Surfar #49

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PORTFÓLIO RENATO TINOCO 4 DICAS PARA VOAR

R ai mana Van Bast o l aer.


h a n g l o o s e

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COMO VER A SURFAR DIGITAL

ÍNDICE Toque sobre o número e vá

direto para o início da matéria que você deseja ler.

VÍDEO Assista à onda surfada,

ao acerto da manobra ou mais imagens do surfista fotografado.

VÍDEO YOUTUBE/VIMEO

Clique para assistir ao conteúdo extra no aplicativo dele ou no site (funciona melhor com os apps do Youtube e Vimeo instalados no celular).

O círculo com a mãozinha representa conteúdo extra para você ter uma experiência ainda melhor com a nova Surfar.

SEQUÊNCIA Veja todos os detalhes das manobras e tubos nas sequências de fotos.

ÁUDIO Toque no ícone para ouvir. 007


Ă?NDICE CAPA: Raimana Van Bastolaer FOTO e VIDEO: Eric Sterman e Brent Bielmann (drone)

Medina treinando em Grumari. Foto: Marcelo Amaral.

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CLIQUE NO NÚMERO E VÁ DIRETO PARA A MATÉRIA INVASÃO DOS DRONES Os “robôs voadores” revolucionaram as filmagens ao te levar para ver o surf direto do “céu”.

76 PORTFÓLIO RENATO TINOCO O pernambucano abre o arquivo de uma década fotografando o surf nos melhores picos do mundo.

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50 4 DICAS PARA VOAR Prepare os joelhos e os tornozelos para aprender a dar aéreos com o “professor” Ícaro Rodrigues.

106 ENTREVISTA CLAUDIA GONÇALVES Bate-papo com uma das principais defensoras e representantes do surf feminino brasileiro.




Renato Tinoco

EDITORIAL

O paraíso é azul.

NA VANGUARDA

É isso aí galera, mais uma edição da Revista Surfar digital! Chegamos ao número #49 mantendo o compromisso de produzir e difundir conteúdo de alta qualidade, aproveitando todos os recursos que as plataformas digitais nos possibilitam. Realmente o desafio tem sido grande nesses primeiros meses. Sair da Surfar impressa e converter tudo para uma base digital, fazer uma revista interativa, acompanhar o que nossos leitores estão pedindo, o que eles estão mostrando, que o futuro é mesmo digital... Também não podemos deixar de lembrar que, paralelamente à revista, fazemos um trabalho sério nas redes sociais. Instagram com 113 K, Facebook com mais de 300 mil visualizações/semana e o site Surfar, que vem tendo um rápido crescimento. Uma equipe totalmente comprometida 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Na última edição (#48), a primeira digital, tivemos mais de 25 mil leitores, 250 mil páginas visualizadas, mostrando a aprovação por parte dos nossos leitores e que este crescimento só depende de nós. Nas próximas páginas, você vai encontrar matérias especiais para o universo digital, com vídeos, sequências de fotos e áudios. A surpresa na capa deste mês é a imagem feita de drone no Tahiti e o vídeo para você curtir até a última baforada da onda! Boa leitura e vamos todos pra dentro d’água Surfar! por JOSÉ ROBERTO ANNIBAL

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wetsu i t s

m a t e u s he r dy


sem v elcro® sem cordão

fo to s_ Ca rl o sCa rpi ne l l i | Ja m e sThi ste d.

sem zipper®


MAIOR

Depois de 20 anos surfando essa onda, o sul-africano Grant Twiggy Baker teve a oportunidade de mostrar toda a sua experiĂŞncia adquirida nesse anos ao vencer o Puerto Escondido Challenge nas bombas de 25 pĂŠs.


019 Lucano Hinkle/ WSL





@YOURIDINGGAMES


MELHOR SURF FEMININO

A surfista Bethany Hamilton, que aos 13 anos perdeu seu braço esquerdo ao sofrer um ataque de tubarão-tigre, entrou como convidada do Fiji Pro, etapa do mundial feminino, e surpreendeu o mundo ao conquistar a terceira colocação. A havaiana terminou na frente da atual número 1 do mundo Tyler Wright e da Stephanie Gilmore, 6 x campeã mundial, perdendo apenas para vencedora do evento, Johanne Defay, na semifinal.


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Foto: Ed Sloane/ WSL

Atletas de todas as nacionalidades postaram fotos em suas redes sociais parabenizando a havaiana pela conquista. “Amei competir e estou procurando por mais aventuras “, twittou Hamilton, que hoje tem 26 anos.


INSTAGRAM

A corrida pelo título mundial de 2016 está em pleno vapor e a briga promete ser bem acirrada! E para aliviar a tensão entre uma etapa e outra do Tour, os tops sempre procuram arranjar um folga para relaxar e atualizar suas redes sociais.

@adrianodesouza visto sob um ângulo diferente nas águas cristalinas da Ilha de Tavarua.

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@alexribeiro89 fazendo uma “social” durante a cerimônia de abertura do seu primeiro evento em Fiji.

@c a i o i b e l l i praticando sua outra habilidade dentro d’água num dia de pescaria com a namorada @alessaquizon.

@i t a l o fe r r e i r a @j o s h _ k e r r 8 4 aproveitou um dia de folga das num fim de tarde alucinante em competições para se divertir nas algum pico do planeta . marolas com o amigo @miguelpuposurf.


@g a b r i e l m e d i n a mostra que não vai dar moleza para seus adversários na briga pelo título mundial.

@m f a n n o foi um dos poucos que teve coragem para encarar a fúria das ondas da temida laje de Shipstern Bluff.

@f i l i p e t o l e d o deixou a “rivalidade” das competições de lado para se divertir no free surf com @alejomuniz e @alexribeiro89.

@t a j a m o s curtindo uma “loira” gelada com seus amigos.

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BACKSTAGE

Profissional de Surf e de Instagram por GABRIEL PASTORI


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tempo todo se comenta sobre a velocidade das mudanças tecnológicas que influenciam diretamente o nosso cotidiano. O acesso a uma quantidade infinita de informações em tempo cada vez mais real muda nossas relações pessoais e profissionais. A cada momento que uma nova tecnologia ou rede social é lançada, nos adaptamos e mudamos nossos hábitos imediatamente, muitas vezes sem nem perceber. Na vida do surfista profissional não é diferente. A importância cada vez maior das redes sociais e o alcance, antes inimaginável, que a internet pode gerar hoje, fizeram com que a rotina e o foco do trabalho desses atletas fossem adaptados a essa nova era. Há mais ou menos 10 anos, pouco se falava em rede social e vídeos na internet. O foco dos surfistas era fazer resultados em competições, produzir boas fotos para as revistas ou se dedicar a gravações para filmes de surf que eram lançados quase que anualmente. Se você parar para pensar que a realidade era essa há pouquíssimo tempo, dá para perceber que a mudança foi radical e rápida. Hoje as revistas estão cada vez mais escassas no formato impresso. Uma alternativa é produzir um número menor de edições especiais que contenham as fotos mais impactantes e matérias atemporais de preferência, já que a notícia agora chega muito mais rápido pelo celular. Muitos veículos tiveram que migrar e depositar mais energia nas ferramentas online e nas redes sociais. Por um lado, é natural que todos nós, que crescemos acostumados a comprar a revista na banca, sentíssemos certa tristeza. Porém, com a internet podemos ter um veículo muito mais democrático e com uma entrega que antes era impossível. O Instagram da Revista Surfar (@surfar), por exemplo, tem hoje mais de 110 mil seguidores espalhados não só pelo Brasil, mas por todo mundo, que estão sendo abastecidos de informações e imagens de maneira gratuita diversas vezes por dia.

