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COMO ENXERGAM OS SATÉLITES
Na ilustração abaixo, podemos comparar dois telescópios espaciais que já trouxeram imagens incríveis do Cosmos. O telescópio Hubble vê uma pequena parte dos raios ultravioleta (UV), os raios que enxergamos (o arco-íris) e uma parte dos raios infravermelhos. Já os sensores do telescópio James Webb enxergam uma pequena parte do visível, os raios infravermelhos quase todos, sem o chamado infravermelho longínquo, que é mais próximo das micro-ondas.
Os telescópios captam várias imagens monocromáticas de um mesmo objeto que vão passar por filtros, cada um de uma cor, e juntando todas as imagens formam uma única imagem colorida. O procedimento no telescópio James Webb é quase o mesmo que no Hubble, mas os comprimentos de onda no infravermelho foram associados, indo das mais curtas às mais compridas, na ordem azul, verde e vermelho. No James Webb existe um número bem maior de filtros, para cada uma dessas cores iniciais: cada filtro deixa passar um comprimento de onda específico, associando, criando e mapeando as cores.
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Quer ver imagens dos telescópios? Visite os sites:
♦ https://hubblesite.org/home
♦ https://webbtelescope.org/home
Queremos Ver O Universo Distante
O telescópio James Webb está procurando pelas primeiras galáxias, para isso precisa estar longe do Sol e ter uma capa de proteção voltada para ele, para que esteja frio e possa detectar as imagens em infravermelho. O telescópio Hubble tem 2,5 metros e está a apenas 600 quilômetros da Terra. Já o James Webb tem 6,5 metros de diâmetro e possui uma área bem maior para coletar mais luz, e está a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra.
As galáxias mais distantes estão se distanciando mais e mais, com uma velocidade muito grande. A luz dessas galáxias vai passar para o infravermelho, por isso o James Webb possui detectores de ondas infravermelhas.
Com este telescópio também é possível ver alvos mais próximos, mas que estão escondidos atrás da poeira, como é o caso das estrelas que nascem em ambientes muito empoeirados. Os detectores infravermelhos conseguem penetrar por dentro da poeira. O novo telescópio vai trazer muitas descobertas, mais planetas, novas estrelas.
“O fato de ainda não sabermos como nossa própria galáxia se formou e evoluiu me faz continuar. Sinto que preciso contribuir de alguma forma para esse quebra-cabeça e tentar entender as nossas origens”, explica Duília de Mello.