SAÚDE E BEM-ESTAR nº 304 - Abril 2020

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TREINO “QUEIMA GORDURAS” PARA FAZER EM CASA |

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NÚMERO 304 MENSAL ABRIL 2020

DIABETES E COVID-19 PRECAUÇÕES EXTREMAS

OBESIDADE É UMA DOENÇA COM SÉRIOS RISCOS

ANTIBIÓTICOS NATURAIS

MEDITAÇÃO

ALTERNATIVA NA PREVENÇÃO

Uma ajuda

para relaxar

COMO

REFORÇAR O

SISTEMA

IMUNITÁRIO PREÇO CONTINENTE

2,80€

CONTRA OS VÍRUS que nos ameaçam



[SUMÁRIO SAÚDE] Siga-nos em www.saudebemestar.com.pt Textos redigidos ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

ESPECIAL VIROLOGIA

6

Vírus: ameaça à espécie humana?

10

Vírus que nos podem matar

ESPECIAL ALERGOLOGIA

ESPECIAL VIROLOGIA

ESPAÇO AMPLIPHAR

14

Reforçar o sistema imunitário, a energia e a resistência do organismo

16

Sistema imunitário: estimule as suas defesas

20

Nariz congestionado? Eis o que fazer

22

Crómio: a solução para terminar com os desejos de doces e perder peso?

24

Obesidade: é uma doença... e grave

28

Riscos de A a Z

30

Prevenção desde a infância

6

Vírus: ameaça à espécie humana?

IMUNOLOGIA

ALERGOLOGIA

ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL

ESPECIAL OBESIDADE ESPECIAL OBESIDADE ESPECIAL OBESIDADE

ESPECIAL OBESIDADE

Obesidade: é uma doença... e grave

DIABETOLOGIA

32

Diabéticos e Covid-19: precauções extremas

34

Diabéticos: grupo de risco para infeção por Covid-19

ESPAÇO AMPLIPHAR

24

DIABETOLOGIA

Diabéticos e Covid-19: Precauções extremas

32

GRAVIDEZ

38

Incómodos típicos e como combatê-los

42

Pele purificada e macia após o primeiro cuidado

44

Colegas de trabalho: descubra quem é quem

50

Antibióticos naturais

52

Meditação: agradável e revigorante

56

Mesoterapia: excelente arma terapêutica

ESPAÇO THALGO

PSICOLOGIA

ALTERNATIVAS ALTERNATIVAS ALTERNATIVAS

ALTERNATIVAS Antibióticos naturais

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FITNESS

As rubricas designadas por ESPAÇO são da exclusiva responsabilidade das empresas, marcas ou autores mencionados. Estatuto editorial em www.saudebemestar.com.pt

O nosso sucesso no combate à pandemia depende ANTÓNIO LACERDA SALES, Secretário de Estado da Saúde

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da nossa capacidade de resiliência individual ABRIL 2020

“Just do HIIT”

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[SAÚDE OBSERVAÇÃO]

COVID-19

NÃO É A ÚNICA DAS NOSSAS PREOCUPAÇÕES

O

MUNDO ESTÁ A VIVER UM DESAFIO DE SAÚDE PÚBLICA SEM PRECEDENTES nas últimas décadas. A pandemia da Covid-19 está o obrigar-nos a um esforço hercúleo de resistência na tentativa minimizar os impactos deste novo e terrível coronavírus. Centenas de milhares de pessoas infetadas, dezenas de milhares de mortes diretamente relacionadas com o vírus, num rol de cifras avassaladoras atualizadas a cada minuto. Todas as nossas rotinas foram quebradas e é fácil perceber que o nosso modo de vida não voltará tão depressa à inteira normalidade. A indesmentível realidade é que, neste momento, são mais as perguntas do que as respostas e mesmo estas mudam diariamente, à medida que a investigação e o conhecimento da doença avança.

Como noutras situações de calamidade, mas esta elevada a um índice inimaginável, destaca-se o esforço dos profissionais de saúde, bem como o de todos os profissionais que asseguram os serviços essenciais, para que os países não parem por completo e os cidadãos possam cumprir esta necessária quarentena com a mínima turbulência possível. A Covid-19 domina, como seria de esperar, quase todas as nossas preocupações mais imediatas, mas este não é o único dos nossos problemas, do ponto de vista sanitário. É essencial ter presente que os mesmos profissionais de saúde que se desdobram para lidar com a pandemia, continuam a ter de tratar os demais pacientes que chegam todos os

dias aos hospitais. Afinal, os enfartes e os AVC, os casos de diabetes descontrolada, as gripes e as pneumonias, as quedas e os acidentes, os partos normais e os prematuros – podíamos ficar aqui a enumerar exemplos – não deixaram de acontecer por causa deste vírus... Acresce o facto de a esmagadora maioria das cirurgias programadas, bem como das consultas de especialidade, terem sido adiadas sem data definida. Além de inúmeras clínicas, da fisioterapia aos dentistas, das análises à imagiologia, entre tantas outras, terem suspendido a sua atividade, em prejuízo dos milhares de utentes que delas tanto necessitam. É verdade que muitas consultas passaram a ser online, mas não é menos verdade que, quase sempre, os utentes mais necessitados são aqueles que não têm acesso às novas tecnologias. Não restam dúvidas que a quarentena é necessária para não propagar o coronavírus, mas é igualmente imprescindível não nos deixarmos contagiar pela desinformação, pelo alarmismo e pelo pânico. Cabe aqui uma palavra para o papel dos psicólogos, neste momento. Estes especialistas, as suas recomendações e a sua assistência, são hoje mais relevantes do que nunca, quer para os pacientes que já delas necessitavam, quer para todos nós, para que consigamos atravessar, com equilíbrio, os desafios que temos pela frente. Essencialmente por estas razões, a SAÚDE E BEM-ESTAR não irá fazer da pandemia o seu único tema. Não iremos alimentar o medo e, muito menos, a desinformação e o sensacionalismo. Sem deixarmos de refletir sobre a pandemia, manteremos as nossas secções e rubricas, na tentativa de promover a normalidade possível. No mais rigoroso respeito pelo isolamento social físico, continuaremos a editar – em papel e em formato digital –, transmitindo opiniões informadas, como temos vindo a fazer nos últimos 26 anos, nos domínios da saúde e do bem-estar físico e mental, sempre com a preciosa ajuda dos “nossos” médicos e especialistas, os quais são os primeiros a reconhecer a importância de uma informação rigorosa e credível.

Não restam dúvidas que a quarentena é necessária

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para não propagar o coronavírus, mas é igualmente

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imprescindível não nos deixarmos contagiar pela desinformação, pelo alarmismo e pelo pânico

OBJETOS QUE AUMENTAM O RISCO O SARS-CoV-2 permanece em superfícies durante um período de tempo que pode ir de umas horas a 6 dias, daí a importância da limpeza e desinfeção frequente dos espaços, para diminuir o risco de contágio. As superfícies com maior risco são as de toque frequente, ou seja, telefones, tablets e teclados de computadores principalmente quando usados por várias pessoas, corrimãos, maçanetas, interruptores, botões de elevadores, torneiras de lavatórios, manípulos de autoclismos, mesas, bancadas, cadeiras, dinheiro, entre outros.

LUSÍADAS JUNTA-SE AO SNS A Lusíadas Saúde respondeu afirmativamente ao apelo do país e decidiu adotar diversas medidas de apoio ao Estado para combater a pandemia de Covid19. Entre as principais medidas estão a cedência de camas, ventiladores e profissionais de saúde. O grupo garantiu que vai assegurar os meios humanos e físicos para diagnosticar e tratar doentes infetados com Covid-19 e preparouse para, no total, disponibilizar 231 camas de internamento, 54 ventiladores.



[ESPECIAL VIROLOGIA]

Vírus AMEAÇA À ESPÉCIE HUMANA?

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M 1898, O BOTÂNICO M. W. BEIJERINCK DESCOBRIU que, se se filtrassem certas culturas de bactérias – gérmenes dos quais se conhecia a sua capacidade para produzir doenças –, o produto filtrado podia conservar a mesma capacidade patológica. Isso queria dizer que existiam partículas mais pequenas do que as bactérias, invisíveis ao microscópio: deram-lhes, consequentemente, o nome de “vírus filtráveis”. As investigações continuaram e, a partir de 1910, começaram a cultivar-se micro-organismos, que não cresciam em ambientes de laboratório habituais: apenas o faziam sobre o cultivo de células vivas de plantas ou animais. Estas substâncias eram, por conseguinte, capazes de produzir doenças, mas não de se reproduzir por si mesmas. Este fenómeno desafiava todos os conhecimentos existentes na época, sobre a multiplicação dos seres vivos. Imagine-se a expetativa que se criou quando um dos mais famosos investigadores da época anunciava, na véspera de um importante congresso médico, que iria esclarecer, definitivamente, o que era um vírus. Chegado o momento, afirmou: “Um vírus é um vírus!”. Vejamos o que quis dizer.

OS VÍRUS SÃO UM TIPO MUITO ESPECIAL DE MICROORGANISMOS, QUE PRODUZEM UM VASTO LEQUE DE DOENÇAS. MUITAS VEZES, SÃO INÓCUOS, MAS OUTRAS PODEM SER GRAVES OU MORTAIS. CONTUDO, FACE À PENDEMIA PROVOCADA PELO COVID-19, É LEGÍTIMO COLOCAR A QUESTÃO: SERÃO OS VÍRUS, NAS SUAS ESTIRPES MAIS PERIGOSAS, UMA AMEAÇA REAL À ESPÉCIE HUMANA? PARA RESPONDER A ESTA PERGUNTA É NECESSÁRIO CONHECER UM POUCO MELHOR O QUE SÃO OS VÍRUS, ESSE GRUPO TÃO ESPECIAL DE MINÚSCULOS SERES VIVOS.


Classificação Existem muitos grupos de vírus, com características e agressividades muito diferentes entre si. Aqui se assinalam alguns deles:

Para se reproduzirem, os vírus necessitam de invadir uma célula viva e aproveitar-se dela; e cada vírus

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CARACTERÍSTICA COMUM No vasto reino dos seres vivos, a imensa maioria – desde a mais humilde das bactérias até à planta mais exótica ou ao mais complexo vertebrado – compartilha uma característica comum: são formados por células. Os organismos superiores têm-nas aos milhões, muitas delas especializadas em funções concretas; as bactérias, por seu lado, contam com uma só célula. Todas as células, independentemente do ser de onde provêm, apresentam características comuns: estão sempre rodeadas por, pelo menos, uma membrana externa; contêm um líquido – o citoplasma – e uma série de pequenos órgãos internos – as organelas –, cada um encarregado de uma função básica – secreção, geradora de energia, armazenamento, etc. E todas as células têm uma capacidade fundamental, que as define como seres vivos: o poder de se dividirem em duas células idênticas. A respetiva herança genética está contida em grandes moléculas de ácido desoxirribonucleico (ADN), que transportam toda a informação necessária para fazer funcionar a nova célula. As células são visíveis ao microscópio. Durante muito tempo, para se considerar um organismo como um ser vivo, exigia-se que fosse composto por uma ou mais células.

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especializa-se num tipo distinto de células

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4ADENOVÍRUS Um grupo muito numeroso, que produz conjuntivites muito contagiosas, além de constipações, faringites e outros problemas respiratórios. 4CALCIVÍRUS Causam gastroenterites epidémicas. 4CORONAVÍRUS Habitualmente, produzem constipações ou bronquites. O vírus responsável pelo SARS (síndroma respiratória aguda grave) e o SARS-CoV-2 - que é, como se sabe, uma cepa particularmente agressiva, desconhecida até há pouco - provocam pneumonias graves, sobretudo em doentes fragilizados. 4FLAVOVÍRUS Inclui o vírus da febre amarela. 4HEPADNAVÍRUS São vírus que afetam especialmente o fígado, como o da hepatite B. 4HERPESVÍRUS Produzem o herpes simplex labial ou genital, o herpes zóster e a varicela. A este grupo pertencem, além disso, o citomegalovírus – que afeta os lactentes e imunodeprimidos – e o vírus de EpsteinBarr, que produz a mononucleose infecciosa – ou doença do beijo – e está relacionado com alguns tipos de cancro. 4ORTOMIXOVÍRUS O representante melhor conhecido desta família é o vírus Influenza, causador da gripe. 4PAPOVAVÍRUS Causador de papilomas e de verrugas, bem como de alguns tipos de cancro. 4PARAMIXOVÍRUS É uma grande família, que inclui o vírus da papeira, o do sarampo e os de outras doenças nervosas agudas e crónicas. Nos animais, produz a doença canina e a peste bovina. 4PICORNAVÍRUS São vírus muito pequenos, de ARN. A esta família pertence um grupo muito numeroso, que inclui o vírus da poliomielite, da maioria dos que produzem constipações, gastroenterites, meningites víricas e exantemas cutâneos. 4POXIVÍRUS Produziam a varíola – já erradicada – e, atualmente, causam ainda algumas doenças semelhantes. Existem muitos tipos e cada um infeta um animal determinado. 4REOVÍRUS Produzem doenças em animais e plantas. No homem, são a causa mais frequente de diarreia nas crianças. 4RETROVÍRUS O micro-organismo mais conhecido deste grupo é, como é lógico, o vírus da imunodeficiência humana – HIV –, causador da SIDA. 4RHABDOVÍRUS O principal exemplo é o vírus da raiva. 4TOGAVÍRUS O seu melhor representante é o vírus da rubéola.


[ESPECIAL VIROLOGIA]

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MINÚSCULAS FORMAS DE VIDA Os vírus, que não são visíveis ao microscópio ótico – apenas no eletrónico –, não têm citoplasma nem organelas. São os agentes infecciosos mais pequenos de que temos conhecimento. Não surpreende, pois, que durante muito tempo os vírus não fossem vistos como seres vivos. A sua simplicidade é extrema: cada partícula viral é formada por uma única molécula de ADN ou de ácido ribonucleico – ARN –, mais simples ainda do que o ADN, rodeado por umas quantas proteínas, que se conhecem como cápside ou nucleocápside. Podem adotar uma forma icosaédrica – de um poliedro com 20 lados – ou helicoidal. Ocasionalmente, rodeiam-se de uma cobertura semelhante à de uma membrana, “roubada” à célula em que se reproduzem; mas nunca têm citoplasma. Estas partículas, por si mesmas, são inertes e incapazes de se autorreproduzirem. Também não têm metabolismo: não gastam nem produzem energia, como qualquer organismo celular. Este comportamento contrasta fortemente com os das bactérias, que se reproduzem a grande velocidade – chegam a duplicar o seu número em poucas horas – e que precisam de nutrição.

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ESPECIALISTAS E APROVEITADORES Para se reproduzirem, os vírus necessitam de invadir uma célula viva e aproveitar-se dela. As proteínas que os rodeiam servem para isso: fazem com que adiram a diferentes tipos de células. Existem vírus que produzem “doenças” nas próprias bactérias, outros em plantas e outros em animais, incluindo o ser humano. Alguns vírus são capazes de afetar várias espécies de animais e outros apenas uma espécie; e cada vírus especializa-se num tipo distinto de células: uns entram nas do fígado – e produzem hepatite –, outros nos linfócitos – o HIV, que causa a SIDA –, outros na mucosa do nariz – os das constipações – e assim sucessivamente. Surgem, então, os problemas. As proteínas ficam de fora, enquanto o ADN ou o ARN do vírus entra na célula. Estes ácidos nucleicos levam a informação necessária para programar a célula invadida, conseguindo que esta trabalhe para ele, pois a célula deixa de ser capaz de distinguir se a informação é proveniente do invasor ou de si mesma. É como se, entre as ordens de trabalho que partem do diretor de uma fábrica, alguém introduzisse, sub-repticiamente, outras ordens, com a intenção oculta de destruir a própria fábrica!

