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ISSN 2446-6328
R E U Q OMNIA TUDO DI R
ano 1 | #5
agosto 2015
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ressante, útil. Tudo que é inte dade. Tudo que é novi é feita por ra ito A Omnia Ed e amam profissionais qu e se qu e m o que faze iro para te in r po entregam do mundo! aproximar você
#CarlosBertolazzi
limitação. Informação sem em tem qu Conteúdo para conteúdo.
#FamíliaCordeiro Manoel e Felipe: parceria de vida e música
#Portugal
A história, a beleza e as curiosidades do país irmão
azine.com.br revista@upmag ine.com.br www.upmagaz
#Barbas
A história do homem escrita nos pelos do rosto
distribuição gratuita
Hell’s Kitchen brazuca conquista o público
Umarizal
91 3038.3745 | 91 98355.6506 | deliverysalud@gmail.com @salud_gourmet
Salud Gourmet
AO CUBO
omnia
Se for de coração, seu pai vai amar!
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8PDUL]DO
#índice
#entrevista
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Manoel e Felipe Cordeiro, uma família repleta de amor e música
#especial
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#partiu
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A trajetória do homem no Ocidente contada por meio dela: a barba
A beleza de Portugal, terra de muitas histórias, sabores e sons
#pitada/capa
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Carlos Bertolazzi conquista o público na versão nacional do Hell’s Kitchen
#estilo
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A praticidade e versatilidade dos planejados na ambientação do lar
Capa: Carlos Bertolazzi | foto Ricardo D’Angelo
#expediente
UP Belém | ano 1 | nº5 | agosto de 2015 | distribuição gratuita
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Criação e realização | Omnia Editora Projeto Gráfico | Omnia Editora Diretora Editorial | Lorena Filgueiras - DRT-PA/MTb 1505 Jornalista Responsável | Elvis Rocha - DRT/PA 1712 Colaborou na Up Belém nº5 | Roberto Quirino Colunistas | Cassius Martins, Daryan Dornelles, Dina Batista e Sueid Abou, Joanna Martins e Paulo Bergamini. Revisão: José Rangel - DRT-PA/MTb 696 Comercial | Ingrid Rocha 91 98407.3042 | contato@upmagazine.com.br Site | www.upmagazine.com.br Críticas, elogios e sugestões de pauta | revista@upmagazine.com.br Impressão | Gráfica Santa Marta Tiragem | 5.000 exemplares A Revista UP Belém é uma publicação mensal da Omnia Editora. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização. Revistaupbelem
revistaupbelem
Lisboa, Portugal
#editorial
Efemérides são ótimos pontos de partida para a descoberta de temas interessantes. Nós, da UP Belém, que vivemos na busca por boas histórias para contar, estamos sempre de olhos bem abertos ao que elas têm a oferecer. E agosto, como todos sabem, traz consigo uma data das mais repletas de significado: o Dia dos Pais. No mês dedicado a eles, cai muito bem um exemplo de parceria, amor e talento. Fomos atrás de Manoel e Felipe Cordeiro, artistas que, cada um a seu tempo, ajudaram a definir o conceito de música paraense dentro e fora dos limites do estado. Manoel, que viveu o auge do sucesso nos anos 1980, emplacando clássicos e mais clássicos do cancioneiro popular como produtor, e Felipe, que, ao lado do pai e agora parceiro, personifica a imagem do músico da Amazônia na virada do século. No embalo do tema, como não considerar paternal a relação do chef Carlos Bertolazzi, nossa capa desta edição, com os participantes do “Cozinha sob Pressão”, atração da TV aberta que apresentou o chef, um dos mais talentosos do país, ao grande público? Um pai com fama de exigente, é certo, mas que no fundo esconde um sujeito de trato fácil, acessível e com ótimos causos dos muitos lugares por onde passou em sua trajetória de sucesso. Ainda nesta UP Belém, conhecemos um pouco mais sobre Portugal, nosso pais-irmão, com um roteiro especial preparado por nosso colaborador Roberto Quirino, com dicas sobre o que há de melhor na terrinha. Um material sobre a história de um dos símbolos mais antigos da virilidade masculina, a barba, e as já tradicionais colunas sobre moda, cultura, gastronomia e consumo com os quais você já está familiarizado, completam o pacote de agosto. Boa leitura.
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omnia
Seu melhor sorriso é seu mais importante cartão de visitas. Dr. Rogerio G. M. Nogueira Implantodontia/Periodontia
Dr. Antonio J. S. Nogueira Odontopediatra/ Ortodontista
Dr. Fabricio Malcher Clínica Geral/ Prótese e Estética
Dra. Renata S. M. Nogueira Ortodontista/ Endodontia Convênio: Uniodonto
Av. Governador José Malcher, 168 - Sl 103 | Centro Empresarial Bolonha 91 3241.0919
#PontosDeDistribuição
• Churrascaria do Osmar - Rua Diogo Móia, 1069 • Mazza Fresh Italian - Avenida Almirante Wandenkolk, 276 • Colors Nail Boutique - Avenida Almirante Wandenkolk, 1257 • Uniflora Natureza & Saúde Farmácia de Manipulação Travessa 14 de Março, 1148 • Restaurante Cantina do Chef - Rua Jerônimo Pimentel, 201 • Hotel Atrium Quinta das Pedras - Rua Dr. Assis, 834 • Restaurante Bistrô do Bispo - Rua Dr. Assis, 834 • Salão Cassius Martins | Rua Bernal do Couto, 119 • Top Internacional | Av. Tamandaré, 1013 • Todeschini | Generalíssimo Deodoro, 719 • Discos ao Leo | Travessa Campos Sales, 628 • Restaurante Lá em Casa | Estação das Docas • Restaurante Famiglia Sicilia | Conselheiro Furtado, 1420 • Enoteca Don Vino | Conselheiro Furtado, 1420 • Grand Cru | Braz de Aguiar, 50 • Restaurante Santa Chicória | Diogo Moia, 1046 • Fox Vídeo • Oral Plus | Centro Empresarial Bolonha • SOL Informática | Doca de Souza Franco • Laboratórios Amaral Costa • Salud Gourmet (delivery) • Melissa | 4º piso do Boulevard Shopping • Tabacaria Lit | Térreo do Boulevard Shopping • DomNato | BR 316/KM 6,5 • Rede de postos Pará Vip
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por Elvis Rocha | fotos Dudu Maroja
Manoel e Felipe Cordeiro, a relação que resume décadas de música paraense
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o final da primeira década de 2000, Manoel Cordeiro era um músico semiaposentado, cansado da rotina do showbusiness. Na vizinha Macapá, articulava a compra de um terreno para criar e vender peixes. Estava convencido a ganhar a vida de forma mais tranquila, longe da correria da noite, dos estúdios. Foi quando o filho Felipe apareceu para mudar a trajetória de vida do pai pela segunda vez. A primeira havia sido no começo dos 1980, quando Manoel descobriu a gravidez da mulher, Cearacy, e repensou o convite feito (e inicialmente recusado) por Alípio Martins, que recrutava músicos para a montagem do estúdio Gravasom, em Belém. Da parceria entre os dois nasceria a maior fábrica de sucessos da música paraense, que elevaria Manoel ao status de músico mais requisitado do eixo Norte-Nordeste. De Beto Barbosa a Roberta Miranda, não houve quem não utilizasse seus serviços. Como produtor e à frente da banda Warilou, vendeu discos que nem água até ser atropelado pela Axé Music, já na metade dos anos 1990. Sem Felipe na barriga da mãe, a história talvez fosse outra. Em 2009, disposto a investir de vez na carreira como músico, Felipe procurou o pai, recluso em Macapá. Queria ajuda para a gravação do álbum de estreia solo, “Kitsch Pop Cult” (2012) – um trabalho ambicioso que unia a tradição da fuleiragem paraense com pitadas de filosofia e vanguarda paulistana. Manoel topou. Gravou guitarras e dividiu a produção com André Abujamra e o próprio Felipe. A repercussão positiva superou as expectativas e jogou os dois na estrada. Agora parceiro do filho, Manoel cancelou a compra do terreno, desistiu de criar peixes e se redescobriu feliz nos palcos. Nesta entrevista, pai e filho contam um tanto dessa história, feita de mais um álbum de Felipe (“Se apaixone pela loucura do
