Mundo Cana 5 Sep'11

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MUNDO CaNA Setembro de 2011 | ano 03 | no 05

Sustentabilidade

Ganhos no canavial associados

a ganhos ao meio ambiente Investimentos nos subprodutos da cana para agregar valor Nutrição vegetal + eficiência no controle de plantas daninhas

Entrevista Xico Graziano

O setor sucroalcooleiro tem gerado milhares de bons empregos. Isso precisa ser mostrado à sociedade



MUNDO CANA

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MUNDO CANA

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ANO 03 - NÚMERO 05 SETEMBRO DE 2011 A revista Mundo Cana é o veículo de comunicação oficial da Arysta LifeScience para o mercado sucroalcooleiro. Coordenação Geral Antonio Carlos Costa Adriana Taguchi Caio Giusti

14 Editorial Caio Giusti Responsável de Marketing para Cana da Arysta LifeScience pág.

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PROJETOS EM CANA Projeto Ação - Coplacana Informação e Tecnologia a campo pág.

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USINA Usina Umoe (SP) Reaproveitamento inteligente pág.

12

pesquisa Newton Macedo Estratégia no combate à broca pág.

16

manejo Pronutiva Nutrição e controle melhoram produção do canavial pág.

21

ARTIGO Sérgio Barbalho Uso correto de doses de herbicidas pág.

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Produção Texto Assessoria de Comunicações

Entrevista Xico Graziano “Cana para ocupar áreas de pastagens degradadas” pág.

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USINA Usina São José da Estiva (SP) Iniciativas sustentáveis e redução de custos pág.

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CONsULTOR José Tadeu Coleti Como agregar valor à produção pág.

14

TOP DEPOIMENTOS Antonio Carlos Pimentel, Fernando Prati e José Geraldo da Silva Manejo de herbicida em cana crua pág.

Jornalista Responsável Altair Albuquerque (MTb 17.291) Redação Nadia Andrade Fabricio Trevisan Fotos Texto Assessoria de Comunicações Arquivo Arysta Neomarc Projeto Gráfico e Design Ronaldo Albuquerque Tiragem 2.000 exemplres Arysta LifeScience do Brasil Rua Jundiaí, 50 – 4º andar São Paulo/SP – Brasil CEP.: 04001-904 Telefone: 55 11 3054-5000 Fax: 55 11 3057-0525 www.arystalifescience.com.br mundocana@arysta.com.br

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FORNECEDOR Orplana Difusão de conhecimento e treinamento como ferramentas pág.

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MUNDO CANA

Investimento e Sustentabilidade

Editorial

Caio Formigari Giusti, Responsável de Marketing para Cana da Arysta LifeScience >

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Excelente remuneração em 2011. Este é nosso setor sucroalcooleiro trazendo retorno financeiro para todos neste ano, sustentados em bons preços do ATR, do açúcar que se mantêm em alta, além do nosso extraordinário combustível chamado Etanol, com ótimos preços e grande demanda impulsionada pela crescente frota de carros flex fuel. São todos pontos positivos, mas não podemos deixar de comentar do ônus referente à redução do ATR por tonelada de cana, ocasionado por fatores climáticos relativos, registrando patamares de 9% a menos que na última safra; a estimativa de queda da safra girando em 10% versus o ciclo 2010/2011, podendo atingir um número ainda maior até dezembro; além do apoio conta gotas do governo federal para o setor sucroalcooleiro. O momento, portanto, é propício para pensar em diversificar e agregar valor ao produto final, o que pode ser uma forma de fugir das oscilações ocasionadas pelo ciclo do mercado agrícola e de commodities. De nossa parte, estamos em constante busca por novas tecnologias para ofertar às usinas e aos fornecedores de cana. Mas nossa busca está associada ao conceito de sustentabilidade que tanto temos ouvido falar nos últimos tempos. E não era pra menos. Afinal, todos os esforços estão concentrados em aumentar a produtividade para atender à crescente demanda, porém, de forma sustentável, ou seja, atentos às questões de responsabilidade ambiental, social, cultural e educacional. Assim, nessa quinta edição da revista Mundo Cana procuramos ilustrar diferentes casos de nossos parceiros, cada qual a sua maneira trabalhando para a sustentabilidade do negócio sucroalcooleiro nacional. Destacamos também as atuais e melhores tecnologias para controle de plantas daninhas na cana associados a melhor brotação e produtividade do plantio, bem como novos parâmetros de decisão para avaliar a dose e o timing correto de aplicações de herbicidas na cana, especialmente nesse cenário de elevado percentual de plantas daninhas ocasionado pela mudança do sistema de colheita, onde espécies devastadoras predominam como as cordas de viola, mucunas, mamonas entre outras de difícil manejo, além do atuante fator clima (seco e úmido). A edição traz ricos exemplos de como manter seu negócio sustentável, minimizando os efeitos das oscilações do mercado e de projeções negativas de safra. Convido vocês, clientes, parceiros e amigos a aproveitarem este Mundo chamado Cana.


Entrevista

>

Xico Graziano

MUNDO CANA

Com consolidada experiência em responsabilidade ambiental e agronegócio, Xico Graziano vê com clareza a liderança do Brasil na agricultura mundial.

arquivo

É possível produzir sem ultrapassar os limites da agricultura sustentável

Ele está envolvido com as questões sustentáveis muito antes de o termo ganhar a visibilidade e a importância atuais. Xico Graziano, ex- Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, sempre foi a favor da sustentabilidade. Graduou-se em agronomia pela ESALQ, fez mestrado em economia agrária na USP e doutorou-se em administração na FGV, época em que escreveu “Questão Agrária e Ecologia”, livro que ajudou a levantar a bandeira ecológica

“Realmente temos condições de ser o grande fornecedor mundial de alimentos”

quando pouco se falava do tema. Em entrevista à revista Mundo Cana, na qual avalia o potencial do agronegócio brasileiro e o cenário da produção de cana-de-açúcar,

Qual sua avaliação sobre o poten-

Como você avalia o crescimento

bem como da produção de energia

cial do agronegócio brasileiro?

da atividade agropecuária e seu

renovável e do etanol verde, Xico

Extremamente positiva, face à dis-

impacto sobre áreas preservadas

enfatiza que é possível, sim, equili-

ponibilidade de recursos naturais,

de biodiversidade como cer-

brar a expansão do capitalismo na

capacitação dos agricultores e tec-

rado e pantanal? E em relação

agricultura e destaca a necessidade

nologias adequadas. Nós realmen-

à expansão da cana na região

de investir em educação para ensi-

te temos condições de liderar a

amazônica? Não há dúvidas que a

nar desde a infância a conviver com

agricultura mundial e ser o grande

expansão da fronteira agrícola im-

a natureza, colhendo seus frutos e

fornecedor de alimentos, matérias

pacta os biomas naturais. Sempre

ajudando a preservá-la.

primas e energia de biomassa.

defendi que esse processo deve

>

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MUNDO CANA ser muito bem regulado e cui-

gos gerados a partir da expansão

lideranças da agropecuária por

dadoso, para não ultrapassar os

do cultivo da cana-de-açúcar.

novos líderes, jovens agricultores,

limites da agricultura sustentável.

