Up Belém #11 - fevereiro/2016

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ISSN 2446-6328

ano1 | #11

fev 2016

distribuição gratuita

omnia

ém l e B

#RodrigoMocotó Sensibilidade na moderna cozinha tradicional e a reinvenção do próprio negócio

#Pavulagem Ó, abram alas! Lá vêm eles pelas ruas de Belém

#Butão A Felicidade mora aqui e é produto governamental

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#entrevista

#índice

O Arraial do Pavulagem pede passagem para espalhar suas cores por Belém. PG10

#pitada O chef Rodrigo Oliveira não teme desafios e reinventa, sem perder a essência, a tradicional cozinha nordestina. PG24

#partiu Peguem suas mochilas, passaporte e melhor sorriso: estamos indo para o Butão! PG38

#especial

ISSN 2446-6328

Construir ou reformar exige planejamento e integração dos projetos. PG50

ano1 | #11

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ém

distribuição gratuita

Bel

#RodrigoMocotó Sensibilidade na moderna cozinha tradicional e a reinvenção do próprio negócio

#Pavulagem

Capa: Rodrigo Oliveira | divulgação

Ó, abram alas! Lá vêm eles pelas ruas de Belém

#Butão A Felicidade mora aqui e é produto governamental

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#expediente

Up Belém | ano 1 | nº11 | fevereiro de 2016 | distribuição gratuita Criação e realização | Omnia Editora Projeto Gráfico | Omnia Editora Diretora Editorial | Lorena Filgueiras - DRT-PA/MTb 1505 Colaboração | Elvis Rocha - DRT-PA/1712 Colunistas | Alfredo Coelho, Cassius Martins, Dina Batista e Sueid Abou, Joanna Martins e Paulo Bergamini. Revisão: José Rangel - DRT-PA/MTb 696 Comercial | Omnia: 91 98138.7557 | contato@upmagazine.com.br Site | www.upmagazine.com.br Críticas, elogios e sugestões de pauta | revista@upmagazine.com.br Impressão | Gráfica Santa Marta Tiragem | 5.000 exemplares A Revista UP Belém é uma publicação mensal da Omnia Editora. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização. Revistaupbelem 4

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(*) Excepcionalmente nesta edição a coluna #RetratoseCanções não será publicada.

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#editorial

É uma delícia [perdoem o trocadilho logo no começo deste texto] ouvir histórias tão ricas quanto as que o chef Rodrigo Oliveira [ou Rodrigo Mocotó, como ele também gosta) tem para contar. Histórias de família, de reinvenção da própria história e de superação de desafios. Melhor ainda é a generosidade do chef em compartilhar uma das receitas mais pedidas pelos clientes das casas da família Oliveira: os dadinhos de tapioca com queijo coalho. Atravessamos meio mundo e desembarcamos no Butão - a terra da felicidade [sem exageros. Lá, a felicidade é prioridade e produto interno, meta de um governo, que reabriu o país à visitação estrangeira bem recentemente. Logo, planeje-se e entre logo com o pedido, porque sua solicitação terá de ser avaliada. Avaliações também são necessárias quando o assunto é construir a casa dos sonhos. Você sabia que é preciso planejar e integrar todos os projetos que compõem esse plano maior? E, em Belém, fomos ao encontro dos chapéus de fitas coloridas e sons da terra: o Pavulagem passava pelas ruas e seguimos o cortejo! A entrevista está bonita demais de ler, como a revista toda! Vá em frente! Esperamos que você goste!

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#PontosDeDistribuição

• Academias Machida • Barbearia Belém, Rua Antônio Barreto, 939 • Buffalo Steak House - Estação das Docas • Casa do Bacalhau, Rua Diogo Móia, 455 • Churrascaria do Osmar - Rua Diogo Móia, 1069 • Circus Hamburgueria - Rua João Balbi, 35 • Clínica Melo • Colors Nail Boutique - Avenida Almirante Wandenkolk, 1257 • Discos ao Leo | Travessa Campos Sales, 628 • DomNato | BR 316/KM 6,5 • Enoteca Don Vino | Conselheiro Furtado, 1420 • Fox Vídeo • Grand Cru | Braz de Aguiar, 50 • Hotel Atrium Quinta das Pedras - Rua Dr. Assis, 834 • Laboratórios Amaral Costa • Mazza Fresh Italian - Avenida Almirante Wandenkolk, 276 • Melissa | 4º piso do Boulevard Shopping • Metallo, Travessa Rui Barbosa, 582 B • Old School Rock Bar, Avenida Almirante Wandenkolk, 1074 • Princesa Louçã, Avenida Presidente Vargas, 882 • Uniflora Natureza & Saúde Farmácia de Manipulação, Travessa 14 de Março, 1148 • Rede de postos Pará Vip • Restaurante Bistrô do Bispo - Rua Dr. Assis, 834 • Restaurante Cantina do Chef - Rua Jerônimo Pímentel, 201 • Restaurante Famiglia Sicilia | Conselheiro Furtado, 1420 • Restaurante Lá em Casa | Estação das Docas • Restaurante Santa Chicória | Diogo Moia, 1046 • Salud Gourmet (delivery) • Salão Cassius Martins | Rua Bernal do Couto, 119 • SOL Informática | Doca de Souza Franco • Tabacaria Lit | Térreo do Boulevard Shopping • Todeschini | Generalíssimo Deodoro, 719 • Todeschini Umarizal, Avenida Generalíssimo Deodoro, 719 • Top Internacional | Av. Tamandaré, 1013

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#entrevista

Três décadas de história e alegria por Elvis Rocha | fotos Dah Passos

Arraial do Pavulagem, uma instituição a serviço da cultura paraense

S

e a história recente da cultura paraense registrou o nascimento de uma instituição, ela sem dúvida é o Arraial do Pavula-

gem. Criado a partir da reunião de músicos ligados às manifestações tradicionais do cancioneiro local, o grupo, em quase três décadas de história, teve a atuação ampliada à medida em que, ano após ano, conquistava a simpatia do público. Hoje, o Arraial do Pavulagem é um instituto que promove um sem-número de atividades, com sede no centro histórico, reunindo pessoas de diversas faixas etárias e condições sociais em torno de uma “missão”: formar “cidadãos culturais” dispostos a valorizar as manifestações artísticas de diversos rincões do estado. A julgar pela popularidade conquistada, os resultados são os melhores possíveis. Que o digam os três arrastões promovidos pelo Instituto/Conjunto durante o ano. O Cordão do Peixe-Boi, o Arrastão do Pavulagem e o Arrastão do Círio, realizados em momentos-chave da temporada, são responsáveis pela reunião de milhares de brincantes nas ruas do centro da capital: um rio de gente cantando e batucando toadas com sotaque bragantino-marajoara-belenense. Com um DVD recém-lançado em 2015 (“Céu de Camboinha”), o Arraial começa 2016 com mais um projeto na agulha. Bancado pelo Natura Musical, está previsto para junho o lançamento de um livro com composições do conjunto cifradas, mais uma maneira de perpetuar o legado do Instituto. Nesta entrevista, Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial, fala da história e esboça um painel

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do futuro. Confira.


