Profissões do Futuro: O Almanaque

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profissões do FUTURO

o almanaque

EDITORA

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam

profissões do FUTURO o almanaque

Patrocínio

Criada em 2013, a Lei de Incentivo à Cultura da cidade do Rio de Janeiro é o maior mecanismo de incentivo municipal do país em volume de recursos. No ano de 2021, atualizamos os procedimentos para torná-la ainda mais democrática e mais simplificada. O Rio de Janeiro possui uma produção cultural diversa e que é decisiva para o seu desenvolvimento e para o bem-estar da população. Nossa lei, carinhosamente apelidada de Lei do ISS, é um mecanismo de fomento que busca estimular o encontro da produção cultural com a população.

Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

O QUE VOCÊ QUER SER

QUANDO CRESCER?

Médico ou desenvolvedor de softwares acoplados ao cérebro?

Arquiteto ou designer de interiores para realidade virtual?

Esportista ou gamer de e-Sports?

Costureira ou figurinista para avatares de jogos online?

Neste almanaque, vamos falar sobre profissões, nos aventurar pela História e descobrir juntos como o tempo transforma o mundo ao nosso redor. Almanaques são livretos recheados de informações, pequenas histórias e curiosidades sobre assuntos diversos. Será que nossos bisavós imaginavam que ligações poderiam ser feitas sem o trabalho das telefonistas? E os craques da seleção de 1958, poderiam prever um futuro em que daria pra jogar futebol fora de campo na tela do computador? Chegou nossa vez de fantasiar. O futuro reserva toda sorte de possibilidades. Que tal descobrir algumas delas nas páginas a seguir?

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O passado

DESDE QUANDO O SER

HUMANO TRABALHA?

Na Idade da Pedra Lascada, há milhares de anos, os seres humanos caçavam e procuravam na natureza o que pudesse servir de alimento. Essas tarefas já eram, de certa maneira, formas de trabalho. Por se alimentarem do que já existia disponível no mundo, às vezes as pessoas precisavam viajar longas distâncias até encontrar comida. Foi só quando elas começaram a desenvolver a agricultura e a usar o fogo para cozinhar, que puderam fixar moradia. Com o passar do tempo e a evolução da vida em comunidade, outros ofícios surgiram a partir das necessidades. É assim até hoje.

As inovações tecnológicas fazem com que algumas ocupações que já foram indispensáveis percam a utilidade. Da mesma forma que novas profissões são criadas, outras acabam sumindo.

A PROFISSÃO MAIS ANTIGA DA HISTÓRIA

No tempo do homo erectus, há mais de 2 milhões de anos, além dos coletores e caçadores, já existiam os… cozinheiros! É o que afirma um artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Utensílios próprios para o preparo dos alimentos foram encontrados perto de fósseis daquele mesmo período, o que nos dá indícios de que alguém tinha a função de preparar a comida para o grupo.

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Boi e sal na conta bancária?

Imagine, depois de realizar uma tarefa, receber em pagamento um punhado de sal. Pode até parecer estranho agora, mas os soldados romanos de antigamente achavam muito bom. Naquela época, extrair sal dos mares não era fácil. O sal era um produto raro e versátil. Além de dar mais sabor à comida, também ajudava a cicatrizar feridas e conservar os alimentos. Como ainda não existiam medicamentos industrializados, nem geladeira para manter a comida fresca, receber sal era um bom negócio. Vem daí a palavra que usamos até hoje para se referir ao pagamento por serviços realizados por alguém: salário.

Na Grécia Antiga, o gado bovino (pekus) também era muito utilizado como pagamento. Além de prover couro e carne, era usado para movimentar máquinas, transportar pessoas e materiais. Algumas palavras que surgiram por causa dessa relação continuam sendo usadas, como pecúnia, que quer dizer dinheiro, e pecúlio, que significa dinheiro acumulado. A troca de mercadorias ou serviços (escambo) sem moedas era comum na Antiguidade. Com o tempo, passaram a existir moedas metálicas, papel-moeda e até moedas virtuais. Assim como o trabalho, as formas de pagamento também evoluem de acordo com o modo de vida das pessoas.

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Quando foi inventada a primeira moeda?

O primeiro registro do uso de moeda metálica vem da Lídia, a atual Turquia, no reino da Ásia Menor, no século VII a.C. No decorrer da História, metais preciosos, como ouro e prata, foram substituídos por ligas menos nobres, como cobre e bronze, aumentando a circulação monetária. Já o papel-moeda surgiu no século VII, na China, mas só foi adotado no Ocidente, no século XVII, na Suíça. Não demorou muito para se popularizar, já que era fácil fabricar, armazenar, transportar e manusear, além de ser bem mais leve que o metal.

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Trabalho e profissão... Tem diferença?

Embora sejam muito próximas, as palavras trabalho e profissão possuem diferentes significados. Trabalho é qualquer atividade produtiva ou criativa, e nem sempre envolve remuneração. Quando uma pessoa se empenha em uma tarefa, podemos dizer que ela está trabalhando.

Já a profissão é um tipo de trabalho especializado que exige em troca um pagamento. Cada ofício requer conhecimentos específicos que podem ser aprendidos em cursos técnicos, universidades, com a experiência ao longo da vida, com familiares ou outros profissionais.

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A profissão no sobrenome

Antigamente, as pessoas costumavam ter um nome só. Com o crescimento da população, eles passaram a se repetir, e a solução foi acrescentar uma segunda palavra para evitar confusão. A origem dos sobrenomes é variada. A vegetação do lugar onde a pessoa morava ou a ocupação de sua família podiam ser a inspiração, por exemplo. O sobrenome Schneider significa alfaiate, em alemão; Shepherd é pastor, em inglês; Ferreira veio de Portugal e pode indicar a tradição da família em trabalhos com ferro. Muitos sobrenomes russos também são inspirados em diversas atividades como Singer (cantor), Fischer (peixeiro, pescador) e Gleizer (vidreiro).

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TRABALHO FORÇADO NÃO!

De acordo com a legislação trabalhista brasileira, a definição de trabalho forçado é:

“Aquele exigido sob ameaça de sanção física ou psicológica e para o qual o trabalhador não tenha se oferecido ou no qual não deseje permanecer espontaneamente”.

O trabalho forçado existiu em diversas épocas e partes do mundo. Pessoas e povos inteiros foram escravizados e obrigados a trabalhar sem qualquer remuneração por isso. Ainda hoje é importante que exista fiscalização pelos órgãos públicos para impedir essa e outras práticas abusivas no trabalho.

Dia do Trabalhador

É comemorado internacionalmente em 1º de maio por causa de uma greve dos operários por melhores condições de trabalho, que aconteceu em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos. O movimento conseguiu reduzir a jornada diária de treze para oito horas, além de conquistar aumento dos salários, do descanso semanal e das férias. Esse dia se tornou um marco em todo o mundo. A data é comemorada em mais de 80 países, exceto nos Estados Unidos, onde o acontecimento histórico é relembrado na primeira segunda-feira de setembro.

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ERA UMA VEZ...

TRABALHOS DE ANTIGAMENTE

Lanterninha de cinema Leiteiro

Vendedor de enciclopédias

Operador de mimeógrafo Ator e atriz de rádio

Atendente de videolocadora

Mensageiro de telegrama

Operador de telégrafo

Arrumador de pinos de boliche

Sinalizador de trilhos de trem

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TRIM, HORA DE ACORDAR!