Como avaliar esse cenário? É

que carregam na cabeça as idéias

Sinceramente eu acho que áreas

correto. O setor sucroalcooleiro,

da modernidade sem o ranço do

de cana-de-açúcar, com tecnolo-

ou sucroenergético, tem gerado

passado.

gia correta e novas variedades,

milhares de empregos – aliás, de

deverão adentrar na região da

bons empregos, mesmo substi-

O novo Código Florestal precisa

Amazônia. Mas jamais poderão

tuindo o corte da cana no facão

equilibrar as questões ambien-

ser implantados canaviais a partir

pela colheita mecanizada. Isso

tal, social e produtiva. Como ter

do desmatamento de novas áreas

precisa ser mostrado à sociedade.

uma legislação que cumpra esse

gradadas. Considerando as demandas por etanol e açúcar, como trabalhar de forma a prevenir o avanço desequilibrado do cultivo da cana-de-açúcar? Fazendo-se planejamento estratégico, unindo governo e setor privado num acordo de conduta socioambien-

papel? Eu acredito que os acertos políticos necessários à votação do

O setor

Código Florestal serão positivos,

sucroalcooleiro tem gerado

milhares de

e, sim, ocupando pastagens de-

empregos. aliás, de bons empregos

tal. Não é difícil, basta se acreditar que o Brasil deve se organizar melhor para definir sua agenda na

Você acredita que hoje o grau

economia globalizada.

de conscientização do produtor rural em relação à produção

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Qual o principal desafio nesse

sustentável é crescente e con-

caminho? O desafio é cultural.

solidado? Sim, é crescente, mas

Vencer as resistências dos setores

ainda não consolidado. Os agri-

mais atrasados, e normalmente

cultores estão sob a pressão da

mais gananciosos, que ainda ra-

votação do novo Código Florestal,

ciocinam como se vivêssemos em

que confunde mentes e apaixona

meados do século passado. Hoje

demais o debate. Quando a nova

a agenda ambiental é impositi-

legislação estiver definida, a partir

va. Não adianta reclamar dela,

do ano que vem, espero, aí sim

temos que adotá-la e dela tirar as

entraremos numa nova fase de

vantagens de que produz energia

conscientização sobre a agricultu-

renovável.

ra sustentável.

Essa mesma demanda também

Quais os principais desafios no

refletirá positivamente como na

caminho para ampliar essa cons-

questão do aumento dos empre-

cientização? Substituir as velhas

definindo uma legislação que vai avançar muito em relação àquela que temos. O pagamento pelos serviços ambientais está chegando à agenda, representando uma forma positiva, não repressiva, de atuar na questão ecológica.


MUNDO CANA

Projeto Ação

leva informação e tecnologia a campo Divulgação

Iniciativa envolve acompanhamento da cooperativa junto a seu fornecedor para indicar o uso mais adequado de cada tecnologia Suprir a carência de informação no campo e incrementar a produtividade a partir da utilização de novos recursos tecnológicos é a proposta do Projeto Ação, idealizado pelo Responsável de Marketing para Cana da Arysta LifeScience Caio Giusti, e realizado em parceria com a Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo). A essência do projeto é focar nos problemas que os fornecedores da Cooperativa estão enfrentando no cenário de produção da cana crua, somado ao aparecimento de novas espécies de plantas daninhas infestantes, em especial as folhas largas como as cordas de viola, e oferecer orientação da tecnologia mais adequada à solução dos problemas. Os representantes técnicos de vendas da cooperativa,

selecionados a partir do perfil compatível com a difusão de conhecimento, tecnologias e ideias, foram mostrar aos cooperados os resultados e benefícios do uso do herbicida Dinamic. Para isso, foram utilizados campos demonstrativos em cana soca e cana planta com dois tratamentos: um com Dinamic e outro padrão da área, todos com testemunhas. A iniciativa começou timidamente em 2010, e hoje já reúne 12 dos 42 representantes técnicos de vendas da Coplacana, que estão distribuídos em 11 filiais. Isso porque o Projeto Ação integra-se à missão da cooperativa de auxiliar seus 9 mil cooperados a gerar receita com o seu negócio e orientar quanto às ferramentas tecnológicas mais adequadas para o sucesso da atividade, de acor-

do com a necessidade de cada um. “A proposta da Arysta foi muito bem vinda uma vez que reuniu os conceitos de negócio e tecnologia sem perder o vínculo do cooperativismo. O objetivo era posicionar o Dinamic junto aos cooperados estabelecendo os critérios de aplicação conforme o negócio do produtor”, afirma Marcos Farhat, gerente de relacionamento e marketing comercial da Coplacana. José Renato Gambassi, consultor técnico comercial da Arysta, acres-

>

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MUNDO CANA Outro caso foi acompanhado de doses equilibradas com a época, foi perto pelo representante Claude- suficiente para que a cultura se demir Langoni, que montou 3 campos senvolvesse, sem a corda de viola demonstrativos no fornecedor José (predominância de I.hederifolia, esRodolfo Penatti, de Saltinho (SP). pécie de alto grau de dificuldade no “Comparando a controle), e feárea padrão do chasse no limpo, fornecedor com o sem a necessidao projeto nos campo demonsde de novas apliauxilia a manter o trativo onde foi cações”, explica aplicado o herbiClaudemir. agricultor em sua cida Dinamic, fiEsse resultado terra, produzindo cou evidente que foi demonstrado o fornecedor teria no Dia de Cammais e com maiores problemas com a po que integra ganhos colheita, ocasioa programação nado pela corda do Projeto Ação, de viola, considereunindo cerca rando a área padrão, o que o levaria de 30 fornecedores da Coplacana, a realizar repasse do herbicida no pe- formadores de opinião. “Os particiríodo pós-emergente, refletindo em pantes ficaram impressionados com mais custos com aplicação e mão de os resultados apresentados, o que obra. Enquanto o residual proporcio- levou a novos pedidos da tecnolonado por Dinamic utilizado no campo gia Dinamic e solicitação de acomdemonstrativo, mesmo com chuvas e panhamento do representante para direcionar o posicionamento da texto aplicação, com dosagem compatível com o solo, verificação do tipo de Marcos Farhat na sede da Coplacana planta daninha e outras questões”, completa o representante técnico. O sucesso do projeto está exatamente nesse acompanhamento da cooperativa junto a seu fornecedor para indicar qual a utilização mais adequada de cada tecnologia, somado à comprovação dos resultados com os campos demonstrativos. Além disso, 100% dos campos receberam a visita dos técnicos das usinas que estavam próximas as áreas, o que traz maior credibilidade para o projeto e mais segurança ao produtor, que recebe dupla recomendação quanto ao uso do herbicida – da cooperativa e da usina – com mais

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centa que a experimentação no campo é mais produtiva, pois permite novas observações do produto. “Além das pesquisas já comprovadas sobre os benefícios do herbicida, encontramos novas descobertas e efeitos positivos”, completa. Mais de 90% dos campos demonstrativos realizados alcançaram resultados relevantes com o posicionamento mais adequado na aplicação do herbicida. Em Piracicaba (SP), na propriedade de Milton Berto, o representante técnico da Coplacana, Pedro Bomback, montou 3 campos demonstrativos, com testemunha e diferentes produtos aplicados, entre eles Dinamic. O resultado foi duplamente benéfico no campo com o herbicida da Arysta. “Verificamos que no local onde foi aplicado Dinamic houve controle satisfatório em cima da folha larga; já nos demais tratamentos sem Dinamic, o controle foi ruim, com escape de folha larga”, explica Pedro.


