Surfar #16

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BrUNo leMoS

ÍNDiCe

O Careca é Deca!

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Alfabarrels vs PipeLeme

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Saludos Desde Peru

108 saus atnoc udiB ofargótof

Kelly Slater consegue o impossível de novo.

A batalha entre dois dos picos mais tubulares da cidade.

Brasileiros surfam o Peru de norte a sul.

Recycled

Reviramos nosso arquivo de “rejects” do ano.

Sessão da Meia-Noite

A galera largou as noitadas para surfar madrugada adentro.

Miss Surfar

A gaúcha Lídia Barbieri levou os cariocas à loucura.

Andy irons vai deixar saudades.

odizUDiBa

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eDiToRiAL

Nesta foto: Nada como trocar uma noite de sono pelas perfeitas esquerdas do Arpex. o life style do carioca é inconfundível...

GUStaVo CaBelo

Na capa: o designer de pranchas Nelson Pinto, que veio do sul para estudar aqui, fez a foto mais comentada dos últimos meses no Rio de Janeiro. Momento de glória na direita do Leme. foto: Henrique Pinguim

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VIVeNdO O SUrF dIa e NOITe Perto de completar três anos que a Surfar entrou no mercado, podemos dizer que o frio na barriga que sentimos quando botamos a primeira edição na rua existe até hoje. Desde a distribuição, escolha das fotos, design das matérias, texto, atendimento aos clientes e leitores, projetos de viagens, entre outros detalhes do dia a dia, tudo é feito com muita vontade de acertar. Claro que evoluímos. Aprendemos com os erros e críticas para hoje sermos referência entre os veículos de surf do Brasil. Isso é uma conquista! Nossa revista instiga os leitores a surfar, os fotógrafos a registrar suas imagens de outros ângulos, os jornalistas a fazer reportagens mais elaboradas. Nós agitamos o mercado. A Surfar é grátis. É um presente para todo o mundo do surf. A partir do momento que decidimos lançar uma revista aqui no Rio, sabíamos que os desafios eram grandes. Para isso, vivemos todo esse período com muita intensidade e dedicação. A real é que a paixão pelo surf que nos move todos os dias em busca das melhores ondas se traduz através das páginas da Surfar! Esse foi o ano de algumas conquistas significativas para nós. Estivemos no Hawaii, Nicarágua, Tahiti, Indonésia, Peru, Europa e México. Com um arquivo tão grande, resolvemos revirar a “lixeira” e fazer uma matéria “Recycled” com fotos exclusivas, que por falta de espaço ficaram de fora. Também estivemos, no mês de novembro, em Mavericks, na Califórnia. Cobrimos o primeiro swell da temporada que vocês já conferem nessa edição. Não podemos nos esquecer da matéria na Baía de Guanabara, capa de maio e um marco histórico no surf brasileiro.

Esse é o nosso objetivo: fazer história! Literalmente trabalhamos dia e noite para isso. É só ver “Arpex: Sessão da meia-noite” para entender. Depois de horas na redação, tiramos forças do além e saíamos de madrugada para produzir algo inédito. Falando em redação, temos que mencionar o Alfa Barra, local que abriga nossa base e que muitas vezes serve de fuga para o stress diário. Para não parecer que somos parciais em relação ao Alfa, criamos uma disputa que promete dar o que falar. Para a matéria de capa, botamos cara a cara os picos mais tubulares da cidade: o Alfa Barra e o Leme. A decisão do campeão, nós deixamos para vocês, através de uma votação aberta em nosso portal on-line. A energia que buscamos para fazer uma revista especial vem de vocês, leitores. Quando dizem: “Que vibe aquela matéria da Indo!”, “Assustador aquele swell no México...”, “Baía de Guanabara quebra onda?”. É isso que nos motiva. Para finalizar, o maior trunfo que nós temos na Surfar é o total envolvimento dos profissionais que trabalham com a gente. Pessoas que respiram surf na sua essência, onde uma foto publicada, um texto bem escrito e o rabisco de uma ideia em um pedaço de papel, que se torna posteriormente uma matéria de sucesso, não é apenas uma questão profissional, vai muito além. A satisfação de ver um trabalho dando certo é praticamente uma realização pessoal. Como em qualquer coisa que se faça na vida, a intensidade que você coloca em cada projeto pode lhe trazer como resultado novas perspectivas para um futuro melhor. É exatamente isso que a equipe da Surfar deseja para os leitores no próximo ano. Um feliz 2011 e vamos todos para dentro d´água Surfar! José Roberto Annibal

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BIdU

Seria sorte de principiante? Stephan figueiredo fez sua estreia em Mavericks, CalifĂłrnia, no dia 2 de novembro, na primeira bomba da temporada 2010/11 e se destacou pegando uma das melhores ondas da sessĂŁo. Botando pra baixo com tĂŠcnica e tranquilidade, o carioca parecia um veterano em Mavs.

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HeNrIQUe pINGUIM


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DISPOSICAO!

gabriel SodrĂŠ aquece a canhota no Leme para o Ultimate Barrel Championship.

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-






pedro tojal

NOCAUTE! 32

Pedro Scooby vai Ă lona no Alfa Barrels.


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aSp / SHerMaN


O careca é deca! Por:roger ferreira

Aos 38 anos, o mito Kelly Slater chegou antecipadamente ao seu décimo título mundial do World Tour da ASP no último dia 6 de novembro, vencendo o brasileiro Adriano de Souza nas quartas de final da penúltima prova da temporada, realizada em Middles, Porto Rico. Após o deca, Slater ainda levou de quebra a etapa, com direito a uma nota 10 na grande final contra o aussie Bede Burbidge. Após 20 anos na estrada, o norte-americano continua fazendo história. No caminho rumo ao deca, Slater chegou a seis finais em 2010. Venceu quatro, Bells, Trestles, Peniche e Middles, e foi vice em duas, Imbituba e Hossegor, além do nono lugar em Snapper Rocks, um décimo sétimo em Jeffreys Bay e o terceiro em Teahupoo. Dentro da careca reluzente, o cérebro mais privilegiado do surf é incansável e está sempre inovando, seja nas manobras ou no design de pranchas, sugerindo novos formatos de competições e arrancando resultados mirabolantes dentro d’água. E quando veste a camisa de lycra e parte para a bateria, ele exerce uma grande pressão psicológica em seus adversários que, por mais que consigam superá-lo surfando, acabam cometendo erros fatais. Foi assim que Slater venceu o brasileiro Adriano de Souza no round 4 do Rip Curl Pro Search, em Middles, Porto Rico. No segundo confronto entre os dois, antes que Mineirinho conseguisse surfar ao menos uma onda na derradeira bateria que decidiu o título de 2010, Kelly pegou dois tubos perfeitos e chegou ao somatório de 18,87 pontos, de 20 possíveis, sacramentando sua hegemonia. “Honestamente, me sinto aliviado. Foi o título mais estressante que eu já tive, pois na minha idade as pessoas dizem: ‘você não deveria estar fazendo isto.’ E com todos os novatos melhorando, é um desafio acreditar em você mesmo e não no que as outras pessoas falam. Não é uma onda, não é uma manobra, não é um evento. É uma coisa de um ano inteiro e eu sei como focar. Deu certo, estou muito aliviado”, disse ele após a conquista. Kelly Slater é movido a desafios. Também teve o privilégio de conhecer e vencer seus maiores ídolos, como Tom Curren, que viu o seu pupilo derrubar todas as suas marcas dentro do esporte. O garoto prodígio da Flórida se tornou o cara a ser batido e após uma sequência de vitórias, de 1994 a 1998, ficou desmotivado e decidiu dar um tempo nas competições. Foi aí que surgiu o havaiano Andy Irons, que fez Slater voltar com tudo ao circuito mundial. A rivalidade entre eles pode ser facilmente comparada a de Ayrton Senna com o francês Alan Prost, que nas décadas de 80 e 90 elevaram o nível competitivo da Fórmula 1 com batalhas sensacionais nas pistas mundo afora. Mas, infelizmente, Andy acabou falecendo prematuramente três dias antes de poder ver seu maior oponente levar o caneco número 10. “Se não fosse pelo Andy, não teria chegado até onde cheguei. Quero dedicar esse título a ele, à família dele e à minha família”, disse Slater muito emocionado na primeira entrevista após sagrar-se decacampeão. Ainda em 2010, fortes emoções estão guardadas para a última etapa do WT. Em Pipeline, no Hawaii, onde o floridiano também é recordista de títulos, rolou a memorável batalha entre ele e Andy Irons pelo título mundial de 2003, vencido pelo havaiano. Slater sugeriu em uma entrevista, após a morte de Irons, que este evento deveria daqui para frente ser em homenagem a ele. E, sem sombra de dúvida, irá com tudo para vencer e dedicar mais uma para Andy. Com os títulos do ASP World Tour em 1992, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 2005, 2006, 2008 e 2010 no currículo, mais os $10 milhões de dólares de gratificação prometida anteriormente pelo seu patrocinador, duas perguntas voltam a ecoar nos quatro cantos do planeta: Será que Kelly Slater vai se aposentar? Ou será que vai se dedicar ao circuito de ondas grandes, como foi cogitado recentemente em uma matéria divulgada na mídia internacional? “Ainda não sei. Não pensei muito sobre isso. Só quero surfar ondas perfeitas, viajar atrás de swell, praticar tow-in, mas ainda não decidi se vou continuar no Tour”, finaliza o decacampeão mundial mantendo o suspense.


FotoS: BrUNo leMoS

Andy em Backdoor, onde fez história.

a MOrTe PrecOce de UM ÍdOLO PoR: CoNRADo LAge

o mundo do surf está de luto. Um dos maiores ídolos do esporte, o havaiano Andy irons, tricampeão mundial, faleceu em um quarto de hotel em Dallas quando tentava voltar para casa, após desistir de competir na etapa do WT em Porto Rico. O dia 2 de novembro de 2010 será marcado para sempre na história do surf mundial. O tricampeão mundial Andy Irons faleceu precocemente aos 32 anos. Após ter desistido de competir em Porto Rico, ele resolveu retornar para casa no Kauai, Hawaii. Durante o voo de volta, com muita febre e desidratado, foi aconselhado pela tripulação a desembarcar em Dallas, onde se hospedou em hotel próximo ao aeroporto. Por volta das dez horas da manhã, Andy foi encontrado morto por um funcionário do hotel. Sua esposa Lyndie, sempre ao seu lado nos eventos, está grávida de oito meses do primeiro filho do casal. As causas do falecimento do tricampeão mundial ainda não foram divulgadas oficialmente. O resultado dos exames sairá em 60 dias, porém há indícios que ele tenha contraído dengue hemorrágica em Portugal. Outra hipótese que pode ter ocasionado a morte de Andy foi o uso do medicamento metadona (encontrado o quarto onde estava), utilizado somente por prescrição médica para ajudar no tratamento contra a dependência de drogas. O havaiano era conhecido como um atleta sem limites e que conseguia alcançar o que poucos sonham em fazer. Dono de um dos estilos mais bonitos já vistos, ele provou ser um surfista completo. Ao mesmo tempo, ajudou na evolução do esporte com aéreos inovadores no meio das baterias, como na sua primeira vitória no Tour em Hungtinton Beach, em 98, e na final do histórico evento Rip Curl Pro Search, realizado nas perfeitas direitas de Barra de La Cruz, México.

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Em 2009, Irons largou o tour por problemas pessoais. Esse ano alcançou resultados expressivos em ondas como Bell’s e Jeffrey’s Bay. Ocupando a 16º posição no ranking mundial, mais maduro e com metas menos ambiciosas, afirmou à mídia que antes de se aposentar gostaria de vencer mais uma etapa do circuito mundial. Sua última vitória pareceu um filme hollywoodiano. No mês de setembro, na temida bancada de Teahupoo, ele enfrentou Kelly Slater, seu maior rival, duas vezes durante a competição. No primeiro confronto, Slater mandou o havaiano para a repescagem. Andy venceu todas as baterias até se encontrar novamente com Kelly nas semifinais. Dessa vez, ele ganhou do eneacampeão com autoridade e, em seguida, venceu CJ Hobgood na final, conquistando seu vigésimo título no World Tour. O surfista do Kauai era um competidor por natureza. Ele conquistou quatro tríplices coroas havaianas, 20 vitórias no Tour e foi tricampeão mundial ao longo de sua carreira. Foi o único atleta que fez frente a Slater, quebrando sua sequência de títulos mundiais. Das nove vezes que eles se enfrentaram, o havaiano levou a melhor em seis confrontos. A vitória em Pipeline em 2003 marcou uma nova era no surf. Quando Kelly voltou ao circuito em plena forma, Andy surgiu como o seu maior rival, derrotando em Pipe o maior surfista de todos os tempos. Irons dominava Pipe e Backdoor, vencendo quatro campeonatos lá. Inclusive está sendo cogitada a possibilidade dos próximos Pipe Masters serem em homenagem a ele, assim como acontece no Eddie Aikau. Não foi apenas em competições que Andy mostrou ser o melhor. Seus filmes de surf inspiraram as caídas de muitas pessoas. Sua sessão no Momentum 3 e as ondas perfeitas surfadas em Mentawaii no vídeo Lost at Sea marcaram uma geração. Infelizmente, ele não está mais entre nós e sua trajetória ficará para a eternidade. O fim de uma história e o começo de uma lenda.



Foto: dIVUlGaÇÃo / HaNG looSe

os bons tempos em que o WQS revelava novos talentos para o World Tour. fábio gouveia e guilherme Herdy em meados dos anos 90.

POLÊMIca NO NOVO FOrMaTO da aSP PoR:CoNRADo LAge

o sistema de pontuação do novo formato da ASP dificultou a renovação de atletas no circuito mundial. Até o início de novembro, antes do fechamento desta edição, apenas dois surfistas que não estão na elite se classificariam para o World Tour em 2011. A entidade pretender fazer os reajustes, mas ninguém sabe qual será o prejuízo para os competidores que correm a divisão de acesso. Se já era difícil entender a matemática para chegar entre os melhores do mundo, agora então nem com calculadora você chega a um denominador comum. Os antigos rankings WCT e WQS não existem mais. O WCT agora se chama ASP World Title Race, também conhecido como World Tour, e a principal mudança foi a redução da quantidade de atletas que tirou os brasileiros Neco Padaratz e Marco Polo no meio da temporada. No antigo WCT havia 44 competidores e quatro wild cards. Com o corte realizado esse ano depois da etapa de Teahupoo, no Tahiti, o número de surfistas na elite foi reduzido para 32 e mais quatro convidados da ASP. Mas o que vem causando polêmica é a união dos dois circuitos em um só ranking (ASP World Ranking). No formato antigo, 16 surfistas subiam pelo WQS, já com as mudanças apenas dez podem entrar no World Tour. Ou seja, quem pontua nesse ranking (unificado) são todos os atletas da ASP. Desde os tops da elite mundial, como Kelly Slater, até os que competem o ASP Star (antigo WQS) de uma a seis estrelas. Na prática, até o final de outubro, quando estávamos fechando essa edição, apenas três competidores que vêm da divisão de acesso estariam se classificando: os brasileiros Heitor Alves e Alejo Muniz, além do americano Cory Lopez. Até Willian Cardoso, que se sagrou campeão sul-americano pela ASP e ocupava a 38º colocação com 13.607 pontos, estava fora. Se fosse pelo formato antigo, Willian estaria disputando as primeiras posições. Os oito melhores resultados conquistados na temporada vão valer o ingresso para a elite. Com o ranking unificado, os atletas do WT (antigo WCT) levam uma grande vantagem sobre os que correm apenas os campeonatos da divisão de acesso. Hoje, um surfista que vence uma etapa seis estrelas da ASP ganha 3.000 pontos, enquanto um competidor do World Tour que terminar na nona posição de uma etapa da elite recebe 3.750. Além disso, os tops mundiais quando participam de uma competição do World Ranking já têm o privilégio de entrar na fase do dinheiro (round dos 96), consequentemente, fazendo mais pontos.

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O que está valendo realmente são as competições seis estrelas que possuem o status Prime por causa da pontuação elevada. O primeiro colocado em uma etapa de nível Prime recebe 6.500 pontos, que é equivalente a um terceiro lugar no WT. Para se ter uma ideia, antigamente um campeonato seis estrelas no Brasil tinha mais gringos competindo do que brasileiros. As duas últimas competições desse nível realizadas no Rio de Janeiro, o Oakley Rio Surf Pro e o SuperSurf Internacional, tiveram no máximo vinte atletas estrangeiros. Segundo Roberto Perdigão, diretor da ASP South America, a entidade está analisando essa diferença de pontuação e pretende fazer ajustes para não prejudicar ninguém. No entanto, isso já refletiu em uma nova tática para ingressar na elite mundial. Com a desvalorização das etapas de 4, 5 e 6 estrelas, os surfistas que buscam seu lugar entre os melhores do mundo deixaram de correr as do Brasil para investir nas nove classificadas como Prime. Esse ano, apenas o Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, recebeu o status Prime no continente sul-americano. Para 2011, a ASP promete novas etapas desse nível, Imbituba e Saquarema já foram anunciadas como os próximos eventos Prime. Como exemplo da disparidade de pontos na temporada, Heitor venceu três etapas seis estrelas garantindo 9.000 pontos, enquanto Jadson André, atleta da elite, com apenas uma única vitória na etapa brasileira do World Tour conseguiu 10.000 pontos. Com isso, Heitor Alves, brasileiro melhor colocado para ingressar no WT, deixou de competir três etapas de nível seis estrelas no nosso país para investir nos Primes de Santa Cruz, Califórnia, e o seguinte em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Sua tática deu certo, pois com a sua quarta vitória nas Canárias, Heitor está praticamente garantido na elite e atualmente ocupa a 18o posição no ranking unificado, à frente de tops como Taylor Knox e Matt Wilkinson , vencedor do Prime de Santa Cruz. Toda essa confusão no circuito mundial poderá no final do ano resultar em uma renovação mínima na elite para 2011. Um “abacaxi” dos grandes para a ASP descascar!



pedro MoNteIro

jaMeS tHISted

Coco Ho levou seu segundo WQS seguido no Brasil.

o locutor Rick Lopes pronto para a Tríplice Coroa havaiana.

cOcO HO dOMINa FLOrIPa rIcK LOPeS O locutor carioca Rick Lopes, que começou sua carreira em eventos de surf amadores no Rio, tornou-se um dos melhores da função no Brasil e está pronto para alçar voos ainda maiores. Após fazer a transmissão em português do Hurley Pro, etapa do WT realizada em Lower Trestles, Califórnia, Rick está de malas prontas para o Hawaii. “Sempre tive o sonho de conhecer o Hawaii e, graças ao reconhecimento do meu trabalho, estou indo agora com a oportunidade de realizar esse sonho. Hoje, após 13 anos na estrada, serei o responsável pela locução em português das três etapas da Tríplice Coroa Havaiana em Haleiwa, Sunset e Pipeline. A sensação é inexplicável, a melhor possível”, disse Rick, que embarcou para o Hawaii no dia 11 de novembro. aNNIBal

Pódio do Circuito Petrobras de Surf feminino na Barra.

dIVUlGaÇÃo

A havaiana Coco Ho, de 19 anos, levou a melhor e foi a grande campeã do Maresia Surf International, etapa seis estrelas do ranking de acesso do Circuito Mundial Feminino da ASP, que rolou no final de setembro na praia Mole, em Florianópolis. A local do pico Jaqueline Silva foi a melhor brasileira, mas acabou barrada nas semifinais pela havaiana. Já a francesa Pauline Ado ficou com o vice-campeonato e foi destaque no evento derrotando Silvana Lima nas quartas. Coco é filha do lendário surfista Michael Ho e estava amarradona em visitar novamente o Brasil. “Foi muito bom ter vindo, tenho muitos amigos aqui e estou feliz por ter mostrado que sei surfar diferentes tipos de onda”, disse a campeã. Ela conversou com a Surfar um dia antes da final na Mole e você pode conferir essa entrevista no blog do Portal Surfar.

Bê Sadala pinta a prancha de Marcelo Bispo no SuperSurf.

TININHa LeVa MaIS UM BÊ SadaLa A última etapa do Circuito Petrobras de Surf Feminino aconteceu nos dias 29 e 30 de outubro. A praia da Barra foi o palco das disputas em um final de semana com altas ondas, sol e praia cheia. No domingo, último dia da competição, as condições de surf chegaram aos 2 metros e as meninas botaram para baixo. Quem se destacou foi Diana Cristina, campeã do Circuito na categoria Profissional. Já Nayara Silva, Natalie Paola, Barbara Segatto e Larissa Santos venceram as categorias Open, Junior, Mirim e Infantil, respectivamente.

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Convidado para ser curador da exposição “Alma do Mar”, o artista carioca Bernardo “Bê” Sadala havia prometido para o surfista profissional Marcelo Bispo que faria um quadro da foto dele publicada na nona edição da Revista Surfar (matéria especial sobre o Rio). Durante o SuperSurf International, evento realizado na praia da Barra, o artista cumpriu a promessa e fez uma obra diferente. Bê utilizou a prancha de Bispo como tela e reproduziu a tal imagem do atleta executando um aéreo com o visual da praia de Ipanema ao fundo. Para conferir esta e mais obras do artista, acesse www.besadala.com.br



FotoS: lUCIaNo CaBal

A ilha grande tem diversas opções para o surf.

a “BIG ISLaNd” dOS carIOcaS PoR: ANDRÉ BReVeS RAMoS

Ao sul do Estado do Rio de Janeiro, a cerca de 150 quilômetros da cidade do Rio, está localizada a Ilha Grande. Paraíso do turismo, da pesca e dos esportes náuticos, a “Big Island” dos cariocas é frequentada por pessoas de todas as partes. Uma das mais belas ilhas tropicais do mundo, doze vezes maior do que Fernando de Noronha, a Ilha Grande exibe praias bem preservadas, matas nativas, belezas naturais distintas, ecologia, turismo, além de comunidades tradicionais e muita história. Lopes Mendes, a praia considerada a mais bonita do Brasil, com águas cristalinas, areia clara, pessoas bonitas e muito surf, é clássica e insuperável. Para se divertir, basta entrar em uma trilha (algumas fáceis e rápidas, outras longas e difíceis) ou alugar um barco e ir de encontro aos melhores picos. Os locais mais propícios para o surf são Lopes Mendes, Santo Antônio, Aventureiro, Praia do Sul e Praia do Leste, com fundo de areia dura, ondas de 0,5 a 2,5 metros e boas formações. Algumas são um convite a iniciantes e outras só para mais experientes, sendo que não se tem notícia da exploração das principais lages da Ilha pelos mais aventureiros surfistas do país. As reservas ambientais preservam as riquezas naturais da região. A Reserva Biológica da Praia do Sul e a do Parque Estadual da Ilha Grande mantêm uma boa parte da Ilha Grande intocável, bem preservada e o sistema de visitação vem sendo cada vez mais restritivo, já que nas altas temporadas a população do local aumenta consideravelmente.

