Mundo Cana 8 Mar'13

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MUNDO CaNA ano 04 | número 08 | MARçO 2013

Centurion

Potencializa os níveis de ATR

e a rentabilidade da atividade IEA e SOMAR Previsões otimistas para o mercado Artigo Brasil pode colher a maior safra de Cana da história

ENTREVISTA

Ismael Perina Jr., diretor-presidente da ORPLANA

“Indústria do futuro terá foco exclusivo na moagem da Cana”



MUNDO CANA

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MUNDO CANA ano 04 - número 08 MArço 2013 A revista Mundo Cana é o veículo de comunicação oficial da Arysta LifeScience para o mercado sucroalcooleiro.

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10

Coordenação Geral Antonio Carlos Costa Claudine Divitis José Renato Gambassi Produção Texto Assessoria de Comunicações Jornalista Responsável Altair Albuquerque (MTb 17.291)

Editorial José Renato Gambassi Gerente de Produtos e Mercado Cana da Arysta LifeScience pág.

4

Entrevista Ismael Perina Junior – Orplana Tendências em remuneração e modelo de negócios pág.

5

fornecedores Copercana Arysta aumenta sua participação na Cooperativa pág.

8

usina Jalles Machado (GO) Nutrição vegetal e controle no manejo da Cana pág.

10

USINA Vista Alegre (MS) Uso combinado de defensivos traz bons resultados pág.

Redação Nadia Andrade Alexandre Franco

MERCADO IEA e SOMAR Previsão otimista para o setor sucroalcooleiro pág.

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MERCADO Latinoamericano Brasil, México e Colômbia se destacam na cultura da Cana pág.

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CAPA Maturador Centurion Arysta reúne setor produtivo para lançamento em SP pág.

Fotos Texto Assessoria de Comunicações Arquivo Arysta Projeto Gráfico e Design Ronaldo Albuquerque Tiragem 2.000 exemplares Arysta LifeScience do Brasil Rua Jundiaí, 50 – 4º andar São Paulo/SP – Brasil CEP.: 04001-904 Telefone: 55 11 3054-5000 Fax: 55 11 3057-0525 www.arystalifescience.com.br mundocana@arysta.com.br

18

ARTIGO Marcos Fava Neves Brasil pode colher a maior safra de Cana de sua história pág.

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03


Editorial Recuperação e Produtividade

À

medida que realizávamos as entrevistas para a oitava edição da Revista Mundo Cana fomos identificando um cenário promissor do mercado sucroalcooleiro, bem como um sentimento forte de perspectiva de recuperação por parte dos

diferentes elos da cadeia produtiva. O otimismo pode ser percebido no resultado da safra de Cana 2012/2013, nas previsões climáticas para as regiões Centro-Sul e Nordeste, nas estimativas de exportação de etanol e açúcar, na utilização de máquinas colheitadeiras, na retomada de investimentos e, especialmente, na projeção para a próxima safra, que poderá ser a

José Renato Girotti Gambassi, Gerente de Produtos e Mercado Cana

maior da história, conforme vocês lerão no artigo de Marcos Fava Neves, professor de planejamento e estratégia na FEA-USP. Análise recente do Instituto de Economia Agrícola (IEA) reforça a tendência positiva para a safra 2013/2014, com potencial para ser melhor em produção e produtividade. A diretora

#08

técnica do IEA afirmou à Mundo Cana que o cenário que se constrói é de aumento da produção associado à boa recuperação da produtividade. A expectativa de clima mais amigável também está detalhada nessa matéria sobre o panorama do mercado. O governo tem participação na construção da previsão positiva para o mercado sucroalcooleiro ao anunciar o aumento da gasolina e do percentual de etanol misturado à gasolina (de 20% para 25%), o que trará benefícios uma vez que substituiremos gasolina importada com produto nacional e aumentaremos os preços do açúcar no mercado mundial, recebendo mais pelas nossas exportações. Para o início de safra é um excelente pacote de notícias positivas. A Arysta vem trabalhando no desenvolvimento de tecnologias capazes de melhorar a qualidade e a produtividade dos canaviais, auxiliando os produtores a aproveitar ao máximo o cenário de boas perspectivas e não perder nenhuma oportunidade. Levamos nosso desafio muito a sério. O mercado de Cana-de-açúcar é estratégico para a Arysta e investimos forte para oferecer soluções de qualidade em todas as etapas da cultura. São 35 profissionais atuando na equipe, seja no desenvolvimento e evolução dos produtos, na assistência técnica ou no pós-venda. É por esse motivo que a agradável receptividade que tivemos em nosso recente lançamento do maturador Centurion, em São Paulo, com a presença de mais de 75 usinas de diferentes estados, além de fornecedores, distribuidores e cooperativas, nos deixa realmente muito honrados e motivados, mostrando que estamos no caminho certo. Aproveitem a leitura.

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Entrevista

Ismael Perina Junior

Futuro prevê mudanças na remuneração e no modelo de negócios do mercado sucroalcooleiro Tendência traz remuneração agregada ao valor da energia da biomassa e grupo de fornecedores tecnicamente bem atualizados, destinando sua matéria-prima para uma indústria preocupada, exclusivamente, com a moagem de Cana de Jaboticabal (SP), Ismael Perina Junior, de 54 anos, é diretor-presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), com sede em Piracicaba (SP), completando seis anos de representatividade a frente da entidade. Ismael, que também faz parte do Conselho de Administração do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e da Câmara Setorial do

texto

Engenheiro agrônomo pela Unesp

Temos um modelo de produção bem sucedido, que agrega alto desempenho na mecanização, alta tecnologia e eficiência dos defensivos”

Açúcar e do Etanol, explica porque, em um futuro próximo, a remuneração ao fornecedor de Cana poderá ir além do índice de ATR (sacarose). Ele também aborda tendências para o segmento sucroenergético, opina sobre o Código Florestal e considera que, em menos de uma década, o setor registrou perdas importantes em função da visão equivocada e desmazelos do governo federal.

Qual é a sua visão de futuro para a Orplana? A Organização tem mantido, nestes 37 anos de atividades, a missão de trabalhar e defender interesses do setor junto aos órgãos privados e públicos, na esfera federal ou estadual. E agora, prestes a ser eleita uma nova diretoria executiva, estou certo de que haverá continuidade dessa tarefa prestigiosa de auxiliar as atuais 34 associações vinculadas, que representam 18 mil fornecedores de Cana dos cinco Estados

que formam a região Centro-Sul (São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás). Estados que constituem o maior polo produtor do Brasil, respondendo por mais de 80% do volume de Cana plantada, colhida e processada no País. Continuaremos a trabalhar neste propósito de difundir o conhecimento e atualidades entre as associações reunidas e fomentar ações que melhorem as condições e políticas que >

regulamentam o setor. 05


Qual sua avaliação sobre o pagamento ao produtor baseado no teor

texto

MUNDO CANA

de sacarose? O sistema foi uma das maiores transformações desde 1983 e vem sendo um significativo ganho ao setor, uma vez que o produtor passou a não só se preocupar com a produtividade por tonelada de Cana produzida por hectare, mas também com o teor de sacarose produzida por tonelada/ hectare, sistema que permanece até os dias atuais sob a regulamentação do Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana). Considero o modelo importante e que deve ser mantido. Ele contempla a qualidade. Já em termos de futuro deste sistema de pagamento, tudo vai depender das adaptações que o próprio mercado irá fazer no decorrer dos anos, por exemplo, os empreendimentos agroindustriais podem vir a

mos um aumento brutal de custo de

ximo, mas, em minha opinião, demo-

ajustar essa remuneração não apenas

produção, de mão-de-obra, de insu-

rou demais para voltar e, acredito que

pela energia da sacarose, mas, tam-

mos e dos transportes, e que de al-

não foi propriamente pelo setor e sim

bém, pela energia da biomassa (ba-

guma maneira tivemos que absorver.

uma medida tampão para beneficiar,

gaço da Cana e da palha da Cana).