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BACKSTAGE Os filmes de surf, que antes eram feitos em pouca quantidade, com duração longa e ainda tínhamos que esperar meses de produção paro o DVD sair, foram substituídos por pequenos clipes que são lançados em série por surfistas do mundo inteiro diariamente. Hoje em dia ficou difícil acompanhar tudo que sai na internet. Além do fácil acesso a câmeras, filmmakers e programas de edição, a rede permite que praticamente cada um tenha sua própria “produtora” e seu canal no YouTube, que pode ser acessado por qualquer pessoa em todos os cantos do planeta. As redes sociais estão cada vez mais íntimas e um atleta que se preze não pode deixar de atualizá-la no seu dia a dia. O número de seguidores e engajamento das redes está diretamente ligado aos valores do contrato com os patrocinadores. Dessa forma, até os melhores competidores estão tendo que se preocupar em gerar conteúdo de qualidade e entender minuciosamente a dinâmica de cada rede social para atrair o máximo de pessoas possível. O Facebook, Instagram, Snapchat, entre outros, são responsáveis por boa parte do tempo dos surfistas e da assessoria de imprensa. Cada uma delas com suas características e públicos diferentes que estão a fim de receber todo tipo de conteúdo dessa galera. Os fãs hoje em dia querem cada vez mais ser íntimos de seus ídolos e são essas ferramentas que fazem a ligação. No final das contas é natural que toda essa mudança atrapalhe alguns e ajude outros. Mas nós, que nunca vamos deixar de amar esse esporte, estaremos sempre nos atualizando para continuar mergulhado nesse universo do surf.

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GABRIEL PASTORI freesurfer profissional. gabrielpastori9@hotmail.com | Instagram: @gabrielpastori



# DESURFISTAPARASURFAR

Quer ver sua foto na Revista Surfar? Marque suas postagens com a hashtag #desurfistaprasurfar e @lostbrasil. As cinco melhores serão publicadas nesta coluna. De quebra, levam um kit ...LOST de roupas cada uma.

@F E R N A N D O A N D R A D E –– “Fuck the system.”

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@L L U A R A R A M O S –– “Ser terra é ser raiz, mas ser mar é diferente!”

@C E S I N H A F E L I C I A N O –– “Fotografar na Prainha é irado, sempre oferece novos ângulos. Nesse dia me posicionei em uma pedra no canto direito para registrar esse momento.”

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@C4RONE –– “Esse dia na Cacimba estava clássico, tubo atrás de tubo. E por sorte a fotógrafa Michelle Roth estava bem posicionada.”

@ FA B PA S S O S –– “Nessa onda tudo se encaixou perfeitamente... Prancha, onda, luz e surfista.”

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FUNCIONÁRIO DO MÊS


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Foto: Ed Sloane/ WSL

O funcionário do mês é Gabriel Medina, bicampeão no Fiji Pro. Medina vem construindo um histórico de respeito em ondas tubulares. Em quatro eventos que competiu em Cloudbreak, ele conquistou duas vitórias. O melhor de tudo é que o brasileiro recuperou a motivação para lutar pelo título mundial. Este ano promete fortes emoções!


WAINUI

A evolução da tecnologia no surf Bruno Lemos está sempre com o melhor equipamento dentro d’água para registar momentos como este em Pipeline.

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Bruno Lemos/ Liquid Eye

por BRUNO LEMOS


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ão seria novidade dizer que o mundo do surf hoje anda de mãos dadas com a mídia. Muito comum ver surfistas indo para as trips com seus fotógrafos e/ou filmmakers particulares. E o resultado disso tudo às vezes vemos quase que instantaneamente. Muitas das câmeras atualmente têm sistema de Wi-Fi, permitindo que as imagens sejam compartilhadas com o telefone celular e, consequentemente, na web em segundos. Tudo isso ficou ainda mais intenso depois que grande parte da população do planeta se rendeu ao novo hábito das mídias sociais. Antigamente as mídias eram na sua maioria impressa e as revistas eram os veículos mais prestigiados. Sair na capa ou ter uma foto publicada numa página dupla, tanto para o surfista quanto para o fotógrafo, era algo de prestígio. Mas aos poucos a tecnologia foi mudando e as câmeras de vídeo ficando menores, melhores e mais baratas, o que fez com que uma leva de videógrafos começasse a surgir. Lembro que, por volta de 1994, comprei minha primeira câmera de vídeo, uma Hi8, e depois disso uma caixa estanque. Assim como fui contagiado pelo amor ao surf quando comecei a ficar em pé na prancha no início da década de 80, a vontade de captar imagens também foi me envolvendo de uma forma que, depois disso, sempre que ia para a praia levava a prancha e as câmeras. A impressão que tinha quando captava uma imagem boa, seja de um amigo ou de um surfista profissional, era como de alguma forma eu estivesse fazendo parte daquele momento junto do surfista. Também fui percebendo que a maioria dos outros fotógrafos ou filmmakers compartilhavam do mesmo sentimento e, aos poucos, com os meus próprios olhos vi esse mundo evoluir rapidamente. Foram muitos os clássicos lançados em VHS, depois em DVD, blue-ray, filmados com câmeras de diferentes formatos Hi8, mini DV, DVcam.

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Claro que, paralelo a esses formatos, alguns dos filmmakers mais sérios dedicados filmavam em super 16 mm ou 35mm. Nomes como Jack McCoy, Don King, Sonny Miller e Larry Haynes me inspiraram muito, tanto pela qualidade de trabalho quanto pelo estilo de vida. Depois disso, as câmeras evoluíram para HD, full HD... Agora vemos as câmeras filmando em 4K, 6K e o futuro aponta para a tecnologia estar cada vez mais refinada. Entretanto, em pouco mais de duas décadas que tenho de fotografia, posso afirmar que nos últimos anos essas novas tendências do mercado no mínimo mexeram com a estrutura dessa indústria. Revistas que eram bem estabelecidas por anos estão tendo que mudar suas posturas no mercado, deixando de serem impressas para serem digitais. Também vimos canais de televisão adicionar o surf como grande parte da programação, assim como a transmissão ao vivo dos campeonatos de surf. A verdade é que o surf está em alta, mas em algumas décadas atrás era de certa forma visto como um esporte de maconheiros e vagabundos. Temos que tirar o chapéu para os nossos pioneiros que passaram por desafios e por lutas que hoje quem começa a surfar não faz nem ideia! É difícil falar pelos outros, mas desde que me envolvi com o surf, acabei dedicando a minha vida a essa atividade. Abandonei tudo que tinha no Brasil para morar no Hawaii e poder estar perto dessa energia incrível que o mar nos trás, assim como vi também vários outros companheiros e amantes do surf dedicar suas vidas a esse esporte que nos fascina. E tenho certeza que nenhum deles se arrependeu, pois, sem dúvida, o surf é o melhor esporte que existe. Certo? Aloha!

BRUNO LEMOS é fotógrafo carioca radicado há mais de vinte anos no North Shore, Hawaii.

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Bruno Lemos/ Liquid Eye

Gabriel Medina entubando perfeito em Pipe.

Bruno Lemos/ Liquid Eye

A bancada mais temida do North Shore.


NA MEDIDA XANADU é, sem dúvida, um dos shapers mais renomados do mundo. Nascido em São Paulo, ele começou a shapear 1975 quando tinha 15 anos de idade. Por que? “Como você vai explicar para um artista plástico fazer uma obra de arte exatamente igual ao que sonhou ontem à noite? Vou começar a fazer pranchas e um dia o pensamento que estiver (sonho) na minha cabeça vai sair em minhas mãos. Na época, não existia programas e máquinas para fazer o que a sua mão não consegue como é hoje em dia, certo?”, explica. Se mudou para a América bem cedo e lá construiu uma carreira sólida, fazendo pranchas para muitos atletas do QS e WCT durante algumas décadas. Apesar da nova geração não conhecer ele muito bem aqui no Brasil, Xanadu é muito respeitado pelo trabalho que desenvolveu todos esses anos, alavancando a carreira de muitos atletas. Hoje, aos 56 de idade, é responsável pelo quiver do brasileiro CAIO IBELLI, que vem conseguindo bons resultados em seu primeiro ano na elite.

