Mundo Cana 7 Sep'12

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MUNDO CaNA ano 04 | número 07 | setembro 2012

Manejo adequado no controle de 3MIs:

Mamona, Mucuna, Merremias e Ipomeias Arysta fly Diagnóstico aéreo em canaviais Netafim Irrigação por gotejamento Entrevista

Luís Felli, vice-presidente de operações da ETH Bioenergia

“O caminho é aumentar a oferta de etanol, açúcar e energia pela expansão das áreas disponíveis”


mudbum.com.br

* Conforme bula do produto.

Com DINAMIC a cana ca no LIMPO e sua produção TRANSBORDA.

www.arystalifescience.com.br


29

5

MUNDO CANA

MUNDO CANA

10

ano 04 - número 07 setembro 2012 A revista Mundo Cana é o veículo de comunicação oficial da Arysta LifeScience para o mercado sucroalcooleiro. Coordenação Geral Antonio Carlos Costa Claudine Divitis José Gambassi

Editorial Daniel Forlivio Gerente de Marketing Brasil da Arysta LifeScience pág.

4

Entrevista Luís Felli – ETH Bioernegia Renovação dos canaviais para expansão das áreas pág.

5

artigo Pedro Christoffoleti e Marcelo Nicolai – ESALQ Soluções alternativas com controle químico pág.

8

PROJETOS EM CANA Arysta Fly Diagnóstico aéreo pág.

10

USINA Usina Baldin (SP) Liderança jovem na gestão operacional pág.

12

usina Usina Clealco (SP) Associação de herbicidas no controle de plantas daninhas pág.

14

fornecedores Tecnocana e Agrodoce Custo x benefício positivo e prevenção pág.

16 e 17

parceria Florindo Agropecuária (MT) Treinamento e equipe atuante no campo pág.

18

TOP DEPOIMENTOS Laércio Vitorino da Silva (AL), Cícero Garbelini (GO) e Homero Moreschi (PR) Manejo de plantas de difícil controle pág.

20

Prêmio Andef 2012 Arysta é premiada em três categorias pág.

23

Pesquisa Kleffmann Group Mais investimentos em defensivos pág.

24

Produção Texto Assessoria de Comunicações Jornalista Responsável Altair Albuquerque (MTb 17.291) Redação Nadia Andrade Alexandre Franco Fotos Texto Assessoria de Comunicações Arquivo Arysta Projeto Gráfico e Design Ronaldo Albuquerque Tiragem 2.500 exemplares Arysta LifeScience do Brasil Rua Jundiaí, 50 – 4º andar São Paulo/SP – Brasil CEP.: 04001-904 Telefone: 55 11 3054-5000 Fax: 55 11 3057-0525 www.arystalifescience.com.br mundocana@arysta.com.br

MUNDO CANA ANO 04 | NÚMERO 07 | SETEMBRO 2012

perfil Aristeu Rocha (SP), Clodoaldo Flaitt (SP) e Avelar Moura (AL) pág.

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TECnologia Netafim Vantagens da irrigação por gotejamento pág.

Manejo adequado no controle de 3MIs:

Mamona, Mucuna, Merremias e Ipomeias ARYSTA FLY Diagnóstico aéreo em canaviais NETAFIM Irrigação por gotejamento Entrevista

Luís Felli, vice-presidente de operações da ETH Bioenergia

“O caminho é aumentar a oferta de etanol, açúcar e energia pela expansão das áreas disponíveis”

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Editorial Compartilhando experiências

C

hegamos à sétima edição da Revista Mundo Cana em um momento importante dessa cultura fantástica, responsável pela produção de açúcar, etanol e bioenergia, simultaneamente.

De um lado, está um tema de forte apelo, devido especialmente à sua relação com a produção de energia renovável, discussão que marcou a Rio +20. Do outro lado, produtores e usinas buscando estratégias para resolver os desafios da atividade – como a necessidade de elevar a oferta e a produtividade, convivendo com o seguido aumento dos custos de produção e o vaivém do mercado.

Daniel Forlivio, Gerente de Marketing Brasil da Arysta LifeScience

Essa edição traz um desdobramento do tema abordado na revista anterior, quando destacamos a mudança no sistema de produção da cana que trouxe, também, a mudança do cenário de plantas daninhas nos canaviais. Por esse motivo, nas matérias a seguir, compartilhamos diferentes formas de manejo das plantas daninhas de difícil controle: mamona, mucuna,

#07

merremias e ipomeias, que nomeamos como “3MIs”. O artigo técnico de Pedro Christoffoleti, da ESALQ, é rico em sugestões de soluções alternativas, com controle químico, para combater as plantas daninhas. A matéria traz diversos resultados de pesquisas realizadas pela universidade, que indicam Dinamic como uma inovação tecnológica no manejo de plantas daninhas, garantindo proteção dos efeitos negativos de sua infestação. Usinas do Paraná, Alagoas e Goiás trazem as particularidades da produção de cana em suas regiões e as estratégias de manejo das plantas de difícil controle. Na Usina Coruripe (AL), por exemplo, o uso de Dinamic com outros defensivos convencionais associados, já proporciona redução gradual de 80% no controle das ervas daninhas. A Arysta também contribui com novas soluções ao destacar o projeto Arysta Fly, que realiza diagnóstico aéreo das plantas daninhas nos canaviais, e as vantagens da tecnologia de irrigação por gotejamento, responsável pelo aumento de longevidade das plantações, com safras que alcançam até o 14º corte. Como é nossa função, damos merecido destaque aos agentes do mercado, com reportagem sobre um dos principais distribuidores do Mato Grosso e de usinas parceiras, como a Usina Baldin. Fomos visitar a sede da empresa em Pirassununga (SP) para trazer a vocês um breve histórico e sua estratégia de gestão operacional que, unindo experiência e liderança jovem, foi responsável por significativo salto de produção. Em nossa entrevista com o executivo da ETH Bioenergia, empresa controlada pela Organização Odebrecht, analisamos parte do cenário do mercado sucroalcooleiro. Questionado sobre os principais desafios do setor, Luís Felli, vice-presidente de operações agroindustriais da empresa, citou a necessidade de criação de políticas públicas de incentivo a novos investimentos, o que, segundo ele, é essencial para fortalecer a produção e a geração de receitas e empregos. Boa leitura!

04


Entrevista

Luís Felli

“O caminho é maximizar a oferta via expansão de áreas, sem investir em novas usinas” Cenário do setor de bioenergia aponta para investimentos aplicados na renovação dos canaviais visando aumentar a ocupação da capacidade industrial disponível texto

O engenheiro agrônomo Luís Felli, de 46 anos, ocupa atualmente o cargo de vice-presidente de operações agroindustriais da ETH Bioenergia, controlada pela Organização Odebrecht. Com experiência de 16 anos na indústria química e atuações no Brasil e Estados Unidos, o executivo chegou à Odebrecht em 2002, quando assumiu o cargo de diretor comercial da Braskem. Entre 2006 e 2008 exerceu a função de vicepresidente desta empresa, no setor de vinílicos. Em agosto de 2008, um novo desafio lhe foi oferecido e aceito. Luís Felli passou a comandar a vicepresidência de operações da ETH Bioenergia, empresa do setor de bioenergia, criada pela Odebrecht em 2007. Com nove unidades agroindustriais em operação para produção de etanol, açúcar e energia elétrica, a capacidade de produção da ETH alcança três bilhões de litros de etanol e 2.700 GWh de energia elétrica.

Em sua avaliação, qual é o panorama atual do setor de cana? O atual cenário do setor de bioenergia aponta para investimentos aplicados na renovação dos canaviais visando aumentar a ocupação da capacidade industrial

disponível. O caminho é aumentar a oferta de etanol, açúcar e energia elétrica, por meio de expansão das áreas canavieiras. Ninguém está fazendo unidade nova, e sim, maximizando o que já existe. > 05


MUNDO CANA Hoje você não consegue justificar um

e 40 milhões de toneladas (2015-

Também criamos um módulo de de-

novo investimento porque não tem

2016). Ao alcançarmos essa meta,

senvolvimento que chamamos de

“payback”, não terá o retorno do ca-

selaremos nosso desafio de sermos a

“empresariamento”. Nele, a ideia é

pital investido. Este é o panorama do

empresa número um no País em pro-

trabalhar para que cada integrante

que está acontecendo no setor.

dução de etanol e energia limpa e

sinta como se o negócio fosse seu,

renovável. Na próxima safra, teremos

como sendo dono daquela frente,

Neste contexto, como a ETH vem

uma área plantada de 500 mil hecta-

dos equipamentos e equipes. A ETH

dinamizando suas ações no mer-

res de canaviais em terras arrendadas,

investe R$ 6 milhões por ano na for-

cado sucroenergético? Para a safra

com 100% de mecanização tanto no

mação de integrantes e líderes, pes-

2012-2013, a ETH estima produzir

plantio como na colheita.

soas que vão liderar as frentes de tra-

1,4 bilhão de litros de etanol, 450

Em cinco anos, a ETH realizou inves-

balho nas áreas agrícola e industrial.

mil toneladas de açúcar e 1.600 GWh

timentos de R$ 8 bilhões, entre aqui-

Temos parcerias em todos os muni-

de energia elétrica (o suficiente para

sições de duas usinas e a construção

cípios onde atuamos, com entida-

abastecer uma população de três milhões de pessoas durante um ano). Novos projetos para a expansão de negócios seguem com fôlego dentro da empresa. Após concluirmos a primeira fase do plano de implantação de unidades no Brasil, com as mais recentes plantas inauguradas em Costa Rica – Estado do Mato Grosso do Sul (Unidade Costa Rica) e Perolân-

Trabalhamos com metas progressivas de moagem da cana para as próximas safras”

des como o Senai e o Instituto Paula Souza, dedicando ações conjuntas na formação de recursos humanos. Em nossa visão, o mais importante é trabalhar as lideranças e colocar uma energia muito grande na capacitação para que as pessoas se desenvolvam. Toda base de confiança é firmada entre o líder e seus liderados, líderes de operação, líderes de pólo, líderes

dia – Estado de Goiás (Unidade Água

de área. Investimos em liderança na

Emendada), seguimos para uma se-

base, em geral, com profissionais jo-

gunda etapa, com ações de interna-

de outras sete plantas industriais,

vens, com pouca experiência e em

cionalização da produção de etanol,

todas automatizadas e cogeradoras

início de carreira que, somados às

açúcar e energia elétrica em países da

de energia por meio da biomassa da

pessoas com mais vivência, fortale-

África e da América Latina.

cana. A capacidade média instalada

cem a ETH. Temos dedicado tempo

de cada unidade varia entre quatro e

e recursos para preparar e formar, de

Finalizada a primeira etapa de

seis milhões de toneladas. Em quatro

forma permanente, pessoas aptas a

investimentos no Brasil, a ETH

anos, criamos 12 mil empregos dire-

exercerem suas funções com excelên-

anunciou

tos, saltando de três para os atuais

cia de resultados.

que

investirá

mais

R$ 600 milhões para expandir suas

15 mil integrantes.