O Governo errou quando extinguiu a

principalmente, as equações econô-

Contribuição de Intervenção no Do-

micas da Petrobras.

Quais as principais ações que me-

mínio Econômico (CIDE), que incide

recem menção nesses seis anos de

sobre a importação e a comerciali-

Quais os impactos das decisões so-

reivindicações e direcionamentos

zação de petróleo e seus derivados e

bre o novo Código Florestal? E para

do setor pela Orplana, junto ao

álcool etílico combustível, o que equi-

o setor produtivo da Cana, qual é

governo federal? Percebo que neste

librava a competitividade do etanol.

seu parecer? Este foi um assunto

período houve certo distanciamento

Também se equivocou ao assinar o

que foi debatido por mais de 10 anos

do governo federal e visão equivo-

decreto, em agosto de 2011, determi-

no Congresso Nacional e a Orplana

cada em relação ao segmento sucro-

nando a diminuição do percentual de

participou deste processo de discus-

energético. O setor não conseguiu ter

etanol na gasolina de 25% para 20%,

sões. Nossa linha sempre foi mostrar

a margem esperada de lucratividade

o que causou um grande transtorno

os problemas que um código florestal

em relação ao etanol, principalmente,

para as usinas. Tal decisão desenca-

pode desencadear ao ser elaborado

porque a administração federal focou

deou, na época, um efeito de concor-

no âmbito de uma discussão muito

muito na questão da precificação da

rência com a importação do etanol e

acirrada com simpatizantes e órgãos

gasolina e deixou o etanol concorrer

fez o preço do produto nacional ir lá

ambientalistas que estão inseridos

no mercado livre. Com isso, a conta

pra baixo. Agora, a mistura de 25%

no contexto. Isso levou a discussão

não fecha. Nos últimos seis anos, tive-

volta a vigorar a partir de maio pró-

a prevalecer no lado excessivamente

06


MUNDO CANA ambiental e deixou de contemplar o

mente resolvido, mas não podemos

no, médio ou grande produtor, cada

que deveria ter mais peso, que é o

esquecer que temos um contingente

um precisará ter capacidade técnica

de trabalhar a produção sustentável

muito grande de pequenos e médios

e outras formas de gerenciamento

em nossas áreas de agronegócio, que

fornecedores. Por isso, para eles, o

para que permaneça fornecendo,

mais geram divisas ao País.

processo de mecanização não é tão

numa escala razoável, para as indús-

Apesar disso, eu aponto o Artigo 68,

simples assim e pede necessárias in-

trias do setor.

que regulamenta os 20% de mata na-

corporações graduais, principalmen-

Tenho como grande modelo para o

tiva a serem preservados para cada

te para aqueles produtores que ocu-

futuro, grupos de fornecedores tecni-

propriedade no caso do Centro-Sul

pam canaviais em áreas em declive,

camente super bem atualizados e que

do Brasil, como principal destaque.

onde a mecanização é mais difícil de

destinarão sua matéria-prima para

O Artigo 68 livra dessa recomposição

ser trabalhada.

uma indústria preocupada, única e

exclusivamente, na moagem de Cana.

quem tiver desmatado conforme a legislação vigente na ocasião, e que, no caso das usinas, foi uma deliberação sensata de maneira a se preservar os contratos vigentes. A medida vem preservar essa continuidade no desenvolvimento e aprimoramento das áreas que já estão em produção, sem mais impactos ambientais. Como você avalia a evolução do

O governo errou quando extinguiu a CIDE e reduziu o percentual de etanol na gasolina”

Como você avalia o papel de empresas como a Arysta que auxiliam no fomento de tecnologias para produção com competitividade? E por quê? Temos, hoje, um bem sucedido modelo de produção que agrega o alto desempenho na mecanização aliado à alta tecnologia e eficiência dos defensivos agrícolas aplicados na cultura da

corte mecanizado? Como os mé-

Cana, por exemplo, os promotores de

dios e pequenos estão se organi-

crescimento, os maturadores químicos

zando nesse sentido? Está ocor-

Olhando para frente, como obser-

e herbicidas de última geração. Sem

rendo uma união ou não? Por

va o futuro do produtor de Cana?

isso, nós não conseguiríamos os ga-

quê? Esta também é uma questão

Em sua opinião, há concentração

nhos de produtividade necessários.

discutida desde longa data, não pelo

do setor? A concentração é pública

Outro ponto que às vezes não aparece

fato da mecanização em si, mas sim

e notória e somam-se a esse cená-

na hora da comercialização e é muito

porque, ao longo dos anos, tornou-se

rio, os desmazelos do governo fe-

importante, é a pesquisa de produto

uma tendência, como ocorreu com as

deral que não tem olhado com mais

que se faz antes de colocá-lo em esca-

grandes culturas mundiais, como a

atenção para o setor como deveria.

la comercial, além dos ensaios expe-

Soja, o Milho, o Café e o Algodão.

Abriu-se uma porteira forte com a

rimentais e testes de campo que são

Como o Brasil é o maior produtor de

entrada de capital estrangeiro por in-

realizados no desenvolvimento de mo-

Cana mundial, reunindo fatia muito

termédio de investimentos de grupos

léculas cada vez mais ambientalmen-

significativa no mercado global, esse

internacionais que passam a marcar

te favoráveis. Então, é fundamental a

próximo passo pela mecanização

presença no setor. Eu não sei se, com

participação destas empresas, dos cen-

foi se desencadeando naturalmente

esta tendência, vai sobrar espaço

tros de pesquisas e da parceria com os

e vem somando avanços com a in-

para o pequeno produtor trabalhar.

fornecedores e produtores neste im-

corporação, adaptações e melhorias

Há 20 anos, o produtor conseguia

portante caminho por novas alternati-

importantes. Por outro lado, deman-

sobreviver da atividade, mas, hoje,

vas e gerações de produtos.

da um pouco mais de tempo, prin-

ele tem muita dificuldade de sobrevi-

cipalmente porque, entre os grandes

vência. Quanto ao futuro da ativida-

produtores, o problema está pratica-

de, observo que, seja para o peque-

Colaborou nesta matéria Carlos Correa Consultor Técnico Comercial - Sertãozinho (SP) 07


MUNDO CANA

texto

Copercana aumenta em mais de 100% a comercialização de produtos Arysta Dinamic é o principal herbicida comercializado pela cooperativa

A Frederico Dalmaso: Entre as usinas da região, Dinamic é um exemplo de fidelização 08

tuar no mercado fornecedor de insumos

destacam neste elo comercial bem sucedido

em parceria com empresas especiali-

com a cooperativa está a Arysta LifeScience.

zadas e consolidadas no agronegócio,

O gerente revela que, desde que o primeiro

oferecendo produtos eficientes e de qualida-

produto da Arysta (Dinamic) foi incluído, há

de. É com este foco que as ações de difusão de

seis anos, na família de defensivos agrícolas

tecnologias para o campo e de comercialização

da cooperativa, a escala comercial vem cres-

de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas,

cendo a cada ano entre os produtores coope-

tornaram-se referencial da Cooperativa dos

rados da região.

Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São

Na comparação entre as safras 2010/2011 e

Paulo (Copercana), em Sertãozinho (SP).

2012/2013, os produtos Dinamic, Biozyme e

Frederico Dalmaso, gerente comercial da Co-

Lava 800 WG registraram incremento de 134%

percana, afirma que entre as empresas que se

na movimentação comercial da cooperativa.


MUNDO CANA

ções de financiamento, preços e qualidade na aquisição de insumos. “Além da realização das feiras, trabalhamos para inaugurar, ainda esse ano, um posto de combustível em Jaboticabal (SP) e expandir a rede de supermercados Copercana”, destaca Pedro Esrael Bighetti, diretor secretário da Copercana. Atualmente, o Sistema Copercana reúne duas entidades vinculadas: a Canaoeste (fornecedores) e a Sicoob Cocred (instituição de crédito), com 7 mil cooperados ativos, mais de 1.200 colaboradores e 18 filiais Copercana, sendo 15 em municípios do interior de São Paulo e três em Minas Gerais.

Desde a chegada de Dinamic, há seis anos, a escala comercial cresce a cada ano entre os cooperados”

Construção do prédio matriz da cooperativa em Sertãozinho

Ele destaca também que, em

texto

Fundada em 19 de maio de 1963, a Copercana comemora o seu cinquentenário em 2013. Em conjunto com as festividades, a atual gestão, comandada por Antônio Eduardo Tonielo (diretor-presidente); Manoel Ortolan (diretor-superintendente) e Pedro Bighetti (diretor-secretário), trabalha com os preparativos para a realização da IX Agronegócios Copercana e VII Agrocana, eventos que acontecem em junho e setembro, respectivamente. Em 2012, só a feira Agronegócios movimentou R$ 120 milhões em três dias. Os eventos são realizados anualmente para proporcionar aos produtores melhores condi-

divulgação

Copercana completa meio século em 2013

geral, é comum que o produtor fidelize determinada marca devido a sua qualidade, eficiência e relação custo/benefício. “Entre as usinas da região, Dinamic é um exemplo claro desse cenário”. Os produtos da Arysta são consumidos,

principalmente,

entre médios e grandes agricultores, que estão “O volume representou salto de 100 mil Kg/

mais habituados a investir em tecnificação no

litros para 234 mil Kg/litros de defensivos agrí-

campo e possuem, em média, áreas superiores

colas da Arysta, apenas de uma safra para ou-

a 40 hectares.

tra”, revela o gerente comercial. No decorrer

O gerente comercial informa que, além do Di-

da safra 2013/2014, a cooperativa projeta al-

namic, segue na mesma linha de crescimento

cançar volume de 300 mil Kg/litros, incremento

e fidelização de uso, outros produtos forneci-

de 28% em relação à safra anterior.

dos pela empresa. É o caso do maturador Cen-

Os trabalhos em conjunto com a Arysta foram

turion, o mais recente integrante da lista de

desenvolvidos a partir de 2007, com a abertu-

produtos da Arysta. “Posso dizer que quem já

ra da comercialização do herbicida Dinamic.

usou gostou do maturador, é um novo produto

“Desde então, Dinamic passou a integrar nossa

que foi bem aceito”, confirma Dalmaso.

família de defensivos e continua como o principal herbicida comercializado entre nossos cooperados”, diz Dalmaso.

Colaborou nesta matéria Carlos Correa Consultor Técnico Comercial - Sertãozinho (SP)

Giovanni Rossanez e Pedro Bighetti: Gerente financeiro e diretor-secretário da Copercana 09


MUNDO CANA

Manejo inteligente pede nutrição vegetal e controle de plantas daninhas Arquivo arysta

> divulgação

Jalles Machado incorpora soluções eficientes à estratégia de manejo da cana para melhorar a produção do canavial

O

Jalles Machado: Desde o início buscando alternativas para melhorar o estande do canavial 10

cultivo da Cana-de-açúcar se desta-

presente e valorizada na realidade das usinas.

ca como uma das mais antigas ativi-

Pertencentes ao Grupo Otávio Lage, a Usina

dades agrícolas do Brasil, datada de

Jalles Machado e a unidade Otávio Lage pos-

1532. Desde então, se desenvolveu, se pro-

suem 55 mil hectares ocupados com a cultura

fissionalizou, se tecnificou e se consolidou, le-

da Cana. Desde 2007, a Usina recebe suporte

vando o país à condição de líder mundial na

a campo da Arysta LifeScience para o uso de

produção da Cana.

tecnologias em defensivos agrícolas.

Nas usinas, a cada safra encontramos inves-

Para Patrícia Rezende Fontoura, gestora de

timentos em novas possibilidades de uso de

planejamento agrícola, pesquisa e desenvolvi-

tecnologias que auxiliem no ganho da pro-

mento da usina, o desafio do grupo sempre foi

dutividade.

o perfilhamento, devido aos grandes períodos

A assistência técnica no campo é uma das ferra-

de seca e ao tradicional perfil da região de solo

mentas tecnológicas de destaque cada vez mais

pouco fértil.


“Em função dos grandes desafios, desde o

de e rentabilidade na cultura da Cana. Hoje,

princípio de nossas atividades temos buscado

Dinamic e Biozyme estão entre os produtos

alternativas para melhorar o estande de nos-

mais usados na usina”, reconhece Patrícia.

texto

MUNDO CANA

sos canaviais e o fertilizante foliar Biozyme foi uma boa alternativa para obter ganhos de pro-

PRONUTIVA – O aumento da área planta-

dutividade”, diz Patrícia.

da tornou-se necessidade para os produtores

O primeiro produto da Arysta que, há seis anos,

brasileiros, assim como o alcance de máximo

passou a ser incorporado à estratégia de mane-

desempenho, produtividade e rentabilidade.

jo da usina foi o herbicida Dinamic, utilizado

Atenta a esse cenário, a Arysta LifeScience de-

no combate de plantas daninhas de difícil con-

senvolveu o conceito Pronutiva, com produtos

trole. O resultado foi o impacto significativo na

de proteção (Dinamic) e nutrição vegetal (Bio-

melhora em termos de ocupação e controle de

zyme) que oferecem ganhos na produtividade

área para desenvolvimento da Cana planta e,

da Cana-de-açúcar, ao proporcionar o suces-

consequentemente, a Cana soca.