CAIO IBELLI POR XANADU

XANADU POR CAIO IBELLI

A nossa parceria se iniciou em 2015 por causa dos pais do Caio, que vieram me procurar quando eu estava passando uns dias de férias no Guarujá. O Marcelo Ibelli (pai dele) veste a “camisa” e acredito que ele sabia do meu histórico. O desenvolvimento do meu trabalho com o Caio é ótimo, nos entendemos bem por sermos parecidos, pois temos personalidades semelhantes. Ele é bem direto e está sempre pensando como melhorar, assim como eu. Além disso, também somos muito exigentes. Talvez eu até seja mais, então estou ensinando ele a ser mais exigente e mais preciso na hora de analisar as pranchas. Gosto do surf dele por um todo, o conjunto de tudo que ele faz quando está surfando uma onda. Com relação às pranchas, a maioria para as etapas do WCT vai de 5’8” a 5’11”, já para os QS de 5’6” a 5’10”. A prancha do Caio do dia a dia é com rabeta round e round pin, fundo côncavo ou duplo côncavo, 5”8”X18.25X2.30. E sobre sua prancha mágica é como sempre falo: “uma extensão do seu corpo.” Ela faz tudo o que você pensa em fazer quando está surfando uma onda. É como se não existisse uma prancha entre o surfista e a onda. Você sabe das suas habilidades e surfa os seus limites sem ter que pensar se a prancha vai ou não permitir.

Meu trabalho com o Xanadu começou no início do ano passado. Eu estava precisando de uma afinação no meu surf e não conseguia ver o que era, mas quando iniciamos nossa parceria os resultados começaram a aparecer. De primeira, ele fez cinco pranchas mágicas antes de me fazer testar o resto dos 899 modelos que ele tem! É sério! (Risos). Apesar de a gente ser cabeça dura, nos entendemos muito bem. Sempre dou um feedback honesto das pranchas, ele entende tudo o que eu quero e conserta no próximo shape. Tenho muitos modelos de pranchas e todos funcionam, o cara é um artesão de verdade! As pranchas deles sempre foram referência e eu precisava de um shaper que estivesse disposto em fazer um trabalho do zero comigo, e o Xanadu foi o cara que confiou em mim numa hora que ninguém confiava. Hoje meu quiver no WCT varia de 5’8” a 6’8” e funciona em qualquer mar, mas tenho duas pranchas que considero mágicas. A 5’8” X 21 round é mais performance e versátil. Foi com ela que me qualifiquei ano passado para o WCT. Já a 5’8” Viper round é a minha favorita, muito boa para point break e tubo. Em ondas de qualidade, ela é a melhor. Agora estamos aperfeiçoando as 5’10”, que estão ficando demais! Estamos sempre trabalhando nas pranchas e esta é a parte mais divertida no nosso trabalho. Vamos continuar nossos testes para no ano que vem estar pronto para cada etapa. Teahupoo agora é o próximo destino e não vejo a hora de chegar para testar as pranchas novas que vou pegar antes da etapa!

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Rabeta round e round pin, fundo côncavo ou duplo côncavo, 5’8” X 18.25X2.30



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A SURFAR AGORA É D


DIGITAL E GRATUITA acesse:

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MELHOR


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Lucano Hinkle/ WSL

Pedro Calado se tornou uma das maiores revelações do big surf mundial. Ele foi chamado na última hora como convidado para a primeira etapa do Big Wave Tour e fez bonito em seu primeiro evento. Conseguiu a 3ª colocação, ficando na frente de atletas renomados, e mostrou que a bomba dropada em Jaws (concorreu ao prêmio XXL) não foi obra do acaso.


A INVAS

DRO

O SURF DE OU


SÃO DOS

ONES

UTRO ÂNGULO


Q

uem nunca imaginou ter sua onda filmada de um ângulo diferente da tradicional filmagem da areia? Hoje isso se tornou uma realidade e vem ganhando força com a

“invasão” dos drones no mercado audiovisual. Esses “robôs” voadores estão conquistando cada vez mais espaço no surf mundial, seja numa simples sessão de free surf entre amigos,


Pipeline.

ou em etapas do circuito mundial para as filmagens ao vivo.

Os drones são todas ou qualquer tipo de aeronave que

não seja tripulada, mas comandada por seres humanos à distância. Fomos atrás de alguns filmmakers que estão utilizando os drones para saber pouco mais sobre essa inovação no cenário do surf.

por PATRICK VILLAÇA


E N T R E V I STA

ERIC STERMAN

E

ric Sterman é um dos videomakers de drones mais respeitados e cobiçados no mercado do surf. Trabalhava como garçom no Hawaii e nas horas vagas editava vídeos para seus amigos até investir no seu primeiro drone 2013. Seu trabalho vem sendo referência para profissionais de todo o mundo. Na etapa de Fiji, Sterman foi responsável pelas imagens aéreas durante a transmissão da WSL.

Eric Sterman.

Teahuppo.

Hawaii.

Pipeline.

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Como surgiu seu interesse em drones? Meu interesse em usar drones para filmar começou em uma viagem para Bali, Indonésia. Enquanto eu estava lá, vi um drone construído no início de 2013. Aí, quando cheguei em casa, no Hawaii, comecei a pesquisar sobre eles e comprei meu primeiro drone.

E o que te levou a usar drones para a produção de vídeos/imagens? Continuei fazendo o que sempre fiz, filmando meus amigos surfando e editando os meus próprios vídeos apenas por diversão. A inspiração de filmar de uma forma diferente me levou a inovar.

Você foi um dos primeiros a produzir conteúdo de surf com drones no mundo. Por que investiu nisso? Eu vi uma oportunidade e pulei sobre ela. Surf sempre foi minha vida, então, porque não começar por aí. Na época, eu estava trabalhando em um restaurante como garçom, trabalhei duro e investi no meu primeiro drone, o que me levou a ter mais oportunidades.

O que os drones trazem de benefício e de diferente para as filmagens de surf? Simples. Eles trazem uma nova perspectiva para o surf, permitindo obter uma visão aérea como se fosse uma imagem a partir do olho de uma ave, além de pode filmar em qualquer ângulo do ar.

E quais as maiores dificuldades para começar a filmar com drone? O mesmo para se tornar um cameraman, você precisa de dinheiro. Além disso, também precisa ser bom em jogos de videogame (risos)!

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As imagens aéreas costumam chamar bastante atenção dos espectadores. O que mais te motiva para produzir conteúdo com drones? Não faço só conteúdo com drone, mas é uma parte principal nos meus vídeos que produzo. Eu continuo produzindo vídeos para inspirar os outros e usando a minha criatividade.

Você é um dos principais filmmakers especializado em imagens aéreas do mundo. O que sente com tantos cinegrafistas se espelhando no seu trabalho mesmo sendo tão novo? Estou sempre pesquisando o que há de novo no mercado de drones, especialmente as tecnologias mais fáceis que estão surgindo. Antes você tinha que fazer pesquisa e construir o seu drone, mas agora pode comprar o melhor já pronto para voar. Estou amarradão com os cinegrafistas que estão se espelhando no meu trabalho, apenas significa que estou fazendo algo certo ou que tenho inspirado alguém para se tornar um filmmaker.

E qual foi o melhor vídeo ou foto de drone que você já fez? Acho que o melhor vídeo que já produzi foi com o Jamie O’Brien segurando um drone em sua mão enquanto pegava um tubo imenso em Teahupoo. E, depois, controlei o drone para longe quando ele saiu do tubo. Se eu tivesse que escolher outra coisa, seria o que estou filmando em Fiji no momento para WSL.

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E stou amarradão com os cinegrafistas que estão se espelhando no meu trabalho , apenas significa que estou fazendo algo certo ou que tenho inspirado alguém para se tornar um filmmaker

ERIC STERMAN

Pipeline.


Waimea.

Longboarders.

Tahiti

Pipeline.

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Teahuppo.