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Foto Myriam Villa Boas
#entrevista
Parceria de som e vida
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seu amor”); a estreia solo do veterano Manoel (com o projeto “Sonora Amazônia”); viagens pelo Brasil e exterior; participações especiais em trabalhos de outros artistas e a admiração impressa na maneira carinhosa como um se refere ao outro em toda a conversa. Com vocês, a Família Cordeiro. Manoel, li que só aceitaste o convite do Alípio Martins pra integrar o time de músicos da Gravasom quando descobriste tua esposa grávida. Já paraste pra pensar que se não fosse o Felipe a história da música paraense poderia ter sido bem diferente? Manoel – É mesmo! (risos). O Alípio me fez o convite mas eu inicialmente não dei muita importância. Tinha zero de experiência com música comercial. Quando a mãe do Felipe engravidou eu pensei: “Vou precisar dessa grana”. Telefonei pro Alípio e ele me tratou diferente. Claro, eu tinha esnobado antes. Cheguei pra gravar. Quando eu dei o primeiro acorde no teclado, ele disse: “Olha, é proibido dar dissonante”. Eu me aborreci e perguntei: “Por quê”? E ele respondeu: “Porque senão não vende!”. Duas horas depois a guitarra desafinou. Aí ele veio: “Pô, tá demorando muito. Não precisa afinar tanto!”. Comecei a ficar p... Não podia afinar muito, não podia dar dissonante... “Senão não vende”. Naquele momento comecei a pensar que devia existir um jeito de tocar que vendesse o tanto que eles queriam, mas que tivesse o mínimo de qualidade. Até hoje, quando eu começo um trabalho, fico com essa margem de negociação na cabeça. Teu pai trabalhava num ritmo louco nessa época, Felipe. Como lidavas com a ausência que isso causava? Felipe – Minha memória dessa época é do meu pai viajar muito. Vir pra Belém e ficar socado em estúdios. Eu jogava bola sozinho em estúdio, lembro bem disso. Lembro dele quando eu já tava na sétima série, algo assim, parar alguma gravação pra ir estudar comigo, mas no estúdio. Pra mim era natural, aquilo era a profissão do meu pai. Ficava espantado quando via meu pai na televisão com o Beto Barbosa (risos), quando tocava música no rádio e alguém dizia: “Olha, foi teu pai quem gravou”. Quando entrei na pré-adolescência comecei a ter interesse na música e aí a relação com ele começou a mudar. Com 15 anos comecei a compor, participar de festival 13
de música. Tudo muito independente do papai, que me ajudava aqui e ali. O lance de tocar junto foi bem mais recente. Começaste tua carreira com um trabalho voltado pra MPB mais tradicional. Era vontade de descolar a imagem do pai, fazer algo diferente do que ele fazia? Felipe – Não. Era o contrário. Eu queria mostrar a relevância da minha família, do papai, do tio Barata (Evandro Cordeiro, guitarrista falecido em 2004). Só que naquela época eu raciocinava de outro jeito. “Pai, o senhor tem essa música no violão, eu vou botar uma letra e a gente vai ganhar um festival com ela.” Eu tirava meu pai do lado comercial pra levar pro que eu, com 14 anos, achava “relevante”. Depois eu entendi que tava raciocinando errado e o insight veio num encontro com o Paulo André Barata. Eu queria ser o Paulo André. Uma vez, depois de ir na casa dele, a gente foi tomar uma cerveja. Lá pelas tantas ele disse (imita uma voz arrastada de embriaguez): “Tu tens muito mais a aprender com teu pai do que comigo”. Ele percebeu que eu queria ser como ele, e o que me disse foi que a escola que eu precisava tava dentro de casa. Aí comecei a reouvir os discos que meu pai tinha produzido. Já tinha uma abertura intelectual um pouco maior, entendia mais o contexto da música brasileira, e comecei a querer aprender. E enquanto o Felipe tinha esse insight o que fazias, Manoel, já que ficaste um período afastado da música? Manoel – Tava recolhido. Já tinha levado uma porrada do Axé, que foi uma coisa muito perversa pra música paraense. Na época, ou você migrava pra música baiana ou ficava sem mercado, e fomos todos perdendo o emprego. Montei um estúdio, mas o mercado começou a ficar difícil: veio a pirataria, as gravadoras começaram a quebrar. Em 2000 fui pra Macapá fazer umas pesquisas sobre ritmos regionais. Em 2002 passei um tempo em São Paulo. Compunha esporadicamente, montei uma banda de zouk, e fiquei lá até 2007. Tentei voltar pra Belém mas não deu certo e fui pra Macapá. Tava até querendo arrumar um terreno pra criar peixe. Achei que tinha passado meu tempo. Foi quando em 2009 o Felipe me chamou pra gravar as guitarras no “Kitsch Pop Cult” e começou a me explicar algumas coisas que eu não entendia sobre a lin14
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guagem da nova música que tava acontecendo, o tecnobrega etc. Aí comecei a me interessar de novo. Até hoje a gente tá nesse processo. Eu aprendo muito com ele, que escuta tudo, sabe tudo que tá acontecendo, tem todas as referências, e me repassa. A gente senta pra ouvir música junto e com isso a gente vai construindo um novo som. E como foi que recebeste o convite pra participar dessa nova fase na carreira do Felipe? Manoel – O Felipe me mandou as bases das músicas pra Macapá. E comecei a pensar em como entraria nessa jogada, o que caberia aqui, o que caberia ali. Um olho no que já sabia e outro no que eu podia fazer de novo. Um detalhe: fazia muito tempo que eu não tocava guitarra. Foi um recomeço mesmo, juntando esse desafio do Felipe, que era gravar o disco, com todos esses elementos novos, e o de me reposicionar nesse novo som. E o resultado foi muito legal. O “Kitsch Pop Cult” teve uma repercussão muito grande e jogou vocês na estrada, tanto que depois de algum tempo te mudaste pra São Paulo, Felipe, que hoje é tua base de trabalho. Felipe – Quando convidei meu pai pra tocar no Se Rasgum, em 2010 (que foi a primeira vez que tocamos juntos como banda), eu não sabia o que ia acontecer. Era uma experiência. Aí as coisas foram acontecendo, até que eu cheguei pra ele num metrô desses da vida e disse com todas as letras: “Pai, a gente tem a oportunidade de ficar tocando junto pro resto da vida”. Do show no Se Rasgum pro ano seguinte já havia acontecido milhares de coisas. Uma coisa foi puxando a outra. Eu morei em São Paulo em 2001, quando fui fazer vestibular, e sempre nutri a vontade de voltar. Adoro São Paulo, gosto de morar lá. Quando tava terminando a faculdade já tinha essa vontade, independente de ser músico. Como começou a acontecer muita coisa pra lá, fui construindo minha volta. Durante a gravação do segundo disco do Felipe (“Se apaixone Pela Loucura do Seu Amor”) montaste um projeto paralelo, Manoel. Como foi que nasceu o “Manoel Cordeiro e os Desumanos”? Manoel – Foi, rolou durante a gravação do segundo disco do Felipe. A gente tava no estúdio do Kassin (músico e produ17