Hoje é bem simples ter um despertador, o seu celular pode cumprir esse papel, mas para chegarmos a esse ponto muitas outras invenções foram feitas. Na Grécia Antiga, usava-se um instrumento chamado clepsidra, parecido com uma ampulheta. Em vez de areia, um pouco de água passava por buraquinhos bem pequenos. A água pingava até o horário de despertar, quando o aparelho fazia um som de assobio. Entre os séculos IV e V, surgiram os sinos das igrejas, que badalavam de hora em hora, despertando cedinho os moradores das proximidades. Na Revolução Industrial, foi criada a profissão de despertador humano, para que os operários não perdessem a hora de chegar às fábricas. Ele ia de casa em casa apitando, ou usando martelos para bater nas portas e uma vara longa de madeira para alcançar as janelas mais altas.

Dia do descanso

Nas pequenas vilas, durante o Império Russo, onde viviam muitas famílias judias, existia a figura do batedor de portas, chamado de Shul-klaper. Ele percorria as casas às sextas-feiras, um pouco antes de escurecer, para avisar às famílias que estava na hora de acender as velas do Shabat, a cerimônia que inicia o dia de descanso na religião judaica.

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Leite fresquinho delivery

Muito antes de surgirem os aplicativos para delivery, nossos bisavós já recebiam entregas em casa pela manhã. Diariamente, os leiteiros traziam leite fresco de alguma fazenda próxima. Como não havia conservantes, o produto precisava ser consumido logo e, por isso, ele era entregue todos os dias. Com a invenção do refrigerador e o processamento do leite, o armazenamento passou a ser possível por períodos mais longos. Aos poucos, a profissão de leiteiro foi extinta nos grandes centros urbanos.

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O acendedor de postes

Nos tempos de D. Pedro I, se não fosse noite de lua cheia, boa parte do Rio de Janeiro colonial ficava às escuras. Alguns pontos da cidade eram iluminados por lampiões, feitos com uma caixa de vidro, um recipiente com óleo e um pavio preso em uma cortiça. O acendedor de postes usava um bastão com um pedaço de tecido na ponta para acender a chama dos lampiões um pouco antes do cair da noite. Ao amanhecer, ele os apagava, limpava o vidro e colocava um pouco mais de óleo se fosse preciso. O gás substituiu o óleo dos lampiões. O primeiro tinha uma luz mais forte, mas ainda precisava de uma pessoa que o acendesse. A chegada da iluminação elétrica no Rio de Janeiro veio com as reformas urbanas inspiradas na cidade de Paris. Era a Belle Époque: pessoas em trajes elegantes, usando bengalas e chapéus, caminhavam pelas ruas mesmo quando escurecia, pois havia um novo sistema de iluminação por energia elétrica. E, assim, desapareceram os acendedores de postes.

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As telefonistas

A profissão marcou a entrada das mulheres no mercado de trabalho em uma época em que elas raramente podiam trabalhar fora de casa. Essa função as obrigava a se organizar em turnos, da manhã até a noite. Para falar com alguém, primeiro era necessário contactar a central telefônica. “Alô, telefonista. Gostaria de falar com a Senhora…”. E a telefonista perguntava: “Número, por favor?”. Após uma conversa breve, era a profissional quem completava a ligação, conectando os cabos de um contato para o outro. O tempo de espera para a transferência dependia da distância. Poderia durar minutos, horas, dias ou até semanas. Se a ligação era para um vizinho, rapidamente, estava transferida. Mas se fosse para outra cidade, a coisa complicava. A telefonista tinha de ligar para outro intermediário, ponto a ponto no mapa, de central a central, até chegar ao destino.

Bip! Bip! Trimmm!

Por pouco tempo na História uma outra profissão existiu, inspirada nas telefonistas: os operadores de pager, pequenos aparelhos que passavam mensagens, mas de forma eletrônica. Também conhecido como bip, era um dispositivo que teve seu auge na década de 1990, pouco antes da popularização dos telefones celulares. Cada um tinha um número e, para mandar um recado, nós tínhamos que ligar para uma central e ditar o conteúdo para um atendente. O aparelho, que funcionava por ondas de rádio, vibrava e fazia um triiiim para chamar a atenção de seu proprietário. Outro detalhe é que a mensagem tinha que ser bem curtinha, pois o espaço não comportava muitos caracteres.

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Datilografia

O datilógrafo era o profissional que manuseava a máquina de escrever que estava em todos os escritórios. Feita de metal, era bem pesada. Tinha um teclado, como o do computador, e uma bobina, para posicionar o papel. Datilografar nem sempre foi fácil. Era preciso aprender em um curso que consistia em exercícios de memorização do posicionamento das letras no teclado para dominar a técnica. A meta era digitar sem olhar e decorar o lugar certo de cada tecla para garantir uma escrita rápida e perfeita. Se houvesse um erro, a folha tinha de ser jogada fora, e o documento, digitado novamente. Às vezes dava para usar uma borracha especial, mas mesmo assim era um trabalhão, se comparado às facilidades do computador, que permite apagar qualquer texto na tela com alguns cliques.

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Perfuradoras de cartão

Lá pelos idos de 1960, chegaram os primeiros computadores nas empresas. Bem diferentes dos nossos pequenos laptops, ocupavam salas inteiras, e a entrada de dados era feita por um sistema de pontinhos, com cartões ou fitas de papel perfuradas. Parecido com uma ficha de loteria, cada furo representava um código, com sequências específicas para números e outras, para letras. Já pensou escrever uma frase inteira só com furinhos? Diferentes das datilógrafas, as perfuradoras pressionavam as teclas, mas em vez de gravar cada caractere como na máquina de escrever, elas faziam furos no cartão de papel. Com o tempo, os computadores pessoais chegaram, e os datilógrafos e perfuradores tiveram as profissões reinventadas: poderiam ser digitadores. E as máquinas de datilografia e perfuração, hoje, são peças de museu que contam a história do avanço da tecnologia.

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O PRESENTE

(NOVAS) PROFISSÕES DO PRESENTE

TECNOLOGIA

origem grega

TECKNE - técnica, arte ou ofício

LOGIA - estudo

Cada geração tem as características de seu tempo. Os trabalhos feitos atualmente são bem diferentes dos do passado e, certamente, não serão os mesmos no futuro em que viverão seus filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, netos e netas.

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Tá na moda

Tendências de moda são previsões do que as pessoas vão escolher para vestir: cores, estampas, formatos, acessórios etc. As marcas de roupa criam suas coleções a partir dessas previsões.

• Quem se lembra da camisa gola V? Foi muito usada nos anos 2000.

• A pochete foi moda em 1980.

• O cabelo mullet era tendência nos anos 1980 e está de volta.

Coolhunter

Cool = legal, maneiro

Hunter = caçador

Coolhunter é um caçador de coisas legais, que estão na moda. Não se trata só de roupas e acessórios. Este profissional pode “procurar” lugares onde as pessoas gostam de ir ou suas comidas preferidas, por exemplo. Uma boa pesquisa de tendências ajuda as marcas a criarem produtos de sucesso, afinal, mostram o que as pessoas querem!

