Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Pathos. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 Ethos . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Story-line. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Pequena Sinopse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Ação Principal. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Ação Secundária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Personagens Principais.. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Personagens Secundárias. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Narrador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .7 Sequências Fílmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Espaço físico, social e psicológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Pré-produção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Produção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Pós-produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Conclusões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Apêndices. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
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Introdução Uma grande reportagem tem, geralmente um tema de grande importância, relacionado com a atualidade, e constitui um trabalho de longa duração, variável entre os 25 e os 50 minutos (Oliveira, 2007). Neste sentido, o tema da nossa reportagem “Olá Pai, Olá Papá” é a adoção de crianças por casais homossexuais. A escolha do tema prendeu-se ao facto de, primeiramente, querermos abordar o tema da homossexualidade, uma vez que se trata de um assunto sensível entre a sociedade. Por outro lado, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo trata-se de um tema polémico, com diversas opiniões, tanto por parte de especialistas como por cidadãos comuns. Para além disso, a lei que permite a adoção de crianças por casais homossexuais é uma lei recente e, dessa forma, tem potencial para desenvolvermos entrevistas a especialistas de diversas áreas em relação à sua aprovação. A reportagem tem como objetivo dar a conhecer os vários pontos de vista sobre esta temática, bem como casos de casais do mesmo sexo que pretendam, ou não, adotar crianças.
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Capítulo I 1.1 Da Intriga à Moral Pathos: A nossa ação dramática ocorre em três vertentes: a que dá conta do agregado familiar de Adriana e Inês; a que mostra a situação familiar de Isabel; e a que relata a história de António Vieira. Adriana e Inês recorreram a inseminação para serem mães, método também utilizado por Isabel, no entanto, sem a companhia de uma parceira. Já António Vieira, apesar de homossexual, tem um filho proveniente de uma relação heterossexual do passado. Apesar de diferentes, todas estas famílias demonstram viver dentro da normalidade, sem problemas associados aos seus filhos e ao facto de terem pais homossexuais, ao contrário do que alguns especialistas preveem. Durante a reportagem é-nos dada a conhecer a opinião de vários especialistas sobre o tema, opinião que é cruzada com o testemunho destas famílias. Enquanto alguns defendem que a presença de um pai e uma mãe é essencial, outros afirmam que não é necessário, desde que se criem condições favoráveis para o bem-estar da criança, constituindo isso a trama da nossa reportagem.
Ethos: A nossa reportagem pretende descodificar o conceito de família e dar a conhecer famílias homossexuais que “fujam à regra”. Apesar da opinião da assistente social e do padre, que são a favor de que uma família deve ter um elemento masculino e feminino e que um casal homossexual não reúne os requisitos necessários para educar uma criança, ao longo da reportagem deparamo-nos com casos de famílias do mesmo sexo em que a criança é feliz. Os indivíduos que afirmam não existirem diferenças entre ser educado por um casal heterossexual ou homossexual provam que houve uma evolução de mentalidades e que a discriminação se está a dissipar.
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1.2 Da Temática às Personagens Story-line
A reportagem inicia-se com a conceção de família;
Apresentamos as famílias homossexuais que entrevistámos;
Entrevistámos Joana Cadete Pires, da associação ILGA, instituição de defesa dos direitos LGBT em Portugal;
Apresentamos a lei que permite a adoção por casais homossexuais;
Dirigimo-nos à Igreja de Santa Maria, no Cacém, para ter a representação da Igreja Católica;
António Vieira fala-nos da evolução de mentalidades, que não foi imediata;
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A assistente social explicou-nos como funciona o processo legal e a burocracia nele implícito;
Tal como a assistente social, Joana Cadete Pires fala-nos do processo legal da adoção, bem como da discriminação ainda existente;
Isabel conta-nos que não está preocupada com a “diferença” da sua família e consequências que a filha possa ter;
Para Inês, “tudo o que é diferente e desconhecido causa medo nas pessoas”, compreendendo o receio em relação a esta lei;
A psicóloga defende que a discriminação é uma situação geral e não tem a ver com o facto de ter pais homossexuais
Para Isabel, “ser mãe é a melhor coisa do mundo” e incentiva todas as pessoas que querem ter filhos a fazê-lo
Título do documentário: “Olá Pai, Olá Papá”
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Pequena Sinopse: “Olá Pai, olá papá” é uma reportagem que procura abordar o pertinente tema da adoção de crianças por casais homossexuais. A reportagem leva o espetador a pensar sobre estereótipos existentes em relação a estes indivíduos, assim como as dificuldades que enfrentam no processo de adoção. Por outro lado, mostra diferentes opiniões de especialistas e indivíduos homossexuais e revela as dificuldades que podem enfrentar no processo de adoção. 1.3 Narrativa 1.3.1. Elementos da Narrativa Ação Principal/ Central: Desenvolve-se em torno dos relatos dos indivíduos homossexuais entrevistados, e o desenrolar da sua história, desde que decidiram ter um filho, passando pelos obstáculos que tiveram de enfrentar Secundária: Testemunhos dos representantes dos vários órgãos pertinentes Personagens: o Principais: Adriana, Inês, Isabel e António. o Secundárias: Domingos Carneiro (padre), Dra. Sílvia Botelho (psicóloga), Joana Cadete Pires (vogal da ILGA), Sandra Cunha (deputada do Bloco de Esquerda) e Rute Maria (Assistente Social) 1.3.2. Entidades da Narrativa Narrador: Na presente reportagem encontramos um narrador não participante (ou heterodiagético), por não participar de forma ativa na narrativa. No que toca ao grau de focalização, ou seja, ao grau de conhecimento que o narrador tem dos acontecimentos, esta é claramente interna múltipla. O narrador tem um conhecimento profundo apenas de duas personagens, neste caso, três: a Adriana e a Inês (1:00 a 1:06), a Isabel (1:49 a 1:55) e o António Vieira (2:08 a 2:11). Acrescente-se que o narrador possui ainda algumas informações prévias sobre o tema, como demonstrado do início da reportagem até aos 0:49 minutos.