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tor) e a liga foi tão legal que os dois surgiram com essa ideia. Aí comecei a compor lá pelo Rio de Janeiro mesmo. Felipe – O Kassin chegou pra mim e disse: “Felipe, tu tens o teu trabalho, eu tenho o meu trabalho. O teu pai é um dos músicos mais sensacionais que eu já conheci na vida. A gente tem que montar uma banda pra ele.” Manoel – Eu já tinha essa vontade de tocar com uma rapaziada essa nova linguagem. Fui compondo música e a gente foi gravando demo. Aí um dia eu tô em casa e o Kassin me passa uma mensagem: “O Liminha (músico que acompanhou os Mutantes e foi produtor de praticamente todo mundo nos anos 1980) quer entrar pra banda” (risos). Um dia a gente tava gravando e ele apareceu por lá. No outro dia já chegou com uma guitarra poderosa. Esse é um trabalho importante, uma satisfação enorme. O Liminha é um marco na música brasileira. O Kassin é um cara moderníssimo. E esse disco não tem produtor porque a banda só tem produtor (risos)! Não lançamos nada ainda, mas já gravamos no Estúdio Nas Nuvens, e estamos mixando. São dez músicas instrumentais. Depois de muitos anos de carreira, finalmente lançaste teu primeiro disco solo, o “Manoel Cordeiro e Sonora Amazônia” (2015). Por que só agora? Manoel – Eu não tinha nenhum interesse. Eu era muito mais interessado em produzir. Sempre fui mais de bastidores. Colocava minhas músicas pra outras pessoas. Aí o Felipe disse: “Pai, o senhor precisa registrar suas músicas”. Felipe – Eu disse: “Pai, o senhor tem que gravar um disco que tenha a ver com essa tua trajetória”. Um disco que fosse mais clássico no sentido de dizer o que ele produziu de mais significativo mas as pessoas não sabem que foi ele quem fez. Das nove músicas, quatro são parcerias de vocês dois. Manoel – Eu e Felipe não paramos de fazer música. Sempre que estamos juntos, um ou outro tá fazendo alguma coisa. “Tarja Preta” (faixa do segundo disco de Felipe, em parceria com Arnaldo Antunes) surgiu assim. Mandei um instrumental pra ele e ele disse: “Pai, cabe uma letra aqui”. Eu não tinha pensado nisso. Depois de um ano ele pôs a letra e a gente gravou. A gente tava em Bonn, na Alemanha, e lá onde tu viras tem uma estátua do Beethoven. Me veio uma 19
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melodia, botei um loop no computador e fiz a “Cumbia do Maestro”. “Meu filho, vê o que tu fazes com isso aqui.” Aí um tempo depois, o disco quase pronto, o Felipe diz: “Olha, pai, arranjei aquela música. Escuta aí”. Então bora botar no disco! (risos). E agora, é trabalhar a divulgação desse álbum? Manoel – Quero fazer o estado todo com ele. Sem desmontar o nosso esquema. Continuo sendo guitarrista do Felipe. E sempre que ele puder vai tocar comigo. A ideia é ficar junto sempre. E tu, Felipe, quais os próximos passos? Felipe – O “Kitsch Pop Cult”, o “Se Apaixone” são um ciclo, que vai culminar agora no lançamento do DVD, produzido pelo Vladimir Cunha (jornalista e documentarista paraense). A gente vai fazer um filme e um show. Será um show meu, mas vai ter uma historinha desses últimos anos do que aconteceu aqui pelo Pará, tipo um minidocumentário. Ele fecha um ciclo e deve ser lançado no primeiro semestre do ano que vem. Enquanto isso, eu tô começando a compor músicas. O “Se Apaixone” eu fiz meio no embalo do “Kitsch Pop Cult” e agora zerei de novo, a cabeça, as ideias, voltei a ler mais, a ouvir mais coisas, a silenciar, porque já sinto a necessidade de um disco novo que cause surpresa. Fechou esse ciclo e agora vai abrir outro. Falaste lá no começo que querias mostrar a importância dos Cordeiro pra história da música paraense. Achas que conseguiste? Felipe – Tá em andamento. Mas conhecer essas pessoas que a gente admira, andar por aí, ouvir o que as pessoas falam quando veem meu pai tocar. Tu vês o Liminha, o Kassin, tanta gente reverenciando meu pai, e é uma parada sincera, que emociona. No Pará, quanto mais tu vais abrindo as janelas, tu vais vendo muita história que não é contada. Mesmo depois disso tudo que aconteceu ainda tem muita coisa pra ser desbravada. E acho que os Cordeiro, e tô falando dos professores, meu pai, tio Barata, são parte vital dessa história. EM TEMPO www.ofelipecordeiro.net
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#FicaDica
A Up Belém avisa: há programas para todos os gostos [e bolsos] rolando de Norte a Sul do país! Confira alguns que selecionamos para vocês: Rod Stewart A voz rouca mais conhecida do planeta estará no Brasil. Rod Stewart, uma das lendas do rock e das rádios mundiais, se apresenta no próximo dia 19 de setembro em São Paulo, no Allianz Parque, estádio do Palmeiras. É a quinta vez que o ex-Faces vem ao país. Uma ótima oportunidade para reunir gerações em torno de um dos grandes crooners de todos os tempos. Certeza de uma enxurrada de hits para todo mundo cantar junto. Rod Stewart no Brasil Onde: Anfiteatro Allianz Parque - Rua Palestra Itália, 1840 (antiga Turiassu) - São Paulo/SP Quando: 19 de setembro Mais informações: livepass.com.br
Octavio Cardoso Até o dia 30 de setembro estará aberta para visitação no Museu Emílio Goeldi a exposição “Minha Ilha – Campos Abertos do Marajó”, do fotógrafo paraense Octavio Cardoso. Nela, o paraense, contemplado com o XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia em 2014, apresenta um olhar ao mesmo tempo documental e poético sobre a figura do vaqueiro marajoara, com imagens produzidas em viagens aos municípios de Soure, Muaná e Cachoeira do Arari.
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“Minha Ilha – Campos Abertos do Marajó” Até 30 de setembro Segunda a Sexta, das 9h às 17h. Sábado e Domingo, das 9h às 15h. Museu Paraense Emílio Goeldi - Av. Magalhães Barata, 376 (91) 3222.0455/ 98127.1177
Festival de Ópera Até o próximo dia 19 de setembro o Theatro da Paz é palco do XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz. Nesta edição, uma das atrações é a encenação, pela primeira vez em Belém, da “A Ceia dos Cardeais”, do compositor paraense Iberê de Lemos. “Os Pescadores de Pérolas”, do francês Georges Bizet, encerra o festival, com direção cênica do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, que estreia na direção operística. O encerramento, no dia 19 de setembro, será realizado ao ar livre, em frente ao teatro. XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz Quando: de 7 de agosto a 19 de setembro. Mais informações www.theatrodapaz.com.br 4009-8758 / 4009-8759
Kandisnky Ainda dá tempo. Se estiver programando uma visita a São Paulo, não perca a exposição “Kandinsky: tudo começa num ponto”, que apresenta 153 obras e objetos de Wassily Kandinsky, precursor do abstracionismo, além de reunir trabalhos de contemporâneos e artistas que o influenciaram. O acervo conta com obras de museus da Rússia e coleções procedentes da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França, além da coleção do Museu Estatal Russo de São Petersburgo. “Kandinsky: tudo começa num ponto” Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo Rua Álvares Penteado, 112 Telefones: 11 3113.3651/3652 Quando: Até 28 de setembro de 2015, sempre de quarta a segunda, das 9h às 21h.
(*) A programação apresentada neste espaço foi fornecida pelos próprios autores e pode ser alterada a qualquer momento sem aviso prévio. Consulte site e/ou telefones de informação antes.
