Up Belém #2

Page 1

ano 1 | #2

maio

distribuição gratuita

m é l Be

#Helena Ranaldi Atriz investe em clássico de Ibsen em nova fase

#Circular Projeto devolve a Belém histórica aos cidadãos

#Discosaoleo

Leo Bitar, um militante em favor da boa música

#Bela Recife As dicas culturais da capital pernambucana

capa - UP 002.indd 1

13/05/2015 18:34:39


capa - UP 002.indd 2

13/05/2015 18:34:40



#índice

08

Tereza Maciel

#entrevista Leo Bitar, um enciclopédia apaixonada pela boa música

#capa

20

Helena Ranaldi investe em drama universal em nova fase na carreira

#especial

28

Projeto Circular devolve a Belém Histórica aos cidadãos

#partiu

42

Os encantos culturais e o sotaque sem igual da belíssima Recife

#pitada

54

O amor transformado em memória gastronômica por Ângela Sicília

Capa: Helena Ranaldi | foto divulgação

#expediente

Up Belém | ano 1 | #2 | maio de 2015 | distribuição gratuita

4

Criação e realização | Omnia Editora Projeto Gráfico | Omnia Editora Jornalista Responsável |Elvis Rocha - DRT/PA 1712 Editora-Assistente: Camila Barbalho Colaborou na Up Belém #1 | Lorena Filgueiras, Madeleine Pryor, Jayme Araújo Lopes Colunistas | Cassius Martins, Dina Batista e Sueid Abou, Joanna Martins e Daryan Dornelles. Comercial | Vinicius Barbas 91 98828.5899 | contato@upmagazine.com.br Site | www.upmagazine.com.br Críticas, elogios e sugestões de pauta | revista@upmagazine.com.br Impressão | Gráfica Santa Marta Tiragem | 5.000 exemplares A Revista UP Belém é uma publicação mensal da Omnia Editora. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização. Revistaupbelem

revistaupbelem


OďŹ cina Santa Terezinha, Cidade Velha.


#editorial

Existem opiniões distintas sobre o termo “segundo”. No ramo da música, a conversa básica é a que o disco produzido logo após a estreia sempre será o mais difícil, aquele que terá a missão de provar a todos que a boa impressão causada de cara - caso ela tenha existido - foi muito mais do que um golpe de sorte, ou a lufada derradeira de um talento de fôlego curto. Mas também dizem que a chegada do segundo filho traz um sem-número de facilidades em relação à inexperiência relativa ao primôgenito, que transforma a paternidade num processo muito fluído e prazeroso. São lugares comuns, nós sabemos, mas não existe clichê que não tenha lá seu pingo de realidade. Nós da Up Belém chegamos ao segundo número. E adaptando os ditos populares à realidade editorial, abraçamos as duas versões. Sabemos que, depois de uma edição bem recebida, a expectativa pela manutenção da qualidade existe e também, por experiência, agora confirmamos que o segundo rebento é fonte de muito trabalho e de enorme alegria. Eis nosso segundo número, outro filho bem-amado. Nele, trouxemos uma gama de exemplos de amor. O de Leo Bitar pela música, que o faz investir tempo e dinheiro para manter viva na capital paraense a cultura do vinil. Do projeto Circular CampinaCidade Velha pela preservação da Belém Histórica, sua razão de existir. De Helena Ranaldi, nossa capa, pelo teatro, que a faz arriscar na montagem inusitada de um clássico de Ibsen. De outros amores que as próximas páginas revelarão aos poucos, à medida que forem folheadas.

#PontosDeDistribuição

Fique à vontade pra começar.

6

• Salão Cassius Martins (Bernal do Couto) • Restaurante Lá em Casa (Estação das Docas) • Famiglia Sicilia / Don Vino • Oral Plus (Centro Empresarial Bolonha) • Sol Informática (Doca) • Laboratório Amaral Costa • Salud Gourmet (delivery) • Melissa (4º piso - Boulevard Shopping) • Tabacaria Lit (Térreo - Boulevard Shopping) • DomNato (BR-316, Km 6,5) • Rede de Postos Pará Vip


Dr. Rogerio G. M. Nogueira Implantodontia/Periodontia

Dr. Antonio J. S. Nogueira Odontopediatra/ Ortodontista

Dr. Fabricio Malcher Clínica Geral/ Prótese e Estética

Dra. Renata S. M. Nogueira Ortodontista/ Endodontia Convênio: Uniodonto

Av. Governador José Malcher, 168 - Sl 103 | Centro Empresarial Bolonha 91 3241.0919

omnia

Feita por pessoas e sorrisos


#entrevista

Enciclopédia apaixonada por Camila Barbalho | Fotos Dudu Maroja

Leo Bitar. Mais do que empresário: um militante em favor da boa música

E

m uma rua da Campina, um porão. Abertas as portas de vidro, o lugar entrega bem mais que uma

loja de vinis: é um refúgio. Tudo é música - os quadros na parede, as canecas à venda, o antigo piano encostado num canto, as almofadas. Naquela manhã, a Discosaoleo não está funcionando. A única pessoa lá é o proprietário Leo Bitar, que me recebe com uma pérola do rock progressivo na vitrola. Leo, tal qual o lugar que leva seu nome, remete aos sons o tempo inteiro. Mais do que um apaixonado, o empresário é um militante da arte musical. Curioso pelos registros em vinil desde criança, descobriu em si mesmo alguém que poderia fazer bem mais pela própria paixão e pelo cenário fonográfico. Foi assim

que ele abriu sua loja. Como se em tempos digitais não fosse o bastante, Leo Bitar deu um passo destemido e criou o primeiro selo paraense a lançar LPs na contemporaneidade. Tudo em função dos artistas e do que eles representam - afinal, “Música é verdade”, diz o slogan espontâneo da casa. Além de ser uma figura preciosa para um mercado em construção, esse entrevistado tem outra coisa de especial: o papo com o Leo é - ou deveria ser - pra mais de um dia. O cara é uma enciclopédia de artistas, selos, estéticas. Em uma hora de conversa, ele me explicou sobre selos, frequências e uma série de detalhes que meu amor desatento por música deixa passar batido. Coisa demais pra uma entrevista só. Mas não faz mal: aqui, ele conta sua história, fala sobre mercado e 8


9


10


a “ralação” que é colocar um selo como o seu na estrada. O resto, só dando um pulo naquela loja bacana de “bolachões” pra conhecê-lo pessoalmente. Como você se apaixonou pelos vinis? A paixão por vinis vem desde pequeno. Minha família sempre ouviu muita música. Sempre se comprou muito disco em casa. Meu pai era cliente de todas as lojas de discos que existiam aqui em Belém. Todo mês ele ia a alguma e me levava junto; dizia “Escolhe um disco pra ti”. Eu levava algum de historinha, um disco infantil, coloridinho. Eu era pequeno, tinha uma eletrolinha portátil, e achava curioso a coisa de colocar a agulha e aquele atrito com o disco produzir aquele som. Na entrada da adolescência, eu me desinteressei um pouco, até que minha madrinha me deu um disco da Rita Lee. A partir daí, comecei a comprar discos por vontade própria, sem a companhia do meu pai. Eu me trancava no quarto e passava horas ouvindo o disco, olhando as fichas técnicas, lia as letras, tentava entender a composição. Os discos, assim como meus pais, me educaram. O que provocou a vontade de ser um colecionador? No início da década de 90, o CD chegou no Brasil. Eu achava o som do disco mais gostoso de ouvir, então comecei a estudar sobre música e tecnologia, os artigos que surgiam sobre o som digital e o analógico; fui virando um entusiasta do segundo. Quando me mudei para São Paulo, as pessoas - na loucura de achar que o vinil estava ultrapassado - começaram a se desfazer dos seus. Chegavam carregamentos inteiros de discos nos sebos e quem estava se desfazendo desses LPs era quem tinha rock e mpb dos anos 60 e 70. Aí eu comecei a trocar os discos internacionais que eu tinha