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A Ilha Grande guarda um passado secular e recente bem próprio. Desde o século XVIII, ela foi a entrada dos navios negreiros e de transporte de bens materiais que abasteciam o Imperador e os fazendeiros do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido testemunha do naufrágio do navio Califórnia, em 1866, incendiado por piratas. Além disso, também serviu como local do mais temido presídio do país, que abrigou presos políticos e onde surgiu a facção criminosa Comando Vermelho. Hoje existem diversas marcas das lembranças desse passado que valem ser visitadas e que tiveram um fim bem mais adequado, voltado para visitação e a pesquisas científicas. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por exemplo, possui um campus avançado que desenvolve pesquisas dos mais variados tipos. Cercada por montanhas e o mar, a Ilha Grande é um local privilegiado para se observar seres vivos marinhos, como golfinhos, tartarugas, tubarões e raias, já no ambiente terrestre, podemos ver macacos pregos, cobras e pássaros de cores variadas. Entretanto, este belo ambiente sofre com o turismo predatório, a pesca de arrasto, o desmatamento e a destruição de ecossistemas, recebendo ainda insuficiente fiscalização e atuação dos órgãos públicos. Para que este “pedaço do céu” se mantenha preservado e possa ser desfrutado pelas próximas gerações, todos os seus frequentadores devem colaborar com o conhecimento das áreas de preservação, aprendendo sobre o que pode ou não fazer. André Breves Ramos é biólogo marinho. Nos dias de ressaca no Pontão do Leblon, ele é presença garantida dentro d’água. Sugestões de pautas e críticas: envie e-mail para SURfAR@ReViSTASURfAR.CoM.BR.



MaNoel CaMpoS

Heitor Alves colhendo os frutos de um treinamento bem feito.

a PreParaÇÃO FÍSIca de UM aTLeTa de eLITe PoR: SALVADoR LAMAS

Atualmente o nível competitivo do circuito mundial alcançou um índice de exigência profissional tão elevado, que para o atleta se inserir neste contexto precisa estar preparado de forma multidisciplinar. Ou seja, o fator psicológico, nutricional, fisioterapêutico e físico se fazem presentes nessa preparação. Os principais competidores do WT viajam com técnico, na maioria das vezes, já graduado em Educação Física, com especialização em preparação física. Quando isto não ocorre, estes geralmente possuem no seu país uma equipe multidisciplinar responsável pela elaboração e preparação da rotina extenuante de viagens e competições. Há algum tempo atrás, todos os atletas viajavam e retornavam para o seu país e só pegavam onda, sem nenhuma especificidade nos treinamentos, não praticando com periodicidade para obter uma melhor performance. Hoje, quando isso acontece, eles acabam em desvantagem diante de adversários que contam com essas ferramentas tão indispensáveis no atual contexto do esporte. A minha experiência profissional de ex-competidor e atualmente de árbitro de surf e preparador físico, me possibilitou a oportunidade de trabalhar como técnico em 2009 da equipe Peruana no Mundial ISA Costa Rica (3º no tag team) com atletas de renome, como Sophia Mulanovich e Gabriel Villaran, que finalizou o evento em 3º lugar (individual). No mesmo ano, Wilson Nora me convidou para preparálo para o Tow-In Championship 2009. Aliei ao meu trabalho o acompanhamento psicológico e fisioterapêutico, e nesta competição ele sagrou-se campeão.

Agora, em 2010, comecei um trabalho com o Heitor Alves e a nossa preparação está baseada nas capacidades condicionais, coordenativas e informacionais, tendo como alicerce atividades que buscam a estabilidade e a mobilidade articular. Diante dessa premissa, os treinamentos visam o aperfeiçoamento do equilíbrio, postura, agilidade, resistência, força, velocidade e flexibilidade através de exercícios funcionais realizados de forma linear e em diagonal com a utilização de equipamentos específicos para a prática do surf, tanto no ambiente aquático, quanto nas salas de musculação e praia. Como a sequência de campeonatos é muito rigorosa, entre a finalização de uma “perna” do circuito e o início de outra, ele retorna ao Rio de Janeiro e realizamos os treinamentos. Nas etapas subsequentes, Heitor viaja com um treinamento proposto, entretanto, mantemos contato via internet para receber um feedback e efetuar as mudanças necessárias caso haja necessidade, como, por exemplo, rotina de treinamento, espaço e materiais disponíveis. Ingressar no WT se tornou uma tarefa extremamente difícil. Além do nível muito alto dos competidores, o sistema de somatório de pontos proposto atualmente é bem complicado. Para ultrapassar essa barreira, só mesmo estando 100% preparado. Sem esquecer que os patrocinadores devem ter em mente a importância desse investimento profissional dos nossos atletas para, dessa forma, facilitar a inserção de tantos grandes talentos nessa nova realidade mundial tão competitiva. Enfim, almejo como todo brasileiro apaixonado pelo surf ter o nosso país no lugar mais alto do pódio e acredito que esse sonho em breve se realizará. Afinal de contas: a disciplina gera resultados! Salvador Lamas - Prof. de ed. física salvador.lamas@hotmail.com

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PoR: DÉBoRAH foNTeNeLLe

Bruna Cavalcanti, 22 anos, é filha do Tico, surfista das antigas e criador de uma das marcas de surfwear mais famosas nos anos 80, a By Tico. Apesar da sua convivência desde pequena no meio do surf, ela só começou a pegar onda há pouco tempo, apenas dois anos, mas já está totalmente envolvida e apaixonada pelo esporte. Atualmente cursa Faculdade de Moda e diz que pretende seguir os passos do pai. Na redação da Surfar, ela se sentiu em casa. Carismática e bem articulada, mesmo novata no esporte, Bruna é o típico caso de quem já nasceu com o DNA do surf. Onde costuma surfar aqui no Rio? Como comecei a surfar há pouco tempo, eu caio no começo e meio da Barra, na Joatinga, aonde às vezes vou de bicicleta, como também em São Conrado com meu pai e na Prainha. O que te incentivou a começar a pegar onda? Eu comecei por causa do meu pai, surfista das antigas, que foi a minha inspiração. Eu também não queria morrer sem surfar com ele antes. Pratica outros esportes? Eu já fiz de tudo um pouco. Hoje em dia eu nado, pego onda, bato uma bolinha, corro na areia, além de andar muito de bicicleta, que é meu meio de transporte. Também comecei a escalar. Quais os benefícios do surf em relação aos outros esportes? O surf é outra energia. É revitalizante, melhora a saúde e a autoestima. Além disso, o contato com o mar dá uma paz incrível! Para mim, é o melhor esporte e vem na frente de todos os outros. Já fez alguma surf trip? Fui para a Indonésia três vezes, pois meu pai já morou lá. Eu e uma amiga fomos para Bali e foi a melhor viagem que fiz na minha vida. Aquela ilha é especial mesmo, tem uma energia diferente. Surfei todos os dias e vou voltar ano que vem. Tenho muita vontade de explorar todas as ilhas de lá. E que viagem ainda sonha em fazer? Surfar em Mentawaii com meu pai. Também quero ir para diversos lugares, como a África do Sul, México, Maldivas. Seu pai foi um dos precursores da surfwear no país. Isso te influenciou para cursar Moda? Essa influência foi totalmente do meu pai, que sempre trabalhou com isso e é totalmente apaixonado por criar bermudas de surf. Ele é meu ídolo e estou seguindo os passos deles. Então, pretende continuar essa união da moda com o surf? No momento o meu caminho na moda é totalmente ligado ao surf. Estou quase me formando e faço estágio criando biquínis e boardshorts femininos. Acho que as marcas de surf nacionais são um mercado muito restrito até agora. As meninas usam muitas marcas importadas. E eu tenho vontade de inovar mesmo. Acho que esse segmento ainda não foi muito bem explorado. Tem muita coisa que dá para melhorar e criar em cima do surfwear feminino. O que você diria para motivar as meninas a se envolver com o esporte? O surf é um esporte realmente diferente. É energia você estar ali em contato com o mar e a natureza. Sempre tento influenciar as minhas amigas e quem está perto de mim a surfar. É ter saúde sempre, bem-estar e paz, pois o que se leva dessa vida, é a vida que se leva!

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YUrI SardeNBerG

INVeNTaNdO MOda





arQUIVo peSSoal

Marcelo Passos e Marcos Sifu.

MARCELO PASSOS POR MARCOS SIFU Meu trabalho com o Passos começou num momento conturbado da minha vida. eu fazia pranchas com outro shaper, que também era meu sócio. Tínhamos uma estrutura de laminação e acabamos brigando e desfazendo a sociedade. Aí eu conheci o Passos e resolvi fazer umas pranchas com ele. Chamei-o para trabalhar com a gente e o cara falou sem exitar: “Demorou!”. ele saiu da onde estava e veio ficar conosco. e nosso trabalho foi dando certo. eu fui melhorando a minha carreira, meu patrocínio e estamos juntos há nove anos. Para mim, ele é um dos melhores shapers porque tem uma cabeça bem diferente da galera. ele vai lá e experimenta coisas que os outros shapers não fazem, pois ficam presos a um conceito de high performance. o Passos tem uma cabeça muito aberta e consegue saber exatamente o que estou precisando. estamos em total sintonia. Hoje em dia ele vai à minha casa com o computador e ficamos ali, duas

Sifu comprovando a versatilidade dos modelos de Passos.

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horinhas, fazendo um novo arquivo para depois passar na máquina. e tem dado certo, pois já lançamos vários modelos. Para ondas pequenas, modelo de truques, de aéreos, convencional, semi gun... essa prancha que estamos trabalhando agora é um conceito para truques, específica para ondas ruins, pequenas e mexidas. É basicamente um skate para as ondas (risos).

MARCOS SIFU POR MARCELO PASSOS Na época em que conheci o Sifu, em 2001, ele estava meio desestimulado com o surf, pois tinha um estilo bem diferente e o critério de julgamento das competições não o ajudava. Aí, acabava se dedicando mais a outras coisas e não tinha o surf como prioridade. ele estava sem pranchas boas e, após conversarmos, começamos a desenvolver um trabalho juntos. Comecei a fazer umas pranchas super diferentes, com um conceito que busca valorizar o surf do Sifu. isso começou a dar resultados, as pranchas eram menores, tinham um volume por inteiro, rabetas bem largas, totalmente diferentes na época. Depois até voltamos um pouco às convencionais, para que ele pudesse lapidar mais a sua linha. estamos trabalhando agora em um modelo 5,2 com 19 e ¼ na frente e 2 e ¼ de borda bem cheia, com bastante área na prancha inteira, a linha de rocker dela é homogênea, com um leve quick na rabeta e no bico. É basicamente para facilitar que ele extrapole em manobras diferentes mesmo. A real é que quando começamos a fazer esse trabalho não tinha muito espaço no mercado. isso foi melhorando, já que o Sifu foi um dos pioneiros nessa linha de manobras aéreas e modernas, sempre buscando maior diversão, pois acima de tudo é isso que todos os surfistas procuram em primeiro lugar: se divertir. e essa busca por um surf divertido como profissão está dando certo.

dIeGo Motta

o casamento perfeito. essa é a melhor maneira de definir a parceria do shaper Marcelo Passos com o surfista Marcos Sifu. Há nove anos a dupla vem desenvolvendo um trabalho que já rendeu muitos frutos. Passos encontrou no surfista performático Sifu o piloto de testes perfeito para suas experiências. e Sifu diz ter dado um grande salto em sua carreira após começar a surfar com as pranchas de Marcelo. “As primeiras duas pranchas que ele fez pra mim ficaram bem melhores do que as que eu estava usando antes e passei a surfar muito melhor. foi aí que realmente evolui e até consegui arrumar o meu primeiro patrocínio!”, relata o local do Leblon, especialista em manobras aéreas.



FotoS: arQUIVo peSSoal

O eMPreGO QUe caIU dO céU!

PoR: RogeR feRReiRA

As linhas clássicas de J-Bay, na África do Sul.