so no estabelecimento inicial do plantio e o

Em 2010, para reforçar as ações de incremen-

consequente melhor fechamento do canavial,

to de produtividade nos canaviais da Jalles Machado, a equipe técnica da Arysta e o departamento de pesquisa da usina passaram

a

monitorar

uma área experimental com aplicação do Biozyme, reconhecido por

potencializar

o que por sua vez influencia positivamen-

Realizamos a nutrição vegetal com Biozyme em 100% do plantio convencional”

te o controle de planpelo herbicida. Essa é a estratégia que vem sendo empregada na Usina Jalles Machado. Para Patrícia Rezende, o manejo da cultura em termos de

a

nutrição e proteção é muito importante para o

como aconteceu com Dinamic, um ano depois,

sucesso de um bom plantio. “Sempre tivemos

o Biozyme, já aprovado em testes de campo,

um importante apoio de campo da equipe da

passou a ser incorporado em escalas gradativas

Arysta e foi justamente em função deste ótimo

no plantio da usina. “Atualmente, utilizamos o

relacionamento que chegamos aos bons resul-

fertilizante foliar em 100% do plantio conven-

tados. Por meio da experimentação foi possí-

cional da usina”, revela Patrícia.

vel aprender mais sobre o conceito Pronutiva e

Ela conta que o principal ganho com o uso

o posicionamento do produto, além de obter

de Biozyme é a melhoria da performance do

mais confiança para utilizá-lo”, conclui.

plantio, proporcionando maior número de

Com a integração de diferentes estratégias de

perfilho por metro e a diminuição das falhas

manejo, a gestora da usina revela que a ex-

no plantio. A aplicação, tanto no período mais

pectativa para a próxima safra prevê ganhos

seco ou mais úmido, vem sendo realizada pra-

ao redor de oito toneladas por hectare. Nessa

ticamente na mesma dosagem de, em média,

safra, a projeção é que a Jalles Machado atin-

0,4 litro/hectare.

ja a produtividade média de 76 toneladas por

“É comum avaliarmos os impactos de produti-

hectare e a produção alcance 3,3 milhões de

vidade antes de incorporar uma nova tecnolo-

toneladas.

manejo e, em ambos os produtos, pudemos constatar ganhos significativos de produtivida-

O desafio do grupo sempre foi o perfilhamento

tas daninhas realizado

brotação das mudas de Cana. Do mesmo modo

gia em escala comercial à nossa estratégia de

Patrícia Rezende:

Colaborou nesta matéria Ângelo Volpato Consultor Técnico Comercial - Goiânia (GO) 11


MUNDO CANA

Versatilidade no uso combinado de defensivos agrícolas é positiva Usina Vista Alegre aposta na sinergia de bons resultados com retorno de produtividade

O Mário Márcio e Silvio Janegitz Jr. mostram a qualidade do canavial da Vista Alegre

Grupo Tonon, que controla a Usina

Entre agosto e novembro, por exemplo, a usi-

Vista Alegre, em Maracaju (MS), tem

na opta pelo uso associado dos herbicidas Di-

se destacado por realizar trabalho di-

namic (Amicarbazone) e Lava 800 (Tebuthiu-

ferenciado e eficiente no trato e controle da

ron). Outra combinação interessante, capaz de

braquiária em áreas cultivadas com Cana-de-

levar à redução de 20% nos custos, é a mistura

-açúcar, no Mato Grosso do Sul.

de Dinamic e Dizone (Hexazinona + Diuron).

Considerado um dos mais importantes clientes

Essa estratégia é utilizada, geralmente, entre

da Arysta naquele estado, o Grupo Tonon re-

março e maio (final do período das chuvas),

conhece a versatilidade do uso combinado das

reforçando a ação de controle da braquiária e,

moléculas dos defensivos agrícolas da Arysta,

em menor proporção, em áreas de controle de

com ótimo sinergismo de resultados.

plantas daninhas de folhas largas, como a cor-

“Há três safras utilizamos Dinamic, potenciali-

da-de-viola e a mamona. “Além disso, depen-

zando a ação do produto com outras moléculas

dendo do período, é possível acrescentar um

associadas, de acordo com a flexibilidade na

terceiro produto, alcançando ótimo resultado

época de aplicação”, conta o supervisor de tra-

econômico com as misturas e mantendo retor-

tos culturais da usina, Mário Márcio Martinho.

no de produtividade plenamente satisfatório”. texto

>

Márcio acrescenta que, neste tipo de combinação, por exemplo, trabalha com dosagens de Dinamic variando entre 1 Kg por hectare (solos mais leves) a 1,4 Kg por hectare (solos mais pesados). Ele lembra que, nestas estratégias de uso combinado de defensivos agrícolas, é muito importante a usina ter histórico detalhado, levando em conta fatores como o tipo de solo, a época de aplicação, a variedade da cultura e a matologia da área. “A mensagem chave é a seguinte: produto caro é aquele que não funciona e isso, em geral, acontece quando o defensivo agrícola não é bem trabalhado, não se define o alvo do tratamento, há gargalos na execução da aplicação ou quando as recomendações na aplicação não foram inteiramente respeitadas”, argumenta o supervisor. A Usina Vista Alegre também está obtendo re-

12


MUNDO CANA sultados positivos com aplicações do fertilizante foliar Biozyme em Cana planta, mas nota que, nas áreas onde o produto foi aplicado, a rebrota da Cana soca é mais vigorosa. Segundo Martinho, o incremento proporcionado pelo produto é de 10% de produtividade no canavial. “O padrão da usina é de 109 toneladas por hectare, mas nas áreas aplicadas com o fertilizante foliar, a produtividade registrada alcançou 120 toneladas por hectare”. A novidade virá com o uso do maturador Centurion, lançado recentemente pela Arysta, que a usina começará a trabalhar mais significa-

texto

>

tivamente nesta safra. “Faremos a apuração comparativa dos resultados levando em conta

gerente agrícola da unidade, Silvio Janegitz Jr.,

os padrões utilizados pela usina e, com isso, o

revela que a capacidade instalada de moagem

produto tende a ser incorporado progressiva-

é de 2,5 milhões de toneladas/safra, com área

mente na prática de manejo de nossa unida-

de Cana de 41,3 mil hectares. A capacidade de

de”, revela Patric Araújo, supervisor de desen-

produção de etanol é de 96 mil m3/safra, de

volvimento agronômico da Vista Alegre.

açúcar 173 mil toneladas/safra e de geração

Patric revela outra ação importante feita pelo

de energia elétrica 30 Mw (Megawatts).

Grupo Tonon que é o investimento e a manutenção de mão-de-obra qualificada. Em 2012, a Vista Alegre investiu em sete treinamentos internos com empresas

parceiras,

especialmente, como a Arysta LifeScience, com a qual compartilhou o Programa Aplique Bem.

Usina Vista Alegre (MS)

Na última safra, a Vista Alegre alcançou

No uso combinado de defensivos é preciso atentar ao tipo de solo, época de aplicação, variedade da cultura e matologia da área”

2,17 milhões de toneladas

produzidas

em área de colheita de 28 mil hectares e produtividade média de 77,42 toneladas por hectare. Do total desta produção, 63% da Cana moída foram destinados à produção de açúcar e os outros 37% para etanol.