11


12


em reedição brasileira pela sua versão original, importada, que a galera deixava de lado. Nesse processo, fui ficando mais louco ainda porque percebi que as primeiras prensagens - americanas, japonesas, inglesas - tinham um som diferente daqueles discos brasileiros. Comecei a perceber que o som inglês era mais quente, que o americano era mais agudo… Essas diferenças de masterização. Além disso, havia alguns detalhes. Eu percebia, por exemplo, que a prensagem original era em mono e a nova já era estéreo. Num vinha um encarte, noutro não. Aí eu comecei a colecionar pensando nisso. A que você atribui a retomada do vinil no mercado fonográfico? O vinil nunca parou de ser fabricado na Europa, mesmo que numa tiragem menor. Os Estados Unidos que pararam e aqui também. Pode ser um romantismo, mas você para o que tá fazendo pra ouvir um LP. A gente larga tudo, vai conferir a ficha técnica, o encarte, apreciar o disco. Acho que o que essa retomada do vinil tá trazendo de volta mesmo é o ritual, a prática de sentar e ouvir como uma obra de arte, como um produto artístico elaborado por alguém. As pessoas estão parando pra ouvir música. O que fez você passar de colecionador a empresário desse universo? Eu sempre tive vontade de ter um espaço como esse. Como tenho isso de buscar uma edição anterior ou do país de origem de determinado álbum, eu acabo comprando um disco que eu já tenho e troco na prateleira pela edição que eu considero mais importante. Por isso, eu tinha um quarto cheio de vinil repetido. De vez em quando, chamava alguns amigos que gostavam de vinil pra virem em casa e abria esse quarto pra que

13


eles escolhessem alguma coisa. Até que um amigo sugeriu que eu abrisse a loja. Resolvi fazer no porão de casa. E quando eu abri a loja, pensei “por que não lançar o selo?”. Ter um selo pra lançar os artistas daqui do Pará, ou mesmo do Brasil. Ao contrário dos outros selos, que primam por uma sonoridade específica, preferi deixá-lo aberto a várias possibilidades, já que temos uma música tão diversa. Por isso o nome da loja, porque puxa um pouco pro meu nome, mas também tem esse conceito do “ao léu”, essa coisa meio sem amarras. É algo que você faz muito mais por convicção que por dinheiro, não? Sim. É difícil, custa muito caro. Tenho inclusive pensado nas maneiras de escoar mais isso. Não sei se é coisa de velho, mas eu gosto da loja física. Eu gosto que as pessoas venham aqui, olhem os discos, mesmo que não comprem. É um espaço pra se ouvir música, conversar sobre… Inclusive tem um espaço na loja pra concertos pequenos. As pessoas dizem pra eu vender online, mas não é algo que eu tenha vontade. Talvez venda só os discos lançados pelo selo. Por outro lado, tô avaliando a questão da distribuição brasileira, pra que o comprador interessado em um disco nosso vá a uma loja de disco onde ele mora e adquira lá. Lançamos a Ana Clara Matos, que é o EP 001, e o The Tump!, que é o LP 001. Não são artistas-celebridade, mas temos tido boas saídas deles. Isso é legal porque gera receita pra que possamos investir e lançar outros artistas. O quanto você precisou se especializar para abrir o selo? Tive que estudar toda a parte legal - direito autoral, o processo de ser um editor, se é mais interessante editar ou deixar o artista ser seu próprio editor e obter

14


15


todo o poder sobre sua obra… Enfim, são coisas chatas porque quem trabalha com arte não quer trabalhar com burocracia (risos). É uma coisa que a gente não para nunca de estudar. Precisei fazer vários cursos, depois teve a parte de abrir a empresa, criar CNPJ pra ser editora-selo-loja, arrumar um contador… Tive de pesquisar muita coisa porque eu não sabia nada. Depois que abri a loja, precisei estudar a parte de produção fonográfica, como funcionam as porcentagens pra artista e pra editora, o registro das obras… É a única parte chata. Ainda estou aprendendo. A gente sempre descobre algo novo. Eu cuido da parte artística, e a parte financeira e administrativa é coordenada pelo Sergio Barbagelata, meu sócio. Quando é pra lançar alguém, a gente senta e decide junto, avalia e tal. A que você atribui a boa receptividade da Discos ao Leo no mercado daqui? Não sei como aconteceu pra gostarem da gente de cara… Acho que é porque a gente é simpático (risos). E também porque a gente tem um respeito muito grande pelo artista, pela obra dele. As pessoas gostam disso, de saber que tem gente preocupada com o trabalho do outro. As pessoas falam muito que Belém não tem mercado. Bom, então vamos criar um mercado? Enfim, é um trabalho independente. Ainda estamos avaliando o quanto deu certo e é o que eu quero que aconteça, só. Quero que o selo dê certo, quero poder lançar mais gente.

EM TEMPO DISCOS AO LEO Travessa Campos Sales, 628, porão. 91 3083.1758 discosaoleo 16


ANA CLARA MATOS - CANÇÕES DE DEPOIS O EP da cantora paraense foi o de número 001 do selo Discosaoleo. Lançado em vinil branco, no formato de 10 polegadas, o disco reúne quatro faixas e transita entre o rock e a delicadeza da voz de Ana Clara. As gravações foram feitas por Ulysses Moreira; e a mixagem e masterização, pelo gaúcho Iuri Freiberger.

THE TUMP! - LE-TAL Natural de Peixe-Boi, no interior do estado, o duo The Tump! faz eletro-rock com dois contrabaixos, alguns aplicativos e samplers. Le-Tal é o primeiro trabalho físico de Alex Lima e Bárbara Lobato, e o Long-Play 001 do selo Discosaoleo. O LP tem oito faixas e segue a linha “pista”, com todos os arranjos produzidos pelo casal.

17


#FicaDica

A Up Belém avisa: há programas para todos os gostos [e bolsos] rolando de Norte a Sul do país! Confira alguns que selecionamos para vocês: Feira do Livro Os amantes da leitura já têm compromisso marcado em Belém. De 29 de maio a 7 de junho será realizada a 19ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro. O evento, que mais uma vez terá como sede o Centro de Convenções da Amazônia - Hangar, este ano faz uma homenagem especial ao escritor Ariano Suassuna. Os 120 anos de amizade entre Brasil e Japão também terão destaque. Ótima pedida literária. Onde: Centro de Convenções da Amazônia - Hangar. Quando: 29 de maio a 7 de junho. Entrada Gratuita. Orquestra Buena Vista Social Club Percorrendo o mundo numa extensa turnê de despedida, a Orquestra Buena Vista Social Club - o grupo de maior representatividade da música cubana - passa pelo Brasil agora em maio. A Adios Tour é o emocionante desfecho de uma carreira e tanto: mais de mil shows distribuídos em dezesseis anos de carreira. Em terras tupiniquins, o BVSC toca em São Paulo e no Rio de Janeiro; e encerra o Jurerê Jazz Festival em Santa Catarina. Onde no Rio de Janeiro: Vivo Rio - Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ. Quando: 15/maio, às 22h Ingressos de R$60 a R$300 Informações: (21) 2272 2901 Onde, em São Paulo: HSBC Brasil - R. Bragança Paulista, 1281 - Santo Amaro, São Paulo-SP. Quando: 16 e 23/maio, às 22h Ingressos de R$60 a R$350 Informações: (11) 2163-2120 Onde, em Santa Catarina: Teatro Ademir Rosa Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600. Agronômica - Florianópolis-SC. Quando: 18/maio, às 19h30 Informações: 48 3664.2628