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Lá se vão quase três décadas de Arraial do Pavulagem. Como nasceu a ideia e como vocês foram construindo o conceito que norteia o trabalho de vocês ao longo desses anos? As coisas aconteceram casualmente, aos poucos. Não existia uma fórmula e tampouco outras experiências para nos referenciarmos, então, as coisas foram sendo feitas instintivamente, num constante processo de aperfeiçoamento. Destacamos aí as decisões de rumos sendo tomadas pelo Ronaldo, pelo Rui Baldez e por mim, sempre em consenso e pautadas por valores humanos como respeito, solidariedade, ética, transparência e acho que isso criou um elo de confiança com o público que íamos formando. Falando sobre a banda, cada um dos integrantes do grupo traz uma gama de influências para a produção musical do Arraial. Além disso, existe um trabalho de pesquisa para a construção do repertório. Poderias falar um pouco sobre como funciona esse processo? Tudo é feito de forma bem natural, em nossa experiência musical destaco dois momentos: o primeiro, de criação, que procuramos fazer sempre com verdade e para isso buscamos vivenciar a música tradicional, interagindo com as manifestações culturais. Já fizemos espécies de imersões com a música da Marujada de Bragança, dos quilombos do Baixo Tocantins, com o povo do Marajó, etc., que nos trouxeram conhecimentos que resultaram em composições muito próximas dessa realidade da música de raiz. E o segundo momento que é o de arranjar e dar forma para essas composições. Este momento também é muito rico, porque há uma participação dos músicos que compõem a banda sob a minha direção musical. Nos arranjos procuramos fazer a aproximação entre os instrumentos da tradição (percussão) e instrumentos contemporâneos (guitarra, contrabaixo, etc.) que resultam no som que identifica o Arraial do Pavulagem. 13


Em 2015 vocês rodaram o Pará com a turnê “Céu da Camboinha”, baseada principalmente no disco e DVD de mesmo nome (lançados em 2013 e 2014 respectivamente, que conta a história do Arraial do Pavulagem. Qual a simbologia do nome escolhido para batizar o projeto? Céu da Camboinha é o nome de uma das músicas do disco que lançamos e, quando fechamos o repertório percebemos que em várias músicas falávamos de lugares e, em todos esses lugares há coisas comuns, e a viagem foi com o céu, sempre estrelado nos lugares mais distantes e de pouca urbanidade, como é o da vila de Camboinha, situada na ilha de Maiandeua, no litoral paraense. Os arrastões já se tornaram uma tradição, mas em 2015 vocês tiveram algumas dificuldades para levar os cortejos para a rua. Quais foram os problemas enfrentados e como vocês os resolveram? As dificuldades sempre são desafiadoras, afinal, o que programamos sempre é superado pelo número de público crescente a cada ano. É um evento gratuito em todas as etapas. Nós que coordenamos as atividades só somos remunerados quando há patrocínio integral, mas, todas as pessoas que prestam serviços (músicos em geral, instrutores, equipe técnica) são remuneradas e a logística (palco, som, banheiros, transportes em geral, etc.) contratada. Então, quando os investimentos em cultura são reduzidos sofremos também na mesma proporção. Neste ano tudo foi muito difícil e mal conseguimos completar o valor mínimo necessário para os serviços citados. Esses números necessários foram complementados pela campanha de financiamento coletivo que deu visibilidade para as nossas dificuldades e chamou atenção da sociedade sobre os efeitos 14


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Arte da capa do DVD

da crise nos segmentos culturais. O apoio do público chegou com patrocínios individuais, em diversos valores, de R$ 20 a R$ 1 mil. Essa projeção sobre a possibilidade do Arrastão deixar de sair na rua por dificuldades econômicas nos ajudou, no Arrastão do Círio, por exemplo, a captar recursos com a Estácio, da unidade Belém. Vocês possuem um instituto que mantém uma programação durante o ano inteiro, com oficinas, apresentações etc. Quantas pessoas hoje estão envolvidas nessas atividades e como o instituto mantém sua estrutura? As atividades são desenvolvidas por umas 30 pessoas. Os custos de manutenção básica (água, luz, etc.) são bancados tanto por recursos dos projetos captados quanto por apresentações de dois grupos pertencentes ao Instituto: Roda Cantada e Batalhão da Estrela. A Roda é formada por percussionistas que se aprimoraram em diversos instrumentos, como banjo, alfaia, maracas, onças, cocos, caxixis e cujas habilidades são apresentadas em canções na concentração dos cortejos do Arraial do Pavulagem. Da proposta inicial de aquecer o público para cantar e dançar, a Roda Cantada se transformou em um laboratório de experimentação, pesquisa e estudo pelo universo rítmico da cultura popular da região amazônica. Já o Batalhão da Estrela é o coletivo de brincantes que ajuda na construção dos cortejos e conduz a brincadeira quando o brinquedo sai nas ruas.