áreas de cultivo da cana. É um

A ETH prevê aumentar a moagem

bom momento para operações de

Qual é a linha de trabalho mais

de cana e atingir novo patamar de

ampliação da capacidade de pro-

valorizada pela ETH e que tem

produção de etanol, açúcar e ener-

dução? A ETH trabalha com metas

feito a diferença em seus resul-

gia elétrica. Estas expectativas re-

progressivas de moagem da cana para

tados no campo? Atuamos dentro

fletem a atual confiança que a Or-

as próximas safras. A previsão para a

dos padrões de excelência de desem-

ganização Odebrecht desfruta no

safra 2012-2013 é moer 20 milhões

penho. Nossa cultura empresarial é

setor da cana? A Organização Ode-

de toneladas, saltando para 27 mi-

baseada na Tecnologia Empresarial

brecht decidiu entrar neste negócio

lhões de toneladas (2013-2014), 35

Odebrecht, que estimula a delegação

da cana porque a tendência do setor

milhões de toneladas (2014-2015)

planejada e a confiança nas pessoas.

sucroenergético vem demonstrando

06


MUNDO CANA uma curva mundial de crescimento

Porém, estamos operando no limi-

Por outro lado, todos os custos subi-

muito interessante, tanto do etanol

te. Tanto é verdade, que o Brasil está

ram e com isso o setor vem sofrendo

como na produção de energia elétrica

importando gasolina. O governo está

um squeeze de margem.

oriunda de biomassa.

importando e subsidiando a gasolina.

Hoje, ganha-se mais dinheiro expor-

Já com o petróleo, a situação tem sido

São aproximadamente três milhões de

tando etanol do que vendendo no

inversa e, a cada ano, seus custos de

metros cúbicos de gasolina importa-

mercado interno, por isso a necessi-

produção aumentam enquanto sua

da, vendida por um preço mais bai-

dade de mudança. A dinâmica de ne-

produção é cada vez mais finita.

xo do que o valor de importação. Há

gócio atual não se sustenta por mais

Portanto, é uma tendência mundial

a necessidade de uma nova política

que dois anos.

o aumento da produção de energias

governamental bem estruturada que

O setor já provou a sua capacidade

renováveis

consequentemente,

possa conduzir o setor para novos ru-

de realização, de fomentar investi-

com demanda crescente, além de

mos. O segmento da cana já demons-

mentos, de preparar pessoas e gerar

oferta e preços bem mais equilibra-

trou sua capacidade de investimentos,

renda e desenvolvimento às comu-

dos e competitivos.

sua força de produção e geração de

nidades e ao País. A complexidade

Também como em outros negócios, a

receitas, e por isso uma nova fase de

da cadeia produtiva da cana é muito

Organização Odebrecht realiza inves-

investimentos precisa ser estimulada.

grande, a gestão agrícola de uma usi-

timentos com visão de longo prazo,

O potencial de crescimento é muito

na é complexa, portanto, fazer tudo

que alia competitividade e sustenta-

grande, o setor está apto a produzir,

isso com qualidade não é nada fácil.

bilidade. Os investimentos da ETH

mas faltam novas políticas públicas de

Penso que os novos caminhos passam

sempre foram feitos neste contexto.

incentivo para novos investimentos.

por revisar estes fatores de custos e

e,

impostos, realizar a desoneração do Quais os principais desafios que,

E sobre a atual política de preços,

setor e desenvolver uma nova política

de acordo com a ETH Bioenergia,

há algo que mereça modificações?

de preços para os combustíveis.

ainda merecem plena atenção do

O preço da gasolina, que está fixo há

setor? Temos hoje uma demanda

seis anos. Neste mesmo período, o

de etanol para veículos leves de 22

preço do etanol também não subiu.

Colaborou nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Coordenador de Marketing - Cana-de-Açúcar

bilhões de litros/ano e precisamos texto

atender com qualidade e suprir bem este importante mercado interno já existente.

O setor já provou a sua capacidade de realização, de fomentar investimentos, de preparar pessoas e gerar renda” 07


MUNDO CANA

Garantia de produtividade em sistemas sustentáveis de manejo Controle químico traz proteção do potencial produtivo resultando em rentabilidade econômica favorável Divulgação

Diante desse cenário, a produção agrícola do setor sucroalcooleiro necessita urgente de inovações tecnológicas efetivas no manejo de plantas daninhas tanto de folhas largas quanto de gramíneas de difícil controle. Este artigo objetiva propor soluções alternativas com o uso do herbicida Dinamic (amicarbazone), para assim manter a rentabilidade econômica do setor. A aplicação do herbicida Dinamic no controle de corda-de-viola em soqueiras de cana já é uma tecnologia conhecida entre os produtores e com comprovada eficácia agronômica. Além >

Pedro Christoffoleti em área de cana soca infestada de plantas daninhas da classe das dicotiledôneas, com predomínio de melão de São Caetano

08

A

de apresentar seletividade para a cultura e taxa s práticas agrícolas de cultivo da cana-

de retorno líquido positivo do investimento.

-de-açúcar vêm sofrendo transforma-

Porém, é importante também conhecer os resul-

ções tecnológicas significativas nos

tados da associação de Dinamic com outros her-

últimos anos, principalmente em seu sistema

bicidas. Sendo assim, uma pesquisa foi desen-

de colheita que, por meio da mecanização, sem

volvida na ESALQ – USP para avaliar a associação

queima da palhada, tem como consequência

de Dinamic com o herbicida Dizone no controle

uma alteração significativa na dinâmica popu-

de corda de viola em área de palhada. A pes-

lacional das plantas daninhas. Assim, a compo-

quisa comprovou cientificamente que é uma

sição florística específica de plantas daninhas

tecnologia viável de ser utilizada na prática.

infestantes das soqueiras tem predomínio da

Na Figura 1 são apresentados os resultados

classe das chamadas folhas largas, botanica-

das doses desta associação, evidenciando que

mente conhecidas como dicotiledoneae.

a dose mínima de 1,25 kg/ha de cada um dos

A significativa expansão de áreas na cultura da

herbicidas é suficiente para proporcionar con-

cana, ocupando áreas anteriormente cultivadas

trole adequado da planta daninha. É impor-

com gramíneas forrageiras de pastagens, faz com

tante destacar que este trabalho foi realizado

que estas gramíneas (capim braquiária e capim

em área com diferentes quantidades de palha,

colonião) também continuem tendo importância

e que após a aplicação do herbicida houve um

significativa como plantas daninhas na cultura,

período sem chuva de 30 dias.

exigindo soluções de manejo eficazes e de alta

Estudos também comprovam que o Dinamic é

sustentabilidade técnica e econômica para ga-

um herbicida de alta eficácia para as demais

rantir a rentabilidade do investimento.

folhas largas importantes da cana, tais como


MUNDO CANA

Figura 1

A prática de manejo deve ser eficaz e de efeito residual até o estabelecimento completo do canavial”

Figura 2

aditiva e proporciona residual mais promamona, mucuna preta, melão de são caetano,

longado de controle,

fedegoso e soja perene, dentre outras.

destacando os resulta-

Para exemplificar, na Figura 2 aparece a curva

dos da associação de

de dose resposta de controle da planta dani-

Dinamic com Lava.

nha mamona (Ricinus comunis), indicando que

Os resultados indicam

a dose de 1,50 kg/ha de Dinamic é suficiente

que Dinamic repre-

para controlar 100% da planta daninha. Ressal-

senta uma inovação

tamos que o manejo destas folhas largas de di-

tecnológica no mane-

fícil controle exige um monitoramento da área

Figura 3

e eventuais aplicações sequenciais podem ser necessárias para seu controle efetivo. Dentre as gramíneas mais importantes como planta daninha para a cana-de-açúcar, resultante da substituição de pastagens, destaca-se o capim braquiária (Brachiaria decumbens e outras espécies de braquiárias forrageiras), extremamente agressivo e que interfere na produtividade da cultura e também reduz a longevidade

jo de plantas daninhas, garantindo proteção

do canavial, caso seu controle não seja efetivo.

dos efeitos negativos de sua infestação, asse-

Sendo assim, é necessário que a prática de ma-

gurando retorno financeiro ao produtor. Além

nejo seja eficaz e de efeito residual até o estabe-

das vantagens do uso dos produtos apontadas

lecimento completo do canavial (“fechamento

pelas pesquisas, destacam-se também sua sele-

do canavial”). O Dinamic é uma das ferramen-

tividade para a cultura quando usado nas do-

tas de manejo desta planta daninha. Assim, sua

ses recomendadas; eficácia de manejo para as

associação com outros herbicidas graminicidas

plantas daninhas registradas em sua bula; pra-

é com certeza uma alternativa técnica de mane-

ticidade de uso nos sistemas de produção; fácil

jo, principalmente para áreas onde o banco de

manuseio de sua formulação; perfil toxicológi-

sementes destas plantas é abundante.

co favorável, e por fim, a garantia de proteção

Na Figura 3 observa-se os resultados avaliados

do potencial produtivo da cultura, resultando

com a associação de Dinamic com os herbicidas

em rentabilidade econômica favorável.