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1.3.3. Estruturação Sequências Fílmicas Encadeamento: O encadeamento está estruturado de forma a contar a história da reportagem seguindo uma sequência lógica: No início temos uma abordagem geral às leis da adoção e ao conceito de família, para que exista já o contexto necessário para acompanhar o desenvolvimento. Neste, é aprofundada a história das personagens acompanhadas dando maior relevo aos obstáculos que enfrentaram e ao modo como lidam com as variadas pressões impostas pela sociedade. A reportagem termina numa nota de esperança, transmitida pelas próprias personagens aos casais ou indivíduos homossexuais que se encontrem em situações semelhantes. Enquanto certas personagens secundárias se mantêm com posições definidas ao longo da reportagem, há duas cuja imagem se vai alterando de sequência para sequência. O exemplo mais eminente é o do padre, que é apresentado como sendo praticamente contra a adoção, tornando-se quase um antagonista. No entanto, esta noção é alterada na sua última sequência, em que fica evidente que, enquanto pessoalmente não é simpatizante da lei da adoção, revela que a Igreja (e, numa forma mais global, a sociedade) deve estar pronta para receber todos, não obstante os seus credos e orientações sexuais.
Alternância: A alternância que vai sucedendo ao longo da reportagem é essencialmente entre as personagens principais (indivíduos homossexuais, portanto), e os testemunhos dos profissionais, acabando por criar a conexão entre a experiência de vida dos pais homossexuais, e a análise crítica da mesma; a história dos primeiros é complementada pelo comentário subjetivo dos últimos. Este jogo entre as duas partes é levado a cabo pelas próprias personagens, com intervenção quase nula do narrador, na segunda metade da reportagem, em que estabelece uma espécie de diálogo entre os entrevistados, como se estivessem todos na mesma sala, a debater.
Encaixe: 18:35 - 20:27 - Durante o discurso do padre Domingos Carneiro, foi feito o encaixe do testemunho da assistente social Rute Maria, de forma a realçar a linha de pensamento semelhante entre as duas personagens.
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1.3.4. Espaço Físico – Quando falamos de espaço físico referimo-nos a uma diversidade de espaços, no sentido mais lato da palavra. Este tipo de espaço menciona o local, ou locais, onde ação se desenrola (Costa & Costa, 2007) Assim, tanto a entrevista ao casal Adriana e Inês como a entrevista à mão homossexual Isabel, ocorrem num espaço exterior, aberto e público, mais concretamente no Jardim do Príncipe Real. A entrevista ao individuo homossexual António Vieira decorreu num espaço exterior, aberto e público, na Rua Vieira Lusitano, em Campolide. A entrevista a Joana Cadete Pires, vogal da Associação ILGA foi feita num espaço interior, fechado e privado, mais concretamente no escritório de advogados onde entrevistada trabalha. As entrevistas ao Padre Domingos Carneiro, à deputada do Bloco de Esquerda Sandra Cunha e à psicóloga Dra. Sílvia Botelho decorreram ambas num espaço interior, fechado e privado, na Paróquia Nª. Sª da Consolação de Agualva - Igreja de Santa Maria, Assembleia da República e no escritório da psicóloga, respetivamente. Por último, a Assistente Social Rute Maria foi entrevistada na Biblioteca Municipal de Ferreira do Zêzere, um espaço interior, fechado e público.
Social: O seu conceito pretende mostrar uma tipologia social e está associado ao meio social das narrativas, onde estão presentes as personagens. A entrevista realizada na Igreja de Santa Maria representa a Igreja Católica. A
entrevista a Joana Cadete Pires, da ILGA, embora se tenha realizado no escritório da advogada, pretende representar a comunidade gay, lésbica, bissexual e transgénero. A entrevista realizada na Assembleia da República constitui a representação do direito à igualdade, defendida pelo Bloco de Esquerda.
