Processos e Produção Gráfica | Aula 2
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Disciplina
Processos e Produção Gráfica
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E aí,
O que temos pra hoje?
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Objetivos gerais: • Conhecer a história do papel: surgimento, processo de produção e tipos mais comuns de papel; • Conhecer as diferenças entre os processos de isolamento de partes de uma imagem no photoshop (ferramentas de seleção).
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A História do papel
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O PAPEL Antes da criação do papel, o material mais utilizado para escrita, foi o pergaminho, que era produzido a partir de pele animal. Os antigos egípcios utilizavam uma espécie de papel produzido a partir do talo do papiro. Sua fabricação era penosa e rudimentar; a medula do talo era cortada em tiras que eram colocadas transversalmente, umas sobre as outras, formando camadas que eram batidas com pesadas marretas de madeira, resultando numa espessura uniforme e produzindo um suco que impregnava e colava as tiras entre si.
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O PAPEL Oficialmente, foi fabricado pela primeira vez na China, no ano de 105, por Ts’Ai Lun que fragmentou em uma tina com água, cascas de amoreira, pedaços de bambu, rami, redes de pescar, roupas usadas e cal para ajudar no desfibramento. Na pasta formada, submergiu uma forma de madeira revestida por um fino tecido de seda - a forma manual - como seria conhecida. Esta forma coberta de pasta era retirada da tina e com a água escorrendo, deixava sobre a tela uma fina folha que era removida e estendida sobre uma mesa.
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O PAPEL Esta operação era repetida e as novas folhas eram colocadas sobre as anteriores, separadas por algum material; as folhas então eram prensadas para perder mais água e posteriormente colocadas uma a uma, em muros aquecidos para a secagem. A idéia de Ts’Ai Lun, “A desintegração de fibras vegetais por fracionamento, a formação da folha retirando a pasta da tina por meio de forma manual, procedendo-se ao deságüe e posterior aquecimento para secagem”, continua válida até hoje.
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A FABRICAÇÃO DO PAPEL - MÉTODO ANTIGO A pasta de trapo foi o primeiro material usado para a fabricação do papel. Os trapos eram classificados, depurados, e depois cortados em pedaços, à mão; mais tarde vieram as máquinas cortadoras simples. Os trapos, exceto os de linho, eram submetidos a um processo de maceração ou de fermentação. O processo durava, de cinco a trinta dias utilizando-se recipientes de pedra, abrandando os trapos, em água. Para os trapos finos de linho era suficiente deixá-los de molho várias horas em uma solução específica. Para a obtenção de um bom papel era imprescindível a fermentação dos trapos.
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A FABRICAÇÃO DO PAPEL - MÉTODO ATUAL A fabricação do papel, tal como foi feita inicialmente por Ts’Ai Lun consiste essencialmente de três etapas principais, partindo-se da matéria-prima que pode ser a celulose, pasta mecânica ou reaproveitamento de papéis usados. As três etapas são: 1. Preparação da Massa 2. Formação da folha 3. Secagem Dependendo do uso que terá o papel (e do tipo de papel a ser fabricado), há uma série de tratamentos especiais antes, durante ou depois de sua fabricação.
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A FABRICAÇÃO DO PAPEL - MÉTODO ATUAL Assim, se o papel se destina à escrita ele deve ser um pouco absorvente para que se possa escrever nele com tinta, ou um pouco áspero para o uso de lápis, mas ele não pode ser tão absorvente como um papel jornal ou mata-borrão. Para isso, recebe um banho superficial de amido durante a secagem, além de se adicionar breu durante a preparação de massa. Se o papel deve ser resistente a certos esforços, a celulose deverá sofrer um tratamento de moagem chamada “Refinação”.
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1ª ETAPA - Fabricação da pasta A primeira etapa da fabricação de papel consta de: - Desfibramento para soltar as fibras numa solução de água - Depuração destinada a manter a pasta livre de impurezas - Refinação que dará as qualidades exigidas ao papel através da moagem das fibras
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Preparação da massa Na preparação da massa outras etapas são levadas a efeito: - Tingimento: são colocados corantes para se obter a cor desejada. - Colagem: é a adição do breu ou de colas preparadas - Correção do pH: (acidez ou alcalinidade) normalmente a celulose está em suspensão em água alcalina, cuja alcalinidade deve ser parcial ou totalmente neutralizada com sulfato de alumínio, que também vai ajudar na colagem e tingimento. - Adição de Aditivos: colocação de outros ingredientes para melhorar a qualidade do papel
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2ª ETAPA - Formação da folha A segunda etapa da fabricação do papel é a formação da folha, feita através da suspensão das fibras de celulose em água, e que é colocada sobre uma tela metálica. A água escoa através da tela e as fibras são retiradas formando uma espécie de tecido, com os fios muito pequenos e trançados entre si.