Qualquer ser humano sonha em um dia trabalhar com o que mais gosta. imagine, então, viajar pelo mundo inteiro, conhecer novas culturas, pegar altas ondas e ainda receber uma grana por isso. impossível? Claro que não! esse trabalho existe e não é de um PoR: DÉBoRAH foNTeNeLLe surfista profissional! Tudo começou em 2008 quando o surfista carioca João Paulo Pimentel, de 28 anos, local do Pontão do Leblon, deu carona para um amigo. “O Sérgio, que organiza o WQS do Arpoador, me ligou pedindo que eu o levasse até a Barra para uma reunião com a Beach Byte (empresa responsável pelo sistema de informática da ASP). Peguei a minha prancha e fomos para lá, mas como o mar estava ruim, acabei o acompanhando na reunião. No final do encontro, cheguei para o Alexandre Coelho (Beach Byte), disse que adorava a empresa e me ofereci para trabalhar com ele, independente de qualquer função. Ele gostou da minha atitude e falou para eu mandar um e-mail.” os sete apóstolos em Melbourne, Austrália.

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Após três semanas, rolou o WQS no Arpoador e João estava lá de plantão, pois sabia que ali se encontrava a chance que ele precisava. “Pedi ao Sérgio para participar do campeonato em qualquer função, independente de dinheiro, porque o Alexandre estaria presente, então, eu poderia mostrar meu trabalho. Aí não deu outra...” Duas semanas depois, João recebeu uma ligação para ir até o escritório da Beach Byte porque tinha acontecido um problema e talvez ele pudesse ajudar. Não titubeou e no dia seguinte estava lá solícito para qualquer parada. “Assim que cheguei, o Alexandre logo me perguntou se eu queria trabalhar no circuito mundial. Delirei e, é claro, aceitei na hora! Nem queria saber que cargo ocuparia.” A mesma disposição e atitude que João Paulo sempre mostra quando o mar fica de ressaca no Pontão do Leblon, ele utilizou para conquistar o seu emprego na ASP. Em 2009 participou das dez etapas realizadas e esse ano está firme e forte na caravana do circuito mundial. Bom, agora todo mundo deve estar querendo saber o que ele faz na ASP? Isso é Jompa em um dia de folga em casa. Pontão do Leblon.



A diretoria no palanque do eddie Aikau 2009.

As gatinhas assistindo ao show de Trestles.

Visão privilegiada da cabine dos juízes em Snapper.

pico vendo caras como Mick Fanning, Joel Parkinson, entre outros”. apenas um detalhe para quem viaja rumo a lugares paradisíacos com os melhores surfistas do mundo... João tem como função filmar e editar João também conta que seu trabalho o possibilita outras coisas boas e enriquecedoras, como conhecer culturas e pessoas diferentes, sem todas as ondas das competições, pois no caso dos juízes precisarem rever alguma para tirar dúvidas na hora de dar uma nota polêmica, o falar na oportunidade dos muitos contatos para futuros negócios. “Como gosto de empreendedorismo e criar negócios, isso para mim replay imediatamente poder ser analisado com detalhes. Às vezes, no é interessantíssimo, pois estou abrindo portas pelo mundo inteiro. final do expediente, alguns surfistas solicitam ao head judge o replay para verificar se a onda Além, é lógico, de foi bem pontuada como “Como gosto de empreendedorismo e criar negócios, poder pegar as ondas eles achavam que deveria isso para mim é interessantíssimo, pois estou abrindo que eu sempre sonhei ser. “Eu gravo todas as (risos)!” Entre todos os picos ondas do campeonato, portas pelo mundo inteiro. Além, é lógico, de poder que já conheceu ao de cada surfista e bateria, pegar as ondas que eu sempre sonhei (risos)!” redor do planeta, o e as tenho arquivadas e que mais tirou o seu fôlego foi o Tahiti, devido às ondas perfeitas e prontas para serem reprisadas a qualquer momento. Geralmente águas cristalinas, mas também adorou conhecer Jeffrey’s Bay porque, isso acontece quando existe uma diferença de nota muito grande ou mesmo sendo goofy, foi a realização de um sonho poder surfar aquelas quando é necessário comparar alguma que tenha sido surfada de um direitas. E no último dia 18 de agosto, João Paulo viajou para mais um jeito parecido.” trabalho no Tahiti e depois segue rumo à perna na Califórnia, França Mas quem pensa que esse carioca fica o dia todo vendo os profissionais e Portugal. “Para mim, esse emprego foi como ganhar na mega sena. destruindo as ondas, se enganou. Nos intervalos das etapas, ele sempre Não estou rico de dinheiro, mas o espírito é milionário. Nem no meu encontra uma folga para cair na água, pois o período de espera maior sonho eu poderia imaginar que isso aconteceria comigo (muitos geralmente é de 12 dias e a competição é realizada em apenas quatro. risos...)”. “É incrível poder surfar ao lado dos ídolos. Você está lá sentado no

A estrutura diferenciada da etapa do WT em Teahupoo. gold Coast dos sonhos.

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João Paulo em seu escritório durante o eddie Aikau 2009 na baía de Waimea.



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Confira todo o astral da segunda etapa do Circuito PUC Surf no início de outubro na praia da Barra.

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1 - o show da banda KidSmoke agitou a galera. 2 - As amigas Vanessa Taylor e Bruna Moraes. 3 - o charme de Rachel Ramos nas areias da Barra. 4 - A equipe PUC-Rio comemorando a vitória do confronto universitário. 5 - equipe da oNg Sea Shepherd muito bem representada. 6 - A bela loira gabriela Lopes. 7 - gabriela Machado, ex-campeã do PUCSURf, prestigiando o evento. 8 - A confraternização de Rodolfo Jacques, ian Alho, Rodrigo Tirre, SNi, felipe Santos e Caicai Soares. 9 - As equipes Uff, Cândido Mendes e PUC na torcida pelos seus parceiros. 10 - Camila Salles do Woohoo (de boné) e Joana Mendonça da banda KidSmoke (óculos vermelho) curtindo o fim de tarde com os amigos. 11 - Renata Matos amarradona com a Surfar. 12 – Até as crianças mandaram ver no slackline.

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FotoS: aNNIBal (1, 6, 9), dIVUlGaÇÃo (2, 3, 4, 5, 7 ,8, 10, 11, 12)

PUC SURF 2010



BIdU

Yan guimarães, Jê Vargas, Munga e felipe Cesarano dropando juntos em Waimea.

SÃO TaNTaS eMOÇÕeS... Mais uma temporada chegando e o frio na barriga aumenta a cada dia. O Hawaii é um lugar que mexe com todos os meus sentimentos: ansiedade, paciência, respeito, raiva, ego, etc... Você está no melhor pico de surf do mundo, vê as melhores ondas da vida e, muitas vezes, não consegue pegar nenhuma. Aí, você fica puto e com ódio dos locais, mas depois de semanas sem pegar realmente “A ONDA”, ela vem linda, ninguém rema, o local não consegue entrar e sobra para você. Nossa! É o êxtase! Depois daquele tubão, a gente não se lembra de mais nada e nem tem raiva de ninguém. É bom demais! Só nesta ilha existe esse feeling. Geral me acha maluco, que vou lá e saio me tacando de cabeça e tal... Na verdade, eu sou um pouco inconsequente mesmo e vou contar o motivo. Na época da gravação do filme -QUE21, o Gustavo Camarão conseguia reunir toda a galera nas mesmas trips, o que gerava uma grande disputa, porém muito saudável e que nos ajudou muito a evoluir. Quem iria pegar o melhor tubo, a maior onda ou a melhor manobra (dessa eu tô fora)? Isso fez com que a gente conseguisse chegar a um nível além do que esperávamos, pois íamos muito mais do que nossa técnica. A real era o seguinte: o mar está gigante e, se um entrou, então, todo mundo entrava. Sei lá quem pegou uma grande. Só sei que todos também quereriam pegar uma maior ainda. Até que ficou meio sem limite e a brincadeira ficou séria de verdade. Resumidamente, vou falar quem estava nessa turma, pois são muitos. Ricardinho, Jê, Marco, Scooby, Manga e Gabriel, sem contar com o Fun e Bruninho, que são nossos “mestres”. Todos eles pelo talento que têm, já estão garantidos no surf, seja na competição, ondas grandes ou freesurf. O “trouxa” da história sou eu que, se não pegasse as bigs

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e fosse depender da minha técnica, estava ferrado e passando fome (risos). Não quero fazer outra coisa da minha vida. Ganho uma grana bem legal para pegar onda e adoro gastar dinheiro, portanto, vou continuar me tacando (risos). Fico amarradão de ver o Brasil no topo do big surf com Burle e Cia, além de toda a nova geração se jogando. Sem falar nos bem novinhos, como o Lucas Silveira. Fico sem palavras para descrever a atitude dele, entre outros menores abusados (risos). Se não me engano, era dia de Natal e todo mundo já tinha surfado praticamente a manhã inteira. O mar estava gigante. Quando eu estava indo embora, o Lucas chega com uma 9.2 que vendi para ele dizendo que queria cair. Até pensei em voltar para água, mas eu estava exausto. Então, ele chamou outros, porém ninguém foi. O moleque nem pensou duas vezes e se jogou sozinho nas ondas. Não sei quantas ele pegou, só sei que foi varrido por uma série que fechou a baía. Devia ter quase 30 pés. Fiquei tentando imaginar como deve ter sido para ele esse dia, desde a tensão antes de entrar, até a hora que tomou a bomba na cabeça. Com apenas 14 anos, Luquinhas passou por uma situação que poucas pessoas enfrentaram. Eu mesmo nunca tomei uma série dessa e espero nunca aconteça (risos). Bem, isso faz dessa pequena ilha um dos melhores lugares do mundo! Provavelmente não só para ele, mas para mim e todo galera. Muitas emoções na temporada 2010/2011. Momentos de tensão e cenas como aquela se repetirão aliados aos tubos, baforadas e drops no ar. Vocês podem esperar mais atrocidades dessa galera, como também de todo o resto dos brasileiros. Que venham LAS BOMBAS... Todo mundo preparado e ansioso. Viva o HAWAII! Aloha!









Durante os meses de setembro e outubro, o Rio foi invadido por surfistas profissionais que vieram para três eventos importantes que aconteceram no estado. É claro que a Surfar marcou presença.

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1 - Bruno Santos e Rodrigo Dorneles com seus filhos curtindo a praia de geribá. 2 - No Arpex, Léo Neves em mais um dia de trabalho. 3 - Vitor Ribas com sua esposa Lara. Ribas anunciou que em breve deve parar de competir para se dedicar ao freesurf. 4 - evandro Mesquita sacudiu a galera do Arpex com seu show. 5 - As amigas Luiza Micheletti e Claudia gonçalves num fim de tarde em Búzios. 6 - entre uma caída e outra, o catarinense Diego Rosa sempre solícito com a imprensa carioca. 7 - Com toda a mídia mundial de olho nele, gabriel Medina não perde a concentração. Ao lado seu camarada “Cabeleira” no oakley Rio Surf Pro internacional. 8 Leandro Bastos comemorando sua vitória na etapa do WQS do Arpoador com Pinga, team manager da oakley. 9 - No concurso da Miss SuperSurf no Rio, a torcida pediu e Magno Pacheco foi pra galera. Agora ele vai ter que explicar direitinho para a patroa que foi tudo brincadeirinha...

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FotoS: pedro MoNteIro (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8), aNNIBal (9)

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CAMPEONATOS NO RIO



BIdU

os locais de Mavericks dominaram o primeiro swell da temporada no início de novembro.