Psicológico: Em relação ao espaço psicológico, o Casal de mães Adriana e Inês demonstra
despreocupação em relação à discriminação que o filho pode sentir e desilusão por haver uma ideia errada em relação à homossexualidade e à adoção de casais do mesmo sexo. Página 9 de 29
A mãe homossexual Isabel tem o sentimento de tristeza no que diz respeito ao sistema legal representar a mentalidade das pessoa, mas, por outro lado, felicidade por ter realizado o seu sonho, ter sido mãe. Ainda Isabel incentiva à maternidade. O individuo homossexual António Vieira demonstra sinceridade em relação ao passado e ao filho que teve fruto do casamento com a melhor amiga e desânimo por haver discriminação entre homossexuais. Já Joana Cadete Pires, vogal da ILGA, tem esperança pela integração LGBT e luta pela igualdade. Por outro lado, mostra desprezo pelo “crime de ódio” que alimentam em relação à homossexualidade. O Padre Domingos Carneiro defende que uma família tem de ter um elemento masculino e um feminino. Sandra Cunha, deputada do Bloco de Esquerda, mostra orgulho pelas conquistas do Bloco de Esquerda e defende os casais do mesmo sexo. A psicóloga Dra. Sílvia Botelho demonstra consideração pelos homossexuais. Por último, a Assistente Social Rute Maria tem respeito em relação à “família tradicional” e mostra pena pela burocracia necessária para o processo de adoção.
Capítulo II - Desenvolvimento das etapas de produção do projeto 1. Pré-produção → Websites: foram importantes na escolha do tema, uma vez que através da pesquisa percecionamos o que poderíamos fazer com o trabalho, ou seja, as potencialidades que este tema nos daria. Por outro lado, deram-nos informações que desconhecíamos e que nos ajudaram na voz-off e nos guiões de entrevista;
E ouviram-se muitas palmas na AR: adopção por casais do mesmo sexo aprovada (http://www.publico.pt/politica/noticia/adopcao-por-casais-do-mesmo-sexoaprovada-por-larga-maioria-no-parlamento-1715031)
O
Sérgio
tem
dois
pais.
O
pai
Jorge
e
o
pai
Pedro
(http://expresso.sapo.pt/podcasts/a-beleza-das-pequenas-coisas/2016-03-11-OSergio-tem-dois-pais.-O-pai-Jorge-e-o-pai-Pedro)
Adoção gay é legal a partir de ontem (http://www.sol.pt/Noticia/497898)
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Adoção
por
casais
homossexuais
(vídeo)
(http://cmtv.sapo.pt/programas/manha_cm/detalhe/adocao_por_casais_homosse xuais.html)
Pope
Francis:
Heterosexual
Parents
Best
for
Children
(http://www.advocate.com/politics/religion/2015/06/16/pope-francisheterosexual-parents-best-children)
Pope Francis Against Gay Adoption: ‘Every Person Needs a Male Father and a Female Mother’
(http://cnsnews.com/news/article/michael-w-chapman/pope-francis-
against-gay-adoption-every-person-needs-male-father-and)
Portugal
é
o
24.º
país
a
permitir
a
adoção
por
casais
gay
(http://www.dn.pt/portugal/interior/portugal-e-o-24-pais-a-permitir-a-adocaopor-casais-gay-4895531.html)
Parlamento
aprovou
adoção
por
casais
homossexuais
(http://economico.sapo.pt/noticias/parlamento-aprovou-adopcao-por-casaishomossexuais_235226.html)
Adoção
por
casais
homossexuais
possível
em
cerca
de
20
países
(http://www.ionline.pt/480990)
Different families The experiences of children with lesbian and gay parents (http://ilga-portugal.pt/ficheiros/pdfs/different_families_final_for_web.pdf)
Famílias Arco-Íris (http://familias.ilga-portugal.pt/)
Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (http://ilga-portugal.pt/ilga/index.php)
Academia de Psicologia da Criança e da Família - APSICF Lda (http://www.apsicf.pt/)
→ Youtube
Pedro Arroja Porto Canal Adoção (https://www.youtube.com/watch?v=vZ2x8kiJ0DQ&app=desktop)
2. Produção
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gay
A produção da entrevista passou por entrar em contato com especialistas na área de adoção, para além de recolher o testemunho de famílias homossexuais com filhos. Consoante cada entrevista foram utilizados vários planos, tendo em conta a situação. Planos utilizados A partir dos 50 segundos até aos 57s são utilizados dois planos gerais (menina a caminhar com a mãe e baloiço) para introduzir a temática da adoção homossexual. Estes planos permitem a visualização de todos os elementos de uma cena e por isso é considerado um plano de ambiente (Oliveira, 2007). Em seguida (00:58 – 01:06) são visualizados excertos das entrevistas para apresentar os intervenientes através de planos próximos e travelling. Este movimento consiste na deslocação da câmara sobre o seu próprio eixo, percorrendo um caminho (Oliveira, 2007). Durante a entrevista da Adriana e da Inês é utlizado um plano geral (25:14 a 25:17), um plano próximo e um grande plano (por exemplo de 20:28 a 21:13). Estes dois últimos planos foram escolhidos