Revista Stock Car ed 05

Page 1

R$ 10,90

junho 2012

Ano 1 Edição 5

498004 772237 9

ISSN 22374981

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Copa

Montana

Mini

Challenge

Na

Daniel Serra vence em Ribeirão e lidera a primeira fase do campeonato

dianteira em alerta! Conheça o trabalho dos anjos do asfalto

Mulheres

A força feminina no comando das pistas

playlist O que toca no MP3 dos pilotos

agende-se

Dicas para as etapas de Londrina e do Rio de Janeiro


PARA SER PILOTO DA STOCK CAR, É PRECISO CORAGEM, OUSADIA E MUITA, MAS MUITA MEMÓRIA. Quem é fã da Stock Car sabe que a emoção da corrida está no ronco dos motores, na ousadia das ultrapassagens, no pisar fundo do acelerador. É por tudo isso que a torcida vibra. E é tudo isso que a CAIXA faz questão de apoiar: CAIXA. BANCO OFICIAL DA COPA CAIXA STOCK CAR 2012.

RPM E TEMPO DE VOLTA

PIT: limitador de velocidade quando o piloto passa pelo box.

ÁGUA: libera a bebida da garrafa de hidratação.

LIMPADOR: limpador de para-brisa.

LIGHT: luz de chuva.

SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios) Para pessoas com deficiência auditiva ou de fala: 0800 726 2492 Ouvidoria: 0800 725 7474 caixa.gov.br

PUSH TO PASS: aumenta a potênci do carro nas ultrapassagens.


TEMPERATURA DA ÁGUA TEMPERATURA DO ÓLEO

ia INFORMAÇÕES DO PILOTO

LEDs: luzes RPM que sinalizam o momento de trocar marcha antes que chegue ao limitador.

RÁDIO: para ligar o microfone do capacete para falar com a equipe pelo rádio.

MARCHA ALTERA AS CONFIGURAÇÕES DO PAINEL

PRESSÃO DO ÓLEO

COOLER: para a refrigeração da camisa térmica.

ALERTA: luz pisca-alerta.

DESEMBAÇADOR: desembaçador de vidro.

ESGUICHO: esguicho de água no para-brisa.


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editorial // expediente:

Favoritismo lllAqui estamos nós, de volta com mais uma edição da Revista Stock Car. Desta vez, o assunto principal é a opinião de alguns pilotos sobre os favoritos para a conquista do título 2012. Muito cedo para isso? Sem dúvida, mas depois da quarta etapa da temporada, disputada em Ribeirão Preto, vários nomes já começam a despontar como os que, pelo menos em tese, têm maiores chances de levantar a cobiçada taça da mais importante e equilibrada categoria do automobilismo nacional. Entre os mais cotados, algumas figurinhas carimbadas e velhos conhecidos dos torcedores. Foram citados campeões da Stock Car como o tetra Cacá Bueno (06, 07, 09 e 2011), Ricardo Maurício (2008), Max Wilson (2010) e outros, que ainda buscam gravar seu nome na história como vencedores. Thiago Camilo, Marcos Gomes, Átila Abreu, Valdeno Brito, Julio Campos e Daniel Serra, o líder do campeonato depois da vitória nas ruas do circuito ribeirão-pretano, que tem a média de velocidade mais baixa de todas as pistas da temporada. No entanto, não se pode descartar, nessa briga, a presença de novatos como Denis Navarro, que teve impressionante ascensão nesta sua segunda temporada, e do estreante Galid Osman. Entre os vários itens modificados pela organização, o que tem chamado bastante a atenção é a dupla pontuação na derradeira prova da temporada. Na última etapa do ano, – agora em Interlagos e não mais em Brasília – o ganhador levará não 22, mas 44 pontos pela primeira colocação. Esse quesito pode inverter totalmente a tabela de classificação e, matematicamente, um piloto pode pular do sexto ou sétimo lugar para o título. É muita emoção! Também apresentamos a você, fã do automobilismo, a história da Copa Montana e do Mini Challenge, categorias que integram e embelezam a chamada “Família Stock Car”. Boa leitura!

lllMilton Alves

6 // Revista Stock car

VICAR PROMOÇÕES DESPORTIVAS: DIRETOR-GERAL - Maurício Slaviero DIRETORA DE EVENTOS - Vanda Camacho Atendimento ao patrocinador - Andrea Simi DEPARTAMENTO DE MARKETING - Daniel Freire DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO - Fabrício de Lima FOTOGRAFIA - Duda Bairros e Fernanda Freixosa MEGAMIDIA GROUP: PRESIDENTE - Celso Hey DIRETOR COMERCIAL - Eduardo Jaime Martins DIRETOR DE PROjetos - João Teixeira GERENTE DE MARKETING & COMUNICAÇÃO - Fernanda Fadel Hey GERENTE SP - Andrea Fadel Hey Gerente Comercial SP - Ana Paula Stephanes MEGAMIDIA EDITORA: COORDENAÇÃO GERAL - Rafaela Mercaldo e Rafaela Tasca EDITORES DE ARTE - Camile Semes e Eduardo Neves REVISTA STOCK CAR / EDITOR DE CONTEÚDO - Milton Alves Mtb 16583-SP REDAÇÃO - Michelle Bragantini e Thiago Ribeiro DESIGN - Nayara Nichelle e Rodrigo Montanari MEGAMIDIA / REDAÇÃO - Anna Carolina Amaral, Flávia Coelho, Juliana Fernandes, Mahani Siqueira, Manuela Salazar, Mariana Pivatto, Priciane Crocetti, Taysa Dias, Thais Marques e Waléria Pereira DESIGN - Danielle Pereira, Jonny Santos e Laís Pancote ARTE FINAL - Anderson Antonio de Oliveira GERENTE MÍDIA DIGITAL - Fernanda Dornelles GERENTE COMERCIAL STOCK CAR - Luiz Roberto Rocha Lopes ASSESSORA COMERCIAL - Jaqueline Cancela LOGÍSTICA - Josiane Silveira REVISÃO - Celi Machado FOTOGRAFIA - Fabio Rhino Oliveira Operação em bancas Assessoria - Edicase - edicase.com.br Distribuição Exclusiva em Bancas - FC Comercial e Distribuidora S.A. Manuseio - FG Press - fgpress.com.br CONTATOS PARA ANUNCIAR (41) 2106-8598 / luiz.lopes@megamidia.com.br CONTATOS REDAÇÃO (41) 2106-8549 / revistastockcar@megamidia.com.br REVISTA STOCK CAR ISSN 2237-4981 PROJETO EDITADO POR MEGAMIDIA GROUP - DÚVIDAS E SUGESTÕES: Rua Brigadeiro Franco, 3991, Rebouças - CEP 80220-100, Curitiba – PR Tel. (41) 2106-8500 megamidia.com.br

Capa O piloto Daniel Serra (Red Bull Racing) posa com exclusividade para as lentes de Fabio Rhino Oliveira, após vencer a etapa em Ribeirão Preto.

Organizador oficial

produzido

licenciamento

editora associada

A revista não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista. Os produtos citados nesta edição estão sujeitos a disponibilidade dos estoques e os preços podem sofrer alterações sem aviso prévio. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem autorização expressa da empresa editora.



ÍNDICE

16

20

48

10 NOTAS

MINI CHALLENGE

MARKETING

As mais recentes notícias

Vitor Genz faz a trinca em casa e lidera isolado o campeonato

Shell V-Power, o combustível que move a Stock Car

SOCIAL VELOPARK

CAPA

Fotos dos bastidores da 3.ª etapa

Após quatro corridas, Daniel Serra assume a ponta da classificação

do automobilismo nacional

Pág. 10 3.ª ETAPA Cacá quebra tabu e vence a primeira no Velopark

Pág. 16 COPA MONTANA Leandro Romera ganha após ultrapassagem na última volta

Pág. 18 8 // Revista Stock car

Pág. 19

Pág. 20

4.ª ETAPA

Pág. 26

Pág. 30

Daniel Serra conquista a terceira vitória na carreira

MÚSICA

SOCIAL RIBEIRÃO PRETO

MULHERES

O agito da 4.ª etapa em cliques

A força feminina na categoria

Pág. 22

Pág. 24

Conheça o gosto musical dos pilotos da Stock

Pág. 36

Pág. 38


30

38 42

52 SEGURANÇA

ESPECIAL COPA MONTANA

ETAPAS DE JULHO

Responsáveis pela segurança

Conheça a rotina das equipes que

Os circuitos de Londrina e do Rio de Janeiro

dos pilotos dedicam seus finais

possuem carros na Stock e na Montana

de semana ao automobilismo

Pág. 48

Pág. 58

Pág. 42

PERFIL

VITRINE

NAS ONDAS DO RÁDIO

Três paranaenses, um carioca

Confira os mais novos produtos

Saiba como é a conversa entre

e o mesmo objetivo: vencer

relacionados ao automobilismo

piloto e equipe durante a corrida

Pág. 50

Pág. 64

Pág. 44

CLIQUE DO MêS

ENTREVISTA

ESPECIAL MINI CHALLENGE

Nas lentes dos fotógrafos

Compartilhamento de carros: fórmula que

Cleocinei Zonta, Duda Bairros

vem dando resultado

e Fernanda Freixosa

diretor-geral da Vicar

Pág. 46

Pág. 52

Pág. 66

Bate-papo com Maurício Slaviero,

9


Notas // carreata no interior

Duda Bairros/Vicar

O público de Ribeirão Preto mostrou, mais uma vez, toda a sua paixão por velocidade. Na quinta-feira, três dias antes da largada da 4.ª etapa da Stock Car, a tradicional carreata dos carros da categoria abriu oficialmente o GP da cidade do interior paulista. Átila Abreu, Julio Campos e Thiago Riberi desfilaram pela cidade atraindo olhares e a atenção da população ribeirão-pretana. Após o tour, que teve início no Novo Mercadão e terminou no Theatro Pedro II, os pilotos tiraram fotos e deram autógrafos para os apaixonados por automobilismo.

Brincadeira levada a sério

Rafael Gagliano

A disputa entre os pilotos da Stock Car é levada a sério. Além de se enfrentarem dentro das pistas, brigando por posições a cada curva, alguns dos protagonistas da principal prova do automobilismo nacional levam essa rivalidade para outras modalidades. O palco não mudou, mas desta vez Cacá Bueno, Diego Nunes, Duda Pamplona, Valdeno Brito e Antônio Pizzonia deixaram os cockpits de seus carros e travaram uma acirrada corrida à frente dos automodelos radiocontrolados movidos a combustão. O vencedor da prova entre os carrinhos, disputada no pit lane da pista do bairro Nova Aliança, em Ribeirão Preto, foi o paraíbano Valdeno Brito. “É claro que o desafio foi uma grande brincadeira, mas piloto gosta de vencer sempre”, comemorou.

