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ESPAÇO INTERGALÁCTICO E AS GALÁXIAS
Bilhões de estrelas, planetas, gás e poeira formam gigantescos sistemas chamados de galáxias.
Duília fez Mestrado em Radioastronomia e estudava galáxias peculiares que não têm formatos bem definidos. Ela queria entender a formação das estrelas nessas galáxias. Onde existem muitas estrelas, há fortes ondas eletromagnéticas que não são visíveis aos olhos humanos, mas podem ser detectadas com radiotelescópios, aquelas antenas parabólicas enormes.
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As galáxias podem ser: elípticas, espirais ou irregulares. A nossa, a Via Láctea, é do tipo espiral e tem um diâmetro de 100 mil anosluz. As estrelas nascem nos braços das galáxias espirais, onde há gás e poeira, e o nosso sistema solar habita um desses braços na Via Láctea.
Caminho Do Leite
Quando olhamos para um céu escuro, vemos uma faixa esbranquiçada, que os gregos associaram a leite derramado. Duília explica que o arco que vemos é um braço da Via Láctea e que as galáxias espirais têm um disco com braços ao redor de um núcleo grande que geralmente tem um buraco negro massivo no meio. O Sol é uma das estrelas que estão em um dos braços em rotação ao redor do buraco negro massivo.
Andando Em Pares
No Doutorado, a cientista começou a estudar galáxias que possuíam companheiras e viviam em pares. Mas sua pesquisa era para entender pares que tinham galáxias de formatos diferentes, por exemplo, uma elíptica que estivesse próxima a uma espiral. Ela queria entender por que, mesmo sendo tão diferentes, elas estariam juntas. Muitos achavam que as galáxias não formavam um par, mas que isso era fruto de uma ilusão de ótica, que elas estariam em perspectivas diferentes, como se uma estivesse muito mais atrás que a outra, e a aparência seria um efeito de projeção.
Em seu estudo, ela demonstrou que não era esse o caso, que as galáxias estavam próximas, sim, e que uma influenciava a outra. Duília encontrou populações estelares jovens nas galáxias elípticas quando se esperava apenas estrelas velhas, pois geralmente as elípticas não têm mais gás para formar estrelas. Ela percebeu que algumas elípticas que tinham as galáxias espirais como companheiras estavam formando novas estrelas: “Botei a culpa na espiral”, afirma, dizendo que a galáxia espiral teria transferido gás para a galáxia elíptica, que, por sua vez, com esse gás, formou uma nova geração de estrelas. E completa: “Foi no Doutorado que fiquei especialista em galáxias em colisão, galáxias que estão muito próximas uma da outra, prontas para colidir”.