A cho que o melhor vídeo que já produzi foi com o J amie O’B rien segurando um drone em sua mão enquanto pegava um tubo imenso em T eahupoo . E, depois , controlei o drone para longe quando ele saiu do tubo . ERIC STERMAN

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E N T R E V I STA

PEDRO TOJAL

P

edro Tojal fez a carreira como fotógrafo aquático viajando pelo mundo para colher imagens de ondas tubulares. Ao seu lado sua parceira e namorada, a videomaker Tatiana Araújo, que o acompanha em todas as trips com uma camera de filmar. Desse “casamento” os dois abriram uma produtora e começaram a trabalhar no mercado audiovisual. Em 2013, eles fizeram a produção do Prêmio Brasil-Hawaii para a Surfar e adquiriram um drone para usar nos programas. Daí adiante, Tojal não parou mais de usar a maquininha voadora. Hawaii.

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Quais as primeiras imagens aéreas que você se lembra de ter visto? A primeira vez que eu vi filmagens aéreas de surf foi de Jaws, o clássico helicóptero amarelo fazendo imagens das sessions de tow in do Laird Hamilton. Mas eram caríssimas, cada hora daquele helicóptero custava em torno de 500 dólares. O havaiano Eric Sterman faz imagens incríveis, acho até que a primeira produção de surf feita por drone foi dele.

E quando começou a usá-los nas suas filmagens? Foi em 2013 no Prêmio Brasil-Hawaii da Revista Surfar. Fizemos 12 programas semanais de 13 minutos que iam ao ar no canal Woohoo e no site da Surfar. O drone nos deu uma perspectiva diferente do que é o Hawaii, isso me ajudou muito a ter um diferencial nos programas. Por exemplo, se a água está clara, você consegue ver toda a bancada, cardumes de peixes, golfinhos, tubarão passando perto dos surfistas... São coisas que só são possíveis com as imagens aéreas dos drones, essa é a grande diferença. A única desvantagem é em relação ao tamanho da onda, pois acaba achatando um pouco ela. Mas o resultado é incrível.

Você começou um pouco diferente dos outros. Conte como foi? Como eu não tinha a telinha, pintei a parte de trás do drone para saber para onde a câmera estava apontando, para onde o drone estava indo, mas depois me acostumei. É perigoso filmar em cima da praia ou de multidões quando não se sabe pilotar muito bem. Inclusive há alguns equipamentos que não são muito

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confiáveis, podem machucar alguém e até matar dependendo de como atingir.

O que mudou de três anos pra cá, quando você comprou o seu primeiro drone? As inovações são muitas, principalmente as câmeras acopladas no drone. Nos primeiros drones tínhamos que colocar uma Go Pro ou uma câmera profissional, o que era um risco. Agora as câmeras já vêm integradas nos drones, filmam em slow motion, 4K. As câmeras também estão vindo com uma estabilidade muito boa, antes eram as imagens ficavam tremidas.

Como você vê a entrada dessa nova tecnologia no mercado? Os drones estão sendo bastante usados nas mídias digitais, em canais de televisão, inclusive nos veículos de surf, como na Revista Surfar Digital. O Eric Sterman vem produzindo diversas séries no Hawaii e no Tahiti somente com imagens aéreas. Essas máquinas estão cada vez mais ganhando espaço nos veículos.

Qual o lugar que você mais gosta de fazer imagens aéreas? Na Indonésia, pois lá você consegue ver bem em uma imagem aérea um line up com três, quatro ondas quebrando na mesma ilha, como a água é muito clara, ver toda a bancada. A Indonésia é um lugar mágico para usar o drone.

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Hawaii.

A s inovações são muitas , principalmente as câmeras acopladas no drone . N os primeiros drones tínhamos que colocar uma G o P ro ou uma câmera profissional , o que era um risco . A gora as cameras ... PEDRO TOJAL

Hawaii.

Hawaii.

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E N T R E V I STA

GABRIEL ALHO

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carioca Gabriel Alho é um daqueles profissionais que ama sua profissão. Toda vez que encontra com a equipe da Surfar nos eventos ou na praia, ele tem sempre uma ideia de pauta para a redação. Aos 12 anos de idade, durante uma trip ao México, ele resolveu pegar uma câmera e fazer imagens e, daí para frente, não parou mais. Em 2002, Gabriel comprou um equipamento de vídeo e passou a se dedicar totalmente para filmagens.

Gabriel Alho.

Grumari.

Prainha.

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Como foi que o drone entrou em seus trabalhos? Foi o diferencial que me levou até o drone, que para mim representa a liberdade, uma inovação no mundo do vídeo, das fotos, uma excelente maneira de exibir o que muita gente não pode ver. Com ele, eu vou com os meus olhos sem sair do lugar. O meu primeiro drone foi um Phantom 2 em 2013, sempre com o foco nos esportes radicais e produções audiovisuais.

O que o drone trouxe de vantagens para você? O posicionamento que eles oferecem. O drone ainda acompanha a onda em diferentes ângulos, de frente, de costas, de cima, mostrando com simplicidade a vitalidade do surfista, o drop, os tubos e todas as outras manobras realizadas.

E quais as maiores dificuldades para começar a filmar com drone? O drone é um equipamento que precisa de muita dedicação, cuidado, técnica e prática. Depende ainda das técnicas de fotografia que a pessoa possui, do tempo, do sinal, dos lugares, já que tem local que é proibido. Às vezes prepara-se tudo para fazer a filmagem, chega o vento e impede a decolagem. Em outras situações, a questão é perder o sinal e, assim, o controle do equipamento.

Que tipo de imagens aéreas você gosta de fazer? Eu amo filmar! Sou bem flexível, mas registrar as belezas da natureza, um pôr do sol, o nascer do dia, a chegada da lua, a variedade dos pássaros, a cor das flores é sensacional. Filmar os esportistas, aqueles que buscam sempre energia no que fazem, também é demais!

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Qual foi o melhor vídeo ou foto com drone que você já viu? Gosto de tantos que fica difícil de escolher, mas um feito em Pipeline me chama a atenção. Toda a majestade de Pipe em ângulos mágicos.

E quais as novidades em projetos futuros? Atualmente eu filmo e dirijo a série Amplitud, onde registro o cotidiano do campeão mundial de longboard Phil Rajzman. Os demais projetos são voltados para a natureza e o registro dos esportes radicais.

Grumari.


Barra da Tijuca.

P ara mim representa a liberdade , uma inovação no mundo do vídeo , das fotos , uma excelente maneira de exibir o que muita gente não pode ver . GABRIEL ALHO

Rio de Janeiro.


E N T R E V I STA

MARCELO AMARAL

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arcelo Amaral conseguiu conciliar as duas coisas que mais gosta de fazer: surfar e filmar. Empresário no ramo do comércio, ele montou a Ready 2 Fly Imagens Aéreas, que hoje virou seu principal negócio. Marcelo foi o único a registrar de drone o backflip do Medina durante a etapa da Barra da Tijuca que “viralizou” nas redes sociais.

Postinho.

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Quais as maiores dificuldades para começar a filmar com o drone? Nunca tive dificuldade, sempre achei muito fácil pilotar. Na verdade, o mais difícil é voar sem GPS. Quando se tem o GPS, você pode largar o drone que ele fica parado, mas quando não, tem que ser tudo no manual e acaba ficando mais difícil controlar por causa do vento e dos obstáculos. Muita gente acaba perdendo o drone porque ele fica muito fácil de pilotar e a galera não sabe o básico. É fundamental fazer aulas de pilotagem com quem já tem experiência antes de começar a usar. Estou dando cursos de pilotagens de drone e já tenho 10 pilotos formados, alguns inclusive já trabalham em parceria comigo.

Como você começou a pilotar? Comprei um drone e tentei voar sozinho, caí duas vezes com ele, então resolvi buscar um professor aqui no Rio de Janeiro. Pesquisei na internet e achei o Roberto Vilela, que trabalha há 20 anos no mercado. Foi muita sorte encontrá-lo. Hoje já estou há dois anos no mercado e nunca caí com o drone. Já me considero um bom piloto (risos)!

