Memória descritiva - Teoria da Cultura

Page 1

Unidade Curricular de Teoria da Cultura Prof.ª Auxiliar Sónia Sebastião 3º Ano Ciências da Comunicação

Memória Descritiva “Eu e a Tecnologia: Inovação tecnológica na agricultura”

Ana Rita Rogado nº218083 Artur Simões nº 218613 Carla Nunes nº218092 Cátia Rosa nº218095 Diogo Milho nº218061

Ano letivo 2016/2017

Diogo Oliveira nº218086

8 de novembro de 2016


Índice Introdução ........................................................................................................................ 3 1. Desenvolvimento agrícola e as exigências do mercado ............................................... 3 2. Descrição fílmica ........................................................................................................... 4 Conclusões ........................................................................................................................ 5 Apêndices ......................................................................................................................... 6 Bibliografia ........................................................................................................................ 9 Webgrafia ......................................................................................................................... 9


Introdução O presente trabalho, desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Teoria da Cultura, insere-se na temática geral “Eu e a Tecnologia: Inovação tecnológica na agricultura”. O principal objetivo é representar a evolução que a agricultura tem vivido, resultado dos avanços tecnológicos, da introdução dos OGM’s na alimentação e das mudanças culturais. Neste contexto, o trabalho pretende mostrar, através do passado, as diferenças no setor agrícola que resultam da inovação tecnológica e consequentemente, o que tem alterado no dia-a-dia das pessoas. Para responder ao objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de forma a sabermos o que tem sido escrito sobre o tema e para analisarmos e compreendermos a influência da tecnologia. Posteriormente, realizámos uma entrevista semiestruturada ao Porta-voz da Comissão Europeia, responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural e Comércio. Em relação à estrutura, o trabalho está dividido em três partes. Primeiramente abordam-se os principais conceitos e correntes teóricas; de seguida fazemos uma descrição fílmica do nosso vídeo, retratando os pontos mais importantes; e, por fim, apresentamos as conclusões deste trabalho.

1. Desenvolvimento agrícola e as exigências do mercado O grupo pretendeu mostrar a evolução da agricultura resultante dos avanços tecnológicos, causando uma dependência de produtos resultantes deste processo. “Atualmente vivemos o período mais rápido de transformação tecnológica de sempre, de tal forma que não há nenhum aspeto importante da vida moderna que não seja influenciado pela forma como usamos as tecnologias da informação” (Palfrey & Gasser, 2008). Desta forma, podemos afirmar que as inovações agrícolas possibilitam a produção de géneros alimentares sem estarmos dependentes de constrangimentos como o clima, as características do solo e o tempo de produção. Para isto contribuiu a mecanização, que revolucionou as operações intensivas e a seleção de espécies feita através de processos genéticos (Welch, 1990).


Um dos aspetos mais marcantes possibilitado pelo desenvolvimento tecnológico do século XX, é a maior capacidade de agir à distância (Bauman & Lyon, 2013). A robótica, por exemplo, permite alterar padrões de trabalho, reduzindo o trabalho manual e melhorando a produtividade, a qualidade e o padrão dos produtos (Lopes, Neto, Castiglioni & Júnior, 2014). Graças aos avanços na genética as plantas são criadas para aumentar a produção e os animais para terem mais proteína e menos gordura. Isto faz com que cada vaca produza mais leite e cada galinha mais ovos (Welch, 1990), criando um mercado dependente deste tipo de produção, limitado pelas exigências do mercado. São estas exigências de mercado que tornam necessário o uso do big data – um vasto conjunto de dados armazenados - na agricultura. No contexto agrícola, estes dados são usados para inferir padrões de comportamento e de consumo e, por outro lado, ajustar no design e na logística de entrega de produtos e serviços para cada indivíduo. Assim, podemos concluir que na agricultura, a era do big data vai influenciar as melhorias genéticas, a previsão do clima, a agricultura de precisão e o entendimento da dinâmica dos mercados. (Lopes, Neto, Castiglioni & Júnior, 2014).