ORIGEM DOS VÍRUS A origem dos vírus não é inteiramente clara e é provável que esta seja tão complexa quanto a origem da vida. Porém, foram propostas algumas hipóteses: 4EVOLUÇÃO QUÍMICA – Os vírus podem representar micróbios extremamente reduzidos, formas primordiais de vida que apareceram separadamente na sopa primordial que deu origem às primeiras células. Com base nisto, as diferentes variedades de vírus teriam tido origens diversas e independentes. No entanto, esta hipótese tem pouca aceitação. 4EVOLUÇÃO RETRÓGRADA – Os vírus teriam sido originados a partir de micro-organismos parasitas intracelulares que, ao longo do tempo, perderam partes do genoma responsáveis pela codificação das proteínas envolvidas em processos metabólicos essenciais,

mantendo-se apenas os genes que garantiriam aos vírus sua identidade e capacidade de replicação. 4DNA AUTORREPLICANTE – Os vírus podem ter sido originados a partir de sequências de DNA autorreplicantes, que assumiram uma função parasita para sobreviverem na natureza. 4ORIGEM CELULAR – Os vírus podem ser derivados de componentes das células dos seus próprios hospedeiros, que se tornaram autónomos, comportando-se como genes que passaram a existir independentemente da célula. Algumas regiões do genoma de certos vírus assemelham-se a sequências de genes celulares que codificam proteínas funcionais. Esta hipótese é apontada como a mais provável para explicar a origem dos vírus.


A célula vê-se, portanto, obrigada a produzir todas as proteínas que o ácido nucleico do vírus lhe indica, proteínas estas que são as do vírus. Além disso, reproduzem-se várias cópias do ácido nucleico do invasor. Quando a quantidade de proteínas e de ácido nucleico do vírus é suficiente, estes dois componentes associam-se, formando centenas ou milhares de novos vírus. Estes alteram o funcionamento da célula e, em muitos casos, destroem-na, libertando os vírus, que voltam a introduzir-se nas células próximas, onde se repete o ciclo, cada vez com maior rapidez.

micro-organismos, que produzem um vasto leque de doenças; muitas vezes, são inócuos, mas outras podem ser graves ou mortais

ANTIBIÓTICOS: de nada servem

estabelecer o grau de infeção previsível e o prognóstico da doença. A lista de doenças graves produzidas por vírus não é pequena. As denominadas doenças exantemáticas das crianças – sarampo, rubéola, varicela, entre outras; as hepatites, os herpes, as pneumonias, as miocardites, as encefalites, a poliomielite ou a SIDA são alguns exemplos. Isso sem mencionar as infeções por vírus que aparecem em pessoas nas quais a imunidade é menor, em resultado de tratamentos de

quimioterapia, da imunossupressão associada aos transplantes ou de SIDA. Todas elas estão submetidas, além disso, aos ataques de vírus que não conseguem lesar as pessoas sãs, mas que podem ser extremamente graves para os imunodeprimidos, como o citomegalovírus. Em resumo, os vírus são um tipo muito especial de microrganismos, que produzem um vasto leque de doenças. Muitas vezes, são inócuos, mas outras podem ser graves ou mortais.

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Um hábito, infelizmente frequente, é querer tratar as infeções virais com antibióticos. Os antibióticos, cada vez mais numerosos, são substâncias químicas capazes de destruir as bactérias. A maioria deles atua impedindo a reprodução das bactérias: sem se dividirem, estas perdem a sua melhor arma e são facilmente destruídas pelas defesas do organismo. Isto é relativamente fácil de fazer, dado que estes seres vivos são células diferentes das do organismo. No entanto, os vírus não se autorreproduzem. Para se multiplicarem, utilizam as nossas próprias células. Os antibióticos, pensados para as células bacterianas, não os afetam e os fármacos que atuam na divisão das células humanas são extraordinariamente tóxicos. Daí a inutilidade dos antibióticos nas viroses e a dificuldade de encontrar fármacos antivíricos.

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CASOS MAIS GRAVES No entanto, a atitude do médico nem sempre será igual. Quando os vírus são os causadores de doenças mais graves – uma hepatite vírica, por exemplo –, o especialista fará todo o possível por identificar o tipo de vírus. Nestes casos graves e que ainda não dispõem de tratamento, é importante saber qual o causador, para

Os vírus são um tipo muito especial de

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ENORME DIVERSIDADE Tão numerosas como os vírus são as doenças por eles produzidas. As viroses mais frequentes são as constipações. Nelas, os vírus implicados são muito numerosos. Algo de semelhante acontece com as gastroenterites, especialmente nas crianças, com os quadros gripais ou com muitas conjuntivites. Nestes casos, as defesas – o sistema imunológico – de cada um são capazes de fazer frente à infeção, vencendo-a em poucos dias. Quando ocorre uma infeção por vírus, o médico tenta, em primeiro lugar, assegurar-se – através da história clínica, da observação e, por vezes, de alguns exames complementares – de que não se trata de uma doença produzida por bactérias, uma vez que, nesse caso, seria necessário usar antibióticos. Uma vez que o médico tenha atribuído a infeção a um vírus banal, parecerá despreocupado: é que estas infeções curam-se, geralmente, por si próprias. Não tentará averiguar qual foi o vírus causador do quadro, uma vez que as opções são inúmeras e não haveria qualquer utilidade para o doente, pois o quadro clínico e o tratamento seriam idênticos. Além do mais, não se dispõe de fármacos eficazes contra a maioria dos vírus. É lógico, portanto, que o seu médico o tranquilize e lhe assegure que se curará, limitando-se a prescrever-lhe medidas simples de conforto: analgésicos, antipiréticos, anti-histamínicos ou antidiarreicos. A maioria destes medicamentos vende-se sem necessidade de receita médica.


[ESPECIAL VIROLOGIA]

VÍRUS QUE NOS PODEM

MATAR FRUTO DA GLOBALIZAÇÃO, OS VÍRUS ADQUIRIRAM, NOS ÚLTIMOS ANOS, O ESTATUTO DE INIMIGOS PÚBLICOS. A GENERALIDADE DOS SERES HUMANOS SENTE-SE, HOJE MAIS DO QUE NUNCA, AMEAÇADA POR NOVAS PANDEMIAS, CAPAZES DE DIZIMAR MILHÕES. VAMOS RECORDAR ALGUNS DOS VÍRUS QUE MAIS NOS PREOCUPARAM NOS ANOS RECENTES E QUE CONTINUAM A CONSTITUIR UMA AMEAÇA.

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SÍNDROMA DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – SIDA – permanece sem qualquer vacina ou cura, isto apesar dos medicamentos já existentes permitirem viver longos anos, como portador ou mesmo com a doença. De qualquer modo, a única forma segura de prevenir a doença é evitar a infeção. E, para isso, existe um conjunto de conhecimentos que é fundamental não esquecer. Nem todos os indivíduos infetados com o vírus da imunodeficiência humana – VIH ou HIV – têm SIDA. A proporção dos infetados cuja situação progride para a SIDA tem variado consideravelmente em diferentes países e nos diversos grupos de risco. Todos os anos, desenvolve-se SIDA em 1 a 5% das pessoas infetadas com VIH, mas parece ser evidente que, em algumas pessoas infetadas (menos de 1%), tanto o vírus como os anticorpos terão desaparecido do sangue, o que faz pensar que o organismo eliminou a infeção. A infeção pelo VIH resulta numa diminuição progressiva da capacidade do doen-

te para produzir uma resposta imunológica eficaz, agravando-se a situação clínica e terminando numa imunodeficiência que permite o aparecimento de infeções e neoplasias oportunistas. PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL A prevenção é a medida mais importante da luta contra a SIDA. Quem sinta que esteve exposto ao vírus pode requerer uma análise de sangue, se bem que seja sensato pedir primeiro conselho sobre se deve fazer a análise e as implicações de um resultado positivo. Uma pessoa que saiba ter sido infetada deve alterar o seu estilo de vida sexual, para evitar transmitir o vírus. Uma pessoa não infetada deve, também, adotar formas de praticar sexo seguro, a fim de evitar contaminar-se. As técnicas para um sexo seguro implicam a redução do número de parceiros sexuais; o ideal é que a prática do sexo se restrinja a parceiros cuja história sexual se conheça. Deve ser evitada a penetração

– anal e vaginal – sem preservativo. No entanto, não constituem qualquer risco o abraçar, o tocar, a masturbação mútua e os beijos sem saliva. Esta pode conter o vírus, mas é pouco provável que seja importante para a contaminação. O risco do sexo oral não está totalmente esclarecido. Os utilizadores de drogas intravenosas nunca devem partilhar as mesmas agulhas; os seus parceiros sexuais podem, também, correr risco. Muitas esperanças estão depositadas na obtenção de uma vacina contra o VIH. Num futuro talvez não muito longínquo, é provável que a prevenção da doença passe pela administração massiva de uma vacina. Mas para que não aumente catastroficamente o número de vítimas, por todo o mundo, é preciso não esquecer os únicos, mas eficazes, métodos de prevenção atualmente disponíveis. GRIPE DAS AVES Os vírus da gripe estão em constante mutação, produzindo novos sub-tipos. As


pandemias ocorrem quando um vírus é tão diferente das estirpes em circulação que poucas pessoas possuem defesas contra o mesmo. Isto permite ao vírus propagar-se rapidamente, afetando muitas centenas de milhares de pessoas. A pandemia de gripe atinge periodicamente a Humanidade e afeta a maioria dos países e regiões em todo o mundo. Nos últimos 100 anos, registaram-se três grandes pandemias de gripe, nomeadamente a gripe Espanhola (1918 -1919) – causou 20 a 40 milhões de óbitos a nível mundial; a gripe Asiática (1957-1958) – provocou 1 milhão de óbitos; e a gripe de Hong Kong (1968 -1969) – responsável por cerca de 1 a 4 milhões de óbitos. A tão falada gripe aviária ou gripe das aves é uma doença muito contagiosa das aves. Um dos surtos recentes desta doença foi provocado pelo sub-tipo H5N1 e teve

início em Hong Kong, em 1997. Desde essa data, o H5N1 causou 454 mortes, em 16 países. Saliente-se, no entanto, que a gripe aviária tem-se limitado à transmissão das aves (ou de outros animais) para o homem. Contudo, o H5N1 permanece um forte candidato a uma nova pandemia se, em algum momento, passar a barreira entre as espécies e deixar de apenas se transmitir de aves para humanos para passar a transmitir-se entre humanos. Em 2013, começaram a ser detetados, pela primeira vez na China, casos de pessoas infetadas com outra variante da gripe aviária, o vírus H7N9. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, nos quatro anos seguintes foram confirmados 1564 casos de infeção em seres humanos, em todo o mundo, que provocaram 612 mortes.

GRIPE A Outra variante da gripe, a estirpe H1N1, afetou a população mundial em 2009. Conhecida como gripe A, esta estirpe contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da gripe, tendo assumido a capacidade de se transmitir entre seres humanos. Segundo estimativas, a pandemia terá afetado 700 milhões de pessoas em todo o mundo e causado mais de 150.000 mortes. Em Portugal, o primeiro caso de gripe A foi diagnosticado a 29 de Abril de 2009 (importado do México) e o primeiro caso secundário foi identificado a 4 de Julho. A 14 de Julho verificavam-se 100 casos acumulados, sendo mil a 14 de Agosto e dois mil a 21 do mesmo mês. Calcula-se que, no período de um ano, tenham ocorrido mais de 160.000 casos de gripe A. No total, foram hospitalizados 1436 doentes (193 admitidos em Cuidados Intensivos), registando-se 124 óbitos, dos quais 46 registados na região Norte, 29 na Região Lisboa e Vale do Tejo, 26 na Região Centro, 13 na

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produzir uma resposta imunológica eficaz

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progressiva da capacidade do doente para

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A infeção pelo VIH resulta numa diminuição


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Madeira e os restantes distribuídos pelo Alentejo, Algarve e Açores, onde apenas se verificaram três mortes por H1N1. A idade média de ocorrência dos óbitos foi de 47,6 anos, maioritariamente pertencente ao sexo masculino (59,7 por cento). A causa direta mais frequente foi a pneumonia viral primária, em 79,7% dos doentes, independentemente do grupo etário e da presença de fatores de risco. Os sintomas mais frequentes referidos pelos utentes foram tosse (80,5%), febre (60,3%), mialgias/artralgias (35,4%), cefaleias (31,3%), odinofagia (22,1%), vómitos e diarreias (11,8%), rinorreia (11,3%), prostração e sonolência (1,1%) e irritabilidade (1%). Durante a maior campanha de vacinação que alguma vez teve lugar no País, entre 26 de Outubro de 2009 e Junho de 2010, foram distribuídas cerca de dois milhões de doses da vacina.

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OUTROS CORONAVÍRUS Vários coronavírus, descobertos inicialmente em aves domésticas na década de 30, causam doença respiratória, gastrointestinal, hepática e neurológica nos animais. Apenas sete coronavírus causam doença nos humanos. Quatro desses coronavírus causam mais frequentemente os sintomas de uma constipação comum. Raramente ocorre infeção grave do trato respiratório inferior e, quando ocorre, afeta principalmente idosos e pacientes imunodeprimidos. Três dos sete coronavírus causam infeções respiratórias muito mais graves. É o caso do SARS-CoV-2, que dá origem à doença Covid-19. Os outros coronavírus que já colocaram o mundo em estado de alerta foram os SARS-CoV e o MERSCoV. A síndroma respiratória aguda grave (SARS) é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV. Este vírus foi inicialmente detetado na província de Guangdong, na China, em novembro de 2002, tendo-se, subsequentemente, disseminado para mais de 30 países. Nessa epidemia, até 6 de março de 2020 foram notificados mais de 100.000 casos em todo o mundo, com 3.411 mortes (cerca de 3,38% de letalidade, que varia significativamente de acordo com a idade, atingindo os 50% entre as pessoas com mais de 65 anos). Esse surto diminuiu e não foram identificados novos casos desde 2004. Por seu lado, a infeção por MERS-CoV foi inicialmente descrita em setembro de 2012 na Arábia Saudita, antecedido por um surto em abril de 2012 na Jordânia, confirmado retrospetivamente.

As pandemias ocorrem quando um vírus é tão diferente das estirpes em circulação que poucas pessoas possuem defesas contra o mesmo; isto permite ao vírus propagar-se rapidamente COMO DIMINUIR o risco de contágio? Quando surge uma nova pandemia, a sua propagação global é inevitável. Mas é certo que, estando preparadas, as pessoas poderão diminuir o risco de contágio e, assim, reduzir significativamente o impacto da pandemia. As medidas apresentadas referem-se a um cenário de pandemia, com transmissão do vírus de pessoa para pessoa, como é o caso da gripe A ou da Covid-19. Eis como pode reduzir o risco de contágio: 4 Estando convenientemente informado e respeitando as indicações dos técnicos de saúde relativamente a restrições de viagens para o estrangeiro, encerramento de lugares públicos e outras medidas de saúde pública. 4 n Evitando aglomerações de pessoas, transportes públicos, elevadores, salas de espera, reuniões, bancos, supermercados, lugares públicos em geral. 4 Não utilizar transportes públicos; se possível, usar o carro pessoal, ir a pé ou de bicicleta; 4 Ir mais cedo ou mais tarde para evitar horas de ponta; 4 Evitar o contacto com outras pessoas ou, caso não seja possível, manter uma distância mínima de 1 metro;

4 Levar o almoço de casa, comer no local de trabalho e evitar refeitórios e restaurantes; 4 Optar, sempre que possível, pelo trabalho a partir de casa; 4 Fazer reuniões utilizando vídeo ou teleconferência; 4 Mantendo uma boa higiene pessoal, por exemplo, lavando e desinfetando frequentemente as mãos, por forma a reduzir a transmissão do vírus através das mãos para a cara ou para outras pessoas. As mãos podem estar contaminadas e a pessoa pode não estar infetada, na medida em que a infeção pressupõe a introdução e o desenvolvimento do vírus


MAIS DE 3 MIL MORTES POR GRIPE EM PORTUGAL

O Covid-19 não é o primeiro coronavírus a colocar o mundo estado de alerta:

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o SARS e o MERS fizeram milhares de vítimas

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no organismo. Assim, a lavagem das mãos poderá ser uma boa medida de prevenção durante a pandemia. 4 Cobrindo o nariz e a boca quando tossir ou espirrar, usando, sempre um lenço de papel e lavando as mãos imediatamente a seguir. 4 Desfazendo-se dos lenços de papel usados, colocando-os cuidadosamente num saco fechado e depois no lixo. 4 Utilizando máscaras faciais sempre que haja necessidade de frequentar lugares públicos, lembrando-se que as pessoas podem estar infetadas sem ter sintomas. Atenção: as máscaras servirão, sobretudo, para serem usadas por pessoas infetadas, por forma a prevenir o contágio de pessoas saudáveis. 4 Limpando diariamente as superfícies que estão mais frequentemente em contacto com as mãos (por exemplo, bancas de cozinha, mesa de refeições, maçanetas/puxadores de porta, torneiras, etc.), usando um produto desinfetante à base de álcool. 4 Evitando viagens ao estrangeiro que não sejam essenciais. 4 Certificando-se que as crianças da sua família seguem estes conselhos à letra.