Longevidade – O Grupo Tonon também

Para o ciclo 2013/2014, a estimativa é que a

completa 50 anos em 2013. Há meio século,

unidade alcance 2,48 milhões de toneladas de

nascia um grupo familiar constituído por seis

produção e ocupe área de 38,7 mil hectares

primos-irmãos que começaram suas primeiras

(sendo 31,7 mil hectares de Cana plantada e

atividades com um pequeno alambique em

mais sete mil hectares de plantio), com a meta

Bocaina (SP), local onde hoje está instalada

de atingir a produtividade média de 81,6 to-

a Usina Santa Cândida, também pertencente

neladas por hectare.

ao grupo. Na Usina Vista Alegre, a unidade mais nova do grupo, que iniciou suas operações em 2006, o

Colaborou nesta matéria Ulisses Santos Consultor Técnico Comercial - Dourados (MS)

Grupo Tonon: Investimento e manutenção de mão-de-obra qualificada 13


MUNDO CANA

Previsão otimista e de recuperação para o setor sucroalcooleiro Análise do IEA destaca aumento de produção, recuperação de produtividade e transformações nas regiões produtoras divulgação

partamento do Instituto de Economia Agrícola. Se depender do clima na região Centro-Sul, o anúncio de aumento da produção de safra pode se confirmar. O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia, explica que, nesse ano, a estação do outono não terá ausência total nem volume alto de chuvas como ocorreu nos meses de maio e junho de 2012. Portanto, o período não será tão seco, com condições tipicamente na média para a região Centro-Sul. “Devemos ter o primeiro semestre com clima dentro da normalidade, com chuvas esporádicas e temperaturas um pouco mais baixas, sem

O

Marli Oliveira: Transformações interessantes no setor 14

indicativos de geadas, pois estamos em um ano mais recente levantamento de cam-

neutro, sem fenômenos como la niña e el niño

po do Instituto de Economia Agrícola

atuando”, avalia o agrometeorologista.

(IEA) para o setor sucroalcooleiro esti-

No Nordeste, que inicia agora o período de

ma produção de 532 milhões de toneladas na

entressafra, deverá voltar a chover em março,

safra 2012/2013. O volume é 2,60% superior

mas ainda abaixo da média de final de verão e

às previsões realizadas no início de 2012.

início de outono. O cenário, portanto, irá pro-

De acordo com o IEA, já a safra 2013/2014,

piciar, ainda que parcialmente, a recuperação

que se inicia entre março e abril, tende a ser

dos canaviais. “A quantidade de chuva no inicio

ainda melhor em produção e produtividade,

do outono não será suficiente para reverter to-

com possibilidade de superar o atual volume

talmente o quadro de seca que se acumulou ao

produzido. “O cenário que se constrói é de au-

longo de 2012 na região, especialmente por-

mento da produção associado à boa recupe-

que o déficit hídrico é muito alto e a redução de

ração da produtividade em São Paulo, maior

chuvas no Nordeste volta nos meses de junho e

polo produtor de Cana do País. Já temos usinas,

julho desse ano”, explica Marco Antonio.

por exemplo, anunciando que terão aumento

O setor também desfruta de transformações in-

da produção de Cana para a próxima safra de

teressantes, como os novos investimentos que

até 30% em alguns casos, o que ampliará a

estão avançando para outras áreas produtoras

oferta de etanol e açúcar”, afirma Marli Dias

importantes, como nos Estados de Mato Grosso

Mascarenhas Oliveira, diretora técnica do De-

do Sul, Mato Grosso e Goiás. “Na região Sul do


MUNDO CANA

tor de Cana-de-açúcar do País. No Sudeste, a forte expansão em São Paulo ocorre no Noroeste e Oeste do Estado. A expansão é evidente também nos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, bem como no Nordeste do Brasil - nos estados da Bahia e Maranhão”, revela Marli. Para o final da safra 2012/2013, a produção de açúcar deverá totalizar 34,05 milhões de

divulgação

Brasil, o Paraná já é o segundo maior produ-

Há usinas anunciando aumento de até 30% na produção de Cana para a próxima safra”

toneladas, 4,13% acima do volume projetado anteriormente. No caso do etanol, a produção

nergética gera mais de US$ 28 bilhões. O se-

estimada é de 21,33 bilhões de litros, sendo

tor, que reúne mais de 70 mil agricultores, gera

12,48 bilhões de hidratado e 8,85 bilhões de

mais de 3,6 milhões de empregos diretos e in-

anidro: crescimento de 6,63% sobre a projeção

diretos no país.

de setembro de 2012.

Embora o mercado interno continue em expan-

Do total de 532 milhões de toneladas estima-

são com o aumento das vendas de veículos flex,

das, o Estado de São Paulo será responsável

não há, ainda, reflexo no aumento do consu-

pela produção de quase 425 milhões de tone-

mo de etanol, pelo contrário, houve queda de

ladas, volume 4,6% superior ao estimado em

17,8% em relação a 2011.

2010/11. Destaque também para o aumento

“Em contrapartida, a lacuna de consumo de

em 2,9% da produtividade paulista (média de

etanol foi suprida pelo aumento da gasolina.

79,3 t/ha), devido às condições climáticas fa-

E com o aumento do percentual de etanol mis-

voráveis. Em relação à área total cultivada, o

turado à gasolina de 20% para 25%, a partir

crescimento foi de 3,5%, enquanto a área para

do dia 1º de maio, o cenário pode melhorar”,

corte registrou expansão de 1,6%.

destaca Marli.

“Esse aumento é atribuído, particularmente,

Já as exportações de etanol tiveram acréscimo de

à ampliação dos níveis de reforma dos cana-

26,7% em relação a 2011, mas bem aquém do

viais, o que impacta na diminuição da idade e

volume exportado em 2006 e 2008, quando o

promove produtividade superior. O crescimen-

país bateu recorde de volume de exportação de

to não retoma os números históricos das safras

etanol com 3,5 bilhões de litros exportados. Para

passadas, mas já é um avanço que sinaliza recu-

o açúcar, o cenário é diferente, com queda de

peração”, diz Marli Mascarenhas.

15,6% nas vendas em 2012, em relação a 2011.

Outra transformação relevante observada pelo

“As exportações de açúcar devem continuar em

IEA é a grande mudança estrutural do segmento

alta neste primeiro trimestre de 2013, puxadas

nos últimos anos, que vem alterando o perfil cul-

por embarques de negócios fixados quando os

tural e corporativo da indústria sucroalcooleira

preços estavam mais altos e pela necessidade

energética, com a entrada de grupos estrangeiros

de escoar a produção excedente da atual safra.

e também a chegada da indústria petrolífera.