Minha avó é youtuber

Personalidades, celebridades ou criadores de conteúdo. Estes são alguns dos nomes dados a quem se dedica a trabalhar como youtuber. Pode parecer algo que só gente jovem faz, mas não se engane. Em 2020, o livro dos recordes – Guinness World Records –premiou uma obaasan, que é como se chamam as avós no Japão. Ela é a youtuber de games mais velha do mundo. Nascida em 1930, seu nome é Hamako Mori, e seu canal no YouTube tem mais de 250 mil inscritos. Quando o videogame foi lançado, ela se perguntou: “Por que só as crianças podem se divertir com isso?”, e comprou seu primeiro console há 40 anos. Após receber o prêmio pelo recorde, Mori-san declarou: “Depois de viver tantos anos, sinto mais do que nunca que jogar videogame por tanto tempo foi a escolha certa. Estou realmente gostando da minha vida, é uma vida cor-de-rosa”.

eSports: Profissão Gamer

Jogar futebol é uma paixão nacional! Com a criação de videogames, além da habilidade com a bola no pé, passou a ser valorizado o talento de se movimentar o jogador na tela, usando um controle. A chegada da internet e das transmissões ao vivo abriram portas para uma nova forma de se competir: os eSports. Os esportes eletrônicos são transmitidos em tempo real e os jogadores atuam como verdadeiros atletas do mundo virtual. Por mais que essa modalidade não exija tanto esforço físico, a dedicação dos atletas digitais também é grande. As equipes profissionais possuem centros, onde se pode ficar até 14 horas por dia estudando estratégias e treinando. Os tipos de eSports são variados, e algumas competições oferecem prêmios altíssimos em dinheiro.

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Desenvolvedor de jogos

O Brasil é o 13º país do mundo em consumo de games, movimentando 1,5 bilhão de dólares por ano. Nesse cenário, a profissão vem crescendo rapidamente. As áreas de atuação são: design de jogos, roteiro, programação, design gráfico, design de áudio e teste de jogos. Esses profissionais criam e desenvolvem jogos até que estejam prontos para serem vendidos. No Brasil, já existe uma faculdade de jogos digitais.

Desenvolvedor de Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Realidade virtual e realidade aumentada são tecnologias de ponta que estão cada vez mais populares ao redor do mundo. Na primeira, a sensação é de se estar em um outro ambiente, normalmente usando-se óculos especiais para proporcionar essa experiência, graças a efeitos de computação gráfica. Já na realidade aumentada, é possível sobrepor elementos do mundo real e virtual, e o usuário de smartphone já consegue realizar este feito usando aplicativos específicos. Até poucos anos, trabalhar com essas tecnologias era apenas um sonho de muitos, mas hoje o mercado está cheio de possibilidades. Para se trabalhar nessa área, pode-se estudar tecnologia da informação, engenharia ou desenvolvimento de software.

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Robôs em todos os lugares!

Se olharmos para o céu à noite e procurarmos um ponto brilhante avermelhado, vamos encontrar o planeta Marte. O que não dá para ver é que andam sobre o solo marciano dois robôs, enviados para se descobrir mais a respeito do planeta vermelho. Levar pessoas para Marte ainda é coisa do cinema, por isso robôs exploradores foram enviados para mandar informações sobre a presença de água e indícios de vida, além de proporcionarem o estudo do solo e do clima. Estes robôs/veículos são chamados de “rover”, que, em inglês, significa andarilho. Eles são capazes de se locomover em solos arenosos, ultrapassando buracos e pedregulhos. Se até em Marte já temos robôs, imagine quantos outros lugares eles já ocupam e de quantos tipos diversos? Para que eles existam, muitos profissionais diferentes são necessários: engenheiros de sistemas, engenheiros aeroespaciais, engenheiros de softwares, cientistas pesquisadores, assistentes executivos, escritores técnicos, engenheiros da computação, técnicos de laboratório. E aí, que tal participar da próxima missão?

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Trabalhar de pijama?

Trabalhar em casa parecia um sonho impossível para muitos funcionários de empresas. No entanto, no período da pandemia da covid-19, companhias e colaboradores foram pegos de surpresa e tiveram que recriar suas rotinas de trabalho. Foi uma mudança complicada no início, mas quando todos aprenderam a usar os novos programas e ferramentas que surgiram para facilitar o trabalho remoto, deu para perceber que este modelo veio para ficar. Essa é uma ótima notícia para quem vai ingressar no “mundo do trabalho”, e não é só por poder trabalhar de pijama. Agora podemos atuar em qualquer cidade do Brasil, ou quem sabe até em outro lugar do mundo, sem sair de casa! Dependendo da profissão, é possível até viver viajando sem parar de trabalhar.

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Startups

São empresas que começam pequenas, com poucos funcionários, mas têm um enorme potencial de crescimento, pois surgem para atender necessidades ainda não exploradas. Uber, Spotify e Airbnb começaram assim: desenvolvendo uma ideia que ainda não havia sido pensada e que hoje faz parte do nosso dia a dia. Ao contrário das empresas tradicionais, que precisam de uma quantia inicial de dinheiro para começar, as startups são lançadas no mercado com poucos recursos em busca de aportes para crescer. Dá até para conseguir apoio financeiro pela internet, com crowdfunding, que são plataformas de arrecadação para financiar projetos, a chamada “vaquinha”.

Eu quero essa vaca!

O termo vaquinha surgiu lá pelos anos de 1920, e acredite: na torcida vascaína. Naquela época, os torcedores se juntavam e contribuíam, cada um, com um pequeno valor para premiar os jogadores a cada partida ganha, como um incentivo em dinheiro, cuja quantia variava, seguindo os números do jogo do bicho; o número da vaca era o 25, correspondente à maior quantia da época, 25 mil réis. Com o passar do tempo, o termo foi sendo usado sempre quando várias pessoas se juntavam para reunir e doar alguma quantidade de dinheiro.

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Fintechs

O nome fintech junta duas palavras “finança” e “tecnologia”. São empresas que criam várias ferramentas para organização financeira. Sem elas, não teríamos os bancos digitais e as transações bancárias feitas por smartphones. Há pouco tempo, antes da criação do banco online, era necessário ir à agência para fazer coisas triviais, como um depósito. Tudo tinha que ser resolvido dentro do horário de funcionamento. Se chegássemos na porta do Banco às 16h01min, tínhamos que voltar para casa e deixar o pagamento para o dia seguinte. Hoje já podemos pagar tudo por transferência digital a qualquer hora ou mesmo agendar uma transferência com poucos cliques.

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Vagas Abertas E Trabalho Para Oferecer

O mercado de trabalho não é um lugar específico, como um supermercado! Usamos esse termo para definir a relação entre as pessoas que estão procurando trabalho e as que estão oferecendo, num sistema em que, como num mercado, negociam-se os preços e as quantidades. Nesse caso, o que está sendo “vendido” é o próprio trabalho.

Eu no mundo

Ser criativo, realizar bem as tarefas, chegar na hora marcada, mostrar suas ideias de forma clara e com respeito aos demais colaboradores… Tudo isso tem se mostrado cada vez mais importante para se obter um lugar no mercado de trabalho. Além das habilidades técnicas, ter inteligência emocional e boa comunicação faz toda a diferença.

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Hardskills, do inglês habilidades duras

São habilidades técnicas que aprendemos em cursos e treinamentos, geralmente ligadas a uma profissão específica.

XSoftskills, do inglês habilidade suaves

São habilidades comportamentais, que envolvem a capacidade de se relacionar bem com outras pessoas, saber gerir as próprias emoções, resolver problemas e usar a criatividade.

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Habilidades socioemocionais

Todo mundo, em algum momento, sente raiva, medo, tristeza, nojo e alegria. A forma como cada um de nós lida com esses sentimentos ao se relacionar com outras pessoas é o que chamamos de inteligência socioemocional.