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Em 2018, em todo o mundo, foram registados cerca de 2500 casos de infeção por MERS, com pelo menos 850 mortes relacionadas, distribuídas por 27 países. Todos os casos de MERS foram associados a viagens ou residência em países da Península Arábica. Contudo, estudos preliminares de prevalência indicam que a infeção não é generalizada na Arábia Saudita.

Mais de 3000 pessoas terão morrido em Portugal devido à gripe, na época passada. Este dado consta do relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe na época 2018/2019, apresentado pelo Instituto Ricardo Jorge, e indica uma baixa dos números da mortalidade atribuível à gripe, para 3331, contra 3700 na época 2017/2018. O período epidémico decorreu entre a 3ª e a 9ª semana de 2019, com um pico na 3ª semana, coincidindo com períodos de temperaturas mínimas abaixo do normal, nos meses de janeiro e fevereiro de 2019”, explica o relatório. A percentagem mais elevada de casos de gripe verificou-se no grupo etário dos 15 aos 44 anos, seguido pelo grupo dos 45 aos 64 anos.


[ESPAÇO AMPLIPHAR]

REFORÇAR

O SISTEMA IMUNITÁRIO, A ENERGIA E A RESISTÊNCIA DO ORGANISMO O sistema imunitário compreende todos os mecanismos pelos quais o organismo se defende de “invasores” externos como vírus, bactérias e fungos. O sistema imunológico, em condições normais, desencadeia uma resposta de ataque aos vírus “invasores”. Quando o sistema imunitário está debilitado, o organismo fica mais vulnerável. Virose é um termo pouco específico, que significa doença viral ou infeção provocada por um vírus. Apesar do termo virose abranger todas as infeções de origem viral, na prática, reserva-se esse diagnóstico para as infeções mais leves, de origem respiratória ou gastrointestinal. As viroses respiratórias são provocadas pelo vírus da gripe, chamado vírus influenza, ou pelos vários vírus que provocam o resfriado comum, entre eles: rinovírus, adenovírus, vírus sincicial respiratório, coronavírus, parainfluenza. Os Coronavírus são uma família de vírus que podem causar doença no ser humano. A infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia. O novo Coronavírus, designado por Covid19, foi identificado em Dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido identificado antes em seres humanos. A transmissão ocorre por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus ou pelo contacto com superfícies ou objetos contaminados. As medidas preventivas para travar a propagação desta pandemia passam pelo reforço das medidas de higiene e pela etiqueta respiratória. No combate ao risco de infeção por Covid-19, ganha especial relevância reforçar o sistema imunitário, a energia e resistência do organismo.


Paralelamente a um estilo de vida saudável, também a alimentação desempenha um papel importante no bom funcionamento do sistema imunitário, requerendo um consumo adequado de vitaminas e minerais. O consumo de vitamina C, comprovado e bem conhecido de todos, é um exemplo clássico na prevenção, redução da intensidade e duração de gripes e constipações. A vitamina C ou ácido ascórbico é uma vitamina hidrossolúvel que se encontra naturalmente nas frutas e vegetais, tais como frutas cítricas, sumo de tomate, batata, pimento verde e vermelho, kiwi, brócolos e morango. Além de estar envolvida na formação de colagénio, no metabolismo produtor de energia, no funcionamento do sistema nervoso e na proteção antioxidante, tem um papel importante no reforço do sistema imunitário e promove a absorção do ferro. Também a vitamina D, o zinco, o ácido fólico, as vitaminas B6 e B12, o ferro e o selénio comprovadamente contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário. A Ampliphar - Produtos Farmacêuticos Lda, empresa de referência na área da saúde em Portugal, que focaliza a sua atividade no segmento das Cuidados pessoais (Self Care), disponibiliza uma gama de suplementos - linha Win-Fit® - que visa complementar a alimentação racional e regular, sendo uma ajuda preciosa na prevenção e manutenção do nosso bem-estar.


[SAÚDE IMUNOLOGIA]

Sistema imunitário

ESTIMULE AS SUAS DEFESAS O SISTEMA IMUNITÁRIO É UMA ESPÉCIE DE CENTRO DE DEFESA ESTRATÉGICA DO NOSSO ORGANISMO CONTRA VÍRUS E BACTÉRIAS. SAIBA COMO REFORÇÁ-LO, ESPECIALMENTE EM PERÍODOS EPIDÉMICOS, COMO AQUELE QUE AGORA SE VIVE.

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SISTEMA IMUNOLÓGICO – ou imunitário – é uma das estruturas do nosso corpo de que somos menos conscientes. No entanto, ele realiza uma das funções mais importantes: a defesa do organismo. O sistema imunitário entra em ação quando algum agente desconhecido – como bactérias, vírus, parasitas ou fungos – penetra no nosso corpo. Nesse instante, mobiliza um verdadeiro exército de células, as quais irão atacar e tentar destruir o agente infeccioso em causa. COMO FUNCIONA O SISTEMA IMUNITÁRIO? O sistema imunitário é formado por um conjunto de células e órgãos que protegem o corpo humano de possíveis infeções. A primeira barreira que se apresenta aos micro-organismos que tentam “invadir-nos” é a nossa própria pele. Esta conta com a ajuda de secreções, como o suor e o sebo, as quais contêm substâncias químicas destruidoras de certos tipos de bactérias. O mesmo ocorre com as lágrimas, a saliva, as secreções ácidas do estômago ou o muco das vias respiratórias. Estes fluidos intercetam os agentes que tentam penetrar no corpo através do ar que inalamos. Os principais órgãos e tecidos que formam o sistema imunitário são os chamados linfoides, de onde evoluem os linfócitos, um tipo de glóbulos brancos que constituem a base do sistema defensivo. Estes entram em ação quando os organismos invasores ultrapassam as defesas gerais do corpo, como as proporcionadas por outros tipos de glóbulos brancos. BARREIRA ENFRAQUECIDA Stress prolongado, dietas desequilibradas, sedentarismo, mudanças bruscas de temperatura ou descanso insuficiente são fatores que fazem com que o nosso organismo se ressinta e as nossas defesas baixem. Quando a barreira imunitária enfraquece, ficamos mais indefesos face aos micro-organismos que nos podem fazer adoecer.


O sistema imunológico é formado por um conjunto de células e órgãos que protegem o corpo humano de possíveis infeções CÉLULAS ESPECIALIZADAS Do sistema imunológico fazem parte certos tipos de glóbulos brancos, substâncias químicas e proteínas, que trabalham juntos ou em separado, conforme as circunstâncias. Os glóbulos brancos ou leucócitos são a componente mais importante das defesas do organismo, ao atacarem os antigénios. De entre todos os tipos de glóbulos bran-

sistema imunitário, certos linfócitos B são estimulados, aumentam de tamanho, dividem-se e amadurecem, transformando-se em células chamadas plasmócitos. Estes segregam para o sangue grandes quantidades de imunoglobulinas ou anticorpos específicos, que se ligam apenas aos antigénios que deram origem à sua formação. Tal facto dá início a um processo que leva à destruição do microrganismo.

TIMO – É o órgão no qual crescem e se multiplicam os linfócitos. Está localizado no peito, atrás do esterno. BAÇO – É o órgão que produz os linfócitos, filtra o sangue, armazena células e destrói os glóbulos envelhecidos. PLACAS DE PEYER – Tecido linfoide situado no intestino delgado. APÊNDICE – Contém tecido linfoide que ajuda a produzir células. MEDULA ÓSSEA – É um tecido viscoso e amarelado, localizado no interior dos ossos grandes. Produz células sanguíneas: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. ADENOIDES – São duas glândulas localizadas na parte posterior da passagem nasal. AMÍGDALAS – São duas pequenas massas de tecido linfoide, localizadas na garganta, que também produzem linfócitos. GÂNGLIOS LINFÁTICOS – São estruturas em forma de feijão, que filtram substâncias e que ajudam a proteger-nos contra as infeções. Os gânglios estão espalhados ao longo da rede de vasos linfáticos, que se encontram por todo o corpo. Os principais grupos situam-se na axila, virilhas, abdómen e pescoço. VASOS LINFÁTICOS – Formam uma rede que liga os diferentes órgãos do sistema

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cos que existem, destacam-se os neutrófilos e os linfócitos. Os primeiros intervêm quando o ataque é agudo – uma ferida pontual, por exemplo –, enquanto os segundos atuam quando a agressão é crónica – quando há uma doença instalada. Por sua vez, os linfócitos especializamse, de acordo com as respetivas funções: 4Linfócitos B – São deste tipo cerca de 10% dos linfócitos em circulação. Quando um antigénio é encontrado pelo

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No momento em que um elemento “estranho” penetra no organismo, passa a chamar-se antigénio. Os antigénios provocam a formação de anticorpos e a ativação de linfócitos, que se encarregarão de destruir as moléculas que o corpo reconheceu como uma ameaça. Se forem bem sucedidos, significa que as defesas estão operacionais e em boa forma. Caso contrário, seremos afetados por alguma infeção ou doença.

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COMPOSIÇÃO do sistema imunitário


[SAÚDE IMUNOLOGIA]

VACINAS: uma pequena grande ajuda ´Muitas vezes, o organismo não tem força suficiente para lutar sozinho contra determinados agentes que penetram no seu interior. Entra, então, em cena uma pequena grande ajuda: as vacinas. A vacina típica proporciona ao sistema imunitário bactérias ou vírus mortos ou enfraquecidos, que aquele reconhecerá como “estranhos”. Isto faz com que se produzam defesas face a essa doença e que, na próxima vez que nos atacar, não consiga levar de vencido o encontro. As vacinas são, basicamente, tratamentos preventivos, uma vez que nos dão proteção face a uma doença, sem que tenhamos necessidade de a sofrer primeiro. Contudo, é preciso ser consciente de que, apesar das vacinas serem sumamente eficazes a prevenir doenças, nenhuma tem uma eficácia absoluta.

4Linfócitos T – Este tipo abrange mais de 80% dos linfócitos em circulação e derivam dos glóbulos brancos. Existem três tipos principais de glóbulos T: os linfócitos citotóxicos – que destroem as células –, os linfócitos ajudantes – que intensificam a resposta dos linfócitos B e T citotóxicos – e os linfócitos supressores – que têm o efeito de desligar a resposta imunitária.

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REFORÇAR A IMUNIDADE A resposta imunitária é a forma como o corpo humano reconhece os gérmenes e se defende contra eles. Contudo, o grau de imunidade não é sempre o mesmo, ao longo de toda a vida. Desde que nascemos, a imunidade vai gradualmente aumentando, embora seja possível adquiri-la de forma artificial.

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4Imunidade natural – A capacidade de defesa adquire-se antes do nascimento; e amadurece e consolida-se nos primeiros anos de vida. Através da placenta, o feto

Mantenha o seu SISTEMA IMUNITÁRIO EM BOA FORMA AS DEFESAS DO ORGANISMO DIMINUEM COM: 4 uma dieta inadequada; 4 mudanças de temperatura; 4 stress; 4 falta de descanso; 4 atitudes e emoções agressivas; 4 consumo de fármacos; 4 consumo de tabaco, entre outros fatores. PARA MANTER AS SUAS DEFESAS NO MÁXIMO VIGOR, NECESSITA DE: 4 uma dieta variada; 4 dormir o número de horas suficientes;

4 Banhos de temperatura alternada, que estimulam a circulação sanguínea a linfática e fortalecem o organismo; 4 Levar um ritmo de vida relaxado e evitar o stress. ALIMENTOS RECOMENDADOS: 4 Azeite (rico em vitamina A); 4 Alho (estimula a potência dos linfócitos T e aumenta o número de células protetoras); 4 Frutas e verduras cruas; 4 Iogurtes (devido às bactérias que contêm); 4 Peixe azul; 4 Vitamina C e E, ácido fólico, ferro e zinco.

Stress prolongado, dietas desequilibradas, sedentarismo, mudanças bruscas de temperatura ou descanso insuficiente são fatores que fazem com que o nosso organismo se ressinta e as nossas defesas baixem recebe os anticorpos provenientes da sua mãe, tal como acontece nos primeiros meses de vida, durante a amamentação. A imunidade do nosso corpo face a um dado micróbio aparece logo após termos entrado em contacto com ele, já que o organismo fabrica os seus próprios anticorpos específicos contra o antigénio em causa. Algumas doenças, como o sarampo ou a varicela, só se contrai uma vez na vida, porque as pessoas que sofreram a doença desenvolveram anticorpos que, no caso de um novo contacto, destroem o vírus invasor.

4Imunidade adquirida – O sistema imunitário necessita de um tempo de aprendizagem. A imunidade adquirida é aquela que o organismo vai obtendo ao longo da vida, ao entrar em contacto com diferentes vírus e bactérias. É mais lenta, mas também mais específica na sua defesa, porque responde de forma distinta a cada tipo de micróbio. A imunidade pode, igualmente, transmitir-se de forma artificial, através de diferentes vias, como a oral ou a subcutânea. Os soros, as gammaglobulinas e as vacinas conferem uma imunidade imediata, embora, por vezes, temporária.



[ESPECIAL ALERGOLOGIA]

NARIZ CONGESTIONADO? Eis o que fazer C ONGESTÃO NASAL É O TERMO CORRETO para um sintoma habitualmente apelidado de nariz entupido. Não é uma doença em si, mas antes uma manifestação clínica de alguma doença, como a rinite, a gripe ou a constipação comum. Ocorrendo com maior frequência nesta época do ano, é muito provável que possa resultar da rinite alérgica. Na prática, qualquer agente que irrite e inflame a mucosa nasal e os seios perinasais – para além das causas já citadas, como os odores intensos e o fumo do tabaco – podem causar congestão nasal. REAÇÃO INFLAMATÓRIA Muitas pessoas pensam que o nariz entupido se deve ao excesso de muco nas cavidades nasais, mas não é inteiramente verdade. O muco pode estar presente, por vezes em grande quantidade – a chamada rinorreia –, mas o que diminui o espaço para a passagem do ar é a dilatação dos vasos sanguíneos e o inchaço das mucosas, devido à reação inflamatória. Por outras palavras, assoar o nariz proporciona uma sensação de melhoria, mas é apenas temporária. O QUE PODEMOS FAZER Na maioria dos casos, a congestão nasal não é um problema grave, mas é, sem dúvida, muito incómodo para a vida quotidiana. Cuidados simples, como a higiene nasal com soro fisiológico, podem ser suficientes para aliviar o congestionamento, especialmente se for provocado por uma constipação comum.

UM NARIZ SAUDÁVEL FILTRA O AR INSPIRADO, PERMITINDO QUE ESTE CHEGUE QUENTE E HÚMIDO AOS PULMÕES. QUANDO O SEU FUNCIONAMENTO NORMAL É PERTURBADO, PODE OCORRER CONGESTÃO NASAL.

No entanto, o alívio sintomático da congestão da mucosa nasal e dos seios perinasais pode ser mais eficazmente obtido através do uso de um descongestionante tópico, fazendo uso de princípios ativos como, por exemplo, a oximetazolina. A aplicação de uma solução para inalação por nebulizador, além de muito prática, proporciona um alívio rápido e prolongado, com apenas duas a três aplicações em cada narina, de manhã e à noite. ALGUMAS PRECAUÇÕES É necessário ter em conta que a utilização deste tipo de fármacos, ainda que de venda livre, durante longos períodos e em doses elevadas ou a sua utilização muito frequente podem provocar irritação da mucosa e causar efeitos sistémicos, especialmente em crianças. Assim, não é recomendado o seu uso durante mais de 3 dias, em automedicação. Como em muitas outras situações, em caso de persistência dos sintomas, há que consultar o médico assistente.

