5 minute read

Forragens

Next Article
Produto

Produto

FORRAGENS | CULTURAS EXTENSIVAS CONTROLO PRECOCE DAS INFESTANTES NO MILHO

O CONTROLO PRECOCE DAS INFESTANTES É ESSENCIAL PARA PROTEGER A CULTURA DO MILHO E OBTER MAIOR RENDIMENTO POR HECTARE NA COLHEITA, PARTICULARMENTE EM SEMENTEIRAS PRECOCES. Por Equipa Syngenta Portugal

Advertisement

Para as plantas de milho jovens, as infestantes não são apenas um concorrente indesejável, por água, nutrientes e luz, mas também condicionam os mecanismos de desenvolvimento da cultura, levando-a a concentrar a maior parte da energia na emissão de folhas e caules, em detrimento do desenvolvimento das raízes. Este instinto de “sobrevivência” do milho pode comprometer irremediavelmente o seu potencial de produção, mesmo que as infestantes sejam eliminadas após a sua emergência.

Sabe-se que as infestantes com mais de 5 cm competem com a cultura pelos recursos (água, nutrientes, luz) de que esta precisa para crescer, levando a um impacto negativo no desenvolvimento do milho que pode reduzir a sua produtividade.

Atualmente, os cientistas são unânimes em dizer que, para evitar perdas de produção superiores a 5%, deve manter-se o milho livre de infestantes desde a terceira até à oitava folha da cultura. As perdas por concorrência com as infestantes nas primeiras etapas são irreversíveis e não se podem recuperar através da eliminação das infestantes numa fase mais avançada do ciclo cultural.

Um estudo recente mostra que a concorrência pelos recursos não é a única causa das perdas de produção que acontecem no início do desenvolvimento da cultura.

O Professor Clarence J. Swanton, da Universidade de Guelph, em Ontário (Canadá), avaliou o impacto das infestações precoces de infestantes na produtividade do milho. A pesquisa foi iniciada depois deste investigador observar perdas de produção em campos de milho, com abundância de humidade e nutrientes, e em situações onde as infestantes não eram suficientemente altas para tirar a luz ao milho.

Qual seria então a razão para as perdas de produção quando as infestantes estavam presentes na fase de emergência do milho?

O milho acelera o desenvolvimento da parte aérea e reduz a emissão de raízes.

Sabe-se que a presença de infestantes reduz o desenvolvimento das raízes do milho e isto pode resultar na perda de produção. Tendo em conta a fisiologia das plantas do milho, Clarence J. Swanton sugere que o desenvolvimento normal das raízes é inibido por uma mudança nas características da luz causada pelas infestantes que emergem ao mesmo tempo que o milho.

Nas folhas do milho são os recetores de luz (fitocromos) que detetam as mudanças na luz. Quando as infestantes emergem ao mesmo tempo que a cultura, os fitocromos contidos nas células das plantas do milho identificam a categoria particular de frequências de luz refletida pelas infestantes, levando as plantas do milho a adotar uma estratégia de crescimento para evitar a sombra, emitindo um caule mais alto e folhas maiores (fotos A e B).

À primeira vista isto parece positivo mas, na realidade, um sistema radicular forte é essencial para o desenvolvimento da planta do milho em todo o seu ciclo de vida e, caso a maior parte da energia da planta

seja aplicada no desenvolvimento da parte aérea em detrimento das raízes, o máximo potencial de produtividade da cultura fica comprometido.

Esta descoberta explica por que o milho afetado pela concorrência das infestantes nas primeiras etapas de desenvolvimento nunca demonstra todo o seu potencial de produção, mesmo que as infestantes sejam eliminadas após a emergência da cultura e esta seja alvo de uma adequada estratégia de nutrição.

O IMPACTO SOBRE A ORIENTAÇÃO DAS FOLHAS

Esta investigação também pôs em relevo o impacto das infestantes na direção e orientação das folhas de milho. Nos testes descobriu-se que, na ausência de infestantes, uma maior percentagem de folhas de milho cresce perpendicular às linhas, resultando numa cobertura mais rápida da entrelinha; num melhor desenvolvimento das plantas e na eliminação mais eficaz das infestantes na entrelinha. Por outro lado, onde há mais infestantes o milho percebe a sua presença através da mudança de luz refletida e produz mais folhas orientadas em paralelo à linha, o que resulta num atraso na cobertura da entrelinha e numa menor capacidade para fazer sombra às infestantes (fotos C e D).

CONTROLO PRÉ-EMERGÊNCIA CONTROLO PÓS-EMERGÊNCIA

Dos estudos sobre a concorrência precoce das infestantes, pode concluir-se que: - as infestantes causam danos à colheita, contrariamente ao que se pensava até agora; - as infestantes não controladas, que emergem juntamente com a cultura, produzem uma perda de produção significativa e irreversível; - o controlo precoce das infestantes é

importante, porque estas afetam a qualidade da luz que incide sobre as plantas do milho; - o controlo das infestantes antes do desenvolvimento da raiz do milho é um passo crucial para maximizar o potencial produtivo da cultura, o que confirma a necessidade de um controlo herbicida eficaz na pré-emergência.

Foto A: Reflexo da luz num campo sem infestantes V/VD = 1,2

Foto B: Reflexo da luz num campo com infestantes V/VD = 0,1 a 0,9

As infestantes modificam a relação V/VD entre as frequências de radiação da luz vermelha e vermelho distante (Swanton, 2009)

IMPACTO DAS INFESTANTES NA FLORAÇÃO DO MILHO E NO NÚMERO DE GRÃOS POR MAÇAROCA

A concorrência das infestantes nas primeiras etapas de crescimento do milho é uma forma de stress que tende a atrasar o desenvolvimento natural da cultura e que pode afetar negativamente os parâmetros de produção do milho.

As infestantes podem causar um atraso da floração do milho, o que por sua vez provoca um atraso ainda mais pronunciado no momento da colheita, dando lugar a dificuldades operativas no campo e a riscos acrescidos de danos no grão, por exemplo, por ataques de piral ou formação de micotoxinas.

Por outro lado, os estudos científicos comprovam que as plantas do milho “programam” o tamanho futuro da maçaroca quando estão no estado de 7 a 10 folhas, pelo que é muito importante que nesta etapa a cultura não seja afetada por stress ou danos de nenhum tipo.

Ensaios realizados pela Syngenta comprovam que o stress provocado na cultura pela presença de infestantes pode resultar em menor número de grãos por maçaroca e, por conseguinte, numa queda de produção.

Por estas razões, é importante proteger o milho da melhor maneira desde o início da concorrência das infestantes.

A Syngenta dispõe de uma completa gama de soluções herbicidas para a cultura do milho para um controlo eficaz das infestantes desde as fases mais precoces do ciclo de desenvolvimento da cultura.

This article is from: