Revista MultiFamília Nº 12 - Agosto + Setembro/2017

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Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva, com Oliver Hess Dariva

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Múltiplos interesses

que é uma família, senão uma infinidade de pessoas reunidas, com múltiplos interesses? Esta edição é uma prova disso. Temos duas síndromes aqui publicadas: a do impostor e a de Noé. Há um relato que fez sucesso no Facebook sobre dieta e exercícios. E quando o assunto é acesso à saúde pública? Temos informação da esfera jurídica. Você já percebeu que Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 2 - Número 12 - Ago+Set/2017 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares - Distribuição: Gratuita

Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862)

o idioma faz diferença na vida atual, certo? Então, porque não falar idiomas em casa com seus filhos e netos? Vamos explorar o dialeto! Sem mais delongas, você lê, bem aqui ao lado, um relato de uma filha que tem sua mãe como exemplo de vida. Nesta edição, ela fala sobre empoderamento e resiliência. Tudo o que precisamos nos tempos atuais! Boa leitura. Capa: Freepik.com Impressão: BT Indústria Gráfica Entre em contato: 51-99961-4410 contato@zmultieditora.com.br

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Fabiane Horlle Hoff

Relações Públicas, diretora comercial da Dinâmica Participações e filha de Maria Helena Horlle Hoff

Exemplo de resiliência e empoderamento

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o universo feminino e fora dele, muito se fala sobre o empoderamento feminino. Quem traduziu esta palavra para o Brasil foi um dos nossos principais educadores, Paulo Freire. Ele diz que “Empoderamento é a capacidade de um indivíduo provocar em si mesmo as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”. Penso numa pessoa fantástica que foi nossa mãe – Maria Helena e percebo que de fato ela foi uma mulher empoderada. Ainda muito jovem, ela fez a escolha de estudar e também se tornar professora. Foi uma escolha por amor. Seu casamento, também aconteceu por amor. Ela sempre sonhou em ter 4 filhos (pensa que doida!) e teve. Ela desejava e realizava. Era Senhora do seu Destino! Ela queria e fazia! Mas nem tudo eram flores, mesmo antes da filha mais nova nascer, a mãe já havia percebido que o casamento não iria à frente, pois a responsabilidade do nosso progenitor com a família e o trabalho não eram lá estas coisas... E neste turbilhão “aconteceu” a Tati. Graças a Deus! Minha “batatinha” desde pequenininha e agora minha parceira, amiga, irmã e sócia. As 36 anos ela decidiu separar-se, pois percebia que era menos ruim ser responsável por “apenas” 4 (filhos) e não por 5! E a vida foi bem bem difícil. Sua resiliência era impressionante,

como uma “leoa” protegendo seus filhotes, adaptava-se às adversidades e se reinventava, sem deixar de sonhar e realizar. O trabalho era de mais de 3 turnos. O bicho sempre pegando. Ela sempre lutando acompanhada de um belo sorriso, gracinhas a dizer e algumas piadas a contar. Adorava dançar e era conhecida em todos os bailes da região. Socialmente ser separada já não era “bonito” e muito menos ir a bailes. Pois a “Mú”, como carinhosamente a chamava, não “tava nem ai”. Se locomovia de bicicleta e caso começasse a chover, ela achava que podia pegar a sombrinha na bolsa e abri-la ainda em movimento. Caiu alguns tombos, mas penso que a adrenalina de fazer isso ainda era mais forte. Era do tipo que inventava suas próprias palavras. Qual o problema em ter um dicionário próprio? Se alguém disse que não pode, problema é de quem disse. Outra máxima era misturar versos populares: “se fazendo de salame para mamar deitado.” Oi??? Sabe, então fico olhando para trás e percebo que a mãe apesar de tudo, fez escolhas conscientes e viveu a vida que quis viver, mesmo que tenha que ter tido que adaptar. Ela empodeirou-se, reinventou-se, criando sua realidade. E a melhor escolha que fez foi a de ser feliz ao longo deste caminho.

Fernanda Hescher

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Paola Roos Braun

Advogada, mestra em Direito (OAB/RS 63.876)*

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Síndrome do Impostor – Parte I

omo advogada, há alguns anos me dedico ao estudo das questões de gênero.Tenho participado de diversos movimentos organizados por mulheres - tanto voltados à minha profissão quanto à atuação das mulheres no mercado de trabalho e no empreendedorismo em geral. Em tais estudos, tomei conhecimento de uma triste estatística: as mulheres iniciam em grande número na graduação, mas vão deixando a faculdade com o tempo, a ponto de representarem menos da metade dos doutores brasileiros e ocuparem menos espaço ainda dentre os professores titulares e pesquisadores “1A” do CNPq. Depois de pesquisar mais descobri que, dentre outros fatores, a chamada Síndrome do Impostor é uma das grandes responsáveis pela “abdução” em massa das mulheres das universidades.A síndrome do impostor é um conceito que descreve indivíduos de alto desempenho que são marcados por uma