por privilegiarem o que é transmitido pela expressão facial (Fernandes & Simão, 2007). Para apresentar Isabel (01:50 -01:55) utiliza-se, novamente, planos próximos e grandes planos. Em relação à entrevista de António Vieira (02:08 – 02:49), recorremos a um plano geral, plano próximo e um plano americano (17:26 a 17:30). O plano americano foi selecionado para destacar a figura humana desde cabeça até meio da coxa (Oliveira, 2007). Entre os minutos 02:54 e 03:30, conhece-se o padre Domingos Carneiro através de um plano próximo. Este plano é usado no minuto 04:57 na entrevista da deputada Sandra Cunha, na entrevista à Advogada Joana Pires (05:12) e na entrevista à assistente social Rute Maria. O plano próximo mostra um terço do objeto (Dantas, 1999). No minuto 03:53 através da focagem, visualiza-se um cartaz da ILGA desfocado que se revela gradualmente, voltando a desfocar, com a seguinte mensagem “o que faz a família é o amor”. No minuto 04:23 observa-se a imagem da Assembleia da Republica através de um plano de ambiente muito geral. Este plano não tem qualquer limite, destaca Página 12 de 29
essencialmente o ambiente sendo que o elemento humano quase que não é visível na imagem (Fernandes & Simão, 2007). No minuto 05:33 e 05:53 utiliza-se dois movimentos de câmara panorâmicos: um vertical tilting para dar a conhecer a sede da ILGA e um horizontal pannig para evidenciar um outdoor da ILGA sobre o Observatório da Discriminação. Neste caso, a câmara está fixa sobre o seu eixo, rodando apenas para os lados ou na vertical (Oliveira, 2007). No minuto 07:53 existe um fade out para introduzir a psicóloga Sílvia Botelho. Nesta entrevista utiliza-se um plano americano (23:42 a 24:46) e um plano próximo. No minuto 10:06 existe várias panorâmicas horizontais que remetem para o espaço infantil. Para evidenciar alguns objetos é utilizado um plano de detalhe com focagem (14:58 a 15:02 e 28:14 a 28:17 desenhos no chão) desfocagem (fotos no jardim, 15:02 a 15:03) e muito grande plano com zoom. A reportagem termina com um fade out aos 30:02.
3. Pós-produção O software utilizado na pós-produção foi Adobe Illustrator CS6, Adobe Photoshop CS6, e Adobe Premiere Pro CS6, sendo que a montagem foi concretizada neste último. A sequência introdutória animada (00:00 - 00:48), bem como a sequência de conclusão (30:05 - 30:22) foram criadas utilizando imagens vetoriais tratadas no Adobe Illustrator, e posteriormente no Adobe Photoshop, para obter o efeito de que foi uma criança a pintá-los. Também foi nestas sequências que se colocou a única trilha sonora da reportagem. Não houve qualquer tratamento estético do conteúdo fílmico, sendo o único “efeito” utilizado o ocasional fade in e fade out.
Conclusões A presente reportagem pretendia, inicialmente, contar com o testemunho de casais homossexuais que já tivessem adotado ou se encontrassem em processo de adoção. Dado o caráter recente da aprovação da lei, encontrar casais nessa situação verificou-se impossível, por isso, contactámos famílias que tivessem recorrido a outros meios para terem filhos.
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O grupo ficou surpreendido ao constatar a diversidade existente nas famílias atuais e por, apesar das diferenças, discriminações e preconceitos, viverem felizes. Contudo, não foi fácil entrar em contacto com famílias. As instituições que protegem as famílias, como por exemplo a ILGA, mostraram-se pouco recetivas em revelar a identidade de famílias da associação, talvez devido ao preconceito de que já são alvo. Dada a situação, foram necessários esforços acrescidos para chegar a estas pessoas. Por outro lado, entrar em contacto com especialistas sobre o assunto foi mais fácil, apesar da sensibilidade do tema. Tanto as partes que concordavam com a aprovação da lei como as que discordavam mostraram-se à vontade para dar o seu testemunho, mesmo sabendo que as suas opiniões poderiam não ser socialmente aceites. Aponte-se só o caso da assistente social Rute Maria, que foi contatada através de conhecimentos pessoais, uma vez que as instituições de acolhimento infantil que contactámos não se mostraram dispostas a darem o seu testemunho. A falta de material fílmico também deve ser tida em conta no desenrolar desta experiência, uma vez que com ela percebemos a dificuldade existente na captação de diferentes planos e ângulos para a elaboração da reportagem. Apesar das dificuldades conseguimos obter bons testemunhos, que nos deram uma visão abrangente do nosso tema, pois se, por um lado, a aprovação da lei possibilita a adoção de crianças por casais homossexuais, por outro, ainda há muito trabalho a ser feito no que toca à proteção de famílias homossexuais e mudança de mentalidades.
