Revista MultiFamília Nº 9 - Fev + Março 2017

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Fevereiro/Marรงo-2017


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Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva, com Oliver Hess Dariva

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Sobre ter a mente aberta e sobre pessoas que inspiram

doramos Pato Fu. Até fomos em show e pegamos autógrafo com Fernanda Takai. O CD Música de Brinquedo fez companhia para nós por muito tempo. Mas, o que achamos genial é a música “Coração tranquilo”: - Tudo é uma questão de manter. A mente quieta. A espinha ereta. E o coração tranquilo. Para os pais, em qualquer época da sua ma/paternidade, a ideia tem que ser esta mesmo: procurar manter o coração tranquilo, mesmo que seja para dar limites e repetir orientações infinitas vezes. Não podemos esquecer: repetir é a chave! E aqui vai uma confissão: eu, Sandra, desisto algumas vezes. Mas, vamos para a ideia-chave deste texto: ter a mente aberta. Isto funciona para tudo: na família, no trabalho, no estudo, na vida. Entender que a diferença tem seu valor e saber lidar com o outro vai garantir que mantenhamos o coração tranquilo. Em tempos de globalização, precisamos educar nossos filhos para uma mentalidade aberta, que desenvolvam habilidades sociais e sejam tolerantes frente à diversidade. ... Neste sentido, temos que buscar exemplos. E, tem pessoas que nos inspiram muito. Minha mãe, Edit Irena Hess, me dá exemplos a toda hora. E, na medida em que amadureço como mãe, aprendo ainda mais em seus 73 anos completados no dia 1º de fevereiro.

Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 2 - Número 9 - Fevereiro+Março/2017 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares - Distribuição: Gratuita

Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860)

(Olha ela aqui do lado!) ... Falando em inspiração: quem não conhecia a professora Maria Helena Horlle Hoff, a professora de Matemática, a pessoa cheia de energia e do “xô baixo-astral!”, da rigidez com o aluno, da mãezonha que percorria a cidade inteira de bicicleta? Era preciso reviver seu exemplo e, pedimos para a filha Fabiane Horle Hoff contar um pouco desta pessoa que inspirou tanto e que virou até marca de produto. Em sua memória, na nossa memória, ficam seus exemplos de determinação e muita coragem. Exemplo de mulher, de pessoa. Esteja bem! ... Ah, claro que tem muito mais para ler e inspirar. Para refletir e gerar movimentos. Dessa vez, temos dois textos de estudantes, uma falando sobre a volta às aulas e o outro foi escrito por irmãos que adoram a música. Tem também dicas da área previdenciária, de primeiros socorros e, na área da Educação Financeira, informações sobre Consórcios. A Oftalmo Estância, da oftalmologista Daniela Vieira Roehe, completa seu primeiro ano em Estância Velha, período em que fala sobre sua experiência no consultório. Boa leitura! (E confere nossa página no Facebook: ali tem mais notícias e novidades!)

Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Freepik.com Impressão: Impressos Portão Entre em contato: 51-99961-4410 Leia os artigos em contato@zmultieditora.net

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Fabiane Horlle Hoff Relações Públicas, diretora comercial da Dinâmica Participações (e filha de Maria Helena Horlle Hoff)

Mulheres de verdade: esta é a nossa inspiração

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enho certeza absoluta que a base familiar é tudo. Educação a gente aprende em casa. Meus irmãos e eu temos uma Mãe com M maiúsculo! Hoje fisicamente ela já não está mais entre nós, pois há dois anos mudou-se para o céu, que, com certeza, deve estar mais alegre com ela por lá. A professora Maria dos três H’s, como era conhecida em Estância Velha, foi “profe” de boa parte da população, seja nas escolas que lecionou ou seja na nossa casa, por onde passou um bocado de gente, para tomar aulas particulares de Matemática, por mais de 30 anos. Nossa mãe tinha uma presença marcante. Ela era uma pessoa feliz, estava sempre sorrindo e disposta a ajudar, falava pelos cotovelos, cortava rapidamente as ruas da cidade montada em sua bicicleta, muitas vezes trajando saia longa. Ela estava sempre correndo, pois trabalhava basicamente 3 turnos, cuidava da casa e dos 4 filhos, sem ajuda alguma do nosso progenitor. E o mais engraçado é que era uma mãe muito amorosa e tenho inúmeras lembranças de pequenas porções de tempo que nos eram dedicadas com muita qualidade. Mas nem tudo eram flores, dar conta de 4 crianças exigia um pulso muito firme, e com apenas uma olhada dela para nós, já entendíamos o recado e andávamos num pé só! E quando fazíamos algo errado, ela explicava o porquê

de ser errado e se incidíssemos no erro, a varinha corria solta! Normalmente não havia terceira vez... Mas acima de tudo, a Mú, como eu carinhosamente a chamava, era para nós um exemplo e um orgulho. Era uma guerreira! Ela fez de nós as mulheres que somos hoje! Minha irmã Tatiane e eu somos sócias e temos nossa empresa há 13 anos. E o que vem fazendo dar certo, é justamente ter aprendido com ela a trabalhar muito e, acima de tudo, ter sonhos e realizá-los. Sempre com uma filosofia As irmãs Fabiane e Tatiane com a mãe Maria de vida positiva, fazendo as coisas bem feitas, com amor, com muito capricho e sempre que possível, ajudando os outros, pois fomos muito ajudadas no passado e ainda hoje. Acreditamos que a educação e o exemplo recebido em casa fazem a diferença nas pessoas que somos hoje. Sentimos nossa mãe Maria Helena Horlle Hoff presente em tudo que fizemos e para homenageá-la, criamos a marca H.MARIA, uma rede de vendas diretas de joias contemporâneas, que tem como slogan o título deste texto: “Mulheres de Verdade. Esta é a nossa Inspiração”.

Fernanda Hescher

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Susan Figueiró

Advogada - OAB/RS 68.161

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Lei Maria da Penha: dois pesos e duas medidas

pergunta é: “Quem não conhece a Maria da Penha”? Uma das leis mais conhecidas leva o nome de uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com 71 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica. Seu marido tentou matá-la em duas oportunidades: a primeira vez com um tiro e na segunda tentou eletrocutá-la. O agressor? Foi condenado após 19 anos a 8 anos de prisão, ficou preso durante 2 anos e hoje...está livre. Penha? Ficou paraplégica. O caso teve a devida repercussão, na minha humilde opinião, exclusivamente por se tratar de uma brasileira e um colombiano, com o envolvimento da Comissão de Direitos Humanos. Quantas e quantas “Penhas” já foram estupradas, espancadas, torturadas e/ou mortas por seus companheiros? Inúmeras. A lei foi criada na tentativa de tentar coibir a violência contra as mulheres, além de punir com mais seriedade os agressores, configurando violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Depois que a mulher apresenta queixa na Delegacia de Polícia ou à Justiça, o juiz tem o prazo de até 48 horas para analisar a concessão de proteção. A aplicação da lei Maria da Penha contempla ainda agressões de quaisquer outras formas, do irmão contra a irmã (família); genro e sogra (família, por afinidade); a violência entre irmãs ou filhas(os) e contra a mãe (família). Além disso,

garante o mesmo atendimento para mulheres que estejam em relacionamento com outras mulheres. Contudo, na prática, crescem diariamente o número de ocorrências registradas nas delegacias onde a vítima volta a procurar, conversar e até mesmo, conviver com o agressor logo após a denúncia ter sido feita. A polícia, como não tem como distinguir denúncias levianas ou até mesmo falsas de casos onde existe um risco verdadeiro, toma providências e movimenta todo o sistema para a eficácia de uma medida protetiva, processo judicial, entre outras diligências. Em muitos casos, a Lei é usada como forma de ameaçar o ex-companheiro no caso de novo relacionamento deste, ou como forma de chantagem econômica ou afetiva, geralmente envolvendo filhos. Dessa forma, a real violência física e psíquica acaba sendo...banalizada. Cerca de 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil, que está entre os 5 países mais violentos do mundo, em se tratando de mulheres, segundo a ONU. A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros dados mostram a gravidade da questão: a cada 5 minutos uma mulher é agredida no Brasil e uma em cada 5 mulheres já sofreu algum tipo de violência de um homem (conhecido ou não) e o parceiro é responsável por 80% dos casos reportados. Os dados são de uma pesquisa de 2010 da Fundação Perseu Abramo. A Lei é excelente e existe para ser usada, mas em casos REAIS. Ou seja: use-a...mas com sabedoria.


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Fevereiro/Março-2017 Leani Veiga Koppe Professora, pesquisadora e escritora

Mulher, simplesmente mulher

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ruxa, loba, leoa, jararaca, feiticeira, muitos rótulos para alguém que apenas deseja vivenciar o ser mulher... Ao longo dos séculos, para o universo masculino, a mulher sempre foi e muitas vezes, continua sendo aquela que, pelo simples de existir em sua plenitude feminina, conduz o homem ao pecado e a luxúria. Na Idade Média, muitas mulheres foram queimadas em praça pública no fogo da inquisição por terem o conhecimento dos mistérios da vida e sintetizarem em si mesmas as dores do mundo. Nos tempos da imigração alemã, ainda na velha Europa, em certos principados e condados havia leis que, com o objetivo de controle da natalidade, só podia casar depois de completar 27 anos de idade, não bastando isso, absurdamente, certos principados, como o dos pomeranos tinham o costume em que a moça tinha que se entregar em sua noite de núpcias ao rei, ao príncipe, enfim ao senhor, donos das terras na qual seus residiam. Ao apontar no novo mundo, novos hábitos a aguardavam! Os velhos costumes culturais se misturaram com os que aqui encontram, outros foram surgindo devido a vários fatores, mas como sempre, eram as mulheres que sofriam as consequências das mudanças. Agora deviam casar, muitas vezes ainda adolescentes, e ter muitos filhos: 10, 15 até 18 filhos, pela

necessidade de ter mão de obra barata. Quando ela mesma era essa mão de obra, tornando um polvo com inúmeros braços para dar conta de tudo, cozinhar, fazer pão, costurar, lavar, acompanhar o marido no trabalho da lavoura etc. Para alimentar famílias numerosas era necessário produzir muito alimento. Não havia espaço para a menor vaidade feminina. O tempo passa, a sociedade se urbaniza e moderniza, acontece o êxodo rural, a mulher se torna mão de obra barata, enfrenta a dupla e tripla jornada de trabalho na fábrica e os afazeres de casa. Aguenta chefes desumanos e muitas vezes, sem escrúpulos. Sai de casa, de madrugada carregando os filhos pequenos para deixar na creche. Bate o cartão às 7 horas e se prepara para encarar a pressão de um dia de trabalho, pois precisa produzir. No fim da tarde, sai da fábrica, pega os filhos com sacolas de roupas e calçados sujos que precisam estar limpos no dia seguinte. Aqui também não tinha lugar para pensar em si. Enfim, a mulher que deseja ser em sua plenitude feminina e ao mesmo tempo, é capaz de sentir as dores da vida e do mundo, mas que não é compreendida, se anestesia para enfrentar a difícil realidade. Que tantas vezes não consegue demonstrar seu verdadeiro eu, não pode ser visceral e autêntica em suas buscas. A mulher que simplesmente deseja ser mulher, mãe e companheira! Caminhar lado a lado com seu companheiro com poesia e romantismo.