Divulgação

Novo capacete

10 // Revista Stock car

Em mês de aniversário, nada melhor do que ganhar um belo presente. Que o diga Lico Kaesemodel, piloto da RCM Motorsport. O curitibano completou 29 anos no dia 10 de maio e recebeu um novo capacete de presente da Artmix, renomado estúdio de design do Brasil. Após mais de dois meses de trabalho e muita conversa entre o estúdio e o piloto, o novo capacete agora estampa três cores (azul, vermelho cereja e branco perolizado), em alusão às cores usadas por Lico no início da sua carreira

no automobilismo. “O Bruno Theil (proprietário da Artmix) faz meus capacetes há muitos anos e gosto muito do trabalho dele. Trocamos ideias, digo mais ou menos o que quero e deixo ele criar. Quando falei que queria mudar para esse ano, logo ele sugeriu essa releitura e achei ótima ideia. Condensar todos em um. Gostei muito do resultado”, afirma Lico, que estreou o presente na 4ª etapa da Stock Car, no circuito de rua da cidade de Ribeirão Preto.


NOVA DATA PARA O MILHÃO

Fernanda Freixosa/Vicar

Famosa por agitar os ânimos e a cobiça geral, a Corrida do Milhão foi transferida para o dia 9 de dezembro. Programada inicialmente para agosto, em São Paulo, o evento agora fecha a temporada da Copa Caixa Stock Car no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos. Para os fãs do automobilismo, o fim de semana terá atrações em dobro, pois a última etapa do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil também está marcada para a data. Além do prêmio em dinheiro, espera-se que a prova milionária defina os campeões de cada competição. Na edição 2011 da Corrida do Milhão, o piloto Thiago Camilo (foto) foi o vencedor de uma disputa eletrizante no mesmo circuito.


Notas //

Mudanças em Interlagos A licitação para as modificações será realizada ainda neste ano e as obras terão início a partir de 2013, com prazo de entrega estipulado em até 90 dias antes do GP Brasil de Fórmula 1. Outras intervenções no Autódromo de Interlagos ainda estão sendo avaliadas pela SPUrbanismo, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMUD). Entre as reformas, estão a criação de uma pista de arrancada no antigo traçado, novas melhorias no kartódromo, a criação de uma arena de eventos e a consolidação do local como parque público, com a implantação de uma ciclovia.

Duda Bairros / Vicar

As mudanças no Autódromo de Interlagos não devem parar em 2012. Há sete anos passando por reformas, a principal pista do país deve sofrer novas modificações nos próximos anos. No dia 9 de maio, a São Paulo Turismo (SPTuris), empresa responsável pela administração de Interlagos, e a Secretaria Municipal de Infraestutura Urbana e Obras (SIURB) apresentaram aos promotores de corrida e às federações de automobilismo o balanço do projeto de modernização, além de anunciar a continuidade das melhorias do autódromo. A nova etapa já tem as suas prioridades: criação de uma nova área de boxes na Reta Oposta e uma intervenção na Curva do Café.

Mini United 2012

Divulgação

O baiano Patrick Gonçalves, bicampeão do Mini Challenge Brasil, participou de um evento na França que reuniu os campeões do Mini Challenge Cup de todo o mundo, no fim de semana dos dias 12 e 13 de maio. O circuito escolhido foi o de Paul Ricard, em Le Castellet, e contou com a presença de 24 pilotos de diversas nacionalidades: Alemanha, Espanha, Portugal, Áustria, França, Argentina entre outras. Patrick, que também é campeão argentino da mesma categoria, largou em oitavo na primeira corrida. Estava em sexto, até que teve um problema em seu motor, a poucas voltas do final, que o levou a terminar em 14.º lugar, mesma posição de largada da prova seguinte. Na segunda etapa, ganhou cinco posições no início, mas um de seus pneus furou e, com a parada para a troca, o baiano terminou em 21.º Patrick considerou a experiência gratificante e ficou muito honrado em representar o Brasil. “Andei sempre muito bem e, se não fossem os problemas, teria conseguido um resultado melhor. Mas valeu muito e quem sabe não volto no ano que vem”, concluiu.

12 // Revista Stock car


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mídias Sociais // Nas redes Toda importância para as pessoas que gostam e precisam do automobilismo na sua vida! A Revista deu a atenção que faltava no Brasil para os adoradores da Stock Car! Qualidade, competência e conteúdo! Parabéns!” Céci Maciel

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Uma revista que está sempre por dentro de tudo, com grande credibilidade, só nos faz querer sempre. Ela não deveria ser mensal e sim quinzenal.”

Para nos deixar antenados sobre a maior categoria do automobilismo brasileiro que, a cada corrida, está conquistando mais apaixonados por velocidade.”

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14 // Revista Stock car

Erramos Na sessão Perfil, página 52 da edição 4 da Revista Stock Car, publicamos o retrato trocado dos gêmeos Sperafico. A foto de Rodrigo saiu junto ao nome de Ricardo, que tem 3 e não 9 poles positions.


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stock car // Velopark

Duda Bairros/Vicar

Alta competitividade

A alegria dos três primeiros colocados do pódio: Ricardo Maurício (2.º), Max Wilson (3.º) e Cacá Bueno (1.º)

A temporada começou com nova contagem de pontos e uma disputa mais justa na classificação. Ricardo Maurício lidera, seguido por Valdeno Brito e Daniel Serra

16 // Revista Stock car

lllDepois de não pontuar em Curitiba, Cacá Bueno voltou com tudo e conquistou sua primeira vitória no Velopark. Essa era uma das únicas pistas em que a Stock Car corre e na qual o tetracampeão ainda não havia terminado em primeiro lugar. O resultado se torna inquestionável quando se observam os dados do final de semana: ele fez a pole position (54s640), marcou a melhor volta (55s264) e ainda completou na frente as 40 voltas em 41min06s192. Mas nem mesmo a 28.ª vitória na Stock Car foi suficiente para levar Cacá à liderança, pois o segundo colocado foi justamente Ricardo Maurício, que se manteve na ponta. Campeão de 2008, ele ainda não ganhou uma corrida neste ano, mas a importante regularidade de pontuar entre os primeiros nas três corridas, foi suficiente para mantê-lo na frente. A prova do Velopark, que tem o mais

curto traçado da temporada, foi bastante complicada no começo. Logo na primeira curva, cinco carros de um total de 29 – a Bassani Racing não compareceu, bem como Rodrigo Navarro (Carlos Alves) – abandonaram depois de grande confusão. Mais dois ainda conseguiram chegar aos boxes para ficar por lá. Eduardo Leite, Allam Khodair, Átila Abreu, Thiago Camilo, Vitor Meira, Luciano Burti e Lico Kaesemodel foram os que saíram da prova. Os ponteiros Cacá, Ricardinho e Max Wilson escaparam e mantiveram a frente. A única alteração aconteceu quando Ricardinho se saiu melhor na largada, superando Cacá, que recuperou a posição algumas voltas depois e se manteve na frente até receber a bandeira quadriculada. “Eu sabia que precisava ganhar essa, ou pelo menos chegar entre os três, porque a quebra em Curitiba me jogou muito para


“No final da corrida, não tinha mesmo como chegar e fiquei esperando por um erro dele (Cacá Bueno), o que não aconteceu. Mas o resultado foi ótimo.” Ricardo Maurício, segundo colocado no Velopark

resultado 3.a etapa Pos. Piloto Equipe

1

Cacá Bueno

Red Bull Racing

2

Ricardo Maurício

Eurofarma RC

3

Max Wilson

Eurofarma RC

4

Daniel Serra

Red Bull Racing

5

Valdeno Brito

Shell Racing

6

Ricardo Zonta

Linea Sucralose

7

Denis Navarro

Vogel Motorsport

8

Galid Osman

BMC Racing

9

Nonô Figueiredo

Mobil Super Pioneer R.

10 Diego Nunes

Hot Car Competições

11 Rodrigo Sperafico Prati-Donaduzzi Racing 12 Alceu Feldmann

Shell Racing

13 David Muffato

Itaipava Racing Team

14 Xandinho Negrão Medley Fulltime 15 Duda Pamplona

Officer ProGP

16 Pedro Boesel

Comprafacil Nascar JF

17 Antonio Pizzonia

Comprafacil Nascar JF

18 Ricardo Sperafico Prati-Donaduzzi Racing 19 Julio Campos

Carlos Alves Comp.

Cleocinei Zonta

Não completaram

A batida na primeira volta comprometeu a corrida de fortes concorrentes

54 s640

Foi o tempo marcado por Cacá para a pole position. Ele também fez a melhor volta 55s264 e ainda completou as 40 à frente em 41min06s192

trás na classificação. A vitória veio em boa hora”, completou Cacá, que admitiu não ter feito boa largada. “Sabia que não tinha como defender a posição e pensei no campeonato.” A declaração de Ricardinho Maurício demonstra que ele está pensando na pontuação do campeonato. “A largada foi muito boa. A temperatura estava muito baixa e acho que aqueci mais os pneus. Isso contou para superar o Cacá na primeira curva. Ele foi muito justo na manobra, pensou

corretamente no campeonato, porque a regularidade vai fazer a diferença. No final da corrida, não tinha mesmo como chegar e fiquei esperando por um erro dele, o que não aconteceu. Mas o resultado foi ótimo”, disse Ricardinho. Um dos destaques do final de semana, mais uma vez, foi Denis Navarro, que largou em nono lugar e terminou em sétimo. Outra comprovação de que a nova safra de pilotos está chegando para mostrar sua força foi o estreante Galid Osman,

20 Popó Bueno

Linea Sucralose

21 Tuka Rocha

BMC Racing

22 Marcos Gomes

Medley Fulltime

23 Eduardo Leite

Hot Car Competições

24 Allam Khodair

Vogel Motorsport

25 Átila Abreu

Mobil Super Pioneer R.

26 Thiago Camilo

RCM Motorsport

27 Vitor Meira

Officer ProGP

28 Luciano Burti

Itaipava Racing Team

29 Lico Kaesemodel

RCM Motorsport

largando e terminando em oitavo lugar. Mais um jovem entre os dez primeiros foi Diego Nunes, o décimo. Eles são o futuro da categoria, que tem sua segunda geração de Dinossauros, como são conhecidos os pilotos mais experientes como Cacá, Ricardo, Max, Nonô Figueiredo, David Muffato, Alceu Feldmann entre outros que hoje dominam a categoria e substituíram os Dinos originais: Ingo Hoffmann, Paulo Gomes, Chico Serra, Raul Boesel e Xandy Negrão. lll MILTON ALVES

17


Duda Bairros/Vicar

João Pires/Fotojump

Copa montana // Velopark

Comemoração da equipe J. Star Racing com a vitória de Leandro Romera e o terceiro lugar de Norberto Gresse

No Limite Em uma corrida difícil, Leandro Romera largou em 13.º e conseguiu a vitória na última volta lllA terceira etapa da Copa Montana foi realizada no Velopark, em Nova Santa Rita, região metropolitana de Porto Alegre e teve um nome de destaque: Leandro Romera. O piloto da J. Star Racing largou na penúltima posição no grid e conquistou a vitória na última volta, depois de acirrada disputa com Rodrigo Pimenta. Romera, companheiro de equipe do atual líder do campeonato Norberto Gresse, foi desclassificado após a tomada de tempos no sábado, pois seu carro estava nove quilos abaixo do peso mínimo exigido. Por isso, caiu para o final do grid. Se não fosse por esse fato, teria largado em 4.º, mas sua posição de largada não fez diferença no resultado final. Nem mesmo o próprio vencedor acreditava no seu resultado. “No treino classificatório de sábado, após as mudanças feitas pela equipe, percebemos que o carro estava muito bom. Sabíamos que tínhamos condições de fazer uma boa corrida. Não