O alívio sintomático da congestão da mucosa nasal e dos seios perinasais pode ser eficazmente obtido através do uso de um

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descongestionante tópico

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CRÓMIO A SOLUÇÃO PARA

TERMINAR COM OS DESEJOS DE DOCES E PERDER PESO DEBATE-SE COM O DESEJO CONSTANTE DE DOCES E GULOSEIMAS? ISSO VAI MUDAR DEPOIS DE LER O QUE SEGUE. A SOLUÇÃO PARA OS SEUS DESEJOS INSACIÁVEIS DE DOCES PODE ESTAR EM ALGO TÃO SIMPLES COMO UM SUPLEMENTO DE CRÓMIO.


[VIDA SAUDÁVEL ESPAÇO] Antes de adquirir um suplemento de crómio, há uma coisa que deve saber: existem várias formas de crómio e não são todas iguais; a melhor aquisição é a levedura de crómio orgânico

COMO ESCOLHER O PRODUTO ADEQUADO

AJUDA ATÉ OS DIABÉTICOS

Até aqui, tudo bem! O crómio ajuda a controlar a glicose no sangue. Mas antes de adquirir um suplemento de crómio, há uma coisa que deve saber. Existem várias formas de crómio e não são todas iguais. A melhor aquisição é a levedura de crómio orgânico. Segundo a EFSA (Autoridade para a Segurança Alimentar), a levedura de crómio orgânico tem uma absorção 10 vezes superior à de fontes de crómio sintético, como o picolinato de crómio e o cloreto de crómio, usados em muitos suplementos de crómio. Há um único tipo de levedura de crómio orgânico aprovado em toda a UE.

Glicose no sangue mal controlada é um dos traços distintivos da diabetes. Curiosamente, a investigação demonstrou que os suplementos de crómio melhoram o controlo da glicose no sangue na diabetes tipo 2. As pessoas a quem foram administrados suplementos diários de 100 microgramas de levedura de crómio orgânico tinham a glicose no sangue muito mais estabilizada do que as pessoas que tomaram comprimidos “inertes”. Além disso, vários outros biomarcadores de controlo da diabetes melhoraram no grupo que tomou levedura de crómio.

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VOLTAR AO NORMAL Agora, com um suplemento de crómio, tem a certeza de que o organismo tem crómio suficiente para ajudar a insulina a levar o açúcar para dentro das células. Assim, o açúcar ingerido é captado pelas células que dele precisam para energia, e a pessoa deixa de ter aqueles desejos insaciáveis de doces a toda a hora. Já imaginou como isto vai refletir-se no seu peso algum tempo depois? Vai conseguir fazer três boas refeições e cortar em tudo o que é pouco saudável e faz engordar.

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O CRÓMIO PODE AJUDÁ-LO É verdade! Há uma saída realmente simples e muito prática para esta terrível situação. Chama-se crómio. Embora se obtenha este nutriente na alimentação, o truque para que funcione é tomar um suplemento. Este nutriente essencial, que muitos de nós obtêm em muito pouca quantidade, é necessário para manter a glicose no sangue estabilizada. Funciona ao “abrir” as células por dentro para que a insulina consiga canalizar mais facilmente o açúcar (glicose) para as células, que o transformam em energia.

INDISPENSÁVEL AO CÉREBRO Quando há falta de crómio, as células têm mais dificuldade em captar o açúcar. Em vez disso, uma parte considerável do açúcar fica no sangue. E isto é um problema para as células do cérebro que são altamente dependentes do açúcar para fins de energia. Devido a esta falta de energia, a pessoa sente um desejo irresistível de comer qualquer coisa doce – uma “dose de açúcar” rápida.

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M MENOS DE MEIA HORA DEPOIS DE COMER, já tem fome outra vez. Não consegue passar pelo “frasco das guloseimas” sem tirar uma. Tem tendência para se sentir cansado à tarde, e a única coisa que parece ajudar é comer qualquer coisa doce, como uma tablete de chocolate. E ainda, e isto é muito importante, tenta desesperadamente perder peso, mas o desejo constante de doces impede-o de consegui-lo. Soa-lhe familiar? Ficaria admirado se lhe disséssemos que há uma solução muito simples para o seu problema?


[ESPECIAL OBESIDADE]

Obesidade É UMA DOENÇA... A OBESIDADE É UMA DOENÇA QUE REQUER TRATAMENTO E CONTROLO A LONGO PRAZO, POR FORMA A SER ATINGIDA UMA PERDA DE PESO SUSTENTADA E MELHORAR A SAÚDE GERAL DO INDIVÍDUO.

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EXCESSO DE PESO E A OBESIDADE estão associados ao desenvolvimento de um conjunto de doenças e complicações para a saúde do indivíduo. A obesidade consiste na existência de gorduras em excesso, que resulta da ingestão de uma quantidade de alimentos superior às necessidades energéticas do organismo. A obesidade pode ser definida com base no peso do corpo, índice de massa corporal ou percentagem de gordura corporal. Considera-se excesso de peso quando o seu valor é 10% superior ao do “peso ideal”, e obesidade quando o valor obtido é 20% superior ao do “peso ideal”. O índice de massa corporal (IMC) pode ser determinado dividindo o peso em quilogramas pelo quadrado da sua altura, em metros. Um IMC maior que 25-27 corresponde a excesso de peso e um valor superior a 30 já é definido como obesidade.

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E GRAVE A obesidade representa, atualmente, um pesado fardo clínico e económico, em todos os países industrializados. Em Portugal, segundo os últimos dados disponíveis, metade da população sofre de excesso de peso ou obesidade. A obesidade constitui-se, portanto, como um importante problema de saúde pública, que acarreta consequências económicas de grande dimensão. ADIPÓCITOS: ONDE A GORDURA É ARMAZENADA A obesidade é classificada de acordo com o número e tamanho dos adipócitos. Quanto maior for a quantidade de lípidos armazenada nos adipócitos, maior será o seu tamanho. Na obesidade hiperplásica existe um número de adipócitos superior ao normal, sendo também maiores que o convencional. Este tipo de obesidade está associado a obesidade maciça e, normalmente, tem início na infância. A obesidade hipertrófica resulta do aumento do volume de um número normal de adipócitos. Este tipo de obesidade é mais comum e está associada à obesidade moderada ou “excesso de peso”. Normalmente, desenvolve-se nos adultos, nas pessoas que eram magras ou que tinham um peso médio, que eram bastante ativas quando eram jovens, e que diminuíram a sua atividade à medida que foram envelhecendo. Começam a ganhar peso dos 20 aos 40 anos e, embora não gastem tantas calorias, continuam a ingerir a mesma quantidade de alimentos, como quando eram mais jovens. As quilocalorias que não são utilizadas são transformadas em gordura, provocando o aumento do volume das células adiposas. Hoje, sabe-se que o número de adipócitos aumenta na idade adulta. Assim, quando todos os adipócitos tiverem atingido a sua capacidade máxima, serão formadas novas células adiposas para armazenarem o excesso de lípidos. Uma vez formadas, a dieta e a perda de peso não vai diminuir o número de adipócitos, em vez disso, torna-os menores e o seu conteúdo lipídico diminui. DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA Nos indivíduos obesos, a distribuição da gordura pode variar, dando origem a dois tipos: 4 TIPO ANDROIDE OU EM FORMA DE MAÇÃ – A gordura está predominantemente localizada na parte superior do corpo, tal como na região abdominal;


os países industrializados 4 TIPO GINOIDE OU EM FORMA DE PERA – A gordura está predominantemente localizada nas coxas e nádegas. Estas diferentes distribuições são clinicamente relevantes, dado que a obesidade androide está associada a aumento da probabilidade de ocorrência de diabetes mellitus, doença cardiovascular, acidente vascular cerebral e morte. Por vezes, pode-se identificar a causa específica da obesidade; por exemplo, um tumor no hipotálamo pode estimular o apetite. Contudo, na maioria dos casos, não se consegue identificar qualquer causa. Parece existir uma predisposição genética para a obesidade e, se um ou dois progenitores forem obesos, os filhos terão mais probabilidade de o serem também.

4Meça a sua cintura imediatamente acima do umbigo. 4 Se está acima dos 94 cm, se for homem, ou acima dos 80 cm, se for mulher, encontra-se em risco. 4 Homens e mulheres com cinturas superiores a 102 cm e 88 cm, respetivamente, encontram-se ainda em maior risco.

FATORES QUE INFLUENCIAM Os dois fatores que influenciam a quantidade de tecido adiposo no organismo são o gasto e o fornecimento de energia. A regulação do aporte de energia não é bem conhecida. Aparentemente, o apetite e os “comportamentos de procura de alimentos” são contínua e espontaneamente estimulados por neurónios com origem ou passagem no hipotálamo. Após o consumo de alimentos, existem diversos mecanismos que podem ser responsáveis pela diminuição da ingestão. Mecanismos neuronais, como a distensão gástrica, são inibidores da vontade de comer e, diversas hormonas libertadas pelo tubo digestivo e pelo pâncreas, também diminuem o apetite, como por exemplo, a somatostatina, a colecistoquinina, a glicagina, a insulina e outras. O nível de ácidos gordos, de glicose ou de aminoácidos no sangue também fornece a informação necessária ao cérebro para ajustar o apetite. Níveis baixos de ácidos gordos, de glicose e de aminoácidos estimulam o apetite, enquanto que os seus níveis elevados o inibem. GENE OBESO Os humanos possuem um gene obeso que codifica a síntese de uma proteína, a leptina, principalmente produzida pelos adipócitos. A leptina é libertada para a corrente sanguínea e interfere na regulação do apetite e no controlo de peso. Quando a energia armazenada no tecido adiposo diminui, os níveis de leptina diminuem, conduzindo a um aumento do apetite e uma diminuição do metabolismo.

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clínico e económico, em todos

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atualmente, um pesado fardo

Meça a sua cintura, CALCULE O SEU RISCO

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A obesidade representa,


[ESPECIAL OBESIDADE] A mensagem que emerge dos dados obtidos pela investigação atual aponta para que o peso corporal é o produto de múltiplos e complexos fatores genéticos e metabólicos, que intervêm de muitas formas diferentes. Os medicamentos podem ajudar, mas a diminuição da ingestão de alimentos e o aumento do exercício físico continuarão a ser necessários a uma boa saúde.

Os medicamentos podem ajudar, mas a diminuição da ingestão de alimentos e o aumento do exercício físico continuarão a ser necessários a uma boa saúde

5 RAZÕES

PELAS QUAIS ESTÁ SEMPRE COM FOME A sensação de fome é uma forma natural do nosso corpo avisar que precisa de mais comida. Esta manifesta-se por um barulho caraterístico no estômago, dor de cabeça, irritação ou incapacidade de concentração. Devemos, de facto, comer várias vezes ao dia para evitar consumir alimentos em quantidades exageradas e de má qualidade nutricional, quando aparece esta sensação. Ainda assim, há pessoas que não conseguem passar muito tempo sem comer e sentem mesmo uma fome constante e excessiva. Vejamos 5 razões que poderão justificar essa situação:

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NÃO ESTÁ A BEBER ÁGUA SUFICIENTE Uma adequada hidratação é muito importante para a sua saúde em geral, de forma a promover o bom funcionamento cognitivo e da função cardiovascular, bem como na boa manutenção do sistema digestivo. Por vezes, a sensação de sede pode ser facilmente confundida com a sensação de fome. Se está sempre com fome, experimente beber um ou dois copos de água para descobrir o que realmente o seu corpo está a pedir. Por outro lado, consumir água antes das refeições poderá contribuir para reduzir o apetite.

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A SUA DIETA É POBRE EM GORDURAS Os alimentos ricos em gordura demoram mais tempo no trato gastrointestinal, o que significa que demoram mais tempo a serem digeridos e promovem a redução do apetite. Aqui incluem-se gorduras como os triglicéridos de cadeia média (presentes, por exemplo, no óleo de coco) e ácidos gordos ómega 3 (presentes nos peixes gordurosos, como o salmão, atum e cavala, ou nas sementes de linhaça ou nozes). Opte por consumir frutos secos entre as refeições para diminuir a sensação de fome. Apesar dos seus inúmeros benefícios, o consumo de gordura deve ser moderado.

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ESTÁ A COMER MUITO RAPIDAMENTE E NÃO PRESTA ATENÇÃO À SUA REFEIÇÃO Ao comer em muito pouco tempo não permite que o seu corpo tenha tempo suficiente para reconhecer que está saciado, o que poderá promover essa sensação de fome excessiva. O mesmo acontece quando possui muitos fatores de distração (como telemóvel ou televisão) enquanto está a comer, dado que perde a noção da quantidade de alimentos ingeridos.

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A SUA DIETA É POBRE EM FIBRAS Alimentos ricos em fibras, como a aveia, sementes de linhaça e batata

PELA

DRA. CATARINA SOFIA CORREIA NUTRICIONISTA, CLÍNICA TEJO SAÚDE, PARCEIRA FITNESS HUT GRUPO VIVA GYM

doce, diminuem a taxa de esvaziamento do estômago e levam mais tempo a serem digeridos do que alimentos com baixo teor de fibras. Além disso, as fibras promovem a libertação de hormonas que reduzem o apetite e promovem a sensação de saciedade. Opte por alimentos integrais, fruta, legumes, nozes e sementes.

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NÃO ESTÁ A DORMIR HORAS SUFICIENTES Dormir as horas suficientes é essencial para o bom funcionamento do cérebro, do sistema imunitário e é um fator no controlo do apetite, pois contribui para regular a grelina, hormona que estimula o apetite. A falta de sono aumenta os níveis de grelina e poderá levá-lo a sentir mais fome. Por outro lado, dormir o suficiente também contribui para garantir níveis adequados de leptina, outra hormona que promove a sensação de saciedade. Para manter as suas hormonas em equilíbrio é recomendável ter, pelo menos, 8 horas de sono ininterrupto todas as noites.



SÉRIOS RISCOS

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PROBLEMA DO EXCESSO DE PESo está a assumir proporções de uma verdadeira epidemia, a uma velocidade alarmante, quer nos países desenvolvidos quer nos países em desenvolvimento. Por exemplo, a prevalência da obesidade aumentou entre 10 e 50% na maioria dos países europeus, na última década. A obesidade resulta de diversos fatores: predisposição genética para aumento de peso, alimentação com excesso de calorias e sedentarismo. Um ser humano consome, em média, durante a sua vida, cerca de 18 toneladas de alimentos, dos quais cerca de um terço são gorduras. Um dos mais frequentes problemas de saúde associados ao excesso de peso é a diabetes tipo 2. Também as doenças cardiovasculares – incluindo a hipercolesterolemia, a hipertensão e a doença cardíaca – estão fortemente relacionadas com o excesso de peso. A incidência de hipertensão nos indivíduos obesos é quase três vezes maior do que a observada em adultos com um peso considerado saudável. E o risco de doença cardíaca aumenta duas a três vezes nos indivíduos com excesso de peso.

SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, MAIS DE 2 MIL MILHÕES DE ADULTOS, EM TODO O MUNDO, TÊM EXCESSO DE PESO OU SÃO OBESOS E, NA SUA MAIORIA, SOFREM DE PROBLEMAS DE SAÚDE RELACIONADOS COM ESSE PESO EXCESSIVO. O peso a mais também pode aumentar o risco de desenvolvimento de outros problemas de saúde, tais como alguns tipos de cancro, doenças da vesícula, problemas do foro respiratório e doenças articulares.

O risco de doença cardíaca coronária aumenta duas a três vezes nos indivíduos com excesso de peso


[OBESIDADE ESPECIAL]

RISCOS DE A A Z 4APNEIA DO SONO – A obesidade, especialmente em casos em que é excessiva, constitui um fator de risco para a apneia do sono. Muitas pessoas que sofrem desta doença têm um IMC superior a 30. Uma pequena perda de peso melhora o funcionamento dos pulmões e da respiração, reduz a frequência da apneia do sono, melhora a qualidade do descanso e reduz a sonolência durante o dia. 4ARTROSE – A obesidade encontra-se associada ao desenvolvimento da osteoartrose. Uma pequena perda de peso poderá aliviar a doença, dependendo do grau dos danos estruturais na coluna e das dores nas articulações.

4CANCRO DO ENDOMÉTRIO – As mulheres obesas têm três vezes mais probabilidade de vir a contrair cancro do endométrio, comparativamente com as mulheres que apresentam um peso normal. 4CANCRO DA MAMA – Estudos demonstram que a obesidade se encontra diretamente relacionada com os casos de morte por cancro da mama, especialmente no período pós-menopausa. As mulheres que engordam mais de 9 Kg, depois dos 18 anos até à meia-idade, têm duas vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancro da mama.