incapacidade de internalizar suas realizações e por um medo persistente de serem expostos como uma “fraude”. O termo foi cunhado em 1978 pelos psicólogos clínicos Pauline R. Clance e Suzanne A. Imes. Apesar da evidência externa de sua competência, aqueles que exibem a tal síndrome permanecem convencidos de que são fraudes e não merecem o sucesso que eles alcançaram. As provas de seus sucessos são descartadas como sorte, timing, ou como resultado de “enganar os outros” fazendo-os pensar que são mais inteligentes e competentes do que eles mesmos acreditam ser. Estudos sugerem que a síndrome do impostor afeta em maior número as mulheres de alto desempenho. Um grande exemplo de mulher que sofria de tal síndrome é a escritora americana Maya Angelou, falecida em 2014, aos 86 anos de idade. Ela escreveu 11 livros e toda vez pensava: “agora vão me descobrir”, “serei desmascarada”, apesar de ter ganho 5 Grammys.


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A síndrome do impostor faz com que, ainda que haja reconhecimento público positivo do trabalho, lá no fundo persista uma sensação de que se é uma fraude e de que não se tem a menor ideia do que se está fazendo. Se você se identificou, está longe de ser o único a ter essa experiência. Em minhas pesquisas, descobri que essa síndrome é compartilhada por autores, artistas, músicos, homens de negócios – e até por médicos renomados internacionalmente. Especialistas aludem que as mulheres tendem a ser mais afetadas por essa síndrome - e de forma mais acentuada do que os homens provavelmente em razão dos fortes estereótipos machistas que ao longo da história impregnaram nossa cultura, colocando em dúvida a competência profissional feminina. Por outro lado, em geral as mulheres são mais propensas a atribuir problemas e fracassos à sua própria falta de habilidade, enquanto os homens tendem a responsabilizar fatores externos. As pesquisas afirmam que quanto mais conhecimento a pessoa adquire, quanto mais altos os cargos que ela ocupa (e, portanto, maior responsabilidade tem) proporcional é a sensação interna de fraude. O lado bom é que os que sofrem dessa síndrome tendem a ter exigências bastante altas, o que normalmente faz aumentar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Até o momento não se conhece cura para a síndrome do impostor. A dica é aprender a conviver com

EU MEREÇO ISSO? As mulheres tendem a ser mais afetadas por essa síndrome - e de forma mais acentuada do que os homens ela, seja através de psicoterapia, seja de leituras especializadas, ou outras práticas alternativas para aumento da autoestima. O segredo está em aceitar que o receio de falhar e de decepcionar alguém é inevitável, e em saber que a tarifa que você paga por deixar de tentar algo desafiador é muito alta. Ninguém é seguro e confiante o tempo todo. Faça o seu melhor .


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Sandra Pinheiro Zambiasi

Assessora e consultora empresarial, estrategista em marketing

Sucesso na vida

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ste é um tema subjetivo, que desperta em cada ser as mais variadas emoções, pois para cada indivíduo que perguntar a resposta será diferente, única e sua. É necessário mergulhar profundamente no seu eu, olhar dentro de si e descobrir, se autoavaliar. Somos responsáveis por direcionar, comandar e definir nosso bem mais precioso, que é a direção e decisões tomadas em nossa própria vida, e isso requer muita atenção. Em qualquer momento do caminho que se trilhar, você pode parar e analisar as diretrizes e se as decisões tomadas agora te farão chegar ao destino que anseia. O que significa sucesso na vida para você? Pare e pense! Já tive várias respostas ao longo da vida, de acordo com cada fase: já foi dinheiro, sucesso profissional, sucesso amoroso, mas agora para mim sucesso é ter saúde em todos os sentidos da palavra. Sempre precisamos saber o que queremos, para quando chegar saber abraçar a oportunidade. Isso significa ter OBJETIVOS, ser ORGANIZADO, efetuar anotações, ter foco, PRO-ATIVO e decidido sobre nós, não esperando a onda nos carregar e o repuxo nos devolver à estaca zero. Nossa viagem de férias começa no instante em que desejamos fazer cada plano. Cada

passo deve trazer alegria, não espere chegar ao destino para ser feliz. Ser quem realmente somos, sem máscaras e com VALORES, humildade, força e garra, sabendo valorizar as pequenas coisas já é um sucesso. Ser feliz consigo mesmo, com o que tem, com o que já conquistou e focar no que ainda quer conquistar. Ver a derrota não como um azar ou fraqueza, mas como a oportunidade de fortalecer e aprender. Algo material é tirado, mas seu desenvolvimento e amadurecimento é seu bem maior e jamais perdido. Tenha AUTOESTIMA, acredite, respeite, ame e aprecie você mesmo. Tenha FÉ! Não espere chegar ao fim da vida; pois não sabemos quando este fim chegará; para fazer o balanço da sua, comece agora, pois talvez tenha decisões que você precise tomar hoje para elas poderem refletir no seu amanhã, no seu futuro. Existe alguns pontos fundamentais para se obter sucesso na vida, alguns deles pautados aqui. Poderemos detalhar melhor um a um e desta forma ajudar a buscar o que você pretende e, principalmente, ajudar a ser uma pessoa ainda melhor, após cada leitura! Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2017 Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

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Heranças da família e do meio

omos herdeiros genética e historicamente de nossos ancestrais. Toda rede familiar quanto mais próxima, maiores são as chances de transmissão genética que nos identifica com nossa família. Porém, não herdamos apenas os laços sanguíneos, pois também, como diz o ditado antigo, “somos filhos do meio”. Por quê somos filhos do meio? Sofremos influências do meio onde convivemos. Começando pela família, onde, teoricamente deveria ser a nossa maior influência, e possivelmente é. O que somos então, o que herdamos de melhor, ou pior, para ser o que somos? Também por teoria, uma família bem organizada seria composta somente por pessoas que não teriam certos problemas. Assim, nos primeiros anos de nossas vidas vamos sendo construídos, vamos obtendo exemplos da família, pois é daqui que começamos a receber e assimilar os primeiros valores éticos e morais. Mas esses valores são diferentes, de acordo com essa construção. Ai então pode acontecer o que de melhor ou pior vamos herdar. Qual a educação, quais exemplos, quais os valores realmente éticos e morais e assim vai. Ao final nos apresentamos com problemas sociais, comportamentais, desvios de conduta, ou não, somos as pessoas sem problemas. Convivemos em harmonia, os melhores exemplos foram assimilados ou os piores. O que não podemos deixar de observar é, o que influenciou mais sobre nós? A família ou o meio? Daí então, nada mais nos resta. Somos o que somos porque herdamos da família e do meio o que melhor ou pior assimilamos.

O ARTIGO DE WILSON CORRÊA VIEIRA TEM O PATROCÍNIO DE:


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Maiga Sabo Sandri Psicóloga e Psicanalista CRP 07/07240

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A presença como presente

ensando nos dilemas da mãe contemporânea, meu artigo anterior [Ed. 10], me ocorreu escrever sobre um “novo” jeito de ser pai. Refiro-me aquele pai que pode não ficar tão somente enfronhado com o seu trabalho, que tem a possibilidade de (e se permite) acompanhar tarefas diárias junto aos filhos. Um pai que se sente realizado sendo responsável e comprometido não apenas economicamente, mas também, presencial e afetivamente. Esse pai acredita que ele deve (e quer!) dividir com a mãe várias atividades como cuidador dos seus filhos; compreende que criança é um ser humano em desenvolvimento e que estar presente acompanhando a vida dos filhos em detalhes o faz sentir-se único e especial. É um homem que sente transbordar o seu amor num convívio mais próximo, sem aquela postura de antigamente, do pai como figura distante. Entretanto, este homem que busca um jeito novo de lidar com os filhos, por vezes ele sente como se o seu amor fosse meio desengonçado, desajeitado, e percebe que está sujeito a

aprender na prática mesmo, pois as suas dúvidas nem sempre podem ser demostradas - homens não foram educados para terem incertezas, não é mesmo? Assim como as mães, os pais contemporâneos também enfrentam dilemas, que talvez não sejam tão audíveis quanto o são aqueles enfrentados pelas mães. Mas, muitos pais têm a coragem de se perguntarem algumas questões, por exemplo: como ser cuidador dos filhos sem ter que competir com a mãe deles? Como ser um pai realmente mais presente, se o seu pai talvez tenha sido tão distante? Como enfrentar o desafio de ser “pai e amigo” sem perder a assimetria na relação com os filhos – às vezes, sendo tão próximo deles e ao mesmo tempo tendo que ser o adulto e manter-se no lugar das diferenças, assim como no lugar de ser quem pode se doar muito mais do que qualquer amigo, e que além de tudo é o representante da lei - aquele que muitas vezes precisa frustrar para fazer crescer. Os dilemas de ser pai, ou os dilemas de ser mãe, têm raízes lá na infância dos adultos e na infância dos seus próprios pais, na história das gerações.


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Agosto/Setembro-2017 Scheila Flesch

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A arte de educar pelo exemplo!

uso dizer que uma das coisas mais difíceis nesta vida é educar uma criança. Elas precisam de tempo, de atenção, de brincadeiras, de cuidados... e a lista só aumenta. Idealizamos uma série de comportamentos e atitudes que queremos que eles sigam e nos empenhamos em repeti-las várias vezes, com a certeza de que desta forma o aprendizado irá ocorrer. E sim, muito do que ensinamos para as nossas crianças é absorvido através do que falamos. No entanto, esquecemos que o exemplo que damos aos nossos filhos é a maior fonte de aprendizado. Tudo aquilo que eles veem, presenciam e acompanham no dia a dia é o que eles irão internalizar. Desta maneira nossos valores são passados para eles de forma automática. Não é raro vermos pais dizendo aos seus filhos: “Não grite”, gritando; “Coma devagar”, sendo que eles comem tão rapidamente que não sentem o gosto do alimento. A pressa diária faz com que não nos percebamos, com que os valores tão desejados aos nossos filhos se dissolvam entre contas a pagar e intermináveis reuniões. Cada vez mais estamos distantes da nossa essência e da prática dos nossos valores, pois a vida agitada acaba nos deixando no piloto