18 // Revista Stock car

imaginei que seria possível subir tanto de posição. Mas piloto tem dessas coisas: tenta até a última volta porque não pode desistir nunca”, destacou Romera. Rodrigo Pimenta, o pole position, liderou praticamente toda a corrida. Mas o piloto da Gramacho Racing não esperava que o carro de Romera fosse render tão bem no final, sob um calor de quase 30 graus. Na última volta, Pimenta não resistiu e cedeu a liderança para Romera, que também deixou para trás Norberto Gresse, o terceiro no pódio. O pole, que tinha conquistado bons resultados também nos treinos livres durante todo o fim de semana, sofreu com a alta temperatura, o que piorou seu rendimento durante a corrida. “Acabei sofrendo muito com o cansaço, a refrigeração parou de funcionar e comecei a ter dificuldade para respirar. Pensei que a última volta fosse ainda a penúltima. Tentei fazer bem para

resultado Pos. Piloto Equipe

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Leandro Romera Rodrigo Pimenta Norberto Gresse João Pretto Aluizio Coelho Christian Castro Beto Cavaleiro Marco Cozzi Fernando Fortes Thiago Penido

J. Star Racing Gramacho Comp. J. Star Racing Carlos Alves Comp. Gramacho Comp. Nascar Motorsport Hot Car Competições Carlos Alves Comp. AMG Motorsport AMG Motorsport

Não completaram

11 12 13 14

Tiago Geronimi Tito Morestoni Rafael Daniel Marcello Cesquim

Hot Car Competições Motortech Comp. Nascar Motorsport Cesquim Racing

depois recuperar, mas percebi que estava errado e perdi a chance. Paciência”, finalizou Pimenta. Gresse ainda lidera o campeonato com 58 pontos e Romera vem em seguida com 54, mostrando a força da J. Star Racing em 2012. Marco Cozzi é o terceiro com 53 e Pimenta aparece em seguida com 52. A próxima etapa da Copa Montana será no dia 15 de julho, no Rio de Janeiro.lll


Mini challenge // Velopark

resultado 1.ª bateria Pos. Piloto

João Pires/Fotojump

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Vitor Genz, o gaúcho que levou as três baterias do Velopark

Repeteco Vitor Genz volta a brilhar, vence as três provas no Velopark e dispara na liderança

Vitor Genz Matheus Castro/José Mário Castilho Rodrigo Hanashiro Cristian Mohr Eduardo Scheer Adriano Amaral/Marcel Wolfart Raphael Abbate Plautos Lins Gabriel Correa/Marcos Peixoto Leonardo Fortunato Franco Giaffone Rolf Gemperli - Não completou

2.ª bateria Pos. Piloto

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Vitor Genz Matheus Castro/ José Mário Castilho Rodrigo Hanashiro Cristian Mohr Plautos Lins Eduardo Scheer Raphael Abbate Adriano Amaral/Marcel Wolfart Franco Giaffone Leonardo Fortunato Gabriel Correa/Marcos Peixoto Rolf Gemperli - Não completou

3.ª bateria rápido do final de semana, mas tive a felicidade de não cometer erros”, avaliou. Enquanto a liderança segue com Vitor Genz, a segunda posição do Mini Challenge mudou de mãos. Depois de chegar na segunda colocação em duas das três provas, José Mário Castilho atingiu os 144 pontos, seguido por Matheus Castro, com 141, piloto com quem divide o carro 27. Satisfeito com o seu desempenho, Castilho destacou a disputa com o líder na última corrida. “Eu estava mais rápido que o Vitor, pois meu pneu gastou menos que o dele. Como estávamos com pneus dianteiros novos, consegui andar perto, mas sem condições de ultrapassar em nenhum momento. O carro dele tem uma boa saída de curva e nesse circuito é muito difícil ultrapassar. Por isso, acredito que nossos resultados foram bons”, afirmou. lll

Pos. Piloto

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Vitor Genz Matheus Castro/ José Mário Castilho Raphael Abbate Eduardo Scheer Gabriel Correa/ Marcos Peixoto Adriano Amaral/Marcel Wolfart Plautos Lins Leonardo Fortunato Cristian Mohr Rodrigo Hanashiro - Não completou Franco Giaffone - Não completou Rolf Gemperli - Não completou

Duda Bairros/Vicar

lllEstá virando rotina. Assim como aconteceu em Curitiba, o gaúcho Vitor Genz não deu chances aos adversários e venceu as três provas no Autódromo Internacional do Velopark, em Nova Santa Rita (RS), pela 3.ª etapa do Mini Challenge. Após conquistar a pole no sábado, o piloto tomou gosto pela primeira posição, dominou de ponta a ponta a rodada tripla do campeonato e fez a festa diante dos seus conterrâneos. Com a trinca conquistada do Rio Grande do Sul, sexto triunfo seguido do piloto, o jovem talento ampliou a vantagem sobre os rivais e agora é líder isolado da competição, com 199 pontos. Após mais um final de semana no topo da tabela, Vitor ressaltou o equilíbrio entre os competidores. “Foram três corridas muito disputadas! Todas tiveram seu momento difícil, mas consegui segurar e vencer em casa. Não tive o carro mais


Social velopark // Galeria de fotos 1

2

Churrasco & Chimarrão Como não poderia deixar de ser, muita gente bonita conferiu as atrações da terceira etapa do ano no Rio Grande do Sul

3

1. Leandro Romera e Norberto Gresse, da Copa Montana, com o famoso Gaúcho da Fruteira 2. A bela convidada deixou sua marca pelos boxes do autódromo 3. Estilo e beleza nas áreas vips do autódromo 4. Valdeno Brito e sua moto personalizada Duda Bairros/Vicar

20 // Revista Stock car

4


Duda Bairros/Vicar

6

5

8

5. Pedro Boesel, da equipe Comprafacil.com 6. Todo mundo ligado nas emoções da Stock Car 7. Luciano Burti brinca com o pequeno Max Wilson Jr. 8. Crianças também aproveitaram a visitação para conhecer os pilotos Átila Abreu e Nonô Figueiredo 9. Promotoras da Shell embelezando o paddock do Velopark 10. Tito Morestoni, piloto

7

9

10

Fotos: Cleocinei Zonta

da Copa Montana

21


stock car // Ribeirão Preto

Duda Bairros / Vicar

Resumo Ribeirão

Daniel Serra cruza a linha de chegada nas ruas de Ribeirão Preto

A quarta etapa da temporada 2012, realizada no interior paulista, foi movimentada do início ao fim 22 // Revista Stock car

lll Daniel Serra desembarcou na Califórnia brasileira como terceiro colocado do campeonato. De forma tranquila e sem alarde, conquistou um segundo lugar no grid. Na largada, ultrapassou seu companheiro de equipe, o pole e tetracampeão Cacá Bueno, e se manteve à frente, sem ser incomodado até o final. Além disso, quebrou a hegemonia do terceiro colocado Átila Abreu, vencedor das duas únicas provas realizadas, até então, nessa cidade do interior paulista. Quer mais? Com essa série de bons resultados, Daniel assumiu a liderança da Stock Car, com 69

pontos. Cacá, com 64, reclamou muito de ter sido ultrapassado na largada. Ele alegou que Daniel colocou em risco a corrida dos dois pilotos da equipe de Andreas Mattheis ao forçar logo na primeira curva. “Não fiquei contente por ter sido espremido no muro. Ele estava meio metro na minha frente e o bico do meu carro na porta dele. Se eu não segurasse, bateria nele ou no muro. Se fosse em outra situação, e com outro piloto, não sei o que faria, mas com esse sistema de pontuação, a gente não pode deixar de marcar pontos”, reclamou Cacá.


“Sabia que, se quisesse ganhar, a largada seria muito importante, já que em Ribeirão Preto existe pouca disputa direta por posição. Quero parabenizar a equipe, que ganhou três das quatro corridas do ano.”

Fábio Rhino Oliveira / Revista Stock Car

Daniel Serra, piloto vencedor

Dobradinha da Red Bull Racing no pódio da quarta etapa, com Átila Abreu em terceiro

Daniel fez de conta que a história não era com ele. No pódio, festejou comedidamente, como fez nas suas outras duas vitórias na categoria, e nem deu bola para o frio cumprimento de Cacá. Agora, ele dará tempo para a situação ser resolvida, já que a Stock Car só retorna às pistas no dia 1.º de julho, na cidade paranaense de Londrina. “Sabia que, se quisesse ganhar, a largada seria muito importante, já que em Ribeirão Preto existe pouca disputa direta por posição. Quero parabenizar a equipe, que ganhou três das quatro corridas do ano”, desconversou

Daniel, em uma referência às duas vitórias de Cacá na temporada. O excelente público, que esgotou os ingressos, viu algumas boas disputas e poucos acidentes, algo comum em um traçado de rua. Justamente por ser uma prova atípica, o ex-líder Ricardo Maurício, mesmo com a traseira parcialmente destruída, e depois de ter ficado preso num congestionamento numa das batidas, ainda conseguiu marcar quatro pontos e garantir a terceira colocação na classificação geral. O acidente, que fez Ricardinho perder

preciosos segundos, envolveu vários carros e praticamente bloqueou o circuito. O clima na pista estava tão quente que, no início da batida, Tuka Rocha forçou a ultrapassagem sobre Allam Khodair, tocou o adversário e ainda foi tomar satisfações. Experiente, Khodair se manteve tranquilo e evitou maiores polêmicas. Na sequência, também bateram Duda Pamplona e Vitor Meira. Esse foi somente mais um detalhe da disputadíssima prova de Ribeirão Preto, na mais clara demonstração do equilíbrio desse campeonato. Que venha Londrina! lll Milton Alves

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social ribeirão preto // Galeria de fotos

Pegou

FOGO!