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#especial
Pelas barbas! por Lorena Filgueiras | Fotos Dudu Maroja
Do homo erectus ao lumbersexual, a história do homem escrita nos pelos do rosto
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parentemente não há muito mistério: um bom creme de barbear, uma lâmina nova e um bom
pós-barba. Ah, e um certo cuidado. Certo? Errado! Atrás do aparentemente simples modus operandi em dar uma forma mais harmoniosa aos pelos masculinos do rosto, há milênios de história. Ao longo dos séculos – e desde o homo erectus, barbas foram sinônimos de virilidade, de força, de poder. E – ironicamente – foi um guerreiro, Alexandre o Grande, quem levou para a Europa o costume de fazer a barba. O grande Alexandre afirmava às suas legiões
de soldados que ostentar longas barbas facilitaria – e muito! – o trabalho dos inimigos: bastava puxá-las para degolá-los. Lutero, durante o grande Cisma, abriu um precedente, ao deixar crescer os pelos do rosto [costume que rapidamente alastrou-se] tornava evidente [e visível] a diferença entre católicos e protestantes. Há ainda, registrado nas páginas dos compêndios escolares, um episódio curioso, denominado como “A Guerra das Barbas”. 24
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Você já deve ter notado: não faltam referências históricas, míticas e bíblicas a elas. A barba já foi considerada sinal de status e já serviu como sinal de distinção de classes sociais. “Dar um fio de bigode” ou “assinar com um fio de bigode” era sinal, nos tempos de nossos avós, de garantia de negócio sério, que seria cumprido. A história começou a mudar quase no final do século XIX, por um caixeiro viajante, chamado Camp Gillette, cuja curiosidade e criatividade foram essenciais no desenvolvimento de lâminas descartáveis para os barbeadores. E, quem diria... a invenção não ficou restrita apenas para uso do sexo masculino. Não faz muito tempo que ser lumbersexual fez a moda, a cabeça e, por que não dizer, a barba de muitos homens, ela voltou ao centro das atenções [e da mídia]. Os cuidados vieram para ficar Apesar da tendência, o homem moderno não precisa imitar os lenhadores [lumbers, em inglês – daí a origem do termo] em estilo, nem nos poucos cuidados com seu próprio visual. Surgiram espaços especializados, exclusivos para cuidar do look visagista masculino. Engana-se quem pensa que fazer a barba é algo
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simples. Difícil não é, mas há que se ter cuidados e uma dose extra de atenção: “Pelos crescem em direções [sentidos] diferentes, logo não se pode eleger um único sentido para deslizar o barbeador”, conta o casal Kassio Neiva e Carina Moura, proprietário de uma barber shop, uma barbearia. Ele, tecnólogo e violonista clássico e ela, estilista, tornaram o ato de barbear um ofício. Confortavelmente instalados no coração do Umarizal, em um casarão de 1850 [que foi completamente restaurado e preservado] o casal conta com um time de 8 barbeiros e um impecável tratamento, que inclui uma confortável sala de espera e um café que coloca à disposição dos clientes cervejas importadas e quitutes. Kassio e Carina também investiram pesado na importação de produtos voltados ao público masculino: esfoliantes, pomadas e shampoos para a pele masculina e pelos do rosto. Eles também não abrem mão de um rigoroso processo de higienização: as toalhas são tratadas com altíssima temperatura, além do uso de lâmi-
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Dicas do Kassio e da Carina para quem faz a barba regularmente: • Usar filtro solar. Sempre: antes e depois de barbear • Usar hidratante na pele [atritos constantes podem ressecar e machucar uma pele ressecada] • Lavar sempre com shampoo e cremes apropriados • Existem ceras para bigodes e barbas, que não têm cheiro e cor.
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Curiosidades • Elizabeth Taylor e Marilyn Monroe confessaram que se barbeavam. • Durante o século XX, o rosto lisinho virou sinônimo de civilidade e higiene. Muitas empresas e instituições governamentais não admitiam a presença de barbudos em seus quadros. No entanto, entre as décadas de 1970 e 1980, cavanhaques e bigodes começaram a virar uma febre entre os homossexuais norte-americanos. Esse novo dado se instituiu na cultura gay do final do século XX e teve como um dos seus maiores representantes o cantor Freddie Mercury. • O primeiro povo a usar bigode de que se tem registro foi o gaulês. Não é à toa, portanto, que os gauleses (um povo celta) dos quadrinhos Asterix e Obelix usam fartos bigodes.
nas descartáveis e uma análise minuciosa do profissional responsável pelo serviço. Existe um tamanho de barba ideal? “Não. Depende muito do que o homem gosta, de seu estilo de vida, do tempo que ele dedica a cuidar dela e se a namorada ou esposa gosta”, conta Carina, aos risos. Ela confessa que o marido e sócio deixou crescer uma barba a pedido dela. Ambos comemoram o resultado. E ela tem toda razão. Mulheres são [e estão] mais presentes nas decisões de seus parceiros ou familiares. “Fazer a barba é um novo rito introdutório. Vejo rapazes chegarem aqui, ainda tímidos, mas acompanhados do pai, da mãe... Às vezes a avó vem junto para opinar. E ele sai daqui completamente diferente; é uma experiência inesquecível”, afirma o casal. O publicitário Renan Mendes decidiu deixar a barba
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crescer porque, aos 21 anos, “ainda tinha cara de menino”, conta, às gargalhadas. E não se arrependeu da decisão. A última namorada caiu de amores pela barba e a relação durou quase dois anos. O funcionário público Marcelo Silva deixou a barba crescer [“e aparecer”] depois de 30 anos de serviço. “Tinha de fazer a barba em dias alternados. Quando aposentei, cansei dessa rotina opressora e a deixei crescer. Te digo, com sinceridade, que gosto mais do visual atual, quando me olho no espelho.” Em comum os dois não abrem mão de cuidados intensos e higiene pessoal. A higiene, aliás, é item indispensável para uma barba saudável – a pele agradecerá também! Barba, nos tempos atuais, é sinal de expressão e autenticidade.
EM TEMPO Para ler mais histórias e fatos curiosos: tiposdebarba.com.br/ www.historiadomundo.com.br/
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Livros: “A Book of Beards”, do fotógrafo Justin James Muir.
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Barbearia B b i B Belém lé Rua Antônio Barreto, 939 91 3118.0634
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#QuerSerFashion
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Essenciais! “Não tenho roupa para sair” é uma famosa frase no vocabulário feminino, sim ou com certeza? Brincadeiras à parte, na maioria das vezes nós mulheres nos vemos enlouquecidas com o guarda-roupa cheio de roupa e sem opção para sairmos. O segredo desse drama todo é que cada vez que você precisa comprar as peças certas para o seu guarda-roupa, o importante é que os itens combinem entre si, para que vocês montem vários looks estilosos sem ter que comprar toneladas de roupas novas! Curiosas? Então bora ver! • Short jeans: Aqui é amor verdadeiro e sincero quando você encontra um short perfeito para você! Não vai querer usar outra coisa! Aqui é tanto amor, que é difícil dizer o que não fica legal com ele... • Camisa Jeans: É uma peça incrível porque é muito versátil e combina com praticamente tudo e vai com você em várias ocasiões. • Camisa de Chiffon em tom neutro: Aqui a escolha é sua, mas se eu fosse escolher iria numa versão branca ou off White com mangas. Essa peça vai de looks românticos a looks moderninhos! • Little Black Dress (LBD): Uma confissão: ainda não consegui achar
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o vestido preto da minha vida, mas enquanto não o encontro me divirto com os errados. • Blazer: Essa é a peça que pode complementar qualquer look. Temos desde os mais acinturados até os boyfriends, que são aqueles modelos mais larguinhos e compridos e têm uma pegada mais esportiva. E como terceira peça sempre dá um UP a mais no look! E aí, faltando alguma peça no seu guarda-roupa? Pode correr para comprar, a gente garante que vale a pena! E mais dicas você confere no www.querserfashion.com
Dina Batista e Sueid Abou são autoras do Quer Ser Fashion, blog de moda, beleza, maquiagens e experiências. Adoram novidades e acreditam que, para ter estilo, é necessário, sobretudo, ter atitude. www.querserfashion.com | @dina_batista @sueidabou
Eti Mariqueti, Muito mais chocolate para momentos recheados de amor.
