Revista Suma Economica Edição Maio 2015

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Consultoria e Publicações

Setores tentam driblar a recessão As dificuldades para fazer a economia decolar em 2015

ISSN 0100-8595 - Edição 444 - Maio de 2015

Suma Economica Revista


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O Estado da Economia the state of the economy

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Chegamos ao fundo do poço?

s últimos indicadores antecedentes do PIB e os dados acumulados em 12 meses da produção industrial até março, com uma queda de 4,7%, mostram que, no primeiro semestre deste ano, o ambiente econômico no Brasil continuará muito recessivo. E nada indica que a situação irá se alterar, significativamente, até o final do ano, pois o aumento de juros e a escassez de recursos para as empresas fazem com que elas, para poderem manter o caixa e a liquidez, se retraiam em termos de negócios, empregos e investimentos, o que se reflete, com força, no consumo. O resultado são férias coletivas e demissões em quase todos os segmentos dos negócios. A sazonalidade da economia brasileira, que aumenta as atividades no segundo semestre, provocará uma sensação de maior bem-estar no final do ano, porém, sem nenhuma melhoria real. Mesmo que a política monetária se flexibilizasse neste mês, o atual aperto financeiro continuaria afetando a economia por um período de mais seis a nove meses. Logo, pelo menos até o primeiro do trimestre de 2016, a retomada das atividades econômicas estará comprometida. Apesarda recessão e dos juros altos, o impacto sobre a inflação será relativamente pequeno. Embora o governo seja otimista, a realidade é que a média da inflação, em 2016, tende para mais de 6,5% no ano. A inflação se retroalimenta das incertezas e das expectativas. E, em particular, no Brasil, das lembranças de empresas que perderam dinheiro na década de 80 por reajustes insuficientes de preços, para ganharem market-share, e que tiveram que pagar um custo alto pelo capital. A maior parte destas empresas foi comprada (muitas vezes por empresas menores, mas capitalizadas), reduziu de tamanho ou desapareceu. Considerando a experiência histórica, a melhor forma de atravessar o atual período de recessão e inflação alta é reajustar os preços na velocidade da inflação projetada, proteger e aplicar o caixa. O alto retorno financeiro, nesta fase, permite que a empresa capitalize-se para o próximo ciclo crescimento, em que os retornos sobre os investimentos são maiores e é menor a exposição ao risco. No curto prazo, destaca-se a possibilidade de a indústria de transformação atender a parte da demanda de bens importados, que ficaram mais caros com a valorização do dólar. O resultado do dólar superior a R$ 3,00 observa-se na balança comercial do último mês, que foi superavitária devido a uma fortíssima contração na importação de bens industriais. O decorrerdos próximos meses, continuando o dólaracima de R$ 3,00, as importações tendem a continuar se retraindo, devido ao preço mais alto dos importados e da retração na demanda. Com isto, pouco a pouco, a indústria nacional concorrerá, em vantagem, em diversos nichos de mercado, contra os produtos

importados. A grande dúvida, porém, é: estes nichos serão suficientes para compensar a queda que ocorre na demanda a nível nacional? A resposta mais provável é que não. Pois só uma desvalorização mais acentuada do dólar, para, pelo menos R$ 3,40, seria capaz de permitir uma expansão mais forte da indústria. Entretanto, a pressão sobre o preço do dólar continuará forte. O excesso de liquidez no mercado internacional, com o Q.E. do Banco Central Europeu e a decisão da China em também darampla liquidez ao mercado interno e linhas de financiamentos ainda mais amplas às exportações, faz crescer o volume de recursos externos que aportam no Brasil, devido à altíssima taxa de juro real paga pela dívida pública, que chega a ser de 500% a 600% superior aos retornos em renda fixa do mercado internacional. Dentro deste contexto complicado, algumas mudanças positivas estão ocorrendo. A principal é que, após a perda do controle das despesas públicas em 2013 e 2014, o governo tem efetivamente reduzido despesas, ainda que sejam insuficientes para se obterum superávit primário robusto, mas está na direção certa. E tem tido a coragem de tomar a iniciativa política - que em geral não é fácil em parte nenhuma do mundo - de aprovar mudanças na legislação que tornem viável a obtenção do equilíbrio no orçamento público, como, por exemplo, a que limita abonos e seguros desemprego. Mudou, também, ou pelo menos este tem sido o discurso: (i) a visão sobre o modelo para indústria de petróleo no país; (ii) a percepção de que concessões e a menor participação do Estado em aeroportos, empresas e outras atividades não significa um Estado de Bem-Estar Social menor; (iii) e, aparentemente, a aproximação de Cuba com os EUA mostrou ao governo brasileiro a perda de tempo e oportunidade que tem sido “ficar colado ao Mercosul”, sem levar em frente acordos comerciais mais amplos com os americanos e os grandes players do comércio mundial. Considerando a situação atual, as tendências que afetarão os seus negócios e investimentos são as seguintes: • Economia mundial crescendo 3,5% no ano e comércio mundial em 3,3%. • Continuidade da ampla liquidez e juros baixos no mercado internacional. • Juros básicos da Selic entre 13,5% e 14,0% em dezembro deste ano. • PIB crescendo entre - 0,5% e 0,5% em 2015. • Produção industrial entre -1,0% e 0,0% neste ano.