O circuito de rua de Ribeirão Preto esquentou na quarta etapa de 2012. Tanto na pista, como nos boxes. Confira os bastidores da charmosa corrida realizada pelo terceiro ano seguido na Califórnia brasileira 2

Duda Bairros/Vicar

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Fernanda Freixosa/Vicar

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1. Fabiana, ex-BBB, curtindo as emoções da Stock Car

24 // Revista Stock car

na sua terra natal 2. Demonstrações de motos também atraíram o público 3. O piloto Tuka Rocha abre o sorriso antes da corrida no traçado de rua 4. Show de motos esquenta a torcida em Ribeirão Preto


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5. Allam Khodair e seu estilo inconfundível 6. Desfile de carros antigos pelo circuito de rua de Ribeirão Preto 7. Duda Pamplona e Vitor Meira durante a visitação 8. Julio Campos

em momento de relax total 11. O piloto Popó Bueno tira foto com uma fã 12. Átila Abreu faz o reconhecimento da pista a bordo de uma moto

Duda Bairros/Vicar

pelo game da Stock Car 10. Ricardo Maurício

Duda Bairros/Vicar

esbanjando bom humor 9. A galera responsável

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Marketing // Combustível Shell V-Power

DNA com velocidade

Fábio Rhino Oliveira/RSC

Produzido exclusivamente para o mercado nacional, Shell V-Power é o combustível que move a Stock Car

Mecânico abastece carro da Stock Car com combustível Shell V-Power

lllA principal categoria do automobilismo brasileiro agora é abastecida por um combustível feito exclusivamente para o mercado nacional. Trata-se do Shell V-Power, o único etanol aditivado do Brasil. Produzido à base de cana-de-açúcar, o produto foi lançado no país em 2010, após mais de 200 mil quilômetros de testes que comprovaram a eficiência em motores flex. A Shell, empresa que é responsável pela produção do combustível, fornecedora oficial da categoria e ainda patrocinadora

26 // Revista Stock car

de outras quatro competições automobilísticas (Fórmula 1, Fórmula Indy, Nascar e Moto GP), espera que a utilização do combustível na Stock Car aumente a visibilidade da marca em território nacional. “O campeonato reúne os melhores pilotos do país e é extremamente competitivo. É também uma excelente plataforma de relacionamento por ser itinerante, cobrindo várias regiões do Brasil, e sempre aberta a ações criativas. Na nossa visão, a Stock Car complementa perfeitamente nossas

ações desenvolvidas a nível global, mantendo foco no Brasil e em um combustível genuinamente brasileiro”, afirma Leonardo Linden, diretor de marketing de produtos da Raízen, empresa representante dos combustíveis Shell, no Brasil. Uma das intenções da empresa é mostrar ao consumidor que o combustível utilizado nas corridas também está ao alcance dele. “Usamos a relevância da categoria no automobilismo brasileiro para mostrar aos nossos consumidores que o mesmo etanol


Duda Bairros/Vicar

“Na nossa visão, a Stock Car complementa perfeitamente nossas ações desenvolvidas a nível global, mantendo foco no Brasil e em um combustível genuinamente brasileiro.” Leonardo Linden, diretor de marketing de produtos da Raízen

Fábio Rhino Oliveira/RSC

Os pilotos Alceu Feldmann e Valdeno Brito e parte e parte da equipe Shell Racing

usado nos carros de alta performance está à sua disposição nos Postos Shell. Nossas campanhas de comunicação sempre trabalham muito o reforço desta percepção de qualidade dos produtos V-Power aos consumidores e a comunicação associada à Stock Car está perfeitamente inserida neste contexto”, explica Linden. Com a presença do Shell V-Power Etanol na categoria, a Stock Car, além de ajudar no crescimento da marca, serve como um laboratório de estudos e análises para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do combustível. É o que explica Gilberto Miralles Pose, gerente de combustível Shell. “Nós temos um laboratório móvel e ele vai acompanhar todas as etapas. Esse laboratório faz a medição do combustível para verificar se ele está íntegro. Ou seja, no momento em que entregamos o produto na pista para ser utilizado por todas as equipes, a Confederação Brasileira de Automobilismo pode solicitar a avaliação de combustível”, diz Pose, que ainda conta como são divididas as etapas deste processo. “A primeira análise é verificar a integridade do produto. A segunda análise que podemos aproveitar

e fazer é verificar como o produto se comportou nessa aplicação. Podemos verificar, por exemplo, se ele se comportou igual em um carro de rua ou se teve um melhor desempenho com o carro de pista”, complementa. Segundo o engenheiro, o combustível testado em motores flex nos laboratórios da Shell, na Europa e no Instituto Mauá de Tecnologia, foi desenvolvido para aumentar a eficiência do motor. “Ele dá maior proteção às partes internas do motor que entram em contato com o combustível, além de ter capacidade extra de limpeza do sistema de alimentação de combustível”. Como se não fosse suficiente abastecer todos os carros da principal competição automobilística do Brasil, a Shell também conta com uma equipe própria na cate-

Carro de Valdeno Brito, vencedor da segunda etapa, em Curitiba

goria: a escuderia Shell Racing, representada pelos pilotos Valdeno Brito e Alceu Feldmann. Há nove anos na Stock Car, Valdeno Brito não titubeou ao apontar a sua principal meta na temporada 2012. “É um grande orgulho fazer parte da primeira equipe oficial da Shell na Stock Car. Meu objetivo é ser campeão. Sei que não será fácil, mas pode ter certeza que vou ser uma pedra no sapato dos concorrentes”, alerta. Para atingir o objetivo e terminar o ano com a sala de troféus recheada, Brito conta com muito trabalho de todos que integram a Shell Racing. “A dedicação de todos será intensa. Tenho certeza de que a equipe contará com o melhor de cada um de nós”, garante o piloto. lll




Fรกbio Rhino Oliveira/ Revista Stock Car

capa // Resumรฃo

30 // Revista Stock car


Daniel Serra

na dianteira

Regularidade deixa o paulista temporariamente na liderança lll Regularidade. Essa é a palavra-chave num campeonato de pontos corridos como a Stock Car nesta temporada. Esse fator pesa mais ainda com a nova pontuação dobrada na última etapa do ano. Em dezembro, no autódromo de Interlagos, 44 pontos concedidos ao primeiro colocado vão estar em disputa. Em termos comparativos: agora, após quatro provas, os 16 primeiros na classificação geral ainda têm chances matemáticas de chegar ao título. Daniel Serra, filho do tricampeão Chico Serra, lidera a Stock Car pela primeira vez na carreira – estreou na categoria em 2007 – com 69 pontos, seguido por Cacá Bueno (64), Ricardo Maurício (59), Átila Abreu (52) e Valdeno Brito (50).

Favoritismo

Deixando de lado a frieza dos números, neste momento doze pilotos brigam diretamente pelo título. Com todas essas variantes, mais o equilíbrio apresentado nas pistas e outras oito corridas até o encerramento da temporada, é difícil indicar um favorito, como garante o tetracampeão Paulo Gomes. “Acho cedo falar sobre favoritismo, pois as coisas podem mudar de uma hora para a outra. Ainda mais com a última prova valendo pontuação em dobro, ou seja, 44 pontos. Acredito que somente depois da oitava ou décima etapa é que teremos uma noção melhor dos reais favoritos”, avalia. O filho de Paulão, Marcos Gomes (42 pontos e oitavo colocado), discorda um pouco


Fernanda Freixosa/Vicar

João Pires/Fotojump

capa // Resumão

A alegria de Ricardo Maurício, Cacá Bueno e Max Wilson no pódio da terceira etapa

“Eu quero estar entre os primeiros, brigando pelo título, principalmente com os pontos em dobro na rodada final.” Grid de largada no Velopark

do pai e cita algumas figurinhas carimbadas como aqueles com chances maiores de levantar o troféu de campeão. “Os favoritos são os mesmos. Acredito que serão aqueles que estão aí quase sempre entre os primeiros. Tem uns oito com chances reais e que podemos chamar de favoritos ao título, como Cacá, Max, Ricardinho, eu, Thiago e alguns outros”. Opinião semelhante tem Thiago Camilo (35 pontos e décimo colocado) que, depois de importante segundo lugar na abertura da

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Átila Abreu, 4 .º colocado, Mobil Super Pioneer Racing

temporada, ficou duas corridas seguidas zerado e voltou a marcar pontos em Ribeirão Preto, quando conquistou 15 com o sexto lugar. “Acho que os seis primeiros do campeonato são os maiores favoritos, pois não estão ali ocasionalmente. No entanto, tudo está em aberto, já que eles podem ter a mesma infelicidade que eu em duas corridas: não pontuar e a situação se inverter totalmente”. Experiente, Antonio Pizzonia (14 pontos e 21.º colocado), um dos três pilotos da Stock Car com passagem pela Fórmula 1 – os

outros são Ricardo Zonta e Luciano Burti – tenta fugir de uma resposta direta, mas acaba por apontar alguns com maiores chances. “É bem difícil dizer quem são os favoritos, pois estamos praticamente no início do campeonato que terá 12 corridas. Mesmo correndo o risco de errar, acho que o título ficará entre o Cacá, Daniel, Ricardinho, Max, Valdeno e Khodair”, revela Pizzonia. Para o sorocabano Átila Abreu (52 pontos e quarto colocado), vencedor de duas


Fernanda Freixosa/Vicar

“Os favoritos são os mesmos. Acredito que serão aqueles que estão aí quase sempre entre os primeiros.” Marcos Gomes, 8.º colocado, Medley Full Time

Duda Bairros/Vicar

Daniel Serra domina a ponta na etapa de Ribeirão Preto

Em Interlagos, Cacá Bueno venceu a primeira etapa do ano

das três provas realizadas nas ruas de Ribeirão Preto e dono de um terceiro lugar no pódio na última corrida, a briga pelo cobiçado título não deve apresentar surpresas e ficará mesmo entre os mais conhecidos. “Acredito que os dois carros da Eurofarma (Ricardo e Max) e os dois da Red Bull (Cacá e Daniel) são os principais favoritos, mas teremos ainda muitas etapas e muitos pontos em jogo. Eu quero estar entre os primeiros, brigando pelo título, principalmente com os pontos em dobro na rodada final”, disse.

pontos em dobro

Citado por vários companheiros entre os favoritos, Max Wilson (39 pontos e nono colocado) é um dos mais experientes da categoria, mas não tem apresentado a regularidade de outros anos, uma marca na sua carreira e que foi essencial para levá-lo ao título de 2010. “Com a pontuação em dobro na rodada final, se o fator sorte ou azar entrar na história, um piloto pode sair do sexto lugar para ser campeão. Claro, dependendo da diferen-

ça entre os primeiros. Considero favoritos os que andam na frente mais constantemente, os top 10, mas um ou outro diferente também pode entrar na briga. O Denis Navarro e o Galid Osman estão andando muito bem e podem surpreender”, disse Max, que nasceu em Hamburgo, Alemanha, mas é cidadão brasileiro. Campeão de 2003, David Muffato, hoje um dos mais experientes da categoria, também prevê uma definição na fase final do campeonato e acredita que a implantação do

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sistema de pontuação dobrada em Interlagos manterá em alerta pilotos e equipes até a última bandeirada. “Esse campeonato está muito embolado e acredito que continuará assim até o encerramento do ano. Mais duas ou três provas e começará a se definir alguma coisa. Se tudo se mantiver próximo como está agora, na última corrida poderemos ter sete, oito, até nove pilotos com chances matemáticas de serem o campeão”. Como ninguém tem bola de cristal, resta a pilotos, equipes e torcedores continuar a acompanhar as etapas da Stock Car e a torcer por seus favoritos. lll Milton Alves

Fábio Rhino Oliveira/ Revista Stock Car

capa // Resumão classificação Pos. Pts. Piloto

1 69 Daniel Serra (Red Bull Racing) 2 64 Cacá Bueno (Red Bull Racing) 3 59 Ricardo Maurício (Eurofarma RC) 4 52 Átila Abreu (Mobil Super Pioneer Racing) 5 50 Valdeno Brito (Shell Racing) 6 44 Julio Campos (Carlos Alves Comp) 7 44 Nonô Figueiredo (Mobil Super Pioneer Racing)

“Com a pontuação em dobro na rodada final, se o fator sorte ou azar entrar na história, um piloto pode sair do sexto lugar para ser campeão.”