Lava (tebuthiuron) e Dizone (diuron + hexazinone). Pelos resultados, observa se que o herbicida Dinamic isolado já é efetivo no controle desta planta daninha, porém, em áreas de alta infestação, a associação com Lava ou Dizone é

Colaboraram nesta matéria José Renato Girotti Gambassi - Coordenador de Marketing Cana-de-Açúcar e Sérgio Barbalho - Especialista de Desenvolvimento de Produtos e Mercados

Pedro Jacob Christoffoleti e Marcelo Nicolai: Professor Associado e Pós-doutorando (respectivamente) da ESALQ – Universidade de São Paulo, Departamento de Produção Vegetal, Área de Biologia e Manejo de Plantas Daninhas 09


MUNDO CANA

Nova ferramenta realiza diagnóstico aéreo de plantas daninhas em canaviais Arquivo arysta

>

Da esquerda para a direita, José Renato Gambassi, Cesar Pereira e Jedir Fiorelli, da Arysta e Giovane Sá e Fernando Pupin, da Usina Colorado

Arysta Fly: Permite acesso confiável às áreas de controle 10

projeto foi desenvolvido pela equipe de campo da arysta em parceria com as usinas clientes

O

setor sucroalcooleiro ganhou mais um

ferenciada e confiável, coletando informações

aliado no controle de plantas daninhas

estratégicas para o correto manejo de plantas

em áreas de cultura de cana-de-açúcar.

daninhas. Os dados coletados permitem identi-

Trata-se do novo projeto Arysta Fly, que consis-

ficar novas oportunidades de manejo nas áreas

te em voos programados de helicóptero sobre

sobrevoadas, visando potencializar a produtivi-

canaviais, em uma ação conjunta entre área

dade dos canaviais por meio, não só do uso de

técnica e gerentes agrícolas das usinas e consul-

herbicidas, como também de bioestimulantes ou

tores técnicos comerciais da Arysta LifeScience.

promotores de crescimento.

O trabalho é realizado por meio da observação

“Conseguimos com isso um levantamento mui-

aérea de talhões ou setores de áreas canavieiras

to mais confiável e determinante para auxiliar

em que foram feitas aplicações para o contro-

a tomada de decisão do cliente com relação

le das principais plantas daninhas que compe-

ao correto manejo de herbicidas na cana, por

tem com a cana-de-açúcar. De acordo com José

exemplo, em talhões onde ficou comprovado,

Gambassi, Coordenador de Marketing Cana,

pelo diagnóstico aéreo, que o controle ainda

da Arysta LifeScience, são diversos os ganhos

não foi completo”, destaca Gambassi.

proporcionados pelo projeto aos clientes, por

Arysta Fly foi desenvolvido a partir da base de

acessarem suas áreas de controle de forma di-

trabalho da equipe de campo da empresa jun-


MUNDO CANA

to às usinas clientes, quando se discutia sobre a eficiência dos levantamentos usuais para o controle de plantas daninhas, que nem sempre apresentavam elevado nível de confiabilidade. “O cenário do agronegócio brasileiro está sempre mudando e, no mercado de cana-de-açúcar, não é diferente. Atualmente, com o aumento da colheita mecanizada nos canaviais, determi-

É mais uma ferramenta para levar a índices positivos de produtividade e auxiliar na melhoria de receita”

nadas plantas daninhas ganharam importância e merecem atenção especial para evitar que nas na região Centro-Sul. As próximas avalia-

vas soluções para o controle eficaz são necessá-

ções aéreas serão efetuadas na região Nordeste.

rias e muito bem-vindas”, completou.

“O objetivo é oferecer ao cliente mais uma

Desde que foi iniciado há poucos meses, a

alternativa de ação no intuito de ajudá-los a

equipe técnica da Arysta vem comprovando a

alcançar índices positivos de produtividade e,

boa aceitação do projeto pelas usinas o que

consequentemente, a competitividade no se-

tem feito a empresa planejar a expansão do

tor”, finalizou Gambassi.

Arysta Fly para todas as regiões do país. Os primeiros voos aconteceram na região de Ribeirão Preto (SP), seguindo para outras usi-

Colaborou nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Coordenador de Marketing - Cana-de-Açúcar

Arysta Fly identifica incidência de mucuna competindo com a cana no meio do talhão > Arquivo arysta

tornem-se um grande problema. Portanto, no-

11


MUNDO CANA

a a

Liderança jovem ganha espaço no mercado de cana e atua em sintonia com profissionais experientes Na Usina Baldin, o investimento em jovens líderes trouxe excelentes resultados, nos últimos três anos

F

oi num pequeno canavial com pouco

etílico hidratado carburante (AHC).

mais de quatro mil metros quadrados,

A partir de 2009, uma nova fase operacional

no sítio Taboão em Pirassununga (SP),

é aberta, com a desativação da sua unidade

em 1956, que Júlio Baldin começou proces-

de destilaria. Já como Usina Baldin Bioenergia

sando mil toneladas de cana para a produção

começa a produzir açúcar cristal, melaço/xaro-

de pinga artesanal comercializada quase que

pe e cogeração de energia do bagaço de cana.

integralmente para a Cia. Müller de Bebidas.

A Baldin, que é uma empresa de capital fecha-

Em 1970, quando os filhos (Osvaldo, Aristeu,

do, investiu recursos próprios nesta nova em-

Flávio e Sebastião Baldin) assumiram o contro-

preitada industrial e por isso mesmo não mediu

le, novos investimentos foram aplicados para

esforços para alinhar ao seu perfil operacional

a aquisição da caldeira que permitiu aumentar

gestores oriundos de uma nova geração.

a produção. E com razão social renovada, a

“No ano de 2010 vínhamos de uma safra muito

Irmãos Baldin & Cia Ltda também passava a fa-

complicada em função do excesso de chuvas, o

zer parte da Copacesp (Cooperativa dos Produ-

que comprometeu a colheita. Um forte impacto

tores de Aguardente do Estado de São Paulo).

justamente no ano em que a planta industrial

Novo avanço aconteceu em 1999, quando os

foi ajustada para começar a produzir açúcar,

irmãos incorporaram à estrutura industrial a

melaço e energia”, conta Fábio Pacheco, geren-

destilaria Taboão para a produção de álcool

te agrícola da Usina Baldin Bioenergia. Fábio Pacheco, de 39 anos, formado pela

texto

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), integra a nova geração de agrônomos responsáveis pelas ações operacionais da usina. “Eu considero importante ter liderança jovem e atuante no setor de cana. É positiva a presença de profissionais mais jovens compondo a equipe, mas sempre prezando por um equilíbrio com a experiência”, pontua Pacheco. >

12

Fábio Pacheco: Gerente Agrícola da Usina Baldin Bioenergia, em Pirassununga/SP


Pacheco representa uma nova geração de agrônomos nas usinas

>

texto

a a

MUNDO CANA

Ele observa que a atual geração de profissionais passou a ficar muito mais preocupada com a produção e entrega de relatórios, e com os compromissos cobrados por suas matrizes. “Valorizam demais o lado corporativo e se esquecem de como é fundamental a atuação a campo”, completa. Em seu atual organograma gerencial, a usina conta com nove engenheiros agrônomos com faixa etária média de 29-39 anos, um exemplo claro da renovação e revitalização da equipe. De acordo com Pacheco, a Baldin possui estrutura enxuta de colaboradores com 286 funcionários na área agrícola e 257 funcionários no campo, além de 586 prestadores de serviço necessários para o processo manual no corte da cana. O gerente agrícola pondera que não menos importante é poder trabalhar em equipe, ao lado

texto

É importante encontrar equilíbrio entre profissionais mais jovens e os mais experientes”

de pessoas com expertise na área de produção agrícola e comprometidas com o negócio.

No mesmo ritmo, a capacidade instalada da usina ganhou fôlego passando de 680 mil tonela-

Salto de produção

das na safra 2009/2010 para mais que o dobro

Outro importante desafio na dinâmica opera-

na safra seguinte, saltando para 1,53 milhão de

cional da usina foi o de trabalhar, desde a safra

toneladas de cana. Para este ano, a expectativa é

2009/2010, com a mudança no mix de matéria-

processar em torno de 1,7 milhão de toneladas,

prima, na disponibilidade de área de produção

uma ligeira diferença em relação à capacidade

própria e terceirizada e na capacidade instalada.

instalada máxima de 1,8 milhão de toneladas.

Os resultados vieram a contento conforme reve-

Segundo a usina, a média esperada de colheita

la Fábio Pacheco, ao informar que na safra de

para esta safra é de 83 toneladas por hectare.

2009/2010 a proporção era de 30% de área

A Baldin destina atualmente 75% da sua ma-

própria contra 70% de área de cana oriundas

téria-prima para a produção de açúcar branco,

de produtores contratados para o fornecimento.

sendo 30% para fornecimento do açúcar VHP

Após apenas duas safras, considerando o anda-

(Very High Polarization) para exportação. Os ou-

mento da atual (2011/2012), esta proporção sim-

tros 25% são utilizados na produção de melaço

plesmente foi invertida, sendo hoje 70% de área

com comercialização total para a Ajinomoto.

própria e 30% de área de cana de produtores.

Em parceria com a empresa CPFL, a usina produz

Em apenas três anos, a Baldin conseguiu saltar

desde 2010, com 100% da capacidade em uso,

de 3,7 mil hectares para 11 mil hectares de área

a cogeração de energia de 85 mil MW. O próxi-

de cana própria, o que representa mais de 7 mil

mo passo, segundo Pacheco, será o recolhimen-

hectares de expansão em sua produção. Em áre-

to mecanizado da palha que vai agregar ganhos

as de fornecedores com contratos para mais de

econômicos importantes, equivalente a 30% a

quatro cortes, a área atual ocupada é de 5,2 mil

mais na cogeração de energia.

hectares, o suficiente para dar segurança no fornecimento para as próximas safras.