Este tipo de inteligência envolve perceber as suas emoções e as de quem mais está na equipe, principalmente em situações de tensão, para saber como agir em cada situação. Todos os trabalhos podem gerar estresse: prazos podem ficar apertados, erros inesperados acontecem e podem sensibilizar os profissionais. Aprender a lidar de forma positiva com essas adversidades é uma habilidade emocional que, de maneira saudável, traz confiança ao ambiente de trabalho e melhora as relações interpessoais.

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Tolerância à frustração

Quando as coisas não saem como planejamos, como nos comportamos?

Empatia

Autoconfiança

Acreditamos em nossa capacidade?

Entusiasmo

Trabalhamos com o que gostamos?

Conseguimos nos colocar no lugar do outro para buscar entender o que eles estão vivendo?

Respeito

Combinamos opiniões diferentes?

Confiança

Temos autoconfiança e acreditamos nas demais pessoas da equipe para desenvolver o trabalho coletivamente?

Responsabilidade

Foco

Iniciativa social

Nossos projetos trazem benefícios para a sociedade?

Mantemos nossa atenção no que estamos fazendo?

Organização

Temos comprometimento com nossas tarefas e o espaço coletivo de trabalho?

Determinação

Seguimos melhorando sempre e determinados a concluir nossas tarefas?

Sabemos manter cada coisa em seu lugar e priorizar corretamente as tarefas?

Persistência

Enfrentamos as adversidades que aparecem no caminho?

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Pensar fora da caixa

É uma expressão que vem do inglês: thinking outside the box. Ela se refere a uma maneira de pensar diferente, criativamente; inovar e ir além do que é conhecido. O termo acabou se tornando comum no mundo dos negócios.

É possível transformar um hobby em carreira profissional?

Hobby é o que fazemos por diversão, que gera bons momentos. E quem não quer trabalhar com algo que o faça sentir-se bem? Quando nos dedicamos ao que gostamos, nosso desempenho é muito melhor. Pensando assim, transformar um passatempo em profissão parece uma ótima ideia. Mas será que isso é possível? Normalmente, esse momento serve para aliviar o estresse do dia a dia. Caso se torne uma profissão, provavelmente, seu hobby perderá essa função.

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Currículo

Onde você estudou? Onde já trabalhou? Quais são suas habilidades?

Estas são algumas perguntas respondidas em um curriculum vitae, que muita gente chama pela sigla C.V. Nele você faz uma lista ou um resumo de suas experiências de vida que podem ser úteis no trabalho.

É por ele que os contratantes avaliam se o candidato tem o perfil ideal para a vaga de emprego que estão oferecendo. Um bom currículo deve dar vontade em quem lê de te contratar.

Algumas dicas:

• Diagramar de uma forma original, se concorrer a uma vaga para áreas culturais ou de marketing. Empresas mais formais vão preferir uma listagem bem organizada dentro do padrão.

• Atenção para renomear o arquivo com nome e ano em que o documento foi atualizado, como: “CV Maria Antonia Souza 2022”. Essa é uma forma do seu arquivo ser encontrado no meio de tantos outros.

• Pode ser bacana incluir uma foto sua e informações adicionais como seus hobbies ou outros talentos: gostar muito de ler, ir ao teatro ou saber tocar um instrumento.

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O fu tu ro

PREVER O FUTURO

É possível calcular ou prever o amanhã? O que faríamos de diferente se soubéssemos o que irá acontecer? Ao longo da história, a mitologia, a astrologia, as religiões e os videntes tentaram responder a essas duas perguntas.

Δs MΦiras e Φ fiΦ da vida

Na Grécia Antiga, as pessoas acreditavam que seu destino era delineado por três deusas: Cloto, Láquesis e Átropos. Filhas da noite, elas eram damas que teciam o fio da vida num tear especial, a roda da fortuna. Cloto é a dona do fuso. É ela quem inicia o fio da vida. Láquesis continua a tecer, definindo as provações que cada um enfrenta. Por vezes, o fio se encontra no alto da roda, quando a pessoa está onde gostaria. Quando o fio está na parte baixa, isto simboliza os momentos de má sorte. Átropos, a terceira dama, possui uma tesoura encantada, que usa para cortar o fio e, assim, encerrar a vida. O poder das deusas era tão grande, que nem Zeus, o maior dos deuses, poderia interferir em seu trabalho, pois isso alteraria toda a ordem do universo.

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O cavalo de Troia

Essa é uma história que remonta 5.500 anos atrás. Conta-se que Cassandra, filha do rei de Troia, era tão bonita que Apolo, o deus do Sol, teria por ela se apaixonado. Como presente, ele a ensinou a prever o futuro. Mas ela não correspondeu aos sentimentos dele e, por isso, Apolo a amaldiçoou: Cassandra seguiria prevendo o futuro, mas ninguém acreditaria nela.

Troia estava em guerra com a Grécia. A cidade de Troia era protegida por uma muralha, que continha as invasões. Até que Odisseu, herói grego, elaborou um plano: construíram um grande cavalo oco de madeira, e dentro dele um grupo de guerreiros se esconderia. Os gregos fingiram ter partido de Troia e deixaram o cavalo na porta da muralha. E assim foi. Acreditando ser um presente para os deuses, os troianos levaram o cavalo para dentro da cidade.

Cassandra, por sua vez, previu o que aconteceria, mas ninguém levou sua previsão a sério. Diziam que ela estava falando bobagens. Afinal, Apolo havia amaldiçoado a jovem. Troia estava em festa pela vitória contra a Grécia. A noite cai e os troianos dormem. Os gregos saem de dentro de seu esconderijo, o cavalo, invadem a cidade e conquistam Troia. Que tragédia! Tudo poderia ter sido evitado se os troianos tivessem acreditado na palavra de Cassandra.

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José do Egito

Certa vez, o Faraó sonhou que sete vacas magras comiam sete vacas gordas. E que sete espigas de milho feias devoraram sete espigas vistosas. Quando acordou, o Faraó ficou muito perturbado. Tratou de chamar todos os seus magos e conselheiros. Contoulhes seu sonho, mas ninguém sabia interpretá-lo. Até que seu copeiro se lembrou de um hebreu escravizado chamado José, capaz de decifrar sonhos. José interpretou que o Egito passaria por sete anos de abundância e depois por sete anos de fome e aconselhou o soberano a guardar alimento para os tempos difíceis. Assim fez o Faraó. Isso garantiu que o povo do Egito tivesse o que comer durante os anos de seca. Assim está escrito na Bíblia, no livro Gênesis.

FUTUROLOGIA

O estudo do futuro não é uma arte mística ou esotérica, nem coisa de ficção científica. Future studies, em inglês, futurologia, é um campo das ciências sociais. Futurólogo é o profissional que estuda as direções para o futuro. Como um detetive, ele analisa jornais, redes sociais, relatórios, dados estatísticos e livros, buscando por pistas. Seu trabalho é tentar entender como as descobertas científicas, os avanços tecnológicos, os episódios históricos e os eventos políticos influenciam nosso comportamento e em que direção a sociedade está caminhando. Ele se pergunta: como a sociedade reagiu no passado diante de situações semelhantes? A partir de padrões no passado e no presente, ele conclui quais são as tendências para o futuro, ou seja, o rumo que vamos seguir, os eventos que podem acontecer e de que maneira vamos reagir a essas mudanças.

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A futurologia estuda as tendências.

Possibilidades

Caminho Direção Inclinação

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CENÁRIOS DE FUTURO

Cenário pode ser o conjunto de elementos que ocupam o palco em uma peça de teatro, o local onde acontece a ação de um filme ou de um game. Um cenário não precisa ser material, pode ser também uma ideia, como quando lemos um livro e imaginamos onde a história se passa.