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Kamila Scheffel Psicóloga CRP 07/14576 Terapeuta de Casal e Família Mestre em Psicologia Clínica*

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Estamos grávidos e agora?

notícia da gestação desperta sentimentos diferentes no casal de pais. Homens e mulheres reagem a essa descoberta de formas distintas, sendo fundamental que cada um possa validar o jeito do outro, ao invés de esperar que a reação seja semelhante. As diferenças de gênero podem se intensificar nesse momento, visto que cada um dos pais deseja conduzir a nova situação diante daquilo que julgam fundamental. As mulheres vivenciam as mudanças ocasionadas pela gravidez de forma mais concreta, enquanto que os homens se percebem pais quando o bebê nasce. Ao longo dos meses gestacionais, a dupla de pais precisará alinhar suas percepções, se permitindo aprender com o cônjuge e não julgar seu comportamento. As mães manifestam mais seus temores em relação ao bebê, já os pais expressam preocupação diante da questão financeira. Os futuros pais buscam por soluções, enquanto que as futuras mães se inquietam pelas emoções. Ambas as manifestações são pertinentes e importantes para o momento, assim, devem ser acolhidas e questionadas. Não existe jeito certo ou errado de lidar com

essa nova etapa na vida do casal, o que indica que os futuros pais precisam encontrar o jeito deles de estarem grávidos. Ajustes são necessários e as mudanças na rotina iniciam desde que a notícia vem à tona. Assim, juntos, precisarão conduzir esse processo rumo a formação de uma nova família. Ressalta-se que as diferenças podem os distanciar ao longo deste caminho ou os aproximar diante dos novos aprendizados. O desafio é conseguirem aceitar as diferenças, comunicar os desconfortos e aprender com um outro jeito de perceber as situações. Vale lembrar que a aceitação compreende respeitar a história que o cônjuge carrega, comunicar significa estar atento a maneira como o outro irá escutar o que estamos querendo dizer, e o aprendizado está em compor uma nova história a partir de duas trajetórias que se cruzam. Dessa forma, o bebê que está a caminho será recebido com o comprometimento e olhar que merece, pois irá precisar da disponibilidade dos pais para se desenvolver de forma saudável e estabelecer relações importantes para sua vida. * Autora do livro “Casais grávidos: um guia prático para os futuros pais (Z Multi Editora, 2016).


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Fevereiro/Março-2017 Ilizete Klein e Kimberly Klein Consultoras de moda e perfumaria*

Para renovar o look com a moda pijama, Xangai e o retorno do xadrez e do militar

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uem gosta do xadrez irá se esbaldar nesta nova estação. Também retoma com força a moda militar e a moda pijama, com figuras de gatinhos de todos os tamanhos. Todas as marcas seguiram Dolce Gabbana e estão aplicando os temas em diferentes peças de roupas. Quem vai vestir, não vai se arrepender também com a moda inspirada em Xangai. Para arrebatar, a jaqueta bomber é a grande queridinha. Ah, e vale lembrar que as estampas ficam bem nas mulheres magras até as Plus Size e de todas as idades. Para renovar o look nesta nova estação, esteja ligado. As boutiques que têm exclusividade nas marcas costumam esgotar rapidamente as peças. Basta postá-las nas redes sociais que, em alguns minutos, diversas consumidoras reservam um tempinho para conferir e saem super satisfeitas. Claro que o visual fica completo com uma maquiagem apropriada. O batom e a base matte estão sendo os preferidos, já que o clima daqui deixa a pele brilhosa. Com este produto, a textura da pele permanece a mesma por maior tempo. Existem kits de cuidados com a pele que, somados ao produto matte, vão deixar seu rosto em um belo cartão de visitas. E quem disse que autoestima e bem-estar não têm relação com estas dicas? Para se empodeirar, é preciso estar de bem consigo mesma. E a moda, na verdade, é aquilo que você mais gosta. * Mãe e filha, sócias-proprietárias da Intuição Moda & Perfumaria.


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Tati Barcellos

Felipe Cunha de Almeida Mestre pela UFRGS, professor, advogado, especialista em Direito Civil e Processual Civil. Ministrante do curso “Responsabilidade Civil no Direito de Família”, na Universidade Feevale, dias 20 e 27/03 e 03/04.

Omissão dolosa da paternidade à luz da Responsabilidade Civil

E Abraço camarada! Os colegas e parceiros de aventura, Miguel Luckmann e Pedro Henrique Lima Gressler, ambos com 4 anos, de Estância Velha.

m nível de proteção da família, há os deveres inerentes ao casamento (fidelidade recíproca e à união estável e que, face à omissão dolosa da paternidade, pode gerar reflexos para a responsabilidade civil). Via de regra, quando não se cumpre determinada obrigação, surge algum tipo de responsabilidade; um processo judicial. Para a hipótese de uma mãe omitir a paternidade do seu ex-marido, com mais razão ainda há uma condenação por danos extrapatrimoniais, dada a gravidade do fato: é que o seu ex-consorte, com tal mentira, tem sua honra e reputação atingida. Vejamos o que já Superior Tribunal de Justiça sobre o tema: O cônjuge que deliberadamente omite a verdadeira paternidade biológica do filho gerado na constância do casamento viola o dever de boa-fé, ferindo a dignidade do companheiro (honra subjetiva) induzido a erro acerca de relevantíssimo aspecto da vida que é o exercício da paternidade, verdadeiro projeto de vida. [...]. (STJ, 3ª Turma. REsp nº. 922462/SP. Rel. Min: Ricardo Villas Bôas Cueva. Julgado em: 04/04/2013. Como se observa da ementa do julgamento acima transcrito, o pai que tem sua real condição omitida é atingido em seus direitos de personalidade e, assim, deve ser indenizado pela mãe, em decorrência da prática de ato ilícito. Age a mãe contra os ditames da boa-fé, inclusive. Além do mais, o dever de fidelidade recíproca (Código Civil, art. 1.566, I) entre as pessoas casadas não foi observado, dada a traição, pela mulher: o valor da condenação ficou em R$ 200.000,00. Os casais devem observar boa-fé e o dever de fidelidade, sob pena de eventuais condenações como a aqui analisada.