4DIABETES TIPO 2 – O risco da diabetes aumenta com o crescimento do Índice de Massa Corporal. Estudos demonstram que uma perda de apenas 5% de peso reduz em 58% o risco de desenvolvimento da diabetes tipo 2.

ciada ao desenvolvimento da gota.

4HIPERTENSÃO – Existe uma relação entre a prevalência da obesidade e a pressão sanguínea elevada. Os estudos confirmam que uma perda de peso moderada pode reduzir significativamente a pressão sanguínea.

4INFERTILIDADE FEMININA – O aumento do IMC até aos 18 anos, mesmo em níveis inferiores aos que indicam obesidade, influencia o risco de infertilidade feminina. 4MORTALIDADE – As pessoas com

4CANCRO DA VESÍCULA – A obesidade está relacionada com o risco de cancro da vesícula biliar, especialmente nas mulheres.

idade inferior a 40 anos e que são obesas têm uma esperança de vida mais pequena. Segundo um estudo realizado por investigadores holandeses, as mulheres obesas não fumadoras na faixa dos 40 anos vivem, em média, menos 7,1 anos; e os homens obesos não fumadores com a mesma idade vivem menos 5,8 anos. Outro estudo, realizado em mulheres com obesidade, demonstrou que a perda intencional de peso poderá reduzir em 20% o risco de morte.

4COLESTEROL – A obesidade está rela-

4VESÍCULA – O cálculo biliar ocorre

cionada com o aumento dos níveis de colesterol. As investigações mais recentes mostram que mesmo uma perda de peso de 10% pode reduzir os níveis de colesterol.

três a quatro vezes mais em pessoas obesas do que em não obesas. A doença da vesícula surge com maior incidência em mulheres obesas, a partir dos 40 anos.

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dos comprovam que a incidência do cancro do cólon encontra-se associada à obesidade, havendo casos em que foi detetado o relacionamento direto da obesidade com este tipo de cancro, especialmente nos homens.

4GOTA – A obesidade encontra-se asso-

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4CANCRO DO CÓLON – Alguns estu-

4DOENÇAS CORONÁRIAS – A obesidade pode ser um fator de risco importante no desenvolvimento das doenças coronárias, ou seja, das doenças associadas ao coração. O risco da doença coronária é mais elevado nos casos de obesidade localizada na zona abdominal.

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4CANCRO – A obesidade aumenta o risco de incidência de vários tipos de cancro. De acordo com um estudo, até 6% dos casos de cancro registados na Europa são atribuíveis ao excesso de peso.


[ESPECIAL OBESIDADE]

desde a infância

PREVENÇÃO

CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO TÊM MAIOR PROBABILIDADE DE SE TORNAREM ADULTOS OBESOS E DE VIREM A SOFRER DOENÇAS CARDIOVASCULARES E DIABETES, ENTRE OUTRAS PATOLOGIAS. MAS É POSSÍVEL PREVENIR, ADOTANDO HÁBITOS DE VIDA MAIS SAUDÁVEIS, DESDE CEDO.

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EXCESSO DE PESO É, ATUALMENTE, A DOENÇA INFANTIL MAIS COMUM NA EUROPA. Afeta cerca de uma criança em cada seis, mas em determinados países europeus, como Portugal, chega a afetar uma em cada três crianças. A diabetes tipo 2, até há pouco tempo vista como uma doença relacionada com indivíduos de idade avançada, tem sido registada, em números preocupantes, em crianças de vários países da Europa. Outras complicações que surgem nas crianças, relacionadas com o excesso de peso, são a hipertensão arterial, apneia do sono, problemas ortopédicos e psicológicos, que podem expressar-se por distúrbios do comportamento alimentar, défice de relacionamento social e fraco desempenho escolar. RESPONSABILIDADE SOCIAL Muitas pessoas acreditam que lidar com o excesso de peso e a obesidade é uma responsabilidade individual. Até certo ponto, têm razão, mas é, igualmente, uma responsabilidade social. Pode mesmo afirmar-se que, atualmente, as crianças vivem num ambiente “obesogénico”, já que se encontram expostas, desde tenra idade, a todo o tipo de influências que podem aumentar o risco de se tornarem obesas. Embora alguns fatores não

Os pilares da terapêutica da obesidade ABRIL 2020

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são a redução do fornecimento alimentar

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e o aumento da atividade física

possam ser alterados através de políticas sociais, muitos poderiam ser modificados e com pouco esforço. A permanência regular em frente à televisão ou ao computador tem sido um ponto fulcral, já que combina diversos fatores negativos no seu conjunto: incentiva à falta de exercício físico, conduz ao consumo exagerado de “snacks” e expõe as crianças, desde cedo, ao marketing de produtos alimentares com baixo teor nutricional e elevado teor calórico. Para além disso, as políticas ao nível da alimentação escolar e do exercício físico, bem como a carência de infraestruturas na comunidade adequadas ao exercício diário, são fatores responsáveis pelo ganho de peso. HÁBITOS DE VIDA SAUDÁVEL O tempo dedicado às brincadeiras ativas é, nos dias de hoje, insuficiente: jogar à bola, andar de skate ou saltar à corda não atraem tanto como a televisão ou os jogos de consola. Os autocarros, os automóveis e os elevadores fazem com que os nossos filhos caminhem cada vez menos. As cidades oferecem poucos parques e locais seguros onde brincar. A dieta mediterrânica está a perder-se irremediavelmente. O consumo de comida rápida está a aumentar e as crianças são autónomas para comprar aquilo que a televisão lhes sugere. Resultado: só no nosso país, mais de 30% das crianças apresentam excesso de peso e cerca de 10% delas são obesas. Siga os conselhos dos especialistas e comece a implementar estratégias para que o problema não lhe bata à porta.


4 NÃO OBRIGUE O SEU FILHO A COMER Forçando-o a comer, habitua-o a atrasar a sensação de saciedade e a “desaprender” um mecanismo inato que lhe permite regular o apetite. Este mecanismo é imprescindível para não comer mais que o necessário e suprimi-lo é um primeiro passo para sofrer de obesidade no futuro.

4NÃO EXCEDA AS PROTEINAS Atualmente, o fornecimento de proteínas é excessivo, devido ao abuso de produtos de origem animal: carnes, salsichas, fiambre, entre outros. Este excesso causa obesidade, através de diversos mecanismos. 4 CONTROLE O FORNECIMENTO DE GORDURAS O fornecimento de gordura na dieta das crianças é muito elevado: cerca de 45% do total de calorias da dieta, quando o recomendável é 35%. Dê prioridade aos cereais – arroz, massas brancas e integrais, pão –, frutas e verduras – pelo menos, cinco porções diárias – e limite o fornecimento de alimentos gordos, doces e açúcares.

4 NÃO ABUSE DE SUMOS E BEBIDAS AÇUCARADAS O seu consumo em excesso é, igualmente, causa do aumento da obesidade infantil.

4EVITE ALIMENTOS PROCESSADOS Os especialistas advertem que as quantidades de alimentos processados – pizzas, hambúrgueres, pré-cozinhados – excedem as recomendações dos organismos oficiais

e científicos ligados à nutrição, proporcionando um excesso de calorias na dieta. Procure consumir este tipo de alimentos apenas de forma esporádica.

4 PLANIFIQUE TODAS AS REFEIÇÕES Planifique todas as refeições do dia, incluindo os pequenos-almoços e os lanches, em que é mais fácil recorrer a bolos e snacks.

4 INCENTIVE A CRIANÇA A FAZER DESPORTO Está demonstrado que as crianças ativas, além de gastarem mais eficazmente a energia dos alimentos que consomem, praticam dietas alimentares mais saudáveis.

DIETA E EXERCÍCIO FÍSICO A reconhecida dificuldade em obter remissões definitivas da obesidade infantil, juntamente com os graves riscos orgânicos e psicológicos associados a ela, sublinham a importância da prevenção e do diagnóstico precoces. Naturalmente, não há nada que possa modificar as características constitucionais do indivíduo, mas é possível modificar uma dieta desequilibrada ou reduzir a inatividade. Os pilares da terapêutica da obesidade são, com efeito, a redução do fornecimento alimentar e o aumento da atividade física. Para isto, é indispensável tentar conseguir a colaboração ativa da criança. É óbvio que não se pode impor à criança, de repente, um regime dietético rigoroso. A dieta será muito melhor tolerada caso seja cumprida durante cinco ou seis refeições por semana ou, então, em dias alternados, concedendo nos outros dias alguma liberdade, embora sempre “vigiada”. Na prática, deve seguir-se o sistema melhor aceite pela criança. Por vezes, a falta de vontade, o desânimo face aos obstáculos iniciais e o apetite voraz da criança colocam a necessidade de recorrer a outros sistemas. Pode tentar-se, por exemplo, acalmar a fome com muita fruta ou, então, com alimentos ricos em proteínas e vitaminas, que proporcionam uma maior sensação de saciedade. Não é aconselhável recorrer aos medicamentos denominados “moderadores de apetite”.


[SAÚDE DIABETOLOGIA]

Diabéticos e Covid-19 PRECAUÇÕES EXTREMAS

OS DOENTES DIABÉTICOS CONTAM-SE ENTRE A POPULAÇÃO COM MAIOR RISCO DE DESENVOLVER COMPLICAÇÕES EM CASO DE INFEÇÃO PELO SARS-COV-2. A PENSAR NESTES DOENTES, VÁRIAS SOCIEDADES CIENTÍFICAS EMITIRAM UM DOCUMENTO DE CONSENSO SOBRE A ABORDAGEM DO DIABÉTICO.

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ERANTE O ESTADO DE PANDEMIA DECLARADA pela Organização Mundial da Saúde e a rápida disseminação da infeção causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 (que dá origem à doença Covid-19) no território nacional, várias sociedades científicas elaboraram um documento sobre procedimentos relativos aos doentes diabéticos. Foram elas a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, a Sociedade Portuguesa Medicina Interna e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

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RECOMENDAÇÕES Está demonstrado que a diabetes condiciona uma maior suscetibilidade à patolo-

gia infeciosa, bem como quadros de maior gravidade e prognóstico menos favorável. Perante o cenário atual, os especialistas consideram que devem ser tomadas medidas específicas no que diz respeito à população diabética, grupo de risco para infeção por Covid-19. Respeitando as recomendações gerais da Direção Geral de Saúde e OMS, que assentam sobretudo na contenção social, aconselham o seguinte: 4Adiamento de consultas, exames ou procedimentos considerados não urgentes, nomeadamente exames de rastreio de retinopatia diabética; 4Alteração da tipologia de consultas de Diabetologia dos hospitais públicos e privados, centros de saúde e clínicas, para consultas à distância, via telefone ou

email, conforme a instituição o determine. Devem ser garantidas condições para que estas se concretizem com normalidade, nomeadamente efetivação da consulta sem a presença do doente, telefone com acesso ao exterior e sem temporizador. Os doentes devem ser avisados por quem a instituição determine da alteração da tipologia da consulta e os contactos telefónicos devem ser validados; 4Deve ser garantido o receituário aos doentes com consulta agendada, de forma a evitar falhas terapêuticas ou deslocações a outros centros para renovação de receituário; 4Situações detetadas na comunidade com eventual indicação para internamento devem ser discutidas, sempre que possí-


gravidade e prognóstico menos favorável

vel, com os elos de ligação das diferentes especialidades (médicos e enfermeiros), antes de serem enviados ao hospital. Deve ser considerada também a hipótese de internamento eletivo nas Unidades de Hospitalização Domiciliária, com admissão do doente no domicílio. 4Profissionais de saúde diabéticos devem preferencialmente realizar consultas não presenciais, de modo a assegurar a sua proteção. O QUE DEVEM OS DIABÉTICOS FAZER Aos doentes diabéticos, os especialistas aconselham, no mesmo documento de consenso, o seguinte: 4Manter-se no domicílio, reduzindo o número de saídas ao mínimo possível; evitar multidões ou aglomerados de pessoas; 4Tomar precauções diárias, mantendo a distância de segurança de 1 metro de outras pessoas;

4Evitar a todo o custo o contacto com pessoas doentes ou que apresentem sintomalogia respiratória; 4Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou desinfetante; 4Não partilhar alimentos nem utensílios; 4Manter-se hidratado, controlar a glicemia, corpos cetónicos e medir a temperatura. 4Perante aparecimento de sintomas como febre, tosse ou falta de ar, deve manter-se em isolamento no seu domicílio e contactar a Linha de Apoio Saúde24. APELO DA APDP Também a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) apela ao dever especial de prevenção face à doença Covid-19 das pessoas com diabetes e sugeriu a importância da quarentena rigorosa para os diabéticos, com mais de 60 anos, considerando-os grupo de maior risco, tal como acontece com as pessoas com mais de 70 anos sem outras patologias. Este isolamento profilático será tão mais importante se tiverem também hipertensão, doença coronária, respiratória ou cancro. Só deverão sair de casa em situações de absoluta necessidade e, sempre, evitando qualquer contacto pessoal.

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infeciosa, bem como quadros de maior

“É crucial que sejam adotadas medidas de contenção social, particularmente na população mais idosa que está mais suscetível a uma fragilização do sistema imunitário devido a outras patologias”, refere José Manuel Boavida, presidente da APDP, acrescentando que “esta recomendação de quarentena advém dos dados já apurados noutros países e que demonstram que na população com mais de 60 anos e nas pessoas com doenças crónicas o risco de complicações graves e de morte aumenta”. As pessoas com diabetes que estão a trabalhar poderão pedir baixa médica, se não estiverem em tele-trabalho ou já de quarentena por indicação das autoridades de saúde. A APDP já pediu ao Ministério da Saúde que agilizasse este processo, para não obrigar as pessoas a ir ao Centro de Saúde e a clarificação das condições em que o mesmo se processará. José Manuel Boavida acrescenta ainda que “todas as pessoas com diabetes devem ter em casa medicação suficiente para dois meses, dado ter aumentado a previsão de duração da epidemia, assim como material de autovigilância e toda a medicação que tomam habitualmente para outras doenças, nomeadamente para doença cardiovascular”. Tal como a Direção Geral da Saúde (DGS), a APDP recomenda que é também necessário “ter medicação para a febre, como o paracetamol.” Durante o período de quarentena, a APDP reforça que as pessoas devem estar alerta para os sintomas da doença, que são semelhantes aos da gripe e que podem incluir febre, tosse, falta de ar e cansaço. É fundamental manterem-se hidratados, controlar a temperatura corporal e fazer o registo diário da glicemia.

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uma maior suscetibilidade à patologia

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Está demonstrado que a diabetes condiciona


[ESPAÇO AMPLIPHAR ]

DIABÉTICOS

GRUPO DE RISCO PARA INFEÇÃO POR COVID-19 As doenças crónicas, quando não controladas, causam desgaste do sistema imunitário, limitando a resposta do organismo aos “invasores”. O sistema imunitário compreende todos os mecanismos pelos quais o organismo se defende de “invasores” externos, tais como vírus, bactéria, fungos e outros. Um sistema imunológico ativo, em condições normais, desencadeia uma resposta de ataque aos vírus “invasores”. Quando o sistema imunitário está debilitado, o organismo fica mais vulnerável. Para além da população idosa, estão mais vulneráveis ao COVID-19 as pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias crónicas, diabetes, hipertensão e cancro. Como noutras infeções virais, o COVID-19 afeta o controlo da diabetes, o que obriga este grupo a uma maior vigilância. Em Portugal, mais de 1 milhão de pessoas entre os 20 e os 79 anos tem diabetes. A diabetes é uma doença metabólica crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicémia).

Várias investigações referem a capacidade do crómio para regular as concentrações de açúcar no sangue, ajudando a promover o controlo da diabetes e a diminuir o risco de doenças crónicas em pessoas com excesso de peso. A atestar os benefícios do crómio, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), refere que “o crómio contribui para a manutenção de níveis normais de glicose no sangue.” São vários os estudos que confirmam que a suplementação com crómio pode ser útil para diabéticos. O crómio, em conjunto com a insulina, ajuda a transportar a glicose da corrente sanguínea para as células, onde esta constitui uma importante fonte de energia. Na falta de crómio, este processo não ocorre tão eficazmente, aumentando os níveis de glicose no sangue. Ao ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue, o crómio ajuda a promover o controlo da diabetes. contém 200µg de crómio, sob a forma de levedura de crómio, ácido alfa lipóico e L-carnitina, vitaminas e minerais que promovem o bom funcionamento do sistema imunitário.