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Índice

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Petróleo e energia

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BRIEFINGS PRINCIPAIS INDICADORES

Setores tentam driblar a recessão As dificuldades para fazer a economia decolar em 2015

Suma Economica Revista

TAXA DE JUROS

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Qual o tamanho em que se quer a recessão?

12 24

Bolsa tem ótimo desempenho puxada por Vale e Petrobras

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

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Projeções revistas no setor siderúrgico

25

OMC divulga previsões para o Brasil

Suma Economica

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38 40

Retomada surpresa

Desaceleração emergente

AGRÍCOLA E COMMODITIES

ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS ESTATÍSTICA

ATENDIMENTO: Luiz Cláudio - atendimento@suma.com.br

Chegamos ao fundo do poço?

THE STATE OF THE ECONOMY Have we reached rock bottom?

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ANÁLISE DA CONJUNTURA Quais os segmentos que atravessarão melhor este período recessivo?

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE: (0xx21) 2501-2001 www.sumaeconomica.com.br

DIRETORIA COMERCIAL: Salete Gondin - salete@sumaeconomica.com.br

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O ESTADO DA ECONOMIA

Projeções revistas

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - redacao@suma.com.br

Projeto GrAfico e diagramação: CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

03

ECONOMIA INTERNACIONAL

WEB DESIGNER/INTERNET: Alessandra Moura - alessandra.moura.web@gmail.com

TRADUÇÃO: Melanie Siqueira

As dificuldades para fazer a economia decolar em 2015

Capitalização permanece firme

DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br

COLABORAÇÃO: Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp

Setores tentam driblar a recessão

Março volta a ter resgate líquido

VENDAS DO COMÉRCIO

36 CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIOR

33

FUNDOS DE INVESTIMENTO

Consultoria e Publicações

SEGUROS

AÇÕES

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EVOLUÇÃO E PREVISÕES

ISSN 0100-8595 - Edição 444 - Maio de 2015

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FATOS, TENDÊNCIAS & OPORTUNIDADES

CIRCULAÇÃO: Otacílio Vieira Filho RIO DE JANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648 TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.


The State of the Economy o estado da economia

O

Have we reached rock bottom?

n the latest leading indicators of GDP and data accumulated by March of industrial production in the last 12 months, it is down 4.7%, which shows that in the first half of this year, the economic environment in Brazil remains very recessive. Nothing indicates that the situation will change significantly by the end of the year, as the increase in interest rates and the shortage of resources for businesses mean that companies, in order to maintain cash and liquidity, retract in terms of business, jobs and investment, which is strongly reflected in consumption. The result is shutdowns and layoffs in almost all segments of business. The seasonality of the Brazilian economy, which increases activity in the second half, will provoke a greater sense of well-being at the end of the year, but without any real improvement. Even if monetary policy is expanded this month, the current financial squeeze would continue affecting the economy for a period of six to nine months. Thus, at least until the first quarter of 2016, the resumption of economic activities will be compromised. Despite recession and high interest rates, the impact on inflation will be relatively small. Although the government is optimistic, the reality is that the average inflation in 2016 tends to over 6.5% in the year. Inflation feeds itself from uncertainties and expectations. In Brazil in particular, from memories of companies that lost money in the 80s by insufficient price adjustments, to gain market share, and had to pay a high cost for capital. Most of these companies was bought (often by smaller companies, more capitalized), shrank or disappeared. Considering historical experience, the best way to go through the current period of recession and high inflation is adjust prices in the rate of projected inflation, protecting and enforcing liquidity. The high financial return at this stage allows companies to capitalize for the next growth cycle, in which returns on investments are higher and there is less risk exposure. In the short term, the possibility of the manufacturing industry to meet part of the demand for imported goods, which have become more expensive with the appreciation of the dollar, stands out. The result of a higher dollar, at R$ 3.00, is observed in the trade balance from last month, which presented surplus due to a very strong contraction in imports of industrial goods. Over the coming months, if the dollar remains above R$ 3.00, imports are likely to continue shrinking due to the higher price of imported goods and contraction in demand. With this, little by little, the domestic industry