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2ª ETAPA - Formação da folha A formação da folha poderá ser feita através de várias formas: - Manual: onde a tela é simplesmente uma peneira; - Mesas Planas: a tela metálica apóia-se sobre roletes e é estendida, para formar uma área plana horizontal. Esta tela corre com velocidade constante e recebe na parte inicial do setor plano, a suspensão das fibras, a água escoa através da tela deixando as fibras; - Cilíndrica: a tela metálica recobre um cilindro, que gira a velocidade constante em uma suspensão de fibras, a água atravessa a tela dentro do tambor e é daí retirada; as fibras aderem à tela, formando uma folha que é retirada do tambor por um feltro.
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3ª ETAPA - Secagem A terceira e última etapa é a secagem que é conseguida inicialmente prensando-se a folha, para retirar toda a água possível, e depois, passando a folha por cilindros de ferro aquecidos, que provocam a evaporação da água. Feitas estas operações, o papel está pronto para uso, podendo ser cortado no formato desejado por quem for usálo.
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No mercado de comunicação utilizam-se, basicamente,
2 tipos de fornecimento de papel: - papel cortado (fornecido em folhas ou resmas) - papel enrolado (fornecido em bobinas)
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Algumas especificações importantes do papel nas aplicações práticas:
· Gramatura, · Revestimento, · Sentido da fibra e · Formatos
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Gramatura peso teórico de uma folha considerada como tendo um metro quadrado de superfície. É expresso em g/m2
[na prática] Usualmente, quanto maior a gramatura, mais corpo terá a folha de papel. Isso quer dizer, geralmente, que ela será mais espessa e mais rígida.
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Revestimento Podemos classificar os papéis em duas grandes classes: os revestidos e os não-revestidos.
[na prática] Usualmente, pode-se dizer que: Os papéis revestidos são mais brilhantes e Os papéis não-revestidos são mais opacos. Alguns papéis podem ter uma face brilhante e outra opaca.
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Sentido fibra do papel Quando se determina o formato de um papel deve-se observar o sentido fibra em que este foi fabricado a fim de se evitar problemas na produção. Papéis de alta gramatura dobrados no sentido contra fibra, ocasionam o rompimento das mesmas, além de dificultarem o acerto do registro na máquina impressora, pois não há como compensar a dilatação neste sentido.
[na prática] Procure dobrar o material SEMPRE no sentido da fibra.
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Formatos de papel (em folha) Formatos mais comuns no mercado são: AA e BB. O formato AA corresponde a uma folha com 76x112 cm. O BB é o formato que corresponde uma folha 66x96 cm. Este último é um dos mais utilizado nas máquinas impressoras do Brasil.
[na prática] SEMPRE considere o formato econômico (que permita um melhor aproveitamento de papel) ao projetar uma peça gráfica.
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Tabela de corte de papel 66 x 96 cm
66 x 96
F1
66 x 48
F2
66 x 32
F3
33 x 48
F4
32 x 34 34 x 32
F5
33 x 32
F6
42 x 24 24 x 42
F6
22 x 48
F6
37 x 22 22 x 37
F7
33 x 24
F8
16,5 x 48
F8
22 x 32
F9
33 x 19,2
F 10
22 x 26 26 x 22
F 10
25 x 21 21 x 25
F 11
33 x 16
F 12
22 x 24
F 12
23,4 x 19,2 19,2 x 23,4
F 14
22 x 19,2
F 15
16,5 x 24
F 16
22 x 16
F 18
16,5 x 19,2
F 20
22 x 13 13 x 22
F 22
21 x12,5 12,5 x 21
F 23
22 x 12
F 24
16,5 x 16
F 24
13,2 x 19,2
F 25
11 x 19,2
F 30
16,5 x 12
F 32
11 x 16
F 36
8,25 x 12
F 64
11 x 8
F 72
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