INDICAÇÕES • Como complemento da terapêutica para a diabetes • Na situação pré-diabética, como complemento de uma alimentação adequada • Em diabéticos ou pessoas com resistência à insulina

COM LEVEDURA DE CRÓMIO MAIOR ABSORÇÃO

Estudos demonstram que a levedura de crómio tem uma absorção superior a outras fontes de crómio como o picolinato de crómio e o cloreto de crómio.

ÁCIDO ALFA LIPÓICO (ALA)

Participa no metabolismo dos hidratos de carbono. As células musculares, sob efeito do ALA, ficam mais sensíveis à insulina e captam mais eficazmente a glicose que circula no sangue.

• Para reduzir o apetite por alimentos ricos em açúcar • Para ajudar na perda de peso e queima de gorduras

L-CARNITINA

A L-Carnitina desempenha um papel impor-

tante no metabolismo da gordura, transportando os ácidos gordos para as mitocôndrias (local de produção de energia nas células), contribuindo para a combustão de gordura e, consequentemente, para a perda de peso.

é um suplemento alimentar. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e de um modo de vida saudável.

Disponível em Farmácias e Espaços de Saúde Saiba mais sobre

em www.ampliphar.com

www.winfitcromio.pt


[SAÚDE FLASHS] Startups oferecem consultas gratuitas online para aliviar pressão no SNS As startups Better Now, Knok Healthcare e Zaask juntaram-se ao movimento tech4COVID19, oferecendo serviços de prestação de cuidados de saúde primários gratuitos. Estas startups têm soluções para vídeo-consultas médicas grátis, aproximando profissionais de saúde de pacientes através das suas plataformas. A operar com médicos voluntários, as startups pretendem reduzir a pressão que, na sequência do novo coronavírus, tem afetado o Sistema Nacional de Saúde (SNS), bem como apoiar os pacientes aconselhados a não se deslocarem às unidades de saúde, como consequência das restrições de contacto e do nível de alerta dos profissionais de saúde para o apoio a casos suspeitos de coronavírus. Com médicos voluntários de várias especialidades, as três startups pretendem continuar a aumentar o número de médicos voluntários, de forma a garantir a capacidade de resposta rápida no serviço prestado aos pacientes. Acessíveis e democráticas, as soluções de telemedicina são as seguintes: BetterNow – A app, disponível para Android e iOS, junta pacientes e médicos voluntários para consultas via vídeo-chamada. O serviço é gratuito e irá ajudar no despiste de eventuais pacientes infetados por Covid19. A BetterNow pretende ainda reforçar a sua rede de médicos voluntários, convidando os interessados a juntarem-se à plataforma. O serviço está disponível em: https://betternow.pt/

Knok Healthcare – Disponível para Android e iOS, a aplicação, que conta com mais de 190 médicos voluntários, possibilita o acesso a consultas médicas por vídeo-chamada. Para pedir uma vídeo-consulta é apenas necessário fazer download da aplicação Knok, disponível na App Store e Google Play Store, e registar uma nova conta. Os responsáveis do projeto desafiam mais médicos voluntários a juntarem-se através do email voluntarios@knokcare.com. Zaask/Visor – A plataforma, com o apoio da startup Visor.ai, irá permitir aos pacientes uma primeira triagem de Covid-19. Para tal, será disponibilizado um chatbot, que conta com uma estrutura de despiste como a da Linha 24. Caso o despiste indique a infeção por Covid-19, o paciente será encaminhado para a plataforma da Zaask, que conta com médicos voluntários preparados para a realização de vídeo-consultas. A solução

da Zaask/Visor pretende escalar a assistência médica tanto da Linha de Saúde como dos próprios hospitais, pondo em contacto pessoas que precisam de ajuda com os milhares de profissionais de saúde (devidamente certificados) que, por alguma razão, estão em casa. Estes são três dos projetos que se juntaram ao tech4COVID19, um movimento criado por um grupo de fundadores da comunidade tecnológica portuguesa que pretende criar soluções tecnológicas que ajudem a população a ultrapassar o desafio da Covid-19. O tech4COVID19 tem em curso cerca de 20 projetos de combate ao vírus. Entre outros, contam-se projetos para melhorar o rastreamento de redes de contágio, facilitar video consultas entre médicos e doentes; criar uma rede de suporte a médicos e enfermeiros deslocados ou a pessoas que simplesmente necessitam de ajuda para ir às compras ou à farmácia; criar um chatbot para se tirarem dúvidas dos apoios concedidos pelo estado às empresas e às pessoas singulares; acelerar a compra de material hospitalar e lançar uma angariação de fundos para compra desse mesmo material; disseminar informação, recrutamento e coordenação de profissionais de saúde ou ainda criar um sistema que permita à população verificar sintomas sem necessidade de ir ao médico, são apenas alguns dos objetivos dos projetos.

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FEPODABES pede aos dadores de sangue que continuem a doar

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A Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) lançou um apelo a todas as pessoas que habitualmente doam sangue para que “não falhem” e continuem a doar sangue durante estes tempos de contenção social que a pandemia da Covid-19 está a impor. Recorde-se que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) está a sofrer “uma forte redução no número de dadores”, devido a este surto, tendo avançado para o nível amarelo de alerta. “Se se sente bem e já deu sangue há mais de 3 meses (homens) ou 4 meses (mulheres) dirija-se a uma Sessão de Colheita de Sangue para fazer a sua dádiva. Porque continuam a existir doentes e acidentados a precisar de transfusões”, pede Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

À exceção “dos dadores que habitam nas regiões em situação de quarentena, que não devem entrar no espaço de colheita e devem aguardar até à próxima colheita de sangue para fazer a sua dádiva. Pois, embora saudável, é possível que um dador infetado e assintomático, pré-sintomático ou com sintomas muito leves, possa acorrer a um local de colheita de sangue pondo em risco os profissionais de saúde e outros dadores”, lembra Alberto Mota. O risco de transmissão do novo coronavírus, que dá origem à doença Covid-19, através do sangue é atualmente desconhecido, não havendo, porém, evidências da sua transmissão. Ainda que este risco seja desconhecido, não parece haver razões para alarme, dado que até agora não foi reportado nenhum caso de transmissão de

vírus respiratórios (incluindo coronavírus) por transfusão ou transplantação e as medidas adotadas para a elegibilidade dos dadores de sangue impedem a dádiva de pessoas com manifestações clínicas de infeção respiratória ou febre.



[SAÚDE MULHER] O DESENVOLVIMENTO DO FETO E AS MODIFICAÇÕES QUE SE PRODUZEM NO ORGANISMO MATERNO TRADUZEM-SE EM INCÓMODOS, QUASE SEMPRE PASSAGEIROS, QUE LHE TORNARÃO O QUOTIDIANO UM POUCO MENOS AGRADÁVEL.

Gravidez INCÓMODOS TÍPICOS E COMO COMBATÊ-LOS PRIMEIRO TRIMESTRE Começa a adaptação, começam os incómodos da gravidez. Enjoos, náuseas, sonolência, sensação de tensão no peito... Aparecem, por vezes, até antes do teste confirmar que espera um filho. A maioria desaparece ao fim de poucas semanas, conforme a mulher se vai habituando ao seu novo estado. Mas até que isso aconteça, é provável que se mostre mais suscetível a odores tão quotidianos como o da sua própria “eau-de-toilette”; é natural que necessite, mais do que nunca, de dormir a sesta; pode acontecer que certos alimentos lhe produzam uma particular aversão; quase de certeza que irá enjoar no autocarro, enquanto vai para o emprego, etc.. NÁUSEAS As náuseas costumam produzir-se às primeiras horas da manhã, embora, por vezes, se prolonguem ao longo do dia. A causa – que não se conhece exatamente – parece ser a subida dos níveis hormonais, em concreto das hormonas gonadotropina coriónica (hCG) e progesterona. Por vezes, são acompanhadas de uma incómoda sensação de excesso de saliva na boca. COMO EVITÁ-LAS – Algumas medidas podem ajudar a prevenir a aparição de náuseas, nomeadamente: 4 coma umas bolachinhas, antes de se levantar da cama (pode deixá-las sobre a mesa de cabeceira, no dia anterior); 4 tome ao pequeno-almoço um alimento salgado, pois a maioria das grávidas que sofrem de náuseas toleram-no melhor do que os doces; 4 tente evitar, de manhã, odores que lhe desagradem; 4 ao longo do dia, substitua as três refeições principais por cinco mais ligeiras, evite os fritos e os alimentos cozinhados com muita gordura.

PREMÊNCIA DE URINAR Pelo seu corpo, circula um maior volume de líquidos e os rins funcionam a pleno rendimento, para os eliminar. Além disso, o útero cresce muito próximo da bexiga, pressionando-a, até ao quarto mês, altura em que ascende para a cavidade abdominal. Por isso, as suas idas ao quarto de banho são tão frequentes. Nas últimas semanas de gravidez, quando a cabeça do bebé pressiona sobre a zona, esta incómoda situação regressará. SONO E CANSAÇO Chega ao fim do dia com uma enorme sensação de esgotamento, apesar de descansar mais do que anteriormente... Que se passa? É simples: está a viver por dois! Um grande esforço, não lhe parece? Não deve lutar contra o cansaço e o sono. É uma exigência do seu filho, que necessita do descanso para crescer: de facto, o seu corpo “obriga-a” a parar, para que gaste menos energia.

Não deve lutar contra o cansaço e o sono; ABRIL 2020

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é uma exigência do seu filho,

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que necessita do descanso para crescer


Quanto à dorsalgia, é a dor da parte superior das costas, que as grávidas forçam, ao deslocarem os ombros e a cabeça para trás. CORRIJA A POSTURA – Exercícios, massagens ou qualquer outra técnica que escolha, para aliviar a sua dor de costas, será inútil, se não adotar posturas mais saudáveis: 4 ao andar e quando estiver em pé, mantenha a cabeça e o pescoço erguidos e relaxe os ombros. Para evitar a tendência a arquear a coluna para trás, tente não “empinar” a barriga; 4 os saltos ideais são os de 3 a 4 cm; não se devem usar saltos mais altos nem tão pouco sapatos rasos, durante muito tempo; 4 ao sentar-se, leve os glúteos até ao final do assento e mantenha as costas direitas, apoiando a cintura e ancas nas costas da cadeira. Afaste ligeiramente as pernas; 4 evite deitar-se de barriga para cima; se o fizer, flita os joelhos e apoie as plantas dos pés na cama; 4 agache-se dobrando os joelhos e separando um pouco as pernas, em vez de o fazer dobrando a cintura, com as pernas direitas. Se tiver de levar sacos pesados, reparta-os entre ambas as mãos.

CÃIBRAS Não se sabe, com exatidão, porque surgem as cãibras durante a gravidez, embora se apontem, como possíveis causas, a falta de cálcio e de potássio, bem como o cansaço e a pressão que o útero exerce sobre alguns nervos. O QUE FAZER? Para prevenir estas incómodas dores, pode fazer este exercício, antes de ir para a cama: sente-se com as pernas esticadas e desenhe 20 círculos com as pontas dos pés, primeiro para um lado e, depois, para o outro; em seguida, na mesma posição, flita lentamente os tornozelos e os dedos dos pés em direção ao nariz.

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DORES DE COSTAS As costas curvam-se, à medida que o ventre aumenta de tamanho e na mesma direção, ou seja, para a frente. Olhe-se ao espelho, de perfil, e compreenderá. O aumento de peso faz com que o centro de gravidade se desloque e o seu corpo tenta recuperar o equilíbrio, arqueando a coluna lombar para a frente e levando os ombros para trás. Em consequência disso, o alinhamento das vértebras modifica-se e as articulações ressentem-se. As hormonas também têm a sua responsabilidade: a relaxina faz com que todos os músculos e ligamentos estejam mais relaxados do que o habitual, incluídos os que unem as vértebras. Na maioria dos casos, as dores de costas têm a sua origem na zona lombar – lombalgia –, embora possam estender-se para ambos os lados das costas e dificultar a realização de muitas tarefas quotidianas. Se a dor provém da parte superior do glúteo e se estende até à zona superior da coxa ou da perna, trata-se de ciática. É uma dor mais intensa e acutilante, embora não seja contínua, como a da lombalgia. Deve-se, por um lado, à tensão do nervo ciático, devido à posição forçada do sacro, pelas razões que acabámos de explicar; e, por outro, à pressão do útero sobre o nervo.

Durante a gravidez, deverá engordar entre 9 e 13 Kg. Este incremento de peso varia ao longo dos meses: pouco, no primeiro trimestre; um ganho mais notório, no segundo; e um aumento significativo, no terceiro. Assim se repartem, aproximadamente, esses quilos extra: 43,500 Kg para o bebé 4500-700 g para a placenta 4800 g para o líquido amniótico 41 kg para o útero 4500 g para os seios 4 1,400 Kg para os líquidos retidos nos tecidos da mãe 4 1,250 Kg para o volume sanguíneo extra 4 3 Kg para reserva de gordura e nutrientes

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As perturbações características das primeiras semanas vão desaparecendo, a pouco e pouco. Mas surgem outras...

PESO EXTRA

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SEGUNDO TRIMESTRE


[SAÚDE MULHER] Se apesar disto, acordar com uma cãibra, tente fazer este mesmo exercício ou apoie o calcanhar no chão e dê pequenas pancadas com ele. Uma boa massagem na zona dorida, ascendendo desde o tornozelo até à parte posterior do joelho, também ajuda a relaxar o músculo contraído.

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CONGESTÃO NASAL A mucosa nasal está mais sensível e inflamada, durante estes meses, devido, mais uma vez, à ação das hormonas. Por mais que se assoe, a sensação de congestão não desaparece. Inclusive, podem ocorrer pequenas hemorragias nasais. O melhor remédio é a água: beba muita, utilize humidificadores, ponha recipientes com água sobre os radiadores, faça vaporizações e recorra ao soro fisiológico para lavar, hidratar e descongestionar o nariz. Se estas medidas não forem suficientes e a congestão piorar, consulte o seu médico, mas evite, por todos os meios, automedicar-se com nebulizadores nasais, pois alguns deles contêm substâncias vasoconstritoras, que poderiam lesar uma mucosa particularmente sensível.

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INCÓMODOS GÁSTRICOS Azia, más digestões, flatulência: uma série de queixas gástricas, cuja culpa não é do cabelo da criança, com diziam as nossas avós. A razão é mais óbvia: para aproveitar todos os nutrientes, até ao último miligrama, o organismo desencadeia uma série de mecanismos, cujo objetivo é “travar” o trânsito desses alimentos pelo aparelho digestivo, para que se absorvam mais nutrientes. Consequentemente, a digestão torna-se mais lenta e surge a obstipação. Como o estômago se esvazia mais lentamente, também aumenta a possibilidade de sofrer azia.

HIGIENE ORAL Não descuide a higiene oral. Os ligamentos que prendem os dentes aos ossos estão agora mais lassos – devido às hormonas – e esse relaxamento produz uma pequena mobilidade nos dentes. Devido a isso, a placa bacteriana penetra com maior facilidade entre os dentes e as gengivas, irritando-as e provocando a sua inflamação. Pela mesma razão, é mais fácil piorarem as cáries ou surgirem outras. Por tudo isto, consulte um dentista, no início e a meio da gravidez, mantenha uma correta higiene oral e, sobretudo, evite as cáries. OBSTIPAÇÃO Os movimentos peristálticos do intestino – os que permitem que o seu conteúdo avance – diminuem, durante a gravidez, tornando o trânsito mais lento, pelo que os alimentos permanecem mais tempo nele e, em consequência disso, as paredes intestinais absorvem maior quantidade da água contida nas fezes, que secam e endurecem. Também o útero pressiona, cada vez mais, sobre o reto, dificultando ainda mais a tarefa de eliminação. O QUE FAZER? Se não prevenir a tempo, a obstipação acompanhá-la-á até ao final da gestação e arrastará um problema ainda maior: as hemorroidas. É importante, pois, começar a tomar medidas: 4 Beba muitos líquidos: água, sumos de fruta ou caldos de legumes. 4 Substitua o pão branco por pão integral. 4 Inclua, pelo menos, duas doses diárias de verduras e uma salada, antes de cada

refeição.