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Fevereiro/Março-2017 Paola Roos Braun Advogada, mestra em Direito (OAB/RS 63.876)

Cônjuge e companheiro no mesmo patamar

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ais um avanço no Direito de Família no Brasil. Em agosto de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do Recurso Extraordinário nº 878694, posicionou-se favoravelmente à inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil, que trata de forma diferenciada cônjuges e companheiros no que tange ao direito de sucessão, ou seja, direitos decorrentes de herança do parceiro amoroso falecido. Pelo regime deste artigo, em regra, quando o companheiro tem direito à sucessão, seu quinhão é muito inferior ao que lhe seria conferido se fosse casado com o falecido. Ao interpretar-se este mesmo artigo à luz da Constituição da República fica clara sua inconstitucionalidade, pois o artigo 226 da Constituição e seus parágrafos dispõem que não há hierarquia entre as entidades familiares, que devem ser protegidas de forma similar nos aspectos relativos à solidariedade familiar. O julgamento ainda não está finalizado mas, apesar de parcial, o placar de 7 votos a 0 indica que a maioria dos ministros do STF entende pela

inconstitucionalidade do dispositivo citado. Mesmo que outros ministros modifiquem seu voto, já se tem maioria no posicionamento. A repercussão geral reconhecida no caso implica reconhecer que esta será a orientação a ser seguida no direito sucessório brasileiro a partir de agora. Seguramente tal avanço é reflexo de uma maior compreensão social quanto à liberdade na constituição do projeto familiar de cada um. O legislador brasileiro por vezes ainda é reticente e conservador. Mas a jurisprudência tem dado passos largos no sentido da evolução do Direito de Família. Quanto ao funcionamento na prática, é preciso aguardar o fim do julgamento para que sejam definidas algumas questões, como a modulação dos efeitos para os casos em andamento, de modo a que seja preservada a segurança jurídica.

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Ramiro José Borba

Poeta, escritor, viajante e promotor de vendas aposentado

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Os andarilhos... Na rota dos mistérios

ós, os caixeiros-viajantes, fomos ou até poderíamos ser chamados de andarilhos especiais, porque também percorremos a rota dos mistérios. Os mendigos andarilhos, geralmente sujos, cabelos e barbas encaracolados pela ação do tempo: poeira, sol, chuva, calor ou frio, eles silenciosamente percorrem quase sempre a pé as estradas do mundo. Mas também conheci um famoso médico, o qual não sei por que razão ou motivo, decidira virar andarilho. Pegou sua mochila de luxo, seus tênis de luxo, e colocou o pé na estrada. Nas minhas andanças, algumas vezes nos cruzamos. Eu parava o carro para conversar com ele. Saudando-o eu perguntava: como vai amigo? Ele, o médico andarilho, já com os cabelos e barba crescidos, empoeirados e encaracolados, limitavase a responder: muito bem. E o amigo? Eu sentia uma enorme tristeza em não poder fazer nada por ele. De descendência europeia, os cabelos já opacos pela ação do sol escaldante, o azul dos olhos ainda intacto, me olhava firme e, com aquela polida educação, dizia: o amigo me perdoe, mas eu tenho que andar. E ainda: boa viagem, amigo. E lentamente sumia na curva da estrada.

Eu, por alguns instantes ali ficava, pasmo, olhando e pensando: que destino... Como? Por quê? Quem haveria de explicar? Mistérios, mistérios... Nunca haveria de ser explicado, porque um dia o encontraram agonizando à sombra de uma árvore numa curva à beira da estrada. Serenamente e silencioso, fora-se, levando consigo o seu mistério, suas lembranças, seu desencanto, sua saudade, suas paixões... A polícia rodoviária rapidamente chegou. Levaram-no para um hospital. Era tarde. Olharam seus documentos. Estupefação geral... Ali estava a ficha de um grande médico bem-feitor. O pedido anotado e guardado consigo: não quero e não desejo honrarias. O que apenas quero é que me façam descansar num túmulo simples à beira da estrada. Quero sentir de perto as milhares de almas vivas a passarem por perto de mim. Obrigado. Quando, pelos jornais, eu soube do lance final, fiquei muito triste. E quando de passagem pelo local do seu túmulo à beira do caminho, solenemente parei para render minha homenagem ao meu amigo de estrada, aquele ilustre desconhecido. Naquele momento, eu era sim uma alma viva que parou para dizer-lhe: Dorme em paz, amigo.


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Fevereiro/Março-2017 Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

Relações familiares

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ão comum e antigo, quanto o próprio nome, este assunto reina entre nós. Mas que valor damos, quanto ele representa em nossa vida? Pode parecer estranho para muitos, mas, relações familiares começa no útero da mãe com o filho que, ao ser gerado, passa a ter uma relação afetivo familiar com essa mãe. Esse relacionamento envolve também o pai, que precisa saber quanto ele deve participar dessa relação. Uma relação familiar será forte dependendo muito de como ela é cultivada entre o casal que gerou e criará um filho. Esse filho poderá ser mais saudável, tranquilo e mais afetuoso, conforme as intercorrências da gravidez. Uma mãe e um pai saudáveis, por lógica terão grandes possibilidades de ter um filho saudável, muito embora não seja cem por cento determinante. Neste período, tanto a mãe quanto o pai precisam estar convivendo em equilíbrio emocional, psicológico e comportamental. O inverso também é verdadeiro porque, será uma relação fraca se esses princípios não forem respeitados. Em uma relação onde o casal vive em desacerto e não sendo saudáveis não poderão esperar um filho como gostariam. Ainda, se outros filhos vierem, com certeza

essa relação será mais exigida, pois, quanto maior o número de participantes em qualquer grupo, maior também será a possibilidade de divergências ou não. Podemos então deduzir que uma relação familiar depende de como nós idealizamos. Certo? Sempre vai depender, pois relações pessoais saudáveis dependem de uma boa educação, comportamentos adequados, respeito com o próximo e empatia. Sem contar que abrem um canal excelente de boas relações. Estas começam entre familiares, amigos e tantas outras pessoas com quem convivemos. Tudo isto faz parte e enriquece nossas vidas. Todos nós gostamos de ter uma vida boa, isto é, uma vida saudável. Porém se observarmos na prática não é bem assim, pois, com desculpas do cotidiano acelerado que levamos, muitas vezes esquecemos de um princípio básico de vida saudável, bom dia, boa tarde, por favor, obrigado. Quem sabe cada um fazer a sua parte e assim começamos a ter uma vida como queremos. (Como diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, numa de suas falas: “O que se leva da vida, depende da vida que se leva.”) Leia este e outros artigos em:

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Maiara Laís Mallmann Kieling Laura Eduarda Mallmann Kieling Estudantes*

A música está presente em nossas vidas

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SOPRANDO VELINHAS Davi Konzen (com a camiseta laranja), de Estância Velha, completou seus 4 anos comemorando em casa, com seus amigos!

ossa história com a música começou há muito tempo, e isso até parece estranho por sermos meninas tão jovens, mas, desde o dia em que nascemos, até mesmo enquanto ainda estávamos na barriga de nossa mãe, a música já estava presente em nossas vidas. O incentivo, sem dúvida, começou em casa, com nossos pais, que sempre deram todo o apoio do mundo para nós. Nossa mãe, além de cantar para nós ainda em sua barriga, também comprou todos os dvd’s e cd’s de músicas infantis da época para podermos aprender. Nosso pai sempre pegava seu violão e nos ensinava músicas, que até hoje são inesquecíveis para nós. E então, quando ficamos um pouco mais velhas, entramos para o grupo ONDA, da Igreja aqui de nossa cidade. Isso ajudou muito também, pois com ele começamos a nos dedicar mais à música. Mas, o ápice do nosso amor pela música chegou um pouco depois, quando entramos no Coral Meninas Cantoras de Novo Hamburgo, que também contribuiu muito para nosso aprendizado musical. Então aconteceu uma coisa inesperada. Um dia, estávamos sozinhas em casa sem nada para fazer, e resolvemos gravar um vídeo cantando uma música que nos encantou, a música Trem Bala, da artista Ana Vilela. Postamos sem esperar grandes repercussões, mas o vídeo se tornou um sucesso, e hoje, não poderíamos estar mais felizes com o carinho que recebemos de todos. Com certeza continuaremos cantando enquanto pudermos, pois a música já não é apenas um passatempo, a música já faz parte de nós e de nossas vidas. * Moradoras de Santa Maria do Herval, Laura tem 15, cursa o 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Cônego Afonso Scherer, e Maiara, 17, está no 3º ano; são filhas de Ivanice Mallmann e Maikel Maciel Kieling.


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Fevereiro/Março-2017 Ingried Maria Weber

Especialista em Estudos Avançados em Inglês e Formação Pedagógica para Docentes

Comparando diferentes épocas de aprendizado

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oje, o aprendizado de uma segunda língua, assim como o de outras aptidões, pode ser adquirido mais facilmente com diversos recursos disponíveis na Internet. Podemos afirmar isto porque antes do surgimento desta ferramenta, e também do celular, as opções existentes eram em número bem menor. Há cerca de 30 anos, professores de idiomas dispunham de pouco material para a exposição das suas aulas. Livros didáticos, e mesmo dicionários, eram escassos, e quando os tinham, era porque haviam trazido de outros países. Aliás, escutar atentamente a um professor que havia visitado outro país, era algo de outro mundo. Este feito era privilégio de poucos, e falar aos pais e irmãos que o professor de inglês ou alemão havia contado estórias sobre viagens ao exterior, era algo maravilhoso. Poucas eram as aulas em que o professor podia usar um aparelho, na época, chamado ‘toca-fitas’ ou ‘rádio gravador’ com o qual trabalhava a habilidade da audição. Para muitos dos alunos, escutar músicas infantis ou dos Beatles era fascinante. O silêncio tomava conta, o professor cantava ao som do aparelho, e os alunos acompanhavam deixando levar-se pelo encanto da música. O professor insistia na pronúncia e entonação corretas, bem como, na escrita precisa dos vocábulos, e posteriormente na estruturação das frases. Eventualmente, era

proposto um tema para uma peça teatral, e os alunos apresentavam aos colegas e professor. E se você está perguntando, “E os alunos aprendiam?” A resposta é sim. As opções para um aprendizado rápido e eficiente, nos dias atuais, são imensas. Há bons dicionários online com tradução, significado, pronúncia etc. Jogos infantis, jogos para adolescentes e adultos são encontrados online e em vários aplicativos de celular, assim como músicas, filmes, jornais, revistas, livros, artigos acadêmicos nas mais diversas áreas, preparação para provas do exterior, e até mesmo cursos de línguas. Os podcasts são uma boa opção para treinar o ouvido, vídeos do You Tube desde os curtos até os mais longos abordam os mais diversos assuntos, e desta forma também os TED Talks. Assistir a filmes no Netflix proporciona um aprendizado prazeroso a um custo baixo. A Speak Up é uma revista que pode ser encontrada no formato digital e oferece um aprendizado fácil, já que ela é elaborada para brasileiros. Cursos de imersão no idioma alvo são organizados localmente, um exemplo é o The Fools em Lomba Grande. O planejamento para uma viagem de férias, estudo ou trabalho torna-se mais acessível e, por que não dizer, uma oportunidade incomparável para o aperfeiçoamento do idioma, crescimento profissional e pessoal.


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Cayena Sofia Feiten Graeff Estudante*

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CARDÁPIO DELÍCIA! A turma de Pré Escola da Escola de Educação Infantil Aquarelar, de Estância Velha, cuidando para crescer forte e saudável!

Volta às aulas!!!

o final do ano, finalmente se inicia as tão esperadas férias. Os primeiros dias são daquela espera para ver se passamos de ano ou se teremos que repetir, depois vem o Natal em família, onde celebramos o nascimento de Jesus com as pessoas que amamos. Então, vem a virada de ano, onde normalmente se comemora na praia quando pulamos sete ondinhas. As pessoas, no entanto, vêm economizando e outras não gostam de toda essa agitação e preferem ficar em casa. Após a virada de ano, nossos pais já começam a se organizar para o resto do ano enquanto nós nos divertimos. Os nossos pais começam a trabalhar e muitas vezes ficamos na casa de nossos avôs, tios e até em alguns amigos. Nas férias também vamos à praia quando podemos ou quando alguém nos oferece alguma carona (ou algo do tipo). Mas os dias correm e já é hora de comprar os materiais escolares, quando dá aquele choque de realidade, pois, as férias que apenas começaram, infelizmente já estão acabando. É quando dá um nervoso, pois não sabemos o que nos espera. Quem vai para os Anos Finais vai estranhar um pouco as provas, mas vai se divertir aprendendo coisas novas. Além do mais, quem não gosta de comprar material escolar? Escolher as capas de cadernos, lápis, mochilas, além de ter sempre aquelas novidades que facilitam o dia a dia do estudante. Depois das compras é hora de fazer a parte chata, tirar as coisas da mochila, tirar os papéis da pastinha e separar o que precisa ou não. Na última semana de férias sempre dá aquela ansiedade desnecessária já que estamos nervosos e aguardamos muito o momento de reencontrarmos nossos antigos amigos e novos colegas, para ver qual colega acabou ficando para trás, ver quais matérias são as mais legais e quais são as que teremos mais dificuldades, quem serão nossos professores nesse novo ano letivo que irá começar. Finalmente, o último dia de férias é aquele no qual à noite a gente mal dorme, ansiosa para o dia seguinte. Arrumar a mochila pela primeira de muitas vezes durante o ano. Finalmente o grande dia, é o que as mães mais devem gostar, pois, ela só precisa chamar uma vez e a gente já pula da cama se arruma rápido, vai tomar café da manhã, segue para a escola e novamente começa mais um ano cheio de aventuras e diversão. * Cursará o 7º ano da EMEF 25 de Julho, em Ivoti.


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Fevereiro/Março-2017 Edinéia Silva Rysdyk Psicóloga do NAP CRP 07/26506

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Concentração na escola: ainda é possível?

magine que a sala de aula deveria ser um ambiente onde todos os alunos estivessem concentrados no que o professor tem a ensinar, mas na verdade não é bem isso que acontece. Somos humanos, nossa mente é flutuante e tudo nos chama a atenção, principalmente neste mundo tecnológico, com vários atrativos melhores que o estudo. Pensando nisso, seguem algumas dicas para aumentar a concentração. DORMIR BEM: A mente não poderá se concentrar se não estiver bem descansada. TOMAR CAFÉ DA MANHÃ: Consumir uma refeição nutritiva e adequada pela manhã proporciona a energia para o dia. SENTAR NA FRENTE: Isso ajuda você a se concentrar. EVITAR SENTAR PERTO DE AMIGOS TAGARELAS: Conversar com os amigos é muito importante, porém não nos momentos que exigem atenção. OLHAR PARA O PROFESSOR: Olhe-o nos olhos e observe seus movimentos. ANOTAR: Ouça as frases-chave como “Isso é importante” e anote. Utilize canetas coloridas ou marcadores de texto que chamem sua atenção.

ORGANIZAR-SE: Não tente terminar anotações antigas ou temas de casa durante a aula. PERGUNTAR: Quando um professor fizer uma pergunta, se ofereça para respondê-la. SER POSITIVO: Quando entrar na sala de aula, coloque um sorriso no rosto e um pouco de confiança no bolso. Sua mente produzirá melhor se você estiver de bem com a vida. REVISAR: Veja se consegue lembrar das partes mais importantes da aula do dia, sem olhar nos cadernos, faça um treino mental. Não desista! Se todas essas orientações estiverem presentes e ainda assim não funcionarem, é provável que você tenha alguma dificuldade maior. Não tenha medo, informese. Utilize a conversa com o professor como ferramenta de investigação e amplie sua rede de apoio. Contate seu médico, consulte um psicológo e faça uma avaliação neuropsicológica caso necessário. Boa prática!

Leia este e outros artigos em:

revistamultifamilia.wordpress.com


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Vicente Fleck Advogado - OAB 73.662

Principais mudanças nos benefícios do INSS

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uitas dúvidas têm sido geradas pelas informações de reformas na Previdência. Importante dizer que todas estas propostas estão a disposição da população, basta acessar o texto completo da PEC 287/2016 que tramita no Congresso. As principais mudanças são as regras para a aposentadoria e pensões que foram anunciadas. Pela proposta, fica proibida a cumulação de pensão com aposentadoria, bem como a pensão passa a ser reduzida a 51% do valor devido, acrescido de 10% pelo número de filhos, até o limite de 100%. Nas aposentadorias, as mudanças também são radicais. Pela proposta, homens e mulheres só poderão se aposentar aos 65 anos de idade, além disso, terão que contribuir pelo menos 25 anos; o valor da aposentadoria será de 51% do valor devido, acrescido de 1% por ano de contribuição, ou seja, quem tiver 65 anos de tempo de contribuição e tiver contribuído por 25 anos receberá 76% do valor devido, para se aposentar com 100% terá que ter o tempo mínimo de 49 anos de serviço. Outra pergunta que tem sido frequente é com relação a quem já está trabalhando e perto de se aposentar. Neste caso, a PEC estabelece que estas pessoas ainda terão direito de se aposentar desde que tenham 35 anos de tempo de contribuição e 50 de idade se homem e 30 anos de tempo de contribuição e 45 de idade se mulher. Além disso, o período que falta para se aposentar será acrescido de um pedágio de 50%, ou seja, se uma mulher com 45 anos de idade ou mais tiver tempo de contribuição de 28 anos na alteração da lei ela terá que trabalhar os 02 anos que faltam e mais 01 ano referente ao pedágio. Estas mudanças assustam a todos, porém essa é a proposta inicial, sujeita a diversas mudanças dentro da sua tramitação no Congresso, estaremos acompanhando com muita atenção todas as mudanças para poder informar nossos leitores. Feliz 2017, assim esperamos!