Colaborou nesta matéria Sérgio Duarte Consultor Técnico Comercial

Salto de produção: Capacidade instalada da usina passou de 680 mil/ton para 1,7 milhão/ton 13


MUNDO CANA

Bom manejo de plantas daninhas de difícil controle passa pela associação de herbicidas usina Clealco atua com gestão equilibrada atenta aos custos, à qualidade da mão de obra e à prevenção e controle de plantas daninhas texto

Álcool, explica que é necessário vencer o desafio contínuo de manter uma boa gestão de custos, mão-de-obra qualificada e, especialmente, a prevenção e controle de plantas daninhas nas áreas canavieiras da usina. Entre as iniciativas, Paulo revela que está trabalhando no controle de infestação de mucuna preta (Mucuna aterrina), em uma área de 5 mil hectares, que no passado foi utilizada para rotação de culturas e adubação verde. A mucuna preta está entre as principais espécies com maior incidência na região das usinas da Clealco, ao lado da mamona (Ricinus communis l).

N Paulo Arantes: Conhecimento técnico é indispensável para o sucesso e a eficiência no controle de plantas daninhas 14

Por outro lado, a empresa não sofre com granos últimos anos, o Grupo Clealco Áçu-

des infestações das espécies Merremia aegyptia,

car e Álcool tem realizado significa-

como a corda-de-viola.

tivos investimentos na área agrícola,

O agrônomo acrescenta que a usina mantém

seja na mecanização da colheita, ou na am-

procedimentos de controle da mamona em

pliação da capacidade de moagem das usinas,

60% das áreas, porém em baixas infestações,

em especial na Unidade de Queiroz (SP), em

concentrando principalmente as incidências em

atividade desde 2006. O Grupo possui tam-

curvas de nível, bordaduras e carreadores.

bém outra unidade em Clementina (SP), em

“É fato que a cada ano surgem novas áreas ne-

operação desde 1983.

cessitadas de controle de plantas daninhas, uma

Com a safra atual, a estimativa da Clealco é

vez que é muito difícil garantir 100% de trata-

alcançar moagem de 6,7 milhões de toneladas

mento nas aplicações. Além disso, os escapes e

de cana, somando-se a produção de suas duas

o avanço da mecanização da colheita proporcio-

unidades industriais.

nam a disseminação na própria área e permitem

Para conquistar esse desempenho, o engenhei-

migração para outras, mesmo considerando

ro agrônomo Paulo Ney Lima Arantes, coor-

bons procedimentos em limpeza e lavagem das

denador agrícola do Grupo Clealco Açúcar e

máquinas”, acrescenta.


MUNDO CANA

texto

>

A partir de sua experiência no campo, Paulo

de plantas daninhas, pra evitar cenários como

destaca que um bom manejo de plantas dani-

esse descrito acima pelo coordenador da Cle-

nhas tem eficiência superior ao utilizar-se de

alco. “Nesse sentido, a Arysta LifeScience tem

misturas de herbicidas, uma vez que este pro-

proporcionado uma boa parceria e assistência

cedimento, acredita, permite potencializar o es-

técnica ao Grupo, auxiliando nossos técnicos no

pectro de controle das plantas invasoras e ofe-

dia-a-dia do campo, sempre que necessário”.

recer um modo de ação eficiente dos produtos,

O Grupo Clealco revela que, das 6,7 milhões

em diferentes situações impostas pelo clima.

de toneladas projetadas para serem proces-

“Por isso, toda esta área citada encontra-se

sadas na safra 2012/2013, estima-se o for-

hoje sob controle efetivo, utilizando formas de manejo como pré-plantio

incorporado

(PPI) e aplicações anuais em soqueiras, com o uso de misturas”, revela o coordenador agrícola da Clealco. Ao citar o uso do her-

necimento de 550 mil toneladas

O Dinamic representa o melhor custo-benefício para o controle de mamona e mucuna na região”

bicida Dinamic (ami-

de

açúcar

VHP (Very High Polarization) e 170 mil metros cúbicos de etanol (Anidro e Hidratado). Parte desta produção é exportada para países como Egito, Emirados Árabes

Unidos,

Rús-

sia, Marrocos e Cana-

carbazone), Arantes diz que o grande trunfo

dá. Outros derivados também são oferecidos,

para um retorno de resultados satisfatórios é

como vinhaça, melaço, levedura e energia elé-

o ajuste de dose. “É preciso ajustá-la de forma

trica. Neste ano, por exemplo, a unidade de

que não seja nem muito baixa, nem tão eleva-

Queiroz também deve adicionar cerca de 100

da. Atualmente, Dinamic representa o melhor

mil MWh (Megawatts-hora) de energia ao sis-

custo-benefício no controle de mamona e mu-

tema de abastecimento nacional.

cuna, as espécies de plantas daninhas com as quais temos trabalhado”. O conhecimento técnico adequado é fundamental para o sucesso e eficiência no controle

Manter a gestão de custos equilibrada é o desafio permanente na usina

Colaboraram nesta matéria Aristeu Doreto da Rocha - Consultor Técnico Comercial e João Paulo Fernandes - Consultor Técnico Comercial 15


MUNDO CANA

Tecnocana comprova excelente

custo x benefício do uso de herbicidas Com planejamento adequado, uso de herbicidas traz produtividade até 30% superior

H

á 12 anos, a Tecnocana for-

queima, linearidade de entrega) e des-

às áreas em declive que impossibilitam

nece cana-de-açúcar para as

tacando-se nos índices de conduta (en-

o corte mecanizado.

usinas São José, em Maca-

quadramento da NR 31 e uso de EPIs).

Para Artioli, é indispensável trabalhar

tuba (SP) e Barra Grande, em Lençóis

Do total de área canavieira ocupada,

o alvo certo, bem direcionado, na apli-

Paulista (SP), a partir de um sistema de

o diretor agrícola Paulo Roberto Artioli

cação do herbicida. Saber o potencial

parceria agrícola com o grupo Zilor Lo-

informa que dois mil hectares foram o

do produto, o período de carência, o

renzetti (SP).

foco de controle das 3MIs (mamona,

ambiente específico (em soca seca ou

Com previsão de produção de 750 mil

mucuna, merremias e ipomeias) com

úmida), quais as condições de plantio,

toneladas para a safra 2012/2013, a

o uso do herbicida Dinamic. As áre-

agregando assim, o máximo de infor-

Tecnocana tem áreas agrícolas em qua-

as controladas, tanto de expansão e

mações do produto para melhor con-

tro cidades do interior paulista (Boribi,

reforma, de cana soca e cana planta,

duzir a aplicação.

Macatuba, Lençóis Paulista e Agudos)

continham alto banco de sementes de

“Temos registrado um acréscimo de

ocupando uma área total de 12,6 mil

merremias e ipoméias, na região de

produtividade de 20 a 30 toneladas a

hectares, com entrega programada de

Macatuba, e da mucuna, com maior

mais por hectare em relação às áreas

3,5 mil toneladas/dia. Auditada anu-

incidência na região de Agudos.

não tratadas. Portanto, o herbicida é

almente pelo grupo Zilor, a Tecnocana

A empresa tem 60% de mecanização e

hoje uma ferramenta que não pode-

atinge os padrões do grupo, ficando

a meta é chegar aos 80% nas próximas

mos mais deixar de usar. E tranquila-

abaixo dos índices máximos de im-

safras, com os restantes 20% permane-

mente é um investimento que por si só

purezas (vegetais e minerais, hora de

cendo no sistema convencional devido

se paga”, completa Artioli.

texto

Colaborou nesta matéria Bruno Arantes de Souza Consultor Técnico Comercial (CTC)

A aplicação de herbicida na cultura da cana é uma ferramenta que se paga por si só” Paulo Roberto Artioli, diretor agrícola da Tecnocana

16


MUNDO CANA

Trabalho preventivo com alicerce na parceria Agrodoce foca na identificação de pontos de incidência de plantas daninhas e no controle preventivo

E

m 1998, nascia um sistema de

áreas de reforma. Nos outros 7 mil/ha

contribuído para o crescimento destas

trabalho

entre

de cana soca, em 100% é feito o trata-

plantas invasoras”, confirma Júlio.

fornecedores e usina, de um lado

mento com herbicidas e, em parte utili-

Há três anos, especificamente nas áre-

profissionais qualificados para produzir

za-se Dinamic, obtendo resultados bem

as de cana soca, a empresa trabalha o

e entregar matéria-prima e da outra

significativos”, diz Júlio Márcio de Oli-

manejo das 3MIs com índice acima de

parte, a execução da parte industrial.

veira, sócio-proprietário da Agrodoce.

90% de controle. Oliveira revela que,

Deste modelo surgiu a parceria com o

O índice atual de colheita mecanizada

em relação à mucuna, a área de trata-

grupo Zilor, que repassou para a empre-

atinge 80% e na safra atual foi consta-

mento é crescente, já a ocupação da

sa Agrodoce a parte de desenvolvimen-

tado vários pontos de áreas canavieiras

mamona e da corda-de-viola não chega

to agrícola, cuja atual área é de 8,5 mil

com a presença da mucuna. Isso fez a

a ser significativa, mas, mesmo assim,

hectares de canaviais, nos municípios

empresa combater o problema de forma

em determinados pontos de talhões ca-

de Pederneiras, Boracéia e Macatuba.

planejada, com o uso de dosagem de

navieiros é feito o controle preventivo.

São 610 mil/t de cana previstas para

Dinamic de 1,3 a 1,5 kg/ha e, em algu-

“É um trabalho que demanda ações de

ser entregues na usina nesta safra, com

mas situações, com aplicação sequencial.

prevenção para que o problema não se

meta de fornecimento de 3,6 mil t/dia.