A commodity passa por um momento delicado,

Marco Antonio (Somar Meteorologia): Primeiro semestre com clima dentro da normalidade

uma vez que a expectativa de grande safra no Mercado interno versus exportação

Brasil vem pressionando as cotações internacio-

Os números mostram que o agronegócio su-

nais do açúcar”, completa.

croalcooleiro nacional fatura, direta e indiretamente, R$ 40 bilhões por ano, o equivalente a 2,35% do PIB nacional. Já a cadeia sucroe-

Colaborou nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Gerente de Produtos e Mercado Cana 15


MUNDO CANA

Vocação canavieira une Brasil, México e Colômbia Eficiência produtiva da Colômbia, aumento de investimentos no Brasil e crescimento das exportações no México refletem cenário aquecido do mercado na américa latina 25% da produção global e 50% da exportação mundial e, como o 2º maior produtor mundial de etanol, detém 20% da produção mundial e 20% da exportação global. Segundo a FAO (Food Agriculture Organization), a Cana-de-açúcar ocupa, no mundo, área em

O

torno de 22 milhões de hectares, com produção setor sucroalcooleiro nacional tem im-

total de 155,7 bilhões de toneladas. Dos 121

portantes desafios nos próximos anos

países produtores, 15 possuem juntos 86% da

com foco no aumento da produção,

área e 87% da produção. São eles: Brasil, Índia,

produtividade, eficiência e retomada de inves-

China, Tailândia, Paquistão, México, Cuba, Co-

timentos. São metas ambiciosas para garantir

lômbia, Austrália, EUA, Filipinas, África do Sul,

a expansão da indústria e confirmar o cenário

Argentina, Mianmar e Bangladesh.

favorável da produção de açúcar e etanol no

Além do Brasil, a Arysta LifeScience está presen-

próximo ciclo 2013/14.

te no México e na Colômbia, importantes países

De acordo com a presidente da Única (União da

com vocação sucroalcooleira e que despontam

Indústria de Cana-de-Açúcar), Elizabeth Farina,

como grandes inovadores e disseminadores de

a expansão do mercado mundial de açúcar e ál-

novas tecnologias.

cool tem estimulado o aumento de investimentos internos. No período entre 2006 e 2009,

México - Sexto maior produtor mundial de

foram mais de US$ 20 bilhões direcionados ao

Cana, o México tem no açúcar seu principal

setor e outras captações semelhantes já estão

produto agrícola. Sua produção de açúcar para

em curso para as próximas safras.

a safra 2012/13 segue na expectativa de ligei-

Nesse cenário, o Brasil segue absoluto no topo

Açúcar e Álcool:

ro aumento de 2% em relação à safra passada,

do ranking mundial dos maiores países produ-

com a estimativa de alcançar 5,45 milhões de

tores de Cana-de-açúcar e como a principal na-

toneladas, ante as 5,34 milhões de toneladas

ção na implantação em larga escala do etanol,

da safra anterior.

Expansão do mercado mundial tem estimulado aumento de investimentos internos

combustível renovável alternativo ao petróleo.

Já a previsão de exportação de açúcar mexi-

Atualmente, o Brasil é também o maior expor-

cano nesta próxima safra é de, aproximada-

tador mundial de açúcar e álcool, exercendo

mente, 1,4 milhão de toneladas, superando os

forte influência na determinação dos preços in-

embarques da safra 2011/12, de 1,15 milhão

ternacionais destas commodities. Como líder na

de toneladas. O consumo interno mexicano de

produção mundial de açúcar, o país concentra

açúcar para alimentação doméstica e industrial

16


também deve registrar crescimento, superando 5 milhões de toneladas/ano. O Comitê Nacional Mexicano para o Desenvolvimento Sustentável da Cana-de-Açúcar (Conadesuca) aponta que a área de plantio, nesta safra, ocupa cerca de 760 mil hectares, pequeno aumento em relação a 2011/12, e que de-

MUNDO CANA

A Cana ocupa área de 22 milhões de hectares no mundo, com produção total de 155,7 bilhões/t”

penderá das condições climáticas, mudanças de custos de produção e do nível de investimento

O consumo interno de açúcar está estimado em

contínuo por parte das usinas.

1,64 milhão de toneladas.

O setor bioenergético mexicano reúne mais de

Atualmente, a Colômbia tem 13 usinas de açú-

50 usinas em 15 diferentes estados, com desta-

car, todas localizadas no Valle de Cauca. Em

que ao Estado de Veracruz. No total, a atividade

2011, por exemplo, a área de Cana plantada na

gera número superior a 1 milhão de empregos.

região foi calculada em 239 mil hectares. Desse total, 20% são dedicados à produção de etanol,

Colômbia - A Colômbia destaca-se como a oi-

que ocorre em cinco das 13 usinas de Cauca.

tava maior fornecedora de açúcar no mundo e

Aproximadamente 70 mil propriedades (entre

está entre as mais eficientes produtoras de Cana

fazendas e unidades de arrendamentos de todos

da América Latina, com 120 toneladas por hec-

os portes) destinam áreas de plantio e empre-

tare. Nos últimos anos, o Centro de Pesquisa de

gam mais de 120 mil produtores em todo o país.

Cana-de-Açúcar da Colômbia (Cenicaña) tem

Em 2013, a produção de etanol deve regis-

trabalhado no desenvolvimento de programas

trar novo aumento de 300 mil litros por dia,

de manejo e gestão da terra por áreas específi-

impactando, inclusive, na exportação de açúcar.

cas para aumentar a produtividade. A indústria

Três novos projetos estão em desenvolvimento

sucroalcooleira espera que, com essa iniciativa,

no país e gerarão acréscimo na produção de

seja possível alcançar incremento significativo

1,05 bilhão de litros/ano, com a meta de atingir

na produção de Cana, saltando das atuais 120

2,2 bilhões de litros/ano a partir de 2014.

toneladas por hectare/ano para 160 toneladas

A Arysta LifeScience tem fábrica nos três paí-

por hectare/ano, a partir de 2020, o que a leva-

ses. Assim como no Brasil, possui, no México

rá ao topo no ranking dos países recordistas em

e na Colômbia, equipe de atendimento dedi-

produtividade média.

cada, assistência técnica e oferta de produtos

Na safra 2012/2013, a produção estimada de

para a cultura da Cana.

açúcar colombiano é de 2,31 milhões de toneladas, número equivalente ao da safra anterior.

Colaborou nesta matéria Arysta LifeScience América Latina

17


MUNDO CANA

Arysta reúne setor produtivo para o lançamento de Centurion Mais de 75 usinas do país prestigiam evento “ENERGIA EM ALTA” em SP vas, reunindo público superior a 100 pessoas

FOTOS: arquivo arysta

altamente tecnificadas. Na abertura do evento, Antonio Carlos Costa, Diretor de Marketing da Arysta para a América Latina, destacou a importância do mercado de Cana para a empresa, que investe cada vez mais em sua equipe, hoje composta por 35 profissionais; e na pesquisa e desenvolvimento de mercado para estar presente, com soluções de qualidade, em todas as fases da cultura. Já o Gerente de Produtos e Mercado Cana da Arysta, José Renato Girotti Gambassi, salientou a importância de uma parceria equilibrada entre usinas e indústria para desenvolvimento e uso de novas tecnologias em defensivos agrícolas. “Conseguimos reunir nesse encontro uma seleta plateia de representantes de vários segmentos do setor sucroalcooleiro do Brasil, o que nos dá muita honra em trocar experiências bem sucedidas de tecnificação no campo. Isso porque são os produtores os principais realizadores e responsáveis para que novas tecnologias cheguem ao campo com a proposta de melhorar os índices econômicos e produtivos