MUNDO CANA

Dia de campo: Iracemápolis (SP)

um técnico apoiando nas sugestões produção com a cana livre de planpara validar o resultado a campo. tas daninhas. “O Projeto Ação está nos auxiliando Na primeira fase do projeto, em 2010 em nossa tarefa de ajudar o forne- foram realizados seis dias de campo cedor a produzir resultantes de 12 mais, com melhor campos demonsqualidade e ter fatrativos, reuninna primeira turamento maior, do cerca de 150 fase do projeto, em um momento participantes. foram realizados em que estão retoAs expectatimando seus invesvas agora estão 6 dias de campo timentos. Além de direcionadas à reunindo contribuir com o segunda fase do objetivo maior de Projeto Ação, 150 participantes manter o agriculquando os protor em suas terdutores que parras, fazendo com que produza mais ticiparam da primeira fase com os em sua propriedade ao invés de campos demonstrativos de Dinamic apenas procurar por outras terras. A farão a experiência com o fertilimeta é colaborar para que alcancem zante foliar Biozyme, utilizado no a produção de 90 toneladas de cana plantio de cana-de-açúcar, com o por hectare. Em 2010, foram em objetivo de estimular a brotação e o média 80 toneladas por hectare e, em 2011, a expectativa é de chegar em 85 toneladas por hectare”, afirma o gerente da Coplacana. Os ganhos com a utilização adequada do herbicida variam entre 8 e 10 toneladas por hectare, segundo Gambassi, ao citar como exemplo a Usina Santa Maria, do Grupo Pilon, na qual foram registrados ganhos de

Dia de campo: Saltinho (SP)

perfilhamento, além de incrementar a produtividade. E, por outro lado, novos representantes da Coplacana integrarão o projeto iniciando pelos campos com o herbicida Dinamic. José Rodolfo é um exemplo claro da potencialização do Projeto Ação. O fornecedor da Coplacana se mostrou satisfeito com o resultado dos experimentos no campo demonstrativo, e agora trabalha para montar o campo demonstrativo na propriedade utilizando o fertilizante Biozyme, no período de setembro a dezembro, durante o plantio da cana de verão. Nessa segunda fase do projeto, os novos campos demonstrativos de Dinamic interagirão com os campos de Biozyme e todos serão convidados a participar dos dias de campo que mostrarão os resultados alcançados com Biozyme. “Estamos otimistas com essa nova fase, pois o resultado inicial não poderia ser melhor. O Projeto Ação motivou o envolvimento da equipe e proporcionou ações de inclusão de pessoas, pró-atividade, troca de experiências e interatividade, o que consequentemente reflete em melhor desempenho do técnico de vendas”, finaliza Marcos Farhat.

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MUNDO CANA

Iniciativas sustentáveis

e redução nos custos da usina estiva destaca ambiente orgânico da atividade, investindo na reciclagem dos subprodutos da produção de cana-de-açúcar

Julio Araujo: reciclagem e uso racional dos subprodutos

A

>

Usina São José da Estiva, localiza-

para produção de ração animal, adubo na-

da em Novo Horizonte (SP), é um

tural pela compostagem e vinhoto, energia

exemplo de como equilibrar as ati-

elétrica pela queima do bagaço e encami-

vidades da unidade com iniciativas ambien-

nhamento de materiais prejudiciais ao meio

tais que a tornam uma empresa ambiental-

ambiente a empresas que reciclam os resí-

mente limpa e sustentável. Parte integrante

duos de forma sustentável.

do Grupo W.J de Biasi, que reúne 1.600 co-

Os resultados são números expressivos de

laboradores, a São José da Estiva possui

subprodutos gerados que, consequente-

uma equipe de Gestão Ambiental e trabalha

mente, refletem-se na redução de custos da

somando tecnologia e produtividade para

usina. Para contextualizar, estamos falando

evoluir como empresa e organismo social. O

de uma área plantada total de 26 mil hec-

complexo industrial do grupo é o mais im-

tares, somados a outros 12.310 mil/ha admi-

portante pólo gerador de empregos da re-

nistrados pela usina. Em 2010, a área foi res-

gião e investe no planejamento e execução

ponsável pela moagem de mais de 3 milhões

de projetos ambientais, como a re-

de toneladas de cana, gerando produção de

cuperação de nascentes e áreas de

144.860 m3 de álcool e 4 milhões de sacas

preservação permanente. Já são

de 50 kg de açúcar.

mais de 190 mil mudas de árvores

Desse cenário, a produção de bagaço em

nativas e frutíferas, produzidas em

2010 chegou a mais de 827,8 mil toneladas

viveiro próprio e plantadas

utilizadas para a produção de ração animal

na região. Entre as iniciativas,

animais do confinamento do Grupo W.J de

destacam-se a re-

Biasi) e energia. Segundo Roberto Silva, ge-

ciclagem de resí-

rente ambiental da Estiva, foram utilizados

duos provenien-

5.252 toneladas de bagaço hidrolisado para

tes da produ-

ração animal e 132.728 MWh de energia pro-

ção canavieira,

duzida, sendo 61.209 MWh consumidos e

como o benefi-

71.519 MWh comercializados.

ciamento do bagaço 10

(cerca de 80% da ração consumida pelos

texto

Mas o destaque do reaproveitamento de


MUNDO CANA

com o uso de

subprodutos gerados a partir dos resíduos,

é possível economizar Até R$ 100/ha em uma área de 10 mil/ha

Compostagem Divulgação

materiais realizado pela Estiva está no sub-

cenário e até se beneficiam disso, quando

produto fabricado a partir da cinza da quei-

realizam a reciclagem seguindo padrões

ma do bagaço e da torta de filtro, subprodu-

agronômicos com critérios técnicos.

to da fabricação de açúcar, por processo de

Um exemplo de que o setor está atento e

compostagem, cujo produto final é utilizado

cada vez mais consciente quanto à impor-

na área agrícola, como adubo. “Ele é rico em

tância de associar o ganho na lavoura ao

potássio e fósforo, minerais provenientes

ganho ambiental, é a questão da aplicação

da cinza e da torta, respectivamente, e en-

da vinhaça. Por meio do Plano de Aplicação

riquecido pelo processo de compostagem,

da Vinhaça (PAV) o setor aprendeu a usar os

tornado-se assim uma alternativa rica para

benefícios desse fertilizante orgânico pro-

nutrição do solo”, explica Júlio Vieira de

veniente da produção da cana, como fonte

Araújo, gerente agrícola do Grupo.

de adubação dos canaviais.

Além do benefício da reciclagem, Júlio expli-

Na Estiva, são produzidos 11,72 litros de vi-

ca que com esse subproduto utilizado para

nhaça por litro de etanol, alcançando produ-

nutrir o solo a empresa não fica totalmente

ção total de 1.697.759,2 m³ de vinhaça, que é

dependente de adubos químicos, que mui-

fertirrigada em áreas de cana do Grupo W.J

tas vezes, devido às intempéries do merca-

de Biasi e de fornecedores, em aproximada-

do, registram momentos de preços elevados

mente 16.000 hectares. Além disso, hoje, 85%

ou ainda escassez de produtos.

da colheita da usina são realizados de forma

“Com o uso de subprodutos gerados a par-

mecânica. Com isso, o consumo de água da

tir dos resíduos da atividade sucroalcoolei-

empresa é consideravelmente menor do que

ra, em uma área de 10 mil hectares de cana

anos atrás quando a cana precisava ser lava-

é possível ter economia entre R$ 50,00 e

da por causa da queima na colheita.