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#partiu
Lembranças d’Além Mar Textos Roberto Quirino* | fotos divulgação
Portugal: histórias, sabores e a beleza do país de Camões e Fernando Pessoa
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convite para conhecer Portugal foi a realização de um sonho antigo. Afinal, cresci ouvindo o sotaque
da “terrinha” e as histórias dos meus avós e da minha mãe sobre Lisboa e a aldeia onde a família possuía suas Quintas, ricas em plantações de azeitonas e uvas, entre outras delícias. Com pouco mais de 92 mil quilômetros quadrados de extensão, Portugal é menor que o estado de Santa Catarina. A história nos conta que desde os tempos pré-históricos aquela região já era habitada, sendo que, no século I, foi criada a Província da Lusitânia pelo Império Romano. Como nação europeia, a história começa na baixa Idade Média, por volta do ano 1100. Mas vamos à experiência! O roteiro preparado pela empresa que me convidou incluía, além de Lisboa, uma rápida passagem pelo litoral, incluindo Cascais, alguns Palácios e uma visita a Évora. Foram poucos dias, mas intensos. A beleza, os sabores, a história e a hospitalidade dos portugueses foram muito além do que eu poderia imaginar. Atravessar o Atlântico, fazendo o caminho inverso de Cabral, é encontrar raízes e semelhanças, ainda mais quando vivemos em Belém do Pará. Mais do que porta de entrada para a Europa, Portugal é um país encantador, que precisa ser descoberto pelos brasileiros.
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Lisboa A capital dos portugueses tem muitas belezas e seria mesmo impossível falar de todas elas aqui. Mas não há como deixar de destacar a Praça do Comércio, uma das mais majestosas da Europa, também chamada de Terreiro do Paço, em frente ao rio Tejo. Um lugar com prédios históricos, monumentos e cafés que recebem gente de todo o mundo nos seus finais de tarde. Uma passada pelo “Martinho da Arcada”, o preferido do poeta Fernando Pessoa, é obrigatória. É lá que fica também o Lisboa Story Centre, onde o visitante descobre os principais eventos históricos da cidade. Tudo com muita interatividade. O bairro de Belém é outro destino que não pode ficar de fora. Uma foto na Torre que assistiu às grandes navegações, uma visita ao Mosteiro dos Jerónimos, construído no século XVI, onde estão os túmulos do navegador Vasco da Gama e do poeta Luiz de Camões e o irresistível (e verdadeiramente único) pastel de Belém precisam fazer parte das suas lembranças. Aventurando-se pelas ruelas de pedra do centro histórico, sempre subindo, chegamos ao Castelo de São Jorge, uma fortificação que remonta aos primeiros séculos da história portuguesa. É um lugar especial, reconstruído várias vezes ao longo dos anos e, só em 2014, recebeu mais de um milhão e duzentos mil visitantes. De lá, é possível ter uma vista privilegiada de toda a antiga Lisboa. À noite, acrescente um jantar no restaurante do
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castelo, que oferece um cardápio com pratos típicos. O bacalhau de lá é imperdível. Na descida, aproveite para fazer o caminho a pé pelo bairro de Alfama, o mais antigo e um dos mais típicos de Lisboa. O lugar se assemelha a uma aldeia do interior. Explorando suas infindáveis escadarias, descobrimos restaurantes e casas de fado perfeitamente integrados às casas de quem mora ali. Palácios Conhecer os palácios portugueses é uma verdadeira aula de história. Durante a minha estadia, pude visitar dois dos mais importantes: o Palácio da Pena e o Palácio de Queluz. Ambos ficam na Vila de Sintra, a poucos quilômetros da capital. Queluz foi construído como recanto de verão da nobreza portuguesa no século XVIII e é um dos últimos edifícios no estilo rococó erguidos na Europa. Foi lá que nasceu e morreu o nosso Dom Pedro I, mais conhecido como Dom Pedro IV para os lusitanos. O quarto do Imperador está inteiramente preservado e, junto com os grandes salões do palácio, nos faz viajar no tempo. A visita inclui um tour completo por toda a área interna e externa
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do palácio, com destaque para os seus jardins, um dos exemplos mais extraordinários da ligação harmoniosa entre paisagem e arquitetura palaciana. Dependendo do dia e horário, você ainda consegue assistir à apresentação dos cavaleiros da Escola Portuguesa de Arte Equestre. Um patrimônio único no mundo, que pode ser visto através da exibição dos animais Puro Sangue Lusitanos. Já o Palácio da Pena fica encravado no topo da Serra de Sintra, rodeado de uma floresta que conta com mais de quinhentas espécies vindas de todo o mundo. Considerado como expoente máximo do Romantismo do século XIX em Portugal, o parque e o palácio foram construídos pelo rei consorte Dom Fernando II. A construção é uma mistura de estilos arquitetônicos e possui um acervo de peças impressionante. Durante a visita, pude observar de perto o trabalho de restauração que vem sendo feito em salões e outras dependências do palácio por especialistas. Reserve pelo menos um dia inteiro para essas visitas. E ainda vai ser pouco. Évora Acordamos cedo para conhecer Évora, que fica na região do Alentejo. Após um bom “pequeno-almoço”, como se chama o café da manhã por lá, estávamos prontos para deixar o hotel e percorrer os 134 quilômetros de autoestrada. No caminho, pequenas propriedades rurais onde pudemos ver de perto as árvores de cortiça, uma das muitas riquezas de lá, várias delas já com a casca que é transformada em rolhas e outros objetos, cortada até o meio. Nosso guia resolveu nos surpreender com uma visita inesperada. Deixamos a autoestra-
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da principal e fomos até o Recinto Megalítico dos Almendres, um parque monumento pré-histórico, composto por uma centena de menires. Se você já leu as aventuras do gaulês Asterix identificou a palavra. Como fã declarado dos quadrinhos, me senti realizado ao ver de perto o objeto carregado pelo Obelix. Évora é uma cidade com quase cinquenta mil habitantes e está entre as mais antigas da Europa. Possui um dos centros históricos mais bem preservados do velho continente e por isso é considerada pela Unesco como Patrimônio Mundial. Fomos a duas das principais atrações da cidade. A primeira delas, a Capela dos Ossos. Situada na Igreja de São Francisco, construída no século XVIII, é famosa pela frase: ‘nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos’. Soa tétrico. E é mesmo. Todas as paredes da capela estão forradas de ossos humanos, principalmente crânios e fêmures. A visão, que normalmente incomoda no início, se transforma depois numa espécie de mosaico. Ao sair, o impossível mesmo é esquecer a inscrição da entrada. A segunda parada foi nas ruínas do Templo Romano, que fica no ponto mais alto da cidade. Estima-se que sua construção data do século I, para homenagear o imperador Augusto, tendo feito parte do Fórum Romano da cidade. Tempos depois, acabou ficando conhecido como Templo de Diana. A visita a Évora termina com um almoço no antigo Convento dos Lóios, transformado hoje em pousada e restaurante. No cardápio, delícias típicas do Alentejo com destaque para o prato principal: bochechas de porco preto com purês de maçã e abóbora. Inesquecível.
(*) Roberto Quirino é jornalista e gerente de jornalismo da Record Belém
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#colherada
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Saborosos e naturais Eu nasci e cresci dentro de um restaurante, então sempre estive cercada de excelentes cozinheiros. Não falo apenas de minha avó. Falo do meu pai e minhas irmãs, além dos diversos profissionais que passaram pelo restaurante da minha família, o “Lá em Casa”. Com tudo isso, pra quê aprender a cozinhar? Pois é... Cozinha nunca foi interesse meu e muitas pessoas se assustam quando digo que não cozinho! “Mas afinal, com tanta comida em volta, como não se interessar por ela?”. Ué, mas eu me interesso, sim! Eu adoro comer! E adoro falar de comida; acho que você leitor costumeiro já percebeu isso, não?! Acho que o que menos me encanta na cozinha é o tempo que as coisas levam pra ficar prontas. Tudo bem, você pode dizer que tem muita comida
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que fica pronta rapidamente, mas elas são cheias de química e, ah, isso, não! Eu não tolero. Para quem passou a vida comendo comida de qualidade e com produtos naturais, por que agora vou me entupir de corantes, conservantes e química? Não, não. E acho que foi exatamente daí, e da vontade de proporcionar acessibilidade a quem quer comer o ingrediente paraense que surgiu o meu negócio atual, a Manioca. E acho que esse é o maior desafio da indústria do alimento atual: como proporcionar alimentos saborosos, mas livres de ingredientes artificiais? Porque saudável para o consumidor moderno não é ter que ficar contando caloria, e sim, comer aquilo que lhe faz bem. Vamos começar a cobrar isso de quem produz nossos alimentos?