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Os shows da banda, os arrastões e as atividades do instituto são um sucesso de público e já viraram uma espécie de cartão-postal da cultura paraense. Na tua opinião, o que faz o Arraial do Pavulagem ser tão popular? Acho que formar “cidadãos culturais”, por meio das nossas atividades, e trabalhar incansavelmente com a valorização do que é nosso, paraense, com os valores humanos positivos, criando uma plateia para o que fazemos, e ativa na construção coletiva que é o Arraial do Pavulagem. Acho que criamos uma relação genuína de afeto com o público, que cresceu junto com a gente e se identifica com o trabalho que desenvolvemos ao longo desses quase 30 anos. São muitos anos de atividade. Poderias destacar os momentos mais marcantes da trajetória do Arraial do Pavulagem até aqui? Não sei falar disso. Muitos momentos importantes foram vividos. Como manifestação cultural destaco a formação de brincantes, que nos deu consistência para ocuparmos as ruas (isso se deu há uns 20 anos, quando o arrastão já não cabia mais na Praça da República). Como grupo musical destaco duas grandes turnês feitas por meio do SESC, que nos levaram para mais de 100 cidades brasileiras. Recentemente vocês foram contemplados no edital Natura Musical para a edição de um livro com canções da banda. Como será esse projeto e qual a previsão de lançamento? Fomos contemplados em uma plataforma de projetos voltados para formação de legado da música brasileira feita na Amazônia. É como um reconhecimento do que fazemos em prol da cultura da nossa região. O projeto resultará em um livro contendo nossas composições, com cifras, melodia e ritmo, de forma que qualquer pessoa que pratique um instrumento musical possa tocar e cantar. A previsão é lançá-lo em junho de 2016.

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#FicaDica

A Up Belém avisa: há programas para todos os gostos [e bolsos] rolando de Norte a Sul do país! Confira alguns que selecionamos para vocês:

Lionel Richie O cantor e compositor norte-americano Lionel Richie faz show em Curitiba no dia 6 de março, no Teatro Positivo (Grande Auditório); no Rio de Janeiro no dia 8, na HSBC Arena; e em São Paulo no dia 9, no Ginásio do Ibirapuera. O Ex-membro da banda The Commodores traz ao país hits como “Endless Love”, “Hello”, “Easy”, “Stuck On You”, “Say You, Say Me”, “Lady”, “Do It To Me”, “My Love” e “All Night Long”. Prepare o bolso, porque há preços para todos!

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Foto Paula Sampaio

Lollapalooza Brasil O Lollapalooza acontece no Autódromo de Interlagos nos dias 12 e 13 de março de 2016 e trará como headliners Eminem, Florence + the Machine, o duo Jack Ü (composto por Skrillex e Diplo) e Mumford & Sons. O Lolla ainda terá shows de Snoop Dogg, Noel Gallagher’s High Flying Birds,Tame Impala e Alabama Shakes.

Miguel Chikaoka “Travessias” é o título da nova exposição individual do fotógrafo e educador Miguel Chikaoka, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. A mostra poderá ser visitada até o dia 1º de abril, de terça a sexta, das 10h às 15h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 13h. (*) A programação apresentada neste espaço foi fornecida pelos próprios autores e pode ser alterada a qualquer momento sem aviso prévio. Consulte site e/ou telefones de informação antes.

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Jo an

#colherada

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Ma

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O desafio de fazer o maior festival gastronômico da Amazônia 2016 chegou e, com ele, o recomeço de um processo anual, árduo, estratégico, que consome a maior parte do meu tempo, pensamento e coração, mas que é, acima de tudo, delicioso e que faz parte da minha vida há 6 anos: o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense! Quem participa do festival como consumidor, talvez não tenha ideia de quanto tempo e esforço são necessários pra fazer um projeto deste acontecer. Tudo começa pela avaliação do evento do ano anterior, para identificar o que deu certo e trabalhar o que pode ser melhorado, e assim, definindo melhor as novidades e o cronograma para a próxima edição. Depois disso, vem a difícil tarefa de captar recursos (dindim) para pagar todas as contas. Nesse quesito, ter o apoio da SETUR (Governo do Estado) que está conosco desde a época em que ainda era Paratur e que era o Paulo Martins, meu pai, o responsável pelo projeto e, mais recentemente, da Belemtur (Prefeitura de Belém) é um grande conforto, ao mesmo tempo 22

e a sensação de que o poder público cumpre com seu papel de apoiar um projeto que traz desenvolvimento ao Estado/Cidade, por meio do Turismo e do incentivo a toda a cadeia produtiva da gastronomia. Mas o martírio do recurso, não para por aí: é preciso correr atrás de empresas/entidades dos mais variados ramos de atuação, que têm interesse comercial no projeto ou que percebam o seu valor institucional. Longo caminho. A partir daí, começamos a procurar profissionais e empresas no mercado local, que possam se unir à equipe do Instituto Paulo Martins para nos ajudar a executar este grande projeto. E neste processo, acabamos formando muitas pessoas e/ou apresentando um mundo novo para muitas empresas, pois apesar de termos muitos profissionais competentes na área de produção e gastronomia, poucos são aqueles que têm experiência na produção gastronômica e, assim, precisamos de uma equipe dedicada e disposta a aprender com a prática, equilibrando orçamento, resolvendo imprevistos, chorando

Joanna Martins é publicitária, organizadora e curadora do festival Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, diretora do Instituto Paulo Martins e proprietária da Manioca.


preço, suplicando por receita de chef, fazendo tour por supermercados e feiras e correndo muito para que tudo fique pronto na hora certa, para que você consumidor se delicie com cada evento do festival. Passada mais esta etapa, partimos pra curadoria. Uma fase de muito estudo e pesquisa, além de muitos contatos com pessoas que fazem a gastronomia em todo o Brasil, para encontrar nomes de cozinheiros, novos ou experientes, que possam vir a somar com todo esse processo, afinal, pra ser convidado o chef tem que estar em sintonia com o nosso objetivo, de desenvolver e divulgar a nossa rica cultura gastronômica, disposto a colaborar (pois eles não ganham nenhum tostão pra vir pra cá) e acima de tudo, ter muita curiosidade sobre as coisas da nossa terra. E aí, é preciso conhecer bem o perfil de cada convidado para ver se é adequado a cada tipo de evento que compõe o festival. Ufa!

E assim o tempo vai passando, começamos a divulgar cada um dos eventos e dos participantes, sobre a forma de participar, dialogando com pessoas de todos os níveis de conhecimento, envolvimento e bolso. Um diálogo complexo e desafiante, para que possamos a cada ano envolver mais pessoas nessa paixão, que é a gastronomia paraense, seja o paraense que passa a conhecer e se orgulhar mais do que é seu, seja o turista que vem descobrir e se encantar com nossas coisas. Enfim, tarefa trabalhosa, mas extremamente gratificante e recompensadora, para a alma e para o coração. Te esperamos no Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense 2016, que este ano vai passar de 1º a 29 de maio. Quer saber mais, acessa o site: www.veropesodacozinhaparaense.com.br ou segue a gente no face: VeroPesodaCozinhaParaense. Nos vemos lá!