R$ 80,00 por hectare, com picos de até R$

“O setor precisa enxergar que tem material

100,00 por hectare, o que em um ano equi-

reciclando na propriedade e não esgotan-

vale a R$ 600 mil a R$ 1 milhão em econo-

do, especialmente na região sucroalcoolei-

mia”, afirma Júlio.

ra paulista, e fazer uso racional e adequado

Ou seja, se antes, para as indústrias era um

dos subprodutos. Quanto mais reciclarmos

problema o destino dos resíduos da produ-

e equilibrarmos essa balança, mais perto es-

ção canavieira, hoje elas já dispõem de al-

taremos do caminho da sustentabilidade”,

ternativas e oportunidades advindas desse

completa Júlio. 11


MUNDO CANA

Desafio na onda da energia limpa gerenciamento da circulação de nutrientes é estratégia de adubação e fator de sustentabilidade

N

a década de 50, quando o país vi-

da Umoe Bioenergy, de Sandovalina, região

venciou o início das transforma-

do Vale do Paranapanema (SP). A empresa é

ções na produção de açúcar e álco-

um dos braços de geração de energia limpa

ol no Brasil, foram publicados mais de uma

do empreendedor norueguês Jean Ulltveit-

centena de estudos sobre vinhaça e seu uso

Moe e uma das maiores empresas privadas

agrícola. Tais trabalhos permitiram concluir

na Noruega.

que, de modo geral, em doses até 300 m /ha,

Impulsionado pelo Programa Nacional do Ál-

a aplicação de vinhaça resulta em correção

cool ou Proálcool, criado em 14 de novembro

da acidez, com aumento de pH, aumento da

de 1975 pelo decreto n° 76.593, a consequen-

biomassa microbiana, aumento da fertilida-

te maior produção de vinhaça e seu aprovei-

de e da produtividade de cana-de-açúcar.

tamento consciente tornaram-se uma ques-

Uma parcela da história evolutiva do culti-

tão de abordagem necessária. No início da

vo da cana passou também pelas mãos do

década de 80, então recém formado, Valmir

agrônomo Valmir Barbosa, que hoje acumu-

resolveu aliar sua predileção por assuntos

la duas funções estratégicas na recém cria-

ecológicos e mergulhar no mercado sucroal-

3

Valmir faz parte da história da evolução do cultivo da cana >

texto

cooleiro, no qual, em suas palavras, “poderia ajudar mais se estivesse dentro desse negócio que era uma grande ameaça ambiental”. Valmir trabalhou por 27 anos na Usina Santa Elisa, em Sertãozinho (SP), e foi lá que implementou alguns ideais pioneiros que contribuíram para a quebra de paradigmas na produção sucroalcooleira nacional. “Em 1987 cismei de desenvolver e promover a colheita da cana sem queimada, o que era algo fora de contexto naqueles dias. Sabia de mais duas usinas que também trabalhavam nisso e tive apoio da diretoria”, relembra Valmir. Atualmente, 60% das propriedades brasilei-

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MUNDO CANA ras fazem uso do sistema mecanizado de colheita de cana crua, atividade que se tornará obrigatória até 2014 em algumas regiões. A Usina Umoe é uma delas. “Se esse modelo não tivesse sido desenvolvido e incorporado, o negócio do etanol brasileiro não seria viável e não seria aceito no mercado atual. Se começamos a colher sem queima em 1987,

Usina Umoe em produção

o motivo não foi a legislação”, afirma. Valmir acrescenta que os benefícios da colheita

texto

sem queimada são diversos, como diminui-

tese de mestrado: “Ciclos biogeoquímicos

ção da impureza mineral da cana, moagem

como subsídio para a sustentabilidade do

de “cana fresca”, preservação da qualidade,

sistema agroindustrial da cana-de-açúcar”.

dispensa da operação de queima, fixação

Conceitos utilizados pelo agrônomo em seu

do carbono, melhoria da fertilidade do solo,

novo desafio na Umoe Bioenergy.

proteção do solo contra erosão, melhor ma-

Em sua proposição foram criadas modela-

nejo da água, melhor desenho dos talhões,

gens matemáticas dos ciclos dos principais

menor custo de adubação, potencial de uso

elementos envolvidos no processo, índices de

da palha na energia elétrica e melhor rela-

eficiência e indicadores de sustentabilidade,

ção com a comunidade local e global. “As

entre outras funções interligadas. Entre al-

e melhorias sociais apenas são incorporadas quando conseguem se provar economicamente viáveis e funcionais, e esse foi e continua sendo

guns ganhos estão os trabalhos desen-

as técnicas

ambientais e melhorias sociais apenas são

técnicas ambientais

incorporadas quando conseguem se provar

o desafio de muitos

economicamente viáveis e

pesquisadores e pro-

funcionais

fissionais que dedi-

volvendo o uso da vinhaça concentrada, reduzindo volumes e viabilizando aumento da área beneficiada, apartir do uso da vinhaça em quase 100% da área Usina. “No moderno sistema

caram suas vidas à causa”, pondera.

agroindustrial da cana-de-açúcar, o geren-

Em 1996, Valmir recebeu premiação da Con-

ciamento da circulação de nutrientes é uma

federação Nacional da Indústria (CNI) pelo

interessante estratégia de adubação, fator de

case de produção de cana sem queima de-

sustentabilidade e promotor de desenvolvi-

senvolvido na Santa Elisa. Outra grande con-

mento de tecnologias. Diante da perspectiva

tribuição deixada pelo agrônomo é um lega-

de expansão da cultura da cana-de-açúcar e

do sobre o reaproveitamento inteligente dos

da responsabilidade de dar sustentabilidade

elementos químicos no ciclo de produção

à produção, a moderna agroindústria apre-

canavieira. Esta compilação de mais de duas

senta-se conceitualmente muito favorável à

décadas de experimentação foi defendida

sustentabilidade e ainda exige melhorias para a

em 2007 na UNESP de Jaboticabal em sua

efetividade desses conceitos”, conclui Valmir. 13


MUNDO CANA

Inovação que agrega

valor à produção produção de açúcar mascavo, cachaça artesanal, melado e fertilizantes na propriedade de jose tadeu coleti

Tadeu criou a marca de açúcar mascavo Ipeçucar

O

>

pioneirismo e a inovação estão

fornecimento de cana às usinas, o pioneiro

no DNA da família Coleti, cujo

– que quando jovem já havia arrendado do

patriarca Antônio Coleti Sobri-

avô um alambique – aos 55 anos voltou a

nho foi o primeiro plantador de cana da

se dedicar também à produção de cachaça,

cidade de Ipeúna, na região central do Es-

atividade que seguiu até 1973.