Joanna Martins é publicitária, organizadora e curadora do festival Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, diretora do Instituto Paulo Martins e proprietária da Manioca.
#pitada/capa
Tranquilo e sem pressão por Lorena Filgueiras | fotos Ricardo D’Angelo / divulgação
À frente do Hell’s Kitchen brazuca, Carlos Bertolazzi conquista audiência
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arlos Bertolazzi é um homem inquieto. Quando esteve em Belém, em meados de 2012, a
bordo da embarcação que nos conduzia a um restaurante do outro lado do rio, o chef pegou um violão e cantou “Tempo perdido”, da Legião Urbana, ao mesmo tempo em que checava e-mails, respondia tweets e favoritava fotos no instagram. “Vi que você me marcou em um vídeo. Aceita aí meu pedido de amizade que é para eu ver.” Desde então viramos amigos. E esta é só uma mostra de quão antenado é Bertolazzi. Bertz, como os amigos o chamam, é um chef tecnológico e mesmo com uma rotina atribulada [para dizer o mínimo] que inclui o lar, dois restaurantes e a condução do reality de maior sucesso de público e de crítica, o “Cozinha Sob Pressão”, versão tupiniquim do Hell’s Kitchen, ele ainda encontra tempo para – pessoalmente – responder seus seguidores nas inúmeras redes sociais nas quais ele tem perfil. Depois de 2012, ele veio novamente a Belém, des-
ta vez para um jantar a 4 mãos no Famiglia Sicilia. Depois o levei para passear em algumas feiras livres. 48
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Maravilhado, ele repetia continuamente quão sensacional era passear pela cidade. Bertolazzi conversou com a Up Belém, em meio a um dia cheio: entrevistas em rádio [“ah, escuta aí e depois me conta o que você achou”], gravações, filhos e um restaurante. Fomos interrompidos várias vezes... mas, querem saber? Foi uma das entrevistas mais bacanas dos últimos tempos. Com vocês, Bertz, um homem que vive sob pressão [mas que não cede a elas]. Teu “desembarque” na cozinha foi em grande estilo, né? Deixaste o universo de investimentos, bolsas de valores e a Administração para se unir à tua mãe... Na realidade foi por influência de ambos. Meu pai cozinhava divinamente e quando minha mãe montou o buffet [o C.U.C.I.N.A, em 1996], me juntei a ela. Antes ganhei o mundo [Bertolazzi viajou para a Europa, onde estudou Gastronomia e passou por alguns dos restaurantes mais respeitados do mundo e também viveu um tempo em Nova York] e incorporei muito do que aprendi no novo empreendimento. Acompanho tuas redes sociais e vejo que sais bastante para comer e curtes visitar restaurantes de amigos teus... o que é uma comfort food para ti? E, pegando o gancho do “Cozinha de Pressão”, o que te deixa chateado quando te servem mal? 50
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Tem um prato que eu gosto... e é assim: eu posso estar de regime, mas interrompo e como: strogonoff, aquele caseirinho mesmo, sabe? Que é feito com mostarda e ketchup, mesmo. Existe algum ingrediente que não entra na tua casa, de jeito nenhum? A única coisa que não gosto, que não como mesmo – e olha que já tentei – é dobradinha... tripa, bucho. E olha que eu tentei comer na Itália. No restaurante onde eu trabalhava eles fizeram e me pediram para eu experimentar, porque estava muito bem feita, mas não adiantou. Estiveste em Belém em 2012 e voltaste mais uma vez. Das experiências gastronômicas que tiveste e dos ingredientes que conheceste, quais não saíram mais da tua cozinha? Fiquei muito surpreso com a castanha-do-pará. Eu a comi fresca, fresquíssima e era completamente diferente do que eu já havia experimentado [seca]. A fava tonka [nós, paraenses, conhecemos como cumaru] eu experimentei em Nova York, em 2006, quando eu trabalhei lá, e eu não tinha ideia de que era tão fácil de encontrá-la no Brasil, tão abundante aí em Belém, tão acessível aos paraenses, aos brasileiros. Não saiu mais da minha cozinha. Eu a uso, no lugar da baunilha, para aromatizar a panna cotta [uma sobremesa tipicamente italiana, feita com nata] do Zena Caffè [restaurante do qual o chef é um dos proprietários]. 53
Eu sei que adoras estar conectado e que és um cara inquieto, muito ativo. Como é que é ser um chef conectado, hoje em dia? Te sentes na obrigação de responder tudo que recebes/lês? O que mais curtes em redes sociais e do que não gostas? Fala um pouco desta tua relação com o mundo virtual... Ser muito conectado me ajudou bastante. Especialmente quando eu abri meu restaurante. O digital, as redes sociais amplificam o boca a boca. À época eu respondia todos os comentários. Hoje é mais difícil porque com o programa em televisão aberta, isso triplicou... não sei nem te dizer, mas é muito mais do que isso. Fica difícil, mas eu faço questão de não terceirizar isso, faço questão de continuar respondendo eu mesmo e continuo usando as redes sociais para o contato com as pessoas que gostam do meu trabalho. Qual o gênero musical de que mais gostas? O que escutas em teu tempo livre? Curtes música na cozinha? Gosto muito de rock! Ouço muita música enquanto cozinho e mesmo nas cozinhas onde trabalhei. Quando eu trabalhei na Itália, por exemplo, ouvia muito rock italiano, como Vasco Rossi, Luciano Ligabue. Na Espanha, ouvia muito rock catalão. Gosto muito de ouvir essas músicas, quando estou no Brasil, porque elas me conectam a essas experiências que foram tão importantes para minha carreira. 54
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Pra finalizar, quero que fales mais sobre o “Cozinha de Pressão”. Tens algum receio de ficar com a fama de “chef malvado”? Eu leio muitas críticas favoráveis, de quão exigente tu és e que seguras muito bem a onda. Já houve alguma situação inusitada na rua, que estivesse diretamente relacionada ao programa? O pessoal sempre coloca muito como chef exigente, criterioso e isso eu sou mesmo! Sou crítico, chato. Não interpreto nenhum papel ali [no programa] porque dentro da cozinha eu sou meio pavio curto mesmo... mas é isso, eu não atuo. Nesta segunda temporada, eu vim mais ácido, mais sarcástico – que é um pouco do meu perfil. Não sou agressivo e não grito, mas tenho comentários desconcertantes. Sou bem assim mesmo. [risos]
EM TEMPO cabertolazzi
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O “Cozinha de Pressão” já garantiu uma terceira temporada, que começará ainda neste segundo semestre. 56
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Terapias Capilares Alimentação, uso de remédios, poluição, excesso de procedimentos químicos, clima, alterações hormonais, idade, enfim… São muitas as causas da perda de densidade capilar. Por isso as maiores empresas de cosméticos para cabelos estão investindo alto em tecnologia para garantir uma cabeleira cheia por muito mais tempo. Afinal os cabelos são o bem mais valioso para a indústria cosmética. E tratar desde a formação no bulbo capilar se tornou uma prioridade para os pesquisadores. Em breve a cura para a tão temida calvície vai chegar! Enquanto isso não acontece, já existem tratamentos que garantem um crescimento sadio dos fios, incluindo os que não aparecem, mas que com ajuda das substâncias e equipamentos ganham força e espessura e surgem para se juntar aos demais. Abaixo alguns dos mais bem-sucedidos tratamentos para o aumento da densidade. Densifique Kerastase Densifique Activateur de Densité possui a tecnologia Stemoxydine, responsável por estimular o desenvolvimento de novos fios. Sua formulação contém um complexo de vitaminas B6, B5 e B3 e uma combinação de ingredientes ativos que permitem a criação de fios com maior densidade. Terapia capilar com laser frio Mix de procedimentos com argila, tônicos fortalecedores, massagens e equipamento LASER que aumenta a irrigação do couro cabeludo, levando nutrientes para onde é formado o fio capilar. Isso aumenta a circunferência e fortifica os fios.