Para tentar antecipar o futuro e prever quais profissões podem existir amanhã, também trabalhamos com cenários, imaginando o tempo que virá com base no que conhecemos até agora.

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CENÁRIO 1 - ERA DAS MÁQUINAS?

Falar em robôs parece coisa de ficção científica, mas eles já fazem parte do nosso dia a dia. As máquinas já estão substituindo os seres humanos em tarefas manuais e repetitivas. Muitos cientistas dizem que não há motivo para receio, porque somos nós, humanos, que vamos continuar a pensar e desenvolver os aplicativos, os programas e as máquinas. Quando falamos em robôs, muitas vezes estamos nos referindo a programas de computador inteligentes, e nem sempre a humanoides, com braços e pernas.

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Inteligência Artificial

Qual a definição no dicionário para a palavra inteligência?

1. faculdade de conhecer, compreender e aprender.

2. capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de se adaptar a novas situações.

Inteligência Artificial (IA) tem exatamente a mesma definição, sendo a Artificial realizada por um programa de computador! Estamos cercados de vários aplicativos e programas que usam a IA, como os assistentes virtuais, ou em áreas como medicina, segurança, comunicação, ciência e muitas outras tecnologias que já surgiram ou ainda irão surgir. A IA é um programa que recebe muitas informações de uma só categoria (muitas mesmo, você já deve ter ouvido para isso: BIG DATA) e vai analisando aquele conteúdo e testando possibilidades. A cada teste, guarda o resultado, se foi o esperado pelo desenvolvedor ou não. Assim, vai “aprendendo” cada vez mais um determinado assunto. Vale lembrar que uma IA programada para ajudar médicos a diagnosticarem uma doença nunca será capaz de criar uma música, o que nos faz supor que aquele cenário de filmes apocalípticos, onde o programa assume consciência, provavelmente nunca irá acontecer.

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Carros autônomos com a inteligência de um piloto

Carros que andam sozinhos já vêm sendo testados ao redor do mundo. Eles usam sensores, câmeras e radares para enxergar obstáculos. Depois, um programa de inteligência artificial analisa os dados e encontra padrões de comportamento para tomar decisões: acelerar, frear, virar o volante... Espera-se que no futuro eles sejam capazes de detectar a melhor rota e de levar o passageiro em segurança ao seu destino. Com carros autônomos, guiados por inteligência artificial, será que no futuro existirá a profissão de motorista?

Um robô pizzaiolo?

Essa é a proposta de uma startup francesa, que desenvolveu um grupo de robôs pizzaiolos, capazes de preparar uma pizza sozinhos, sem ajuda de seres humanos. O cliente faz o pedido em uma tela de autoatendimento e pronto: eles começam a trabalhar. Segundo a empresa, um exemplar de uma máquina é capaz de produzir mais pizzas por hora do que um pizzaiolo humano: 120 contra 50. E mais: a engenhoca tem três braços e pode fazer várias pizzas ao mesmo tempo. Como as máquinas não dormem, o restaurante fica aberto 24 horas por dia, sete dias por semana. Será o fim de mais uma profissão?

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CENÁRIO 2 - MÁQUINAS LIGADAS AO SER HUMANO

Há tempos, surgiram dispositivos para serem integrados ao corpo humano e melhorar a nossa saúde, como os aparelhos auditivos, o marcapasso e as próteses. Agora começamos a ouvir o termo “transumanismo”. Será que estão surgindo os super-humanos?

E se pudéssemos usar a tecnologia para correr mais rapidamente, aumentar nossa memória, ou a velocidade do pensamento usando um microchip? O transumanismo é um movimento que acredita que com o uso da tecnologia poderíamos aumentar nossas capacidades intelectual, física e psicológica. Alguns fãs desse movimento acreditam que seria possível desacelerar o envelhecimento e até viver para sempre. As melhorias seriam feitas por procedimentos cirúrgicos que permitem a fusão dos seres humanos com a tecnologia, os tratamentos genéticos, suplementos e até as pílulas.

As mudanças do transumanismo vão nos ajudar no trabalho?

Biochip

É uma das inovações do transumanismo que já está disponível, do tamanho de um grão de arroz. Ele é feito de um material compatível com o corpo humano, que o organismo não costuma rejeitar. O chip é implantado sob a pele, geralmente na região da mão, invisível a olho nu. Ele pode substituir a carteira de identidade, as chaves de casa, os cartões de crédito e até senhas de acesso ao banco. O que será possível com o biochip do futuro?

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Cérebro com bluetooth?

Unir vários saberes é uma das tendências para o futuro. Imagine o que seria necessário para desenvolver um aplicativo que conseguisse trabalhar diretamente em contato com o cérebro? Para isso, esse profissional deveria entender e estudar a formação do cérebro humano, mas também de programação, unindo ciências humanas, exatas e biológicas.

A neurociência é uma área nova que junta tudo isso, os cientistas estão abrindo possibilidades, caminhos para o futuro. Nos últimos cinco anos, começaram os estudos de terapias que implantaram eletrodos no cérebro de pacientes – ou seja, pequenos terminais utilizados para conectar um circuito elétrico à outra parte, que pode ser metálica ou não, ou solução aquosa.

Em uma pesquisa, participaram pacientes paralisados por lesão na coluna, nas áreas responsáveis por comandar os movimentos dos braços e pernas. Os cientistas conseguiram criar um programa que interpreta o que o cérebro quer fazer e que envia esses comandos para o computador - a chamada interface homem versus máquina.

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O programa consegue ler os sinais do cérebro da pessoa e entender qual movimento ela gostaria de fazer, mas não é capaz. O software capta o que a pessoa estaria planejando, caso fosse apta. Esses movimentos hoje já podem ser traduzidos para um robô. Em um experimento, o paciente já conseguia tomar uma cerveja sozinho, ele comandava um braço robótico, preso a uma mesa, apenas usando os sinais do próprio cérebro, enviados por bluetooth para o robô.

Outra pesquisa se dedica a fazer com que pessoas tetraplégicas possam voltar a escrever à mão. A pessoa imagina que está escrevendo um texto com letras cursivas, o robô consegue decodificar quais são as letras, e depois passa por um corretor automático para tirar eventuais erros. Os pesquisadores conseguiram 99% de precisão das palavras que a pessoa desejava escrever à mão, mesmo com a deficiência.

Esses experimentos são só o início do desenvolvimento de pesquisas da neurociência, que buscam que pessoas com deficiências consigam controlar equipamentos, ganhando qualidade de vida, redefinindo completamente a maneira como elas viverão no futuro.

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O exoesqueleto da Copa do Mundo

Poderia o cérebro humano controlar uma máquina? Este é o tema da pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis. Ele criou o exoesqueleto BRA-Santos Dumont 1. A ideia do estudo é criar uma roupa robótica controlada pelo pensamento que seja capaz de fazer uma pessoa paraplégica em cadeira de rodas voltar a andar. A primeira demonstração do equipamento foi feita na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, onde um rapaz deu o chute que iniciaria a competição.

Upload de mente ou sublimação mental

É possível carregar o cérebro humano em um computador e viver para sempre? Essa é a ideia da transferência mental, uma tecnologia hipotética do futuro. Imagine só: uma máquina escanearia o nosso cérebro. Ela iria entender a posição de cada sinapse e neurônio para construir um programa que é a cópia fiel da nossa mente. Depois, o programa seria instalado em um computador, representando o corpo da sua cópia. Parece coisa de filme. E é mesmo. A ideia surgiu em livros e filmes de ficção científica, que inspiraram a vida real. Hoje, neurologistas, engenheiros e filósofos pesquisam o tema, mas estamos distantes de tornar essa ideia realidade.