8 42 Marcos Gomes (Medley Fulltime) 9 39 Max Wilson (Eurofarma RC) 10 35 Thiago Camilo (RCM Motorsport) 11 34 Denis Navarro (Vogel Motorsport) 12 34 Luciano Burti (Itaipava Racing Team) 13 30 David Muffato (Itaipava Racing Team) 14 29 Diego Nunes (Hot Car Competições) 15 29 Lico Kaesemodel (RCM Motorsport) 16 27 Galid Osman (BMC Racing)

Max Wilson, 9.º colocado, Eurofarma

17 22 Rodrigo Sperafico (Prati-Donaduzzi Racing) 18 22 Allam Khodair (Vogel Motorsport) Vitória em Ribeirão deixa Daniel Serra na liderança

19 19 Xandinho Negrão (Medley Fulltime) 20 17 Ricardo Zonta (Linea Sucralose) 21 14 Antônio Pizzonia (Comprafacil Nascar JF) 22 13 Vitor Meira (Officer ProGP) 23 10 Ricardo Sperafico (Prati-Donaduzzi Racing) 24 9 Felipe Maluhy (Bassani Racing) 25 9

Alceu Feldmann (Shell Racing)

26 9 Eduardo Leite (Hot Car Competições) 27 7 Pedro Boesel (Comprafacil Nascar JF) 28 7 Giuliano Losacco (Bassani Racing)

Largada da segunda etapa em Curitiba

34 // Revista Stock car

Fernanda Freixosa/Vicar

29 6 Duda Pamplona (Officer ProGP) 30 5 Tuka Rocha (BMC Racing) 31 3 Popó Bueno (Linea Sucralose) 32 0 Rodrigo Navarro (Carlos Alves Comp)



comportamento // Música

Trilha Sonora

lllO ronco dos motores e os gritos da torcida não são os únicos sons que fazem parte do dia a dia da Stock Car. Embora só tenham ouvidos para as conversas com engenheiros e chefes de equipe durante as provas, os pilotos, quando não estão no comando de suas máquinas, fazem questão de ligar as caixas de som e escutar suas canções favoritas. A situação e o ambiente para apertar o botão do play variam de piloto para piloto. Enquanto uns preferem o silêncio antes das provas, outros optam por colocar o fone de ouvido para se concentrar nas corridas. Galid Osman, da BMC Racing, é um dos adeptos desse método. Com um gosto ec-

36 // Revista Stock car

lético, que vai do sertanejo da dupla Jorge e Mateus ao rock da banda americana Kings of Leon, o paulista admite que escutar música virou um dos seus rituais no autódromo. “Ouço música para relaxar antes das corridas e dos treinos. Acho que não tem muito esse negócio do estilo de música ideal. O piloto tem que ouvir aquilo que o faz se sentir bem e relaxado”, afirma Galid, que confessa ter um acompanhante indispensável em suas viagens. “O iPod não pode faltar dentro da mala, de jeito nenhum, antes das viagens. Tanto no avião, quanto na pista”, completa. Apesar de não se considerar um fanático por música, Daniel Serra, da Red Bull

OZaiachin /Shutterstock

Conheça o gosto musical e os sons que tocam no MP3 de cada piloto, dentro e fora dos autódromos

Racing, segue a linha de Galid e também coloca os fones antes de ir para a pista. “Algumas vezes, ouço músicas antes da corrida ou da classificação porque é um jeito de me concentrar mais e evitar que as pessoas venham falar comigo (risos). Como não tenho nenhuma preferência musical, só coloco para tocar no aleatório e fico curtindo”, conta o piloto. Enquanto o gosto musical de Serra abrange vários estilos, o de Rodrigo Sperafico, da escuderia Prati-Donaduzzi Racing, não foge às suas raízes e assume a predileção pelo country. “Gosto muito destas novas duplas de sertanejo universitário que estão


interatividade Baixe esta playlist em nossa Fan Page: facebook.com/RevistaStockCar

discoteca Em um bate papo com a Revista Stock Car, pilotos ligaram seus MP3, celulares, tablets e mostraram quais as músicas mais tocadas. Jorge e Mateus Duas Metades

Cleocinei Zonta

Fernando e Sorocaba É Tenso Kings of Leon Molly Chambers

“Algumas vezes, eu ouço músicas antes da corrida ou da classificação porque é um jeito de me concentrar mais.” Daniel Serra, piloto

na moda. Aqui na nossa região, no oeste do Paraná, ouve-se muita música sertaneja”, declara o piloto, natural de Toledo. Já Átila Abreu, da Mobil Super Pionner, fez apenas uma ressalva quanto aos estilos musicais. “Gosto de todos os tipos de som. Só rock pesado que não gosto tanto assim. Porém, no geral, escuto de tudo mesmo”, admite.

desplugado

E se alguns pilotos da Stock Car ouvem música para ajudar na concentração e até afastar um pouco a pressão por resultados, há os que veem no silêncio a melhor opção. É o caso de Denis Navarro, da escuderia

Calvin Harris Feel So Close Cage The Elephant Ain’t No Rest For The Wicked Bruno Mars Talking To The Moon João Neto e Frederico Lê Lê Lê

Vogel Motorsport. “Não tenho o costume de ouvir música na pista. Antes de entrar no carro, eu prefiro me concentrar no silêncio”, revela. É também o caso de Julio Campos que, embora seja grande fã da banda de punk rock Green Day, também prefere manter o seu MP3 desligado nos momentos de preparação para as corridas. “Gosto de todo tipo de música: sertanejo, rock e pagode. Escuto tudo, mas na concentração prefiro não ouvir nada”, afirma o integrante da equipe Carlos Alves Competições, deixando claro que o silêncio também pode ser uma ótima trilha sonora.lll

Coldplay Paradise Hilltop Hoods The Nosebleed Section Green Day Boulevard Of Broken Dreams

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Cleocinei Zonta

Cleocinei Zonta

Especial // Mulheres

Cibele é o braço direito do seu marido, Amadeu Rodrigues, na Hot Car Competições

FORÇA

Feminina

Revelamos quem são as mulheres que trabalham na Stock Car

38 // Revista Stock car

lll Ícones do mundo masculino, carro e esporte parecem não casar bem com a profissão de muitas mulheres. E, no mundo da Stock Car, a história não é diferente, mas, aos poucos, algumas guerreiras abriram os horizontes e trouxeram mais feminilidade ao ambiente das pistas, e já passam a ocupar os mais diversos postos na competição. E não falamos de um time somente representado pelas modelos, as grid girls, desfilando pelo paddock. Se destacam nessa equipe diretoras, jornalistas, fotógrafas, esposas de

chefes de equipe, profissionais da limpeza e alimentação, e até mesmo uma engenheira. Com sutileza e charme, essas damas conquistaram uma posição de destaque em um ambiente que, há pouco tempo, era dominado por homens. Além de profissionais, são mulheres movidas pela paixão pelo automobilismo.

Na direção

Vanda Camacho é uma das representates desse time de mulheres na Stock. A atual


Duda Bairros / Vicar

“Ser mulher me proporciona um grande desafio, que é inserir a visão detalhista e multifocal que é da nossa própria natureza. Acredito que os detalhes fazem toda diferença dentro de um grande espetáculo.” Vanda Camacho, diretora de eventos da Vicar diretora de eventos da Vicar, organizadora da Copa Caixa Stock Car, Copa Montana e Mini Challenge,Vanda entrou na Stock Car em 1996, quando, ainda recém-formada, foi contratada para coordenar a transmissão de televisão da competição. Naquele momento, seu envolvimento com o paddock era quase nulo e seu contato com o mundo do automobilismo era feito apenas da admiração por Ayrton Senna. “Minha primeira experiência em um autódromo foi quando a Stock Car fez a preliminar da Indy no Rio e foi amor a

primeira vista! Fiquei apaixonada por aquele mundo, que ainda tinha tantas possibilidades a serem exploradas”, relembra Vanda. À frente de um cargo de grande responsabilidade, seus desafios são constantes, mas nunca sofreu algum tipo de preconceito. “Ser mulher me proporciona um grande desafio, que é inserir a visão detalhista e multifocal que é da nossa própria natu­­­­­­­­­­re­­­­za. Acredito que os detalhes fazem toda diferença dentro de um grande espetáculo”, argumenta. Os anos de Stock Car não tiraram o

frescor do amor à primeira vista. Para Vanda, é fantástico ver um projeto sendo desenhado e discutido em um papel, poder desenvolver cada detalhe e encaixar todas as peças. “Enxergar tudo isso virando um grande espetáculo que proporciona diversão e prazer aos espectadores, me traz uma sensação indescritível.” E perguntamos, qual o motor para realizar seu trabalho com tamanha dedicação? “É o arrepio que ainda sinto a cada largada!”

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Especial // Mulheres

“Eu sempre incentivo as mulheres que acham que não têm abertura, ou que o trabalho não serve para elas. Ficam com medo do preconceito, mas não é pra ter medo.”

Cleocinei Zonta

Rachel Loh, engenheira Mecânica da Officer ProGP

A companheira

Falam que a Stock Car é uma família. E em alguns casos, esposas, mães e irmãs desempenham papéis fundamentais nas equipes. Alguns exemplos desse companheirismo e profissionalismo são encontrados dentro dos boxes, como Denise Campos (RC Competições), Aloma Ferreira (Medley Full Time) e Cibele Rodrigues (Hot Car Competições). Cibele é esposa de Amadeu Rodrigues, que possui equipes na Copa Caixa Stock Car e na Copa Montana. Ela entra em cena

40 // Revista Stock car

Rachel Loh é a engenheira mecânica da Officer ProGP

quando a estrutura de box já foi montada pelos mecânicos. Então, passa a organizar a sala de pilotos, os móveis, as bebidas e alimentos para a equipe. “O Amadeu fica na parte técnica e eu fico na parte de arrumação, recepção, organização. Toda essa parte que eu adoro fazer”, afirma Cibele. Outras funções que Cibele assume na equipe são: cuidar da recepção aos patrocinadores e visitantes dos boxes, das ações promocionais, como a volta rápida, momento em que os pilotos levam convidados para andar a bordo de um carro da Stock Car. Em suas

mãos, sempre está a programação do evento com horários oficiais de pesagem, briefing e treinos, para fazer o checklist com os pilotos. “Eles ficam empolgados em fazer o carro e acabam esquecendo”, revela.

A única

No meio de tantos profissionais do sexo masculino dentro dos boxes, eis que surge uma única mulher que literalmente coloca a mão na massa, ou melhor, nas máquinas. Rachel Loh é engenheira mecânica da Officer ProGP e trabalha na equipe desde 2005,


Duda Bairros/Vicar

Mulheres no comando: a comunicação e o marketing da Eurofarma RC é feita por elas

comunicadoras

Cleocinei Zonta

As mulheres também se destacam em outro departamento durante as corridas

As promotoras também têm seu merecido destaque

quando entrou, ainda como estagiária. Rachel diz que já estava acostumada com o ambiente masculino e que isso nunca foi um problema. “Como eu fiz engenharia mecânica e, na faculdade eu já participava de projetos de competição estudantil, já estava acostumada com o meio masculino”, afirma a engenheira. Ela sente muito orgulho de fazer parte de uma das principais categorias do automobilismo brasileiro. “É onde vejo que estão os maiores profissionais, todo mundo que corre e também as melhores equipes.

Então adoro estar aqui. Sei que estou no foco”, afirma. Rachel se orgulha de ser a única engenheira mecânica na Stock Car e ainda incentiva as profissionais que têm vontade de entrar no meio automobilístico, mas não têm coragem.“Eu sempre incentivo as mulheres que acham que não têm abertura, ou que o trabalho não serve para elas. Ficam com medo do preconceito, mas não é pra ter medo. Sendo uma profissional competente, serão bem aceitas. E o desempenho é o mesmo”, finaliza Rachel. lll

O setor de comunicação é um ponto forte da presença e energia feminina. As profissionais exercem suas funções com competência e agilidade, acrescentando charme e olhar aguçado às coberturas. Ao entrar na sala de imprensa, nota-se com facilidade que elas formam um grupo numeroso. A Vicar possui um time imbatível de fotógrafos e Fernanda Freixosa faz parte dessa equipe. Para seus cliques incríveis, ela passa o dia correndo de lá para cá nos autódromos do Brasil. O time das assessoras de imprensa é igualmente hábil e relativamente grande. Neste grupo, estão a assessora da Eurofarma RC, Patrícia Casagrande; Meg Cotrim, assessora do piloto Lico Kaesemodel; Fernanda Gonçalves (Hot Car Competições) e Glauce Schütz, assessora dos pilotos Julio Campos e Ricardo Zonta, entre outras. Olhares atentos que também são atributos das produtoras e repórteres de TV, das jornalistas dos mais variados sites e blogues, fotógrafas, relações públicas, “marketeiras” e das “wings” da Red Bull, que sempre estão presentes levando uma dose de ânimo extra para quem precisa.

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Cleocinei Zonta

mundo stock // Segurança

Equipes de pronto atendimento em ação na etapa do Velopark, em Nova Santa Rita (RS)

Heróis por opção Mesmo ganhando a vida com outras profissões, fiscais de pista, equipes médica e de resgate dedicam seus finais de semana para garantir a segurança dos pilotos da Stock Car lll A bandeira amarela nas mãos dos fiscais de pista informa: acidente na pista. Imediatamente, a torre de controle estabelece, via rádio, comunicação com a equipe de resgate e a equipe médica. Sob o comando do diretor de prova, os responsáveis pela segurança dos pilotos entram em ação e traçam a melhor estratégia para chegar ao local do acidente e evitar que algo mais grave ocorra. Segundo Wilson Krafzik Filho, chefe

42 // Revista Stock car

da equipe de resgate, para fazer parte desse grupo é preciso ser determinado, responsável e apaixonado por automobilismo. Representante comercial, ele salienta que o trabalho de resgate durante as provas não é a profissão principal de nenhum dos integrantes do grupo. “A equipe é formada por profissionais de diversas áreas de atuação. Nos reunimos nos finais de semana de corrida para atuar nos eventos com prazer e certos da nossa

responsabilidade”, esclarece o profissional, que atua na Stock Car desde 1996. Todavia, a paixão pelo automobilismo não é exclusividade dos integrantes da equipe de resgate. No grupo médico, o Dr. Dino Altmann, diretor médico da Stock Car, iniciou sua carreira na categoria por afinidade. “Fui convidado para trabalhar há 16 anos. Existia uma preocupação com o atendimento dos pilotos e, como já estava envolvido com a


Chegada do resgate e equipe médica

3 - Carro do resgate: fica posicionado estrategicamente para

Acidente

proteger a equipe de socorro e o carro acidentado.

1 - Fiscais de pista: sinalizam com bandeiras aos pilotos e

alertam sobre problemas no local. Torre de controle determina o que deve ser feito.

2 - Torre de controle: informa sobre o acidente ao Resgate,

que se dirige ao local seguindo orientações do diretor de prova.

4

- Um dos membros do resgate: vai ao encontro do piloto para averiguar as suas condições.

5

- Caso o piloto apresente boas condições: o objetivo da equipe passa a ser a corrida e o carro é prontamente retirado para dar prosseguimento à prova.

6

- Em situações de risco para o piloto: o carro de intervenção médica é acionado.

7 - Quando um piloto necessita socorro: avalia-se em primeiro

lugar a condição dele e de qual maneira pode ser feito o procedimento.

8 - Dois tipos de atendimento podem acontecer:

l O rápido, que permite a retirada do piloto em menos tempo. l A imobilização, na qual o piloto é retirado de maca do local, com segurança.

TRANSPORTE AO CENTRO MÉDICO

9 - Uma vez retirado do carro: faz-se uma avaliação primária das condições

do piloto. Em casos graves, o atendimento é feito na pista mesmo. Caso contrário, transporta-se a vítima ao centro médico.

10 - Centro médico: é feita a avaliação secundária, na qual se avalia e monitora todas as condições do piloto, como fraturas, ferimentos e traumas.

Stock, me perguntaram se eu tinha interesse. Claro que eu tinha. Assim foi meu início”, conta o médico. Orlanda Costa e Silva, coordenadora da ISR (Interlagos Sinalização e Resgate), também tem outro ganha-pão. Psicóloga, ela atende em seu consultório de segunda a sexta, mas há 20 anos dedica os finais de

semana às corridas. “Meu marido também está envolvido com a Stock. É algo presente na minha vida há muito tempo. Inclusive, quando era pequena, queria ser piloto”, admite a chefe dos fiscais de pista de São Paulo. Além de gostar das funções que executam nos autódromos, é essencial o trabalho integrado dos profissionais dessas três frentes

para oferecer o melhor atendimento ao acidentado, segundo Altmann. “O resgate está lá para nos ajudar. Eles são acionados após o aviso dos fiscais e sempre estão no local conosco. Assim, posso orientá-los de acordo com as minhas necessidades”, finaliza o médico apaixonado por velocidade. lll

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Bastidores // Rádio

Na escuta? lll “Três, três minutos. Mas não tem combustível”. Uma frase entre tantas expressões que passam pelas ondas sonoras de rádios estilo walkie talkie, tão presentes na Stock Car. Mais modernos e cada vez mais sofisticados, esses aparelhos são peças importantes para o bom entrosamento e a comunicação da equipe, e fundamental para os pilotos. Atualmente, todas as equipes usam o rádio para fazer essa conexão direta tão importante. Um sistema utilizado há aproximadamente 15 anos. Desde então, o sistema foi aperfeiçoado seguindo o boom das outras tecnologias do automobilismo. Com o rádio cada vez mais potente, têm sido raros os problemas de comunicação, como há alguns anos. Segundo André Bragantini, chefe de equipe da RCM Motorsport, são muitas as vantagens, como informar o piloto sobre o ajuste das barras estabilizadoras, dianteira e traseira, para melhorar o equilíbrio do carro. Através do rádio pode-se, ainda, informar quantos push-to-pass os outros pilotos têm e em qual momento será melhor usá-lo. Ou mesmo, pedir para aumentar ou diminuir o ritmo de corrida, informar posição, número de voltas e colocação dos outros pilotos na corrida. “O rádio é fundamental em praticamente toda a corrida, mas é muito importante quando acontece um acidente ou algum carro jogou óleo na pista. Ou quando começa a chover em algum ponto e você tem tempo para avisar o piloto”, destaca André. Não pense, entretanto, que a comunicação é liberada e que equipe e piloto conversam o tempo todo. Há momentos específicos, em que todo cuidado é pouco para evitar qualquer erro ou distração. Por

44 // Revista Stock car

Duda Bairros / Vicar

Nas conversas entre equipe e piloto, a comunicação via rádio é fundamental

O rádio é o meio de comunicação usado por todos os membros de uma equipe

isso, é falado exclusivamente o necessário e sempre de forma rápida, para que haja a menor intervenção possível. “O melhor e mais aconselhável momento é quando o carro está em retas, para não atrapalhar a concentração do piloto numa freada ou durante uma curva. Mas em situações de emergência tem que avisar o mais rápido possível, independente de onde ele está”, afirma o chefe de equipe da RCM Motorsport. O piloto Lico Kaesemodel concorda que

usar o rádio ajuda muito, mas também pode atrapalhar. “Estamos bem sincronizados nisso. E lógico que se falarem comigo em uma entrada de curva, acaba atrapalhando. Por isso, é nas retas que é melhor falar. E só o necessário”, diz o paranaense, que está na RCM há três anos. O sistema alcança aproximadamente dois mil metros. O equipamento completo é composto por várias partes. No carro é instalado um rádio com um botão no


Câmbio Abaixo, confira o trecho de uma conversa via rádio trasmitida durante uma competição:

“Você é P8... 55.3... P9.” Nesse caso, André Bragantini explica ao piloto a posição que ele se encontra (P = posição) e o tempo que ele registrou: 55s3.

“Três, três minutos. Mas não tem combustível.” O chefe de equipe diz quanto tempo de treino ainda falta, mas que não tem combustível suficiente para dar mais uma volta rápida na pista.

André Bragantini, Chefe de Equipe RCM Motorspor

volante, por onde a transmissão é feita, e uma antena. No capacete do piloto, tem os fones de ouvido e um microfone. A equipe, igualmente, possui um rádio com um fone de ouvido para cada integrante. Apesar de todos ouvirem, só duas pessoas falam diretamente com o piloto: o chefe de equipe e o engenheiro. A comunicação com Lico é revezada entre André Bragantini, o chefe, e Artur Fernandes, o engenheiro da RCM. O piloto, do carro 63 da Copa Caixa Stock Car, acha importante usar o rádio, principalmente durante a corrida. “A largada também tem sido feita via rádio, o que me ajuda muito. O André fala a hora certa de acionar o push-to-pass. E em uma corrida também é falado sobre qual posição estou, quantas voltas faltam, quanto tem de combustível. Essas informações de corrida”, ressalta Kaesemodel, que não abre mão do rádio. Afinal, toda ajuda é bem recebida, ainda mais quando o assunto é competição, pontos corridos e um bom resultado após um fim de semana de corrida. lll

“Cacá, Átila, Valdeno, Khodair, Ricardinho, Max, Daniel, Navarro, Thiago Camilo e Galid. Cacá virou 54.6 agora. Ricardinho veio pra segundo, 54.7.” No final do treino, André fala a posição dos dez primeiros do grid para o piloto. Em seguida, detalha os tempos dos concorrentes.


especial // Mini Challenge

Todos por um

Cleocinei zonta

Dividir o carro pode parecer estranho, mas no Mini Challenge essa fórmula deu resultado e vem trazendo bons frutos nas pistas

José Mário Castilho (esq.) e Matheus Castro (dir.) compartilham o carro 27 no Mini Challenge

lll “Mulher e carro não se emprestam para ninguém”. Apesar do ditado ser bastante usado no cotidiano brasileiro, nem sempre é levado à risca. A conduta mais usual é não emprestá-los a ninguém. No caso dos automóveis, porém, o dito não serve de regra para todas as ocasiões. No Mini Challenge, por exemplo, o regulamento permite que um mesmo carro seja compartilhado por dois ou três pilotos para a disputa do campeonato. A opção, inclusive, teve grande sucesso no ano passado. Das 16 corridas disputadas em 2011, sete foram vencidas com carros pilotados por duplas, aproveitamento de quase 50%. Marcel Wolfart, um dos pilotos que convive com essa realidade na atual temporada,