18


Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba Após três anos de investimento e enraizamento, o Olhar de Cinema festival internacional de Curitiba - tomou assento na programação cultural paranaense. Em 2015, a organização apostará na estética da leveza e do movimento, conceito que deve nortear toda a programação. A grade de exibição do festival se divide em quatro mostras: Competitiva, Outros Olhares, Novos Olhares e Mirada Paranaense - e privilegia o cinema autoral. Imperdível para os amantes da sétima arte. Onde: Shopping Crystal (Espaço Itaú de Cinema) - Rua Comendador Araújo, 731 – Batel; e Shopping Curitiba (Cinesystem) - Rua Brigadeiro Franco, 2300 – Batel. Curitiba-PR. Divulgação de outras salas em breve, no site do festival. Quando: 10 a 18/junho Ingressos a R$6 Informações: olhardecinema.com.br

Elba Ramalho e Geraldo Azevedo Amigos há mais de quarenta anos, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo também são parceiros de longa data. O compositor costuma afirmar, inclusive, que Elba é a intérprete mais frequente de suas obras. Depois de dezenas de gravações e turnês lado a lado, os dois voltam a se encontrar em Vitória para uma apresentação única e cheia de hits. Onde: Arena Vitória - Ginásio do Álvares Cabral. Avenida Mal Mascarenhas Moraes, 2100 - Bento Ferreira, Vitória-ES. Quando: 22/maio, às 23h Ingressos de R$60 (individual) a R$1000 (mesa) Informações: arenavitoria.com.br


#estilo

Boneca versus manual por Jayme Araújo Lopes | fotos divulgação

Helena Ranaldi vive o drama de todas as mulheres em clássico do teatro universal

O

teatro é um desafio. E o teatro de Henrik Ibsen

é um dos maiores desafios do palco para os

atores que ousam interpretar seus persona-

gens. A atriz Helena Ranaldi, linda e bastante segura de seu talento profissional, leva à cena, em São Paulo,

a “Casa de Bonecas”, de Ibsen. Como em todos os textos do dramaturgo norueguês, há dor, drama, tensão e libertação e uma feroz crítica social. É uma missão difícil e só por Helena ter aceitado enfrentar, já é uma vitória para o público. Para evidenciar sua entrega, Helena chega a ficar nua no palco. A peça não é fácil e, desde que foi publicada, na Munique de 1879, vem causando desconforto. Bom sinal, no caso do teatro. Conta uma história banal, cotidiana e muito cruel. Uma mulher, Nora Helmer, criada na sociedade paternalista e rígida do período vitoriano, passa das mãos do pai para as do marido. Na época, as mulheres eram simples objetos de adorno. Não recebiam qualquer tipo de instrução formal, qualquer disciplina que não fossem os assuntos ligados à condução da casa: corte e costura, culinária, o trato com os empregados. Serviam para trabalhar e servir aos maridos como objetos sexuais. A montagem atual, nomeada “A Fantástica Casa de Bonecas”, é bastante eficiente ao colocar Helena como Nora Helmer e contracenando com anões, que representam os papéis masculinos da 20


21


NUDEZ E TRANSFORMAÇÃO “A ideia de se usar atores anões no espetáculo é interessante porque mostra o paradoxo. A peça faz exatamente o contrário: coloca o homem numa posição superior à mulher, a mulher submissa àqueles homens. Na época, o que acontecia na sociedade, e infelizmente ainda hoje.” “A Clarisse (diretora da peça) também é coreógrafa e ela levou para esse espetáculo uma grande preocupação com o movimento, então é quase como se fosse um grande balé. A gente gira, vai ao chão.” “É um espetáculo diferente, difícil. A personagem que eu faço, a Nora, ela é a reprodução de uma boneca, eu até uso uma voz um pouco mais aguda no início, antes da transformação, então chega até a ser perigoso pra mim, como atriz, encarar esse desafio, mas acho que estamos conseguindo um bom resultado.” “Essa peça me fez pensar muito sobre a condição da mulher. É um clássico, foi escrito no fim do século 19, mas as condições que a Nora passa na peça não são muito distantes do que a gente vive hoje. Hoje, a mulher ainda está num lugar desprestigiado. Quando ela vai ficando mais velha, ela vai perdendo a beleza e o seu valor. Ainda é o lugar de objeto.” “Fiquei um pouco preocupada no início com a cena do nu. Acontece depois da transformação da Nora, em que ela tira tudo, a peruca, a roupa. Não sabia se eu me sentiria confortável em ficar totalmente nua em cena, mas acabamos fazendo e ficou lindo. Mas é isso, é tirar tudo aquilo, é uma libertação de um lugar que não é o da mulher.” “O fato de as mulheres ganharem, ainda hoje, trinta por cento a menos do que os homens só pelo fato de serem mulheres, também é algo para se pensar.”

22


peça. A atriz faz um esforço físico para mostrar como a personagem vive subjugada pelos homens. Anda de joelhos no palco para ficar em um nível mais baixo, rastejando – Helena teve que usar joelheiras para amenizar os ferimentos nas pernas – e afina a voz para se mostrar frágil, abatida. Helena como Norma Helmer é a reprodução de uma boneca. Uma boneca de carne osso para servir ao seu marido, Torvald Helmer, com quem é casada há oito anos e para quem é apenas um brinquedo sexual. “Ela é a reprodução de uma boneca e se comporta como uma. Um bibelô!”, diz Helena. De repente, Nora se dá conta que os dois nunca conversaram. Assim como ela também jamais conversara com o pai. Não sobre assuntos do dia, mas sobre ela mesma, seus desejos, sua felicidade. O mesmo destino se repetia em seu casamento e se refletia em seus filhos. - Nossos filhos têm sido as nossas bonecas – diz Nora, a personagem de Helena Ranaldi. A escolha de atores anões, feita pela diretora Clarisse Abujamra, filha do também ator e dramaturgo recém-falecido Antônio Abujamra, segue os mesmos moldes de uma montagem do clássico feita no Brooklyn, em Nova Iorque, e funciona. “Eles podem ser menores em tamanho, mas não existe qualquer tipo de altivez por parte das personagens femininas, que são forçadas a se abaixar para conseguir falar com os homens. Isso dialoga diretamente com o pensamento patriarcal proposto pela história”, explica a atriz. O tormento de Normal Helmer é contínuo e aflitivo durante todo o espetáculo, por isso a peça, quando foi encenada, ainda no século 19, causou revolta. É tão brutal e simples, mas seus diálogos mostram com

23


exatidão a injusta diferença entre homens e mulheres, que existia na época e existe até hoje. “A minha vida tem sido servir a vocês, mas eu sou uma mulher!”, brada Helma, à certa altura do texto de Ibsen. Todo o espetáculo é pontuado por um piano, de Lívia Ziotti, um acabamento musical e estético que colabora muito para dar o clima da peça. Até que Helena inicia a transformação de Nora. “Eu faço a peça de peruca. Ao final, Nora tira tudo: peruca e a roupa. Ela termina o espetáculo nua. “Eu fiquei um pouco preocupada no início com essa cena, não sabia se me sentiria confortável, mas a gente acabou fazendo e está linda”, revelou a atriz. “Ela nos faz pensar sobre a questão da mulher.” Segundo Helena, apesar de o texto ter sido escrito no século XIX, não é distante do mundo atual. Além da cobrança pela aparência física, mulheres têm salário menor do que os homens, entre outras centenas de coisas. “Nós ainda estamos em um lugar desprestigiado”. “A Fantástica Casa de Bonecas” conta ainda com os atores Fernando Vigui, Lara Córdula, Giovanni Venturini, Verônica Ned – filha de Nelson Ned -, Lili Colonnese e Lívia Ziotti, e mostra que Helena Ranaldi está no auge de sua maturidade e de sua beleza como atriz.

