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Forragens
by RUMINANTES
FORRAGENS | CULTURAS EXTENSIVAS CONTROLO PRECOCE DAS INFESTANTES NO MILHO
O CONTROLO PRECOCE DAS INFESTANTES É ESSENCIAL PARA PROTEGER A CULTURA DO MILHO E OBTER MAIOR RENDIMENTO POR HECTARE NA COLHEITA, PARTICULARMENTE EM SEMENTEIRAS PRECOCES. Por Equipa Syngenta Portugal
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Para as plantas de milho jovens, as infestantes não são apenas um concorrente indesejável, por água, nutrientes e luz, mas também condicionam os mecanismos de desenvolvimento da cultura, levando-a a concentrar a maior parte da energia na emissão de folhas e caules, em detrimento do desenvolvimento das raízes. Este instinto de “sobrevivência” do milho pode comprometer irremediavelmente o seu potencial de produção, mesmo que as infestantes sejam eliminadas após a sua emergência.
Sabe-se que as infestantes com mais de 5 cm competem com a cultura pelos recursos (água, nutrientes, luz) de que esta precisa para crescer, levando a um impacto negativo no desenvolvimento do milho que pode reduzir a sua produtividade.
Atualmente, os cientistas são unânimes em dizer que, para evitar perdas de produção superiores a 5%, deve manter-se o milho livre de infestantes desde a terceira até à oitava folha da cultura. As perdas por concorrência com as infestantes nas primeiras etapas são irreversíveis e não se podem recuperar através da eliminação das infestantes numa fase mais avançada do ciclo cultural.
Um estudo recente mostra que a concorrência pelos recursos não é a única causa das perdas de produção que acontecem no início do desenvolvimento da cultura.
O Professor Clarence J. Swanton, da Universidade de Guelph, em Ontário (Canadá), avaliou o impacto das infestações precoces de infestantes na produtividade do milho. A pesquisa foi iniciada depois deste investigador observar perdas de produção em campos de milho, com abundância de humidade e nutrientes, e em situações onde as infestantes não eram suficientemente altas para tirar a luz ao milho.
Qual seria então a razão para as perdas de produção quando as infestantes estavam presentes na fase de emergência do milho?
O milho acelera o desenvolvimento da parte aérea e reduz a emissão de raízes.
Sabe-se que a presença de infestantes reduz o desenvolvimento das raízes do milho e isto pode resultar na perda de produção. Tendo em conta a fisiologia das plantas do milho, Clarence J. Swanton sugere que o desenvolvimento normal das raízes é inibido por uma mudança nas características da luz causada pelas infestantes que emergem ao mesmo tempo que o milho.
Nas folhas do milho são os recetores de luz (fitocromos) que detetam as mudanças na luz. Quando as infestantes emergem ao mesmo tempo que a cultura, os fitocromos contidos nas células das plantas do milho identificam a categoria particular de frequências de luz refletida pelas infestantes, levando as plantas do milho a adotar uma estratégia de crescimento para evitar a sombra, emitindo um caule mais alto e folhas maiores (fotos A e B).
À primeira vista isto parece positivo mas, na realidade, um sistema radicular forte é essencial para o desenvolvimento da planta do milho em todo o seu ciclo de vida e, caso a maior parte da energia da planta
seja aplicada no desenvolvimento da parte aérea em detrimento das raízes, o máximo potencial de produtividade da cultura fica comprometido.
Esta descoberta explica por que o milho afetado pela concorrência das infestantes nas primeiras etapas de desenvolvimento nunca demonstra todo o seu potencial de produção, mesmo que as infestantes sejam eliminadas após a emergência da cultura e esta seja alvo de uma adequada estratégia de nutrição.
O IMPACTO SOBRE A ORIENTAÇÃO DAS FOLHAS
Esta investigação também pôs em relevo o impacto das infestantes na direção e orientação das folhas de milho. Nos testes descobriu-se que, na ausência de infestantes, uma maior percentagem de folhas de milho cresce perpendicular às linhas, resultando numa cobertura mais rápida da entrelinha; num melhor desenvolvimento das plantas e na eliminação mais eficaz das infestantes na entrelinha. Por outro lado, onde há mais infestantes o milho percebe a sua presença através da mudança de luz refletida e produz mais folhas orientadas em paralelo à linha, o que resulta num atraso na cobertura da entrelinha e numa menor capacidade para fazer sombra às infestantes (fotos C e D).
CONTROLO PRÉ-EMERGÊNCIA CONTROLO PÓS-EMERGÊNCIA
Dos estudos sobre a concorrência precoce das infestantes, pode concluir-se que: - as infestantes causam danos à colheita, contrariamente ao que se pensava até agora; - as infestantes não controladas, que emergem juntamente com a cultura, produzem uma perda de produção significativa e irreversível; - o controlo precoce das infestantes é
importante, porque estas afetam a qualidade da luz que incide sobre as plantas do milho; - o controlo das infestantes antes do desenvolvimento da raiz do milho é um passo crucial para maximizar o potencial produtivo da cultura, o que confirma a necessidade de um controlo herbicida eficaz na pré-emergência.
Foto A: Reflexo da luz num campo sem infestantes V/VD = 1,2
Foto B: Reflexo da luz num campo com infestantes V/VD = 0,1 a 0,9
As infestantes modificam a relação V/VD entre as frequências de radiação da luz vermelha e vermelho distante (Swanton, 2009)
IMPACTO DAS INFESTANTES NA FLORAÇÃO DO MILHO E NO NÚMERO DE GRÃOS POR MAÇAROCA
A concorrência das infestantes nas primeiras etapas de crescimento do milho é uma forma de stress que tende a atrasar o desenvolvimento natural da cultura e que pode afetar negativamente os parâmetros de produção do milho.
As infestantes podem causar um atraso da floração do milho, o que por sua vez provoca um atraso ainda mais pronunciado no momento da colheita, dando lugar a dificuldades operativas no campo e a riscos acrescidos de danos no grão, por exemplo, por ataques de piral ou formação de micotoxinas.
Por outro lado, os estudos científicos comprovam que as plantas do milho “programam” o tamanho futuro da maçaroca quando estão no estado de 7 a 10 folhas, pelo que é muito importante que nesta etapa a cultura não seja afetada por stress ou danos de nenhum tipo.
Ensaios realizados pela Syngenta comprovam que o stress provocado na cultura pela presença de infestantes pode resultar em menor número de grãos por maçaroca e, por conseguinte, numa queda de produção.
Por estas razões, é importante proteger o milho da melhor maneira desde o início da concorrência das infestantes.
A Syngenta dispõe de uma completa gama de soluções herbicidas para a cultura do milho para um controlo eficaz das infestantes desde as fases mais precoces do ciclo de desenvolvimento da cultura.