will have advantage to compete in several niche markets against imported products. The big question, however, is: these niches will be sufficient to offset the decline in demand that occurs at national level? The most likely answer is no. Because only a more pronounced devaluation of the dollar, to at least R$ 3.40, would be able to allow a stronger expansion of the industry. Nevertheless, pressure on dollar price will remain strong. Excess liquidity in the international market, European Central Bank QE, and China’s decision to also give ample liquidity to the domestic market and wider financing lines to exports, increase the volume of external resources that get to Brazil, due to the very high real interest rate paid on government debt. It is as high as 500% to 600% higher than the returns on fixed-income in international market. Within this difficult context, some positive changes are taking place. The main one is that, after the loss of control of public spending in 2013 and 2014, the government has effectively reduced costs, although they are insufficient to obtain a robust primary surplus, but it is in the right direction. And it has had the courage to take the political initiative - which usually is not easy in any part of the world - to approve changes in the law that make possible the achievement of balance in the public budget, for example, limiting allowances and unemployment insurance. Further changes are (at least in speech): (i) oil industry model in the country; (ii) the perception that grants and a lower share of the State in airports, businesses and other activities do not mean a worse state of Social Welfare; (iii) apparently the approach of Cuba to the US showed to the Brazilian government the loss of time and opportunity of being “glued” to Mercosur,” without taking into account broader trade agreements with the Americans and the major players in world trade. Considering the current situation, trends that will affect your businesses and investments are as follows: • World economy growing 3.5% in the year and global trade by 3.3%. • Continuity of ample liquidity and low interest rates in the international market. • Basic interest - Selic - between 13.5% and 14.0% in December this year. • GDP ‘growing’ between - 0.5% and 0.5% in 2015. • Industrial production between -1.0% and 0.0% this year.

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Briefings

Saque recorde de recursos da poupança De acordo com o Banco Central, em março a poupança registrou saques recordes, no total de R$ 11,438 bilhões. No trimestre, as retiradas atingiram R$ 23,230 bilhões. O patrimônio da poupança chegou a R$ 650,290 bilhões em março. A atual conjuntura econômica, de piora no emprego, quadro tarifário mais apertado e menor atratividade, faz com que o consumidor use a poupança para complementar a renda mensal, preferindo isto a contrair novas dívidas em cartão, cheque especial, entre outros, em um ambiente de juros altos.

Comportamento da Demanda por crédito por parte das empresas De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito cresceu 18,1% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Frente a fevereiro deste ano, houve elevação de 6,7%. No trimestre, alta de 9,7%. Por porte de empresa, as micro e pequenas empresas foram as únicas que apresentaram alta frente ao mesmo mês do ano passado, com 20,5%. Na comparação com fevereiro, o mesmo panorama, com a demanda das micro e pequenas empresas crescendo 7,4%. Para as médias empresas, nas duas bases de comparação houve queda, sendo frente ao mesmo mês do ano anterior, as quedas continuam sendo mais acentuadas. Desta vez ficou em -14,3%. Nas grandes empresas, queda tanto frente ao mesmo mês do ano passado quanto em relação ao mês de fevereiro deste ano. Na análise por setor, houve alta de dois dígitos para todas as categorias na comparação com março do ano passado, com destaque para o setor de serviços, com alta de 21,9%. Frente ao mês de fevereiro, houve alta nos três setores pesquisados, também com os serviços na liderança nominal, com elevação de 8,5%. No resultado do trimestre, a indústria permanece com queda na demanda por crédito: -6,6%. Serviços e comércio apresentam ambos alta trimestral de dois dígitos. Na pesquisa por região, todas tiveram alta em março frente ao mesmo mês do ano passado, sendo a maior variação registrada no Sudeste: 22,1%. Na comparação com fevereiro, a região Centro-Oeste liderou a procura por crédito para empresas, com alta de 12,4%. Com os dados de março, a região Sudeste é a que apresenta melhor resultado acumulado no ano, com alta de 12,0%.