“Junto a empresas parceiras, como a

agrave. O que é feito preventivamente

Somam-se a estes números a produti-

Arysta, temos desenvolvido um tra-

fica mais barato”, finaliza.

vidade média de 78 t/ha, com objetivo

balho de matologia para identificação

de alcançar a produtividade de 82 t/ha

de pontos de incidência. A palha, ao

para as próximas safras.

contrário do que se imaginava, tem

compartilhado

Colaborou nesta matéria Bruno Arantes de Souza Consultor Técnico Comercial (CTC) texto

“Anualmente, a Agrodoce trabalha em 1,5 mil/ha de cana planta com controle de plantas daninhas, prevalecendo

Alcançamos índice acima de 90% de efetividade na ação do herbicida”

Júlio Márcio Pereira de Oliveira, sócio-proprietário da Agrodoce

17


MUNDO CANA

divulgação

Parceria construída por produtos eficientes, satisfação e fidelidade de clientes Com equipe técnica atuante no campo e treinamentos frequentes, a distribuidora florindo Agropecuária está sempre ao lado do produtor

Florindo Agropecuária: Um dos principais distribuidores no Mato Grosso 18

E

m 2008, quando a Florindo Agropecuária

ta se consolidou após uma visita feita, na época,

- hoje um dos principais distribuidores da

pelo representante técnico de vendas Adriano

Arysta LifeScience no Estado de Mato Gros-

Vieira e Claudio Ramos, hoje diretor comercial

so - começou a trabalhar com os produtos da

da Arysta, propondo um trabalho de campo

empresa, o herbicida Dinamic era pouco conhe-

para desenvolver o produto no mercado local.

cido pelas usinas e fornecedores matogrossenses.

“Hoje, consideramos Dinamic um produto com

Fabiano Florindo, gerente comercial da Florindo

alta aceitação pelos clientes, por sua elevada

Agropecuária, lembra que a parceria com a Arys-

eficiência no controle de plantas daninhas nos


vários ambientes, com resultados positivos em

distribuidor em levar desenvolvimento e tecno-

diversas épocas do ano, tanto em cana soca,

logia diretamente ao pessoal de campo.

como cana planta. É uma ferramenta muito uti-

Para o gerente comercial, o projeto Aplicar pro-

lizada pelo produtor que quer colher seu cana-

porciona melhor relacionamento direto com

vial no limpo, gerando um bom custo-benefício

clientes, deixando os profissionais de campo

em sua área”, afirma.

mais presentes em suas áreas, o que auxilia no

Depois dos resultados satisfatórios com a

processo de aplicação mais segura e eficiente

parceria, a distribuidora incorporou também

de defensivos agrícolas, gerando bons resulta-

a linha para pastagem da Arysta. E, recente-

dos dos produtos aplicados.

mente, passou a desenvolver, em conjunto,

“Hoje podemos considerar que muitas vezes

projetos em cana com a linha Pronutiva, que

o alto custo no tratamento não é gerado pelo

envolve a integração entre produtos de prote-

produto e sim pela aplicação inadequada, fato

ção e nutrição, com soluções técnicas eficazes

que já foi constatado nas primeiras visitas feitas

para auxiliar em todo processo de produção da

por nossa equipe”, ressalta Florindo.

atividade. A Florindo Agropecuária iniciou o

Ele explica que tanto na área de cana como

projeto com o produto Biozyme, e já registra participação de mercado de 50% da área plantada em 2012.

Projeto Aplicar Para manter seu foco e oferecer novas iniciativas ao campo, a Florin-

Muitas vezes, o custo elevado no tratamento não é do produto e sim da aplicação inadequada”

do Agropecuária inau-

na de pastagem, a distribuidora dispõe de uma equipe de agrônomos e técnicos aptos diversas

necessidades

tantemente essa equipe é atualizada com treinamentos técnicos e comerciais, uma pre-

que leva treinamento aos produtores sobre a

de atendimento e prestação de serviços pro-

utilização correta de defensivos agrícolas.

movidos em parceria com a Arysta”, completa.

A iniciativa é semelhante ao Aplique Bem da

As iniciativas da Florindo Agropecuária vão

Arysta que visa auxiliar na utilização correta

ao encontro das mudanças e necessidades do

de defensivos agrícolas, de equipamentos de

mercado, onde os clientes estão cada vez mais

proteção individual (EPIs) e evitar danos am-

exigentes, buscando por empresas que ofe-

bientais por meio do laboratório móvel Tech

reçam produtos com maior tecnologia, con-

Móvel. O Aplique Bem, que completa 5 anos

fiabilidade e assistência técnica presente no

em 2012, já percorreu 15 Estados brasileiros

campo. “Entre os fatores determinantes para o

e ensinou mais de 27 mil trabalhadores rurais

bom suporte técnico oferecido pela distribui-

a maneira correta de aplicar defensivos agrí-

dora durante esses anos de parceria, um deles

colas. Os dados coletados deram origem ao

tem sido exatamente a atuante participação de

maior banco brasileiro sobre a qualidade dos

mercado com uma linha de produtos eficien-

pulverizadores. Agora, o projeto Aplicar tam-

tes, conquistando a fidelidade e a satisfação

bém auxiliará nesse sentido.

dos produtores”, concluiu.

dores, que aprovaram e valorizaram a ideia do

Nossa equipe é atualizada frequentemente com treinamentos técnicos e comerciais

dos produtores. “Cons-

ocupação importante para manter a qualidade

junto às usinas matogrossenses e aos fornece-

Fabiano Florindo:

para atender as mais

gurou, com grande sucesso, o projeto Aplicar,

Recém-lançado, o projeto Aplicar é realizado

divulgação

MUNDO CANA

Colaborou nesta matéria Adriano Bastos Vieira Consultor Técnico Comercial 19


MUNDO CANA

?

Top Depoimentos Qual o manejo adequado para as plantas daninhas de difícil controle?

LAÉRCIO VITORINO DA SILVA

valece ainda nas usinas do nordeste

-burro (Cynodon Dactylon), o capim-

a colheita manual ao invés da meca-

-falso-massambará (Sorghum arun-

nizada, que tem causado a mudança

dinaceum) e a rama-rabo-de-rato

Coordenador do Departamento de Fitossanidade da Usina Coruripe (Coruripe, AL)

na flora das plantas daninhas. Por

(Stygmaphyllon blanchetti C.E. Ander-

outro lado, a região possui os canais

son), esta última, específica da zona

de irrigação que são importante fator

da mata nordestina.

de infestações de plantas daninhas.

Com exceção da rama-rabo-de-rato,

Nestes canais, as ervas encontram am-

as outras ervas invasoras são encon-

biente perfeito para produzir sementes

tradas comumente nas regiões de vár-

A área canavieira atual da Usina Coruri-

e disseminá-las, através da irrigação,

zeas e nas áreas por onde passam os

pe é de 30 mil hectares com produção

nas áreas por onde passam esses canais.

canais de irrigação e fertirrigação com

média de três milhões de toneladas de

Entre as principais variedades de er-

vinhaça e também nas áreas de irri-

cana por safra, incluindo 800 mil to-

vas daninhas com as quais a Coruripe

gação por gotejamento e pivot linear.

neladas de terceiros. Nesta unidade,

vem realizando trabalho de controle

Atualmente, a Usina Coruripe cobre

80% das áreas canavieiras são irriga-

estão: o melão de são caetano (Mo-

uma extensão de oito mil hectares

das, o que representa 24 mil hectares.

mordica charantia L.), a corda-de-viola

de controle em pré-emergência com

Ao contrário de outras regiões, pre-

(Ipomoea grandifolia), o capim-de-

o Dinamic e com outros defensivos

divulgação

convencionais associados ao produto. Num comparativo dos últimos cinco anos, a usina vem registrando uma redução gradual importante no controle destas ervas daninhas, com taxa atual de 80%. Nas áreas específicas de sequeiro, houve boa resposta de controle com a aplicação do Dinamic, e também foram constatados resultados positivos em áreas onde se aplicaram lâminas de irrigação que variam de 60 a 400 mm/ha. Mais recentemente, a equipe técnica da usina dinamizou o trabalho de controle nas áreas de lâmina de

Laércio Vitorino da Silva

20

irrigação mais baixa e partiu para as


MUNDO CANA áreas de lâmina de irrigação maior.

controle de ervas daninhas nos ca-

Em função desta atuante força tarefa

De acordo com o agrônomo, a assistên-

naviais também se intensificaram,

para controle de ervas daninhas, o

cia da Arysta vem sendo fundamental

devido ao aparecimento de ervas

uso do herbicida Dinamic tem sido

na conquista de resultados consisten-

invasoras de folhas largas como a

muito utilizado com bons resultados

tes para a usina neste controle de er-

mamona e a ipomeia, o que exigiu

no período da seca. A tendência para

vas daninhas com importante suporte

o uso de novas estratégias para o

os próximos anos é aumentar seu

a campo. Além disso, a prestação de

controle a campo.

uso em função dos 30% restantes na

serviço complementar feita pela em-

Nos últimos dois anos, a equipe téc-

incorporação à colheita mecanizada.

presa com o projeto Aplique Bem, tem

nica da usina tem constatado que

Em geral, uma modificação na escala

alcançado um grau satisfatório na qua-

o controle destas plantas invasoras

operacional leva à outra prática de

lificação do pessoal da usina.

vem se mantendo estável com apro-

ajuste, por isso gradualmente fomos

ximadamente doze mil hectares de

incorporando áreas novas em que

cana planta e soca, tratadas anual-

antes da mecanização não precisáva-

mente, tanto com aplicações do Di-

mos fazer um controle químico espe-

namic puro como em mistura com

cífico contra as plantas invasoras de

outros defensivos agrícolas. Além

difícil controle (mamona e ipomeas).

disso, trabalhamos em outros 10

Porém, depois de várias experimen-

mil hectares com uso do produto na

tações e ajustes, temos comprova-

catação química.

do a eficiência com o Dinamic que

Este é um trabalho que exige muito

também se encaixa perfeitamente na

planejamento, regularidade nas ações

mistura com outros produtos.

e disponibilidade de mão-de-obra

A visão da Arysta de trabalhar ao lado

Há sete anos, a usina vem gradu-

treinada, por isso, em nosso quadro

dos clientes, realizar visitas agenda-

almente ajustando seu sistema de

atual de colaboradores, dispomos em

das, disponibilizar pesquisadores e

colheita para a mecanização, al-

média de 40 tratoristas para as pul-

consultores interessados em conferir

cançando um índice atual de 75%.

verizações a campo e de outras 50

in loco, quais são os desafios e a re-

Consequentemente, suas ações de

pessoas para a capina química.