EM TEMPO A Fantástica Casa de Bonecas Até 31 de maio: Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros, São Paulo. Shopping Eldorado, 3º piso. 24

Informações: http://afantasticacasadebonecas.com.br/


omnia

HÁ ANJOS EM TUDO QUE VEMOS

SALÃO CASSIUS MARTINS Rua Bernal do Couto, 119 www.cassiusmartins.com.br Tel.: +55 91 3225.6615 / 3225.5606

Shopping Bosque Grão Pará (em breve) Av. Centenário, 1052 Belém - Pará


s

artin

s

#look

Ca s

sM iu

#ivarothe Esse trabalho é maravilhoso e com participação de muita gente bacana. Iva Rothe é uma cantora e compositora super respeitada no cenário da música paraense. É um estilo único, que passeia por varias nuances, sempre com muita elegância e profissionalismo. B2elo e delicioso de ouvir sempre. Fotos de Walda Marques Figurino Sandra Machado Cabelo e Maquiagem Salão Cassius Matins

#tartarugadavez Iluminar com visagismo! Essa é a regra para mesclar as cores. As escuras criam profundidade; as médias suavizam e as claras destacam. Assim, o profissional cria um efeito multidimensional e único, imitando o casco de tartaruga. Os tons mais indicados são o caramelo, castanho-dourado, loiro dourado e loiro claríssimo, além dos tons intermediários, todos quentes. A técnica é “irmã” do Ombré, mas faz ressurgir a antiga técnica de balayage, que garante um ar de contornos visíveis na cabeleira. Se você tiver um profissional que enxergue esse efeito “tridimensional”, vai desfilar um visual moderno, natural e saudável. Mas... ruivas, morenas e as que usam tons frios: não se desesperem! O efeito de luz e sombra é democrático e vocês também podem usar. A ordem é destacar.

26

Cassius Martins é cabeleireiro, paulistano de nascimento e paraense de coração. www.cassiusmartins.com.br


#upbelabelém Belém tem muita riqueza cultural e essa sofisticação está estampada nas construções antigas. Pena que nada se faz para preservar esse patrimônio. Ainda bem que certos lugares, de tão bem construídos, ainda se mantêm de pé. O prédio da Paris N’America é um belo exemplo. Chão, tetos e escadarias triunfais... É um lugar que todos deveriam conhecer! Olhem uma das fotos que fiz por lá!

#uporvam A ORVAM aceita doação de cabelos, que serão utilizados na confecção de perucas para as mulheres escalpeladas pelo eixo dos motores dos barcos (que sugam os cabelos). Essa atitude ameniza um drama que ocorre nos rios e que pode ser evitado. Propague a ideia: é possível evitar acidentes dessa natureza! E doe seu cabelo! É um gesto de desapego e de amor para com o próximo! Ligue 3231-1177 e siga a fanpage da ONG no Facebook: https://www.facebook.com/orvam.ong

27


por Elvis Rocha

Projeto Circular Campina-Cidade Velha devolve a Belém histórica para si mesma

A

cena é bonita. Ladeados por construções históricas, agraciados por sorrisos simpáticos de janelas

de casarões antigos, artistas e curiosos unem as vozes numa animada cantoria de temas ligados à cultura popular. O cortejo, conduzido por um grupo de jovens atores, marca o final da tarde de um domingo de abril e o crepúsculo de mais uma edição do projeto Circular Campina-Cidade Velha. O cenário da festa é a Belém histórica, que dali a não muito tempo será devolvida à sua rotina noturna de iluminação precária, pouca movimentação e muito, muito silêncio. Uma realidade bem distinta das últimas horas, diga-se, quando ruas e vielas estiveram tomadas por um burburinho de pessoas de diferentes perfis e

faixas etárias, interessadas na extensa programação oferecida de forma gratuita pelos espaços culturais das redondezas. Durante todo o dia, Cidade Velha e Campina, bairros tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ofereceram, pela sexta vez em dois anos, uma experiência de desfrute coletivo da cidade, intermediado por uma iniciativa de caráter civil e descentralizado que, às vésperas dos festejos pelos 400 anos de Belém, tenta resgatar cidadãos para o contexto da própria realidade. “A ideia inicial do Circular era convidar as pessoas a redescobrirem a beleza desses lugares. A Cidade Velha e a Campina são bairros ricos em história, mas que, 28

Kleyton Silva

#especial

A cidade para todos


29


As ruas da Belém Histórica ficam tomadas por um público àvido por cultura durante as edições do evento

30


Irene Almeida

por terem se tornado áreas comerciais, muitas vezes ficam escondidos na correria do dia a dia. Queríamos um projeto que devolvesse esse espaço à cidade, com arte e cultura e participação ativa da comunidade “, diz Makiko Akao, proprietária da Kamara Kó Galeria e idealizadora do Circular, que sorri orgulhosa ao falar do piloto que ajudou a tirar do papel ainda no final de 2013. Não é para menos. Da proposta de um reduzido circuito de galerias de arte abertas bimestralmente aos domingos, a rede hoje é formada por mais de 30 parceiros, entre artistas, chefs, historiadores e donos de espaços culturais, número que não para de crescer a cada edição realizada. Uma visita ao site do projeto (www.projetocircular. com.br) dá uma ideia da dimensão alcançada pela iniciativa. Roteiros geo-turísticos; apresentações musicais; espetáculos de teatro; oficinas de skate; passeios fotográficos; circuitos gastronômicos e discussões sobre arte, mídia independente e economia criativa compõem o cardápio da programação, que começa ao raiar do dia e termina já nos primeiros sinais da noite. O resultado tem sido ruas (normalmente mortas em finais de semana) ocupadas por um público ativo e disposto a repassar, no boca-a-boca e por meio de relatos e imagens compartilhadas via redes sociais, a experiência. “Uma das preocupações sempre foi essa interação dos moradores, da comunidade do entorno, com os visitantes, o projeto. No começo, houve certo estranhamento, mas hoje vejo até algumas senhoras vendendo bolinhos de laranja na frente de casa!”, diverte-se Makiko. Oficinas Uma das principais formas de interação com a comunidade são as oficinas, que vêm ganhando força e novos parceiros a cada edição do projeto. Lugares como o Mercado do Sal e Praça das Mercês se transformam

31


A comunidade do Porto do Sal é chamada a ter participação ativa. Na foto, intervenção do Aparelho Ocupações Artísticas