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Fevereiro/Março-2017 Daniela Vieira Roehe

Oftalmologista; Médica do Corpo Clínico do Hospital Banco de Olhos e do Hospital Ernesto Dorneles; Professora em glaucoma no programa de residência médica em oftalmologia do HBO-POA

Em prol da saúde ocular

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m fevereiro, completamos o 1º ano de atuação no Vale dos Sinos, tendo a sede em Estância Velha, mas atendendo a pacientes de Ivoti, Dois Irmãos, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, Portão, Presidente Lucena, Lindolfo Collor, entre outros. Neste período, conhecemos um pouco dos costumes, ocupações e problemas de saúde dos moradores. Os dados que apresentamos aqui são resultado de observação clínica, meramente informativos. Constatamos que cerca de 50% dos pacientes que nos procuraram para consulta rotineira, revisão do grau de óculos, exames oculares e até cirurgias eram da indústria do setor coureiro. Muitas costureiras com ateliêrs, homens revisores de acabamentos, motoristas, desenhistas etc. Encontramos também estudantes, professores, microempresários, enfim, todos necessitando enxergar detalhes. Afinal, quem não quer enxergar bem? Por sorte, a maioria é dotada de boa visão. Não se estranha, visto que, incluindo pessoas da 3ª idade, todos têm hábitos de vida bastante saudáveis. Se exercitam regularmente - isso inclui caminhada na rua - bebem bastante água e se alimentam com uma dieta contendo frutas, verduras e poucos alimentos industrializados. Muitas pessoas, algo em torno de 40%, fazem uso de algum tipo de medicamento psicoativo. Essa característica mereceria uma melhor investigação. Talvez relacionado a problemas osteoarticulares, diabetes, quiçá por causa ocupacional que pudesse gerar dor crônica, talvez devido à herança genética... São hipóteses a serem pesquisadas pelas áreas de Psiquiatria e afins. Nível de escolaridade bom, pouco analfabetismo, a maioria com Ensino Médio completo e muitos universitários. Alguns bilíngues, o dialeto alemão principalmente.

Glaucoma, catarata, doenças da retina e tumores ficaram entre 10 e 20% dos diagnósticos em nossa clínica. Adaptamos muitas lentes de contato, tanto para fins estéticos quanto terapêuticos. Ficamos muito felizes em poder contribuir com tudo isso! Às vezes, um profissional formado em Medicina com especialização opta por permanecer nos grandes centros pela comodidade e acesso a recursos disponíveis em grandes hospitais. Mas, por que não ampliarmos nossos horizontes e levar a outras cidades o alcance que uma Medicina de qualidade pode oferecer, contando com o apoio de centros não tão grandes, mas que ofereçam a mesma tecnologia da Capital em termos de diagnóstico? Pensando nisso, resolvemos inaugurar a Oftalmo Estância, um consultório oftalmológico completo com alguns exames secundários, e firmamos muitas parcerias na região, incluindo com a excelente Revista Multifamília, que só tem crescido e colhido frutos de um trabalho sério realizado pela equipe de produção. São esses exemplos que pretendemos seguir. Pudemos contar com uma calorosa recepção da região, que aprovou a ideia e nos apoiou desde o princípio, visto haver uma demanda reprimida na saúde ocular. Um ano de muitas emoções, realizações, aprendizado, experiências gratificantes e formação de um olhar para o futuro promissor que estamos construindo. Agradecemos a todos que já fazem parte da nossa família de pacientes, funcionários e parceiros! Parabéns a vocês que conquistaram essa vitória rumo a uma melhor qualidade de vida. Agora, os moradores têm resolutividade na região. Para você que costumava ir a Porto Alegre para consultar um médico oftalmologista, uma ótima notícia: não precisa mais.


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André Vargas, Rodrigo Minuzzo e Régis Minuzzo Corretores da Octa Consórcio

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Olhos no consórcio

ovidade para muitos, o sistema de consórcio foi criado no Brasil, na década de 1960. Surgiu quando um grupo de amigos interessados em comprar veículos. Por falta de oferta de crédito, criaram um fundo comum, onde todos pagavam uma parcela e alguém, por sorteio, era o felizardo. O consórcio é uma opção que o cliente tem para aquisição bens ou serviços, seja de um automóvel, imóvel, cirurgia, implante, reforma, e outros, tudo dependendo da administradora contratada. Muitos investidores aderem ao consórcio como um reforço para aposentadoria, capital de giro, aumento de patrimônio ou com a revenda da carta quando contemplada, entre outras opções. Este leque de opções oferecida pelo consórcio não é tão conhecido do grande público. Muitos têm para si a informação de que o consórcio “demora”, ou “não tenho paciência para esperar”, não levando em consideração tantos benefícios, como por exemplo o principal, que é comprar de uma forma mais justa e econômica. Exatamente por ter um prazo mais estendido que possibilita uma melhor organização financeira, a parcela torna-se mais baixa e evita que se pague juros, muitas vezes absurdos, pelo imediatismo. No topo da lista de sonhos e realizações pessoais da maioria das pessoas, certamente está o sonho da casa própria. Seja um terreno, com casa e pátio, um apartamento, uma casa na praia ou

na serra para curtir com a família e amigos, todos queremos um canto para chamar de nosso. E está lá, na lista de prioridades, no topo. Querermos o conforto de um automóvel, seja o primeiro, ou trocar por aquele mais completo, mais bonito. Realizar o sonho de andar com aquela motocicleta tão desejada quando adolescente. Quem sabe aquela cirurgia de correção necessária ou para melhorar a autoestima. Imagina você poder se programar e economizar fazendo um investimento que cabe no bolso, e correr o risco de logo ser contemplado por sorteio, pagando apenas uma parcela mensal. Legal, né? Óbvio que o fator sorte conta, mas analisa conosco, em um grupo onde alguém precisa ser contemplado pela mesma sorte, logo, todos têm a mesma chance, então porque não você, não é? Outra coisa bacana, no caso dos mais “apressadinhos”, o consórcio possibilita ao cliente que já tenha uma reserva financeira ou queira usar um percentual da própria carta, oferecer um lance. Isto somado com o sorteio mensal, permite aumentar as chances de contemplação. Sendo o teu lance a “bola da vez”, o valor ofertado serve com uma entrada ou adiantamento, com isso então, reajustando e diminuindo o valor da parcela ou a quantidade de parcelas. Com a atual situação do mercado, vale a pena pesquisar e ter opções ao alcance, o que facilitará a avaliação no momento da aquisição.


