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Troup'O

EQUIPAMENTO| VACAS LEITEIRAS TROUP’O EM SISTEMA COLABORATIVO

A EMPRESA MPL VET É UMA UTILIZADORA DA APLICAÇÃO TROUP’O. ENTREVISTÁMOS O SEU GESTOR, NUNO TAVARES, MÉDICO VETERINÁRIO, PARA SABER A SUA OPINIÃO SOBRE O USO DESTA FERRAMENTA NA GESTÃO DE VÁRIAS EXPLORAÇÕES. Por Ruminantes | Fotos MPL Vet

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Aempresa MPL Vet é utilizadora da aplicação Troup’O desde o início do ano. Entrevistámos o seu gestor, Nuno Tavares, médico veterinário, para saber que opinião tem sobre o uso desta ferramenta na gestão das várias explorações a que a MPL Vet presta serviço. Nuno Tavares era utilizador da aplicação anterior a esta, a Isaleite.

O que é a MPL Vet? É uma empresa de prestação de serviços veterinários. Somos 4 veterinários e 1 administrativo. Trabalhamos essencialmente com bovinos de leite e alguma coisa com bovinos de carne. Pontualmente fazemos clínica e cirurgia de pequenos ruminantes e suínos. Grande parte do nosso trabalho é na área da reprodução, mas fazemos também inseminação artificial, implantação de embriões, assim como clínica e cirurgia mesmo em explorações que não sejam nossas clientes de reprodução. Recentemente começámos também intervir na área da qualidade do leite, com base nos princípios

Com a aplicação Troup’O todos os veterinários da empresa prestadora de serviços podem aceder à plataforma a qualquer momento, a partir de qualquer sítio, para consultar os dados dos efetivos das várias explorações ou para inserir dados. da cultura “on farm” Accumast ® que permite respostas rápidas (24 a 48 horas) a situações que podem, ou não requerer a utilização de antibióticos, como pode ser o diagnóstico de uma mastite.

Na MPL Vet, cada veterinário tem os seus clientes? Não. Todos temos acesso à informação de todos os nossos clientes, e foi por isso que adotámos o Troup’O. Antes usávamos várias ferramentas improvisadas para fazer o trabalho que hoje realizamos apenas com esta aplicação. Qualquer um de nós pode visitar as explorações a quem a MPL Vet presta serviços, a qualquer altura, e pode ter acesso a toda a informação disponível sobre as mesmas.

Que melhorias tem o Troup’O em relação ao Isaleite? Com o Isaleite, apenas um de nós conseguia trabalhar no programa. Com o Troup’O qualquer um pode fazê-lo, bem como aceder à informação. Esta é uma grande vantagem, a partilha da informação em tempo real

"COM O ISALEITE, APENAS UM DE NÓS CONSEGUIA TRABALHAR NO PROGRAMA. COM O TROUP’O QUALQUER UM PODE FAZÊ-LO, BEM COMO ACEDER À INFORMAÇÃO."

entre nós, e com os produtores. O modo cloud, através do qual se tem acesso aos dados em qualquer local, veio facilitar o uso desta aplicação na versão colaborativa, ao ter permitido a criação de uma série de funcionalidades antes não disponíveis, como sejam: a utilização simultânea por vários utilizadores, ou por várias empresas; a gestão de perfis de utilizadores; poder ter várias pessoas a trabalhar em simultâneo no mesmo dossier e na mesma aplicação.

Para que efeitos utilizam o Troup’O? Na área da reprodução, para a importação dos dados do contraste leiteiro para o programa, e agora também na área da saúde animal.

É importante o apoio técnico da Isagri para maximizar o potencial da aplicação? É de extrema importância porque no plano das tecnologias da informática e informação as possibilidades de evolução são grandes. Temos processos que queremos agilizar e tornar mais eficazes, e podemos consegui-lo com o apoio da Isagri. Estes programas não são estanques, vão evoluindo a partir do feed-back dos utilizadores.

Na prática, como se processa todo o trabalho de recolha e análise dos dados de uma exploração? Naquilo que é o dia a dia do controlo reprodutivo, acho que o suporte de papel ainda vai perdurar. Muitos trabalhos que fazemos no meio dos animais não são propriamente limpos e por vezes pode ser mais prático fazer alguns registos em papel, ainda que o Troup’O permita o registo imediato na aplicação. O que fazemos atualmente é passar os registos em papel para o smartphone, o tablet ou o portátil.

Que dimensão têm as explorações que trabalham convosco? As vacarias com que trabalhamos têm, no mínimo, 40 a 50 vacas e, no máximo, 150 a 200 vacas, em ordenha.

O Troup’O é fácil de usar por um novo utilizador, é intuitiva? Sim, como se costuma dizer é bastante userfrendly. Acho que essa é uma característica das aplicações desenvolvidas pela Isagri. Já a aplicação anterior era intuitiva e o Troup’O ainda é mais, para além de que nos permite personalizar a sua utilização. No que se refere à consulta e introdução de dados é mesmo muito intuitiva.

Que tipo de mapas e informação disponibilizam aos clientes? Aqueles que estão mais relacionados com a nossa área de atividade, que se referem ao controlo reprodutivo, ou seja, a listagem do total do efetivo e o estado reprodutivo dos animais, se estão inseminadas, paridas, gestantes ou vazias. A atualização é feita ao dia da visita. Fornecemos aos produtores o estado do animal no dia reprodução, uma listagem da previsão de partos a 120 dias e das secagens para o mês corrente. Apresentamos os dados do Troup’O, com uma aparência mensal, de como o efetivo se comportou nos meses anteriores, com dados referentes a dias em leite do efetivo, intervalo entre partos, taxa de conceção e taxa de conceção à primeira inseminação, número de inseminações por vaca gestante, entre outros.

Faz benchmark entre as várias explorações a que dão suporte? Esta aplicação permite, mas nós só fazemos pontualmente nalgum parâmetro muito concreto. A nossa abordagem consiste, com base no conhecimento dos dados concretos duma determinada exploração, num determinado momento, compará-los com os parâmetros reprodutivos ótimos que conhecemos e com aqueles que nos propusemos alcançar com o produtor no controlo reprodutivo do efetivo das explorações. Com o Troup’O conseguimos alcançar estes objetivos.

Que tipo de indicadores utiliza para monitorizar se o negócio está no bom caminho? Para mim, o principal indicador é nº de litros de leite vendidos por vaca presente. Em termos reprodutivos considero vários: a taxa de prenhez (25 a 30%), a taxa de concepção à 1ª inseminação (ideal nas vacas - 50%), o intervalo entre o parto e a inseminação fecundante, e a taxa de refugo.

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