Psicóloga do NAP CRP 07/27581

automático. E o que fazer quando vemos que a educação dos nossos filhos não está saindo conforme o planejado? Talvez o primeiro passo seja observar se estamos passando alguns valores básicos como a empatia e a compaixão, forças pessoais diretamente relacionadas com os relacionamentos humanos. O empata se coloca no lugar do outro e quem tem compaixão age para tirar o outro de um lugar de sofrimento, o ajuda. Para uma criança perdoar ou pedir desculpas, práticas à princípio tão simples, só podem ser executadas quando esta entende o sofrimento do outro, quando ela é capaz de se colocar no lugar do outro. E de que forma podemos passar isso aos nossos filhos? Pedindo desculpas quando nos exaltamos, quando somos injustos, quando fazemos algo inadequado, assumindo nossos erros e, principalmente, agindo com amor, tanto em relação aos nossos filhos, quando quebram algo que nos é precioso, tanto quanto em relação ao próximo, quando doamos um alimento ou paramos em uma faixa de segurança. A princípio estas atitudes podem parecer simples, e são... só que muitas vezes são escassas e não aplicadas com afinco no dia a dia. É a repetição e a coerência do que se fala e faz que produz um resultado efetivo em nossas crianças.


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Paulo Link

Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Encantos e lições da colônia”

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Síndrome de Noé

as andanças do dia a dia, encontramos verdadeiras aberrações contra nosso Planeta Terra. Há poucos dias, celebramos o dia/semana do meio ambiente; defendo uma teoria nessa história: primeiro, por que dividir essa questão ao meio? Mas... deixa assim. Na realidade, essa metade fraciono em dois. A primeira parte é aquela vital e, assim, aproveito-me do ar, da água, das florestas, do sol... A segunda parte refere-se aos cuidados, prevenções, conservação. Isso eu cobro dos outros; afinal, alguém precisa cuidar do ambiente. Até de passeatas participo, mas a prática é quase nula. Os outros é que devem assumir ações mais positivas. Quando o assunto é de comprometimento e responsabilidades, então é com os outros. Outro dia, andando na rua, vi um senhor com garrafas velhas, derramando algum líquido na boca de lobo. Questionei, e ele me disse que era diesel velho. Pedi que sempre levasse esse material a qualquer posto de combustível, pois lá é encaminhado para reprocessamento. O senhor duvidou do meu conselho. Assim, parece que os outros é que precisam cuidar do ambiente. Também observo que as pessoas têm

dificuldade em seguir o calendário de coleta do lixo. Dessa forma, jogam o material a qualquer dia e de qualquer jeito. Afirmo que temos responsabilidade pelo lixo que descartamos, mesmo já transposto da cerca de nossa casa. Gosto de assistir ao futebol. Observo que, muitas vezes, o atacante de um time, quando se aproxima da área, em vez de arriscar e colocar a bola dentro da goleira, passa a redondinha a um parceiro ao seu lado, eliminando a chance de ser cobrado de eventual fracasso no arremesso final: passa a responsabilidade ao colega. Do mesmo modo, no caso do futebol bem como no compromisso de preservar o ambiente, ocorre a famosa síndrome de Noé: Não é comigo! Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2017 Susan Figueiró

Advogada - OAB/RS 68.161

O que fazer quando um familiar precisa e não pode pagar por medicamentos, UTI ou outra emergência médica?

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uando falamos em saúde pública estamos falando de proteção ao maior bem jurídico existente: a vida. A proteção à vida está garantida pela Constituição Federal em vários artigos. Saúde é um direito de todos e um dever do Estado, União e Município. Portanto, cabe a todos estes entes públicos a promoção da saúde pública. Embora resguardada como direito fundamental e constitucionalmente protegida, como todos sabemos, a saúde pública pede socorro. No Sistema Único de Saúde faltam leitos em UTI’s, faltam atendimentos especializados, bem como medicamentos em casos de doenças graves. Hospitais particulares cobram quantias exorbitantes que tornam uma internação totalmente inviável. Ou seja: justamente no momento em que o cidadão mais necessita do amparo do Estado, encontra-se em uma situação de total desamparo. Quais as alternativas? Somente a internação em uma UTI particular custa cerca de R$ 35 mil, sendo que todos os procedimentos são cobrados à parte. Se você não tem dinheiro, a quem pode recorrer??

Quando uma situação dessas ocorre, resta o ajuizamento de ação com pedido liminar (urgência) contra os entes públicos. O Judiciário faz a sua parte, determinando o fornecimento dos serviços necessários para internação onde houver leito disponível, seja na rede pública ou particular, devendo as despesas, neste caso, serem suportadas pelo Estado, União ou Município. Se o Estado não oferece condições de tratamento adequadas, deve ser compelido judicialmente a pagar as despesas que se façam necessárias para o atendimento na rede particular. A interferência do Judiciário muitas vezes é a única forma para que o Estado promova a garantia que ele próprio instituiu como fundamental e, no entanto, acaba relegando a um segundo plano. O Judiciário pode ser a maneira mais rápida e eficaz de garantir a preservação da vida.