SerÁ QUe VaI BOMBar? PoR: RogeR feRReiRA

A última temporada de ondas grandes no Hemisfério Norte foi abençoada por Netuno. A forte influência do El Niño rendeu ondulações gigantescas, proporcionando diversos dias épicos de big surf, que andavam meio escassos, principalmente no Hawaii, onde as temporadas anteriores haviam sido bem fracas. Uma enxurrada de imagens espetaculares invadiu o XXL Big Wave Awards. Waimea quebrou over control por dias seguidos, o Eddie Aikau foi realizado em condições cinematográficas após cinco anos de espera, Jaws passou dos 50 pés em mais de uma ocasião e, para coroar a melhor temporada da década, o Mavericks Surf Contest aconteceu no maior mar da história das competições de surf. Séries com 60 pés de face foram surfadas na remada em Half Moon Bay, baía onde quebram as direitas de Mavericks. Sem contar os outer reefs da ilha de Oahu, no Hawaii, onde houve registros de bombas dropadas no braço e com auxílio do jet. Na comunidade do surf o comentário era unânime: a temporada 2009/2010 foi a mais constante em relação aos grandes swells da história. E vai ser difícil isso acontecer novamente. No próximo inverno, naquela região, sai de cena o El Niño, que promove o aquecimento das águas do Pacífico, e entra a La Niña, que faz exatamente o contrário. Na última temporada com influência da “menina”, 2008/2009, o Hawaii

sofreu com chuvas torrenciais e fraca incidência de ondas grandes. Naquela ocasião, a única bomba rolou no dia primeiro de novembro na Califórnia, com morras acima dos 30 pés que acabaram dominando a premiação do XXL no ano seguinte. Coincidências à parte, a primeira grande tempestade de 2010 aconteceu exatamente no início de novembro no Pacífico. O swell apareceu gigantesco nos mapas de previsões, criando uma enorme expectativa entre os surfistas. Segundo a leitura dos mapas, as ondas deveriam passar dos 40 pés, principalmente na costa californiana. Mas, infelizmente, não foi isso o que rolou... O segundo dia de novembro amanheceu com séries de até 18 pés no North Shore havaiano e “apenas” 20 pés na Califórnia. Em Nelscott Reff, no Oregon, onde se esperava morras de 60 pés para a terceira etapa do mundial de ondas grandes, estava um pouco maior do que na Califa, porém nada além de 30 pés. O que aconteceu neste primeiro swell de novembro só reforça a teoria de que La Niña deve prejudicar consideravelmente a temporada de ondas grandes. Surfistas, fotógrafos e a mídia especializada aguardavam as primeiras bombas gigantes da temporada e, de certa forma, se frustraram com as condições reais do mar. Será que o bicho vai pegar nos próximos meses? Tomara que eu esteja enganado e a máquina do Pacífico Norte volte a funcionar. Go Big!

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A Board Co apresentou em outubro a nova coleção da Roxy no Arpex com muito som rolando e no maior clima de confraternização.

FotoS: pedro MoNteIro

BOARDS CO. / ROXY

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1 - A DJ Caroles mandou ver na pick-up e animou a galera presente. 2 - Vivi da Roxy e Paulo Toy da Quiksilver. 3 - Carol, fernanda e Renata (Roxy). 4 - As bartenders não deixaram ninguém de garganta seca. 5 - Chlóe Calmon, atleta da Roxy, com sua mãe Ana Calmon. 6 - Um brinde à noite carioca! 7 - Renata e Dri (Roxy). 8 - Niltinho “The Legend” Butterfly saiu direto das ondas do Arpex para curtir o evento. 9 - Casal simpatia! 10 - o casal oswaldo (Board Co) e sua esposa graça. 11 - Marcos Cavalcante (Board Co) escolhendo seu foguete para a caída do dia seguinte. 12 - A beleza das Red Bull girls. 13 - A galera da Zona Sul prestigiou a nova coleção da Roxy na Board Co.

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ARE YOU READY? A rivalidade entre a Barra e Zona Sul é antiga. De um lado está o tradicional Rio de Janeiro e do outro a modernidade que domina a cidade. Quando o assunto é surf, a disputa fica ainda mais quente e cada lado defende o seu pico. Qual a esquerda que abre mais: Arpex ou Prainha? e a melhor direita: Pontão do Leblon ou Canto do Recreio? essas perguntas vão sempre surgir nas rodas de surfistas cariocas e agora a Surfar resolveu cololacar mais lenha nessa fogueira. Botamos em um ‘ringue’ os beach breaks mais tubulares de cada lado da cidade para uma luta inédita. Sejam bem vindos ao Ultimate Barrel Championship! No corner esquerdo, de preto, com esquerdas perfeitas que chegam a lembrar o North Shore: PipeLeme! e à direita, de branco, a bancada que nos dias clássicos vira palco de ondas pesadíssimas no estilo de Puerto: Alfabarrels! Para representá-los: Henrique Pinguim do Leme e Pedro Tojal do Alfa. Quem levará o título UBC? PoR: PeDRo ToJAL e HeNRiQUe PiNgUiM

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LET’S GET IT ON!


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HeNrIQUe pINGUIM

pedro tojal


pedro tojal

A origem do nome Alfa Barrels é simples. Alfa vem do condomínio Alfa Barra e Barrels quer dizer tubo em inglês. O pico fica na divisa entre a praia da Barra e a Reserva. Nessa área, o espaço de terra entre a lagoa e o mar é bem menor que no resto da região, o que torna a faixa de areia mais estreita. Esse fator, combinado com as lajes de pedra do outside e ventos do quadrante norte, fazem desse trecho o mais tubular de toda a praia. Tudo entre o posto 8 e o ex-píer é chamado de Alfa Barrels. As ondas mais definidas são o “Rotor” e o “AlfaTheWall”. O Rotor é uma esquerda que funciona com ondulação de leste/ sudeste e quebra em cima de uma rasa bancada de areia, que se forma embaixo de uma das lajes, em frente ao shopping Millenium, perto do posto 8. Em dias perfeitos, a onda espuma na laje e vem abrindo até o banco, ficando extremamente tubular e rápida. Em mares menores, quando não conecta da laje até a beira, o drop fica crítico, pois a onda começa muito oca e veloz. Já o AlfaTheWall fica mais perto do ex-píer, em frente aos pequenos prédios rosas que pertencem ao Alfa 3. A ondulação necessária é sul e tubos para os dois lados fazem a alegria da galera. A direita pode ser facilmente comparada a Puerto, no México, e Hossegor, na França.

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SOA O GONGO!

gabriel Pastori parte pra cima e garante o primeiro round com um “mata-cobra” de esquerda.

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GUARDA ARMADA!

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Nelson Pinto não se intimidou e levou o segundo round pro Leme com esse lindo “direto” de direita.


HeNrIQUe pINGUIM

O Leme fica à esquerda de Copacabana e a fronteira entre os dois passa quase que despercebida. Geograficamente, o pico é beneficiado pelas ondulações de leste e sudeste, quebrando muitas vezes com o dobro do tamanho de outras praias cariocas. Conhecida entre os locais como PipeLeme, a onda fica realmente perfeita após os grandes swells de sul, quando a pressão diminui um pouco e a influência das ondulações de leste/sudeste passam a formar triângulos extremamente tubulares. Maré não é problema e os ventos do quadrante norte entram de terral por lá. Já o leste entra meio que de lado e dependendo da força não estraga a formação. A área surfável vai do Hotel Leme Palace até a pedra do canto. Além das esquerdas, também rola uma direita pesada, chamada pela galera de “ValãoDoor”, uma referência irônica ao famoso BackDoor. Outro pico é o “Arrastão”, uma onda que entra lambendo na pedra, muito divertida e difícil de quebrar. E por último a mais famosa, chamada pelos locais de “O Triângulo”, que quebra com muita força na pedra e volta de encontro com a ondulação que está entrando, formando uma pirâmide abissal e que foi considerada pela revista americana Surfer como a versão brasileira de The Wedge (famoso pico californiano).

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VIRADA!

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fabiano Passos se esquivou bonito desse “cruzado� de esquerda e virou a luta a favor do Leme.


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HeNrIQUe pINGUIM


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PROVOCACAO! -

pedro tojal

Diego Silva se posicionou tรฃo bem que abaixou a guarda e tirou uma onda com o adversรกrio.

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VIROU DE NOVO! Jeronimo Vargas deu essa “martelada” de direita e botou o Alfa novamente na frente.

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pedro tojal

Fotógrafo da Surfar e local do Alfa, Pedro Tojal garante que na cidade não existe beach break melhor. “Em dias pesados, o desafio começa na hora de entrar. Já vi quebrarem pranchas antes de chegar no outside. Tem gente que tenta mais de cinco vezes até conseguir varar e outros que nem isso conseguem. Quando está realmente grande, PipeLeme vira brincadeira perto do Alfa. No Leme é só pular da pedra ou remar no cantinho do costão para entrar. No Alfa tem que tomar muito na cabeça e ainda ter disposição para botar para baixo. Em dia de Rotor, o negócio fica ainda mais pesado. Surfistas como o Gordo já quebraram mais de três pranchas na mesma sessão. Disposição, experiência e equipamento bom são essenciais aqui!”.

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HeNrIQUe pINGUIM

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Local e frequentador assíduo do lugar, o fotógrafo Henrique Pinguim compra a briga e garante: “O Leme é muito mais power que o Alfa. A bancada de areia é super rasa e triplica a possibilidade de bater no fundo ao vacar. Além disso, o drop é mais cavado e a intensidade do tubo torna o pico mais cascagrossa. No PipeLeme é pauleira e onda buraco o tempo todo!”.


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REACAO!

Marcelinho veio lá de trás e acertou esse “direto”de esquerda pra deixar tudo igual.

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SURRA!

FotoS: HeNrIQUe pINGUIM

Juntaram três contra o Alfa. gabriel Pastori deu um “jab”, gabriel Sodré “embaianou” e Luiz Claudio partiu pro golpe final.

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oSKleN/HeNrIQUe pINGUIM

GOLPE BAIXO! ian e Pinguim invadiram o ringue adversário e marcaram ponto pro Alfa Barrels.

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“O Alfa é complicado para fotografar, nadase bastante, tem corrente e múltiplos picos lá fora. Realmente tem que saber se posicionar na bancada certa e aguardar ela rodar pra eternizar o ‘moment’ certo. Porém acho a onda menos forte. Quando enrosca, não te puxa com a mesma força que no Leme, que é mais raso e arriscado.”

HENRIQUE PINGUIM

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FotoS: pedro tojal

COMBO! Hora de revidar. frene acertou uma esquerda, Rodolfo um “cruzado� perfeito de direita e Stefano uma sequencia pesada!

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PENALIDADE! Com a assistência de Tojal, frene aplica um golpe de Kung fu na área rival. Deu ponto pro PipeLeme e deixou tudo empatado.

´ AGORA E COM VOCE... V

o desafio foi lançado e o desempate é por sua conta. Qual é o melhor? PipeLeme ou AlfaBarrels? Se ainda está na dúvida, é só fazer o teste! Já demos todas as dicas. É só tirar a poeira daquela sua round pin, passar bastante parafina e preparar seu pulmão para varar a arrebentação. Se você sobreviver, conte para gente qual pico merece o cinturão UBC. Basta acessar nosso Portal e votar. Na próxima edição anunciaremos o grande campeão. Bons tubos!

MaIS FOTOS dO aLFa Barra e LeMe eM NOSSO SITe.

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“O Leme é uma das ondas mais tubulares da Zona Sul. A onda é perto da beira, muito forte e, além de tudo, tem Copacabana e o Pão de Açúcar como plano de fundo. Gosto de fotografar lá quando o mar está menor e de leste, mas se estiver grande não tem pra ninguém, Alfa Barrels é a melhor opção!”

pedro tojal

PEDRO TOJAL

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PoR: YLAN BLANK foToS: ANDRÉ PoRTUgAL

Marcelinho “lifeguard” saiu dos tubos do “Pipeleme” para encaixar no trilho de La frontera, a sessão que fica entre el Hueco e Lobitos.

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Nada se compara a um bom dia de surf...