Referências bibliográficas Costa, S & Costa, T (2007) As Categorias da Narrativa: o Espaço, Literatura – As bases da Literatura,
Criar
Mundos,
acedido
a
3
de
Junho
de
2016
em:
http://criarmundos.do.sapo.pt/Literatura/pesquisabasesliteratura020.html
Oliveira, J. (2007) Manual de Jornalismo de Televisão, Lisboa: Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor), 1ª edição, páginas 7 - 79
Simão, J & Fernandes, N (2007) Manual de Jornalismo Televisivo – UTAD TV, Vila Real: Universidade De Trás-Os-Montes e Alto Douro, páginas 6 - 62 Página 14 de 29
Apêndices Tabela 1 – Reuniões realizadas com respetivos elementos presentes Data 2 de Março de 2016
Duração 13h-15h
Assunto Escolha do Tema; Preparação do Projeto (Escolha de entrevistados e material necessário);
Elementos presentes Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira
8 de Março de 2016
14h30-17h
Pesquisa sobre o tema; Início da preparação do guião de entrevistas;
15 de Março de 2016
14h-16h
Conclusão do Guião de Entrevistas; Contactar algumas fontes; Agendamento de entrevistas;
31 de Março de 2016
15h-18h
Entrevista ao Padre Domingos Carneiro;
7 de Abril de 2016
15-18h
Revisão das questões; Entrevista à psicóloga Drª Sílvia Botelho, fundadora e Autora do Projeto Academia de Psicologia da Criança e da Família - APSICF Lda;
11 de Abril
14h – 18h
Pesquisa de novos contatos Construção da Storyboard
Ana Rita Rogado Carla Nunes Cátia Rosa Ana Rita Rogado Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira
29 de Abril
14h45- 16h
Construção da voz off
2 de Maio
16h30 - 17h30
Entrevista a António Vieira
15 de Maio
15h – 17h
Presença no piquenique das famílias arco-íris; Entrevista ao casal lésbico Inês e Adriana e à mãe solteira Isabel;
11h-21h
Edição da reportagem; Gravações finais da voz-off; Conclusão da reportagem;
1 de Junho
14h-17h
Elaboração do relatório final
2 de Junho
10-16h
Elaboração do relatório final
3 de Junho
10-16h
Conclusão do relatório final
Ana Rita Rogado Carla Nunes Artur Simões Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira Ana Rita Rogado Artur Simões Carla Nunes Cátia Rosa Diogo Oliveira
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Tabela 2 - Tarefas individuais na elaboração da reportagem
Elementos
Entrevistas
Pesquisa
Produção
Ana Rita Rogado
- Adriana e Inês - Isabel - Padre Domingos Carneiro - Psicóloga Sílvia Botelho; - Joana Cadete Pires, vogal da ILGA; - Deputada Sandra Cunha
- Pesquisa de notícias referentes à aprovação da lei da adoção;
- Corte do vídeo referente à entrevista da Assistente Social Rute Maria e à entrevista a Joana Cadete Pires, da ILGA;
- Seleção de informação das notícias pesquisadas; - Pesquisa de instituições/ organizações sobre o tema; - Pesquisa de contatos para as entrevistas;
Artur Simões
- Adriana e Inês (imagem)
- Procura de reportagens semelhantes
- Isabel (imagem)
- Isabel (entrevistadora)
- Gravação da entrevista à deputada Sandra Cunha - Produção do relatório final;
- Guião de entrevista ao padre Domingos Carneiro, psicóloga Sílvia Botelho, Joana Cadete Pires, António Vieira, Sandra Cunha, Adriana e Inês e Isabel; - Montagem da reportagem;
- Produção do relatório final; - Construção do texto voz-off;
- Cortes adicionais dos vários vídeos;
- António Vieira (imagem) - Adriana e Inês (entrevistadora)
- Construção do texto da voz-off;
- Seleção dos segmentos de vozoff;
- Joana Cadete Pires, Vogal ILGA (imagem)
Carla Nunes
Outros
- Narração; - Seleção de informação das notícias pesquisadas; - Pesquisa de contatos para as entrevistas e respetivo envio de emails e telefonemas;
- Corte do vídeo referente à entrevista do padre Domingos Carneiro;
- Tradução de notícias escritas em inglês;
- Corte do vídeo referente à entrevista de Adriana e Inês;
- Produção do relatório final;
- Construção do texto da voz-off;
- Corte de vídeo referente à entrevista de Isabel; - Guião de entrevista ao padre Domingos Carneiro, psicóloga Sílvia Botelho, Joana
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Cátia Rosa
- Assistente Social Rute Maria (entrevistadora)
- Seleção de informação sobre a adoção homossexual (estatísticas e países onde a lei já estava em vigor); - Pesquisa de instituições e intervenientes através da internet e contactos pessoais;
Diogo Oliveira
- Padre Domingos Carneiro (entrevistador);