alidade enfrentados no campo pelas >

Colaborou nesta matéria Avelar Sandes Moura Consultor Técnico Comercial

CÍCERO GARBELINI

Gerente Agrícola da Usina Vale do Verdão Açúcar e Álcool (Turvelândia, GO)

Divulgação

Divulgação

Área controlada na Usina Vale do Verdão

Cícero Garbelini

21


MUNDO CANA usinas, é muito positiva, e a coloca

nância de algumas invasoras, como o

de plantas daninhas não depende so-

na condição não só de uma relevante

capim-colchão e o caruru. Também

mente da aplicação de herbicidas, e

fornecedora de insumos, mas também

notamos o aparecimento de outras

sim de todo o processo, que começa

de grande parceira do produtor. Sua

plantas daninhas de difícil controle,

na dessecação da área, no bom pre-

preocupação não está limitada apenas

por exemplo, a mucuna.

paro de solo e plantio, na aplicação

à venda de um determinado produto,

No caso de caruru, mamona e mu-

de herbicidas nas doses e misturas

mas em manter o acompanhamento

cuna tivemos que utilizar alguns

compatíveis com o terreno e o histó-

antes, durante e depois da safra, dei-

latifolicidas, que antes não eram

rico de plantas daninhas. O processo

xando melhor assistida a usina cliente.

muito utilizados, como o Imazapic,

envolve ainda o monitoramento da

Sulfentrazone e o Amicarbazone. Na

lavoura para tomada de decisão de

maioria dos casos com misturas, por

retorno à área com reaplicação e o

exemplo, com o Tebuthiuron, foram

direcionamento para a capina quími-

obtidos excelentes resultados.

ca (herbicida costal).

As áreas de abrangências das inva-

O grupo controlador da Usina Santa

soras (mamona e mucuna) estão em

Terezinha possui oito unidades em

torno de 3.000 hectares, já as áreas

operação, com moagem atual de,

de caruru são maiores, em torno de

aproximadamente, 15 milhões de

10.000 hectares. Essas áreas estão

toneladas, em uma área de 250 mil

mapeadas e o manejo é diferenciado,

hectares. O mix de produção é com-

tanto nos produtos e suas misturas,

posto por 70% de açúcar e 30% de

como na aplicação, seja ela sequen-

etanol. Em três unidades da usina é

cial, reaplicação, catação localizada

produzida a energia elétrica no pro-

e capina manual, devido ao fluxo de

cesso de cogeração com queima do

germinação das mesmas.

excedente do bagaço da cana.

Colaborou nesta matéria Ângelo Volpato Consultor Técnico Comercial

HOMERO MORESCHI

Supervisor de Tratos Culturais, da unidade 1 da Usina Santa Terezinha (Maringá, PR) Para o trabalho de manejo de ervas de folhas largas fizemos o mapeamento das áreas com mamona, mucuna e algumas gramíneas de difícil controle. O manejo foi diferenciado com aplicações de herbicidas, reaplicações ou aplicação sequencial, catação tratorizada, capina química e manual, pois apenas a aplicação após o plantio ou

Os resultados dos produtos Arysta (Lava, Sempra e Dinamic) estão satisfatórios, mas o sucesso do controle DIVULGAÇÃO

o cultivo foi insuficiente para o controle satisfatório das invasoras. Essas plantas daninhas possuem sementes grandes com muita reserva e com vários fluxos de germinação durante o ano e capacidade de dormência por muitos anos. Outro fator negativo que causam é o sombreamento sobre a cana e palha. Com o passar dos anos, observamos um processo de seleção das plantas daninhas. Nas propriedades com vários ciclos de cana houve a predomi-

22

Homero Moreschi

Colaborou nesta matéria Rodrigo Peres Consultor Técnico Comercial


MUNDO CANA

Prêmio ANDEF 2012 premia Arysta em três categorias empresa recebeu prêmio por boas práticas agrícolas no uso de defensivos, melhor profissional de stewardship e projeto aplique certo

A

Arysta LifeScience foi triplamente contemplada na premiação realizada em junho pela

Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), com destaque nas categorias: Melhor Profissional Stewardship (Aristeu Doreto da Rocha); Boas Práticas Agrícolas no Uso de Defensivos com o Programa Aplique Bem - Grupo Pão de

A terceira premiação contemplou o Projeto Aplique Certo da Coplana, de

A Arysta está na vanguarda em responsabilidade social e ambiental”

Guariba (SP), desenvolvido em parceria com a Arysta para oferecer mais segurança e racionalidade no uso de defensivos agrícolas. O programa traz orientações aos agricultores no manejo adequado dos defensivos, desde a aquisição do produto pela cooperativa, pas-

Açúcar; e Cooperativas, com o Projeto

sando pela propriedade agrícola, até a

Aplique Certo, pela Coplana – Coope-

destinação adequada das embalagens.

rativa Agroindustrial, de Guariba (SP).

gica para o alcance de melhor eficiên-

O Programa Aplique Bem também dá

Nesta 15ª edição do Prêmio ANDEF, o

cia e menos desperdícios no campo.

apoio ao Projeto Aplique Certo por

consultor técnico comercial da Arysta

Isso para mim é uma missão. É fazer

meio de treinamentos aos profissionais.

LifeScience, Aristeu Doreto da Rocha,

a minha parte pela vida do planeta e

“As indicações e premiações provam

recebeu o troféu de Melhor Profissional

estimular que outros façam também”,

que acreditamos e temos paixão por

Stewardship por se destacar na área de

completou.

todo o trabalho de Stewardship e es-

treinamentos sobre o “Uso correto e se-

O segundo prêmio conferido por Boas

tamos na vanguarda em comprometi-

guro” por meio do Projeto Kenkou.

Práticas Agrícolas no Uso de Defensivos

mento com a responsabilidade social e

A premiação conferida a ele é mereci-

com o Programa Aplique Bem - Grupo

com o crescimento agrícola do país”,

da e reflete seu comprometimento na

Pão de Açúcar é a chancela de uma par-

comemorou Flavio Prezzi.

ceria bem sucedida entre os fornecedores da rede que passaram a utilizar a

tentabilidade, especialmente desenha-

tecnologia de aplicação como principal

do pela Arysta para os produtores de

aliada para reduzir pro-

cana. Aristeu, que completou 35 anos

blemas de resíduos de

de dedicação à agricultura brasileira,

agrotóxicos em frutas,

diz que leva a sério a missão de contri-

verduras e legumes. A

buir com o uso correto de defensivos,

homenagem foi rece-

com o uso adequado dos EPI e com a

bida pelo Presidente &

segurança na produção de alimentos.

CEO América Latina da

“É uma honra ter a oportunidade de

Arysta LifeScience, Flavio

levar ao setor, a mensagem do uso

Prezzi e pela analista de

consciente de agroquímicos, encaran-

Stewardship, Fernanda

do-os como uma ferramenta tecnoló-

Marcondes.

Colaborou nesta matéria Fernanda Sayuri Marcondes Analista de Stewardship arquivo arysta

área de Stewardship, por meio do projeto educativo Kenkou, voltado à sus-

Equipe Arysta recebe troféus do Prêmio ANDEF 2012

23


MUNDO CANA

Investimentos em defensivos

crescem mais de 50% e movimentam US$ 1,1 bilhão, aponta Kleffmann divulgação

pesquisa identifica panorama geral do mercado de defensivos e auxilia na compreensão do manejo realizado ao longo do ano João Paulo de Paiva Salles: Business Specialist da Kleffmann

>

o manejo realizado ao longo do ano”, diz o engenheiro agrônomo João Paulo de Paiva Salles, Business Specialist da Kleffmann. Conforme os resultados pesquisados da última safra, a cultura da cana-de-açúcar apresentou um aumento de 4% em área cultivada e chegou a 8,76 milhões de hectares. Aliado a este aumento houve também um crescimento da área de reforma dos canaviais. “Nesse cenário, o investimento em defensivos cresceu 55% e chegou a US$ 1,1 bilhão, impulsionado principalmente pelo maior número de aplicações e aumento do custo médio por

C

24

hectare”, destaca Salles. om 15 anos de Brasil, a alemã Kleff-

O segmento de herbicidas é o principal mer-

mann, especializada em pesquisas de

cado representando mais de 60% do fatura-

mercado para o agronegócio, realiza

mento de defensivos da cultura. Destaca-se

atualmente a pesquisa painel denominada

também, o crescimento significativo dos inseti-

AMIS (Agriculture Marketing Information Sys-

cidas, ocorrido, principalmente, pelo aumento

tem), que levanta todas as aplicações de de-

da colheita de cana crua, que propiciou maior

fensivos ocorridas durante a safra, além de

infestação de cigarrinha (Maharnava fimbriolata).

alvos de controle, razões de uso dos produtos,

“Neste contexto, houve o aumento da área apli-

entre outras informações.

cada com inseticidas, bem como do número de

Na cultura da cana-de-açúcar, por exemplo,

aplicações. Outro segmento que se destaca é o

são pesquisadas 200 usinas e 280 fornecedores

de fungicidas, apesar de ainda ter uma repre-

de cana, totalizando uma área de 3,8 milhões

sentatividade pequena na cultura, a pesquisa

de hectares. “O resultado da pesquisa possibi-

vem evidenciando um forte crescimento relati-

lita não só identificar um panorama geral do

vo, onde as aplicações são realizadas com foco

mercado de defensivos, mas também entender

na podridão abacaxi (Thielaviopsis paradoxa)”.