32


Cinthya Marques

em espaços para a troca de ideias e aprendizado de temas que vão das Artes Visuais à prática de esportes. Um exemplo é a atuação do Aparelho Ocupações Artísticas, coletivo nascido das ocupações realizadas na Oficina Santa Terezinha, recém-transformada em espaço cultural, que propõe atividades ligadas à realidade dos moradores do entorno. Durante o último evento, Luís Júnior, artista da comunidade do Porto do Sal, repassou aos participantes técnicas de Tipografia Naval, a popular abertura de letras de embarcações. “As atividades priorizam jovens entre 7 e 18 anos, mas incentivamos a convivência familiar e comunitária, com a participação dos pais dessas crianças e adolescentes”, reforça Anne Dias, arte-educadora responsável pela programação. Anne, que estreitou sua relação com a Cidade Velha desde que, há quatro anos, passou a residir no casarão que foi do artista plástico Antar Rohit, ressalta que a proposta das atividades, realizadas inicialmente em caráter experimental, tendem a se expandir. “A cada Circular recebemos propostas de atividades. Em abril, por exemplo, tivemos oficinas de skate que foram muito bem recebidas na Praça Maranhão. Estamos nos organizando para que elasfiquem mais organizadas e consistentes no calendário do projeto.” Futuro O Circular Campina-Cidade Velha nasceu independente e assim tem se mantido. Mas com o crescimento e a visibilidade, a questão da viabilidade fez a busca de apoio de órgãos públicos e empresas privadas se tornar uma pauta para os organizadores. Hoje, já existe um acordo firmado com o Banco da Amazônia (BASA), parceria com a Polícia Militar para reforço da segurança nos dias do evento, e conversas em andamento com a Prefeitura Municipal de Belém. A ideia é que, no futuro, todos os recursos sejam administrados por uma associação, ainda em processo de planejamento. 33


Tereza Maciel

“Montamos um plano de gestão de três anos para o Circular, que culmina no aniversário de 400 anos de Belém. Passamos do estágio inicial e agora começamos a pensar na continuidade dele”, diz Makiko. Planos não faltam. Makiko, que desde que escolheu um casarão antigo na Campina como sede da Kamara Kó vem estreitando laços com moradores e dialogando com a realidade cotidiana do bairro, sonha com a revitalização da Belém Antiga como fonte de fomento ao turismo, na transformação progressiva do www. projetocircular.com.br no grande portal de informações culturais da cidade e, para o dia 10 de janeiro de 2016, antevéspera do aniversário da capital, uma grande festa em honra ao lugar que a adotou. “Por enquanto é sonho, mas imagino acordar no dia 10 de janeiro com a realização de uma grande missa ao ar livre e uma procissão inspirada na Marujada, com exposições dos trabalhos realizados pelos moradores do bairro espalhados pelas praças coroando tudo que foi feito pelo projeto. Não seria lindo?”.

34


A Oficina Santa Terezinha, recém-transformada em espaço para manifestações artísticas

35


Atelier do Porto Travessa Gurupá, 104 – Cidade Velha. Contato: (91) 98099 4110

Bar do Rubão Trav. Gurupá, 312 – entre Cametá e Dr. Malcher Cidade Velha. Aberto a partir do meio-dia. Contato: (91) 991224232

Pedro Tobias

atelierdoporto.blogspot.com.br

Casa Dirigível Travessa Padre Prudêncio, 731 Campina – 66015 – 180 – Belém – Pará. Contato: 33553861/ 982127668 www.coletivodirigivel.com Espaço Cultural Valmir Bispo Santos Travessa Padre Prudêncio, 681 – Campina Contato: (91) 988895322. Aberto das 10h às 18h. Casulo Cultural Travessa Frutuoso Guimarães 562 Campina – Espaço para arte, cultura e educação. Contato: (91) 983065660. Aberto das 14h às 18h. Centro Cultural do Carmo Alameda do Carmo, 40/48, Praça do Carmo – Cidade Velha Contato: (91) 98304-3371 Aberto das 10h às 18h. facebook.com/culturadocarmo Fórum Landi Praça do Carmo, nº 60 – Cidade Velha. Aberto das 10h às 19h. www.forumlandi.ufpa.br Geo Turismo da UFPA Roteiro da Belle Époque – Contato: (91) 988.31.14.80 • Horário: 8h30. Saída: Praça das Sereias (em frente ao Cinema Olympia). Gotazkaen Trav. Rui Barbora, 543. Contato: (91) 33476632. Aberto das 11h às 19h. www.gotazkaen.com.br Kamara Kó Travessa Frutuoso Guimarães, 611, Campina. Aberto das 10h às 18h. Contatos: (91) 3261 4809 kamarakogaleria.com

36


O músico Lucas Guimarães fechou a última edição do Circular

Morada Da Tribu Rua Carlos Gomes, 117 – Campina. Contato: 91 98177 2176, 98327 6779, 99135 8665 datribu.com Restaurante Dona Joana Trav. Campos Sales, 482, entre Aristides Lobo e Ó de Almeida Campina. Aberto das 11h às 16h com comida 100% sem glúten. Contato: (91) 98819 5513 Sebo de Livros Sinhá Pureza Fórum Landi – Praça do Carmo, nº 60 – Cidade Velha. Aberto das 10h às 17h. Contato: 91 989073637 * A relação completa dos parceiros do projeto você encontra no site do Circular Campina-Cidade Velha EM TEMPO O Projeto Circular Campina-Cidade Velha é realizado a cada dois meses. As próximas edições de 2015 estão programadas para domingos dos meses de junho, setembro e novembro. Fique ligado no site do projeto (www.projetocircular.com.br) ou na página do facebook do projeto (www.facebook.com/ocircular) para informações sobre datas, espaços culturais abertos e oficinas ofertadas.

37


Din a

#QuerSerFashion

Ba

ta tis

d

Su ei

Ab

ou

Eu quero ter

um milhão

38

de amigos

Quem não gosta de se sentir popular, amada e querida? E quando levamos isso para o universo da internet, aí a coisa toma proporções imensas! Essa busca para “parecer famosa” tem um preço, sim. Hoje, várias empresas crescem no meio virtual faturando com compra de seguidores e curtidas a torto e à direita. Mas aí você se pergunta: pra quê isso? Os quinze minutos de fama de muita gente estão mais difundidos do que você imagina. Quem aí já não se deparou com perfis nas mídias sociais “super populares” e achou que, por isso, deveriam ser interessantes? Pois é, muitas celebridades virtuais possuem lá seus “amigos” algoritmos da internet (ou seriam robôs ou extraterrestres)... Quanto mais amigos e likes mais amor próprio? Não é mistério para ninguém que muita gente estabelece uma relação direta entre popularidade nas redes sociais e a autoestima. Isso tudo para se sentir especial para alguém - ou alguns. A coisa está tão séria que dá até para comprar elogios (aqui me retiro e chamo os especialistas: alô psicólogos, terapeutas and psiquiatras!) Mas o grande negócio de ter um perfil famoso e que talvez se torne muito rentável (existe muita publicidade circulando por lá, até aqui tudo certo!), mas como existir o retorno para os anunciantes com seguidores que não existem? Não caia no conto de gata borralheira! A vida real tem muito mais a oferecer do que a solidão de um conto de fadas virtual. Já imaginou convidar para uma festa os seus cem amigos reais do instagram, o quanto legal seria? Nada de números megalomaníacos, não queremos ter #ummilhaodeamigosvirtuais. É bem mais forte ser querido no mundo real! :)

Dina Batista e Sueid Abou são autoras do Quer Ser Fashion, blog de moda, beleza, maquiagens e experiências. Adoram novidades e acreditam que, para ter estilo, é necessário, sobretudo, ter atitude. www.querserfashion.com | @dina_batista @sueidabou


Dolce far niente.