E o que te levou a usar drones para a produção de vídeos/imagens? Fiz uma trip para Nias na Indonésia e no terceiro dia de viagem machuquei meu ombro e não pude mais surfar. Como eu já fazia algumas fotos e vídeos, resolvi comprar um drone para filmar, a partir daí, não parei mais.

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Quais os cuidados tem que se ter com o equipamento? O que eu mais prezo é a manutenção preventiva do drone, sempre verifico se caiu água salgada e cuido bastante dele. É essencial fazer essa manutenção preventiva para evitar que o equipamento dê defeitos.

Quais as novas tecnologias e novidades que estão surgindo? Agora tem o drone Phantom 4, inclusive é o que eu estou usando no momento. Muitos dizem que ele voa sozinho e não tem perigo de cair ou perder por detectar obstáculos e ser mais estável. Só que cai sim, ele detecta obstáculos, mas não todos e acaba não desviando de tudo, como, por exemplo, fios e redes elétricas. Eu não confio no modo autônomo, prefiro pilotar no manual do que a máquina voar sozinho, pois já tenho noção dos obstáculos.

Na sua opinião, quais principais vantagens do surgimento dessas maquinas? São os ângulos inusitados e diferentes. Eu consigo fazer imagens de vários ângulos que não são possíveis da areia, posso variar as imagens filmando de cima da onda, de frente para o surfista ou por trás. Eu consigo brincar com os ângulos (risos)!

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Fernando de Noronha.

M uita gente acaba perdendo o drone porque ele fica muito fácil de pilotar e a galera não sabe o básico . É fundamental fazer aulas de pilotagem com quem já tem experiência antes de começar a usar . MARCELO AMARAL

Laje do Gardenal.


E N T R E V I STA

ANDRÉ PORTUGAL

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ndré Portugal começou como fotógrafo de surf, viajava para produzir matérias e vendia para as principais revistas de surf. Entre uma foto e outra, fazia algumas filmagens e editava para ganhar experiência. Foi quando há três anos surgiu uma vaga para trabalhar com edição de vídeos na produtora do Grupo Sal. Portugal não titubeou, abraçou a oportunidade e está lá até hoje, filmando e editando os programas Brasilian Storm e Diário da Ilhas.

Indonésia.

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Como começou? Pensei, “Que foda! Tenho que comprar um drone e fazer imagens assim”. Comprei meu primeiro drone quando lançou o Phantom 01 da DJI com a GoPro, um modelo que veio para o mercado com um orçamento mais acessível.

E a história que você foi dar uma de paparazzi e quase perdeu o drone? Fui fazer da calçada uma imagem da taça do título mundial do Medina que estava na varanda da cobertura que ele ficou na Barra da Tijuca. No momento que o drone se aproximou, uma pessoa o travou e depois me devolveram com o cartão formatado. Acabei perdendo tudo que tinha produzido naquele dia. Mas no final ficou tudo na boa.

Quais são as principais vantagens das imagens aéreas ? Com o drone é possível fazer a imagem que quiser, como um trilho ou uma grua gigante. Eu consigo viajar com o equipamento muito mais leve e movimentos de câmeras para meus projetos.

Como está sendo a demanda pelas filmagens com drone nas produções para os programas de surf nos canais de TV e outros trabalhos? Depende muito dos orçamentos dos projetos. Às vezes vou sozinho, filmo com a câmera e depois faço com o drone, já outros projetos vai uma pessoa somente para fazer com o drone. Acredito que o drone está presente em 80% das produções hoje. Tenho visto imagens aréas de drone em praticamente todos os programas que vejo no OFF. Uma ferramenta que entrou rapidamente no mercado.

073


Tem alguma preferência por algum videomaker? Atualmente o Eric Sterman tem sido minha maior referência na produção de imagens aéreas, tanto de surf como de visuais. As imagens aéreas do filme do John John Florence também estão incríveis, ainda não sei quem fez. Gosto de imagens com voos em proximidade, sempre impressionando mais, tem inúmeras possibilidades para se fazer.

Qual a sensação de pilotar drone pra você? Quando vejo uma imagem de drone, sinto certa liberdade em poder ver tudo do alto, fazer caminhos que somente quem tem asas consegue, claro que dentro dos limites de segurança.

Quais os projetos que vocês estão trabalhando ? Atualmente estamos trabalhando na ilha de edição e em externa para futuras temporadas nos programas: Diário das Ilhas, Nalu Pelo Mundo, Brazilian Storm, Nove Pés e Quiver dos Sonhos.

Pipe Master.


André Portugal.

A credito

que o drone está presente em

80%

das

produções hoje . T enho visto imagens aréas de drone em praticamente todos os programas que vejo no OFF.

U ma ferramenta que entrou rapidamente no mercado . ANDRÉ PORTUGAL

Indonésia.


4VOAR

DICAS PARA

COM

ÍCARO RODRIGUES


Não é à toa que ele se chama Ícaro. O brasileiro nascido no Guarujá dedica os dias dele no litoral paulista para voar.

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A melhor coisa para ajudar na evolução é assistir a vídeos de surf. Portanto, prepare o “slow” e assista ao lado à coleção de aéreos do Ícaro Rodrigues.


N

a edição anterior, a matéria “8 dicas para melhorar o seu surf” esteve entre as mais lidas da revista. Agora, vamos continuar as “aulas” para te ajudar a evoluir ainda mais o seu desempenho dentro d’água. Desta vez, o “professor” é o guarujaense Ícaro Rodrigues, referência para vários dos principais aerealistas brasileiros, como Filipe Toledo e Yago Dora. Então, é hora de fortalecer os joelhos e os tornozelos para aprender a voar! Leia nas próximas páginas os quatro passos para completar o aéreo, analise os vídeos dos melhores aerealistas do mundo e procure aquele famoso meio metro com a formação bem cavada para decolar. Não esqueça do mais importante, leve contigo a sua persistência para não desistir até completar. Depois disso é só comemorar, pois você terá feito uma das manobras mais iradas do surf moderno. por LUÍS FILLIPE REBEL fotos VICK GARCIA

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1 Velocidade A projeção é fundamental para decolagem. Você deve acelerar o máximo que puder para chegar na parte mais cavada da onda com bastante velocidade. Na maioria das vezes é isso que define a altura do aéreo. Então, quanto mais rápido estiver, mais alto irá voar. Se o surfista não estiver acelerando bem, ainda não está na hora de aprender a dar aéreos.

080

4


Vídeo: André Callado (Air Collection)

Ícaro acelera bastante para ir alto neste double grab.

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2 Bottom turn

O bottom turn é feito bem agachado para ajudar

Após conseguir a projeção, se deve calcular o momento exato da decolagem. A onda não pode estar gorda e o lip não pode ter quebrado, você precisa sair da onda no momento que ela estiver quebrando. O bottom turn deverá ser feito bem agachado na base da onda porque ao chegar no lip você usará um impulso para se projetar para fora da onda, como se fosse saltar. Acredito que essa seja a principal parte para os iniciantes, pelo menos no meu caso foi a última peça que faltava no quebra-cabeça.

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Vídeo: Pedro Pirulas (The Last One)

na impulsão.

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3 Decolagem Você precisa mirar o bico para cima fazendo com que ele saia antes da rabeta. Assistir vídeos de surf o ajudará bastante! Acredito que isso tenha sido um dos principais fatores da minha evolução. Na época que comecei, o aerealista Wellington Gringo me emprestou um aparelho de DVD com vários filmes de surf de aéreos. Ele me falou para assistir várias vezes em “slow”, e foi isso que eu fiz.

4 084


Vídeo: Bruno Baroni (The Last One)

O shrink wrap é uma manobra que sempre impressiona pela complexidade. Para ter chance de completar, Ícaro decola com o bico bem para cima.