MUNDO CANA

Ano

2009

2010

2011

Área Cultivada (ha)

7.812

8.417

8.760

Brachiaria decumbens

82%

73%

76%

Panicum maximum

61%

64%

66%

Ipomoea grandifolia

44%

57%

58%

Digitaria horizontalis

62%

55%

50%

Cyperus

11%

12%

20%

Amaranthus

14%

12%

15%

Brachiaria plantaginea

6%

18%

10%

ninhas na cultura da cana é um tanto quanto

Sida rhombifolia/S.orientalis

12%

11%

8%

complexo em função de diversas variáveis que

Commelina benghalensis

6%

14%

8%

devem ser levadas em consideração no mo-

Mucuna pruriens

1%

3%

6%

Bidens pilosa

2%

5%

6%

Ricinus communis

3%

4%

5%

Antes de definir a aplicação é preciso verificar o tipo de cana e o estágio das ervas” A pesquisa apurou que o manejo de ervas da-

mento do controle. Inicialmente, é necessário identificar se a aplicação será realizada em cana planta, soca seca, semi-seca, soca úmida

>

e semi úmida, pois para cada situação existem produtos que apresentam melhor desempenho

que inicialmente eram consideradas secundá-

e alguns, inclusive, possuem restrição de apli-

rias, como é o caso da: Mucuna pruriens, Ricinus

cação em determinado tipo de cana.

communis e Bidens pilosa.

“Nos últimos três anos, a cana soca seca re-

A Mucuna pruriens e a Ricinus communis estão

gistrou um crescimento que saltou de 21%

bem concentradas no estado de São Paulo, nas

para 39%, enquanto a soca úmida retraiu-se

mesorregiões de São José do Rio Preto e Ribei-

de 47% para 30% da área. Este movimento

rão Preto. Conforme a base de dados apurada,

impulsiona o faturamento do mercado de her-

estas duas ervas vêm apresentando grande difi-

bicidas, pois os produtos com maior aptidão

culdade de manejo com opções ainda limitadas

para a soca seca possuem custo/ha mais alto

de controle. Já a Bidens pilosa tem a infestação

que os produtos mais direcionados à soca úmi-

mais disseminada, sendo citada principalmente

da”, explica Salles.

no estado de Pernambuco e nas mesorregiões

Além do tipo de cana, o quadro de ervas e o

de Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto

estágio das ervas são outras variáveis impor-

(SP) e Triângulo Mineiro.

tantes para a definição de quais herbicidas

Ao identificar o aumento nos investimentos em

devem ser utilizados em cada talhão, pois os

defensivos agrícolas, a pesquisa da Kleffmann

produtos atuais não têm capacidade de con-

também alerta para os crescentes desafios no se-

trole para todas as ervas. Sendo assim, torna-

tor sucroalcooleiro, tendo em vista a mudança no

-se necessário o uso de dois ou três produtos

sistema de produção, que por sua vez influencia

para obter eficiência de controle.

na flora das plantas daninhas predominantes nos

No complexo de ervas da cana-de-açúcar, há

canaviais. Portanto, é fundamental a definição

cinco variedades principais: Brachiaria decum-

de estratégias para adequar o manejo e garantir

bens, Panicum maximum, Ipomoea grandifolia,

a melhoria nos processos e na produtividade.

Digitaria horizontalis e a Cyperus. Ao analisarmos o quadro ilustrativo acima, percebe-se o aumento de importância de ervas

Fonte: Kleffmann Amis Cana 2009/2010/2011 Base: Área Net Área que recebeu pelo menos uma aplicação de herbicida para controle da erva

Colaborou nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Coordenador de Marketing - Cana-de-Açúcar 25


MUNDO CANA

Perfil>>

Aristeu Doreto da Rocha

Consultor Técnico Comercial Sênior em Marília (SP)

minha função também é levar adiante as experiências de campo adquiridas

E

há muitos anos, porque gosto de dar mi-

Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF).

1977 pela Unesp de Jaboticabal

nha contribuição na avaliação de pontos

Esta conquista chancela outra premiação

(SP) e em Administração de Em-

fortes ou fracos de determinado produto.

anterior conferida a ele durante a conven-

presas pela Universidade de Marília, em

Sempre procuro conhecer o produto em

ção da Arysta realizada em março último,

1982, Aristeu agrega uma experiência

cada detalhe, gerar dados para a empre-

em Buenos Aires, em que foi escolhido

de 25 anos na área de cana, com um

sa, porque uma das vantagens é poder

como Profissional de Destaque pela reali-

impressionante currículo de ações volta-

conhecer bem a solução e depois reco-

zação de uma série de palestras com foco

das ao setor de agroquímicos, tanto na

mendá-la com total confiança ao cliente”.

no uso correto de defensivos agrícolas.

área comercial como técnica, trajetória

Com atuação há mais de 15 anos na re-

“Fiquei muito lisonjeado por este sím-

pela qual se sente gratificado ao ter par-

gião de Marília e Vale Paranapanema,

bolo de reconhecimento profissional. É

ticipado em várias oportunidades e em

Aristeu presta atendimento a mais de

a primeira vez que ganho este prêmio

diferentes empresas, do aprimoramento

duas dezenas de clientes entre usinas

da Andef, fruto de uma atividade exerci-

de produtos. Hoje atua de forma seme-

e fornecedores de cana, totalizando de

da por mais de duas décadas com muita

lhante ao colaborar no desenvolvimen-

abrangência de quase 600 mil hectares.

dedicação e responsabilidade”.

to de produtos que ainda não estão no

Ele destaca a importância do respeito

Aristeu é casado com Maria Luiza Gres-

portfólio da Arysta, para a qual trabalha

para com os clientes e a prática da hu-

pan da Rocha com quem tem dois filhos,

há quatro anos e meio como Consultor

mildade para aprender com o comparti-

a profissional em marketing Isabela Ro-

Técnico Comercial Sênior.

lhamento recíproco entre as novas gera-

cha, de 29 anos, e o também engenheiro

“Este é um auxílio profissional que faço

ções. “A minha função também é levar

agrônomo Murilo Rocha, de 26 anos.

adiante as experiências de campo adqui-

Nas horas de lazer é um dedicado apre-

ridas, atitude que pratico com a equipe

ciador de vinhos e mensalmente parti-

cana da Arysta e não são poucas as vezes

cipa de uma Confraria de Vinhos em

que aprendo com eles. Aliás, avalio que

Marília com um grupo de amigos. Em

esses são importantes ingredientes res-

virtude do hobby já viajou para as prin-

ponsáveis por tornar nossa equipe res-

cipais regiões vinícolas mundiais como

peitada no campo e pelo mercado”.

Chile, Argentina, Espanha, Itália, Portu-

Em 25 de junho último, conferindo o

gal, França, Alemanha, Áustria e Holan-

êxito do seu trabalho por suas inúmeras

da. “Em minha opinião, o dinheiro mais

contribuições ao setor da cana, Aristeu

bem gasto é com viagens, para mim é

foi agraciado no Clube Sírio Libanês, em

uma grande satisfação conhecer novos

São Paulo, ao receber a Homenagem

povos, saber sobre a história do país, a

de Melhor Profissional Stewardship,

religião, a cultura, hábitos e comidas tí-

prêmio concedido pela Associação

picas do local”, afirma.

TEXTO

ngenheiro agrônomo formado em

26


MUNDO CANA

Perfil>>

Clodoaldo Dutra Flaitt

Consultor Técnico Comercial Sênior em Catanduva(SP)

o aprimoramento do conhecimento técnico é essencial para dispor de novas soluções e inovações

P

de que o herbicida oferece do uso com-

da AL Gazon Consultoria; Jaime José Stu-

anos de atuação na área de cana,

binado com outro produto mesmo que

piello, diretor do grupo Guarani; Nagib

Clodoaldo trabalha há quatro

não seja da Arysta.

Taiar Neto, gerente do grupo Colorado;

anos e meio na Arysta como Consultor

Sobre o bom ambiente de trabalho que

e pela amizade e apoio de seu atual pro-

Técnico Comercial Sênior. Formado en-

encontra na Arysta, Clodoaldo enfatiza

motor técnico comercial, José Geraldo

genheiro agrônomo em 1978 pela Fa-

que quem faz uma empresa crescer e se

de Melo Jr.

culdade de Agronomia e Zootecnia ‘Ma-

consolidar são as pessoas. “O que ob-

Clodoaldo é casado com Regina Apareci-

noel Carlos Gonçalves’, do Espírito Santo

servo na estrutura corporativa da Arysta

da de Macedo Flaitt com quem tem uma

do Pinhal (SP), ele atua há 12 anos na

desde a gerência, a diretoria e a equipe

filha, Juliana Macedo Flaitt e agora des-

região de Catanduva (SP), e hoje presta

de campo, são pessoas amplamente mo-

fruta da condição de avô com a chega-

atendimento a 14 usinas e a outra deze-

tivadas e com uma forte visão de futuro,

da do neto Joaquim Flaitt Quarteiro, de

na de fornecedores de cana, distribuídos

por isso a empresa vem desfrutando des-

cinco meses. Nas horas de lazer, quando

em uma área de 550 mil hectares.

te crescimento significativo”.

possível, Clodoaldo que é um invetera-

Clodoaldo considera a prática de três pi-

Clodoaldo destaca que em sua área de

do santista, pratica futebol de campo

lares fundamentais ao explicar seu estilo

atuação o aprimoramento do conheci-

e entre seus hobbies, adora programar

profissional: a honestidade e sincerida-

mento técnico é essencial para dispor de

pescarias pelo menos duas vezes ao ano,

de com o cliente por ser essencialmente

novas soluções e inovações, por isso é a

uma delas, preferencialmente no panta-

importante falar sempre a verdade; a

favor de reciclagens periódicas dentro da

nal matogrossense.

atitude de pró-atividade para resolver

empresa para o repasse de informações

problemas do cliente e a prontidão pelo

para os clientes e para a própria equipe

apoio técnico; e a busca do conhecimen-

de colaboradores.

to para prestar o melhor serviço possí-

“Minha formação técnica agrega à área

vel, antes, durante e principalmente, no

de pesquisa, o que me ajuda muito a

pós-venda.

fazer este trabalho de consultoria no

Antes mesmo de trabalhar na Arysta,

campo e me dá credibilidade para com-

Clodoaldo já conhecia o potencial do

partilhar informações com clientes e co-

Dinamic como produto de alta eficiên-

laboradores que naturalmente vêm nos

cia e, em questão de tempo, o produto

consultar nas mais diversas situações”.