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CENÁRIO 3 – VIVER MAIS

No passado, conhecer os bisavós era raridade. Trisavós então, nem pensar! Mas os avanços na medicina têm ajudado as pessoas a viver mais. Estamos ficando cada vez mais velhos: estima-se que vamos viver de 120 anos a 150 anos. Isso não é ruim! Teremos mais tempo de vida para trabalhar, nos divertir e estar com quem amamos. Cada vez mais crianças poderão brincar e aprender com os idosos que iniciaram suas famílias.

“Assim como gosto do jovem que tem dentro de si algo do velho, gosto do velho que tem dentro de si algo do jovem: quem segue essa norma poderá ser velho no corpo, mas na alma não o será jamais.”

(Cícero, político da Roma Antiga)

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Ser jovem pra sempre?

O ser humano sempre buscou isso. Lendas muito antigas contam sobre uma fonte da juventude: um rio de águas mágicas. Quem bebesse daquela fonte, rejuvenesceria e poderia viver mais tempo. Muitos buscaram por ela, mas nunca foi encontrada.

Os gregos acreditavam que a fonte da juventude vinha do Monte Olimpo, morada dos deuses, e desembocava na Terra. Quando os europeus se lançaram ao mar, nas Grandes Navegações, eles acreditavam que a fonte estaria no Novo Mundo, o continente Americano.

O que tem feito as pessoas viver mais?

Remédios

Vacinas Alimentação saudável

Saneamento básico Higiene

Prática de atividades físicas

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que até o fim do século haverá 21 milhões de pessoas com 110 anos ou mais vivendo na Terra. Isso é mais gente que toda a população do estado do Rio de Janeiro!

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Vivendo mais tempo, vamos trabalhar mais?

No passado, existia quem se aposentasse na faixa de 50 anos. Hoje, muitas pessoas trabalham até os 70 anos. E no futuro? Mais anos de vida nos permitem buscar por novas atividades.

Às vezes, decidimos nossa profissão muito cedo e depois mudamos de ideia. É provável que tenhamos mais de uma atividade no futuro. Quando alguém decide trocar de ofício, dizemos que ele ou ela está fazendo uma transição de carreira.

Aposentadoria

Quando uma pessoa não consegue mais trabalhar, ou já produziu muito tempo para a sociedade, é hora de descansar. Este afastamento é chamado de aposentadoria, que dá o direito de a pessoa receber uma remuneração mensal, apesar de não estar mais em atividade.

Conselheiro de aposentadoria

Depois de uma vida inteira, quando se chega à chamada Terceira Idade, o sonho de muitas pessoas é o de se aposentar. Mas esse processo não é fácil. Para ajudar, o “conselheiro de aposentadoria” pode auxiliar a pessoa que quer se aposentar a escolher como e quando fazer isso. Além disso, a função desse profissional é ensinar seu cliente sobre onde investir seu dinheiro, e até o que ele pode fazer depois de se aposentar.

Poupar: ato de guardar uma parte do dinheiro que ganhou para usar no futuro.

Investir: tentar transformar o dinheiro poupado em mais dinheiro no futuro com investimentos financeiros.

Nem sempre investir tem a ver com dinheiro. Investir é aplicar recursos com um objetivo. O tempo é um recurso? Quando alguém estuda antes de uma prova, está investindo tempo para aprender e ter bom resultado.

Walker Talker

Os filhos crescem e saem de casa. Depois, vem a aposentadoria. Assim, alguns idosos ficam sozinhos. Mas isso não precisa ser a regra. No futuro, eles vão poder contar com a companhia virtual dos walker talkers, profissionais que acompanham idosos à distância, usando plataformas digitais de videoconferência. A sua função será ouvir e conversar. Para ser walker talker, não é necessário ter uma formação específica, mas conhecimentos de psicologia podem ajudar, pois é importante que a pessoa tenha empatia, saiba se colocar no lugar do outro. Quais conversas eles terão no futuro?

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Fazemos muitos registros no nosso dia a dia: diários, postagens, fotografias, vídeos... Se vamos viver 150 anos, imagine quantas memórias vamos guardar ao longo da vida! Será que uma pessoa conseguirá se lembrar de tudo? É aí que entra o curador de memórias. Um curador é uma pessoa que pesquisa, seleciona e organiza informações para criar uma narrativa, como o material para a exposição em um museu. O curador vai organizar documentos com memórias e valor afetivo para o cliente. Com ajuda da realidade virtual e da realidade aumentada, ele usa esse material para transportá-lo ao passado, recriando cenários e experiências que a pessoa viveu.

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CENÁRIO 4 – ALIMENTAÇÃO

A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que a população mundial chegará de nove a 10 bilhões de pessoas até 2050. Se os recursos naturais do nosso planeta são limitados, como vamos alimentar tanta gente? Cientistas de todo o mundo estão em busca de soluções.

A agricultura tradicional exige grandes plantações. Para alimentar todo mundo em 2050, teríamos que aumentar as áreas cultivadas em 1 bilhão de hectares. Isso equivale a aproximadamente 555 milhões de campos de futebol.

E se pudéssemos mudar os locais das plantações? A fazenda do futuro é uma das respostas. Ao invés de uma plantação horizontal pelos campos e colinas, ela é vertical, vai para cima. Mas como é isso? Imagine uma estante cheia de bandejas empilhadas. Nelas, as plantas são colocadas em água enriquecida com nutrientes. A luz e a temperatura são artificiais, feitas com lâmpadas de LED, controladas por computadores. Plantações verticais como estas estarão dentro de casa, prédios, edifícios e arranha-céus em grandes centros urbanos. A fazenda do futuro sai do campo e ganha a cidade para produzir mais alimentos para todo mundo.

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Jardineiro urbano

Quem vai cuidar dessas fazendas do futuro? Alguém que entenda de jardinagem e de tecnologia para cuidar do cultivo e da manutenção da plantação. E quais os saberes desse profissional? Essa atividade poderá ser exercida por pessoas com formação em biologia, engenharia agrônoma, arquitetura e até design de interiores.

Gestor de resíduos

Decidir o direcionamento do lixo, aproveitando cada parte da melhor maneira possível para se preservar o meio ambiente, será a tarefa do gestor de resíduos. Na indústria de alimentos, esse profissional vai escolher para onde vão as partes que costumamos jogar fora, como as cascas das frutas e os talos dos vegetais. Junto com os cozinheiros, criam-se receitas que têm 100% do alimento aproveitado.

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Alimentação sustentável

A carne animal é a principal fonte de proteínas para a maioria da população, mas muitas pessoas procuram por fontes alternativas de proteínas vegetais. Alguns exemplos são: hambúrguer de soja ou grão de bico, tofu, algas e a polpa da jaca, que em algumas receitas lembra a textura do frango.

Quem teria coragem de comer insetos?

Nem todos se aventurariam. Grilos, larvas de besouros, formigas, lagartas, gafanhotos e vespas são fontes ricas de proteína, gorduras boas e minerais, como cálcio, ferro e zinco. A criação não ocupa tanto espaço e exige menor quantidade de recursos do que o gado, por exemplo. Alguns tipos de insetos já fazem parte da dieta de povos da Ásia, da África e de comunidades indígenas na América Latina.

A

formiga tanajura é usada na culinária, no interior de São Paulo e no Nordeste.

