 2011 1,675 1,668 1,659 1,586 1,613 1,587 1,564 1,597 1,75 1,772 1,79 1,837 2012 1,79 1,718 1,795 1,855 1,986 2,049 2,029 2,029 2,028 2,030 2,068 2,078 2013 2,031 1,973 1,983 2,002 2,035 2,173 2,252 2,342 2,270 2,189 2,295 2,345 2014 2,382 2,384 2,326 2,233 2,221 2,235 2,225 2,268 2,333 2,448 2,548 2,639 2015 2,634 2,816 3,139 3,043 3,062 - Até fevereiro de 1986 a moeda foi o cruzeiro (CR$). - Em março de 1986 a moeda possou a se chamar cruzado (Cz$), após o corte de 3 zeros. - Em janeiro de 1989 a moeda passou a se chamar cruzado novo (NCz$). - Em março de 1990 a moeda volta a ser o cruzeiro, sem o corte de zeros. - Em agosto de 1993 a moeda passa a se chamar cruzeiro real (CR$) com o corte de 3 zeros. - Em julho de 1994 a moeda passa a se chamar real após atingir CR$ 2.750 em junho de 1994.

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Revista Suma Economica


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