Inadimplência com cheques O número de cheques devolvidos por falta de fundos chegou a 23,2 a cada mil compensados no mês de março deste ano, de acordo com o Serasa Experian, crescendo em relação ao comportamento de março do ano passado e em relação a fevereiro deste ano. Em março costumam “bater” diversos cheques de compromissos parcelados no início do ano, sobretudo com despesas escolares e viagens de férias, além de pagamentos dos impostos tradicionais deste período. Com isso era esperado este aumento da inadimplência com cheques no terceiro mês do ano. Além disso, há o aspecto da conjuntura econômica atual, com aumento do desemprego e da inflação.

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Fatos, Tendências & Oportunidades

Petróleo e energia

facts, trends and opportunities Por Alexis Cavicchini, Editor

Estimativas sobre fontes de energia a longo prazo comumente erram muito. Contudo, existe algum consenso entre o pessoal do setor de que o petróleo, nos próximos vinte anos, deve representar entre 28% e 30% da oferta global de energia. E, com a expansão que ocorre na produção de gás, o total dos dois combustíveis manter-se-ia em aproximadamente 55% da oferta mundial de energia. No mais, carvão recuaria para 25% da oferta energética; fontes renováveis seriam responsáveis por 8% da oferta e energia atômica; e hidroelétrica manteria a posição atual. Considerando o explosivo aumento na demanda mundial por energia, na medida em que a renda percapita aumenta em todo o mundo, petróleo e gás continuarão sendo um mercado excepcionalmente promissor. Portanto, desde que a ANP leve a frente as novas rodadas para blocos de exploração no país, que a política de conteúdo nacional tenha foco em custos que viabilizem o negócio em escala global e que a Petrobras mantenha um orçamento realista, como apresentado no seu último Plano de Negócios, o ajuste do setor no Brasil será relativamente rápido. Embora juros altos e recessão sejam uma péssima combinação para o preço das ações e a Petrobras sempre seja um risco pelas potenciais interferências políticas na empresa, se a atual administração implementar o que propõe, o papel deve ser acompanhado com atenção, pois pode gerar bons pontos de compra.

Construção Civil A Construção Civil e a sua contraparte no setor de serviços, as Atividades Imobiliárias, em conjunto, reponderam por 16,7% do PIB em 2014. O que, quando comparado com os 10,9% do PIB gerado por toda a indústria de transformação, mostra a importância do conjunto de negócios imobiliários na formação da renda nacional. O aumento dos juros, a falta de créditos e o não pagamento de obras em andamento provocaram uma trava no setor, que é infinitamente maior do que em outros setores da economia. Até maio, a indústria de transformação demitiu, em função da crise, aproximadamente 50 mil funcionários, concentrados nas regiões Sul e Sudeste. No mesmo período, o complexo de construções e negócios imobiliários demitiu mais de 180 mil trabalhadores. E a crise ainda está no início. O anúncio de que haverá R$ 40 bilhões em créditos para o setor, provenientes do compulsório, provocou um alívio no mercado. Contudo, como em geral é longa a distância entre a percepção da crise, pelo governo, e a implementação de decisões, é pouco provável que estes recursos, ou parte deles, cheguem na velocidade necessária até as empresas e potenciais compradores.

“Mercosul é corpo sem espírito e foco deve ser os EUA” Sempre tive o Mangabeira Unger em grande consideração. É brilhante. Embora pouco prático e muitas vezes descolado da realidade. Porém, na entrevista concedida recentemente a Eliane Oliveira, de “O Globo”, cujo título é destacado no título deste comentário, ele apresenta com clareza e objetividade a direção que deveria ser seguida pelo Brasil em política e economia externa. Em suma, a posição dele é a de que: 1. O Mercosul durante um período de transição deixaria de ser uma união aduaneira. Suspensão temporária da TEC (tarifa externa comum) para que o Brasil possa fazer acordos bilaterais com outros países. 2. Foco nos EUA e nos grandes mercados mundiais. 3. Política externa é muito importante para ficar nas mãos dos diplomatas. Esta, certamente, é a posição que o Brasil deveria ter adotado quando os EUA iniciaram a formação do NAFTA. Ou antes. Portanto, já estamos atrasados. Porém, após a aproximação que foi iniciada entre americanos e cubanos, começou a ruir o muro ideológico que separava o atual governo em relação ao comércio internacional. Sendo levada a frente uma nova política externa, se abrirão imensas oportunidades para as empresas brasileiras. Revista Suma Economica

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Principais Indicadores main index

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