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4 Aterrissagem Essa é uma parte muito importante porque, além de definir se você irá ou não completar a manobra, é o momento de maior impacto. Então, você deverá sempre amortecer a queda para prevenir lesões. O joelho serve como amortecedor ajudando a diminuir o impacto, por isso é muito importante sempre estar com eles flexionados e nunca duros. Geralmente no meio da manobra você terá noção se vai dar certo ou não, se algo estiver errado a melhor opção é ejetar. Nunca vá até o fim se não estiver seguro.

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Os joelhos amortecem a aterrissagem apรณs este full rotation,

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Fotos: Luciano Cabal

BOA DA NIGHT

GALERIA – 11 DIAS COM FELIPE “GORDO” CESARANO NO RJ

E tudo terminou em festa na casa do Gordo...

Irmãos Mackenzie, Ernesto Nunes, Ian Cosenza, Eric, Gordo, João, Jé Já É, Paulo Curi e Calazans.

Chumbinho, Gordo, Burle e Rico.

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Alegres e bonitas.

Difícil foi ir embora da festa...

Gordo com a ganhadora da prancha, Luana Pini, e o artista plástico Xandão Artes.


Felipe Cesarano, o Gordo, “bagunçou” o Rio de Janeiro durante a etapa mundial. Ele disponibilizou duas casas para seus amigos, uma na Barra e outra no Recreio, alugou uma Van para transportar a galera para o surf e noitadas, montou camarote particular na praia durante todos os dias do WT e terminou o circuito fazendo uma festa com tudo liberado para 700 convidados. Tá bom ou quer mais?

Pedro Tojal, Davio Figueiredo, Matheus Farias, Duca Cavalcante e Calazans.

O artista Xandão preparando a prancha para suas artes.

Uma verdadeira obra de arte essa foto.

A galera do Rap deu show.

Que recepção calorosa!

Gordinho tá com a moral alta.

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Fotos: Luciano Cabal

BOA DA NIGHT

GALERIA – 11 DIAS COM FELIPE “GORDO” CESARANO NO RJ

Trio de gatas.

Um brinde à vida!

Rico de Souza, Sebastian Rojas e Zé Roberto Annibal.

Lara Pierri, Leticia Campioli e Paula Costa.

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A nova geração estava super animada.

Burle prestigiado no evento.


Além de muita música, bebida, comida e gente bonita, o evento contou com exposição de fotos do Pedro Tojal e uma mesa redonda sobre a evolução do surf de ondas grandes com Rico de Souza, Carlos Burle, Gordo, Lucas Chumbinho e Pedro Calado. Essa festa deixou saudades!

E o surf ? Vai bem obrigado...

O som acústico garantiu a vibe no começo da festa.

Galera de Niterói presente no evento.

A noite é uma criança...

Abundância de mulheres bonitas.

Gatas.

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Manoela DAlmeida

Claudinha numa das cenas do filme Sea Sun Flowers, gravado no MĂŠxico.


ENTREVISTA

SURF FEMININO

CLAUDIA GONÇALVES

C

laudia Gonçalves é uma das principais representantes que levantam a bandeira do surf feminino no Brasil. Começou

dando suas primeiras remadas aos quatro de idade, competiu durante muitos anos e hoje, por força do destino, aproveita a vida como freesurfer e apresentadora de TV. Com repertório de manobras consistentes e arrojadas, ela tem conquistado cada vez mais espaço na telinha em suas surf trips pelo mundo afora. Formada em jornalismo, sua opinião clara sobre tudo o que a cerca, carisma e personalidade fazem da paulistana do Guarujá uma mente pensante no surf. Em conversa com a Surfar, Claudinha contou a sua rotina entre treinos e gravações dos programas do Canal Off, os lugares em que mais gosta de surfar e o atual momento do surf feminino. 093

por VIVIANE FREITAS


SURF FEMININO O QUE TE LEVOU A SE DISTANCIAR DAS COMPETIÇÕES?

Sempre gostei muito de competir e fiz isso a vida inteira. Obtive bons resultados, tanto como amadora quanto profissional, e este ano até corri o QS Praia do Forte na Bahia. Também já cheguei a ganhar uma etapa do Circuito Mundial e quase me qualifiquei por três anos consecutivos, batendo sempre na trave. Mas chegou um momento da minha vida que eu já não sentia mais aquela mesma vontade de competir, de ganhar, de entrar em uma bateria com aquela energia. Coincidentemente, na mesma época, fui chamada para fazer meu primeiro programa de TV. A partir daí, as coisas foram caminhando mais para esse lado e resolvi focar em projetos de surf para televisão.

“Sempre gostei de competir e fiz isso a vida inteira. Mas chegou um momento da minha vida que não sentia mais aquela vontade de ganhar.”

094


Ju Martins

Seu repertório de manobras arrojadas e carisma atraíram as câmeras de TV.

Ju Martins

Momento relax nas Maldivas.

095


“Fui direcionando a minha carreira para um estilo de vida como freesurfer e a TV me

Ju Martins

abriu portas.�

Curtindo o sol de Noronha. 096


VOCÊ ESTREOU NA TV EM UM REALITY. COMO FOI A TRAJETÓRIA DESSE NOVO DESAFIO NA SUA CARREIRA?

Comecei com o Batom e Parafina, reality no Multishow, em 2009 e enxerguei uma nova maneira de viver do esporte. Não queria mais competir o Circuito Mundial e, no Brasil, as competições de surf feminino acabaram de vez. Então, fui direcionando a minha carreira para um estilo de vida como freesurfer e a televisão me abriu as portas. Procuro estar sempre pesquisando e criando possibilidades. Ano passado, gravei a terceira temporada do Por Elas que foi na Costa Rica, além da segunda temporada do meu próprio projeto, o No Meu Lugar, passando por Mar Del Plata, Argentina, Maldivas, Nova Zelândia e México, que estreia em outubro. VOCÊ TEM APRESENTADO UM BOM CONTEÚDO PARA TV. SUA FORMAÇÃO COMO JORNALISTA INFLUENCIA NOS PROJETOS?

O programa No Meu Lugar é um projeto de minha criação, o primeiro que idealizei, desde a construção do conceito, as escolhas dos personagens e os destinos. É especial, como um primeiro filho... Queria criar algo com o meu DNA, passar um pouco a minha visão do surf como esporte, estilo de vida e, principalmente, como uma ferramenta cultural. Viajei o mundo para surfar, conheci pessoas de diversas nacionalidades, religiões, outros idiomas, hábitos... Mas quando se trata de surf, todo mundo fala a mesma língua e sente a mesma sensação. Busquei pessoas que me inspiram e ainda fazem parte da minha vida de alguma maneira, que tenha algo a compartilhar. Minha formação como jornalista me ajuda, pois para mim é natural desenvolver as pautas dos programas, fazer pesquisas sobre os lugares e também sobre os meus personagens. Gosto muito de participar de tudo, desde a pré-produção até a direção, edição e finalização. 097


E COMO FEZ PARA VOLTAR À ROTINA DO SURF?

Minha rotina de surf nunca mudou na verdade. Depois que comecei a me dedicar no free surf, eu optei por viajar para as ondas que sempre quis surfar, onde sabia que teria um grande potencial para evolução. Me sentir igual a uma criança novamente. Tive a certeza que havia feito a escolha certa. Meu surf evoluiu visivelmente e muita gente começou a me questionar se eu não deveria tentar mais uma vez o Circuito Mundial. COMO VOCÊ CONCILIA A SUA ROTINA COMO APRESENTADORA E SURFISTA?

É até difícil manter uma rotina, pois passo muito mais tempo viajando. Durante as minhas viagens, fico muito focada em surfar, evoluir e aproveitar ao máximo os dias de surf para produzir um bom material. Quando estou em casa, corro atrás do tempo para pôr as coisas em ordem, ver a família, amigos... Além de voltar aos treinos, encomendar pranchas e, claro, programar a próxima viagem. A BELEZA FEMININA TE AJUDOU NA CARREIRA DE ATLETA?