tado de São Paulo, há 50 anos. Além do

Com os mesmos 55 anos, Tadeu Coleti, filho

texto

caçula de Antônio, que já havia assumido os negócios da família aos 40 anos, resolveu inovar mais uma vez com a produção de açúcar mascavo e cachaça artesanal. Nessa época, Tadeu Coleti já possuía larga experiência no mercado de cana-de-açúcar tendo trabalhado em diversas usinas, atuava como consultor e palestrante, além de entregar grande parte da produção de cana da fazenda, em Ipeúna, para as usinas da região. Com a experiência e vivência nos diferentes cenários do mercado sucroalcooleiro, Tadeu vislumbrou a oportunidade de investir em algo que agregasse valor à produção de cana-de-açúcar, exatamente em um momento de crise da atividade, em 1998. “Escolhi a produção de mascavo porque ele agregava valor em uma época em que a cana perdia seu valor. Com a sobra de resíduos oriunda da produção de açúcar também optamos por produzir cachaça artesa-

14


MUNDO CANA nal, mas nada como a grande produção de

que o segredo está na harmonia entre as dife-

meu pai antigamente”, explica o engenhei-

rentes atividades que desenvolve a partir da

ro agrônomo, José Tadeu Coleti.

cana-de-açucar, algo que não conquistou da

Assim nasceu a Ipeçucar, marca diferenciada

noite para o dia. “Foi preciso estudar, profis-

de açúcar mascavo da família Coleti, e a Ca-

sionalizar o negócio, acumular conhecimen-

que faz referência à antiga torre das colunas de destilação do negócio do pai de Tadeu. Além da produ-

to, experiência, além de manter a interface

foi preciso

com a indústria”, en-

estudar, profissionalizar

sina o renomado con-

o negócio, acumular

sultor e pesquisador

conhecimento,

ção de melado, tam-

chaça da Torre, nome

do mercado sucroalcooleiro, com mais de

bém comercializado

experiência, além de

40 trabalhos publica-

com empresas par-

manter a interface

dos e participação em

ceiras, os resíduos da produção de açúcar

com a indústria

mascavo e cachaça,

diversos livros. Tadeu Coleti credita parte importante

ricos em potássio, são aproveitados como

do sucesso de seu negócio ao fato de estar

fertilizante na própria lavoura.

próximo do dia a dia das usinas, participar

Juntando a propriedade de Ipeúna (SP) e

da rotina delas, discutir, trocar experiência,

Tanabi (SP) com outras que Tadeu man-

desenvolver soluções aos problemas que

tém no Estado de Minas Gerais, são 75 mil

enfrentam, todas essas ações possibilitadas

toneladas de cana produzidas ao ano. Em

por meio de seu trabalho de consultoria.

Ipeúna, são 240 hectares no total, sendo

texto

175 destinados exclusivamente à cana-deaçúcar, gerando emprego permanente para 20 pessoas, por conta da microfábrica.

Propriedade de Ipeúna (SP): produção de mascavo e cachaça

A produção anual ultrapassa 13 mil toneladas de cana, das quais cerca de 11 mil toneladas são destinadas ao fornecimento para usinas e o restante para fabricação do mascavo. Para se ter ideia do significado de “agregar valor” à produção canavieira, com a comercialização do açúcar produzido com 2 mil toneladas de cana, em determinada ocasiões, é possível faturar mais do que com a comercialização de 10 mil toneladas de cana entregue à indústria. “Ao mesmo tempo, em 2008, quando os preços do açúcar despencaram, destinamos apenas 1400 toneladas de cana para o mascavo”, contrapõe. O empresário, que defende a diversificação na mesma cultura, explica 15


MUNDO CANA

Broca da Cana

se intensifica no Brasil Broca da Cana vem ganhando importância nos últimos cinco anos no Brasil e exige estratégia adequada de combate

N

Newton: introdução ao método de controle biológico >

a atual escalada dos preços mun-

monocultura acaba por expor aos riscos de

diais do setor sucroenergético,

desequilíbrio ecológico, ocasionando pro-

principalmente do álcool com-

blemas como a superpopulação de insetos,

bustível, em paralelo ao déficit de maté-

entre os quais a broca”, explica o consultor

ria prima no país, o pesquisador Newton

Newton Macedo.

Macedo aponta para um período mínimo

Esta é a chave para a necessidade de se

de três anos para o Brasil reestabelecer o

adotar um cuidado customizado, que cada

equilíbrio de sua balança do setor.

produtor deve procurar em sua proprieda-

“Hoje vivemos um paradoxo agrícola, em

de. Newton explica que o controle bioló-

que a obrigação de alcançar produtividade

gico deve ser a primeira opção, desde que

deve ainda estar balanceada com a susten-

haja possibilidade e viabilidade do méto-

tabilidade no sistema produtivo. No mo-

do. “No caso dos cupins, por exemplo, não

delo praticado ocorre uma simplificação

há meio biológico econômico para esse

do agroecosistema, no qual a opção pela

controle”, exemplifica.

texto

De acordo com o pesquisador e consultor, em propriedades com nível de infestação de até 3% é possível fazer o uso do método biológico, mas considerando o dobro do tempo para atingir os resultados, e muitas vezes lidando com a estagnação do quadro. Em casos de focos de broca com níveis de até 5% e acima, é necessário o uso de métodos associados de combate. Tendo como base esses números, o que se observou na última década, mais especificamente desde 2005, foi salto na quantidade de ocorrências da broca, tanto nas praças tradicionais de Piracicaba, Ribeirão Preto e Vale do Paranapanema, como nas novas

16


MUNDO CANA

é necessária

a adoção de métodos específicos para cada realidade

de controle

regiões onde o cultivo se intensificou, como Noroeste do Estado de São Paulo, Araçatuba, São José do Rio Preto, Triângulo Mineiro, Sul de Goiás e Mato Grosso do Sul. Newton aponta mais precisamente para um quadro de duplicação nos surtos, passando nas regiões tradicionais de uma média de 2,5% para 5%, e nas novas regiões, onde Cana com broca

o número de inimigos naturais era menor, de 5% para 10%. “O aumento da colheita

Divulgação

de cana crua e a proximidade com áreas de cultivo de milho e sorgo – hospedeiros na-

cana (Cotesia flavipes), parasitas naturais da

turais da broca – ajudaram a ampliar esse

broca da cana (Diatraea saccharalis); hoje,

cenário”, avalia.

são apenas 10% das propriedades que con-

Basicamente, o que se observa nesse ambien-

tam com essas estruturas. “A análise acima

te é a necessidade de adoção de métodos de

é de um dos principais responsáveis pela

controle específicos para cada realidade, pre-

introdução do método biológico no país há

sença de especialistas capazes de entender

mais de 30 anos, a partir de convênio com

as particularidades do sistema e qualifica-

o governo inglês chefiado pelo especialista

ção da mão-de-obra. “Entre as decisões que

Fred Benetti, quando Newton era funcioná-

devem ser levadas em conta podemos citar

rio do Programa Nacional de Melhoramento

a aplicação nos focos da praga e o timming

da Cana-de-Açúcar (Planalsucar).

adequado para os procedimentos, além da

“Existe hoje necessidade de se prepararem

adoção de uso dos químicos do grupo dos In-

técnicas por meio de cursos e MBAs sobre

sect Grow Regulator (IGR), que contam com

o controle de pragas, e não há possibilidade

baixo impacto natural”, explica Newton.

de o setor público sozinho dar conta dessa

De acordo com o pesquisador, no cenário

lacuna. Cursos de capacitação de mão-de-

atual não é possível o uso de métodos de

obra também serão necessários, e a iniciativa

controle biológico apenas, e a solução está

privada tem papel fundamental nesse aspec-

na associação equilibrada com químicos.

to. Com expansão cada vez maior das áreas

“Para se ter uma base, até a década de 90

agricultáveis, novas pragas poderão surgir, e

entre 40% e 45% de usinas contavam com

apenas o caminho da pesquisa pode reverter

laboratórios para produção da vespa da

esse cenário”, assinala Newton Macedo. 17


MUNDO CANA

Top Depoimentos Qual o manejo de herbicida e inseticida mais adequado em cana crua? Há algum manejo para reduzir o número de aplicações? Desenleirar a palha da linha para cigarrinha pode ser uma alternativa?