- Notícias referentes à aprovação da lei da adoção;
- Psicóloga Sílvia Botelho (entrevistador);
- Procura de instituições/ organizações sobre o tema;
- Vogal da ILGA Joana Cadete Pires (entrevistador); - António Vieira (entrevistador); - Deputada Sandra Cunha (entrevistador);
Cadete Pires, António Vieira, Sandra Cunha, Adriana e Inês e Isabel; - Corte do vídeo referente à entrevista a Joana Cadete Pires; - Guião de entrevista ao padre Domingos Carneiro, psicóloga Sílvia Botelho, Joana Cadete Pires, António Vieira, Sandra Cunha, Adriana e Inês e Isabel - Corte do vídeo referente à entrevista a António Vieira;
- Produção relatório final; - Gravação das entrevistas ao padre Domingos Carneiro, psicóloga Sílvia Botelho e à deputada Sandra Cunha;
- Produção do relatório final
- Corte do vídeo da entrevista da deputada Sandra Cunha; - Guião de entrevista ao padre Domingos Carneiro, psicóloga Sílvia Botelho, Joana Cadete Pires, António Vieira e Sandra Cunha;
Apêndice 1 – Guião da entrevista ao indivíduo homossexual António Vieira: 1. Recentemente foi aprovada a lei da adoção de crianças por casais homossexuais. Concorda? 2. Porque acha que a lei da adoção de crianças por casais homossexuais só foi aprovada à 5ª vez? 3. Conhece casais/indivíduos que não concordem com a adoção de crianças por casais homossexuais? 4. Já pensou em adotar? Página 17 de 29
5. Conhece casais/indivíduos homossexuais que tenham adotado ou estão a considerar o processo? Se sim, sabe das dificuldades que enfrentaram? 6. Acha que as famílias homossexuais, em particular os filhos, ainda são alvo de preconceito? (Referenciar o meio escolar) 7. Na sua opinião, a dinâmica familiar poderá ser afetada pela orientação sexual dos pais?
Apêndice 2 – Guião de entrevista à Assistente Social 1. Fale-nos um pouco sobre o processo de adoção (quais os primeiros passos, quem deve contactar, condições necessárias, etc.). 2. Concorda que o processo de adoção seja tão burocrático? 3. Quais os principais fatores que determinam a aprovação de uma adoção? 4. Tem algum conhecimento de adoção por parte de um casal homossexual? (Se sim, pode comentar se o processo foi bem sucedido). Difere muito dos restantes processos? 5. Acha que o facto de uma criança ser adotada por um casal homossexual poderá afetar o seu desenvolvimento? 6. Nesse sentido, é benéfico/ prejudicial para a criança ser adotada por um casal homossexual em vez de se manter no sistema até ser adotada por um casal heterossexual. 7. Pensa que a aprovação da lei irá reduzir significativamente o número de crianças institucionalizadas?
Apêndice 3 – Guião de entrevista Psicóloga Drª Sílvia Botelho (Fundadora e Autora do Projeto Academia de Psicologia da Criança e da Família): 1.
Em que consiste a Academia da Psicologia?
2.
Quais os casos mais frequentes com que se deparam?
3.
Porque acha que a lei da adoção de crianças por casais homossexuais só foi aprovada à 5ª vez?
4.
Acha que a adoção de crianças por casais homossexuais afeta o desenvolvimento da criança?
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5.
Se sim, de que maneira?/ Se não, acha que há outros fatores mais determinantes que possam influenciar o seu desenvolvimento?
6.
Na sua opinião de profissional, quais os principais problemas que a criança poderá enfrentar no meio escolar?
7.
O facto de a criança ter (dois) pais homossexuais determina a futura sexualidade da criança?
8.
Acha que a lei terá um impacto significativo na sociedade? Considera que a aprovação da lei é geralmente aceite pela sociedade?
Apêndice 4 – Guião de entrevista à Associação ILGA Portugal: Joana Cadete Pires Associada n.º 1252 e Vogal da Direção
1. Em que consiste a vossa associação e quando chegou a Portugal? 2. O que levou à necessidade de se implementar a ILGA em Portugal? 3. Quais os casos mais frequentes com que se deparam? 4. Recentemente, foi aprovada a lei da adoção de crianças por casais homossexuais. Já receberam pedidos de esclarecimento sobre adoção? 5. Que tipo de apoio prestam aos casais que adotaram ou pretendem adotar crianças? 6. Na sua opinião, porque é que a lei só foi aceite à 5ª vez? 7. Qual considera ser o fundamento das pessoas que estão contra a adoção por casais do mesmo sexo? 8. Sente que houve uma mudança de mentalidades em relação a este tema?