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Ingried Maria Weber

Especialista em Estudos Avançados em Inglês e Formação Pedagógica para Docentes e diretora da Cliff Idiomas

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Exames de proficiência da língua inglesa

objetivo de trabalhar e/ou estudar em algum país onde a língua inglesa é falada torna-se mais comum e é cada vez mais compartilhado por muitos dos nossos jovens. A organização para a conquista deste sonho exige um preparo de longo tempo, além de ser bastante criteriosa. Dentre alguns requisitos está a apresentação de um certificado como comprovante do nível de inglês do estudante ou candidato para colocação em empresa. Esta é uma das possíveis exigências de universidades, departamentos de imigração e empregadores, em geral, além de facilitar, e muito, o ingresso de jovens nas high schools (Ensino Médio) em escolas americanas e australianas, por exemplo. Os exames KET (Cambridge English: Key) e PET (Cambridge English: Preliminary) são os primeiros níveis dos exames de Inglês Geral de Cambridge, ambos desenvolvidos pela conceituada Universidade Cambridge na Inglaterra. As provas vêm de lá e são enviadas para serem corrigidas lá mesmo. Alunos que são aprovados nestas provas recebem certificado de Cambridge com o conceito Pass with Merit e Pass. Estes dois exames podem ser feitos por estudantes dos primeiros anos do Ensino Fundamental (KET) e dos últimos anos do Fundamental (PET). Estas provas não são pré-requisito para a realização das provas seguintes, porém a vantagem está no preparo e realização destas provas no sentido de ampliar o conhecimento da língua inglesa e preparar para os próximos níveis. O FCE (First Certificate in English) é o exame seguinte que corresponde a um nível Intermediário superior exigido para fins de estudo e trabalho no exterior, além de ser muito bem

aceito por empresas brasileiras que oferecem vagas para trainees e profissionais que terão contato com clientes do exterior. O certificado obtido através da realização do penúltimo exame de Cambridge é o CAE (Cambridge English: Advanced). Ele prova que o nível do candidato é de alto desempenho, exigência que é atualmente uma grande demanda e por isso é reconhecido internacionalmente por milhares de instituições. O CAE facilita também a obtenção de vistos de estudante no Reino Unido e na Austrália. O último exame de Cambridge é o CPE (Cambridge English: Proficiency). O CAE e o CPE propiciam uma avaliação abrangente e rigorosa dos níveis C1 (CAE) e C2 (CPE) do Quadro Europeu Comum de Referências para Línguas (CEFR), ferramenta mundial utilizada pelas instituições de ensino para definir o nível de conhecimento de alunos e profissionais. A aprovação nestes exames comprova habilidade excepcional em inglês e confere prestígio e diferencial único. Existem outros exames que podem ser realizados e os principais são o TOEFL e o IELTS. Os exames de Cambridge, incluindo o IELTS, não necessitam ser realizados em intervalos de dois anos, diferentemente do TOEFL. A preparação, bem como a realização dos exames descritos pode ser feita em centros próximos e será de grande benefício para aproveitar inúmeras oportunidades que exigem uma boa fluência na língua inglesa. Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2017 Everton Augustin

professor de português e alemão, diretor do Instituto Ivoti*

Falem seus “idiomas de casa” com seus filhos

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eja em casa - como é a realidade em muitas famílias descendentes de imigrantes - ou na escola, se uma criança tem a oportunidade de aprender, na mais tenra idade, um segundo idioma, melhor. Isso é percebido em ambientes como os que pude viver tanto no Brasil quanto na Alemanha, onde diferentes culturas se encontram. Pude visitar uma escola em Berlim cuja população de alunos é composta por 90% de estrangeiros. O idioma mais falado lá é o turco. Por viverem em ambiente de língua alemã, as crianças vão aprendendo naturalmente esse segundo idioma, se considerarmos que turco é o primeiro por ser falado em casa. Impressionou-me por demais uma criança croata (absoluta minoria naquela escola), que, além do seu idioma materno, já dominava também o turco e o alemão aos 9 anos de idade. Inglês ou francês são oferecidos na sequência e é espantosa a facilidade com que essas crianças assimilam os outros novos idiomas. Isso comprova os resultados de estudos: crianças que aprendem mais de um idioma, tornam-se mais abertas a novas aprendizagens, também em outras áreas do conhecimento, além da linguagem. Nas regiões do nosso país em que diferentes idiomas ainda são falados pode-se conferir a

facilidade com que as crianças falantes desses idiomas (dialetos alemães e italianos, polonês, japonês etc) migram de um desses idiomas para o português e vice-versa. É maravilhoso! Isso mostra o quão é importante que os pais incentivem seus filhos a dominar “o idioma de sua família”. Uma criança oriunda de famílias de dialetos alemães como o Hunsrück, o Westfälisch (Sapato de Pau) ou o Pommersch (Pomerano) aprende com muito mais facilidade o Hochdeutsch (alemão padrão), se tiver a oportunidade. Por esses motivos, com uma equipe bem capacitada em pedagogia e no idioma alemão, oferece-se o currículo bilíngue (alemão e português) a partir da Educação Infantil no Instituto Ivoti. Vai a dica, falem os seus idiomas com seus filhos. Se aprenderem de pequeno, esse tesouro os acompanhará pelo resto da vida. Muitas portas se abrirão em função disso. É um ato de respeito para com a criança oferecer-lhe, sempre que possível, a aprendizagem de mais idiomas. Ela está naturalmente propensa a isso. * Já ensinou violino à muitos jovens; especialista em gestão escolar, ex-diretor do Colégio Humboldt em São Paulo.