A Lançamento Centurion: Produto aumenta rentabilidade da atividade 18

da lavoura”, disse Gambassi. Arysta LifeScience acaba de apresentar

Com o tema “Energia em Alta”, conceito que

ao setor sucroalcooleiro o maturador

simboliza o poder da sacarose, a apresentação

Centurion, capaz de potencializar os

sobre o maturador Centurion focou na capa-

níveis de ATR (açúcar total recuperado - saca-

cidade do produto em aumentar os níveis de

rose) e aumentar a rentabilidade da atividade.

açúcar, entregando mais vitalidade para a in-

O produto, que passa a integrar o portfólio da

dústria da Cana em menor tempo. Centurion

empresa para o mercado de Cana-de-açúcar,

trabalha no processo de antecipação da ma-

foi lançado em grande estilo no dia 21 de fe-

turação da Cana no início da safra ou como

vereiro, em São Paulo, para mais de 75 usinas

mantenedor da maturação no final da safra

de diferentes estados, além de fornecedores,

(aplicação entre 15 a 45 dias antes do corte).

distribuidores e representantes de cooperati-

“Trata-se de um defensivo de alta eficiência e


MUNDO CANA amplamente testado a campo, que entra para

Na exposição de seu case de sucesso, Bombo-

a linha de produtos inovadores da Arysta, que

natti apresentou comparativos das avaliações

aposta e investe forte no setor canavieiro”,

feitas em maio de 2012 entre a área testemu-

completa José Renato.

nha e a área tratada, como a realizada na Fa-

Presente no evento, Celso Luiz Martins Arakaki,

zenda São Francisco, em Colina (SP), onde foi

gerente agrícola da Alcoeste Destilaria, de Fer-

utilizada a variedade RB 86 7515. De acordo

nandópolis (SP), acredita que Centurion é uma

com o experimento, em 17 dias após aplicação

ferramenta indispensável para alcançar o teor

com o maturador Centurion, o ganho obtido

de sacarose ideal. De acordo com Arakaki, é

foi de 9,2% em relação ao lote testemunha

fato que o setor canavieiro está usando cada

com 107 Kg/ATR por tonelada; e aos 36 dias

vez mais maturadores químicos para aumentar a rentabilidade e alcançar níveis desejáveis do ATR, e com a qualidade esperada pela indústria. “Como estamos começando muito cedo a safra - este ano inicia-

Centurion aumenta os níveis de açúcar entregando mais vitalidade para a indústria da Cana”

de aplicação, o ganho foi de 31,3% em relação ao lote testemunha, de 106,4 Kg/ATR por tonelada. No comparativo com a média histórica da usina, que é de 111,4 Kg/ ATR por tonelada para o período, com ganho médio de 18,7%, hou-

remos em abril, a Cana

ve ganho, ao final de 36 dias de maturação, de

e é aí que entra o uso de maturadores quími-

22,1 Kg/ATR por tonelada.

cos, trabalhando a favor dessa otimização do

“Com certeza este é um produto novo e dife-

ATR”, diz.

renciado que veio para ficar. Seus ganhos são

Arakaki revela que, na última safra, uma área

comprovadamente garantidos segundo as prá-

de quatro mil hectares recebeu a aplicação do

ticas de manejo recomendadas e já na segun-

Centurion e, para este ano, a meta é chegar a

da semana posterior à aplicação, os ganhos de

cinco mil hectares com o produto.

ATR começam a aparecer”, completou Bom-

Angelo Eduardo Bombonatti, responsável pela

bonatti.

área técnica de defensivos agrícolas da Usina

Também palestrante do evento, o engenheiro

Viralcool, do Grupo Irmãos Tonielo, de Vira-

agrônomo Antonio Marcos Iaia, responsável

Angelo Bombonatti: Resultados positivos com novo maturador >

acaba não chegando ao teor ideal de sacarose

douro (SP), participou do evento apresentando os resultados obtidos com experimentações a campo feitas com o maturador Centurion, entre 2011 e 2012. Nesse período, foram aplicadas áreas significativas e a expectativa para a safra 2013/2014 é partir para volume comercial mais abrangente. “Fizemos a aplicação aérea de Centurion entre 15 e 45 dias antes da colheita e já com 17 a 20 dias tivemos resposta rápida no incremento do ATR e, mesmo depois de 30 dias da aplicação, continuamos com ganhos nos resultados”, destacou.

19


MUNDO CANA pelo Programa de Melhoramento Genético da

do os canaviais da região Centro-Sul e, conse-

Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento

quentemente, o teor de ATR, que é a principal

Sucroenergético de Mato Grosso (Ridesa-MT),

forma de pagamento pela qualidade da cana.

falou sobre o uso de maturadores químicos na

“É exatamente um maturador químico como

cultura da Cana-de-açúcar em situação de clima

Centurion que pode ser utilizado como com-

seco ou úmido.

plemento da estratégia de manejo da usina

O pesquisador destacou algumas das diversas

nesse processo de incremento da industrializa-

características desejáveis do maturador. Por

ção da safra”, pontuou Antonio Marcos Iaia.

exemplo, a vantagem de manter a brotação da

Os participantes também puderam acompa-

soqueira e ação rápida de absorção foliar, devido a sua baixa interferência no desenvolvimento vegetativo da planta após a aplicação e seu tempo de carência reduzido, aumentando a ação do produto e melhorando a qualidade da matéria-prima.

especialista em merca-

Na aplicação aérea do Centurion, entre 15 a 45 dias antes da colheita, já tivemos uma resposta rápida no incremento do ATR”

Por outro lado, salien-

Público selecionado superior a 100 profissionais no evento “Energia em Alta”

nhar a apresentação do do de açúcar e etanol Andy Duff, do Food & Agribusiness do

Research

Rabobank

Brasil,

que ministrou a palestra “Perspectivas para o setor de Cana, Açúcar e Etanol no Brasil e no Mercado de Exportação”. O especialista destacou

a

crescente

>

tou alguns fatores que podem interferir na

curva mundial no consumo do etanol e falou

eficiência do produto, como a quantidade de

sobre as perspectivas para o Brasil nos próximos

massa do canavial, características da varieda-

anos. “Considero um retrato mais animador em

de, idade da planta, precipitação, superdosa-

longo prazo. O foco será de concentração na

gem e sobreposição de faixa e canaviais com

produtividade com o uso intensivo de tecno-

acamamento.

logias ao invés da multiplicação de unidades.

O agrônomo lembrou, por exemplo, que entre

O que importará não será mais a quantidade e

as safras recentes, a de 2009/2010 foi uma das

sim a eficiência das usinas”, disse.

mais chuvosas, o que acabou comprometen-

Com intensa programação técnica, o evento permitiu aos participantes a troca de experiências, conhecimento e relacionamento entre as usinas, que tiveram a oportunidade de conhecer como diferentes regiões estão trabalhando as tecnologias e obtendo ganhos de produtividade. Atualmente, o mercado de cana representa 25% dos negócios da Arysta, que detém 4% do mercado nacional de defensivos agrícolas. Com um de seus principais produtos para Cana-de-açúcar, Dinamic, está presente em 15% de toda a cana plantada no País, o equivalente a 1,3 milhão de hectares.