Acredito que no caso da mulher a beleza está sempre atrelada. A mulher é um símbolo sexual e, com certeza, a beleza pode ajudar bastante. Mas não podemos esquecer que no caso de uma atleta a beleza pode ser algo a mais e não um fator determinante, seja para ter um patrocínio ou ser reconhecida, valorizada, etc. COMO VOCÊ VÊ O CRESCIMENTO DO ESPORTE ENTRE AS MULHERES?

Infelizmente não temos nenhum incentivo, acredito que ainda seja um esporte muito masculino. É difícil uma menina começar a surfar sozinha, não é um esporte fácil e ainda tem os riscos naturais. Após primeiro título do Medina, o surf ganhou outra proporção no país e torço para que esse efeito seja positivo. Mas não existe perspectiva de carreira para uma surfista feminina no Brasil. 098


Pôr do sol nas Ilhas Maldivas.

Fernando Pereira

A surfista tem se dedicado às surf trips pelo mundo.

“Infelizmente não temos nenhum incentivo. Não existe perspectiva de carreira para uma surfista feminina no Brasil.”

099

Ju Martins

Ana Catarina

Claudinha nos trilhos da Cacimba do Padre.


Fernando Pereira

SURF FEMININO

Claudia Gonçalves atacando o lip.’

Uma pausa no surf para curtir o mar da Indonésia.

Ju Martins

Ju Martins

A atleta com a sua ‘Alaia’.

“Ser uma atleta completa não é só surfar bem em todas as condições, mas ter uma boa imagem fora d’água é crucial”. 100


O QUE VOCÊ DIRIA PARA AS MENINAS QUE PENSAM EM SEGUIR CARREIRA COMO SURFISTA PROFISSIONAL?

Acredito que a dedicação seja algo de extrema importância. Também é muito importante ter a consciência de que hoje ser uma atleta completa não é só surfar bem em todas as condições, mas ter uma boa imagem fora d’água é crucial. Precisa saber falar, se vestir, ter um bom comportamento para servir de exemplo para as próximas gerações, ter a noção que um atleta profissional é um formador de opinião. Então, é bom saber lidar com essa responsabilidade. HOJE EM DIA O QUE TE DÁ MAIS SATISFAÇÃO E PRAZER COMO SURFISTA OU UMA PROFISSIONAL BEM SUCEDIDA?

A minha maior satisfação é poder viver do meu esporte, fazer o que eu amo e ajudar de alguma forma a categoria feminina no Brasil. Tudo que eu conquistei foi através do surf e acredito que agora seja a hora de retribuir. Quero me engajar em projetos, criar oportunidades e ver uma nova geração brasileira crescendo e evoluindo, assim como eu tive.

101


INSTAGRAM FEMININO

Esse papo de que lugar de mulher é na “areia” já está totalmente ultrapassado! Cada dia que passa o outside fica mais lotado de meninas que mostram muita atitude e talento dentro d’água. Mas, é claro, sem perder a feminilidade. Não é à toa que, além das fotos de visual, elas também estão invadindo suas redes sociais com imagens e vídeos de suas performances nas ondas pelo mundo afora.

@alanablanchard dando uma “relaxada” entre uma caída e outra.


@stevenlippman

@alessaquizon mostrando muita atitude nas direitas perfeitas da Gold Coast.

@courtneyconlogue mostra um shape irretocável durante seu treino 30 pés embaixo d’água.

@claudinhagoncalves talento 100% nacional.

@ma_werneck fez uma selfie para comemorar sua trip em Itacaré: “De volta ao paraíso surf, coqueiros e água quenteee... Amo!”

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@maya irradiando felicidade em Waimea Bay: “Big Guns = Big Smiles young me.”

@silvanalimasurf garra, atitude e talento dentro d’água. Orgulho nacional!

@tatiwest aproveitou os tubos perfeitos de Fiji até os “últimos minutos”.

@chloecalmon “sambando” nas ondas cariocas: “Um pouco de samba || RIO.”

Não deixe de ficar por dentro de tudo que acontece no mundo do surf. Siga @surfar no Instagram.


Foto: Pablo Vaz

Claudinha Gonçalves

#BabyGTeam BA-112-41 / BA-112-7A

•Resistência a choques •Resistência à água - 100m •Horário mundial (48 cidades) •Cronômetro •Cronômetro regressivo •Alarme diário •Calendário automático (até ano 2099), Luz de LED

BA-112-4A

BA-112-7A

www.gshockbrasil.com/babyg


Fotografia

TINOCO


Ian Gouveia em La Punta, México.

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Fazendo amigos em Moorea.

E

stava com 40 de idade e queria fazer uma coisa que realmente me desse prazer.” Foi assim que o pernambucano R E N A T O T I N O C O começou a trabalhar profissionalmente com o surf, isso há uma década, quando foi morar em Florianópolis, Santa Catarina. E não encontrou dificuldades para ingressar nesse ramo. “No início dei sorte, pois foi na época em que as principais revistas dispensaram seus staffs de fotógrafos e começaram a abrir mais espaço para colaboradores”, conta Tinoco.

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Natural da cidade de Recife, Pernambuco, Renato Tinoco começou a fotografar ainda novo, aos 16 anos. “Comprei minha primeira câmera, uma Minolta a prova d’água, quando fui estudar na Califórnia porque queria fotos minhas surfando. Então, eu revezava com os amigos e cada um ficava uma hora fotografando enquanto os outros surfavam”, diz. De lá para cá, ele foi se aperfeiçoando cada vez mais, além de procurado trabalhar de forma diferenciada para divulgar seu material. “Uma coisa que sempre me abriu as portas foi trabalhar com a parceria dos surfistas, sempre passando as fotos em baixa, pois eles na maioria das vezes corriam atrás de publicação com os editores de revista e patrocinadores. Depois que você tem seu material publicado nas melhores revistas do segmento, as portas tendem a se abrir mais facilmente”, explica o pernambucano. Hoje, mesmo com 34 anos de estrada, Tinoco ainda tem planos para fotografar muitos destinos, entre eles Nova Zelândia, Maldivas e Galápagos. Além disso, ele segue se especializando e buscando novos caminhos na profissão: “Quero continuar correndo atrás e também migrando um pouco para o vídeo, que é uma coisa que tem um campo mais amplo e com uma remuneração melhor.” por DÉBORAH FONTENELLE

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Jadson AndrĂŠ num dia de vento em Teahupoo, o que deu esse efeito legal na onda.

Jadson AndrĂŠ num dia de vento em Teahupoo, o que deu esse efeito legal na onda.

Passarinho cansado de voar.

Bruno Santos no final de tarde.

TINOCO

Fotografia

Filhote de Jubarte em Moorea.


NASCIDO: 08/ 1 0 /1 9 6 5

RESIDÊNCIA ATUAL F LOR I A N ÓPO LIS

EQUIPAMENTO: CA N O N E OS 1 D X, C ANO N 7 D MKII E L ENTES CANON PARA V IDEO S ON Y FS5

MELHOR PICO PRA FOTOGRAFAR: P RAI A DO B O D E , FER N AND O DE NORONHA (P E)

MELHOR TRIP : TA HI T I

PIOR TRIP : C OSTA RI C A , PO R Q U E N A É POCA AS CONDIÇÕES ES TAVAM MUITO F RA CAS

CAPAS PUBLICADAS: S UR FE R (1 ) , FLU IR (2 ), H ARDCORE (1), BL ACKWATER (2), S UR F N E WS M AG AZIN E - ITÁL IA (1) E X3MAG - P ERU (1)

MELHORES S URFISTAS PARA FOTOGRAFAR: FA B I O GO U VE IA, G U G A AR R UDA, GABRIEL MEDINA, F RANK L I N SE R PA, BR U NO GAL INI, GREG CORDEIRO, EN TR E MU I TO S O U TR O S

INFLUÊNCIAS NA FOTOGRAFIA / FOTOGRAFOS FAVORITOS: J R D U R A N , SC OTT AIC H N ER, P EDRO TOJAL E L UIZ BL ANC O. A L É M DE S T E S, ZAK NOYLE, L EOP OL DO CONRADO, BEN J A MI N WO NG E SH AN O N WIL D

CONSELHO PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO: F OL LOW YOU R D R E AM S!

