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Os meus olhos transmitem a minha felicidade
Os meus olhos transmitem a minha
felicidade
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Blaise Pascal, um matemático e filósofo francês, disse algo que, de certa forma, descreve o que eu caracterizo do olhar das pessoas: “Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os interessados entendem essa linguagem”.No entanto, quando nos é feita a pergunta o que vemos nos nossos próprios olhos é bastante difícil responder, pois estamos a examinarnos a nós.
Esverdeado e castanho são as cores
que os meus olhos apresentam e são estas que me definem enquanto a pessoa que sou, a Kiki. Desde que me lembro, a minha família e amigos sempre me trataram por Kiki até aos dias de hoje. É um nome que criei e associei a mim mesma, quando era pequena e ficou marcado por quem me rodeia.
As cores dos meus olhos mudam bastante dependendo da luz solar e acho que é isto que me define, principalmente. Sempre fui uma rapariga indecisa, tanto queria uma coisa como outra. Assim, toda a minha vida, fui uma pessoa que nunca gostou de rotinas e sempre quis mudar e viver experiências novas, contudo quando algo corre mal sei que irei ter sempre a minha família a apoiar-me. Muitas destas experiências acabei por não gostar ou até mesmo detestar, mas, a maior parte delas adorei e, sinceramente, não me arrependo de nada. Na minha opinião,
devemos de experimentar tudo e sair da nossa zona de conforto, porque, caso contrário, como iremos saber o que realmente gostamos ou não?
Com o passar dos tempos, acabei por amadurecer e crescer. Como todos nós, também, tive más fases, mas, sobretudo, boas. Penso que é com esta equidade de experiências, más e boas que fazem a pessoa que sou hoje. Deste modo, pretendo seguir o ditado que a minha mãe está constantemente a dizer “vê a vida como um copo meio cheio”, visto que, assim, conseguimos ser mais felizes e, sobretudo, nutrir uma paz interior plena em relação a nós mesmos.
Tenho vários sonhos e experiências novas que pretendo fazer no meu futuro e tenho noção que o medo, neste aspeto, não se apresenta dentro de mim para as impedir. Espero levar para o meu futuro a “Kiki”, a minha essência, uma vez que é ela a base de quem eu realmente sou.
Em suma, penso que, ao olharmos para o olhar de outra pessoa conseguimos perceber o seu estado de espírito, tal como Pascal dizia. Nós, seres humanos, somos bastante transparentes quer queiramos ou não. Os nossos olhares acabam por ser pequenas janelas por onde os nossos sentimentos se revelam e, por onde podemos não só ver, mas também sentir o “mundo” do outro. Com isto, o que os meus olhos dizem é bastante fácil de decifrar, mas, acima de tudo, transmitem a minha felicidade perante o outro e a vida que estou constantemente a descobrir.
Catarina Teixeira