4 Evite a vida sedentária: caminhe uma hora, todos os dias.

4 Imponha uma rotina para ir ao quarto de banho: depois do duche matutino, por exemplo. 4 Nunca deve usar laxantes, sem consultar o seu médico, nem sequer naturais – lembre-se que natural nem sempre é sinónimo de inócuo.

DOENÇAS MATERNAS A maioria das doenças que podem afetar uma mulher adulta não são incompatíveis com a gravidez, embora obriguem a um controlo médico mais rigoroso. Vejamos as mais comuns, durante a gestação: 4HIPERTENSÃO –Pode acontecer que a hipertensão surja apenas durante a gravidez, situa-se que é conhecida como hipertensão induzida pela gravidez; porém, se for acompanhada de outros sintomas, como edemas ou presença de proteínas na urina, trata-se de uma pré-eclampsia. Se o problema já era crónico, o risco destas perturbações é maior, pelo que insistirão em que cuide da alimentação, repouse bastante e continue a tomar os medicamentos prescritos pelo obstetra. Se lhe incharem as mãos, os tornozelos ou a cara e se aparecerem dores de cabeça ou dores gástricas fortes, deve ir imediatamente às urgências.


TERCEIRO TRIMESTRE Tudo a incomoda: o volume da barriga, as pernas inchadas, o cansaço, etc. VARIZES E PERNAS PESADAS Nestes últimos meses, as suas veias suportam uma carga extra, devido ao maior volume de sangue circulante. A pressão venosa aumenta, bem como a propensão das veias para se dilatarem. As hormonas também ajudam, pois são responsáveis pelo relaxamento das paredes. Por outro lado, o peso do útero dificulta a circulação de retorno. Em consequência disto tudo, o sangue fica retido nas veias superficiais, que se inflamam, formando varizes. Nem sempre é possível prevenir a sua aparição – dado que é grande a influência do fator hereditário –, mas certas medidas podem ajudar a evitar que as varizes piorem. Vejamos: 4 Se tiver de permanecer muito tempo em pé, caminhe, mude de posição e apoie as pernas, alternadamente, num tamborete. Se tiver de estar sentada, utilize também um tamborete para as apoiar, levante-se frequentemente e caminhe. Não cruze as pernas. 4 Eleve os pés da cama, colocando uns quantos livros, debaixo do colchão. 4 Evite o calor na zona das varizes: apanhar sol, botas altas, radiadores, sacos de água quente, etc.

4 Use unicamente collants especiais para grávidas: nunca peúgas ou meias até ao joelho, pois o elástico comprime a perna. 4 Pratique exercícios para facilitar a circulação de retorno: sentada ou de pé, eleve uma perna e trace círculos para fora e para dentro, com as pontas dos dedos. 4 No duche, dirija o jato de água para os tornozelos e ascenda lentamente pelas pernas, até à anca. HEMORROIDAS As hemorroidas são varizes, que aparecem na zona do ânus e agravam-se com a obstipação e os esforços do parto, bem como nas últimas semanas de gestação, quando a cabeça do bebé pressiona a zona. As medidas para evitar a obstipação também são eficazes para prevenir as hemorroidas, bem como um exercício para fortalecer o períneo: deverá contrair e relaxar o músculo do ânus, várias vezes ao dia. Deste modo, esvaziam-se os nódulos de sangue e estimula-se o fluxo venoso.

Se não conseguir evitar o seu aparecimento, uma boa medida para aliviar a sensação de peso e ardor é aplicar gelo. INCHAÇO DOS TORNOZELOS É normal que, ao fim do dia, os líquidos a mais, que agora circulam pelo seu corpo, se depositem na parte inferior do mesmo. Os pés e os tornozelos inchados são uma perturbação habitual e apenas deve preocupar-se se o inchaço não desaparecer após o descanso noturno ou afetar as mãos e a cara. Neste caso, consulte o seu obstetra.

Os pés e os tornozelos inchados são uma perturbação habitual e apenas deve preocupar-se se o inchaço não desaparecer após o descanso noturno ou afetar as mãos e a cara

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Ao longo de toda a gravidez, o objetivo será manter os valores de glicemia dentro dos limites normais. Como estes valores variam ao longo do dia, é provável que lhe recomendem que efetue, você mesma, o controlo diário, com um aparelho de medição caseiro. A dieta e o exercício físico são as principais

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4DIABETES – A gravidez atua como um fator agravante da diabetes, e as necessidades de insulina aumentam. No entanto, atualmente, as mulheres diabéticas podem ter gravidezes sem problemas, quase na mesma percentagem que as grávidas saudáveis. Apenas será necessário um maior controlo.

4ASMA – É a alteração respiratória mais frequente, durante a gravidez. O seu curso é imprevisível, pois pode melhorar, permanecer estável ou piorar, com a gravidez. Com um controlo adequado, os efeitos da asma sobre o feto não deverão gerar preocupações. Nas primeiras consultas, ser-lhe-ão feitas recomendações sobre como prevenir as causas que podem desencadear uma crise asmática, nomeadamente constipações e outros tipos de infeções, bem como a exposição a substâncias alérgicas. Se, apesar destas precauções, se produzir um ataque de asma, deve dirigir-se imediatamente ao hospital. O terceiro trimestre é o período mais crítico, para as grávidas asmáticas.

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medidas preventivas, mas nalguns casos, será necessário administrar insulina ou modificar as doses se se administravam antes. As mesmas precauções são necessárias, se se trata de uma diabetes gestacional – que apenas aparece durante a gravidez e remite após o parto –, detetada através do teste de O’ Sullivan.


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Colegas de [SAÚDE PSICOLOGIA]

DESCUBRA QUEM É QUEM VISUALIZE O SEU LOCAL DE TRABALHO. AÍ SE CRUZA, DIARIAMENTE, COM O COLEGA CÍNICO, A CHEFE AGRESSIVA, O AMIGO ABUSADOR… SABE COMO LIDAR COM CADA UM DELES? APRENDER A RECONHECER O CARÁCTER E A ATITUDE DE CADA UM É O PRIMEIRO PASSO PARA SER BEM SUCEDIDO NAS RELAÇÕES LABORAIS.

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ASSAMOS MUITO TEMPO DAS NOSSAS VIDAS NO LOCAL DE TRABALHO. Por vezes, demasiado tempo! Tantas horas obrigam-nos a conviver pacificamente com os colegas, se queremos manter a nossa saúde psicológica. Isto porque o stress, as preocupações e os conflitos interpessoais podem interferir seriamente na nossa vida pessoal.

A maneira de ser e de agir dos colegas de trabalho – e a nossa própria – provoca, frequentemente, conflitos difíceis de enfrentar. Por esta razão, torna-se importante saber reconhecer o tipo de personalidade de quem nos rodeia, para conseguirmos cooperar e trabalhar adequadamente. Todos já tivemos um colega que se julga mais conhecedor do que os outros; ou um bajulador que raramente se afasta do chefe; ou, ainda, aquele companheiro de equipa que nunca está disponível quando necessitamos da sua ajuda. Na realidade, estes exemplos fazem parte dos três grandes grupos ou perfis mais habituais no ambiente laboral: os agressivos, os manipuladores e os passivos.

“DISCUTIR, EU? NUNCA!” O perfil passivo é um dos mais típicos. Caracteriza-se, fundamentalmente, pelo desejo de evitar todos e quaisquer conflitos. Significa que estas pessoas preferem calar o que pensam ou sentem sobre uma pessoa ou uma situação, para não gerarem mal-estar. Têm, igualmente, medo de comunicar situações em que foram prejudicados. Sem dúvida, este tipo de atuação ajuda a criar harmonia entre todos. Contudo, não se pode contar demasiado com estas pessoas para encontrar soluções, trabalhar por objetivos ou enfrentar situações delicadas.


Cada um é como é e o importante é aprender a lidar com as diferenças e suavizar os conflitos 4PACIENTE E FRIO – Este perfil tende a encontrar boas razões para não enfrentar a situação de forma imediata: “veremos”, “falamos disso noutro dia” ou “vou pensar no assunto” são os seus argumentos mais habituais. Frequentemente, nunca encontra tempo para abordar o tema. São poucas as situações ou pessoas que o incomodam e costuma minimizar os conflitos, com frases como “não há problema” ou “não te preocupes, está tudo bem”. Este tipo de colega, que ignora os proble-

por uma razão sem importância aparente. 4DEPENDENTE – Quando as coisas “ficam feias”, o colega dependente vira-se diretamente para os colegas mais experientes ou para o chefe, porque acredita que só eles sabem – e devem – enfrentar o problema. “EU É QUE SEI! No extremo oposto do perfil passivo, encontra-se o agressivo. Este padrão de personalidade está orientado para os obje-

tivos e para a busca de soluções. É muito ambicioso e a carreira é tudo para ele. Está, portanto, disposto a enfrentar e afastar todos aqueles que se interponham no seu caminho ou queiram travar as suas intenções. Este tipo de pessoa encara-se como indispensável e entra facilmente em discussão. Como profissional, é muito eficaz a atingir objetivos, a encontrar soluções e a trabalhar em projetos que requeiram audácia. O tato nas relações inter-pessoais, porém, não é o seu forte, o que origina facilmente conflitos. Neste grupo, destacam-se os seguintes sub-perfis: 4CONTRADITÓRIO – Age como o “advogado do diabo”. Adora contrariar e encontrar falhas no discurso dos seus interlocutores e nos processos de trabalho. Nenhum detalhe escapa à sua crítica. 4IRÓNICO – Passa o tempo a fazer piadas sobre as pessoas e as situações. Quando não gosta de algo ou de alguém, não hesita em efetuar um comentário mordaz ou usar o sarcasmo. Em geral, todos se riem, menos a vítima da piada. Em termos psicológicos, o humor funciona para estes indivíduos como um escape para a sua agressividade.

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mas, também não ajuda a solucioná-los. 4EMOCIONAL – As pessoas que correspondem a este perfil têm necessidade de gostar de todos os colegas, nunca querem magoar ninguém, mas sentem-se facilmente magoados. Creem que os seus comentários pessoais poderiam causar dano e preferem calar-se, para não “provocar conflito”. Estes indivíduos são como que panelas de pressão: por vezes, explodem

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Dentro deste grupo, encontramos ainda os seguintes perfis: 4TÍMIDO – Paralisa quando tem de lidar com um cliente difícil ou quando um colega ou o chefe lhe fala num tom mais elevado. Não se atreve a contrariar em caso de reações hostis e tem muita dificuldade em defender o seu próprio ponto de vista, porque a ansiedade que sente leva-o a anular-se.

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trabalho


[SAÚDE PSICOLOGIA]

4OMNISCIENTE – Considera que sabe mais do que qualquer outra pessoa; entende que não há ninguém melhor preparado para as tarefas em causa; e faz questão que todos os saibam. Não hesita em humilhar os companheiros, mostrando os seus conhecimentos e a sua competência técnica de forma arrogante e petulante. PERITOS EM MANIPULAÇÃO Outro grupo é o dos manipuladores, que fazem uso dos seus parceiros de empresa para alcançarem os objetivos a que se propõem. Estas pessoas sabem fingir muito bem, parecendo preocupadas com os colegas, enquanto apenas pensam a si próprias. Em vez de perseguirem os objetivos corporativos – como fazem os agressivos – ou evitarem os conflitos – como os passivos –, os manipuladores estão unicamente interessados nos objetivos pessoais. Para tal, procuram estar bem com todos, para

Conheça e respeite os seus próprios limites, bem como os dos seus colegas, de modo a manter relações baseadas na confiança, no respeito e no bem comum

Atitude assertiva Seguramente que conseguimos identificar vários destes perfis no nosso emprego, inclusive aquele em que nos inserimos. Cada um é como é e o importante é aprender a lidar com as diferenças e suavizar os conflitos. Isto faz-se desenvolvendo a assertividade, ou seja, a habilidade social que permite defender os direitos de cada um, sem agredir nem ser agredido. Eis alguns conselhos para começar a pôr a assertividade em prática: 4 Atreva-se a reconhecer aquilo que faz mal. 4 Seja forte nas suas convicções e suave nas suas formas – use um punho de aço com uma luva de seda. 4 Aprenda a dizer “não” diplomaticamente. 4 Utilize “eu” e nós” em vez de “tu”.

4 É fundamental autoafirmar-se com calma e tranquilidade, respeitando sempre o interlocutor. 4 Se é líder de um grupo de trabalho, não deixe que as pessoas concordem consigo apenas para o satisfazerem. Incentive a discussão de ideias, pois assim facilitará a confiança mútua. 4 Seja honesto, seja sempre igual a si próprio. Quem for como você apreciará muito esta atitude. 4 Aprenda a gerir as emoções e encontre o seu próprio lugar. 4 Declare abertamente as suas intenções, sem reservas nem medos. 4 Pense sempre positivo e confie em si mesmo. 4 Quando surgir o desacordo, busque sinergias de colaboração e pontos de contacto, para fazer os projetos avançar. 4 E, sobretudo, conheça e respeite os seus próprios limites, bem como os dos seus colegas, de modo a manter relações baseadas na confiança, no respeito e no bem comum.

conhecerem os seus pontos fracos, para lhes sacarem informações e, deste modo, melhor os manipularem. Como nos casos anteriores, distinguem-se três formas de abordagem:

4BAJULADOR – É muito simpático e agradável com os superiores hierárquicos, mas não com os colegas. Evita, por isso, contrariar qualquer figura de autoridade. O bajulador age de forma muito diferente em função das pessoas que estão em seu redor, multiplicando-se em simpatias na presença dos chefes. 4MAQUIAVÉLICO – Este tipo de indivíduo utiliza técnicas de confrontação indireta, divulga falsos rumores e lança informação contraditória, que lança discussão entre outros colegas ou departamentos. O seu lema é “dividir para reinar”. De índole mesquinha, estas pessoas passam muito do seu tempo a planear estratégias para atingirem os seus objetivos, mesmo que estas impliquem prejudicar terceiros. 4PSEUDO HONESTO – Inspira confiança nos colegas, sugerindo que todos falem abertamente e ponham as suas cartas na mesa… mas ele próprio não as põe todas e deixa muito por dizer! Fale por meias verdades e reserva-se nos comentários, embora dê a entender o contrário, partilhando muito pouco informação, quer com os companheiros quer com os chefes.



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O Poder Curativo dos Óleos Essenciais

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Viver de forma saudável significa usufruir de bem-estar em todas as áreas da nossa vida: espiritual, física e mental. Encontrar este equilíbrio pode ser tão simples como aprender a arte e a prática da aromaterapia. Com informação baseada em estudos científicos, este livro irá ensiná-lo a fazer preparados para promover o equilíbrio hormonal, reduzir inflamações ou reforçar o sistema imunitário. Aqui encontrará misturas para tudo aquilo de que necessita, incluindo produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica. Após dominar as receitas básicas dos seus produtos favoritos à base de óleos essenciais, as variações que poderá criar são ilimitadas.

Cérebro XL

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Prazer em Conhecer-me

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Autor: Bill Sullivan Editora: Vogais

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“Não acredito que acabei de dizer isso”. “O que há de errado comigo?”. Estamos permanentemente à procura de respostas para questões humanas fundamentais como estas, e agora a ciência já as pode dar. Os alimentos que apreciamos, as pessoas que amamos, as emoções que sentimos e as crenças que possuímos podem ser rastreadas até ao nosso ADN. Este livro é ciência popular no seu melhor e descreve numa linguagem acessível como a genética, a microbiologia e a psicologia trabalham juntas para influenciar a nossa personalidade e as nossas ações. Misturando pesquisas de ponta e humor, “Prazer em Conhecer-me” está repleto de ideias fascinantes que mostram quem realmente somos e como nos podemos tornar melhores.

Vivemos existências cada vez mais marcadas pelo stress e pela ansiedade – de tal forma quase os consideramos partes normais do nosso estado de espírito. Mas a exposição prolongada ao stress e a sensação de ansiedade por longos períodos de tempo têm efeitos muito prejudiciais na saúde física e mental. Estes danos são perfeitamente evitáveis – e reversíveis. No seu mais recente livro, o Dr. Daniel Amen revela como ter um Cérebro XL, ou seja, usar o poder do cérebro para ultrapassar disposições e estados mentais negativos e para se sentir melhor, com mais resiliência – e durante mais tempo.