Antonio Carlos Fonseca Pimentel

Divulgação

?

Engenheiro Agrônomo Corporativo de Irrigação e Herbicida da Usina Caeté O manejo de herbicida em socaria queimada é simples e eficiente. Colhe a cana, aplica o herbicida em pré-emergência da cana e erva, onde o alvo está ali, descoberto, que é o solo. Controle garantido! Com a colheita mecanizada em cana crua, o alvo de aplicação – que é também o solo – está escondido sob a palha de espessura variada. Então, como o herbicida chegará ao solo de

18

forma bem uniforme e na dose cer-

da palha” em caminhos irregulares.

de colheita de cana crua. Precisamos

ta? Complicado não?

Dificilmente encobre todo o solo e

de tecnologia de aplicação que faça

Sabemos que o herbicida fica bem dis-

evita a germinação das ervas dani-

com que o herbicida atinja uniforme-

tribuído sobre a palha e que desce para

nhas como o melão de São Caetano,

mente o solo sob a palha e de herbi-

o solo conduzido pela água de chuva

Jetirana no Nordeste e corda de viola

cidas mais eficientes para o controle

ou irrigação, por meio da “rachadura

no Sudeste, já adaptadas ao sistema

desses tipos de ervas acima citados.


MUNDO CANA Nas usinas do grupo Carlos Lyra – unidade Nordeste trabalha-se com vários tipos de situações: 1. Áreas de irrigação de salvação e complementar: no período seco usamos herbicida de alta solubilidade e aplicados sobre a palha, direcionado ao controle de ramas: melão de São Caetano e Jetirana. 2. Áreas sem irrigação e pouca infestação de ramas, no período seco e colheita de cana crua: realizamos o controle de pós-emergentes das ervas. 3. De janeiro a fevereiro há um pouco de chuvas, mas ainda utilizamos

Divulgação

de palha no solo afetando assim seu

cia, às vezes, é muito baixa, neces-

micro clima e, com isso, uma mudan-

sitando de várias aplicações para se

ça radical em termos de tratos cul-

ter um bom efeito – e nem sempre

turais, preparo de solo, controle de

temos tempo suficiente para impe-

4. De março em diante, acompanha-se

pragas, controle de ervas daninhas,

dir um grande ataque.

a previsão de chuvas e substitui para

ação de geadas etc.

O mecânico creio que seja o menos

um herbicida de média solubilidade

Nesse cenário, em relação às pragas,

eficaz, pois ao retirarmos a palhada

nas áreas de colheita de cana crua.

a que surgiu com maior importância

do solo, perdemos um dos grandes

cana crua, direcionado ao controle de ramas citadas anteriormente.

5. Áreas de socaria com infestação de tiririca: utiliza-se o herbicida apropriado, de alta solubilidade.

é a cigarrinha das raízes, pois é capaz de destruir um canavial, cau-

As três primeiras situações acima têm

sando perdas de

como padrão o herbicida Dinamic.

até 50% em uma

Fernando José Prati

Irmãos Toniello Destilaria Santa Inês

benefícios

manter a umi-

fazer levantamento da praga para

safra. O controle

sabermos o

pode ser bioló-

momento correto

gico, com o uso de fungos que

da aplicação

atacam as ninfas

da

mesma, ou seja,

é necessário

herbicida de alta solubilidade em

dade do solo e o melhor aproveitamento da adubação e ao mesmo tempo não controla

total-

mente o ataque de

cigarrinhas,

da cigarrinha; mecânico, pelo enlei-

pois ainda temos grande quantidade

ramento e afastamento da palha da

de palha a cada duas ruas – e hoje sa-

linha da cana; e químico, por meio

bemos que a cigarrinha está atacan-

O corte da cana crua (sem despalha

de inseticidas. Pode-se ainda utilizar

do até em cana planta, devido à alta

por fogo) – e, consequentemente, a

mais de um método.

população ao seu redor e com cer-

sua mecanização – tornou-se de fun-

O biológico é o mais ecológico. Po-

teza ainda atacará a cana enleirada.

damental importância, mas acarreta

rém, depende muito das condições

O químico, sem dúvida, ainda é o de

acúmulo de uma grande quantidade

climáticas para aplicação e a eficiên-

melhor eficácia. Seu custo é elevado, 19


MUNDO CANA porém o retorno é garantido. Não

de palha, em comparação com outras

cultura, que deve estar bem implan-

devemos utilizá-lo indiscriminada-

que têm a germinação impedida por

tada para assegurar o seu maior po-

mente. É necessário que se faça le-

ação física ou alelopática da palhada.

tencial produtivo.

vantamento da praga para sabermos

Mas isso não assegura que teremos

Com relação ao manejo de pragas

o momento correto da aplicação, que

controle eficiente de ervas e pragas.

não acredito que desenleirar a palha

pode ser tanto tratorizada quanto aé-

Significa que temos que mudar a ma-

da linha seja uma forma eficiente de

rea, com alta eficiência. Quanto mais

neira de efetuar o manejo em área de

controle de cigarrinha. Acredito no

no início da infestação for o controle,

cana crua.

melhor será o resultado.

Uma prática ado-

No caso das folhas largas, cipós em

tada é a intensifi-

geral, o controle deve ser feito por

cação de aplica-

meio do uso de herbicidas específi-

ção de herbicida

cos e não deixar que a palhada faça

em PPI visando à

o controle sozinha, pois isso não

redução do ban-

ocorrerá. Existem boas soluções

co de sementes

o melhor

to de técnicas al-

herbicida é a

ternativas, bem

própria cultura

jo integrado de

que deve estar

bem implantada

como no manepragas, com uso de produtos biológicos e inseti-

para o controle destes parasitas.

já na implanta-

para assegurar

Em resumo, a palha da cana-de-

ção do canavial,

açúcar, a não ser que seja levada

podendo reduzir

o seu maior

para a indústria para ser queimada e

a aplicação pós

potencial

gerar energia (se compensar finan-

plantio e utilizan-

produtivo

ceiramente?), deve ficar onde está

do uma aplicação

e como está, pois será grande alia-

pós quebra lombo, baseando-se no

maior interdependência do acúmulo

da na produção sustentável da cana

conhecimento da matologia da área

da palha com o passar dos anos com

para a próxima safra, desde que ve-

e nas características físico-químicas

a colheita de cana crua. Isso será ex-

rificado os devidos cuidados citados

dos herbicidas usados – o que nos dá

celente para extrairmos o máximo

anteriormente.

uma condição de menor uso de her-

de cada ambiente de produção com

bicidas nos demais cortes, pensando

ganhos econômicos e sustentabili-

que o melhor herbicida é a própria

dade para o negócio.