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Fevereiro/Março-2017 César Lorenzo Empresário Diretor da Extintores ExtinMetro

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A importância dos primeiros socorros

rimeiros socorros é o atendimento imediato a alguém vítima de acidentes ou de mal súbito. Tem como objetivo principal a preservação da vida, na promoção da recuperação, e evitar o agravamento da situação até a chegada do serviço especializado em urgência e emergência. É de fundamental importância que todas as pessoas tenham conhecimento básico de primeiro socorros e mantenham a calma na hora do atendimento. A maioria dos acidentes podem ser evitados, porém, quando eles ocorrem, o conhecimento de primeiros socorros diminui o sofrimento, evita complicações futuras e até mesmo salva vidas. Vale lembrar que acidentes ou mal súbito podem acontecer com pessoas que mais amamos, por isso, busque conhecimento. Não esqueça que um atendimento de urgência ou emergência mal feito pode piorar ainda mais a saúde da vítima. Importante destacar que, na prestação dos primeiros socorros, além da habilidade e saber manter a calma, é preciso acalmar a vítima, pois, o psicológico está em estado precário. A maioria dos acidentes ocorrem por atos e condições inseguras no local de trabalho ou até mesmo em casa, que podem ser evitados ou neutralizados através da implementação de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ou Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

TIA CORUJA Momento de curtição e muita brincadeira entre Juliana Birk e o sobrinho Théo Birk, de 2 anos, de Ivoti


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Tatiana Graebin médica veterinária, pós-graduada em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos

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Estamos preparados para ter um Pet?

uando surge a vontade de ter um bichinho de estimação, muitas vezes agimos no impulso, logo adquirimos. Mas não deve ser assim. É preciso avaliar vários pontos para realizar essa vontade. É preciso saber que se trata de um ser vivo, que precisa de cuidados, que esse bichinho irá viver muitos anos, sendo indispensável a responsabilidade por ele pela vida toda. É preciso analisar se todos na família estão de acordo, se todos vão colaborar nas tarefas. Se terão tempo para dar atenção, passeios. Devese ter consciência que esse bichinho precisa receber vacinas, vermífugos, atendimento veterinário para a vida toda. Indispensável avaliar o porte do animal em relação ao espaço oferecido. Não se pode ter um cão de grande porte em um espaço pequeno. Isso pode torná-lo agressivo e também adquirir doenças. Importante saber também que animais de pelo longo necessitarão de mais cuidados como escovações e até visitas a pet shops para realização de tosas. O mais importante: este bichinho dependerá de ti para tudo e para sempre. Para sempre significa pelo tempo de uma vida. Enquanto ele estiver nessa terra, precisará de ti. Ele contará com a tua assistência, teu carinho e tua fidelidade eterna. Nunca o abandone, nunca o deixe passar necessidade, nunca desista dele. Não o ignore quando não corresponder as tuas expectativas. Não o trate mal quando tu não estiveres bem. Não busque solução fácil aos teus olhos se essa solução não for digna para ele. Ame-o de todo coração, alma, entendimento e forças.


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Fevereiro/Março-2017 Paulo Link Produtor de plantas ornamentais

Cactos, planta símbolo da amizade

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natureza é sábia! Ela nos ensina, nos admoesta e, no entanto, nem sempre estamos dispostos a entender e a aceitar. Um animal de estimação também poderá nos dar muitas lições. Mas vou falar de plantas, especialmente dos cactos. É uma planta de vida perene, necessitando para isso dos devidos cuidados. Devo dizer que o cactos é considerado a planta-símbolo da amizade. Baseado nessa informação, farei uma analogia. Essa planta especial de diversas formas, quase sempre com espinhos ostensivos, e outras, menos ofensivas. Na época da floração, as surpresas são muitas. Os cuidados são regas frequentes, ataques de fungos e predadores, trocas do substrato e adubações. Algumas plantas são mais suscetíveis ao ataque de pragas; outras, de regas mais constantes. É preciso conhecer os cuidados específicos de cada uma. Assim é também a relação com a amizade. Ela só se sustenta se conhecermos bem o amigo ou amiga e aplicamos os tratamentos adequados. Não esquecendo que cada pessoa é diferente em pensamentos, opiniões e necessidades. Quando intensificamos os cuidados, a planta (cactos) se desenvolve, cresce e a seu tempo floresce. Com o amigo/amiga também é assim. Todos temos muito a aprender sobre o cultivo de plantas e a amizade. Vale a pena exercitar! Na dúvida, consultamos os especialistas. Certa feita, ganhei de um criador um canário. Após um tempo, percebi que o animalzinho tinha dificuldade de se segurar nas patinhas. Levei-o ao veterinário sugerindo o aparo nas unhas. Para minha surpresa, o especialista indicou tratamento das parasitas que havia nas patas. Assim é com as plantas. É preciso solicitar ajuda aos que têm mais conhecimento. Voltando aos cactos, ainda temos que falar dos mitos acerca dos espinhos e volume de água nas regas, mas isso deixaremos para uma próxima conversa.

CARRINHO DE LOMBA! Em Estância Velha, Sentindo o vento: Luan Lucca Homem (de pé) Cláudio Mattos (agachado) Tiago Souza Hirsch e Cristofer Zorn de Souza (sentados), e à frente, Jean Schneider Fernandes de Mattos.


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