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Tiago Schmidt *

Diretor da Trevo Estruturas Metálicas

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A Alemanha e seu sistema financeiro equilibrado – um contraste com o Brasil

o primeiro semestre, tive a oportunidade de participar, com colegas dos conselhos administrativo e fiscal da Cooperativa Sicredi Pioneira RS, de uma missão de estudos na ADG (Akademie Deutscher Genossenschaften), em Montabaur, na Alemanha, onde pudemos estudar e conhecer mais sobre o sistema financeiro e cooperativista alemão, sua estrutura, estratégias, desafios e oportunidades de mercado, governança, desenvolvimento local e relacionamento com os associados e as comunidades. Nossa agenda de estudos incluiu duas visitas técnicas: a primeira em Frankfurt, na Sede do DZ Bank, o 2º maior banco da Alemanha, o qual pertence às próprias cooperativas e totaliza EUR 509 bilhões em ativos. Além desta visita, também pudemos conhecer o banco cooperativo VR Bank Nordeifel, o qual tem 50% da população associada em sua área de atuação e construiu forte vínculo com as pessoas na região onde atua. Este último estimula a criação de novas cooperativas, como, por exemplo, a Cooperativa das Gerações, onde jovens e idosos se ajudam, principalmente em

coisas simples do cotidiano como cortar as gramas ou ir ao mercado. Atualmente, a Alemanha possui 972 cooperativas de crédito, as quais centralizam todas as suas operações em um único banco cooperativo, o DZ Bank, uma espécie de ``Banco Central´´ das cooperativas. Juntas, possuem 30 milhões de clientes, dos quais 18,4 milhões são associados. As cooperativas representam 24% do total de volumes no mercado financeiro alemão. O restante deste mercado é dividido entre as Sparkasse, que seriam as Caixas Públicas, as quais possuem 36% do mercado, restando assim 40% para as instituições privadas, como o Deutsche Bank, Commerzbank, ING-DiBa, UniCredit Bank, Santander e outros, sendo que o maior não possui mais do que 10% de participação no mercado. De modo geral podemos classificar o sistema financeiro alemão, como um mercado bastante fragmentado e equilibrado, composto por várias instituições financeiras pequenas, o que é bom para a população. Cabe destacar ainda, que esta é uma situação bem diferente da encontrada no Brasil, onde existe concentração desproporcional de um gigantesco volume de recursos financeiros entre poucos bancos, o que prejudica a concorrência, a renda das pessoas e o desenvolvimento econômico e social das comunidades. *Tiago ainda vai ampliar o assunto “Cooperativas de Gerações”, aguarde! *Conselheiro de administração da Sicredi Pioneira RS e membro do Conselho Fiscal da CDL EV/Ivoti.


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Agosto/Setembro-2017 Michele Koch

Cirurgiã-dentista | CRO/15333

Troquei corpo mole por atitude!

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uitas pessoas tem me pedido o que estou fazendo para emagrecer tão rápido. Nada de mistério. Reduzi drasticamente minha ingestão de comida e faço muito exercício físico. Não me permito refeições “lixo” nunca, cortei tudo que era agradável ao paladar mas que eu sabia que me fazia mal. Não exagero em nada, nem no que é saudável. E quando saio pra comer, opto em reduzir o valor calórico do que eu como, independente do que seja. Meu único exagero é água: 3 a 4 litros por dia. Minha dieta é exemplo?! Jamais! Eu passo fome mesmo.. como proteína e carboidrato na quantidade mínima para meu corpo se manter... é uma opção minha. Faço academia 2 vezes por dia e, principalmente, deixei o “mas é que..” de lado. desculpas não fazem mais parte do meu dia a dia. Lembro bem de cada empecilho que eu criava para não comer direito e principalmente para ir a academia ou mesmo caminhar na rua. “Mas é que eu tenho filho pequeno...” tenho uma filha de 4 anos e moro sozinha com ela. Acordar, vestir, buscar na escola, alimentar, dar banho, brincar, colocar pra dormir... tudo comigo. E vou 2 vezes por dia na academia. “Mas é que eu trabalho demais...” Trabalho manhã e tarde e as vezes atendo 25 pessoas em um dia.. e vou 2 vezes por dia na academia. “Mas é que eu cuido da casa...” tenho faxineira 1 vez por semana mas quem mantém minha casa arrumada, lava roupa, limpa sujeira de gato e cachorro, poe lixo pra rua, arruma camas, brinquedos, bagunça sou eu.. e vou 2 vezes por dia na academia. “Mas é que eu não tenho tempo pra nada..”