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PICO ALTO LOTADO Monitorando os mapas de previsões em uma semana praticamente sem ondas no Rio, visualizei uma bomba no Pacífico Sul que iria atingir em cheio o Chile e o Peru. Decidi embarcar para o Peru, já que o campeonato mundial de ondas grandes iria ser realizado provavelmente em condições épicas e a presença dos amigos e big riders de Saquarema, Marcos Monteiro e Patrick Reis, além do fotógrafo André Portugal, me motivaram. Comprei minha passagem algumas horas antes de embarcar e, assim que cheguei a Punta Hermosa, encontrei com Marquinhos e Patrick já satisfeitos com a queda da manhã em Pico Alto. Corri para aproveitar o fim de tarde e caí na água com Burle e o havaiano Jamie Sterling. Surfamos ondas de 12 pés com a presença de outros atletas gringos que iriam competir na etapa do mundial. Ao acordarmos na manhã seguinte, o mar realmente havia subido muito e fazia um frio absurdo. Fizemos uma bela sessão de tow-in logo cedinho, com 20 pés e séries maiores, que foi interrompida pelo início do campeonato. Eu, Luisito (filho do Luisfer) e Portugal assistimos todo o primeiro round do evento do jet-ski no canal. Para mim aquilo era demais, poder ver como big riders de praias diferentes, Peter Mel, Jamie Sterling, Ramon Navarro, Greg Long, Grant “Twiggy” Baker e os brasileiros Burle e Marquinhos, surfariam na praia que eu tanto surfei na minha vida... Foi um intercâmbio onde, com certeza, aprendi bastante. Em minha opinião, o evento ficou marcado pela performance do Twiggy, que pegou uma bomba gigante nota 10, e a do Marquinhos, que ficou na quarta colocação arrebentando em todas as baterias que disputou. Um dia depois fomos presenteados com um mar glass. As séries continuavam com 20 pés como no dia anterior, com sol e formação excelente das ondas. Até me arrisco a dizer que foi o Pico Alto mais perfeito que já surfei. Estreei o mar junto com o Patrick. Depois de uma hora, chegaram ao pico Marcos Monteiro, o sul-africano Cris Bernish e a lenda viva Gary Linden. Estava bom demais, uma sessão de surf inesquecível! Carlos Burle, Jamie Sterling e Ylan Blank no treino para o Billabong Pico Alto.

La isla dourada.

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Marcos Monteiro vem se destacando nas morras. em Pico Alto, o salva-vidas conquistou a quarta posição ficando à frente de nomes consagrados como greg Long e grant “Twiggy” Baker.

Acostumado com as ondas de Saquarema, Patrick Reis não sei intimidou em Pico Alto e fez bonito.


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o caminho das pedras em el Hueco.

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os lifeguards Sandro Antolucci, Marcelinho, Marcos Monteiro, Marcos gonzales e Patrick.


RUMO AO NORTE SEGUINDO O SWELL As esquerdas de Lobitos proporcionaram longas paredes para os freesurfers. Ylan Blank rabiscou as ondas sem piedade.

Passando o capítulo Pico Alto, a galera botou pilha e decidimos aproveitar o mesmo swell em Lobitos, ao norte do Peru. Nosso objetivo era surfar El Hueco. Encaramos uma longa viagem de 16 horas de ônibus. Nosso destino final era Tallara, uma pequena civilização com um clima quente durante o dia e frio durante a noite, com plataformas de petróleo e barcos ancorados junto às linhas tubulares de ondas de alta permormance. A diferença de clima é muito interessante. No norte estava calor, com bastante sol, ao contrário de Punta Hermosa. Porém, a noite lá é tenebrosa, muito fria e com ventão gelado. O lance é ficar apreciando a lua cheia, agradecer por aquele momento e pensar na vida. Quando chegamos, tinha apenas meio metro de onda e surfamos em Piscinas só para tirar aquele suor da viagem. O surf só começou mesmo no segundo dia. Logo de manhã cedo, pegamos 4 pés de ondas em Hueco, esquerdas tubulares e longas. Um visual incrível, muita correnteza e mar subindo! Marquinhos foi o primeiro a entrar na água. Logo em seguida, eu e Patrick também caímos. Depois de pegar altas ondas, aquele local nos ensinou uma coisa: na maré seca é quase impossível surfar. A correnteza de lado lembra um grande rio nervoso e se manter no pico é impossível, prova disso é que todos os dias nesta maré não havia ninguém no local, nem mesmo os visitantes. No entanto, a boa notícia é que no final de tarde a correnteza sempre melhora e o vento também baixa. O surf lá é isso, uma bateria cedo e outra no final de tarde. De manhã, enquanto a maré secava, o surf era clássico, com manobras e muitos tubos. Na hora do almoço, o vento entrava e era o momento de descansar para o fim de tarde, pois era certo dele parar e “El Hueco” voltava a funcionar. Sem falar nos picos alternativos por perto, “Piscinas”, “Moles”, “General”, “Baterias”, entre outros, que davam boas ondas o dia todo. Três dias de swell forte, com ondas de até 8 pés, foram suficientes para todos fazerem a cabeça. Marquinhos, bem à vontade, pegou os melhores tubos do swell. Patrick estava surfando muito, com um backside polido. Além da galera do Rio que encontramos lá, como Sérgio Noronha, Marcelinho “lifeguard”, entre outros. Depois de algum tempo, o swell aos poucos foi embora e a nossa trip chegou ao fim. Uma viagem com muitas ondas, altas imagens e muitos tubos que fizeram a cabeça da galera e tornaram essa trip inesquecível.

Diversão garantida nas “olas” peruanas. Patrick Reis em Lobitos.

enquanto Patrick fazia a cabeça, Ylan curtia uma rede para pensar na vida.

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essa sequĂŞncia de Marcos Monteiro entubando em Lobitos rendeu 41 cliques. imagina quanto tempo ele ficou dentro desse tubo?

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Visual de Lobitos com o píer de Los Mulles e a pedra do pico de Piscinas ao fundo.

Até quem não estava na barca se deu bem. Surfista não identificado garantindo espaço na Surfar.

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o ex-profissional Sergio Noronha mostrou que, mesmo depois de largar as competições, continua surfando sempre no crítico da onda.

Muitas esquerdas solitárias... É só acreditar.

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VeJa a SeQUÊNcIa TOda deSTa FOTO NO POrTaL.

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SeSSテグ da MeIa NOITe

GUStaVo CaBelo

por: roGer FerreIra

Que tal deixar o travesseiro de lado e encarar esse line up? A molecada abandonou as namoradas e partiu na fissura da meia-noite.

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GUStaVo CaBelo

Daniel gonçalves colou na pedra e fez a mala.

HeNrIQUe pINGUIM

imagine você, após o jantar, lá pelas 10 da noite, virar para a sua família e dizer que vai pegar a prancha, a roupa de borracha e sair para surfar... Descer no elevador sob os olhares desconfiados dos vizinhos e do porteiro, que solta uma piadinha do tipo “Ô rapaz, a festa a fantasia vai ser boa, hein?”... Pois é, quando o Arpoador está funcionando, a noite tem exatamente essa a vibe que faz a galera abrir mão das noitadas ou do descanso para dar uma caída noturna no pico. foi isso que nos motivou a fazer essa matéria.

GUStaVo CaBelo

Roger, repórter da Surfar, também foi pra água.

Dieguinho deu uma de morcego voando na madrugada.

Em uma cidade como a do Rio não daria para traçar um perfil dos “surfistas noturnos”, pois são vários grupos que frequentam o line up na calada da noite. Têm aqueles que ralam no trampo ou nos estudos o dia todo e partem para o pico a fim de dar uma relaxada. Os que fogem do crowd diurno e apostam na potente iluminação para uma queda sem impreguinação lá pelas tantas. Além da rapaziada fissurada, que não escolhe a hora para ficar de pé sobre a prancha, qualquer momento de boas ondas no Arpex já é motivo de felicidade. No início de outubro, quando Netuno deixou as condições perfeitas no Arpoador, Pedro Scooby, Trekinho, Hugo e seu irmão Thiago Bittencourt, além da molecada Gabriel Garcia, Diego Santos e Daniel Gonçalves, aproveitaram uma semana de altas ondas para chegar junto do crowd noturno. Divididos em dois times, os surfistas abraçaram a proposta de produzir um material exclusivo para a Surfar com os fotógrafos Gustavo Cabelo, André Portugal e Henrique Pinguim. A brincadeira também rendeu uma resenha regada a muitas risadas. Ondas de um metro quebravam na ponta da pedra, com temperatura agradável, céu estrelado, além da lua crescente em um dia e cheia no outro dando o toque de requinte nas duas quintas-feiras seguidas. A galera que largou as noitadas e namoradas para encarar a missão se deu bem. “Fomos surpreendidos com altas ondas que chegavam até um metrão vindo lá da ponta da pedra. Surfamos a madrugada toda e, como tinha pouco crowd, deu para se divertir bastante”, disse Daniel

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Treko brincando com a sua “tábua de passar”.

Diego Silva não perdeu o lip de vista.

Resenha pré-surf.

GUStaVo CaBelo

GUStaVo CaBelo

GUStaVo CaBelo

HeNrIQUe pINGUIM

Caminho das pedras.

aNdrÉ portUGal

Gonçalves após sua melhor caída noturna no pico. Surfar um marzinho bom ali à noite é surreal. Algumas séries entram maiores e a rapaziada toma na cabeça de surpresa. E quando vem a boa, dá para mandar mais de três manobras de forma fácil, até ficar difícil de enxergar a onda quando ela sai do alcance dos holofotes. Sair de uma sessão irada com os camaradas no meio da madrugada, no quintal de casa, é um misto de êxtase pós-surf e jet lag (fuso horário trocado). Na caminhada de volta pelo calçadão, ainda dá para ver a galera fissurada pegando séries perfeitas que entram pela madruga adentro. É, o melhor é ir para casa dormir, pois amanhã cedo essa esquerdinha promete novamente...

GUStaVo CaBelo

Sem medo do escuro, Scooby escovou as marolas.

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GUStaVo CaBelo

HeNrIQUe pINGUIM

Serテ。 que Biel estava enxergando alguma coisa?

SeSSテグ da MeIa NOITe

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LÍDIA

Barbieri 23 ANOS

FotoS: Fred roZÁrIo

A bela gaúcha Lídia Barbieri trabalha como modelo, cantora e apresenta um programa no canal Multishow. Morando no Rio pouco mais de um ano, nos fins de semana ela curte estar com suas amigas e pegar uma praia, principalmente a do Pepê por ser perto de sua casa. Já quando está no Sul, as suas preferidas são Guarda do Embaú, Ferrugem, Rosa e Camburiú, todas em Santa Cantarina. Para manter o shape, a gata diz que cuida da alimentação, mas sem muita neura, porque prefere “suar” muito na academia, além de dançar e andar de skate. Lídia acha que o surf é um dos esportes mais saudáveis que existe, pois proporciona um contato direto com a natureza, e pretende em breve aprender a surfar. Seu maior sonho é poder viver da música e agora em novembro ela pretende lançar seu grande projeto desenvolvido com uma gravadora.

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BIQUÍNIS NICoBoCo

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MaIS FOTOS deSTa e OUTraS MISSeS eM NOSSO SITe.

BIQUÍNIS NICoBoCo

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Dávio é filho da lenda do surf nacional Dadá figueiredo. Aos 13 anos, o local da Barra da Tijuca está em busca de um patrocinador para cair de cabeça nos campeonatos amadores por todo o Brasil. Dono de um estilo radical herdado do pai, o garoto gosta de ondas tubulares e manobras radicais, como o aéreo. Confira mais sobre o talento da nova geração carioca. Ídolo no esporte? Meu pai, Dadá figueiredo, porque ele me ensina muitas coisas sobre a vida e o surf. fora isso, a história dele é irada! Um surfista que sempre inovou nas manobras radicais e ganhou vários campeonatos.