Supervisor de Tratos Culturais - Vale do Rosário, da LDC SEV Hoje, já é uma realidade a colheita de cana crua. Em nossa unidade, praticamente no meio da safra, estamos com 93% de colheita mecanizados. Tem sido observada em áreas com a cana crua mudança em consequência do favorecimento de espécies com maior capacidade de germinação sob espessa cobertura

José Geraldo da Silva

20

desenvolvimen-

cidas, que poderá dar equilíbrio à cultura, o que traz a possibilidade de redução de defensivos e

Divulgação


MUNDO CANA

Nutrição vegetal e controle

de plantas daninhas

controle eficaz e nutrição vegetal são ferramentas que oferecem ganhos na produtividade da cana-de-açúcar

C

especialista explica que um dos pontos

açúcar no Brasil, impulsionado

chaves para o sucesso do sistema produti-

pelo crescimento da produção de

vo da cana-de-açúcar é garantir o estabe-

carros flex e pela grande demanda mun-

lecimento inicial do canavial, por meio da

dial por açúcar, principalmente pela China

adequada brotação de gemas seguida do

e pela Índia, o aumento da área plantada

perfilhamento da cana.

tornou-se necessidade para o setor. E com

O Biozyme, fertilizante foliar que integra o

ela veio também a necessidade de solucio-

conceito Pronutiva Cana, estimula o

nar dificuldades oriundas desse novo ce-

enraizamento, a brotação e o perfilhamen-

nário, visando proporcionar ao produtor o

to da cana-de-açúcar, garantindo o estabe-

máximo desempenho, eficiência e renta-

lecimento e o desenvolvimento inicial das

bilidade.

plantas e, consequentemente, maior pro-

Atenta a esse cenário, a Arysta LifeScien-

dutividade da cultura da cana-de-açúcar.

ce desenvolveu o conceito Pronutiva

Desde 2010, a empresa vem realizan-

Cana, com produtos de proteção e nu-

do experimentos a campo para compro-

trição vegetal que oferecem ganhos na

var a eficiência do produto na nutrição

produtividade da cana-de-açúcar, ao pro-

do canavial. Na ultima safra foram ins-

Desenvolvimento inicial de cana aos 75 dias após o plantio com aplicação de Biozyme em sulco de plantio (à direita) e com o tratamento padrão (à esquerda) >

om o bom momento da cana-de-

porcionar o sucesso no estabelecimento inicial do plantio e o consequente melhor

Kleber Villa Cle

fechamento do canavial, o que por sua

Figura 1

vez influencia positivamente o controle de plantas daninhas realizado pelo herbicida. Chryz Serciloto, doutor em fisiologia e bioquímica de plantas, afirma que ao assegurar o estabelecimento e a brotação inicial da cana-de-açúcar o produtor garante a lucratividade de seu canavial. O PADRÃO

21


MUNDO CANA

Figura 2

o efeito na

produtividade final correlacionou-se

com o perfilhamento

inicial, demonstrando desenvolvimento inicial

PADRÃO

Rodolfo Zaparolli

cana aos 30 dias após o plantio com aplicação de Biozyme em sulco de plantio (à direita) e com o tratamento padrão (à esquerda)

Efeito de Biozyme no número de perfilhos da cana em cinco regiões

>

Brotação inicial de

a importância do

talados ensaios e demo-plots em várias

localidades

brasileiras.

Biozyme

aplicado no sulco de plantio proporcionou

interessante

produtoras (avaliação feita entre 90 e 120 dias após o plantio) Figura 3

efeito na brotação e no desenvolvimento inicial da canade-açúcar (figuras 1 e 2). Observe na figura 3 que houve efeito positivo da aplicação de Biozyme no incremento do número de perfilhos no início do desenvolvimento da cultura, independente

Pesquisa & Desenvolvimento Arysta LifeScience

da localidade testada. Em relação à produtividade, também houve efeito positivo de Biozyme em todas as localidades

Efeito de Biozyme na produtividade da

avaliadas (figura 4). O incremento variou

cana (TCH) em cinco regiões produtoras

entre 5,1 ton/ha (região de Pitangueiras/SP) até 14,5 ton/ha

Figura 4

(região de Piracicaba/SP). “O efeito na produtividade final correlacionou-se com o perfilhamento inicial, o que mostra a importância do desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar em relação à sua produtividade”, explica o especialista. Pesquisa & Desenvolvimento Arysta LifeScience

22


MUNDO CANA

Correlação da

maior brotação/perfilhamento

e o bom controle de plantas daninhas Se por um lado a nutrição adequada no

tas daninhas na cana planta, principalmen-

início do plantio possibilita maior produti-

te por suas características físico-químicas,

vidade, também beneficia toda a produção

que permitem alta eficácia, mesmo com

do canavial auxiliando o herbicida no con-

pouca umidade no solo, e alta seletividade

trole das plantas daninhas na cana planta.

na cultura, tornando-se uma necessidade

O especialista de desenvolvimento de pro-

para as unidades produtoras no contro-

dutos e mercados da Arysta LifeScience,

le desse problema em áreas irrigadas do

Sergio Barbalho, explica que a partir da ne-

Brasil”, complementa o especialista.

cessidade do aumento do plantio da cana-

Dessa forma, aliando nutrição e proteção

de-açúcar o setor passou a ter maiores di-

é possível alcançar resultados satisfatórios

ficuldades para sua produção ao longo do

com a lavoura de cana-de-açúcar mesmo

ano, principalmente pelo grande desafio de

com os problemas advindos da nova rea-

se plantar o ano inteiro.

lidade do mercado sucroalcooleiro, que

“Uma das principais dificuldades encon-

exige cada vez mais dos produtores e das

tradas pelo agricultor é o plantio da cana

indústrias do setor. É com esse intuito que

na época seca, onde só é possível o plantio

a Arysta desenvolveu o conceito Pronu-

em áreas irrigadas, tornando-as áreas de

tiva Cana para oferecer soluções com-

difícil manejo de plantas daninhas, princi-

pletas que atendam às principais necessi-

palmente devido à baixa umidade e à alta

dades dos produtores de cana.

Alta incidência de corda de viola na Testemunha

evapotranspiração da água no solo”, avalia o especialista. Além disso, as áreas irrigadas na época seca para o plantio da cana normalmente

Área tratada com Dinamic

são favoráveis à germinação das plantas daninhas, mas desfavoráveis para utilização da maioria dos herbicidas utilizados na cultura, tornando isso um grande desafio para a equipe técnica das usinas. Posicionado para o manejo de cordas de viola, capim brachiária e outras plantas daninhas problemáticas em cana planta e cana soca, o herbicida Dinamic se destaca devido ao seu longo residual e seu coeficiente de sorção baixo (Koc) como fatores importantes para o controle das plantas daninhas nesses períodos secos do ano. “Nessas áreas, o herbicida Dinamic tornase um grande aliado no controle das plan23


MUNDO CANA

Apoio rumo à sustentabilidade orplana investe em Treinamento constante, difusão de conhecimento e estímulo aos cuidados ambientais

O Ismael Perina Junior: atividades têm foco orientativo

rganizar a classe dos produtores

de cana pela qualidade em todo o país, o

e ampliar sua representatividade

que representou significativo avanço nas re-

no país e exterior. Esse era o ob-

lações do setor.