faço especialização em Curitiba, estudo em casa, trabalho, tenho filha pequena, sustento casa e consultório sozinha... e vou 2 vezes por dia na academia. “Mas é que tenho dificuldade pra emagrecer..” já fiz de tudo que vcs podem imaginar e só quando coloquei na cabeça que mudando a alimentação e fazendo exercício físico eu emagreceria, foi aí que tudo realmente mudou. Mas que horas tu vai pra academia? A hora que antigamente eu dormia! Acordo cedo, pego chuva no lombo, passo frio?! Azar To com sono e cansada?! Azar Tá doendo tudo do treino de ontem?! Azar Precisa sacrifício sim! Muito. Assim como disciplina, determinação, objetivo, foco. Hoje nada mais é sacrifício. Meu corpo pede exercício e tudo se tornou super prazeroso! Esquece as desculpas e te mexe também! Tenta!!! Decidi que no verão vou usar biquini, então tive que abdicar do chocolate. Percebi que ficava linda de calça jeans , então tive que deixar de lado a pizza. Tenho saudade daquela blusinha tamanho M, então optei por não comer mais doces. Amo aquele salto 12 das sandálias da Arezzo que tenho no armário, muito mais que o gostinho do xis que comia toda semana.. Troquei corpo mole por atitude! Mentalizo saúde aliada ao corpo que desejo ter e crio as situações para que isso aconteça! E voces acreditam que no meio dessa atitude militar comigo mesma ainda tenho tempo pra ser feliz!?!?


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César Loureiro Empresário

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Prevenção contra incêndio

e acordo com dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, o Brasil tem uma média de 267 mil incêndios anualmente (incluindo ocorrências florestais e residenciais). O Rio Grande do Sul registrou, durante todo o ano de 2015, 54 mortes em decorrência de incêndios. O número é parecido com o do ano de 2014, quando 53 pessoas perderam a vida pelo mesmo motivo. Em 2013, excluindo o caso da Boate Kiss - onde 242 pessoas perderam a vida -, o número foi de 55 mortes. (http://gaucha.clicrbs. com.br/rs/noticia-aberta/rio-grande-do-sul-teve-54mortes-por-incendios-em-2015-158583.html)

No entanto, vai algumas regras básicas para prevenir incêndios? - Mantenha sempre a vista o telefone de emergência do corpo de bombeiros 193 - Revisar toda a instalação elétrica do prédio periodicamente. - Seguidamente revisar se não á vazamentos de gás. - Evitar lugares com pouca ventilação.

- Não colocar trancas nas portas e halls, elevadores, portas corta fogo, não obstruí-las com materiais ou equipamentos. - Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso e totalmente desobstruídos, devidamente carregados e periodicamente revisados. - Nunca utilizar elevadores em caso de incêndio - Aconselhar pessoas no local de trabalho para antes de sair no final da jornada, revisar se não ficou equipamentos elétricos ligados. - Antes de ir dormir ou sair de casa verificar se não ficou fogão com chamas acesas, eletrodomésticos ligados, aquecedores com algum tecido ou papel muito próximo. O incêndio nunca é por acaso, sempre é falha de equipamento ou humana. Aqui no Brasil, as pessoas não têm muito a preocupação com incêndio, não acreditam que possa acontecer, e por causa disso às vezes são negligentes. Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2017 Guilherme Schweitzer e Caroline Nunes Corretores da Casa Mais Imobiliária

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Como escolher um bom terreno?

omo escolher um bom terreno é o primeiro passo para quem deseja construir a casa dos sonhos. Muitas são as ofertas e a escolha exige uma preocupação maior do que uma simples pesquisa de preço. Observe o desnível (topografia) - O terreno pode ser plano, em aclive ou declive. Um bom projeto pode aproveitar melhor o traçado natural e evitar grandes cortes de terra ou aterros. É esta movimentação de terra que deixa a obra mais cara, pois é preciso pensar em estruturas de contenção (muro de arrimos) e de drenagem. Por outro lado, os terrenos mais íngremes costumam custar menos que os planos e permitem visuais bem interessantes quando a construção é bem pensada. Verifique o tipo de solo - Para ter certeza do tipo certo de fundação, é preciso contratar uma sondagem que faz o perfil do terreno para determinar em que camadas estão os solos apropriados para apoiar o alicerce. Se há muitas pedras na superfície, provavelmente será preciso fazer uma fundação mais profunda e cara; solos alagados também aumentam os custos; você pode perguntar para os vizinhos qual tipo de fundação eles adotaram. Posição em relação ao sol - O melhor é deixar os quartos voltados para o nascer do sol. Veja se a face voltada para sol nascente fica em um bom lugar do terreno ou se ela está virada para um prédio que faz sombra. Veja também se há um

terreno vizinho vazio que pode roubar seu sol mais para frente. Localização e vizinhos - Às vezes, esquecemos de considerar coisas que podem causar incomodo, como o barulho de uma casa noturna etc. Observe sempre o entorno e visite o terreno em horários diferentes, inclusive à noite e no final de semana. Além do tamanho, veja os recuos obrigatórios - Cuidado com terrenos muito estreitos, porque, em geral, você é obrigado a deixar um recuo lateral. Terrenos com a frente ampla ou de esquina são mais caros, mas ampliam as possibilidades para o projeto da casa. Outras precauções - Cheque o zoneamento e as limitações que ele impõe; veja o que pode ser feito se houver mata nativa; pense sobre a infraestrutura da região, como pavimentação, transporte, abastecimento de água, luz, redes de esgoto e gás, além da proximidade de hospital, supermercados, padaria, farmácia, escola e outros serviços que você acha importantes; Depois de ter avaliado tudo isso, juntamente com uma boa assessoria imobiliária, tenha muita clareza de quais são suas pretensões para o espaço. Qual é o tipo de casa que deseja construir? O que é importante para você: muito espaço livre? Uma casa que ocupe bem o terreno? Economizar na compra ou na obra? Em que lugar da cidade você quer estar? O silêncio, a vista e o contato com a natureza são importantes?