Criador de insetos

Se vamos comer insetos, vamos precisar criá-los. Será que no futuro teremos um pecuarista de insetos? Talvez essa profissão exija o estudo das características físicas, do comportamento e da reprodução dos insetos, ciência chamada entomologia. Esse conhecimento servirá para o profissional entender quais bichinhos são próprios para o consumo humano e como cuidar deles. Hoje, já existem fazendas próprias, que os coletam na natureza e os colocam em caixas com ração para que se alimentem, cresçam e se reproduzam. Essas fazendas de insetos são usadas para produzir alimentos para animais como pássaros, lagartos e aranhas.

BugBurger

É um hambúrguer feito de insetos, ou melhor, de larvas de besouro. Você teria coragem de dar uma mordida?

Bug quer dizer inseto em inglês. Conta-se que, certa vez, uma mariposa entrou em um computador, no tempo dos primeiros computadores. O bichinho ficou preso lá e causou um problemão. A partir daí, o termo foi usado na informática toda vez que um sistema de computador falha.

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Imagine um churrasco com carne de laboratório!

As células de um animal são colocadas em um líquido nutritivo, onde crescem e se multiplicam. No computador, é definido o formato e o tamanho da peça de carne que desejamos produzir. Os dados são enviados para a bioimpressora 3D. Daí a máquina imprime o corte da carne com músculo, gordura e vasos sanguíneos, quase idênticos à carne de origem animal. Será que o sabor é parecido?

Cozinheiro do futuro

Se vamos comer insetos, carne de laboratório e sobras de alimento, os preparos que fazemos irão mudar? Você sabe cozinhar um inseto? E fazer um bife na impressora? Teremos que descobrir! Máquinas podem até executar receitas prontas. Mas para criar combinações saborosas e gostosas de se ver, é preciso mais do que técnica: requer uma pitada de criatividade e o uso de sentidos, como o olfato e o paladar, e aqui entram os seres humanos. Que receitas o cozinheiro do futuro irá criar?

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CENÁRIO 5 - DIVERTIMENTO

Meta = além Verso = universo

Será possível unir o mundo real com o virtual? O metaverso será um lugar na internet onde as pessoas interagem usando um avatar 3D. Para participar, é preciso usar óculos de realidade virtual. Eles vão te transportar para esse espaço, produzindo a sensação de que você faz parte dele. Vai dar pra fazer de tudo no metaverso: ir ao mercado, trabalhar, aprender, jogar. Alguns jogos, como Fortnite e Minecraft, já são alguns modelos e servem para experimentar a imersão na realidade virtual.

E como vamos usar a internet no futuro?

Designers, artistas, programadores e até sociólogos poderão trabalhar para construir esse mundo na internet. Uma pessoa precisa fazer compras, mas está sem tempo de ir até a loja física. Ela coloca os óculos virtuais e é transportada para o local desejado online. Lá está seu avatar, ele escolhe os produtos, assim como a pessoa faria no mercado de verdade: o avatar empurra o carrinho, tira os produtos da prateleira, leva até o caixa e paga. Para pagar, ele usa uma moeda virtual. Tcharam! Os produtos comprados no metaverso chegam na sua casa.

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Criptomoeda

É uma moeda digital. Cripto quer dizer “segredo” em grego. Essa moeda é chamada assim pois é protegida por um código de computador, que não permite que ela seja copiada ou falsificada. Diferente do real, a moeda que usamos no Brasil, que pode ser tocada com as mãos, a criptomoeda só existe na internet. Dinheiro de verdade pode ser usado para comprá-la, e ela pode ser trocada por dinheiro de verdade. Depois de comprar uma criptomoeda, é preciso protegê-la. Imagine se um hacker rouba seu dinheiro? A criptomoeda é guardada em uma carteira digital, que tem o formato de um pendrive

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Inicialmente utilizadas para compras no metaverso, as criptomoedas já são aceitas por diversos estabelecimentos.

Um museu dentro do jogo!

No início da pandemia, a Microsoft e uma agência de publicidade convidaram o Museu de Arte Moderna de São Paulo para construir uma sede no Minecraft, um dos jogos precursores do metaverso. A equipe do museu aproveitou o formato em pixels do jogo para trazer à exposição obras de tradição geométrica, como as do artista brasileiro Hélio Oiticica (1937-1980). Hoje, o público virtual do museu já ultrapassa o público no mundo real.

Ir à escola no metaverso?

Quando pensamos no metaverso, o que vem à nossa cabeça são os jogos, as aventuras e diversão. Com a entrada dessa tecnologia em nossas vidas, muito do que fazemos no mundo real pode ser transferido para esse universo. Ir à escola, por exemplo. A pandemia já criou a necessidade da educação remota, e no metaverso essas possibilidades se expandem. Imagine uma aula de História dentro do Louvre! No metaverso não existem fronteiras! Poderemos ir aonde quisermos em tempo real e ainda interagir com nossos colegas!

Fora dos games, um site já possibilita a imersão no metaverso: é o Decentraland.org, uma plataforma de realidade virtual, em que é possível criar avatares, conversar com outras pessoas e realizar atividades como criar cenários, peças de arte, desafios, além de participar de eventos dentro da plataforma e concorrer a prêmios.

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Estilista virtual

Com que roupa eu vou para o metaverso? A pergunta pode parecer estranha, mas uma profissão do futuro é a de estilista digital. É ele quem vai criar as roupas, os sapatos e os acessórios que os nossos avatares vão vestir no universo virtual. Roupas assim já são usadas em games e até em shows virtuais.

A Fashion Week, em português semana de moda, é um evento em que as principais marcas do mundo mostram as suas criações. Inspirado nele, já existe o Metaverse Fashion Week em que uma nova tecnologia exclusiva converte imagens de produtos 2D em experiências 3D, tornando a compra uma experiência imersiva.

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Arquiteto digital

Já pensou em como seria a casa dos seus sonhos? No metaverso, ela também pode existir! Já existe quem esteja comprando terrenos no metaverso para construir sua própria casa por lá. Por isso, existem os arquitetos digitais, pessoas que projetam espaços dentro do metaverso, seja para uma pessoa que comprou um terreno e quer construir sua casa digital, seja para uma empresa que quer criar um ambiente de trabalho acolhedor.

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Criador de memes

Os memes surgiram na internet como uma peça engraçada que viraliza rapidamente. No início, fazer memes era só um hobby, mas agora já tem gente transformando isso em profissão. Empresas de diversos setores buscam páginas de memes para criar propagandas divertidas de seus produtos. Para trabalhar nessa função, é preciso ter muita criatividade, senso de humor e estar sempre ligado nos acontecimentos do mundo.

Produtor de eventos do metaverso

Quem não gosta de ir a um show ou uma festa? Assim como no mundo real, o metaverso precisa da figura do produtor, que vai organizar todos esses eventos. Ele precisa ser uma pessoa organizada, que vai pensar o evento do início ao fim para que todos possam se divertir.

Ariana Grande, David Guetta e Emicida já fizeram shows no metaverso.

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E AQUELA PERGUNTA LÁ DO INÍCIO?

Essas páginas trouxeram algumas profissões do passado, do presente e do futuro para mostrar que nossa sociedade sempre está em transformação. Precisamos de cientistas, biólogos, médicos, mas também precisamos de quem nos faça rir e sonhar. Cada pessoa compõe o amplo quebra-cabeça do mundo em que vivemos. Uma decisão pessoal é como uma pedra atirada em um lago, forma ondas, sensibilizando a nossa família, a comunidade em que vivemos, o tempo em que atuamos.