REDES SOCIAIS: WWW.RENATOTINOCO.COM (SITE) / @RENATOTINOCO (INSTAGRAM)


Q UA L VO CÊ C O N S I D E R A A SUA M E LHOR F OTO ?

Kelly num final de tarde de ondas incríveis 6” plus depois do Billabong Pro Tahiti 2015 ser paralisado, nem sei por que, mas agradeço ao Kieren Perrow pela decisão.


“Não tenho nenhuma que ache A MELHOR, sempre faço umas que acabo gostando mais que a anterior.”

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Sunset dance by Alexandrine.

Gabriel Medina na Wavegarden, piscina de ondas que fica no PaĂ­s Basco.

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Fotografia

Italo Ferreira em Teahupoo.

TINOCO


QUA IS SEU S PIC OS P RE F E R I D O S PARA FOTOGRA FAR ?

Inaldo Vieira, visão do tubo no final de tarde em Teahupoo.


“Fernando de Noronha e Teahupoo, porque são um estúdio natural, tudo que um fotógrafo de surf sonha!”

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Morro do Pico, Fernando de Noronha.

Essa foto eu gosto muito. Cory Lopez por baixo d’água. Estava tão liso que dá para ver todos os detalhes sem distorções.


Fabio Gouveia na Cacimba do Padre em 2013.

Riozinho quebrando de gala em Floripa.


Q ue equipamento você gosta mais de utili zar?

Tubarões Galha Preta em Moorea.

Basicamente a 1DX é minha câmera principal. É uma full frame que clica 12 fotos por segundo. ‘The best of both worlds’, ideal para tudo! Para dentro d’água, uso uma 15mm 2.8 fish eye e às vezes a 70-200 2.8 nos dias de manobras. E fora d’água, uma 600, 300 e 70-200, dependendo da necessidade.”


Aritz Aramburu, J-Bay Express.

Cacimba do Padre, sem comentรกrios.


“Depois que vocĂŞ tem seu material publicado nas melhores revistas do segmento, as portas tendem a se abrir mais facilmente.â€?


Bruce Irons instantes antes da vaca que lhe arrancou a bermuda durante o ĂŠpico swell do Code Red em 2011.

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Fotografia

TINOCO Gabriel Medina em Teahupoo ano passado.


Léa Sautel, trabalho para catálogo de joias e bijouterias no Tahiti em 2013.

O “anjo da guarda” Ricardo dos Santos sempre de alto astral num passeio de barco no Tahiti.


Kelly a caminho de mais uma vitรณria, essa contra Owen Wright no Billabong Pro Tahiti 2011.

Capa de aniversรกrio de quatro anos da revista BlackWater.

Moradores do Sueste, Fernando de Noronha.

Beleza made in Floripa.


Capa da Surfer com Pat Gudawskas.

Gabriel Medina voando em Hossegor, Franรงa.


Fotografia

TINOCO

O QU E A F OTOGRA F I A S IGN IF ICA PAR A VO CÊ? “Filosofia de Vida.”


Greg Cordeiro, Naufragados, sul da Ilha da Magia.

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LUCAS BEZERRA

Lucas Bezerra aperfeiçoando suas manobras aéreas.

PATROCÍNIO PENA APOIO BALY GRIP, JOCA SECCO, FISK, PRANCHÃO SURFSHOP E MOVIMENTO FUNCIONAL QUIVER 5’0”, 5’1”, 5’2” , 5’4”,5’5” e 6’0” SURFISTA PREFERIDO ITALO FERREIRA LUCAS BEZERRA, 14 anos

SHAPER JOCA SECCO MANOBRA PREFERIDA AÉREO

divulagação Pena

NOVA GERAÇÃO


A

relação entre LUCAS BEZERRA e o surf começou quando ele tinha apenas cinco anos por incentivo do seu pai, também surfista. Após o primeiro contato com a prancha, Lucas nunca mais largou as ondas e aos 11 de idade partiu para as competições. “Já tinha alguns amigos que competiam, então já convivia nesse meio, decidi arriscar e tive bons resultados”, conta o cearense, que tem como seu principal resultado na carreira o bicampeonato da etapa Pena Little Monster (2014 e 2015), primeira competição com sistema de prioridade em que participou. Sua arma secreta para derrotar os adversários é o surf de linha e manobras com explosão, mas agora o atleta está focado em aperfeiçoar seus aéreos. Neste ano, Lucas já fez algumas trips para cada vez mais aperfeiçoar seu desempenho dentro d’água em locais como Fernando de Noronha (PE), Baía Formosa (RN) e Rio de Janeiro. “Sempre procuro fazer surf trips para pegar mais experiência em vários tipos de ondas e assim melhorar minha performance nas competições”, diz o surfista de 14 anos, que planeja viajar para o Peru, Costa Rica ou Indonésia, ainda em 2016, em busca de ondas perfeitas. E quando o mar está totalmente flat, o atleta busca fazer treinamento funcional, natação e ainda aproveita para andar de skate. Apesar da pouca idade, Lucas já fez uma análise sobre sua carreira e apontou seus maiores erros e acertos. “Meu acerto é dar o meu melhor na hora da bateria executando bem as manobras. Já o meu maior erro é que peco um pouco na escolha das ondas, quero sempre pegar todas, mas sei que tenho que ser mais seletivo e estou corrigindo isso”, explica. E em relação aos seus objetivou e expectativas, a promessa da nova geração nordestina fala: “Para este ano, quero ser campeão brasileiro amador na minha categoria Sub14 e também ser campeão do Circuito Pena Little Monster. Também quero viajar o mundo e competir muito para um dia chegar ao meu objetivo, que é a elite do surf mundial. É claro, sem deixar de lado os estudos, para mim os dois sempre andam juntos.”

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VIDEOMAKERS

Gabriel Novis e Erick Proost, produtores do filme “Sorria”.

EXPEDIENTE Editor Chefe: José Roberto Annibal - annibal@revistasurfar.com.br Editora: Déborah Fontenelle - deborah@revistasurfar.com.br Redação: Luís Fillipe Rebel - luisfillipe@revistasurfar.com.br Patrick Villaça - patrick@revistasurfar.com.br Arte: João Marcelo - joaomarcelo@revistasurfar.com.br Colunistas: Bruno Lemos e Gabriel Pastori. Colaboradores edição - Texto: Viviane Freitas. Fotos: Ana Catarina, André Portugal, Bruno Lemos, Cestari/WSL, Ed Sloane/WSL, Eric Sterman, Fernando Pereira, Gabriel Alho, Ju Martins, Lucano Hinkle/WSL, Luciano Cabal, Manoela D’Almeida, Marcelo Amaral, Pedro Tojal, Renato Tinoco e Vick Garcia. Vídeos: André Callado, André Portugal, Brent Bielmann, Bruno Baroni, Eric Sterman, Gabriel Alho, Marcelo Amaral, Pedro Pirulas e Pedro Tojal. Publicidade: Marcelo Souza Carmo - marcelo@revistasurfar.com.br Financeiro: Aline Andrade – financeiro@revistasurfar.com.br Tratamento de Imagem: Aliomar Gandra Jornalista Responsável: José Roberto Annibal - MTB 19.799

134

A Revista Surfar pertence à Forever Surf Editora e as matérias assinadas não representam obrigatoriamente a opinião desta revista e sim de seus autores. Endereço para correspondência: Av. Ayrton Senna, 250, sala 209, Barra da Tijuca, Cep: 22793-000. Contato para publicidade: (21) 2433-0235 / 2480-4206 surfar@revistasurfar.com.br Surfar #49 é uma publicação da Forever Surf Editora.

Arquivo Pessoal

PRÓXIMO NÚMERO


SURF ĂŠ coisa de menina!

Acompanhamos meninas de todas as idades e perfis, a se jogarem na ĂĄgua e realizarem esse sonho,

juntas!

}

} longarina.com


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