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#pitada

Mocotó nos genes por Lorena Filgueiras | fotos divulgação

O nome é Rodrigo Oliveira, mas podem chamá-lo de Rodrigo Mocotó. A sustância no nome meio que já apresenta e diz muito sobre um dos cozinheiros mais criativos de sua geração. Cozinheiro e não chef, que fique bem claro.

O

paulistano de nascimento, com pés, coração e raízes familiares firmemente fincadas no sertão brasileiro, se define “per-

nambucano de coração”. Tamanha paixão e respeito pelo Nordeste foi transmitida pelo pai de Rodrigo, seu José de Almeida Oliveira, que nasceu em um pequeno vilarejo pernambucano e chegou a São Paulo em um pau de arara. E foi seu Zé Almeida quem reproduziu e começou a vender uma receita de um caldo sustância de mocotó, que rapidamente virou um sucesso de público e vendas. O jovem Rodrigo acompanhava o pai no armazém da família e estava sempre por perto: lavou banheiros, louça... o pai queria desencorajá-lo a ficar no restaurante, porque queria um filho dou-

tor, mas o mocotó já estava pulsando na veia e dele não deu para fugir. Responsável pela modernização [sem perder as origens] do restaurante, Rodrigo conseguiu uma folguinha na cozinha para atender a Up Belém. Generoso como poucos, respondeu tudo e ainda compartilhou uma de suas receitas de maior sucesso conosco: os dadinhos de tapioca com queijo coalho!

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Diz-se que “em time que se ganha, não se mexe” e ousadamente foste lá e mexeste (no velho restaurante do teu pai). O que te fez decidir por um movimento tão arriscado? Achavas que seria uma decisão acertada? Olha, quando eu fiz o que fiz no Mocotó, eu tinha muita segurança de uma coisa: não tinha a mínima ideia de onde isso ia dar!.. (risos). Mas falando sério, tem um pensamento que diz que nada é permanente, exceto a mudança, acho que de Heráclito. O que eu fiz, junto com alguns “cúmplices”, gente que comprava as brigas junto comigo, foi ir mudando aos poucos e gradativamente alguns processos, melhorando coisas que davam certo mas que poderiam ser aperfeiçoadas, sabe… no fundo, acho que o que eu queria mesmo era a aprovação do meu pai. Eu só não sabia que isso ia dar tanto trabalho. Mas faria tudo de novo. Aqui no Mocotó nós temos um lema que é fazer melhor hoje o nosso melhor de ontem. Até bem recentemente buscavam-se releituras e novas propostas gastronômicas. A tal “gourmetização”, me parece, tem cansado as pessoas (tanto críticos quanto consumidores comuns). Como vês essa tendência ao “toque gourmet”? Desgourmetizar é democratizar? Quando o requinte gastronômico é bem-vindo? O crescente espaço que a gastronomia tem no cotidiano das pessoas traz benefícios e confusões, como é de se esperar. Empresas, restaurantes e profissionais abusam do adjetivo “gourmet”, aplicando-o indiscriminadamente a torto e a direito. Mais ou menos como aconteceu com o conceito “light” tempos atrás, não? Assim, eu penso que, de modo sério, bem aplicado, o conceito que está por trás desta palavra deve ser um sinal de mais, de acréscimo de valor. O problema, como sempre está no uso indiscriminado e desinformado da ideia. Prefiro pensar que “gourmet” deveria ser tudo o que é bom, natural, integral, bem feito, sustentável e justo. O que não for, é apenas apropriação indébita do conceito.

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Pegando carona no assunto, vejo que hoje todo mundo quer ser chef de cozinha (exageros à parte). Qual o conselho que compartilharias com alguém que pensa em seguir esse caminho? Estudar. Ler, pesquisar, viver o quanto possível o universo de uma cozinha profissional. Preferencialmente trabalhar em uma, começando, como todos nós aqui nos nossos restaurantes, pela pia, pelos postos mais árduos, para se ter certeza de que isso seja mesmo uma vocação e não apenas um desejo momentâneo. Se ao deixar uma cozinha por volta da meia-noite, exausto, e a cozinha não sair de você, então você está no caminho certo. Já vieste a Belém e... Qual ingrediente te marcou aqui? Por quê? Sim, tive o prazer de conhecer “a cidade das mangueiras”, participar de alguns momentos únicos, como o Círio de Nazaré, com minha esposa Ligia. As frutas que se encontram no Ver-O-Peso são um dos maiores tesouros de lá. Dentre as muitas surpresas, o açaí que se come lá é muito especial, bastante diferente do que se tem aqui no Sudeste. Existe algo que não comas, Rodrigo? Se sim, o que é? Ainda não descobri, mas estou à procura!...

E... mudando completamente de assunto, eu preciso perguntar: como lidas com o assédio feminino? Olha, as pessoas normalmente têm uma visão romantizada desta questão, o que acho normal, mas a gente trabalha tanto, tem uma rotina tão extenuante, tantos assuntos na cabeça que fica difícil “pensar besteira” como diz meu pai, seu Zé Almeida!... Mas, eu entendo que a nossa atividade, preparar e servir alimento às pessoas

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é uma coisa que nos aproxima demais, é uma das mais ancestrais manifestações de carinho que se pode imaginar. E, naturalmente, a gente recebe esse carinho de volta, e isso de todo tipo de pessoa. E depois, não custa lembrar que tenho quatro mulheres em casa, a Ligia e as três meninas, sempre atentas!... (risos) Em tempos economicamente complicados, como driblar a crise no setor? Este é um desafio diário em nossas casas. Temos revisto processos, produtos; pensado em cada detalhe para produzir o mínimo impacto em quem é mais caro para nós: as pessoas que vêm até nossas casas em busca de uma experiência memorável a um preço justo. Isso é um mantra para nós, não podemos abandonar o caminho que nos trouxe até aqui. E, isso é um desafio permanente. Mas devo dizer que, com a compreensão de nosso pessoal, a colaboração de nossos parceiros e certas renúncias pessoais, temos conseguido manter nossas bases. Quais teus planos para o futuro? Como esperas estar daqui a 15, 20 anos? A essa pergunta, tenho uma resposta: cozinhando! Espero ter cada vez mais tempo para fazer o que os compromissos mais nos afastam, que é nosso ambiente de trabalho, de experimentação e produção de nossas inquietações. O nosso vasto sertão tem uma miríade de produtos, sabores e possibilidades a nos oferecer. Quero envelhecer conversando com o meu chão, ouvindo o que ele tem a nos dizer. 30


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#pitada/receita

Dadinho de Tapioca com Queijo de Coalho Rende 8 porções

Ingredientes • Tapioca granulada 250g • Queijo de Coalho 250g • Leite quente 500ml • Sal 8g (pode variar de acordo com o sal do queijo) • Pimenta branca 1 pitada

Preparo • Misture o queijo ralado e a tapioca e junte ao leite bem quente, mexendo sempre para não formar grumos. Acrescente os temperos e continue mexendo até a mistura começar a firmar. • Despeje em uma assadeira forrada com plástico (para facilitar o desenformar) e cubra com papel filme. Deixe resfriar em temperatura ambiente e leve à geladeira por pelo menos 3h. • Corte em cubos e frite por imersão a 180ºC até dourar. • Sirva com molho de pimenta (Sweet Chilli Blue Dragon)

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EM TEMPO

Para conhecer mais a hist贸ria do chef e do restaurante: http://www.mocoto.com.br/ 33


Alf re

#medicinarevista

do

elho Co

Vocês estão perdidos? Desde a chegada da internet em nossas casas, e posteriormente as nossas mãos, fomos inundados com um mundo de informação. Mas como toda moeda tem dois lados, este universo de múltiplas possibilidades fez muitos sentirem-se totalmente perdidos. No famoso livro “Aventuras de Alice no País das Maravilhas”, um trecho da conversa entre Alice e o Gato de Cheshire ilustra bem este conflito que vivemos atualmente: “Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?”- perguntou a perdida Alice ao Gato. “Depende bastante de para onde se quer ir”, respondeu o Gato. “Não me importa muito para onde”, disse Alice. “Então não importa que caminho tome”, disse o Gato. “Contanto que eu chegue a algum lugar”, acrescentou Alice. 34

Alfredo Coelho é médico. dr@alfredocoelho.com.br • www.alfredocoelho.com.br

“Oh, isso você certamente vai conseguir”, afirmou o Gato, “desde que ande bastante”. Com as modificações que passamos a acompanhar diariamente em nossas vidas e com este dilúvio de informações (isto sem falar no tempo que cada vez é mais escasso), saber que caminho tomar é a grande dúvida de muitos. São sonhos, projetos, metas e conquistas, que constantemente nos fazem seguir um caminho. E quase sempre (e talvez por praticidade), seguimos o caminho dos outros, da conveniência, da comodidade ou do retorno material, acreditando que nossa felicidade estará em algum lugar nesta jornada. Mas as probabilidades atuais são infinitas e, na mesma proporção, publicações, artigos, livros, sites, redes sociais e, claro, trabalhos científicos que só fazem aumentar as dúvidas a respeito do que viria a ser ‘verdade’. Quem estaria ‘certo’?


Ouvir debates a respeito dos mais variados assuntos também pode não ser o melhor caminho para esclarecer suas dúvidas e, quem sabe, pode até aumentá-las. Isto porque ouviremos partes diferentes defendendo, com embasamento, opiniões diversas. Na realidade quantos de nós conseguem parar para refletir a respeito de ‘aonde queremos chegar’? Como seres humanos, formamos, sim, uma espécie, mas somos únicos, com capacidades que nos permitem chegar ao lugar que quisermos, bastando para tal entendermos nosso propósito e objetivo. Qual a nossa missão - se é que ela existe - nesta vida? O que realmente vale a pela? “Talvez” a mola propulsora da escolha de um caminho que se acredite ‘dar certo’ seria a busca da felicidade! Desde cedo somos ensinados a buscar a felicidade e até lutar por ela, mas, da mesma forma que ‘aprendemos’ que devemos ser felizes, aprendemos

a seguir o caminho dos outros. Quantas vezes paramos para refletir se o caminho que estamos seguindo nos levará onde queremos chegar? Em que ponto desta estrada está a felicidade? O seria a felicidade? De um ponto de vista ‘divino’ (não fazer confusão com o conceito religioso) ‘existir’ é nossa maior felicidade. Fazer parte deste projeto da criação ‘é’ nosso maior presente. E existir é poder estar nesta estrada chamada vida, onde, independente das nossas escolhas, chegaremos a algum lugar. Dentro deste mesmo ponto de vista, ‘criar’ é a nossa maior capacidade. Portanto não tenham medo de experimentar novos caminhos, ideias, projetos ou conquistas, sabendo que a qualquer momento mudanças podem ser feitas, bastando para tal se permitir experimentar aquilo que seja o melhor para você, e não somente seguir um caminho já aberto por outros.

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#QuerSerFashion

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Arrumando a mala para o carnaval! “Ó abre alas que eu quero passar!” Estamos já em ritmo de carnaval e como não somos bobas nem nada, fizemos uma lista dos itens que vão bombar nessa folia e que não podem faltar na sua mala! Confira aí: 1. Biquíni Kiini: depois que Angel apareceu com ele em Verdades Secretas, ele vem se mantendo firme e forte como o biquíni do verão. Tem uma pegada artesanal, dando um visual boho chique.

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2. Blusa ombro a ombro: a peça é tendência e pode ter certeza que ainda vamos ver muitas na coleção de verão. 3. Choker: esse acessório também faz o maior sucesso nas telinhas, com a personagem Atena. Existem vários modelos de gargantilhas, desde as metalizadas até as mais simples, como uma fitinha de camurça. É um acessório versátil, pode apostar!

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Boa folia para todos! Mais informações: www.querserfashion.com

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Dina Batista e Sueid Abou são autoras do Quer Ser Fashion, blog de moda, beleza, maquiagens e experiências. Adoram novidades e acreditam que, para ter estilo, é necessário, sobretudo, ter atitude. www.querserfashion.com | @dina_batista @sueidabou



#partiu

Vamos para a terra da felicidade? Texto da redação | fotos divulgação

Assim reza a sabedoria popular: “Louco é quem rasga dinheiro”. Eu já ouvi e você, leitor, certamente também. O fato é que quando o assunto em pauta é o Butão, a afirmação precisa ser revista. Afinal, quem rasga dinheiro é doido ou é butanês?