Reservas: +55 91 4008.0001 www.famigliasicilia.com.br

omnia

Famiglia Sicilia25anos


#vitrine

2 PARA AS MÃES! Por Dina Batista e Sueid Abou Ah, vai dizer que não economizou uns trocadinhos pra surpreender no presente da sua mãe?! Pensa que sai barato fazê-la esquecer aquela nota vermelha no boletim que, se espremer, sai mais sangue do que estoque de hemocentro? Nesse caso, é mais do que um gesto de amor: é um investimento! Achamos justo também caprichar no mimo pra aquela mãe que já é vovó e vai dar plantão com nossos babies enquanto curtimos os bons drinks de sábado à noite, né?! Brincadeiras à parte, nossas musas merecem não só uma homenagem, mas um presente super especial! E nada de panela e pano de prato... 1 • Mas uma “pitada” de incentivo para ela fazer novas receitas pra gente. Não é nada mal! 2 • E,no dia seguinte do “plantão da vovó”, óculos pra fazer charme e esconder as olheiras vão muito bem, obrigada! 3 • Para as mamães fitness não relaxarem no treino e no estilo Tênis Nike Free 3.0 4 • Já para as peruetes, uma Fendi Peekaboo inspired by Arezzo 5 • Aquele presente que não tem erro e cai bem em qualquer ocasião: tubinho preto com renda da Gregory. 6 • E, para fechar com chave de ouro, literalmente... Anel com rubi Vivara Muitas opções e mais dúvidas ainda...Que tal um de cada? Ah, elas merecem, vai...

40

1


5

4 6 3

41


#partiu

Recife do meu amor Da redação | fotos divulgação

A capital pernambucana, seu sotaque maravilhoso e enorme riqueza cultural É muito conhecida a história. Quando esteve no Brasil, em 1949, o escritor franco-argelino Albert Camus, autor de alguns dos clássicos da literatura do século XX, passou dois dias Recife. Pouco tempo, mas o suficiente para que ele registrasse em seu “Diário de Viagem”, lançado em livro tempos depois, as excelentes impressões deixadas pela capital de Pernambuco, a qual chamou, carinhosamente, de “Florença dos Trópicos”. Camus foi só mais um, entre famosos e anônimos, a cair de amores pela cidade. E as razões para esse encanto são muitas. Uma delas certamente é a enorme riqueza cultural, que já deu ao país ícones e mais ícones seja na música, seja na literatura, seja nas artes cênicas etc etc. Para muito além do Carnaval de Rua, que espalha todos os anos milhares de brincantes para suas ruas e pontes dançando freneticamente ao som do frevo, Recife tem uma tradição de valorizar, como poucas cidades, tudo o que é nativo. A Up Belém preparou um roteiro para quem quiser saber um pouco mais sobre a vida e opções culturais da capital mais antiga do país. Da famosíssima Olinda, na região metropolitana, com suas ladeiras de paralelepípedos que remontam ao período colonial, a um museu dedicado ao homem comum do Nordeste, personificado na voz de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, não faltam opções. Depois é só curtir um dos sotaques mais saborosos do planeta. 42


43


MUSEU CAIS DO SERTÃO LUIZ GONZAGA Um oásis da cultura popular. É assim que pode ser definido o Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga. Localizado bem ao lado do Marco Zero, no Recife Antigo, o prédio, inaugurado no primeiro semestre de 2014, convida os visitantes a uma experiência sensorial e nostálgica sobre as raízes da cultura nordestina, tendo como fio condutor a obra do Rei do Baião. Registros sonoros originais de época sobre ritmos tradicionais pernambucanos, imagens da carreira do Gonzagão e peças do vestuário que o marcou no imaginário brasileiro estão dispostas num espaço dinâmico de convivência, idealizado por uma equipe multidisciplinar que contou com a participação de figuras célebres como Tom Zé e José Miguel Wisnick em sua elaboração. As obras do segundo módulo do museu estão em andamento. www.caisdosertao.com.br

44


MARCO ZERO Ao chegar em Recife, é muito provável que o primeiro passeio proposto pelo cicerone seja um pulo rápido na Praça Barão do Rio Branco, mais conhecida como Marco Zero, localizada no bairro do Recife Antigo. Como o nome diz, é o ponto de nascimento de toda a história do Recife, às margens da Baía do Pina. Ponto de encontro de tribos dos mais diferentes tipos, o espaço público é cercado por prédios históricos transformados em centros culturais e ladeia o Centro de Artesanato de Pernambuco, um local onde o turista pode conhecer e quem sabe consumir um pouco da produção dos artistas locais. O Armazéns do Porto, complexo gastronômico erguido em 2012 nos antigos armazéns 12 e 13 do Porto do Recife, lembra um pouco a Estação das Docas, onde é possível sentar, jogar uma conversa fora e beliscar iguarias que vão do fast food à comida japonesa.

45


PAÇO DO FREVO Imagine um espaço construído com recursos públicos destinado à difusão da história, ao ensino da dança e à preservação da memória do carimbó, com exposições, resgate de peças históricas, oficina, museu interativo e escola de música destinada ao ensino do ritmo para crianças e jovens. Seria bom, não? Pois foi o que a Prefeitura de Recife resolveu fazer com o frevo ao viabilizar o Paço do Frevo, espaço cultural localizado no bairro do Recife que honra a tradição e a história do ritmo, contada em imagens, vídeos e peças históricas que resgatam a trajetória do ritmo que até hoje faz “ferver” nativos e turistas pelas ruas de Recife e Olinda. Todas as quintas-feiras, no final da tarde, a Praça do Frevo, no terceiro andar do prédio, se transforma em palco de apresentações de diversas agremiações e grupos durante as programações da “Quinta no Paço”. Programa dos bons. www.pacodofrevo.org.br

46


SINAGOGA DAS AMÉRICAS Dizem que um dos primeiros pedidos de Paul Mccartney quando desembarcou na capital de Pernambuco para duas apresentações, em abril de 2012, foi visitar a Kahal Zur Israel (Congregação Rochedo de Israel), mais conhecida como a primeira Sinagoga das Américas. Localizada na Rua do Bom Jesus, no Recife Antigo, a construção original data do Século XVII e apresenta um pouco do que foi o Nordeste europeu, quando a intensa imigração trouxe para Recife um sem-número de famílias judias dispostas a tentar a sorte no Brasil Colônia. No final dos anos 1990, um grupo de instituições, entre empresas privadas e órgãos públicos, empreendeu uma pesquisa para levantar dados históricos e arquitetônicos sobre a edificação, o que resultou na reforma e posterior abertura para visitação pública, em 2001. Hoje é uma das paradas obrigatórias para quem visita o Recife Histórico. www.kahalzurisrael.com 47


OFICINA BRENNAND Ao voltar de uma temporada de estudos na Europa, nos anos 1970, o artista plástico Francisco Brennand, herdeiro de uma das famílias mais ricas de Pernambuco, pediu permissão à família para a realização de um sonho: transformar a antiga fábrica de tijolos do pai, cercada pelo Rio Capibaribe e remanescentes da Mata Atlântica, no bairro histórico da Várzea, em um templo dedicado à própria obra. De lá pra cá, o artista, reconhecido internacionalmente como um dos maiores ícones da arte brasileira do século XX, não sossegou, e construiu, com um trabalho obstinado, peça por peça do acervo apreciado pelos visitantes do espaço. um empreendimento impressionante sob qualquer ponto de vista, com esculturas, pinturas, colagens representando temas ligados à sexualidade, religião e assuntos. Com sorte, quem se aventurar pelos corredores da oficina, pode encontrar o próprio Brennand, já octagenário, que segue na labuta e vez por outra dá as caras para conferir o resultado de seu esforço. www.brennand.com.br

48


49


OLINDA O que mais dizer de Olinda, não? Tombada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, localizada na região metropolitana de Recife, a cidade é um destino turístico que vai muito além do que oferece no período de Carnaval, quando as ruas, vielas e ladeiras de paralelpípedos são tomadas por visitantes que lotam os blocos carnavalescos. Espaços como a Igreja e Mosteiro de São Bento, que mostram um pouco da arquitetura e história da colonização portuguesa, e o Museu do Mamulengo, dedicado a divulgar a história dos bonecos de madeira, são algumas das pedidas. Do Alto da Sé, no centro da cidade, é possível observar ao longe a imensidão do mar e a vizinha Recife com uma visão mais do que privilegiada. A orla de Olinda, pouco badalada, também é uma excelente alternativa, com bares e restaurantes que dispõem mesas e cadeiras na beira-mar para aquele papo, namoro ou simples bobeira. www.olinda.pe.gov.br

