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Vivência: Refl etindo sobre a prática pedagógica: metodologia ou tecnologia?

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REFERÊNCIAS

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VIVÊNCIA: REFLETINDO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA: METODOLOGIA OU TECNOLOGIA?

Vamos atentar para as imagens a seguir:

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Nas três imagens, reparem que, apesar do uso da tecnologia em sala de aula, a metodologia de ensino e a avaliação se mantiveram as mesmas. Sabemos que, quando utilizamos as tecnologias da informação e comunicação (TICs) educacionais: • Podemos criar uma falsa ilusão de que estamos utilizando uma nova metodologia e melhorando o aprendizado de nosso estudante.

Figura 26 – Aplicando a tabuada. Figura 27 – Quadro digital.

©Banco de imgens RHJ / Carlos Jorge Nunes

Agora basta acessar o site e encontrar as respostas!

Figura 28 – O mau uso da tecnologia.

O uso da tecnologia não se restringe apenas aos novos modelos de determinados equipamentos e produtos; ela altera comportamentos. A ampliação da tecnologia impõe-se à cultura existente, transformando não apenas o comportamento individual, mas o de todo o grupo social. Belloni (2001, p. 55) afi rma que: “A integração das inovações tecnológicas aos processos educacionais vai depender, então, da concepção de educação das novas gerações que fundamentam as ações e políticas do setor.” Assim, devem-se repensar os métodos, refl etir sobre a prática educativa e entender como a educação hoje pode responder às demandas da sociedade, sem estacionar nos modelos e nas práticas tradicionais. (Ver: NUNES, 2009, p. 27).

©Banco de imgens RHJ / Carlos Jorge Nunes

• Podemos subutilizá-las, porque não nos sentimos à vontade para explorar os recursos disponíveis:

Sabe-se que o professor, ao receber o estudante em sala de aula, presencia uma realidade que, para ele, foi construída diferente daquela do estudante: por vezes calcada em seu passado no qual não existia o computador. Possivelmente o computador não faça parte da sua rotina fora do ambiente da escola, mas talvez faça parte da realidade da escola em que atua. Eventualmente pode ter sido motivo de constrangimento para o professor, ou que o mesmo tenha tido experiências desagradáveis ao usá-lo. (SCHUHMACHER, 2017, p. 564).

• Necessitamos de novos saberes e competências para lidar criticamente com as TICs em nosso dia a dia. Schuhmacher (2017), em seu estudo, ainda aponta:

Os professores do Ensino Médio refl etem, em suas respostas, a debilidade quanto ao conhecimento técnico e o uso das TIC como recurso pedagógico. Nessa situação, a insegurança relacionada ao uso do computador e seus recursos afl ige 54,7 % dos professores (forte e média), o que caracteriza a difi culdade que eles sentem ao serem confrontados com seu uso na prática docente. (SCHUHMACHER, 2017, p. 571).

• As TICs nos auxiliam, após um planejamento, a atingir os objetivos propostos no processo de ensino-aprendizagem:

É preciso compreender que a ferramenta tecnológica não é ponto principal no processo de ensino e aprendizagem, mas um dispositivo que proporcionaliza a mediação entre educador, educando e saberes escolares, assim é essencial que se supere o velho modelo pedagógico […]. Sendo assim, temos que entender que, [sic.] a inserção das TICS no ambiente educacional, [sic.] depende primeiramente da formação do professor em uma perspectiva que procure desenvolver uma proposta que permita transformar o processo de ensino em algo dinâmico e desafi ador com o suporte das tecnologias. (OLIVEIRA, 2015, p. 80).

• Os próprios estudantes podem nos incentivar e auxiliar no uso das ferramentas:

Os alunos demonstram conhecer as novas tecnologias mais que os docentes e estes, na sua maioria, apresentam difi culdades para trabalhar com os novos aparatos tecnológicos. Existe uma situação paradoxal, pois enquanto os jovens interagem com as tecnologias, através de meios eletrônicos, informações audiovisuais, sites de relacionamentos, os professores formam-se para conduzir aulas baseadas em práticas usuais. Quando estão diante de novas técnicas e novos instrumentos tecnológicos, reproduzem os modelos tradicionais de ensino. Os alunos, devido à presença constante dos meios de comunicação, possuem um comportamento diferente dos professores: eles agem e pensam por meio de outra razão cultural; eles são os “nativos da era digital”. (NUNES, 2009, p. 35).

• O acesso às informações e aos recursos didáticos se torna mais rápido, porém precisamos ter conhecimento de como acessar e selecionar as fontes e as informações pesquisadas:

A utilização adequada destas tecnologias estimula a capacidade de desenvolver estratégias de buscas; critérios de escolha e habilidades de processamento de informação, não só a programação de trabalhos. Em correlação à comunicação, induz o desenvolvimento de competências sociais, a capacidade de comunicar efetiva e coerentemente, a qualidade da apresentação escrita das ideias, permitindo a autonomia e a criatividade. (OLIVEIRA, 2015, p. 84).

CONVITE À LEITURA

NUNES, M. J. O professor e as novas tecnologias: pontuando difi culdades e apontando contribuições. 2009. Monografi a (Graduação em Pedagogia) Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2009. Disponível em: https:// docplayer.com.br/3905511-O-professor-e-as-novas-tecnologias-pontuandodifi culdades-e-apontando-contribuicoes.html. Acesso em: 04 dez. 2020.

A autora procura responder como se dá a prática educativa dos professores das escolas fundamentais com relação ao uso das novas tecnologias, pontua problemáticas e aponta contribuições frente aos problemas evidenciados.

SCHUHMACHER, V. R. N.; ALVES FILHO, J. de P.; SCHUHMACHER, E. As barreiras da prática docente no uso das tecnologias de informação e comunicação. Ciênc. Educ., Bauru, v. 23, n. 3, p. 563-576, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v23n3/1516-7313-ciedu-23-03-0563.pdf Acesso em: 1º dez. 2020.

Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, “ pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas.

(OLIVEIRA, 2015, p. 91).

davidf/istock.com

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