2. Descrição fílmica O vídeo inicia-se com uma animação produzida pelo grupo e alusiva ao tema, remetendo para um ambiente rural. De seguida, surgem imagens de um agricultor a regar um terreno, azeitonas a serem depositadas num lagar e, consequentemente, azeite a escorrer, mirtilos, pêras e clementinas, enquanto se ouve uma voz-off que vai apresentando o tema com recurso a dados estatísticos. Após esta introdução, surgem imagens de uma zona rural, pessoas e um trator a lavrar a terra. Ao mesmo tempo, introduz-se a entrevista ao especialista em agricultura e desenvolvimento rural e comércio Daniel, Rosário. De seguida, são animações de uma vaca e de uma pessoa, de forma a simbolizar o processo da ordenha e a diferença que existe entre o processo manual e o tecnológico. O vídeo prossegue com a apresentação de dados estatísticos referentes à produção de azeite em Portugal, mostrando a evolução desta atividade.


Passadas estas sequências, surge uma nova voz-off acompanhada por imagens ilustrativas de plantas, animais e microorganismos, com o objetivo de explicar o que são os Organismos Geneticamente Modificados (OGM). Posteriormente, apresentamos a “injeção” de uma massaroca de milho, que procura representar o processo feito nos OGM’s e as três finalidades dos OGM’s representados em imagens. O vídeo termina com uma animação de um rapaz numa cozinha e uma citação de Castells para representar o impacto das inovações agrícolas nos nossos dias.

Conclusões Após a realização deste trabalho podemos concluir que as inovações tecnológicas no setor agrícola estão enraizadas na sociedade em que vivemos. Ao elaborarmos esta investigação, concluímos que - apesar das inovações tecnológicas facilitarem o trabalho agrícola -os produtores e os consumidores acabam por se tornar dependentes dos seus benefícios. A utilização de maquinaria agrícola e tecnologia genética permite aos agricultores tirar o maior rendimento possível dos seus terrenos – independentemente das características do solo e dos hectares que têm disponíveis - e dos seus produtos alimentares, tanto animais como vegetais. Esta realidade faz com que a produtividade aumente, no entanto, esta mesma produtividade fica sujeita ao nível de consumo das populações. Assim, os agricultores são obrigados a produzir cada vez mais e mais depressa para que consigam acompanhar as tendências de consumo implementadas atualmente nas sociedades. Através da entrevista ao porta-voz da Comissão Europeia, Daniel Rosário, foi possível aprofundar os nossos conhecimentos sobre a produção de organismos geneticamente modificados em Portugal e na União Europeia bem como entender a legislação que regula este procedimento. Esta entrevista também foi útil para perceber as diversas finalidades deste processo tecnológico e de outras inovações neste setor. Em suma, o grupo considera que atingiu o seu principal objetivo e conseguiu evidenciar as principais alterações tecnológicas - como a introdução de OGM’s - vividas ao longo dos últimos tempos no setor agrícola. Tal como defende Castells, a tecnologia molda a organização social e o caso da agricultura provou não ser exceção.


Apêndices Apêndice 1 - Narração do vídeo com voz off, escrita pelo grupo, e partes da entrevista realizada a Daniel Rosário, Porta-voz da Comissão Europeia, responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural e Comercio Filmagens acompanhadas de voz off (de 00:18 a 00:41) A agricultura pode ser considerada, atualmente, como a principal das atividades primárias. A atividade consiste no cultivo da terra e dos vegetais para a produção organizada de alimentos e produtos primários, como, por exemplo, milho, arroz, feijão, soja, cana-de-açúcar. Em Portugal, 40% da população total reside em regiões predominantemente rurais ou que incluem zonas rurais significativas. Vídeo animado acompanhado pela entrevista a Daniel Rosário (00:42 a 01:50) Se há atividade mais diversa é a agricultura que depende de factores como o clima, o solo, as tradições dos diferentes países por isso não é de esperar que aquilo que se faça num país seja exactamente o mesmo que se faça noutro país. Desde os tempos em que os nossos antepassados andavam a escavar a terra com as próprias mãos ou com enxadas - como aliás ainda se fazem em algumas partes da Europa e também em Portugal avançou-se bastante na introdução de tudo o que são equipamentos agrícolas 00:51 Por exemplo, sistemas de ordenha que com uma digitalização e uns programas adequados podem ser adaptados para ajudar os agricultores a adaptar, a reagir de uma forma mais imediata ao que são as necessidades do mercado. A nível de produção o que é o olival - que é uma actividade económica bastante significativa e importante em Portugal - se olharmos para a forma como era feito a alguns anos e aquilo que se faz atualmente nomeadamente com outras possibilidades de rega notamos que houve uma evolução bastante significativa. Vídeo animado acompanhado por voz off (01:51 a 02:12) Os transgénicos, ou OGM, são seres vivos - plantas, animais, microrganismos - que foram sujeitos a técnicas de engenharia genética. Esta tecnologia permite que os genes (pedaços de uma molécula chamada DNA) sejam extraídos de um organismo, alterado e injetados num outro organismo, que vai adquirir novas características e transmiti-las a toda a sua descendência. Vídeo animado acompanhado pela entrevista a Daniel Rosário (02:13 a 02:38) Produção de por exemplo, milho transgénico na União Europeia contam-se pelos dedos de uma mão as marcas ou os produtos que são autorizados a serem cultivados na Europa. Porque há diferentes áreas: cultivo de produtos transgénicos, é a utilização de OGM's para alimentos para consumo humano e a utilização de OGM's para alimentação de animais. Vídeo animado acompanhado de voz off (02:39 a 02:52) Estas inovações tecnológicas influenciam a nossa sociedade. Para Castells, a tecnologia molda a organização social e é moldada pelo uso que a sociedade dela faz, ou seja, os membros de uma sociedade transformam-se quando adotam uma tecnologia.