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ais acolhedor, impossível: à medida em que avançamos pelas ruas simples de Thimpu, a capital do Butão, todas as pessoas

com as quais cruzamos têm um sorriso estampado no rosto. São pessoas gentis e acolhedoras e estão, sem exceção, sorrindo. Você que folheia a Up Belém neste momento tem até o direito de duvidar ou de pensar que é um exagero. Sentimos muito (que nada!) em decepcioná-los: se há um lugar onde mora a felicidade, este lugar é o Butão, cuja história começa no longínquo século VII, quando um rei tibetano (Songtsen Gampo) edificou os primeiros templos budis-

tas nos vales de Paro e de Bumthang. Aliás, essa é uma característica muito marcante do país: o número impressionante de templos budistas nos quatro cantos. Localizado no sul da Ásia, no extremo leste dos Himalaias, Butão, na língua local, significa “reino do dragão”. Mas bem que podia significar “a felicidade mora aqui” ;) Explico para vocês: a felicidade é um produto interno, uma política de estado levada muito a sério. No Butão, a prioridade é que seus habitantes estejam (e, principalmente, sejam) felizes. A paisagem 38


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foto Arian Zwegers

é de tirar o fôlego (literalmente) e a altitude pode deixar o turista um pouco zonzo, mas logo passa. As árvores são enfeitadas e os jardins, bem cuidados. Os rios são pequenos e enfeitam o cenário. E há muitos templos budistas – o Budismo vajrayana é a religião oficial do país, que tem população predominantemente budista. Tantos atributos, por si, já seriam motivos suficientes para que o Butão fosse um dos países mais visitados no mundo,

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certo? Errado! E é justamente aí que ele se diferencia, já que o país tem uma política protecionista e limita (você não leu errado: li-mi-ta) a quantidade de turistas. Para você ter uma ideia, anualmente, em média, apenas 15 mil autorizações são concedidas (compare com os milhões que festejam a chegada do ano-novo em Copacabana, no Rio de Janeiro, por exemplo). E sabe o porquê? Para não prejudicar o equilíbrio e não interferir na qualidade de vida de seus habitantes. Ou seja, o governo butanês praticamente rasga o dinheiro que poderia entrar. Loucura? De jeito algum! Preservação da Felicidade!

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43 foto Arian Zwegers


Ca ss

Ma

rtins

#look

s iu

A ordem é mudar! Corte Muitas vezes mudar o visual é uma tortura para quem tem alguma dúvida. Neste caso um trabalho de pesquisa ajuda muito: procure seu visagista e deixe que ele informe seu formato de rosto e passe para a interpretação. Vale a pena você levar fotos de sua preferência, converse muito com o profissional, fale sobre você e sobre seu dia a dia. Muitos fatores devem ser levados em consideração! Tais como: • • • • •

Tipo físico Temperamento Profissão Clima Etc...

É importante informar o tempo que você dispõe diariamente para estilizar o cabelo, porque em alguns casos o uso de finalizadores é fundamental. Um novo corte pode te transformar e agradar, mas manter o estilo diariamente, às vezes, é trabalhoso, então uma boa conversa, antes de mudar, é fundamental para você não levar um susto na primeira lavagem depois do corte.

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Eis algumas fotos de estilos que ainda vão ser vistos nas ruas durante 2016. O “Bob” sem dúvida é uma aposta – existem várias possibilidades para esse estilo e suas múltiplas adaptações, ele é democrático, tanto para os lisos, quanto para os cacheados. Pode ser todo reto, pode ter textura; as pontas sólidas ou desfiadas. Ele serve para todos os tipos de rostos ou cabelos e encaixa perfeitamente ao dia a dia. Escolha a altura certa para sua estrutura óssea. Outro campeão de pedidos são os cortes com camadas. Quando alguém me pede movimento e leveza a melhor técnica é essa. Tantos nos compridos, médios ou curtos. Sempre cai bem se for feito na medida certa. Franjas A melhor maneira de mudar completamente o visual! Podem ser retas, sólidas, em “U”, na diagonal – tanto faz! Na prática, todas as mulheres podem usar franja, basta adequar ao seu tipo de rosto e cabelos. Undercut Ousadia, tanto para os homens quanto para mulheres, esse corte vai

Cassius Martins é cabeleireiro, paulistano de nascimento e paraense de coração. www.cassiusmartins.com.br


Franja

Undercut

Inclinação moderna camadas

bob

aparecer muito em 2016 em todas as suas variações! Curtos Corte para liberar a nuca. Cada vez mais vejo mulheres optando pela praticidade dos cortes curtos e se você pensa que não pode usar, está enganada, porque para cada formato de rosto, existe um curto adequado. Ouse! Modernidade Em todos os tamanhos e tipos de cabelo o detalhe do momento é inclinação projetada para a frente. Isso vai transformar qualquer corte em um

curto

visual moderno. Dica Desapegue das pontas feias e ralas. Vejo mulheres lindas usando cabelos sofridos, apenas para preservar o comprimento. Isso passa a ideia de que você está presa a alguma coisa que não define sua personalidade. A maioria nunca enxerga os cabelos de costas. Então pegue um espelho e se olhe por traz e veja como pode melhorar. Liberte-se e mostre que cabelos embelezam e o comprimento nesse caso é o menos importante.

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#vitrine

Saímos por aí à procura do que faz nossa felicidade: produtos originais e delícias para alterar o humor para melhor ;) Confira nossa seleção:

Da vitrola para a xícara de chá! O Yellow Submarine virou um infusor de chá, o Tea Sub. Basta colocar a erva dentro do submarino, mergulhar na água quente e esperar o chá ficar pronto! Onde: Amazon.com

Aviãozinho terá outro significado Com o Airfork One, aquele velho aviãozinho imaginário será de verdade! Irresistível para as crianças que precisam de estímulo para comer [e mesmo para os que não precisam!] Da Fred & Friends. Onde: www.fredandfriends.com/

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Dedos ou garfos? Ou os dois? A gente ficou completamente apaixonados com a proposta do Finger Forks [é, na verdade, a gente não ia ficar sem um garfo pra gente =p]: transformar os dedos em garfos. Acabou drama para comer na rua! Onde: thisiswhyimbroke.com