Categoria que compete e principais resultados? esse é o meu segundo ano como iniciante e o melhor resultado em 2010 foi o de campeão da segunda etapa da ASN em itacoatiara. Já o meu principal título foi o de campeão estadual em 2008 como grommet.

Picos preferidos? Barra da Tijuca na altura do Pepê, itamambuca em São Paulo e Puerto Viejo no Peru.

Treino e preparação antes das caídas? Sempre me alongo antes e procuro fazer umas baterias com meus amigos. Ano que vem quero começar um treinamento específico.

Surf competição ou freesurf? eu gosto dos dois. Mas fazer uma viagem com os amigos só para pegar altas ondas, não tem nada igual.

Dávio fazendo jus ao sobrenome.

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Melhor viagem e session? Minha melhor surf trip foi para o Peru, onde peguei altas ondas em Puerto Viejo e La isla. e a melhor session foi um dia no meio da Barra perfeito, direita e esquerda abrindo muito na vala.

futuras surf trips? Por mim, eu vou para todos os picos do mundo, mas o lugar que eu tenho mais vontade de conhecer é a indonésia. outros objetivos? Quero competir todos os campeonatos que der e mandar bem para em 2011 eu arrumar um patrocínio e competir o brasileiro amador. Mais para frente, eu quero me profissionalizar e viver do surf. Maior sonho dentro do surf? Viajar o mundo pegando altas ondas e um dia ser campeão do WT.

FotoS: pedro MoNteIro

Idade: 13 anos Patrocínio: Evoke Eyewear e Dadá Figueiredo Surfboards Quiver: 5’4 FISH, 5’6, 5’7 E 6’0 Shaper: Dadá Figueiredo





Foto: dIVUlGaÇÃo pedro tojal

Idade: 10 anos Patrocínio: Cyclone e CT Quiver: 4´8 e duas 4´10 Shaper: Udo Bastos

o carioca Vitor ferreira começou no surf com apenas quatro anos de idade e contou com grande incentivo de seu pai. Hoje, aos dez, ele compete nas categorias Petit e infantil e já venceu alguns campeonatos, inclusive sendo vice-campeão do circuito ASBT. o moleque, que tem como ídolo Jordy Smith, sonha em ser campeão mundial, é claro. Com quantos anos e como começou a surfar? Aos quatro anos, com o incentivo do meu pai. Ídolo no esporte? Jordy Smith, porque ele surfa muito e é um bom atleta. Quais seus picos preferidos? Prainha, Canto do Recreio e Alfa Barra. Prefere competição ou freesurf? os dois, o importante é estar na água. Categoria que compete e principais resultados? Petit e infantil. Vice-campeão do circuito ASBT. Melhor viagem e session de surf da vida? Costa Rica foi a melhor trip e Alfa Barra a melhor sessão. fiz também outras trips para a Califórnia, itararé e florianópolis. Quais os lugares que pretende viajar para surfar? Todos os lugares do planeta que tenham altas ondas. objetivos no surf? Ser campeão mundial. Vitor no Alfabarra, caminhando para se tornar um tube rider.

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PoR: TiAgo gARCiA

De 1966, quando Bruce Brown lançou endless Summer para o mundo, o mercado de filmes e vídeos de surf cresceu ao ponto de se tornar uma indústria milionária. grandes diretores como Jack Mckoy e Taylor Steele expandiram nosso esporte com suas obras e influenciaram (e ainda influenciam) gerações de surfistas. Atualmente a VAS entertainment é a principal distribuidora de filmes de esportes radicais do mundo e, consequentemente, uma das maiores nas produções de surf. Nessa entrevista, Ricardo Locks, diretor de operações da VAS na América do Sul, fala com exclusividade para a Surfar a respeito desse mercado no Brasil e no exterior. Quando a VAS começou suas atividades no mundo e aqui no Brasil? ela iniciou no mercado de filmes de esportes em 1982 nos eUA. Já em 2007 foi criada uma base para atender toda a América do Sul começando as operações pelo Brasil, onde atualmente é o Centro de Manufatura e Distribuição para esse continente. Com a instalação desta unidade, a VAS garantiu força de distribuição em todo o mundo, atuando com praticamente todos os esportes de ação.

Quais os requisitos para um filme de surf ter sucesso comercialmente? o trabalho do diretor pesa muito, a escolha dos locais de filmagem, a qualidade das tomadas, os atletas envolvidos e a harmonia deste conteúdo com a trilha sonora é fundamental para um filme ter sucesso no mercado de esportes, que atualmente é sustentado por um público simpatizante, então, temos que pensar nele como entretenimento e cultura.

Quais as principais mudanças no mercado de filmes de surf desde essa inauguração até hoje? Anos atrás percebíamos uma grande dificuldade para encontrar conteúdo de qualidade em nosso mercado, falo de grandes produções que elevam o nível do esporte e trazem imagens de surf em locais praticamente inacessíveis e que muitos sonham em conhecer. isso por muito tempo foi privilégio de poucos, pois estes filmes eram importados e chegavam a custar mais de R$100,00. Hoje você tem em qualquer lugar do Brasil os melhores filmes legendados para nossa região e com a mais radical das mudanças: o preço. Com isso foi necessário criar um canal de vendas on-line, que atende tanto o consumidor final, como o lojista que deseja ter este produto em sua loja. Com esta ferramenta, colocamos os filmes nas mais distantes regiões do país.

Quais são os passos para um produtor ter seu vídeo distribuído pela VAS aqui no Brasil e no mundo? Uma vez com o filme produzido, o produtor deve nos encaminhar um DVD para nosso escritório e nossos profissionais irão avaliar e pontuar a produção. De acordo com este resultado é tomada a decisão de distribuir ou não. Após este processo serão necessários documentos de direitos autorais sobre imagem e trilhas sonoras.

o que tornou a VAS líder no mercado de vídeos de esportes radicais no mundo e em quais países ou continentes as vendas são maiores? Sem dúvida alguma, escutar e entender o que o nosso público quer fez com que a VAS reunisse o melhor conteúdo disponível no mercado e também apoiasse novas produções. Somando isto a uma estratégia de distribuição global, conseguimos cobrir todos os continentes e atualmente temos mais de 3000 títulos. os estados Unidos ainda representam o maior volume de vendas, os filmes de snowboarding e ski têm bastante peso nesta fatia. Quais os formatos de mídia que os vídeos distribuídos podem ser encontrados? o DVD ainda é o principal? Hoje você encontra nossos filmes em DVD e já temos títulos em blu-ray. Mas, sem dúvida, o DVD ainda é o principal formato. A maioria de nossos filmes são no formato 16:9 widescreen e os DVDs originais propiciam excelente qualidade de imagem.

o Wake Up 2 foi o primeiro vídeo de surf do Brasil a ser distribuído pela VAS no mundo todo.Você acredita que isso contribui de alguma forma para que outras produções brasileiras tenham espaço no mercado internacional? Certamente este filme abriu as portas para muitos produtores brasileiros. Acredito nas produções nacionais e temos no Brasil tudo que é necessário para produzir excelentes filmes. As portas do mundo estão abertas.

Quais os principais lançamentos da VAS em 2010 e os projetos para 2011? esse ano foi de sucesso, pois tivemos grandes lançamentos, como The Drifter com Rob Machado e o próprio Wake Up 2 abrindo as portas para o mundo. Para o final de 2010, Castles in the Sky de Taylor Steele, Scratching the Surface da irons Brothers, além do esperado eddies Day 25TH. Já para 2011, a lista é grande. Vamos lançar aproximadamente 60 títulos no Brasil. Arriscaria uma previsão para o mercado de vídeos de surf para os próximos 10 anos? É difícil falar em números para um longo período como este, mas o crescimento é certo e será expressivo. os grandes produtores já trabalham em projetos que cobrem os próximos cinco anos. e as grandes empresas, como a própria VAS, estão investindo em inovações e tecnologia para levar conteúdo de qualidade para o público do surf.

NEWS: - Em breve o novo filme de Dane Reynolds, “Thrills, Spills and What not”, estará disponível para compra através do seu site: marinelayerproductions.com. Enquanto isso, confira os vídeos exclusivos postados por Dane em sua página virtual. - Scratching The Surface, produção que tem como protagonista o surfista australiano Julian Wilson, já está disponível para compra através do iTunes.

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TOP 10 VIDEOS:

Por Damien Hobgood Kelly in Black and White Momentum 1 Momentum 2 Stranger Than Fiction Searching for Tom Curren First Chapter North Shore Wave Warriors Modern Collective Endless Summer

ÁlVaro FreItaS

Acredita que as vendas pelo itunes ou em VoD (video on demand) crescerão futuramente? Certamente estas vendas aumentarão em uma escala muito forte, o que é muito bom. o VoD não substitui o DVD e o blu-ray, mas certamente fará com que os filmes cheguem a um número cada vez maior de pessoas.



FotoS: FÁBIo MINdUIM / dIVUlGaÇÃo

Jean da Silva chegou de fininho e levou o caneco.

JeaN LeVa SeU PrIMeIrO BSP Quem se deu bem na terceira etapa do Brasil Surf Pro, realizada na praia de geribá, Búzios, foi o catarinense Jean da Silva, que venceu pela primeira vez no circuito brasileiro profissional e assumiu a vice-liderança do ranking na temporada. O balneário de Búzios, conhecido internacionalmente pela beleza de suas praias, sediou entre os dias 22 e 26 de setembro a terceira etapa do Brasil Surf Pro, o circuito brasileiro de surf profissional 2010, realizado com ondas que variaram de meio a um metro em Geribá. O início foi marcado pela queda prematura dos líderes do ranking até então. Léo Neves e Alan Jhones, vencedores das duas primeiras etapas do BSP, perderam de cara e passaram a torcer contra seus adversários diretos na briga pelo título brasileiro da temporada. Correndo por fora, quem se deu bem foi o catarinense Jean da Silva, que surfava relaxado e chegou à grande final contra o cearense Pablo Paulino. Sensação do evento na fase classificatória, Pablo havia derrotado o líder Alan Jhones e chegou à decisão da etapa com força total. O que o cearense não esperava era que a melhor onda da final fosse entrar para Jean logo nos primeiros instantes da bateria, uma esquerda que o catarinense não desperdiçou, aplicando diversas batidas e rasgadas fortes para conseguir 7,33 dos juízes. Pablo ainda tentou reagir, porém com as fracas condições do mar o máximo que ele conseguiu foram ondas de baixa pontuação, fechando o confronto com um total de 9,40 pontos. Para Jean restou a tarefa Pablo Paulino só foi parado na final.

de administrar o tempo e marcar seu adversário. Com uma segunda onda nota 5,33, ele sacramentou a vitória totalizando 12,66 pontos. De quebra, o catarinense embolsou R$25 mil e ainda assumiu a viceliderança do circuito. “É muito emocionante ganhar pela primeira vez no circuito nacional. Vou levar essa vitória para casa com muita alegria, mas a segunda posição no ranking não vai mudar minha cabeça. Vou competir na próxima etapa novamente relaxado e sem pressão alguma em casa”, disse Jean após a vitória. No Feminino, Diana Cristina superou a carioca Taís Almeida, especialista nas ondas de Geribá, totalizando 10,67 pontos contra 8,77 da rival. Tininha conseguiu um 6,67 que a deixou em situação confortável a pouco mais de 10 minutos do fim da bateria e não foi mais ameaçada por Taís. “A final foi bastante disputada. Taís é muito experiente e não é nada fácil enfrentá-la numa decisão, principalmente aqui no Rio. Vou treinar bastante e espero que dê tudo certo nas próximas etapas”, relatou Tininha. O líder do BSP, Alan Jhones, não perdeu a motivação após perder sua bateria na primeira fase e venceu a Expression Session, levando pra casa o prêmio de R$8 mil. ReSULTADo DA TeRCeiRA eTAPA Do BRASiL SURf PRo 2010: MASCULiNo: 1- Jean da Silva (SC) 2- Pablo Paulino (Ce) 3- gilmar Silva (Ce) 3- Saulo Júnior (SP) 5- Bruno galini (BA) 5- Tomas Hermes (SC) 5- Pedro Henrique (RJ) 5- Hizunomê Bettero (SP)

feMiNiNo: 1- Diana Cristina (PB) 2- Taís de Almeida (RJ) 3- Andrea Lopes (RJ) 4- gabriela Leite (SC) 5- Luana Coutinho (SP) 5- Marina Werneck (SC) 5- Monik Santos (Pe) 5- Juliana Quint (SC)

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FotoS: pedro MoNteIro

Leandrinho levantou a galera na final.