Apêndice 2 – Ficha técnica Elemento do grupo Tarefas Ana Rita Rogado Produção da memória descritiva Criação do guião de entrevista a Daniel Rosário Elaboração do texto para a voz-off Artur Simões Produção/ edição do elemento multimédia Gravação da voz-off Carla Nunes Produção da memória descritiva Criação do guião de entrevista a Daniel Rosário Entrevista a Daniel Rosário Pesquisa bibliográfica Cátia Rosa Produção da memória descritiva; Elaboração do texto para a voz-off; Captação de vídeo; Recolha de imagens durante a entrevista a Daniel Rosário. Diogo Milho Produção da memória descritiva Captação de áudio e vídeo da entrevista a Daniel Rosário Diogo Oliveira Produção da memória descritiva Criação do guião de entrevista a Daniel Rosário Corte e edição dos segmentos de áudio Apêndice 3 – Fotografias retiradas durante a entrevista a Daniel Rosário


Apêndice 4 – Declaração de Direitos de Imagem (esta não foi preenchida devido ao curto espaço de tempo que o entrevistado tinha para a realização da entrevista).


Bibliografia Bauman, Z. & Lyon, D. (2013) Liquid Surveillance: a conversation. Cambridge: Polity Press Castells, M. (2005) The Network Society From Knowledge to Policy. Disponivel em: http://www.umass.edu/digitalcenter/research/pdfs/JF_NetworkSociety.pdf Palfrey, J. & Gasser, U. (2008), Born Digital: understanding the first generation of Digital Natives. Nova Iorque: Basic Books

Webgrafia De Rose, F., Gargano, N., Saez, R., Winkelhorst, A., Cropper, M. & Buffaria, B. (2003) Situação da agricultura em Portugal, Disponível em: http://ec.europa.eu/agriculture/publi/reports/portugal/workdoc_pt.pdf Gomes, C. (2009) Evolução e Desenvolvimento Agrícola. In C. GOMES, Antecedentes do Capitalismo. Porto: Edições Ecopy. Disponível em: http://resistir.info/livros/c_gomes_antecedentes_do_capitalismo.pdf Lopes, M., Neto, L., Castiglioni, V. & Júnior, W. (2014) Visão 2014–2034: O Futuro do Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira. Disponível via Embrapa em: https://www.embrapa.br/documents/1024963/1658076/O+Futuro+de+Desenvolvime nto+Tecnol%C3%B3gico+da+Agricultura+Brasileira+-+s%C3%ADntese.pdf/ddb0a147234d-47f1-8965-1959ef82311d Plataforma Transgénicos Fora (2015). FAQs - Perguntas mais frequentes. Disponível em: http://stopogm.net/faqs Welch, M. (1990) Economic Effects of Technological Advances in Agriculture; Economic Issues for Food, Agriculture, and Natural Resources, n4 pp. 1-13 Disponível no ERIC: http://eric.ed.gov/?id=ED416136


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.