Velho era o seu avô! Confessa pra gente: você teve aquele walkman amarelo com botões irados azuis! [nós tivemos rsrsrs] Vibramos com o USB Cassette MP3 Player! Um MP3 player com entrada para cartões SD especialmente desenvolvido para fazer uma boa figura... moderna! Ele tem as mesmas dimensões que uma fita cassete antiga comum. Onde [pelo amor]: usb.brando.com

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Pa ulo

mini rga

#autos

Be

Jaguar XE A centenária marca inglesa Jaguar, após muitos anos à deriva, parece ter encontrado seu “porto seguro” nas mãos da indiana Tata. Caso você não saiba, a Jaguar, bem como sua conterrânea Land Rover, foram adquiridas pela Tata, em 2008 e, desde então, ambas estão reencontrando seu rumo, mantendo suas áreas de design e engenharia na Inglaterra, mas com volumosos recursos financeiros provenientes da Índia. No caso da Jaguar, após o sucesso de público e crítica do enorme XJ e do grande XF, veio o esportivo F-Type, todos já comercializados no Brasil há algum tempo e agora chega o médio XE, feito sob medida para encarar os best-sellers alemães BMW série 3, Mercedes Classe C e Audi A4. Só isso... O design segue a receita de sucesso já apresentada pelos irmãos maiores XF e XJ, porém atualizado para os nossos dias. Faróis dianteiros afilados (olhar de felino), grade dianteira proeminente, capô dianteiro longo e traseira curta, também com lanternas

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afiladas, linha de cintura alta com janelas estreitas e grande inclinação tanto do para-brisas quanto do vidro traseiro, compõem um design ao mesmo tempo moderno, harmonioso e agressivo. Bem ao estilo Jaguar. Este perfil baixo e afilado da carroceria, por um lado contribui com o estilo e com a aerodinâmica mas por outro compromete um pouco o espaço interno, principalmente na traseira, que acaba sendo um pouco menor que o da BMW Série 3 e do novo Audi A4, mas nada que comprometa o conjunto do carro. Por falar em aerodinâmica, o XE é o Jaguar com o melhor resultado neste quesito já produzido pela marca. Internamente, acabamento caprichado com materiais de primeira qualidade, na melhor tradição britânica. Couro nos bancos, volante, painéis das portas e revestimento do console e painel fazem parte dos itens de série do XE. Volante pequeno, com os principais controles agrupados nele e instrumentos analógicos e digitais configuráveis também estão disponíveis, além da tela

Paulo Bergamini é economista e apaixonado por carros desde os sete anos.


central de 8 polegadas que controla o sistema de entretenimento e navegação. Na mecânica, o Jaguar XE terá basicamente duas opções no Brasil: um 4 cilindros 2.0 turbo com 240cv e um V6 3.0 de 340cv, ambos acoplados a uma caixa de câmbio automática de 8 marchas. Com estes motores, o XE é capaz de acelerar de 0 a 100 em 6,5s no 2.0 e em 4,9s na versão V6. Além disso, baixos níveis de consumo e emissão de poluentes são assegurados pela injeção direta de combustível, adequando-se às normas vigentes na Europa e EUA. Tudo isso, falado até agora, são informações e dados frios ou teóricos. Na prática, o novo XE encara sem nenhum receio seus principais rivais, já tendo vencido vários testes comparativos promovidos pela imprensa especializada do mundo todo, onde se destacam as qualidades de rodagem do carro, o equilíbrio e a segurança transmitidos

ao motorista e passageiros. É um sedã médio-grande que conseguiu unir a esportividade de uma BMW, o conforto de uma Mercedes e o equilíbrio de um Audi, em uma “embalagem” muito agradável e com mais personalidade que os três rivais alemães. Desnecessário falar que desde a versão inicial estão presentes acabamento em couro, rodas de 17 polegadas, navegador, faróis de xênon e controles eletrônicos de estabilidade e frenagem, entre outros muitos itens, dignos de um Jaguar. Os preços do XE no Brasil, também estão em linha com os concorrentes, iniciando em R$ 172.000,00 na versão Pure 2.0 turbo e indo até pouco mais de R$ 300.000,00 na versão V6 3.0 S. Agora só nos resta esperar pela abertura de uma revenda da Jaguar – Land Rover em Belém, lembrando que São Luís e Manaus já têm...

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#especial

Dos desejos à realização da redação | fotos Dudu Maroja

A casa dos seus sonhos ou um ambiente profissional do jeito que você sempre quis dever ser precedido por muito estudo, planejamento e integração de diversas disciplinas profissionais.

T

odo mundo já ouviu ou tem uma história do gênero para contar: o da construção da casa dos sonhos, que se tornou

um pesadelo. O auxiliar de serviços gerais Alexandre Miranda estava de passagem pela redação da Up Belém, quando ouviu nossa reunião de pauta e, sem cerimônias, interrompeu afirmando que “tem quase 20 anos que a casa dele vive em reforma”. O relato, aparentemente, é mais comum do que se imagina e o Alexandre personifica bem o drama de quem tem o sonho de uma casa própria com seu jeito e sua personalidade. O problema (nem sempre admitido), segundo ele, é que o pedreiro (que virou mestre de obras) era amigo de infância e ele não procurou uma segunda opinião para tocar a reforma da casa. E ao mesmo tempo em que a obra andava dois passos, regredia outros três e, “de repente, era tanto remendo, tanto ajuste... o dinheiro nunca sobrava e larguei de mão”, ele conta. Hoje, ele vive na casa que sempre sonhou – quer dizer, o sonho da casa própria foi realizado. Mas o da casa do jeitinho que sempre quis, vai sendo adiado para “quando tem um dinheirinho extra sobrando”. Aconteceu com o Alexandre e ocorre todos os dias com alguém próximo a você, leitor. Ou melhor, ocorre todos os dias com quase alguém – mas isso não ocorreu com o casal Fernando e Cecília! Decididos a construir sua casa dos sonhos, procuraram ajuda especializada e recorreram a uma empresa espe-