assumiria a posição de líder de mercado

Nesta construção de experiências em

no manejo de plantas daninhas de difícil

mais de duas décadas de trabalho, Clo-

controle (mamona, mucuna, merremias

doaldo faz questão de citar alguns no-

e ipomeias-3MI). Outra ação importante

mes que tem prazer por externar agra-

destacada por Clodoaldo é a versatilida-

decimento, como Antonio Luiz Gazon,

TEXTO

rofissional experiente com 25

27


MUNDO CANA

Perfil>>

Avelar Sandes Moura

Consultor Técnico Comercial em Maceió (AL)

nossa principal escola é o dia a dia no campo. Nesse mercado da cana é muito importante ser proativo

F

Para o consultor, no trabalho de campo

tinha solução de pré-emergência. Outro

ral de Alagoas (UFAL) em 1996,

é fundamental assegurar uma presta-

produto que vem incrementando consi-

com MBA em Gestão Empresa-

ção de serviço de qualidade e contí-

deravelmente a produtividade e o cres-

rial, o engenheiro agrônomo Avelar

nua, que é a base para ter um relacio-

cimento vertical das usinas do Nordeste

Moura está há pouco mais de seis anos

namento comercial duradouro com os

é o Biozyme, solução de nutrição para

na Arysta LifeScience. Iniciou exercen-

clientes. “Dentro do mercado de cana

planta, que auxilia nos índices de desen-

do a função de Promotor Técnico Co-

é muito importante ser proativo e con-

volvimento e viabilidade do canavial.

mercial e em 2006 tornou-se Consultor

clusivo, então, desde que optei por

Biozyme faz parte de um conceito ino-

Técnico Comercial. Avelar revela que

essa função, busco sempre a qualidade

vador na cultura da cana-de-açúcar

em tudo que se propõe a fazer, seja no

no meu trabalho”, destaca.

chamado Pro Nutiva Cana, que alia pro-

campo profissional ou pessoal, preza

Por ser uma atividade bastante com-

teção e nutrição do canavial para gerar

sempre pela busca do equilíbrio entre

petitiva, considera que sua função re-

condições mais favoráveis ao desenvol-

a fé em Deus, a família e o trabalho.

quer não só a pontualidade e o bom

vimento e longevidade do canavial.

“Junto a esses valores a confiança, a

conteúdo nos processos de prestação

E completa, “mesmo para uma empre-

humildade, a seriedade e a ética, que

de serviço junto ao cliente, como tam-

sa jovem no setor sucroalcooleiro como

considero princípios básicos na relação

bém um comportamento de senso de

a Arysta com oito anos de mercado,

entre pessoas e instituições, e dessa

urgência. “Considero que a maior es-

percebo que a cada ano, estamos con-

forma, as relações tornam-se duradou-

cola para aprendizado é o dia a dia no

quistando espaço no setor, alcançando

ras e sustentáveis”.

campo, e é dessa forma, que fortale-

posição de destaque entre as principais

cemos a fidelização com os clientes”,

empresas no mercado de cana.

completou.

E o que é mais importante, conquis-

O agrônomo veste a camisa da em-

tamos o reconhecimento dos nossos

presa e além de exaltar o agradável

clientes, levando soluções inovadoras,

ambiente de trabalho proporcionado

onde todos ganham”.

pela Arysta, valorizando a comunica-

Avelar é casado com Candice de Souza

ção transparente e frequente, desta-

Moura e pai de dois filhos, Mariah de

ca o produto Dinamic como o maior

10 anos e Davi de 2 anos. Entre suas

exemplo de inovação no mercado de

atividades recreativas prediletas estão:

defensivos agrícolas na cultura de ca-

participar de uma boa partida de fu-

na-de-açúcar.

tebol com os amigos, fazer caminhada

“Na região de Alagoas, onde atuo, Di-

pela orla de Maceió e ir aos jogos do

namic veio para solucionar o controle

seu querido clube do coração, o CSA -

das folhas largas, que anteriormente não

Centro Sportivo Alagoano.

divulgação ctc

ormado pela Universidade Fede-

28


MUNDO CANA

Vantagens da irrigação por gotejamento em cana-de-açúcar Sistema consome menos água e energia elétrica, além de Adaptar-se aos mais diversos terrenos divulgação

C

onhecer as necessidades da cultura é algo fundamental para o sucesso do setor sucroalcooleiro, porém, tão im-

portante quanto é a disposição para investir em inovação e na quebra de paradigmas visando o crescimento sustentável do negócio. Até quando aceitaremos que os nossos canaviais deixem de ser produtivos? Até quando priorizaremos destinar mais dinheiro em compras de terras ao invés de incentivarmos a produção vertical? As perguntas são do agrônomo Daniel >

Botelho Pedroso, responsável pelo Departamento Agronômico da Netafim Brasil. A empresa

lizantes, produtos orgânicos, produtos químicos

israelense, especializada em irrigação por gote-

(inseticidas, nematicidas e maturadores).

jamento, foi recentemente incorporada ao Gru-

De acordo com o especialista, ao avaliar os

po Permira, controlador da Arysta. A aquisição

resultados de lavouras de cana-de-açúcar irri-

da Netafim faz parte da estratégia do grupo em

gadas, não há como estabelecer apenas o au-

reunir empresas sinérgicas em seus negócios, vi-

mento na produtividade como único objetivo,

sando oferecer soluções completas aos clientes.

é preciso analisar também o aumento na longe-

O especialista explica que, com a expansão da

vidade do canavial.

cultura para as mais variadas regiões, o sistema de

“Sabemos que um dos grandes custos do proces-

irrigação por gotejamento vem se mostrando uma

so de produção da cana-de-açúcar é a reforma do

excelente alternativa, pois, além de consumir me-

canavial, pois além dos gastos com o preparo do

nos água (40% menos do que outros métodos)

solo e plantio, estimados em aproximadamente

e, portanto, menos energia elétrica, adapta-se a

R$ 5 mil por hectare, também há a necessidade de

diversos terrenos, desde solos planos do cerrado

manter a área em questão por pelo menos um ano

brasileiro até os desertos peruanos.

sem produção. Portanto, quanto mais adiarmos a

Nos últimos 15 anos, a empresa já implantou

reforma sem que haja perda na produtividade,

no Brasil mais de 12 mil hectares de irrigação

menos o fluxo de caixa será afetado”, diz o agrô-

por gotejamento em cana-de-açúcar. Devido

nomo. Ele informa que há lavouras irrigadas por

aos gotejadores autocompensados e anti-sifão,

gotejamento no nordeste brasileiro que na safra

próprios para trabalharem enterrados, a irriga-

2011/2012 atingiram o 14º corte, mantendo uma

ção por gotejamento, além da água, é capaz de

média superior a 100 ton/ha, relembrando que a

fornecer à cultura outros insumos, como: ferti-

média nessa região é em torno de 65 ton/ha em

Área em declive com sistema instalado de irrigação por gotejamento

>

29


MUNDO CANA “A irrigação de gotejamento está ampliando fronteiras devido à tecnologia de manejo eficiente que o sistema oferece e vantagens como a pouca manutenção, economia de água, direcionamento de nutrição diretamente onde está localizado o sistema radicular, sistema fixo com pelo menos 10 anos de garantia, aplicação de nutrição no momento certo, em quantidade certa”, destaca Irokawa. De acordo com Flavio, métodos de irrigação em cana-de-açúcar também têm demonstrado bons divulgação

resultados de desempenho com aplicações do

>

Biozyme. “Nas aplicações de Biozyme, via irri-

Exemplo de área drástica recuperada com métodos de irrigação

cinco cortes. Há outros casos nos estados de São

gação, temos verificado em campo respostas po-

Paulo e Minas Gerais, que superam os 12 cortes.

sitivas em aumento de perfilhamento, internó-

Pedroso orienta que para o alcance de resultados

dios longos e, mais recentemente, aguardando

positivos como esses é preciso observar a siste-

avaliação de produtividade com os indicadores

matização adequada do terreno, bem como o

ATR e TCH em trabalhos no Nordeste, Sudoeste

do plantio, pois o planejamento e cuidado como

e Centro Oeste”.

esses, diminuem o pisoteio e desenraizamento

Irokawa considera que neste trabalho de nutri-

das touceiras de cana no corte mecanizado. O especialista explica que para haver o aumento da longevidade, em projetos com irrigação por gotejamento,

A irrigação por gotejamento está ampliando fronteiras”

é adotado o sistema

ção vegetal com o uso da irrigação por gotejamento, estão atrelados vários benefícios, como a redução do custo da reforma da produção de cana-de-açúcar. E com a integração Pro-

de linha dupla (plantio abacaxi ou alternado),

nutiva, a longevidade da cultura da cana, que

com gotejadores enterrados entre 20-25 cm da

na média é em torno de 5 a 6 anos, pode chegar

superfície, nos mais diversos espaçamentos se

a 10 anos, com elevada produtividade anual.

adaptando às dimensões das colhedoras e trans-

“O emprego de nutrição vegetal atrelado ao

bordos. Dessa maneira, adaptam-se totalmente

uso racional do solo com a disponibilidade de

à mecanização da cultura sem que haja prejuízos

água em quantidades certas, cujo potencial de

ao sistema de irrigação ou à cultura.

cobertura pode chegar a mais de 300 toneladas por hectare de cana, expressa o máximo de

Nutrição Vegetal

produtividade sem que haja expansão de novas

O gerente de marketing em nutrição da Arysta,

áreas e promove a sustentabilidade do ciclo de

Flavio Mitsuru Irokawa, informa que, dependen-

produção de cana. Por isso, a Arysta LifeScien-

do das condições da área canavieira, diferentes

ce está engajada neste propósito de prestigiar

métodos de irrigação são recomendados. A aná-

novas alternativas de nutrição vegetal para au-

lise deve ser feita considerando a topografia e a

mento de produtividade com responsabilidade

versatilidade do método, mas, sempre que indi-

sócioambiental”, completa.

cada, a irrigação por gotejamento é considerada

Colaborou nesta matéria Flavio Mitsuru Irokawa - Gerente de Marketing Nutrição

uma das mais eficazes e vantajosas.

30


mudbum.com.br

www.arystalifescience.com.br


Tebutiurom


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