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Atividade 3: Usos das linguagens

Atividade 3: Usos das linguagens

Professor, Romieta e Julieu é um livro multimodal. Você tem em mãos uma obra para explorar diversas linguagens com seus alunos. Vamos destacar alguns aspectos muito interessantes para fundamentar um debate e atividades práticas sobre esta temática:

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Tema: A linguagem do grafite e da pichação no meio urbano dos jovens

A sacada foi aí! Ao visitar a casa de Julieta pela internet, Marcelo e Marconi descobriram uma inspiração para o livro Romieta & Julieu, além de ficarem sabendo que era possível comprar imagens das paredes daquela casa, onde milhares de casais deixaram inscritas suas juras de amor. Daí em diante, a ideia foi trabalhar sobre essas imagens, cheias de letras e signos, corações e rabiscos, umas sobre as outras, formando um ruído interessante para a linguagem do livro. As paredes, de tão escritas, lembram uma pichação bem desordenada, lembram a linguagem das ruas e o vozerio das gerações de pessoas e casais que por ali passaram e passam (p. 162-163). Neste momento, mais que apresentar o grafite e a pichação para os alunos, é essencial tratar das questões sociais que estão por trás destas manifestações de linguagem, para desfazer o mito de que são vandalismo. No site da MultiRio há uma reportagem intitulada Grafite x pichação: qual a diferença?, escrita por Gilberto de Abreu, que apresenta dados e considerações muito relevantes para fundamentar este debate com seus alunos. Acesse o texto neste endereço: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/2972grafite-x-picha%C3%A7%C3%A3o-qual-a-diferen%C3%A7a Este debate pode fundamentar a atividade 3, da parte de pós-leitura, da seção “Propostas de atividades II”, quando os alunos terão a oportunidade de grafitar.

Tema: Explorar a tipografia e a edição de textos

A fonte com que o livro é impresso foi uma adaptação de uma outra, preexistente, chamada Cecilia. [...] Os irmãos designers modificaram um pouco o desenho dessas letras e as transformaram em uma fonte exclusiva para este livro, com versões em uma cor e preenchida com os rabiscos das paredes da casa de Julieta Capuleto. (p. 163) A discussão sobre fontes gráficas pode despertar os alunos para o campo da edição de textos. Então, no laboratório de informática, se possível, explore estas fontes gráficas gratuitas com seus alunos: https://www.dafont.com/ ipanema-grafica.d910 Conduza-os a perceber a relevância da escolha tipográfica e seus efeitos sobre a construção de sentidos dos textos. O material deste site pode

fundamentar essa discussão: https://edu.gcfglobal.org/pt/conceitos-basicosde-design-grafico/o-que-e-tipografia-e-como-escolher-um-tipo-de-letra/1/.

Tema: Linguagem não verbal

Essas letras também são parentes dos signos ou desenhos que aparecem, quase que como ilustrações do livro. São desenhos que saíram das palavras que aparecem na narrativa, como sangue, coração, espada, etc. Esses ícones se amontoam, conversam, se misturam às frases, marcam a cadência das orações, estão por todo o texto. (p. 163-164) [...] Foi escolhida então uma paleta de roxo e rosa, com preto e branco, claro. A voz do narrador ficou em rosa, portanto aparece bastante; as rubricas, isto é, as marcações de quem está falando, nos diálogos, ficaram em roxo; e as falas propriamente ficaram em preto, num fundo branco. Isso deu bastante dinamismo e movimento às páginas, além de demarcar bem quem é quem, quantos falam, em cada situação. (p. 164-165). Sugerimos folhear a obra com foco nestes elementos, fomentando a discussão sobre as linguagens dos signos, dos desenhos e das cores presentes na obra, bem como a relação desses elementos com o texto escrito e com a construção de sentidos para o texto.

Tema: Linguagem e tecnologia

Isso foi mantido na adaptação, que continuou com esse jeito de peça, de conversa, de diálogo, só que mais inspirada em nossas infinitas e constantes conversações de WhatsApp, por exemplo. (p. 165) Este tema, certamente, renderá boas discussões, trazendo à tona reflexões sobre tratamento da informação, usos das tecnologias digitais na comunicação, seus benefícos e possíveis males. A problemática da disseminação das fake news (‘notícias falsas’) pode ser muito explorada aqui. Nesta reportagem, Márcia Pimentel fala sobre “Como a escola pode combater o mundo das fake news”: http://www.multirio.rj.gov.br/index. php/leia/reportagens-artigos/reportagens/15098-como-a-escola-podecombater-o-mundo-das-fake-news

HABILIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA EM13LP06: Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua (Competência 1 - Todos os Campos de atuação social). EM13LP40: Analisar o fenômeno da pós-verdade – discutindo as condições e os mecanismos de disseminação de fake news e também exemplos, causas e consequências desse fenômeno e da prevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de forma a adotar atitude crítica em relação ao fenômeno e desenvolver uma postura flexível que permita rever crenças e opiniões quando fatos apurados as contradisserem (Competência 2 e 7 - Campo jornalístico-midiático).

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