46 // Revista Stock car

enumera algumas vantagens em compartilhar o seu instrumento de trabalho. “É bastante interessante, principalmente pelo fato de o automobilismo se tratar de um esporte de essência individualista. Dividir o carro com outros pilotos que irão somar pontos juntos com você no campeonato cria uma conotação diferenciada à modalidade, que combina a vontade de superar os adversários por si próprio, como também auxiliar e contribuir para que os companheiros também o façam. Além de tudo, é uma excelente oportunidade de estreitar laços de amizade”, afirma o piloto, que tem como companheiro de equipe Adriano Amaral. Entretanto, apesar de apontar o compartilhamento de carros como uma boa forma de

reforçar o espírito de equipe, Wolfart admite que não correr todas as corridas o deixa com um gosto de “quero mais” durante as etapas. “Eu, até hoje, nunca conheci um piloto que não fosse ‘fominha’. E eu não sou diferente. Penso que quanto mais andar, melhor. Mas confesso achar bastante interessante a ideia de três baterias, ainda que elas sejam mais curtas. A competitividade entre os carros acaba sendo mais acirrada e há a chance de recuperar maus resultados, decorrentes de eventuais quebras ou acidentes”, explica. Opinião muito similar é a de Matheus Castro, que elege a troca de informações e conhecimento como um dos principais benefícios em se ter um companheiro de equipe. Em contrapartida, faz uma única ressalva à partilha dos


Cleocinei zonta

“É muito importante ter um parceiro com desempenho parecido ao seu. Preocupado com o resultado da equipe e não somente com o individual” José Mário Castilho, piloto do Mini Challenge carros. “A desvantagem é que você anda menos, tem menos chance de descobrir novos acertos, devido a divisão do tempo de treino e porque cada piloto anda de um jeito. Um piloto, quando anda sozinho, corre uma bateria e já sabe o que precisa fazer no carro e na pilotagem para ir melhor na próxima, além de ganhar muito mais quilometragem e ‘mão’ do carro”, avalia. Além da necessidade de ter um bom relacionamento com o seu companheiro de equipe, no Mini Challenge, ao contrário do que ocorre em outras categorias do automobilismo, o desempenho dos pilotos com os quais se divide o carro é fundamental para a classificação do campeonato. De acordo com o regulamento da competição, pilotos que competem em dupla ou em trios têm a suas pontuações somadas ao final de cada etapa. Por esse motivo, José Mário Castilho, parceiro de Castro na categoria, acredita que ter um companheiro que pense na equipe é fundamental para o sucesso de uma dupla. “É muito importante ter um parceiro com desempenho parecido ao seu. Preocupado com o resultado da equipe e não somente com o individual”, destaca o piloto. Com o acréscimo de mais uma prova por etapa na temporada 2012, a conversa entre os pilotos não se limita apenas às trocas de experiências e conselhos, mas também a quem vai para a pista primeiro. Matheus Castro explica que, no caso da sua dupla, a decisão ocorre momentos antes da largada. “Eu e o Castilho não temos um critério definido. Decidimos na hora mesmo, conversando. Algumas vezes o critério é quem está melhor no momento (virando mais rápido) para correr primeiro, pois o resultado da primeira corrida é o grid de largada da segunda”. Neste ano, após três etapas disputadas, a performance dos pilotos que correm em duplas ou em trios continua sendo satisfatória. Até agora, entre os dez primeiros colocados do Mini Challenge, seis dividem os carros.lll

Companheiros de carro, Adriano Amaral e Marcel Wolfart revezam-se ao volante

47


Especial // Copa Montana

Trabalho

Dobrado

Saiba como se organizam as equipes que possuem times tanto na Copa Caixa Stock Car como na Copa Montana mi e Beto Cavaleiro, na Copa Montana. Na equipe Carlos Alves, Julio Campos é quem guia na categoria principal e Rodrigo Navarro foi seu companheiro nas duas primeiras etapas deste ano. Na divisão de acesso, a Copa Montana, os pilotos são João Pretto e Marco Cozzi. Em outros anos, diversas equipes já fizeram esse mesmo trabalho. A RC, de Rosinei Campos, o Meinha, é um exemplo. A RCM Motorsport, irmã da RC, hoje está na Copa Caixa Stock Car, mas começou na antiga Stock Light. Com o decorrer dos anos, acabou subindo para a categoria principal.

Os boxes da Hot Car e da Carlos Alves Competições na Copa Caixa Stock Car

48 // Revista Stock car

A Full Time, de Maurício Ferreira, também começou pela divisão de acesso, dobrou o número de carros e pilotos e hoje, é uma das escuderias que possuem equipes fortes na Copa Caixa Stock Car. Amadeu Rodrigues – proprietário, chefe de equipe e engenheiro da Hot Car Competições – não nega que tem jornada dupla: “Eu não abro mão de comandar tudo, gosto muito.” Porém, a carga de responsabilidades exige que cada equipe tenha os próprios funcionários. “Aqui, quem realmente trabalha dobrado sou eu. Eu acabo atendendo e comandando a equipe da Montana só na hora

Cleocinei Zonta

lllAlgumas equipes possuem escuderias tanto na Copa Caixa Stock Car, quanto na Copa Montana. Duas categorias diferentes participando do mesmo evento, no mesmo fim de semana é sinônimo de trabalho dobrado. Em 2012, dois times passam por esta experiência: a Hot Car Competições, que tem Amadeu Rodrigues como dono e chefe de equipe, e a Carlos Alves Competições, do próprio Carlão, que também está no comando das duas. A equipe Hot Car é representada pelos pilotos Diego Nunes e Eduardo Leite na Copa Caixa Stock Car, e por Tiago Geroni-


dos treinos. Fico mais tempo na Copa Caixa, porque é muito mais trabalhoso”. Carlos Alves concorda: “O trabalho entre duas equipes é árduo, é complicado, mas é agradável. Estou há 28 anos na Stock Car, então mesmo sendo difícil é recompensador”.

DIFERENÇAS

A forma de trabalho e de abordagem dos pilotos precisa ser distinta em cada categoria: “Às vezes a gente tem que se policiar, porque na Montana tenho pilotos novos que estão aprendendo, que às vezes não conhecem a pista, que estão correndo pela primeira vez. Na Stock, temos profissionais que sabem muito”, confirma Amadeu. “Eu encaro a Copa Montana como formadora de pilotos”, diz Carlão. “Em 2009, o Julio Campos correu comigo e em 2010 foi para a principal. O mesmo aconteceu com o Galid, que correu na equipe da Montana em 2010 e 2011, e esse ano foi para a Stock. Eu acredito que com o Marco Cozzi e o João Pretto vai ser igual. No fim do ano, eles já vão estar prontos para subir.”

A equipe de funcionários e a forma de trabalho com os pilotos precisa ser distinta em cada categoria. Mas existem vantagens: troca de informação, divisão do espaço da oficina e ajuda dobrada no momento de emergência fazem valer o esforço

Em 2012, dois times passam por esta experiência: a Hot Car Competições e a Carlos Alves Competições. A RCM Motorsport e a Full Time também começaram pela divisão de acesso

Amadeu Rodrigues, da Hot Car Competições, instrui um de seus pilotos

Cleocinei Zonta

Dividir a mesma oficina é uma fórmula que funciona tanto para a Hot Car como para a Carlos Alves. A facilidade para trocar informações é outro benefício. Depois dos treinos da Stock Car, nos fins de semana de competição, os dados sobre o acerto do carro de uma equipe são aproveitados para a outra. Além do que a soma das forças sempre se torna uma vantagem: “No caso de alguma emergência, uma ajuda a outra”, finaliza Carlos Alves. lll

Fernanda Freixosa/Vicar

benefícios

Carlos Alves está no comando de uma equipe em cada categoria

49


perfil // Pilotos

Desejo

Campeões desde a infância, pilotos buscam repetir na Stock Car o sucesso alcançado durante a carreira

de vencer lll A disputa começou e ninguém quer ficar para trás, comendo poeira. Para chegar ao topo, um carioca e três paranaenses já sabem o que devem fazer. A seguir, um pouco mais sobre a carreira e trajetória desses pilotos até chegarem à Stock Car.

Popó Bueno Natural do Rio de Janeiro, Popó Bueno descobriu a sua paixão pelo automobilismo ainda cedo, com apenas nove anos

Fernanda Freixosa/Vicar

No Kart, venceu suas primeiras corridas e nunca mais parou. Depois passou pelas Fórmula Fiat, Fórmula Chevrolet, na qual foi campeão em 2000, e correu na Europa, na Fórmula Renault. Nesta temporada, Popó completa nove anos de Stock Car.

33 anos

Equipe: Linea Sucralose Racing Team Cidade natal: Rio de Janeiro - RJ Hobby: golfe Twitter : @PopoBueno74 NA STOCK CAR: 112 corridas 1 pole position

“Estamos iniciando uma maior familiarização e entrosamento com a equipe. Esperamos colher frutos do meio da temporada para frente.” Popó Bueno


JUL I O C A M P O S

No ano seguinte, o paranaense deixou a categoria para correr na Pick-Up Racing. A mudança rendeu ao piloto: título do campeonato com uma etapa de antecipação. Após levantar o caneco, Julio voltou a pilotar na principal categoria do automobilismo nacional em 2010, ano em que correu paralelamente na Copa Montana.

30 anos

Equipe: Carlos Alves Competições Cidade natal: Curitiba - PR Hobby: jiu-jitsu Twitter : @juliocampos04

Fernanda Freixosa/Vicar

Curitibano de nascença, Julio Campos iniciou sua carreira profissional no automobilismo em 2008, na própria Stock Car

NA STOCK CAR: 43 corridas

LICO KAESEMODEL

No Kart, iniciou a sua caminhada de sucesso e conquistou três títulos em categorias diferentes. Em 2004, logo na sua estreia em provas de Turismo, foi campeão do Troféu Masserati. Após passar pela Stock Light, Lico debutou na principal categoria do automobilismo nacional em 2007, como companheiro de Ingo Hoffmann, maior campeão da história da Stock Car.

Duda Bairros/Vicar

Desde os 12 anos sentado à frente do volante, o curitibano Lico Kaesemodel não demorou para descobrir o seu talento

29 anos

Equipe: RCM MotorsportC Cidade natal: Curitiba - PR Hobby: não tem Twitter : @licokaesemodel NA STOCK CAR: 56 corridas

R O D R I G O S P E R A F IC O Rodrigo Sperafico descobriu na infância qual seria a sua vocação

32 anos

Equipe: Prati-Donaduzzi Racing Cidade natal: Toledo - PR Hobby: tênis Twitter : não tem NA STOCK CAR: 84 corridas 3 pole positions 2 vitórias

José Mário Dias

Com apenas oito anos de idade, o paranaense, de Toledo, já despontava nas corridas de kart como promessa. Irmão gêmeo de Ricardo Sperafico, seu atual companheiro de equipe, percorreu o mundo pilotando, até estrear na Stock Car em 2004.


Clique //

Hora do Brunch O quarteirão paulista, centro de Ribeirão Preto, foi a linha de chegada da carreata com os pilotos Átila Abreu, Julio Campos e Thiago Riberi. Nesta região estão localizadas algumas das principais atrações e construções históricas da cidade, como o Theatro Pedro II, o Hotel Plaza (foto), e o bar Pinguim. Foto: Duda Bairros / Vicar

52 // Revista Stock car

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Clique //

54 // Revista Stock car


Mini Charme No comeรงo de maio, o circuito do Velopark, localizado nos arredores de Porto Alegre, recebeu a Copa Caixa Stock Car, a Copa Montana e o Mini Challenge. A categoria mais charmosa do Brasil, com seus minicarros, deu o ar da graรงa no Rio Grande do Sul. Os Mini Cooper, coloridos e enfileirados, resultaram em uma bela imagem para as nossas lentes. Foto: Cleocinei Zonta

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Clique //

56 // Revista Stock car


Lá vem o sol Sol em Ribeirão Preto é quase uma redundância. O calor nos dias de prova na cidade do interior paulista foi o escolhido para protagonizar nosso clique do mês. Mesmo assim, a elevada temperatura não afastou o público das arquibancadas, nem impediu disputas emocionantes dentro da pista. Foto: Fernanda Freixosa/Vicar

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próximas etapas // Autódromo Internacional Ayrton Senna

Londrina

5.a Etapa

1

A quinta etapa da categoria acontece em umas das maiores cidades do estado do Paraná. Confira os principais pontos da pista, os vencedores de 2011 e as dicas de lazer

julho

provas

3

Saiba mais!