LeaNdrO BaSTOS FaZ a FeSTa NO arPeX

aNNIBal

O Oakley Rio Surf Pro, válido pela divisão de acesso do surf mundial, teve início com ondas fracas, que forçaram a organização do evento paralisar o campeonato por dois dias seguidos. Com seis dias de janela para ser realizada, a etapa foi reiniciada com uma maratona de baterias no sábado (09/10), ainda em condições bem difíceis em função do forte vento sudoeste que bombava intensamente no Rio. No domingo decisivo (10/10), o vento sudoeste não deu trégua, porém, com a subida do mar e a mudança de direção da ondulação, as esquerdas com até 1,5 metros do Arpex proporcionaram um campeonato de alto nível. A sensação mundial Gabriel Medina fez excelentes apresentações durante o evento, mas no round dos 24 não encontrou as ondas e terminou na terceira posição no confronto vencido pelo basco Aritz Aramburu. O basco derrotou também Simão Romão, bicampeão do evento em 2008 e 2009, para chegar à grande final contra o carioca Leandro

ReSULTADo Do oAKLeY Rio SURf PRo iNTeRNATioNAL: 1- Leandro Bastos (BRA) 2- Aritz Aranburu (SPA) 3- Luel felipe (BRA) 3- Masatoshi ohno (JPN)

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Bastos. O local do Recreio roubou a cena e foi o destaque do último dia de competição. Utilizando um poderoso ataque de backside repleto de manobras fortes, rápidas e fluidas, Leandrinho foi detonando seus oponentes com boa margem de vantagem até a final. E não foi a primeira vez que os atletas se encontraram em uma bateria decisiva da divisão de acesso. Em 2007, ele e Aritz se enfrentaram em Fernando de Noronha, com o surfista basco levando a melhor. Mas dessa vez o cenário era diferente. No quintal de casa e com a torcida enlouquecida vibrando muito a seu favor, Leandrinho não deu chances para Aramburu. No único momento em que Aritz esteve à frente no placar, não demorou muito e Leandro pegou a melhor onda do evento, uma esquerda da série que proporcionou a execução de um arsenal de manobras sólidas e variadas para arrancar incontestáveis 9,60 pontos, sacramentando sua primeira vitória em uma etapa do circuito mundial. “Deus guardou essa vitória aqui no Arpoador no momento mais irado: com toda a galera presente. Eu estava muito cansado na final porque tenho acordado às 5 da manhã e vindo do Recreio pra cá muito ansioso, mas deu tudo certo. Meu esforço foi recompensado”, disse o local do Recreio nos braços da torcida local. aNNIBal

Leandro Bastos quebrou seus adversários no Arpex para dar aos cariocas o tricampeonato do oakley Rio Surf Pro international, etapa seis estrelas do WQS, realizada pelo terceiro ano consecutivo no berço do surf brasileiro.



FotoS: GUStaVo CaBelo

Aritz não perdoou mais uma vez.

O carraScO da Barra o surfista do País Basco Aritz Aramburu fez sua segunda final consecutiva no Rio e conquistou o SuperSurf international na Barra. e com o vice-campeonato, William Cardoso levou o título de melhor surfista da América do Sul.

ReSULTADo Do SUPeRSURf iNTeRNATioNAL: 1- Aritz Aranburu (SPA) 2- Willian Cardoso (BRA) 3- Luel felipe (BRA) 3- Jean da Silva (BRA)

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Willian Cardoso.

tIaGo NaVaS

A competição, que aconteceu entre os dias 12 e 16 de outubro na praia da Barra, coroou os campeões dos circuitos ASP South America e SuperSurf. Em ondas de meio metro e formação prejudicada pelo vento leste, Aritz Aramburu venceu o catarinense William Cardoso. Com um surf rápido e manobras fortes, o surfista basco escolheu as melhores e se tornou o campeão do evento. “Estou muito feliz. As condições do mar estavam muito difíceis para fazer boas notas, mas tive sorte de achar duas ondas abrindo para ganhar o campeonato. Meus amigos até perguntaram o que acontece comigo aqui. Também não sei (risos). Só acho esse país um lugar maravilhoso. Amo vir para cá, tenho vários amigos aqui, adoro a comida brasileira, o ambiente e, quando você se sente assim, as coisas acontecem naturalmente”, disse Aritz, que se tornou o carrasco dos brasileiros após vencer novamente no Brasil. Essa é a segunda vitória do surfista basco em terras brasileiras em 2010. Em junho passado, ele levou a melhor sobre Rodrigo Dornelles no Maresia International na Praia Mole. Aritz embolsou um total de $50 mil dólares nas três finais que fez na perna brazuca do WQS esse ano. Dois prêmios de $20 mil pelas vitórias na Mole e na Barra, mais $10 mil pelo vice no Arpex. Já William, visivelmente acima do peso, terminou na segunda colocação do SuperSurf International e se tornou o campeão do ranking ASP South America 2010, levando 5.000 doletas para casa. “Esse título veio como um bônus. Estava amarradão em fazer uma final no evento. E como o Raoni perdeu no dia anterior, consegui conquistar esse título após vencer a bateria contra o meu amigo Jean da Silva.” Na competição, a parte promovida através de um ranking do SuperSurf, o paranaense Caetano Vargas roubou a cena dos velhos conhecidos pela mídia e levou um carro zero. Ele venceu a segunda etapa em Maresias e conseguiu acumular mais pontos nos quatro eventos organizados. A confirmação do título veio com a derrota de Bernardo Pigmeu para Odirlei Coutinho nas oitavas de final. Vale destacar a bela campanha do jovem pernambucano Luel Felipe nas duas etapas do WQS no Rio. No Arpoador e na Barra, ele mostrou muita personalidade e competitividade para conquistar o terceiro lugar em ambas as competições.

Luel felipe.



Após vencer quatro etapas seis estrelas do WQS em 2010, sendo a última delas o Prime das Ilhas Canárias no início de novembro, o cearense Heitor Alves chegou à 18ª posição no ranking unificado da ASP e praticamente garantiu a sua presença no World Tour do próximo ano. Apontado por Kelly Slater como um dos talentos mais promissores nas duas temporadas em que esteve na elite (2008/09), o cearense voador está com gás renovado. PoR: RogeR feRReiRA Como define o seu momento confirmando seu retorno à elite? Pois é cara, eu tô feliz por ter cumprido mais um obstáculo na minha vida, que foi ser constante. eu batalhei para me dar bem e consegui ter uma sequência de bons resultados, coisa que nunca tinha acontecido na minha carreira. o que vier para mim esse ano vai ser show, pois já consegui evoluir bastante em relação aos anos anteriores. e o que você fez de concreto para conseguir a vaga? Tenho me dedicado mais aos treinos, dentro d’água e na academia, além de fazer várias surf trips, que são importantes para polir o surf. esse ano eu fiz umas cinco trips para lugares variados, picos como a Nicarágua e el Salvador. Tem dado certo, os juízes estão gostando do meu surf, pois consegui vencer quatro etapas, sendo duas seguidas, e tive bons resultados em outros eventos que participei. Na real, eu tentei ir às etapas Prime que são mais importantes por terem uma pontuação maior, como em Noronha, que tem um grande potencial, e nas ilhas Canárias, onde consegui vencer para somar mais pontos. Você é especialista em manobras inovadoras e aéreas, mas com a classificação para o WT, vai ter que se dar bem nos tubos pesados como Pipe e Teahupoo. Tem treinado para isso? este ano não tive muita oportunidade, pois o calendário do WQS é muito apertado, com várias etapas seis estrelas em sequência sendo realizadas em picos de ondas boas, longas e manobráveis,

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mas pequenas. eu acabei fazendo trips para investir nesse tipo de onda, focando em conseguir minha classificação para o WT. Se der tudo certo, pretendo fazer no início do ano que vem viagens para Teahupoo e indonésia para treinar bastante nos tubos e encarar as etapas do dream tour. A galera tá na bronca com esse novo formato da ASP. e você, o que achou? eu tô mais pela galera. Acho que dificultou muito a possibilidade de novos talentos entrarem no dream tour. eu achei um pouco complicado, mas quero mesmo é competir, ganhar os campeonatos e me dar bem independente do regulamento. e estou conseguindo me classificar, mesmo com as novas regras. garantida a vaga entre os 32 melhores do mundo para 2011, o que pretende fazer de diferente em relação a sua primeira participação no tour? eu vou tirar toda a pressão que tive nos primeiros anos. Quero relaxar um pouco, surfar mais, pois acho que boiei muito e errei em algumas escolhas de ondas que me prejudicaram. Mas tudo na vida tem um objetivo maior. então, se eu tive que sair foi para aprender mais. Vendo as baterias dos tops, como Kelly e Mick, eu aprendi coisas interessantes, como tática de baterias que vou poder utilizar no circuito para competir de igual para igual e ganhar os campeonatos. Agora espero pegar altas ondas e voltar com força total para ficar por vários anos.


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NIltoN BatISta


pedro tojal

próximo número

HAWAII

EXPEDIENTE

Dennis Tihara no final de tarde inconfundível de Pipeline.

Editor Chefe: José Roberto Annibal – annibal@revistasurfar.com.br Editor Executivo: Grimaldi Leão - grimaldi@revistasurfar.com.br Projeto Gráfico e Arte: Marcos Myara - marcos@revistasurfar.com.br Redação: Roger Ferreira - roger@revistasurfar.com.br Déborah Fontenelle - deborah@revistasurfar.com.br Estagiário: Conrado Lage - conrado@revistasurfar.com.br Fotógrafo: Pedro Tojal - tojal@revistasurfar.com.br Colunistas: André Breves Ramos, Felipe Cesarano, Roger Ferreira, Tiago Garcia. Colaboradores de fotos nesta edição: André Portugal, Álvaro Freitas, André Cyriaco, Bidu, Bruno Falcão, Bruno Lemos, Celso Pereira Jr, Diego Motta, Fábio Minduim, Gustavo Cabelo, Henrique Pinguim, Marcelo Piu, Nilton Batista, Luciano Cabal, Pedro Monteiro, Yuri Sardenberg, Renato Lombardi. Colaboradores de Texto: Yan Blank, Salvador Lamas, Henrique Pinguim, Pedro Tojal. Comercial: Sérgio Ferreira, Thaís Havel, Two Go Comunicação. Tratamento de Imagem e Finalização: Marcos Myara. Impressão Gráfica: Gráfica Ediouro. Jornalista Responsável: José Roberto Annibal – MTB 19.799. Tiragem desta edição: 20 mil exemplares. A Revista Surfar pertence à Forever Surf Editora e as matérias assinadas não representam obrigatoriamente a opinião desta revista e sim de seus autores. Endereço para correspondência: Av. Ayrton Senna, 250, sala 209, Barra da Tijuca, Cep: 22793-000. Distribuição gratuita no Rio de Janeiro. Contato para publicidade: (21) 2433-0235 / 2480-4206 – surfar@revistasurfar.com.br


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