Apêndice 5 – Guião de entrevista ao Padre Domingos Carneiro (Igreja de Santa Maria da Agualva): 1. A Igreja Católica é contra a adoção de crianças por casais homossexuais. Considera que a aprovação da lei foi uma derrota? 2. Acha que a criança será prejudicada ao ser adotada por um casal homossexual? Se sim, de que forma? 3. Considera que as crianças necessitam de uma figura paternal masculina e feminina? Porquê? 4. Na sua opinião, uma criança com pais homossexuais terá a mesma pré-disposição para o Cristianismo que uma com pais heterossexuais? Página 19 de 29
5. Acha que um casal homossexual afastará a criança da igreja católica? 6. Uma criança com pais homossexuais tem o mesmo direito a ser batizada que uma com pais heterossexuais? 7. Acha que a visão da Igreja em relação à adoção homoparental se pode alterar? 8. Acha que a proliferação de famílias homoparentais ameaça/ enfraquece a instituição da família [em Portugal]? Apêndice 6 – Guião de entrevista à deputada Sandra Cunha, do Bloco de Esquerda: 1. A igualdade é um dos ideais do BE. Quais as conquistas que já alcançaram? Quais os projetos para o futuro? 2. Em Fevereiro de 2015, foi aprovada a lei de adoção de crianças por casais homossexuais. Qual foi o papel do BE durante nesse processo? 3. No que toca ao agregado familiar, quais os direitos legais que a lei consagra? 4. Quais as limitações dessa lei? Ainda existem falhas? 5. Os argumentos da oposição assentam na necessidade de existir um pai e uma mãe na educação de uma criança. Considera que são necessárias essas duas figuras? 6. Para assinalar a aprovação da lei, o Bloco de Esquerda lançou a campanha “Jesus também tem dois pais”, que foi alvo de uma grande polémica. Qual era a intenção dessa campanha? 7. Acha que o facto de vivermos numa sociedade predominantemente católica pode ter influenciado a má interpretação da mesma? 8. Na sua opinião, a sociedade portuguesa ainda tem algum preconceito para com comunidade gay? Em que aspetos?
Apêndice 7 – Guião de entrevista à Isabel, mãe lésbica e solteira 1. Quando é que tomou a decisão de ter a Ana [filha]? 2. Na altura sentiu-se discriminada por querer ter uma filha, sendo lésbica para além de solteira? 3. Já considerou a adotar? 4. Recentemente foi aprovada a lei de adoção de crianças. Visto não querer adotar nem ter parceiro, que situações é que esta lei cobre no seu caso? 5. Já foi discriminada por ser mãe lésbica e solteira? Página 20 de 29
6. E a sua filha, já foi discriminada por ter uma mãe lésbica? 7. Porque é que acha que a lei só foi aprovada à quinta vez? 8. Que conselhos daria a quem está a considerar inseminação? Apêndice 8 – Guião de entrevista à Adriana e Inês, mães do Afonso 1. Como é que se conheceram? 2. Recentemente foi aprovada a lei de adoção de crianças por casais homossexuais. O que é que esta significa para vocês enquanto casal e enquanto família? 3. Que processo utilizaram para terem o vosso filho? 4. Conhece casais homossexuais que sejam contra este tipo de adoção? 5. Qual a vossa opinião acerca das pessoas que são contra a adoção de crianças? 6. Porque é que decidiram recorrer à inseminação para ter um filho? 7. Quais foram as dificuldades que enfrentaram durante o processo de inseminação? 8. O vosso filho é, ou já foi alvo de discriminação devido à vossa relação? Acha que futuramente 9. Que conselhos dariam a alguém que esteja a pensar adotar ou fazer inseminação? 10. Estão a pensar adotar?
Apêndice 9 - Contacto com a direção da casa de acolhimento “Instituto Ferroviários”: Grupo: Boa tarde, Somos um grupo de estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa e estamos a realizar um trabalho no âmbito da unidade curricular de Televisão e Cinema. Este tratará a temática "Adoção de crianças por casais homossexuais" e, nesse sentido, gostaríamos de saber se seria possível aplicar uma entrevista ao funcionário responsável pela adoção de crianças ou ao assistente social da vossa instituição. Se fosse possível, gostaríamos ainda de contar com a participação de algumas crianças, no entanto, como temos consciência do anonimato e da proteção da sua imagem, compreendemos se esta não se puder realizar. Aguardamos resposta. Cumprimentos, O grupo Resposta: Direção da casa de acolhimento “Instituto Ferroviários”: Página 21 de 29
Boa Tarde, Em resposta ao solicitado no vosso e-mail informamos que não nos é possível responder afirmativamente ao vosso pedido. Com os melhores cumprimentos. Cristina Patrício (Diretora Técnica)
Apêndice 10 - Contacto com a deputada Marisa Matias Grupo: Exma. Sra. Marisa Matias Somos um grupo de estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL) e estamos a realizar uma reportagem no âmbito da unidade curricular de Televisão e Cinema. O nosso trabalho tratará a temática "Adopção de crianças por casais homossexuais" e, estando o Bloco de Esquerda associado à aprovação da lei da adopção, gostaríamos de saber se estaria disponível para nos conceder uma entrevista.
Aguardamos resposta. Cumprimentos, O grupo
(Não obtivemos resposta) Apêndice 11 - Contacto com a assistente pessoal de Eduardo Beauté Grupo: Boa tarde, Somos um grupo de estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa e estamos a realizar uma reportagem no âmbito da unidade curricular de Televisão e Cinema. Este tratará a temática "Adoção de crianças por casais homossexuais" e, nesse sentido, gostaríamos de saber se seria possível contar com a colaboração do Sr. Eduardo Beauté.