Serioxyl l’oreal Os produtos são formulados com uma combinação única de ingredientes activos espessantes para resultados imediatos. INCELL, também presente no sérum Thicker Hair, combinado com GLUCOBOOST, um agente com uma ação dupla que contém uma reserva de energia para nutrir o folículo e um elemento lipídico para alimentar a fibra. 58
Cassius Martins é cabeleireiro, paulistano de nascimento e paraense de coração. www.cassiusmartins.com.br
Cabelos longos e fortes da raiz às pontas A linha Extreme Lenght conta com fórmulas elaboradas para fortalecer as cadeias de proteína capilares com Biotina e IPN – fórmula exclusiva da marca Redken. * IPN - Composto por proteínas e aminoácidos + tecnologia Keralink, age nos cabelos secos ou molhados. O sistema incorpora moléculas de diferentes tamanhos, alcançando todos os níveis do cabelo. * Biotina (vitamina H ou B7)
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01. Waldomira Mileo Yamada | 02. Ciro Carneiro | 03. Jorane Castro | 04. Celia Laje Medina Cavalcante | 05. Dani Cascaes | 06. Rafaela Zuniga | 07. Fabia Mussi 08. Agenor Santos | 09. Patricia Benthes | 10. Renan Barata | 11. Maria e Shierley Klautau | 12. Lorena Morkazel | 13. Lis Sadala | 14. Manu e Edila Porto 15. Milena Farag e Yuri 59
#estilo
Do jeito que você deseja Da redação | Fotos Dudu Maroja
Esteja certo: móveis planejados podem fazer toda a diferença no projeto para o lar
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e design, funcionalidade e um bom aproveitamento de espaços são itens que estão no topo da sua lista mental
quando o tema é a ambientação de casas e apartamentos, saiba que a resposta para as dúvidas que povoam seus pensamentos pode estar na junção de duas palavrinhas que, unidas, transformam-se em alívio para quem quer soluções ao verdadeiro quebra-cabeças estético que é montar um espaço e chamá-lo de lar. Móveis planejados. Eis a chave. Seja em grandes ou pequenas metragens, eles se integram ao desejo de quem os procura, oferecendo diversidade de materiais e acessórios, alta tecnologia, o acompanhamento de profissionais especializados na elaboração do projeto e, com a evolução do mercado no setor, uma série de garantias, sempre bem-vindas quando o investimento das próprias economias está em questão. A arquiteta e especialista em design de interiores Francinete Botelho sabe bem disso. Com larga experiência no ramo, a profissional, parceira da Todeschini Planejados, faz questão de reforçar uma característica importante que pesa a favor na decisão pelo uso dos planejados: a criação de espaços que se adequem exatamente ao sonho do cliente. É ele, conhecedor do ambiente e sabedor do que pretende para o mesmo, que guiará, com a ajuda valiosa de profissional, os rumos do que deve ser feito. Nas próximas páginas, Francinete, que também é light designer, dá dicas sobre o casamento de móveis feitos sob medida com outros aspectos importantes para a criação de um ambiente aconchegante, como bons projetos de iluminação e decoração, além de enumerar cinco conselhos para não errar
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a mão na escolha dos planejados de sua preferência. Confira.
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Sala de Estar e Gabinete “Este ambiente foi projetado para integração entre os espaços da sala de jantar, home e gabinete, sem perder a funcionalidade de cada um. Atenção especial ao jogo de cores e texturas dos móveis planejados, com o uso de madeirados e laca na cor preta para os três espaços, cada um com a sua individualidade estética. A iluminação delimita os espaços e valoriza ainda mais os detalhes e o mobiliário; já na decoração o uso de papel de parede traz o contraste cromático entre parede e cada móvel projetado, por isso a preocupação com os tipos de móveis estofados e adornos de decoração. No gabinete, um espaço pequeno, móveis da Todeschini e instalação de prateleiras com iluminação de led, proporcionando praticidade e sofisticação.”
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Quarto do casal “A ordem aqui é criar um clima intimista, um projeto para relaxar e desfrutar a vida em harmonia com o lar. Os tons de bege do papel de parede se misturam com a cor preta dos planejados, assim como o tecido linho da cabeceira (produto Todeschini), num tom mais para o cru, se integra à proposta de um quarto acolhedor, de espaço reduzido, mas que somado aos detalhes de ambientação e a iluminação de cabeceira, com perfis tipo arandela, enriquece o projeto tornando o ambiente confortável. A mesma proposta foi usada no banheiro do quarto. Neutralidade com o uso do branco, bancada em cuba esculpida em mármore carrara, o que proporciona sofisticação, complementado pelo armário planejado em revestimento linho, com pureza das linhas retas.”
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Para fazer um bom negócio 1. Elabore um layout dos ambientes, com a disposição de todos os móveis e eletrodomésticos pretendidos, com dimensões já definidas; 2. Tenha a exata noção de circulação entre os móveis sugeridos no layout. Sempre atente para as medidas do que está sendo projetado; 3. Escolha uma loja de planejados com solidez no mercado. Em que a compra esteja sendo feita diretamente da fábrica. Assim você tem garantias sobre a entrega e assistência técnica; 4. Atente, durante a execução do projeto, para a resistência e manutenção de cada material escolhido, de acordo com cada ambiente. Fique atento ao que é acordado no ato da compra; 5. Acompanhe a montagem de seu projeto e verifique in loco se está tudo de acordo com o que você solicitou e comprou. 65
Quarto dos meninos “Espaços reduzidos pedem o uso de cores claras, para se alcançar a sensação de amplitude dos ambientes, mas nada como um pouco de cor, como o azul no painel laqueado da televisão, para quebrar a monotonia. E com um bom planejamento no design dos planejados, a funcionalidade se faz presente com o espaço para bancada de estudos e TV. A decoração empresta um ar leve e descontraído, com a escolha de um papel de parede adequado, assim como na cortina, em que escala do cinza traz o tom masculino ao quarto dos jovens.”
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Quarto das meninas “Trazendo o colorido para dentro de casa, o uso de uma cor vibrante promove o toque jovem e moderno ao quarto. Nos planejados, o aproveitamento de espaço foi a principal preocupação, com espelhos nas portas do armário. E para complementar com a decoração, o composê de papel de parede nos tons de bege, envelopando todo o quarto e deixando somente para o painel da cabeceira o toque de cor de berinjela no papel floral, com ilustração aquarela.”