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cializada para conceber um projeto de engenharia e arquitetônico. Ele, médico ortopedista e cirurgião da coluna, relata que viveu uma experiência ruim do gênero muito cedo, ainda na infância. “Minha mãe ganhou de presente um terreno de minha avó para construir uma casa e só até onde me lembro, ela já mexeu na casa uma 5 vezes! Cada vez é uma reforma diferente e chegou a um ponto em que nós tivemos que derrubar a casa inteira. Hoje, só minha mãe mora na casa e foi inadiável: derrubamos a casa para começar do zero: da fundação e alicerces! Eu fui dizendo algumas coisas que eu gostaria que estivessem na nova casa, que ficou pronta, mas que tem muitos vícios de pedreiro, do tipo: porta normal e porta do banheiro minúscula. Ele não atentou que, no futuro, essa pessoa vai usar cadeira de rodas e pela porta minúscula, não passa uma cadeira de rodas. O banheiro pequeno também não comporta uma cadeira de rodas, com um espaço mínimo entre o vaso sanitário e a parede”. A experiência desgastante foi um aprendizado para ele. “Eu sempre quis voltar a morar em casa. Depois de um tempo em São Paulo e já de volta a Belém, eu queria morar em casa e, de preferência, em uma casa que eu não mexesse mais, que me proporcionasse satisfação! Achei melhor procurar alguém, uma empresa que entendesse do assunto e não pensei duas vezes”, conclui. A opinião do Fernando é corroborada pela esposa, a administradora Cecília Sousa. Brinco com ela. “Então você está administrando a obra toda?”. Ela sorri e diz, com uma segurança enorme, que sim. “Minha família tem empresas de materiais de construção, então esse universo é de muita intimidade para mim”, ela revela. “Eu conheço muito do assunto e sou muito metódica. Minha família também sempre construiu e aprendi com os erros deles, principalmente na relutância de contratar alguém especializado. Acaba que o mestre de obras fica responsável pelo projeto. A obra até sai direitinha, mas acaba custando muito caro e demora muito mais 53 53


tempo!”, compara. “Penso que o projeto da obra não é um custo: é um investimento. Faz parte do investimento da obra. Se você o vir como um custo, é difícil compreender que aquilo é primordial; é tão importante quanto a fundação da obra. Sem um projeto você não sabe quanto está gastando exatamente, nem terá um cronograma da obra. Desse planejamento, eu não abro mão”, declara Cecília. Do plano ao seu lar Os engenheiros Alex Ribeiro e Luiz Otávio Ferreira estão à frente de uma empresa especializada em projetos de engenharia e arquitetura. “Além do projeto arquitetônico, o planejamento para a construção de uma residência envolve a elaboração de outros projetos essenciais para as instalações hidráulicas, elétricas, fundações e estrutura, etc., e todos devem ser compatíveis entre si”, indica o engenheiro civil Alex Ribeiro. Mas há outros projetos, alguns de naturezas muito mais específicas, como projeto de automação, luminotécnico, home-theater (áudio e vídeo), água quente, energia solar e assim por diante. “Os projetos são planos detalhados de toda a infraestrutura da edificação, desde a estética até o seu conforto e funcionamento, além de possibilitar um orçamento mais preciso do custo da obra”, explica. Os projetos para construção de uma casa envolvem uma equipe com vários profissionais, de modo que os projetos propiciem uma solução plenamente satisfatória de beleza, conforto e economia. Uma solução completa de projetos de uma casa fornecerá ao proprietário os documentos técnicos, imagens tridimensionais da casa construída, especificação de materiais, orçamento detalhado da obra e o cronograma de execução. Os números relacionados à economia de quem opta por contratar a elaboração de projetos também impressionam. “Fazer um projeto representa, em média, 5% do custo da obra e com ele, a economia global pode chegar a 20%”, enfatiza Luiz Otávio Ferreira, engenheiro eletricista. A economia, para além do investimento, direciona-se ao tempo também! Foram eles os responsáveis pelo fornecimento da solução completa da residência do casal Fernando e Cecília. EM TEMPO

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FGR Arquitetura e Engenharia Dr. Moraes, n. 565, sala 204 - 91 3199.0984 | www.fgr.eng.br


Um projeto Em termos econômicos , um projeto é um plano de investimentos, comprometendo recursos, com o objetivo de alcançar benefícios futuros. O projeto corresponde ao conjunto de informações, de forma organizada e sistemática, permitindo estimar os custos e benefícios de um determinado investimento.

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An dr

#cirurgiaplastica

é

Me

lo

Cirurgia plástica: cuidados básicos Nesta primeira conversa com vocês, quero falar brevemente sobre cuidados básicos antes de cirurgias plásticas. No último ano o Brasil superou os Estados Unidos na liderança de procedimentos. Para um/uma paciente em potencial realizar qualquer cirurgia existem alguns cuidados que devem ser observados. O primeiro passo é procurar por membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que são médicos que passaram pelo treinamento necessário para realizar estes procedimentos. Durante a consulta será avaliada a área a ser tratada e o cirurgião irá sugerir o mais adequado a ser feito para cada caso, assim como orientar

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sobre as possibilidades da cirurgia e eventuais riscos. No passo seguinte serão solicitados exames pré-operatórios (sangue, urina, raio-x de tórax, avaliação cardiológica e anestésica, e outros que possam ser necessários). A cirurgia pode ser realizada em clínicas ou hospitais, dependendo do porte da cirurgia, tempo estimado de duração e condições de saúde do paciente. Importante observar as orientações do pós-operatório, como curativos, drenagem linfática e restrições de atividades e movimentos. Na dúvida, pergunte sempre e tudo! Até nosso próximo encontro!

André Melo é Cirurgião Plástico, membro da Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. E-mail: asmelo19@gmail.com

12/02/2016 13:37:19


omnia


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#debobeira


Exercite o sentimento de ser Machida! A Academia Machida é um dos maiores centros de treinamento e ensino do karatê e das demais artes marciais para todas as idades, sempre buscando desenvolver o equilíbrio perfeito entre corpo e mente, com respeito ao próximo, saúde e bem-estar. Além disso, a Machida conta com uma completa estrutura voltada para a prática de musculação e ginástica.

Matricule-se agora e venha fazer parte da nossa família! Unidade Nazaré Tv. Quintino Bocaiúva, 1657 (91) 3224 6859 www.academiamachida.com /academiamachidaoficial @academiamachida

Unidade Pedreira Av. Pedro Miranda, 956 (91) 3244 7332 | 3254 9352


ISSN 2446-6328

ano1 | #11

fev 2016

distribuição gratuita

omnia

ém l e B

#RodrigoMocotó Sensibilidade na moderna cozinha tradicional e a reinvenção do próprio negócio.

#Pavulagem Ó, abram alas! Lá vêm eles pelas ruas de Belém

#Butão A Felicidade mora aqui é produto governamental


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