Colaboraram nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Gerente de Produtos e Mercado Cana e Caio Giusti - Gerente do Centro de Negócios Cana 20


MUNDO CANA

Brasil pode colher a maior safra de Cana de sua história Clima e investimentos em renovação contribuem para o aumento da produtividade

se total, com safra esperada em quase

das da China, Indonésia e outros países.

60 milhões de toneladas no Nordeste,

Estima-se, inclusive, que já neste ano, a

o Brasil colherá a maior safra de Cana

Indonésia pode se tornar o maior im-

da história, de cerca de 640 milhões de

portador mundial, com mais de 3 mi-

toneladas. O volume, porém, ainda está

lhões de toneladas. Suas importações

aquém do potencial de consumo exis-

estão crescendo 10% ao ano. Como

tente na frota flex e do necessário para

sempre, resta torcer pelo consumo, uma

voltarmos a conquistar mais de 50% do

vez que o mundo deve crescer mais em

mercado mundial de açúcar.

2013 que no conturbado ano de 2012.

Tanto o clima como os investimentos

A produção de etanol na safra que se

feitos em renovação vêm contribuindo

encerra no Centro-Sul foi de pouco

para que possamos ter melhor produti-

mais de 21 bilhões de litros, quase 4%

produção da safra de Cana

vidade, alcançando patamares próximos

a mais que no ciclo anterior. Foram

2012/2013, encerrada em li-

de 80 toneladas/hectare, o que, conse-

quase 9 bilhões de litros no anidro (cer-

geira recuperação, traz previ-

quentemente, levará a alguma redução

ca de 18% a mais que em 11/12) e 12

sões otimistas sobre a próxima safra.

nos custos de produção, que se torna-

bilhões para o hidratado. Foi uma safra

A moagem no Centro-Sul, de aproxi-

ram insustentáveis nos últimos anos.

em que 50,3% da Cana foram destina-

madamente 540 milhões de tonela-

Existe previsão de superávit de cerca

dos ao etanol.

das, reflete crescimento ao redor de

de 7 milhões de toneladas no mercado

Há boas perspectivas de continuar a ex-

7% em relação à safra anterior, porém,

mundial de açúcar, que deve contri-

portação de etanol para os EUA, merca-

com produtividade 1% menor em ATR.

buir para manter os preços próximos

do de quase 50 bilhões de litros, onde o

Diante desse cenário, a próxima safra

a US$ 20 cents/libra peso. O consu-

Brasil ocupou pouco mais de 3 bilhões de

de Cana (2013/2014), que se inicia

mo segue forte na Ásia, devido ao seu

litros em 2012, representando importan-

em abril/maio deste ano, deve chegar

crescimento econômico e urbanização,

tes US$ 2,2 bilhões na balança comercial

a 580/590 milhões de toneladas. Des-

e devemos ter boas importações vin-

nacional. Especialistas em clima dizem

Artigo por Marcos Fava Neves*

A

21

>


MUNDO CANA que a seca que atingiu a área produtora

ainda que remota, de racionamento de

2013. Tal como se observou no setor de

de milho americana em 2012 será mais

energia no Brasil. Talvez esse risco de

suco de laranja, carne bovina e frango,

frequente e os estoques de grãos estão re-

apagão e o enorme custo político que

é uma empresa do Brasil avançando na

lativamente baixos, o que deverá manter

isso trará possa sensibilizar o governo

comercialização mundial.

os preços do milho em patamares mais

para a questão da eletricidade vinda da

Uma boa notícia é que a mecanização

altos. O USDA estima produção de eta-

Cana. Estima-se que o setor possa, hoje,

já atingiu 85% da colheita e 53% do

nol 10% menor nos EUA, em 2013, algo

fornecer 6,5 mil Mw, mas oferece cerca

plantio no Centro-Sul do Brasil. De

próximo a 12,6 bilhões de galões, abrin-

de 10% desse potencial. O impressio-

acordo com o Centro de Tecnologia

do importante janela para a colocação

nante é que em toda a crise que aí está

Canavieira (CTC), o setor de Cana já

de etanol brasileiro.

colocada pouco se fala da capacidade do

investiu R$ 14 bilhões neste processo,

De tal forma, acredito que um impul-

setor sucroenergético de suprir uma Itai-

o que mostra o compromisso da Cana

so no etanol e uma safra bem mais

pu ou três Belo-Montes.

com o setor público e com a moderni-

alcooleira, pode interferir já nos preços

Com todas as dificuldades existentes,

dade, mesmo que a um custo e com

do açúcar e trazê-los de volta a patama-

foi anunciado pela Adecoagro um

perdas elevadas de produtividade, que

res remuneradores, o que seria um alen-

greenfield para processar 4 milhões

foram totalmente absorvidas pelo se-

to para o setor e para as exportações.

de toneladas de

Outro fator que deve ser favorável é

Cana,

que a Índia está iniciando um programa

de de Ivinhema

de adição de 5% de etanol em sua ga-

(MS). O grupo,

solina, o que também pode contribuir

que espera moer

para a redução na oferta de Cana.

9,3 milhões de to-

No tocante à cogeração, estamos mais

neladas em 2014,

uma vez frente a uma possibilidade,

obteve

na

cida-

financia-

mento do BNDES, na casa de US$

tor privado. Para

acredito que su-

Podemos alcançar 640 milhões de toneladas com as safras do Centro-Sul e Nordeste”

divulgação

480 milhões. É

>

* MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat 22

concluir,

peramos o fundo do poço no primeiro

semestre

de 2012 e que 2013

será

me-

lhor. Com o recente

anuncio

do aumento da

um sinal de que os investimentos estão

gasolina e da mistura do etanol para

voltando. O BNDES também deu de-

25%, haverá maior consumo do hidra-

clarações que espera para 2013 a volta

tado em quase 2 bilhões de litros. Mais

de investimentos. Não é possível que

benefícios serão colhidos na balança

um setor tão crucial para o desenvolvi-

comercial brasileira, pois substituire-

mento brasileiro tenha tido, em 2012,

mos gasolina importada com produto

desembolso pelo BNDES de R$ 4,2 bi-

nacional e aumentaremos os preços

lhões, quase 30% a menos que o valor

do açúcar no mercado mundial, rece-

investido em 2011.

bendo mais pelas nossas exportações.

Vale destacar também os movimentos

Pode-se até receber o mesmo volume

feitos pela Copersucar, que com sua

de recursos exportando menor quanti-

controlada trading Eco-Energy nos EUA,

dade de açúcar. Fora isso, trará a reto-

já conta com quase 20 usinas (com con-

mada de investimentos, revigorando o

tratos de exclusividade na comercia-

setor de bens de capital, gerando em-

lização do etanol). Um volume de 10

pregos e desenvolvimento no interior

bilhões de litros levou a empresa a ter

do Brasil.

participação mundial de 12% no etanol comercializado em 2012, devendo chegar a 12,5 bilhões de litros em

Colaborou nesta matéria José Renato Girotti Gambassi Gerente de Produtos e Mercado Cana


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