50


51


an

Ma

rtins

Jo

#colherada

na

A boa mesa não tem preço! Tem seu valor! Conheço pessoas que encararam um voo de 23 horas, entre escalas, conexões, o incômodo em voar espremido em uma poltrona e o natural cansaço para poder degustar uma cerveja vintage que é produzida na Austrália. Também já ouvi relatos de conhecidos que foram para a França e pagaram para procurar trufas, em um tour pouco comum. Exagero? Ostentação? Na minha opinião, não. Esse mesmo conhecido que ficou acordado por quase 24 horas (na viagem só de ida) para a Austrália, também pegou um voo para Belém, com um objetivo: tomar uma Cerpinha gelada e comer um peixe frito com açaí no Ver-O-Peso. É presunçoso e errôneo julgar alguém que não mede esforços para viver experiências gastronômicas inesquecíveis – que podem ser simples ou infinitamente mais complexas. Essa é uma discussão, aliás, para a qual eu adoro ser convidada: a boa mesa não tem preço! Não estou falando de dinheiro; falo de valores mesmo. 52

Há algo de que você sinta falta, quando o assunto é comida? Eu mesma daria tudo para que Lucas, meu filho, pudesse experimentar a rabanada que meu pai fazia... A verdade é que a felicidade é um conceito subjetivo. Felicidade para um paraense que mora no Japão é matar a vontade de comer um caranguejo toc-toc rodeado de amigos, num almoço de sábado. Felicidade é viajar pro outro lado do mundo, em busca daquela cerveja que, segundo dizem, “desperta a inveja e a cobiça de muitos vinhos”. Para mim, felicidade seria poder apresentar ao meu pequenino sabores inesquecíveis que se perderam na história e hoje só permanecem vivos na lembrança. Por Gastronomia (e esse foi o tema da minha coluna na edição de estreia da Up Belém) entende-se a cultura culinária de um povo... e ela, amigos, é impossível de ser precificada. Ela pode ser apreciada, compreendida, preservada. Que a Gastronomia agregue valores às nossas vidas!

Joanna Martins é publicitária, organizadora e curadora do festival Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, diretora do Instituto Paulo Martins e proprietária da Manioca.


QUEM COMPARTILHA DIVERSÃO

TODO DIA CONVIDADOS ESPECIAIS. UM DELES É VOCÊ.

THE NOITE

DE SEGUNDA A SEXTA À 1H www.sbt.com.br

m.sbt.com.br

facebook.com/sbtpara

@SBT_PARA


#pitada

Mamma mia! por Lorena Filgueiras | Fotos Dudu Maroja

Mãe é sinônimo de amor, compreensão e boa mesa! É o que pensa a chef Ângela Sicilia

E

la fala pouco sobre a mãe, Jussara, porque quase sempre se emociona. Nós [ela e o irmão, o também

chef e sommelier Fabio Sicilia] a perdemos muito cedo. “Eu estava entrando na adolescência e tive de lidar com sua ausência quando mais precisava dela. Fabio foi meu ‘pai’ e tivemos de ajustar nossas rotinas para que ele fosse estudar na Itália, enquanto minha irmã [a chef tem meios-irmãos que moram em Minas Gerais e na Itália] cuidava de mim.” Da mineira Jussara, ficaram doces lembranças. “Ela fazia um bolo de amendoim inesquecível”, conta. A mãe, que durante uma época comandou a lanchonete do Clube do Remo, rapidamente aumentou as vendas e o fluxo de clientes no local. “As pessoas atravessavam a cidade para comer os quitutes preparados por ela e eu, com uns 8, 9 anos, ficava no caixa. Ela me fazia sentir super importante e madura, quando me delega-

54


55

Ricardo D’Angelo


va a função de passar o troco aos clientes”, ela revela. “O bolo de amendoim era para vender lá, mas ela me deixava comer os cantos do bolo e eu amava! Era a parte mais queimadinha, crocante e, na minha opinião, a mais gostosa.” O restaurante nasceu um tempinho depois e lá estavam os filhos de mamma Jussara à frente do negócio da família. Onde estava a Ângela? No caixa, à frente da parte administrativa. Quando pergunto se ela imaginaria que seria chef de cozinha, ela ri e responde que não haveria caminho mais natural, considerando “que nascera em uma cozinha”. Das memórias olfativas, desde cedo, estão os cheiros da cebola e do alho sendo dourados no azeite. “Amo até hoje. Às vezes, mesmo quando estou de folga, ou quando estou com alguma preocupação, entro na cozinha só para sentir esse cheiro. O conforto é quase imediato”, revela. Mas veio a ausência e a menina Ângela realmente teve de amadurecer. Fabio assumiu a criação da irmã, mas teve de lidar uma difícil decisão: ir pra Itália, atrás de formação profissional, para que pudesse assumir o restaurante da família. O pai, Giuseppe, havia partido anos antes e a ausência da mãe foi um duro baque para a menina. “Apesar de tudo isso, nossa relação foi fortalecida”, ela define. Aos 21 anos, Angela ficou grávida e veio Lucca. “Ele chegou para me ensinar tudo sobre o amor incondicional. Foi como se tivessem me dito, no momento em que o vi, que a vida toda se resumiria a ele”. Lucca é 56


57


tímido [muito!] e não quis participar da sessão fotográfica que ilustra esta matéria. Mas ficou observando a mãe a uma distância que permitisse acompanhar os movimentos dela e do irmão caçula, Enio. “Quando comentei com o Luca que seria entrevistada para uma matéria e fotografada para um ensaio de mãe e filhos, ele foi logo perguntando se eu ficaria muito chateada se ele não participasse. Ao passo de que, quando perguntei ao Eniozinho se ele gostaria, ele respondeu: ‘mamãe, é meu sonho’”, conta, às gargalhadas. O caçula, Enio, como já notaram, é o oposto do irmão mais velho. Ele não se mostrou tímido em momento algum e quis fazer com a mãe o prato preferido de ambos: macarrão com molho bolonhesa. “É minha comfort food, meu prato favorito. O que eu como até hoje quando sinto saudades dos meus pais, porque a receita do papai era inacreditavelmente deliciosa”, ela revela disfarçando os olhos marejados. “Fiquei surpresa quando Eniozinho me pediu para fazermos essa receita juntos. Não podia haver escolha melhor!”