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Esse livro foi ilustrado a oito mãos, por esses artistas:

Anabella López

Nascida em Buenos Aires, há dez anos fez casa no Brasil e hoje mora em Porto de Galinhas. Ama o mar e, além de ser ilustradora, é surfista. Seus desenhos buscam combinar o ritmo frenético da cidade com as cores dos animais e da natureza, usando como referência as cores saturadas e terrosas das paisagens. Recebeu diversos prêmios como Jabuti (Brasil), Image of the book (Rússia), Iberoamérica Ilustra (México) e Selo White Ravens (Alemanha).

Páginas: 8-9, 10-11, 24-25, 26-27, 30-31, 38-39, 42-43, 44-45, 62-63, 64-65

Camilo Martins

Nasceu e se criou no Rio de Janeiro. Desde que se formou em Gravura, fez a promessa de nunca mais parar de desenhar: seja em livros, revistas, guardanapos, paredes e roupas. A religião de terreiro é algo que o acompanha desde o berço. Filho de Xangô, era embalado todas as noites por mitos e lendas das matas e até hoje escuta atentamente as histórias sobre os encantados do Brasil. “Desenhar é sua forma de acreditar no mundo e devolver ao maravilhoso aquilo que recebo todos os dias”, afirma.

Páginas: capa, 4-5, 6-7

Catarina Bessell

Artista gráfica e ilustradora formada em Arquitetura e Urbanismo, é na cidade que se inspira para seus desenhos e colagens. Nela, vê o lugar do encontro com o outro, com o diferente, que desperta curiosidade e criatividade. Sua infância foi influenciada pelo avô pintor com quem passava todas as férias no Guarujá, no litoral paulista, sentindo o cheiro das tintas e descobrindo o poder de expressão em cada traço. Colaborou semanalmente por 12 anos para a Folha de São Paulo e tem trabalhos publicados em editoras e revistas nacionais e internacionais.

Páginas: 12-13, 14-15, 20-21, 22-23, 28-29, 32-33, 34-35, 36-37

Guilherme Lira

Recifense apaixonado por desenho, encontrou nas ilustrações uma forma de criar novos mundos e brincar com o fantástico. Animais como onças, jacarés, antas, tucanos e preguiças povoam sua obra. Os costumes, as gentes e a paisagem brasileira (casas, praias, matas) também estão nas páginas ilustradas por ele, normalmente em cores bem vivas. Além de ilustrador e designer, desenvolve um trabalho autoral de desenho, pintura e cerâmica.

Páginas: 52-53

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Rosinha

É de Olinda, Pernambuco, e desenha desde pequena. Sua lembrança mais antiga é estar deitada de barriga no chão rabiscando no papel. Hoje, vê como os desenhos nos bordados que a mãe e a avó faziam foram referência para seus traços. Em 1994, lançou seu primeiro livro e nunca mais parou, tendo publicado mais de 120 títulos. Sente muita alegria pelos prêmios que recebeu, como Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), Açorianos, Jabuti, Cátedra Unesco PUC-Rio e White Ravens, mas orgulho mesmo é quando vê uma criança com um de seus livros na mão.

Páginas: 16-17, 18-19, 68-69

Barah (Bárbara Quintino)

Mineira e residente de São João del-Rei, assina suas obras como Barah desde 2020. Cursou História, Arquitetura e Urbanismo, mas se encontrou, de fato, no desenho. É a partir da cultura popular e das afetações de seu corpo enquanto mulher preta e lésbica que suas ilustrações ganham mais contorno.

Páginas: 48-49, 56-57, 60-61

Rômolo D’Hipólito

Nasceu em Foz do Iguaçu e desde sempre gostou de histórias em quadrinhos. Quando criança, vivia na gibiteca, onde deu os primeiros passos para o artista e ilustrador que é hoje. O que era brincadeira virou carreira, tendo recebido prêmios como o Golden Pinwheel, em Xangai, e o da seleção oficial de Ibero-Americana, em Guadalajara. Em 2007, lançou seu primeiro curta de animação, Limbo O filme foi premiado em 3º lugar na categoria Animação Brasileira pelo Júri Popular no festival Anima Mundi.

Páginas: 46-47, 50-51, 66-67

Pedro Cobiaco

Cresceu desenhando no chão do estúdio do pai, quadrinista e sua primeira referência artística. Com apenas 12 anos começou a publicar suas tiras na internet e, no ano seguinte, entrou para a Folhinha, o suplemento infantil do jornal Folha de São Paulo. Dali em diante, não abandonou os quadrinhos e hoje publica seus trabalhos na editora Mino. Usa principalmente as cores das comidas como inspiração para “desenhos gostosos de olhar”. Além de ilustrador, atua como muralista. Tem trabalhos reconhecidos internacionalmente e obras publicadas em Portugal, na Itália e nos Estados Unidos.

Páginas: 40-41, 58-59, 70-71, 72-73, 74-75

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Um livro da Sapoti Projetos Culturais

Sapoti é uma fruta tropical, bem doce e com cor de terra. A palavra em português tem um ritmo divertido e dinâmico de se ouvir. Quando nos perguntam o porquê de escolhermos Sapoti, respondemos que o nome tem ligação com as raízes brasileiras, nossa história, patrimônio e cultura. A Sapoti Projetos Culturais acredita que o conhecimento pode ser construído e compartilhado de forma criativa.  Livros, espetáculos, séries animadas e ações educativas em Museus são formas que a produtora escolheu para contar histórias.

Redação: Daniela Chindler, Flavia Rocha, Martina Rangel e Vinicius Zavalis

Revisão: Sol Mendonça

Ilustração: Anabella López, Barah, Camilo Martins, Catarina Bessell, Guilherme Lira, Pedro Cobiaco, Rômolo D’Hipólito e Rosinha.

Projeto gráfico: E Thal

Coordenação editorial: Daniela Chindler

Produção: Thaysi Soares e Martina Rangel

Marketing Cultural: MaisArte – Jacqueline Menaei e Incentiv.me

Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Arthur Chaves Ferreira - CRB-7/7353

Chindler, Daniela

C539 Profissões do futuro : o almanaque / Daniela Chindler ... [et al.]; ilustrado por Anabella López ... [et al.] . - Rio de Janeiro: Sapoti, 2023.

77 p. il.; 16x23 cm

ISBN 978-65-991686-7-3

1. Carreira 2. Profissões I. Rocha, Flavia . II. Rangel, Martina III. Zavalis, VInicius. IV. Título. VI. López, Anabela , il

VII. Bessel, Catarina, il VIII. Cobiaco, Pedro , il

CDD 305.553

Realização

A palavra “carreira” tem origem no latim carrāria (via), “caminho para carros”. Se imaginarmos que são vários caminhos a seguir, ao escolhermos uma profissão, ao colocarmos os pés nessa estrada, estamos iniciando nossa trajetória profissional. Em Profissões do Futuro - o Almanaque, os conhecimentos são entrelaçados, criando links, salpicando assuntos, para mostrar uma visão global, ampliada, de quem fomos, quem somos hoje e quem poderemos ser em breve. Afinal, para pensar sobre o futuro, é sempre bom conhecer o passado. Nossa sociedade, de mãos dadas com a tecnologia, tem vivido constantes mudanças. Estar antenados ao que acontece ao nosso redor e conhecer nossos talentos e expectativas pode nos ajudar a dar largos passos nessa trilha em que enveredamos por um longo período de nossas vidas. Bem-vindo a este almanaque. Boa leitura!

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