Aguardamos resposta. Cumprimentos O grupo Página 22 de 29
(Não obtivemos resposta) Apêndice 12 - Contacto com a deputada Mariana Mortágua Exma. Sra. Mariana Mortágua, Somos um grupo de estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL) e estamos a realizar uma reportagem no âmbito da unidade curricular de Televisão e Cinema. O nosso trabalho tratará a temática "Adoção de crianças por casais homossexuais" e, estando o Bloco de Esquerda associado à aprovação da lei da adoção, gostaríamos de saber se estaria disponível para nos conceder uma entrevista. Aguardamos resposta. Cumprimentos
MM: Olá a todas e todos Sugiro que contatem a deputada Sandra Cunha que é a responsável da área aqui no Grupo Parlamentar. Parabéns pela escolha do tema, espero que corra bem. Cumprimentos Mariana
Apêndice 13 - Contacto com a deputada Sandra Cunha Grupo: Exma. Sra. Sandra Cunha, Somos um grupo de estudantes da licenciatura de Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-UL) e estamos a realizar uma reportagem no âmbito da unidade curricular de Televisão e Cinema. O nosso trabalho tratará a temática "Adoção de crianças por casais homossexuais" e, estando o Bloco de Esquerda associado à aprovação da lei da adoção, gostaríamos de saber se estaria disponível para nos conceder uma entrevista. Entrámos em contacto consigo visto a Sra. deputada Mariana Mortágua tê-la indicado como a pessoa mais competente para falar sobre o assunto, pelo que agradecíamos se pudéssemos contar com a sua contribuição. Aguardamos resposta. Página 23 de 29
Cumprimentos
SC: Olá Carla e restante grupo, Tenho todo o gosto em participar e apoiar em tudo o que for possível. E claro, saúdo a escolha do tema! Preciso apenas de saber a duração aproximada da entrevista. Neste momento estou com a agenda bastante preenchida e na próxima semana temos jornadas parlamentares pelo que as melhores hipóteses são na quinta-feira, dia 12 ou quinta-feira, dia 19 pelas 12h00. Fico a aguardar notícias. Cumprimentos
Grupo: Exma. Sra. Sandra Cunha, Obrigada por aceitar tão prontamente o nosso pedido. Estivemos reunidos e concordámos que dia 12 seria o melhor dia para a entrevista. Das que já realizámos anteriormente, estas tiveram uma duração de meia hora, uma hora, contando já com uma pré-apresentação do tema e do guião de perguntas, preparação do material e duração da entrevista propriamente dita. Quanto ao local, tem preferência? Podemos encontrar-nos consigo onde quiser, basta deixarnos uma morada.
Aguardamos resposta. Cumprimentos
SC: Olá, Ficamos então combinados para dia 12, quinta-feira, pelas 12h00. O local terá de ser na Assembleia da República. Deverão dirigir-se à porta lateral e dizer que vêm ter comigo. Alguém vos irá buscar e encaminhar. Abraço
Apêndice 14 – fotografias tiradas na realização de entrevistas
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Apêndice 15 - Voz-off Introdução da conceção de família: Não existe um conceito de família tradicional. As famílias vêm em diferentes números e formas. Algumas crianças têm uma mãe e um pai, outras vivem apenas com um deles, outras vivem com os avós, tios ou pais adotivos. Algumas têm duas mães ou dois pais. Outras duas mães e um pai (dador). Introdução da lei da adoção homossexual: A adoção de crianças por casais do mesmo sexo é atualmente uma realidade em mais de 20 países e territórios em todo o mundo, mais de metade localizados na Europa. Em Portugal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo está legalizado desde 6 de Junho de 2010. A adoção de crianças por casais homossexuais foi conseguida com os votos da esquerda toda, do PAN e de mais 19 deputados sociais-democratas. A lei foi aprovada a 5 novembro de 2015 no Parlamento - quinta vez que foi a votação na Assembleia da República - contudo só foi publicada no Diário da República a 29 de fevereiro de 2016. Portugal está a dar agora os primeiros passos na liberalização da adoção por casais do mesmo sexo com um futuro incerto para os casais homossexuais que queiram adotar e de forma mais importante para as crianças. Fizemos várias entrevistas a especialistas e conhecemos famílias que já passaram por este processo. A Adriana e a Inês têm um filho de dois anos e meio, o Afonso. Também a Isabel sempre soube que queria ser mãe muito antes de descobrir a sua orientação sexual, no entanto, ela decidiu percorrer esta etapa sozinha. Já António teve um filho fruto de uma relação heterossexual. Mas afinal o que é a família? A ideia de família nem sempre foi a mesma e foi preciso a ajuda de diferentes partes para garantir os direitos das famílias homossexuais. Se existe a intervenção de várias partes porque é que esta evolução demorou tanto tempo? A aprovação da lei não foi o fim dos problemas para os casais homossexuais que querem ter um filho. O primeiro obstáculo que surge é o processo legal, e a burocracia excessiva.
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As dificuldades destes casais não acabam aqui; a discriminação é uma realidade que muitos ainda enfrentam. A decisão de ter um filho, sendo homossexual não é fácil. A Adriana, a Inês e a Margarida sabem o que é necessário para lidar com este processo.
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