58


59


ESPAGUETE À BOLONHESA INGREDIENTES DO MOLHO 400 g de carne moída (patinho) • 1 colher (sopa) de óleo de azeite de oliva • 3 colheres (sopa) de manteiga • 1/2 xícara (chá) de cebola picada 2/3 xícara (chá) de cenoura picada • 2/3 xícara (chá) de salsão picado 1 xícara (chá) de vinho tinto • Uma lata de tomate pelado • 1 pitada de sal • 1 pitada de pimenta-do-reino moída na hora. MODO DE PREPARO Numa panela média, junte o óleo, a manteiga e a cebola. Leve ao fogo médio e refogue a cebola, mexendo sempre até que fique transparente. Adicione a cenoura e o salsão picados e refogue por 2 minutos, mexendo sem parar. Acrescente a carne moída e misture com um garfo. Tempere com sal e pimenta-do-reino e refogue, mexendo sempre, até que a carne perca a cor rosada de crua. Adicione o vinho e deixe cozinhar até secar. Baixe o fogo, junte os tomates sem pele (com o líquido da lata) e deixe cozinhar por 3 horas, com a panela tampada, mexendo de vez em quando. O fogo deve estar baixíssimo, caso contrário, o molho irá grudar no fundo da panela. Se começar a secar, acrescente 1/2 xícara (chá) de água quente. INGREDIENTES PARA A MASSA 500 g de macarrão tipo espaguete • 4 litros de água • 2 colheres (sopa) de sal • 6 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado. MODO DE PREPARO Numa panela grande, coloque 4 litros de água e 2 colheres (sopa) de sal. Leve ao fogo alto. Quando a água ferver, acrescente o macarrão e cozinhe conforme as instruções da embalagem. Escorra a água. Transfira o macarrão para uma travessa, cubra com o molho e o queijo parmesão ralado. Sirva imediatamente. 60



#f@q

Posso pagar com Bitcoin? por Madelaine Pryor

Rápidos e sem intermediários: como os bitcoins estão mudando nossa maneira de lidar com dinheiro

Q

uando fazemos um pagamento com uma nota de 50 Reais, estamos fazendo um pagamento

que é rápido, barato e que não requer intermediários. Rápido porque o tempo para a transação ser finalizada

é o tempo de entregar a cédula ao vendedor. Barato porque não há taxas nesta transação; e sem intermediários porque não é necessário que nenhuma outra empresa participe desse processo, nem do lado do comprador, nem do lado do vendedor. Nas formas de pagamentos eletrônicos, há uma grande mudança no relacionamento entre compradores e vendedores. Se pegarmos como exemplo um pagamento com boleto, este deixa de ser rápido, pois, além do comprador ter que se dirigir ao banco para fazer o pagamento, o vendedor só receberá o dinheiro alguns dias depois. Esse pagamento também tem um custo maior, dado que, além do custo do boleto, o vendedor precisa ter uma conta bancária e o comprador, às vezes, tem de se deslocar para pagá-lo. Finalmente, sempre há o banco intermediando a transação e, às vezes, outras empresas como o Paypal, por exemplo. Entender o Bitcoin é simples: ele é uma tecnologia digital que permite reproduzir em pagamentos eletrô62


nicos a eficiência dos pagamentos com cédulas descritas acima. Pagamentos com bitcoins são rápidos, baratos e sem intermediários. Além disso, eles podem ser feitos para qualquer pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite mínimo ou máximo de valor. A tecnologia vem ganhando muitos adeptos mundialmente. Recentemente, Bill Gates em uma entrevista ao canal de negócios TV Bloomberg disse que “o Bitcoin é excitante porque é barato”. Hoje é possível fazer doações em bitcoins para instituições globais como Greenpeace ou Wikipedia, ou comprar passagens aéreas na Expedia, ou dar entrada para um apartamento na Tecnica, tudo usando bitcoins. Acreditamos que ele seja uma das tecnologias mais relevantes sendo desenvolvidas na internet hoje. E está apenas no começo.

63


PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS #debobeira

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

0HJDLQYHVWLGRU WLGR FRPR ILQDQFLDGRU 5HYROX GR VLWH FLRQiULRV $YDD] RUJ

5HGHV GH WUDQVSRU 6mR LPL WH FRPR D 7LHWr WDGDV SHODV 3DUDQi 5HFHR VRV SUHRFXSDGRV ELMXWHULDV

7UDEDOKR LPSRVWR H SHVDGR S H[W

8PD GDV SUHSRVL o}HV HV VHQFLDLV

*tULD WtSLFD GR PLQHLUR &RQGLomR GH HVWDELOLGDGH ILQDQ FHLUD H HTXLOtEULR SROtWLFR TXH IDYRUHFH R H[HUFtFLR GR SRGHU " )DPt OLD IXJLX SDUD R ( JLWR %tE

)RUPD GHILQL WLYD GRV LQVHWRV 3RQWR " ]RQD HUyJHQD IHPLQLQD

2 VpFXOR TXH LQLFLD D ,GDGH 0pGLD

5HTXLVLWR SDUD VH JDQKDU QD ORWHULD 9HtFXOR Dp UHR UHPR WDPHQWH SLORWDGR

9DQHVVD *HUEHOOL DWUL] SDXOLVWD

'LYLVmR GH FpOXODV UHSURGX WLYDV &ULWLFDGD FRP GHERFKH ÐVPLR VtPEROR

/HWUD GR LQILQLWLYR

/RFDO GR IODS QD WUDVHLUD GR ) $PDUJR SRS

$UDQKD DPD]{QLFD 7HPSHUR PDULQKR &RQWUDomR GH D D

$FHLWH JtULD

(VWUR SRp WLFR ILJ

,OKD DEUHY

0RQJH EXGLVWD

)XUQD (VW~GLR GH ILO PDJHP

%URDG FDVWLQJ QD VLJOD $%& 79

7ULVWH HP LQJOrV )LOPH GH .XURVDZD

(TXLYDOH D GH] OLWURV VtPEROR

$XWRULGDGH VXSUHPD GR $EVR OXWLVPR

0RGHOR GH FDUUR FULDGR SRU )RUG

&HQiULR FRPXP GD YLROrQFLD FRQMXJDO

3/sad. 4/lira — palm — toca. 7/corveia. 12/peripatética.

BANCO

8P GRV VLQDLV GD LQIOD PDomR

3RYRDomR GH SHTXH QR SRUWH &RU PDWL]

)UDXGX OHQWDV 5HVSRV WD GR DQXHQWH "

$OKHLD jV %HDFK IDFo}HV FRQGDGR SROtWLFDV GD )OyULGD

$TXLOR TXH DSUH VHQWD GRLV DVSHFWRV

(VFROD ILORVyILFD GH $ULV WyWHOHV 3DUDtVR ILJ

6mR H VDOYR

35

Solução + $ * , 7 ( ' & 2 5 9 ' 5 2 1 * 9 0 ( , 2 6 $ 7 2 6 5 7 ' 2 / 2 6 , 0 5 $ 3 $ 5 $/ ( $ 0 % ,

( , ( 1 3 6 ( , 5 9 , 2 3 6 $ 7 6 (7 7 , & 9 $

- 7 $ ' 2 5( 6 35 , 0 $ * $ * 6 2 5 7 ' $ ( ' ( , = $ ' / $ ( ( $ 0 6 6 $ 2 & $ 6$ 5 ' $ 5 , $ 6 $ / ( 1 7

* 2 9 ( 5 1 $ % , / , ' $ ' (

64


Saudavelmente gostoso. Gostosamente saudรกvel. (sem sair de casa)

91 3038.3745 | 91 98355.6506 | deliverysalud@gmail.com @salud_gourmet

Salud Gourmet


Da ry

#retratosecanções

an

Do

es rnell

“Uma amiga querida! Meu sentimento ao fotografar Bebel é exatamente esse: prazer em registrar alguém por quem tenho uma enorme admiração. Bebel fica imbatível sorrindo!”

66

Daryan Dornelles é fotógrafo, carioca, amante de vinis e de cliques memoráveis. A cada edição da Up Belém, ocupará este espaço para contar histórias sobre suas imagens favoritas. www.daryandornelles.com


capa - UP 002.indd 2

13/05/2015 18:34:40


ano 1 | #2

maio

distribuição gratuita

m é l Be

#Helena Ranaldi Atriz investe em clássico de Ibsen em nova fase

#Circular Projeto devolve a Belém histórica aos cidadãos

#Discosaoleo

Leo Bitar, um militante em favor da boa música

#Bela Recife As dicas culturais da capital pernambucana

capa - UP 002.indd 1

13/05/2015 18:34:39


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.