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Volkswagen Golf Nos mais de 120 anos de história do automóvel, existem alguns modelos que merecem lugar de destaque pelo que representaram, cada um à sua época. Neste seleto grupo podemos citar, entre outros, o Ford Modelo T, o Volkswagen Fusca, o Citroen DS, o Chevrolet Corvette, o Ford Mustang e o Volkswagen Golf. No caso do VW Golf, ele representou, em 1973, uma nova página na história e nos rumos da Volkswagen, e desde então é a referência mundial em sua categoria. A cada concorrente lançado mundo afora (Ford Escort e Focus, Fiat Ritmo, Tipo, Stilo e Bravo, Peugeot 306, 307 e 308, Chevrolet Kaddet, Astra e Cruze e muitos outros), a primeira pergunta que se faz é se é tão bom quanto o Golf. Não estamos falando de Brasil, pois esta pergunta é feita na Alemanha, na Itália, na França, nos EUA e em qualquer lugar onde ele seja comercializado. No Brasil, a história do Golf começou em 1994, após a abertura das impor-
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tações, ainda na terceira geração do hatch alemão. Desde então e, especialmente a partir de 1997, quando passou a ser fabricado no Brasil já na quarta geração, também por aqui o Golf passou a estabelecer o padrão de qualidade de sua faixa de mercado. Depois de “pular” duas gerações e ficar defasado no mercado brasileiro, a Volkswagen finalmente atualizou o Golf no Brasil, inicialmente trazendo sua sétima geração da Alemanha e do México e, a partir de setembro, voltando a fabricar o modelo em sua fábrica no Paraná. Em relação ao Golf que ainda era vendido por aqui, esta nova geração representa um salto muito grande em tecnologia, espaço interno e conforto. No estilo, algumas características que acompanham o Golf desde a sua primeira geração estão presentes, como a larga coluna traseira e as lanternas em posição elevada. Este novo Golf chegou ao Brasil inicialmente com os motores 1.4 e 2.0 TSI
Paulo Bergamini é economista e apaixonado por carros desde os sete anos.
de 140 e 220cv respectivamente. A partir de setembro, o modelo nacional contará com o 1.6 16V de 120cv que já equipa as versões top do Gol e do Fox, e com o 1.4 TSi flex de 150cv. Estes motores estarão disponíveis nas versões Confortline e Highline respectivamente. A versão GTi, equipada com o motor 2.0 TSi continuará vindo da Alemanha. Desde a versão de entrada, o Golf nacional contará com controles de tração e estabilidade, vidros, travas e espelhos elétricos, seis airbags e direção elétrica, entre outros equipamentos. As versões mais completas poderão ter ainda teto solar panorâmico, rodas de 17 ou 18 polegadas, câmbio DSG de 7 velocidades, sistema de navegação, faróis de xenom, sensores de estacionamento, luminosidade e chuva, acabamento em couro, entre outros equipamentos. O Golf consegue agradar não só pelo desempenho, ou consumo, mas sim pelo “conjunto da obra”, pois ele é um
carro equilibrado em quase todos os aspectos, conquistando principalmente pela dirigibilidade aqueles que gostam de “sentir o carro” e de ter controle sobre a máquina. Perfeito, então? Certamente, não! O Peugeot 308 tem porta-malas maior, o Ford Focus é melhor equipado e tem mais versões e há ainda os que acham o design do Golf “sem sal” ou reclamam do valor de seu seguro e de suas peças. Além disso, quando equipado com alguns de seus opcionais tecnológicos, o Golf fica, de fato, muito caro. Apesar destes percalços, sem dúvida trata-se de um produto do mais alto nível. Teremos novamente um carro de categoria internacional fabricado em terras brasileiras.
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Jorane em DVD Enquanto finaliza a produção
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de seu primeiro longa de ficção, “Amores Líquidos”, a cineasta paraense Jorane Castro teve boa parte de sua obra compilada em
Saímos por aí à procura do que faz nossa felicidade: produtos originais e delícias para alterar o humor para melhor ;) Confira nossa seleção:
dois DVDs, para imensa alegria de seus admiradores. Um traz curtas de ficção e outro um documentário sobre a produção do não menos craque Luiz Braga. Essas pepitas do audiovisual da terra estão disponíveis na Fox Video, em Belém.
Crosley Dansette Bermuda De uns anos pra cá, ouvir álbuns em vinil deixou de ser uma experiência reservada apenas para audiófilos. Ligada nisso, a Crosley, especializada em aparelhos de inspiração retrô, colocou no mercado uma reedição das clássicas Dansette Bermuda, que dominavam o cenário entre os anos 1950 e 60. Além de curtir um som, ainda dá pra dar um up na decoração com essa belezinha em um canto da sala, não? Investimento: $ 195 Site: amazon.com
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Bacuri Presentear a garotada é sempre um prazer. Quando o mimo é feito com amor e criatividade, melhor ainda. A Bacuri é uma empresa paraense especializada em roupinhas para deixar sua criança (filhos, netos, sobrinhos, afilhados etc.) mais style. Mamães e papais também têm modelos especiais à escolha. www.obacuri.com.br
A Arte de Pedir A cantora e compositora Amanda Palmer queria $ 100 mil para produzir seu próximo álbum. Via crowdfunding, angariou nada menos do que um milhão de dólares doados pelos fãs! Um recorde que se transformou em celebrada palestra nos TED Talks (onde figuras de várias áreas explicam suas iniciativas de sucesso em conversas de curta duração) e agora chega ao Brasil em forma de livro, com o título “A Arte de Pedir - Ou como aprendi a parar de me preocupar e deixar que os outros me ajudem” . Nele, Amanda mostra o caminho das pedras para quem tem uma boa ideia e só precisa superar seus medos para, com uma ajudinha dos amigos, chegar lá. Investimento: entre R$ 29 e R$ 35 WWW.saraiva.com.br
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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS #DeBobeira
www.coquetel.com.br Tetracampeão de Fórmula 1 Hebe (Mitologia Período grega) que em geral sucede ao apogeu
Hospitais para loucos
© Revistas COQUETEL Ex-propriedade de Michael Jackson Sentimento ausente no sádico
Afluentes do rio Amazonas Código de "Colômbia" na web
Energia (símbolo) Solitário, em inglês Principal constituinte do biogás Filosofia de vida de origem japonesa
Índia, no alfabeto fonético da Otan
Cinema (abrev.) Vogal do vocativo
Bulbo vedado ao jainista
Enfeite Sua capital é Teerã
América Latina (abrev.) O poder exercido pelos genitores
Confirmou a existência da Área 51
Trecho ininterrupto de filmagem
Prata (símbolo) Interjeição telefônica Órgão estatal de pesquisas espaciais
Variedade de maçã produzida no Paraná Executar (?) Gaspari, jornalista
Parceiro de Herbert Vianna e Bi Ribeiro Alistamento de tropa
Filhote de jumento com a égua Flor-símbolo da cidade de São Paulo Sufixo de Fruta-de"cipriota" (?): pinha
Partido dos Trabalhadores
Criador da Turma do Pererê
"Preços", em IPC Desde, em inglês
BANCO
Rocha de pisos Ouvido, em inglês Conselho Nacional de Justiça (sigla)
Formato do Grande Colisor de Hádrons Pedido de socorro Cubo de jogos
Carvão, em inglês 500, em romanos
3/ear — eva. 4/coal. 5/alone — since. 10/esteroides — seicho no iê. 15/rancho neverland.
A glândula como a tireoide Talento da pessoa diplomática (fig.) O antecessor do Windows Substâncias detectadas no antidoping
Solução V M D E C A D M E T A N O U T I S E I C H A L O R D I M P A T R I O J O Ã O B U M S R A L EV A E N D O C R T A T O U A N E D A D OS E S T E R
O N O N E E V A E L A R O L Z A L I N A R A D O L C D O O I D
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“Elza [Soares] é real. Ela canta a dor com propriedade, o que a torna única!”
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Daryan Dornelles é fotógrafo, carioca, amante de vinis e de cliques memoráveis. A cada edição da Up Belém, ocupará este espaço para contar histórias sobre suas imagens favoritas. www.daryandornelles.com
Umarizal
91 3038.3745 | 91 98355.6506 | deliverysalud@gmail.com @salud_gourmet
Salud Gourmet
AO CUBO
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Se for de coração, seu pai vai amar!
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ISSN 2446-6328
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agosto 2015
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ressante, útil. Tudo que é inte dade. Tudo que é novi é feita por ra ito A Omnia Ed e amam profissionais qu e se qu e m o que faze iro para te in r po entregam do mundo! aproximar você
#CarlosBertolazzi
limitação. Informação sem em tem qu Conteúdo para conteúdo.
#FamíliaCordeiro Manoel e Felipe: parceria de vida e música
#Portugal
A história, a beleza e as curiosidades do país irmão
azine.com.br revista@upmag ine.com.br www.upmagaz
#Barbas
A história do homem escrita nos pelos do rosto
distribuição gratuita
Hell’s Kitchen brazuca conquista o público