>

jetivo inicial da Organização de Plantadores

Hoje, o presidente da organização, Ismael

de Cana da Região Centro-Sul do Brasil –

Perina Junior, informa que as atividades rea-

ORPLANA, fundada em junho de 1976.

lizadas possuem foco orientativo e ocorrem

Desde então, a entidade vem acumulando

em parceria com as associações de agricul-

êxitos em suas iniciativas para promover di-

tores. Entre as ações de destaques promo-

fusão de conhecimento entre os fornecedo-

vidas visando a manutenção do produtor

res de cana e diálogo com órgãos públicos,

de cana-de-açúcar na atividade e de forma

privados e sociedade para mostrar a rele-

sustentável, estão a assinatura de um pro-

vância do papel do produtor na economia e

tocolo ambiental para a redução do prazo

defender os interesses do setor.

para o fim da realização da queima da cana

Assim, pode se afirmar que o trabalho da

e o estímulo aos cuidados com as áreas de

Orplana já em sua essência traz o conceito

preservação permanente.

de sustentabilidade. Com sede em Piracica-

“Estamos avançando nesse sentido. Na

ba (SP), a entidade reúne 34 associações de

região de Guariba (SP), por exemplo, rea-

fornecedores de cana nos Estados de São

lizamos parceria com a cooperativa da re-

Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

gião, a prefeitura, a polícia municipal, o

Minas Gerais e Goiás, representando cerca

sindicato rural e clubes municipais como o

de 18 mil fornecedores de cana, que rece-

Rotary, para realizar a recomposição da área

bem assessoria técnica e jurídica da entida-

de preservação ambiental. E já temos dois

de, por meio de suas associações.

projetos: o Corrego Vivo e o Reflorestando

As grandes conquistas datam desde a década de 90, quando a Orplana

O presidente da Orplana acrescenta que há

participou diretamente da implan-

também, pelo protocolo ambiental, iniciati-

tação do sistema de pagamento

vas para estimular as associações a buscar

Ewerton alves

24

as Nascentes”, afirma.


MUNDO CANA

na ilegalidade. “Tudo o que nós queremos é continuar a produzir e com sustentabilidade”, ressalta Christina.

tudo o que nós

queremos é continuar

a produzir e com

sustentabilidade

Em mensagem aos produtores da Orplana presentes no evento, o Deputado Federal Aldo Rebelo, afirmou: “A agricultura se encontra premida por uma lei anacrônica e um decreto que a suspende. O projeto que relatei enfrenta essa realidade, oferece soluções, tira os produtores da ilegalidade e

para os seus produtores utilização alterna-

ainda mantém o Brasil com a mais rígida le-

tiva das terras onde há dificuldade de meca-

gislação de proteção ambiental do mundo”.

nização. “É preciso orientar os produtores

Todas as iniciativas relatadas são expressivas

para inserir culturas perenes, frutíferas e

e fundamentais para a sustentabilidade da

de reflorestamento”, acrescenta. Segundo

atividade e seu consequente sucesso futuro.

Ismael, cerca de 2% a 3% das terras que a

E se refletem diretamente na produção equi-

entidade representa são de áreas com difi-

librada do setor de cana-de-açúcar. Na safra

culdade de mecanização, localizadas em re-

de 2010/2011, os fornecedores representa-

giões tradicionais de cultivo da cana.

dos pela Orplana produziram 125 milhões

Na linha da difusão de conhecimento aos

de toneladas de cana-de-açúcar, contabili-

produtores, com apoio da organização, as-

zadas no sistema ATR de processamento de

sociações, cooperativas e sindicatos rurais

dados do Consecana, representando 22% da

realizam treinamentos constantes para en-

produção da região Centro-Sul (557 milhões

sinar o uso correto de defensivos aos produ-

de toneladas) e 20% da produção brasileira

tores. A iniciativa tem registrado resultados

(620 milhões de toneladas).

muito positivos levando conscientização

Poliana Taliberti

sobre os benefícios da utilização correta e racional dos agroquímicos, evitando danos ambientais e reduzindo custos.

Encontro da Orplana reuniu 300 produtores

Por outro lado, também realiza anualmente encontro anual, que em 2011, em sua décima primeira edição, reuniu cerca de 300 produtores, técnicos do setor sucroenergético, diretores de associações da região CentroSul, imprensa e pesquisadores. Na ocasião, a diretora vice-presidenta da Orplana, Maria Christina Pacheco, fez um chamado à classe produtora para manter a união em um momento crucial para o setor, que envolve a discussão sobre as mudanças do Código Florestal, já que caso não houvesse alterações o Código colocaria a maioria dos produtores 25


MUNDO CANA

Artigo

>

por Sérgio Barbalho *

Mais produção sem aumentar a área há Necessidade do uso correto de herbicidas, e em doses certas, para suportar a seca

ficará exposto ao ambiente, dando assim maior segurança para que ele atue bem após longo período de estiagem. A utilização da dosagem

A região Centro-Oeste tem como

todegradação, baixa pressão de va-

particularidade a seca definida du-

por, longo período de controle, bai-

rante um longo período do ano.

xo coeficiente de adsorção (KOC)

Normalmente, o índice pluviomé-

e solubilidade alta, promovendo

trico nessa região é muito baixo,

assim maior facilidade de atuação

principalmente entre abril e setem-

e controle das plantas daninhas.

bro, prejudicando os tratos cultu-

O herbicida amicarbazone se des-

rais na cultura da cana-de-açúcar,

taca por sua eficiência nessas áreas

sendo necessária a utilização de

com condições extremas e secas

novas tecnologias para o controle

prolongadas, sendo um produto

das plantas daninhas.

que não necessita de complemen-

As aplicações de herbicidas para a

tação com outros herbicidas e pro-

região também são prejudicadas

move o controle ideal das plantas

principalmente por baixa umidade

daninhas. Suas características físi-

no solo, baixa pluviosidade, baixa

co-quimicas são diferenciadas para

umidade relativa do ar e altas tem-

aplicação nessa época do ano. Em

peraturas. Nesse cenário, os produ-

especial podemos destacar seu lon-

tos mais ade-

go período de controle, já compro-

quados para

vado na região Centro-Oeste e o

aplicação

controle das principais infestantes

deverão

presentes nas plantações de cana-

ter

de-açúcar, em especial as brachia-

como

caracterís-

rias e cordas de viola.

ticas ideais

Nesse período mais seco e críti-

a baixa fo-

co do ano, não devemos esquecer

correta para esse período assegura ao produtor excelente controle das plantas daninhas com ampla seletividade em seu canavial. Com estas ações, certamente teremos sucesso nas aplicações em épocas secas, com canaviais livres de brachiarias e cordas de viola, promovendo assim uma colheita mecanizada de alto rendimento e alta produção, reflexo de um excelente tratamento e doses ideais.

Área de extrema seca em Goiás

de um item muito importante e fundamental para o controle das plantas daninhas, que é a dose do produto. Ela deverá ser ajustada de acordo com o período em que o herbicida 26

*Sérgio Barbalho - Especialista de desenvolvimento de produtos e mercados da Arysta LifeScience




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