Agosto/Setembro-2017

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Tatiana Graebin

médica veterinária, pós-graduada em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos | CRMV 7431

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Verminose em cães e gatos

erminose é uma doença muito comum em cães e gatos. Esta afecção pode passar despercebida, por não manifestar sintomas ou por eles serem tão superficiais que não notamos. Isso não é bom, pois o bichinho pode ter uma baixa de imunidade e acabar adquirindo outras doenças, sendo essas agravadas pela verminose. Ou porque, quando notamos que ele não está bem, a situação já está mais crítica. Os animais com verminose podem manifestar falta de apetite. O qual é um dos principais sintomas. Eu sempre digo, se seu animal diminuir o apetite, a primeira coisa a se pensar é como está o remédio de vermes deste bichinho! Muitas vezes é só regularizar isso que o bichinho melhora. O problema é quando os sinais de verminose aumentam. O bichinho pode ter diarreia, pode vir sangue nas fezes, dor abdominal, vômito, total falta de apetite, anemia, desidratação, fraqueza, emagrecimento, entre outros. A verminose abre portas para outras infecções gastro intestinais, essas podendo ser muito graves. Quando a situação está assim, deve-se procurar um veterinário, para uma minuciosa avaliação do seu bichinho. Muitas vezes somente dar o vermífugo não basta. É preciso entrar com outras medicações, antibióticos e, em casos mais graves, uma possível internação para fluidoterapia.

Cães e gatos devem receber vermífugo desde os 20 dias de vida. Pergunte sempre ao veterinário quanto a marca e dose a ser administrada. Não podemos generalizar aqui, afinal, cada caso é um caso. As doses seguintes devem ser respeitadas, até a fase adulta, em que os animais seguirão recebendo vermífugo para a vida toda. Sempre respeitando a espécie, peso, dose, de acordo com a indicação de seu veterinário de confiança. Mesmo animais de apartamento devem ser desverminados e vacinados regularmente. Vale alertar que alguns vermes são transmitidos dos animais para os humanos. Então, além de ter um bichinho com vermífugo em dia, nós humanos, também precisamos fazer uso de vermífugos. Sempre sob indicação de um médico. Lembrando que uma alimentação de qualidade, balanceada e exercícios físicos também colaboram muito para a saúde de nossos bichinhos! Muita saúde e paz para toda família (humana, canina, felina...)! Deus abençoe e até a próxima! Leia este e outros artigos em:

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Agosto/Setembro-2017 Vicente Fleck

Advogado - OAB 73.662

Quem tem menos de 35 anos só se aposentará por idade?

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em querer querendo o governo federal não fala toda a verdade quando diz que a reforma da previdência não irá afetar quem está trabalhando, isso porque a reforma irá afetar a todos, quem ainda não tiver completado o tempo necessário para se aposentar terá que cumprir um pedágio. Esse pedágio corresponde à metade do tempo que falta para a pessoa se aposentar. Exemplificando: um homem tem 25 anos de contribuição para o INSS no momento em que a reforma da previdência entra em vigor, nesse caso lhe faltariam 10 anos para fechar o tempo necessário para se aposentar, mais o pedágio de 5 anos, portanto ele terá que trabalhar mais 15 anos. Porém, o que pouco se fala é que quem tem menos de 35 anos de idade dificilmente completará esse pedágio antes de atingir a idade para se aposentar. Vejamos uma mulher que aos 35 anos de idade tenha contribuído por 15 anos, nesse caso, somando o tempo que falta e o pedágio, ela teria

que trabalhar por 22,5 anos para se aposentar, ou seja, se ela seguir contribuindo sem nenhuma falha só se aposentaria com 57,5 anos de idade, Na prática, a maioria das pessoas tem falhas em seu tempo de contribuição, ou seja, entre um emprego e outro ficou algum tempo sem contribuir para o INSS, assim, a maioria da população com menos de 35 anos de idade provavelmente já entraria na nova regra para a aposentadoria, a qual permite que a pessoa se aposente a partir de 62 anos para mulher e 65 para homens. Esse dado é muito importante porque segundo o próprio governo 1 a cada 5 trabalhadores morreriam antes de se aposentar, mais ainda, hoje 1 a cada 3 aposentadorias deixaria de ser concedida, em razão de não preencher o requisito da reforma proposta. Se a reforma for aprovada o governo deixará de conceder milhares de aposentadorias, que bom que esse dinheiro será utilizado na educação, saúde e segurança e não em corrupção???????????


Agosto/Setembro-2017

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