2

l Extensão : 3.055 metros

Pole position 2011: l Stock Car: Cacá Bueno l Copa Montana: Diogo Pachenki Vencedores 2011: Stock Car l 3.a etapa: Cacá Bueno Copa Montana l 7.a etapa: Diogo Pachenki

4

lllInaugurado em 1992, em uma parceria entre a Prefeitura e a Petrobrás Distribuidora, o Autódromo Internacional de Londrina é o terceiro do mesmo porte construído no estado. Em 1994, foi rebatizado como Autódromo Internacional Ayrton Senna. Com 3.055 metros e capacidade para 35 mil pessoas, o espaço recebe importantes competições nacionais.

58 // Revista Stock car

Pontos do circuito 1. Reta dos Boxes 2. Curva 1 3. Curva da caixa d’água 4. “S”da caixa d’água 5. Reta oposta 6. Mergulho 7. Curva 2 8. Curva dos boxes 9. Curva da vitória

5

1


Stock Spots Disputas na pista e o calor escaldante fazem o autódromo de Londrina ferver! Aliás, a agitação estende-se para a cidade: bares, baladas e restaurantes repletos de gente animada Divulgação

de estada. Para quem não quer se desconectar, os 112 apartamentos contam com Wi-Fi. bourbon.com.br

GALPÃO NELORE

Ricardo Maurício, piloto

ESCRITÓRIO SOCIAL CLUB Reduto dos jovens baladeiros da cidade, sua estrutura comporta grandes shows de bandas e duplas sertanejas. Com quatro ambientes e espaços de bar e lounge, tem capacidade para 1.200 pessoas. Para acompanhar os drinks, petiscos caprichados. barescritorio.com.br

O bufê de antepastos, entradas e acompanhamentos já poderia completar o menu de uma refeição deliciosa. Por isso, vale o aviso: reserve apetite para as suculentas carnes, servidas no esquema de rodízio. A decoração mescla o rústico e o sofisticado. O serviço é atencioso e os garçons têm o dom de adivinhar o próximo pedido do cliente. Cenário ideal para um almoço prolongado, com direito a vinho, sobremesa e cafezinho ao final. galpaonelore.com.br Divulgação

“Circuito desafiador. É uma pista na qual é muito importante largar na frente. Tirando as provas de rua, Londrina é um dos autódromos mais complicados para ultrapassagem”

MANSÃO PALHANO Com ambiente requintado e capacidade para mil pessoas, a Mansão Palhano ferve noite adentro. Shows com duplas sertanejas de sucesso e DJs de house music fazem a alegria do público, jovens de 20 a 35 anos, na sua maioria. Camarotes, mezanino, lounge e tecnologia em telas e som. mansaopalhano.com.br

8

hotel BOURBON

9 6

7

Próximo ao centro comercial da cidade, e a poucos minutos do autódromo, o Hotel Bourbon é referência em atenção ao hóspede. Com serviço de quarto 24 horas, café da manhã completo, sauna e fitness center, é uma ótima opção

HOTEL BLUE TREE Localizado a 15 minutos do aeroporto, o Blue Tree Premium Londrina chama atenção pela arquitetura arrojada. São 132 apartamentos confortavelmente equipados e, como atrativo extra, piscina para quem quiser se refrescar depois de um dia no autódromo. bluetree.com.br

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próximas etapas // Autódromo Internacional Nelson Piquet

Rio de Janeiro A cidade maravilhosa recebe a Stock Car na segunda quinzena de julho

6

7

9

lllInaugurado em 1978, o Autódromo Internacional Nelson Piquet é popularmente conhecido como Autódromo de Jacarepaguá. O espaço recebeu etapas da Fórmula 1 até 1989. Perdeu a curva norte ao abrigar o complexo esportivo construído para receber os Jogos Pan-americanos de 2007. O circuito será desativado para as Olimpíadas de 2016, mas até lá ainda receberá a Stock Car com toda a estrutura para acomodar o evento.

8

Pontos do circuito

l Extensão: 3.336 m l Pole position 2011: Cacá Bueno

l 4.ª etapa: Cacá Bueno

Copa Montana

l 4.ª etapa: Leandro Romera

Mini Challenge

l 1.ª bateria: Rogério Nassralla l 2.ª bateria: Rolf Gemperli

60 // Revista Stock car

3

1

Saiba mais! Vencedores em 2011 Stock Car

5

2

1. Reta dos boxes 2. Junção 3. Reta oposta 4. Curva sul 5. Curva do girão 6. Curva Morette 7. Curva da Lagoa 8. Curva do box 9. Curva da vitória


15

julho

dicas Cidade campeã em belezas naturais e boas opções de entretenimento. Zona Sul , Lapa, Barra da Tijuca – em suma, o clima alegre e descontraído é generalizado. Vale a pena se deslocar de Jacarepaguá e curtir a cidade Divulgação

6.a Etapa

Divulgação

provas

pratos contemporâneos tropicais, feitos principalmente com alimentos orgânicos. Ali, nasceu a ideia do Bailinho, festa eclética que reúne muitos artistas. Vale a pena sentar em uma mesa na varanda. zazabistro.com.br

4 BALADA MIX Lanches leves e saudáveis, muitos sucos naturais e um dos melhores açaís na tigela do Rio. Seja para almoçar, lanchar ou jantar, o Balada Mix sempre tem um prato ideal. O melhor? São oito pontos espalhados pela cidade, sendo o maior agito na filial da Barra da Tijuca. Sente-se em um dos lounges externos e curta o lifestyle relax do carioca. baladamixrestaurante.com.br

Duo

“Jacarepaguá, com o traçado completo, era a minha pista preferida. Foi lá que conquistei minha primeira vitória na Stock Car (categoria B), em 1997. Correr lá é sempre especial.” Cacá Bueno, Red Bull Racing

Sofisticado, porém informal, o Duo é perfeito para um almoço ou jantar com o melhor da cozinha italiana. O menu leva a assinatura do chef napolitano Michele Del Monaco, chef do Relais & Chateaux Il Pellicano, uma estrela no guia Michelin. Além do cardápio tradicional, pizzas gourmet e os pratos especiais finalizados em forno a lenha. A carta de vinhos foi montada pelo sommelier Dionísio Chaves, com 540 rótulos, quase todos provenientes da Itália. Sugestões de pequenas vinícolas europeias são uma boa oferta, a preços menores. duorestaurante.com.br

Zazá bistrô Uma casa azul situada em uma icônica esquina de Ipanema. O Zazá Bistrô serve

La carioca A estrela deste bar gastronômico é o ceviche, prato típico do Peru, feito com frutos do mar marinados em especiarias e servido frio. O La Carioca oferece 15 tipos de cerveja, todas de fabricação própria. Bom atendimento e agito também estão no menu. lacarioca.com.br

PRIMA BRUSCHETTERIA No mote dos restaurantes de um prato só, a Prima Bruschetteria traz mais de 20 versões da típica receita italiana. Localizada no badalado Baixo Leblon, é ideal para um lanche rápido ou petiscar durante a noite toda com os amigos. Além da tradicional bruschetta com tomate, vale provar as mais inusitadas, com foie gras ou quatro queijos. primab.com.br

61




vitrine //

Estilo de Vida Quer entrar no clima da Copa Caixa Stock Car? Separamos alguns produtos exclusivos para você

Mochila Ogio RIG 9800 Possui o sistema SLED (Sistema de transporte com equalizador estrutural), que traz maior durabilidade e facilita o manuseio nas piores condições. Conta também com diversas divisões internas: um compartimento principal com entrada em formato “U”, um compartimento principal com divisórias ajustáveis e acolchoadas e um compartimento para capacete. É revestido com a iFOM (uma espuma integrada) em sua construção para proteção dos equipamentos. Suas rodas grandes facilitam o transporte nos mais variados terrenos. O puxador da mochila de alumínio e as múltiplas alças facilitam o seu carregamento.

l Altura: 86,7cm l Largura: 40,6cm l Espessura: 43,2cm l Capacidade: 160 litros l Peso: 6.4 kg ogio.com.br

64 // Revista Stock car


Jaqueta Stock Car

Pólo Equipe Ipiranga 2012

Tecido sintético oficial da Stock Car. montw.com.br

Polo piquet com bordados e estampa do piloto Thiago Camilo. montw.com.br

game stock car Desenvolvido pela empresa brasileira Reiza Studios com o apoio de equipes e pilotos, o Game Stock Car simula fielmente a temporada 2010 da categoria, com 34 carros e pilotos e 10 autódromos meticulosamente modelados. game-stockcar.com.br

cockpit Criado com ajuda dos pilotos profissionais, o cockpit oficial do game Stock Car coloca o jogador praticamente dentro de um carro. cockpitextremeracing.com.br

Boné Equipe Credipar Racing 2012 Boné de brim com poliester vazado e bordados, produto oficial da equipe do piloto Lico Kaesemodel. montw.com.br

Boné Equipe Prati Donaduzzi 2012 Boné de brim com poliester vazado e bordados, produto oficial da equipe dos gêmeos Rodrigo e Ricardo Sperafico. montw.com.br

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reta final // Entrevista

Balanço geral pausa em junho

PLIM-PLIM

EQUILíBRIO E EMOÇÃO

“Esse tempo maior entre as etapas se deve à grade horária da TV Globo. Para as equipes, penso ser um ótimo momento para que trabalhem no desempenho de seus carros.”

“O novo horário das transmissões tem mostrado que estamos no caminho certo. Tanto a audiência na TV, quanto o público nos autódromos têm sido muito bons. A prova disso foi o sucesso na venda de ingressos em Ribeirão Preto, esgotados alguns dias antes da corrida.”

“A nova pontuação tem se mostrado muito eficiente e o equilíbrio entre diversos pilotos na classificação é visível. A pontuação dobrada na última etapa trará ainda mais emoção para a disputa do título.”

A SEGUIR “Tenho certeza de que o sucesso de público continuará sendo excelente. Acredito que, pelo menos, três ou quatro pilotos vão chegar à última etapa com chances de serem campeões.”

66 // Revista Stock car

Fernanda Freixosa / Vicar

O diretor-geral da Vicar, Maurício Slaviero, aproveita a brecha no calendário para avaliar os acontecimentos até o momento


67


@cosan_mobil

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Por isso desenvolvemos lubrificantes com tecnologia avançada para cada tipo de motor: Mobil Super Flex, ideal para proteger motores Flex contra o desgaste; Mobil Super EcoPower, que ajuda na redução do consumo de combustível; Mobil Super Sintético, que oferece proteção totalmente sintética; e Mobil Super Pick-up & SUV, recomendado para motores fortes, acostumados com as melhores e piores pistas. Mobil Super. Superproteção para todos os tipos de carros.

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