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Dezenas de vezes ao longo do dia interagimos com máquinas inteligentes que estão constantemente a aprender com a riqueza de dados agora ao seu dispor. Essas máquinas, de smartphones a carros autónomos, estão a refazer o mundo no século XXI da mesma maneira que a Revolução Industrial o fez no século XIX. Este livro, escrito por dois dos principais cientistas de dados da atualidade, assenta numa premissa simples: se quer compreender o mundo moderno, precisa de conhecer um pouco da linguagem matemática falada pelas máquinas inteligentes. E é isso que este livro explica, mas de uma maneira não convencional, ancorada em histórias e não em equações.


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Hipnoparto

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Um guia moderno, prático e completo sobre o hypnobirthing, ou hipnoparto, a técnica de parto sem dor, natural e confortável, que oferece ao bebé uma mãe presente, forte e bem-disposta. Aqui se explica de que forma se pode transformar qualquer tipo de parto — natural, induzido ou até uma cesariana não programada — numa experiência positiva e memorável. O hipnoparto traz uma nova atitude, que ajuda a aprender como o seu corpo funciona ao nível muscular e hormonal durante o trabalho de parto; dominar técnicas de relaxamento para eliminar o medo e a tensão; criar um ambiente propício para o parto; estimular os processos fisiológicos naturais sem recorrer à indução.

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Antibióticos naturais EQUINÁCIA, PRÓPOLIS, UVA-DE-URSO… OS PREPARADOS DE PLANTAS MEDICINAIS SÃO UMA EXCELENTE ALTERNATIVA PARA PREVENIR TODO O TIPO DE INFEÇÕES, ESPECIALMENTE AS DO TIPO RESPIRATÓRIO E URINÁRIO.

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ONSIDERADOS COMO OS MEDICAMENTOS QUE MAIS CONTRIBUÍRAM para o bem-estar da população, os antibióticos são também aqueles que exigem mais cuidado na toma. Isto porque o seu consumo abusivo provoca resistências bacterianas, tornando-se cada vez mais difícil combatê-las, além de provocar importantes efeitos secundários, como a destruição da flora bacteriana benéfica. Por esta razão, os preparados de plantas medicinais de prescrição farmacêutica são uma excelente opção para prevenir e tratar as infeções, em especial as respiratórias e urinárias. Os preparados de plantas medicinais devem ser sempre consumidos sob orientação médica, farmacêutica ou de um fitoterapeuta, profissionais que poderão aconselhar sobre a posologia indicada, como devem ser administrados, assim como o tratamento fitoterapêutico mais adequado, afim de evitar reações com outros medicamentos.

EQUINÁCIA Os componentes da Equinácia apresentam bons resultados em caso de gripe ou constipação. A sua composição rica em polissacarídeos, glicoproteínas e ácido chicórico, aumenta as defesas do organismo. Assim sendo, as receitas medicinais desta planta estão altamente indicadas na prevenção de afeções ligeiras e moderadas do aparelho respiratório, sejam de origem viral ou bacteriana. Nesse sentido, as propriedades terapêuticas desta planta, comprovadas em diversos estudos científicos, podem reduzir em cerca de 60 por cento o índice de probabilidade de contrair uma constipação, além de diminuir a sua duração.

A composição da Própolis, rica em óleos vegetais, ABRIL 2020

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minerais e oligoelementos, permite combater

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um amplo espetro de bactérias, vírus e fungos

GEMAS-DE-PINHEIRO Os preparados farmacêuticos à base de Gemas-de-pinheiro estão indicados como complemento nas afeções brônquicas agudas e de catarro, pela sua ação antissética e purificadora dos brônquios. Outras plantas benéficas para o tratamento de patologias do aparelho respiratório são o tomilho, o eucalipto e o rosmaninho.


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PRÓPOLIS Este produto natural fabricado pelas abelhas contém propriedades antisséticas e antibacterianas de reconhecida eficácia em caso de gripes e resfriados. Está demonstrado que a Própolis é muito ativa no combate a uma das espécies patogénicas responsável por distintas infeções respiratórias, a Staphylococcus aureus. Além do mais, a sua composição rica em óleos vegetais, minerais e oligoelementos permite combater um amplo espetro de bactérias, vírus e fungos. Com efeito, inclusive as abelhas utilizam-no para tapar hermeticamente qualquer orifício na colmeia, com o objetivo de impedir qualquer infeção. ARANDO-VERMELHO O Arando-vermelho é uma das plantas medicinais com especial atividade antibiótica face às infeções urinárias. Dos frutos deste arbusto extrai-se um sumo rico em proantocianidinas, substâncias que impedem a adesão às vias urinárias da Escherichia coli, a principal responsável pelas infeções do trato urinário. Ao não conseguirem aderir, as bactérias são eliminadas pela urina, evitando assim a infeção. Este interessante mecanismo de ação, que não atua diretamente sobre o microrganismo, é o ideal como tratamento preventivo, em casos de cistites recorrentes e oferece uma elevada segurança. Por outro lado, pode ser administrado em conjunto com a terapia antibiótica dos processos agudos de cistite.

UVA-DE-URSO As propriedades farmacológicas da Uva-de-urso devem-se à ação antissética da hidroquinona que se liberta no meio urinário e que, em conjunto com a presença de taninos, potenciam o seu efeito antissético face a um grande número de germes. A sua ação diurética e antissética torna esta planta especialmente eficaz na abordagem a cistites crónicas e agudas, como coadjuvante da terapia antibiótica.

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ENTENAS DE ESTUDOS INDEPENDENTES, levados a cabo em mais de 200 instituições, de 33 países, documentam os benefícios para a saúde obtidos através da prática regular da meditação, uma técnica simples e natural, que se pratica durante 15 a 20 minutos, duas vezes por dia, confortavelmente sentado e com os olhos fechados. Nesses poucos minutos, o stress e a tensão são dissolvidos. De forma natural, a meditação cria um estado de repouso e relaxamento profundos, que não é atingido nem mesmo durante o sono. Ao mesmo tempo, a mente permanece plenamente desperta. Em contraste com outros métodos de relaxamento, não é necessária qualquer concentração ou contemplação. Os pensamentos são uma parte natural da meditação e não necessitam nem devem ser suprimidos. O estado de relaxamento profundo surge sem esforço e de forma sistemática, e a meditação é experimentada como sendo extremamente benéfica, agradável e revigorante.

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FORTALECE A CONDIÇÃO FÍSICA E MENTAL Esta técnica fortalece a condição física e mental da pessoa. Dissolvem-se as tensões e a fadiga profundamente enraizadas. O meditante experimenta um repouso profundo – mental e físico – que é a base da vasta gama de benefícios médicos. Isto resulta num desenvolvimento pleno da personalidade como um todo e conduz a uma maior estabilidade na vida quotidiana e a uma maior capacidade de realização. Qualquer pessoa pode facilmente aprender a praticar meditação, independentemente da idade, educação, estilo de vida, religião ou cultura. A experiência mostra que a recetividade é bastante elevada e que as pessoas continuam a praticar este método regularmente, mesmo passados vários anos.

A MEDITAÇÃO É UMA TÉCNICA NATURAL, QUE SE PRATICA DURANTE 15 A 20 MINUTOS, CONFORTAVELMENTE SENTADO EM CASA, COM OS OLHOS FECHADOS. E PODE SER MAIS UMA AJUDA NESTES DIAS DE INCERTEZA QUE SE VIVEM.

INDICADORES FUNCIONAIS E METABÓLICOS A técnica de meditação produz um relaxamento fisiologicamente mensurável. Cada pessoa aprende a reconhecer por si mesmo os critérios físicos de relaxamento profundo e, desta maneira, a avaliar subjetivamente a correção da sua própria prática. Uma característica especial da meditação é que, à medida que os meses passam, o nível de relaxamento físico e mental torna-se progressivamente mais profun-

do – um facto que tem sido demonstrado através da investigação, comparando meditantes de longa data com pessoas que meditam há pouco tempo. CAPACIDADE PARA ENFRENTAR O STRESS A melhoria subjetiva da qualidade de vida, que é mensurável em termos psicológicos, tem parâmetros físicos correspondentes, os quais indicam que, durante a prática da meditação, é adquirido um estado de relaxamento endocrinologica-

Qualquer pessoa pode aprender a praticar meditação, independentemente da idade, educação, estilo de vida, religião ou cultura


MUITOS BENEFÍCIOS

SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA A investigação científica sobre a meditação inclui um elevado número de estudos psicológicos, conduzidos por diferentes equipas de investigação, durante as últimas três décadas, usando os testes de personalidade mais correntes em cada país. No seu conjunto, estes estudos documentam o aumento da estabilidade psicológica, numa ampla gama de variáveis de personalidade, bem como a crescente tolerância ao stress. ASMA Provas de função respiratória em indivíduos saudáveis demonstraram que, durante a prática da meditação, a resistência ventilatória é significativamente menor e que o consumo de oxigénio e o ritmo respiratório se reduzem. Notaram-se efeitos correspondentes em pacientes com asma: após exatamente três meses de prática regular, os pacientes asmáticos mostraram melhorias significativas na resistência ventilatória, tanto segundo a avaliação do médico como segundo os próprios pacientes.

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INSÓNIAS Num estudo realizado no Canadá, indivíduos que tinham começado apenas há 30 dias a praticar meditação mostraram uma redução no tempo médio para adormecer, de 75 para 15 minutos. Em seguimento mensal, feito ao longo do primeiro ano, após o início da meditação, comprovou-se que este efeito se mantinha. Na prática clínica, este efeito verifica-se, muitas vezes, não apenas em pacientes com dificuldade em adormecer, mas também em todas as outras formas de insónia. Os médicos relatam que uma grande proporção de pacientes, mesmo aqueles que durante anos usaram medicação para os vários tipos de perturbações do sono,

podem voltar a um padrão de sono saudável e repousante, como resultado da prática regular da meditação.

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mente mensurável, por exemplo, através do lactato sanguíneo, da serotonina, da noradrenalina, da dopamina, da fenilanalina plasmática, da prolactina plasmática e da hormona do crescimento. Uma característica significativa da meditação é que a sua prática não provoca qualquer perda de vivacidade ou capacidade intelectual: pelo contrário, verifica-se que estas aumentam, em comparação com os não meditantes.

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4 Redução da tensão arterial, tanto sistólica como diastólica; 4 Melhoria da doença coronária; 4 Redução dos níveis de colesterol sérico; 4 Diminuição dos efeitos mentais e físicos do stress: redução da sobrecarga cardíaca, do ritmo respiratório, do lactato no sangue, da reação galvânica da pele e da suscetibilidade à doença; e aumento do relaxamento físico; 4 Melhoria no funcionamento do cérebro e aumento do fluxo sanguíneo cerebral; 4 Diminuição de cefaleias e enxaquecas; 4 Alívio da asma; 4 Diminuição da insónia; 4 Redução do consumo de álcool, nicotina e drogas; 4 Alívio da sintomatologia depressiva, redução da ansiedade das perturbações ansiosas e das estruturas neuróticas; 4 Redução dos custos de saúde: menos 50% de hospitalizações, com reduções que atingem 87%, nalgumas doenças.


[SAÚDE ALTERNATIVAS] Muitos estudos revelaram uma redução espontânea no consumo de cigarros e álcool; por isso, este método é aplicado com sucesso no tratamento das dependências

REDUÇÃO DO CONSUMO de álcool, nicotina e drogas

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Um dos efeitos da prática da meditação é que, à medida que os meses passam, os pacientes começam a mostrar um comportamento mais consciente da saúde. Muitos estudos revelaram uma redução espontânea no consumo de cigarros e álcool, tal como uma redução significativa no uso de drogas não prescritas. Por isso, este método foi aplicado com sucesso no tratamento das dependências, em muitas instituições. Mas, também na medicina familiar, a aplicação da meditação nesta área tem demonstrado bons resultados. Até pacientes que era grandes fumadores descobrem que, gradualmente – ou, às vezes, de imediato –, são capazes de reduzir o consumo de nicotina e – o que é bastante interessante – sem os sintomas habituais de abstinência.

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Muitos médicos têm observado, no exercício da sua profissão, que a maioria dos pacientes com asma apresentam claramente menos ataques, depois de alguns meses de prática de meditação regular, e que esses ataques são de menor intensidade. Num período de seis meses a um ano, muitos pacientes veem-se completamente livres dos sintomas.

te frequência, de modo que a medicação possa ser ajustada, em resposta à normalização relativamente rápida da pressão. O efeito da meditação na redução da pressão sanguínea elevada aumenta gradualmente com o tempo de prática. Meditantes de longa data – mais de 5 anos – revelam uma tensão significativamente mais baixa do que os meditantes recentes.

HIPERTENSÃO É particularmente gratificante para um médico recomendar a meditação a pacientes hipertensos, como complemento do tratamento convencional. A redução, tanto na pressão sanguínea sistólica como na diastólica, que tem sido comprovada pela extensa investigação científica, pode ser observada passados poucos dias ou semanas do início da prática da meditação. Logo após o início da prática, é necessário controlar a tensão arterial com bastan-

DOENÇA CORONÁRIA E HIPERCOLESTEROLEMIA Quanto aos doentes que sofrem de angina de peito, estudos efetuados mostraram um desempenho significativamente melhor em prova de esforço, após 6 a 8 meses desta prática, bem como uma apreciável redução do uso de nitroglicerina. De acordo com as mesmas investigações, os pacientes relataram uma clara redução nos sintomas da angina de peito na vida diária.


COMO MEDITAR EM CASA A meditação é uma das técnicas mais simples das terapias complementares. É fácil compreender o conceito e não carece de muito material, razão pela qual pode ser praticada na segurança do lar. Apenas exige uma boa dose de disciplina. São estes os passos prévios à meditação propriamente dita: 4LOCAL TRANQUILO – Para conseguir meditar em casa é essencial eleger um espaço tranquilo e cómodo, no qual possa estar em silêncio e sem interrupções. 4MOMENTO IDEAL – É importante escolher o momento certo para meditar, no qual esteja tranquilo e sem pressas. A meditação é um trabalho mental e, portanto, deve conseguir que a sua mente esteja tranquila para que possa relaxar. Caso contrário, não conseguirá entrar em estado meditativo e todo o esforço será inútil. 4POSIÇÃO CÓMODA – É muito importante que fique numa posição confortável para realizar os exercícios. O objetivo é esquecer o corpo e concentrar-se na mente. Não precisa colocar-se na tradicional posição de lótus: pode meditar deitado. 4LONGE DE DISTRAÇÕES – O mais importante é que ninguém o interrompa enquanto estiver a meditar. Por isso, sugerimos que desligue o telemóvel e apague a televisão. É fundamental criar um ambiente relaxado e perfeito para conseguir concentrar-se com o seu “eu interior”.

EXERCÍCIOS PARA INICIADOS Para fazer meditação em casa, não precisa mais do que um espaço tranquilo e de acalmar a mente. Experimente os seguintes exercícios: 4 OBSERVE OS SEUS PENSAMENTOS DE FORMA OBJETIVA Este exercício pode parecer um pouco complexo e difícil de compreender, no entanto, é muito simples. Quando a pessoa começa a tentar meditar vai sentir que a sua mente desenvolve uma imensidade de pensamentos. A ideia é tentar converter-se no observador de tudo o que acontece na sua mente. Imagine a sua mente como um rio e que cada pensamento é um tronco. A proposta deste exercício é que, em vez de subir para um desses troncos, deixe-os passar diante dos seus olhos.

4 EXERCÍCIO DE MEDITAÇÃO COM FOCO NA RESPIRAÇÃO É uma das técnicas de meditação mais recomendadas para iniciados. Quando a pessoa começa a meditar, o mais provável é que tenha dificuldade em manter o controlo dos pensamentos durante todo o processo. Por isso, um dos métodos mais fáceis é colocar o foco dos pensamentos na respiração. 4CRIE IMAGENS POSITIVAS Um dos objetivos da meditação é conseguir relaxar e fomentar uma atitude mais serena e positiva perante a vida. Para isso, é recomendável que tente criar imagens positivas e que as visualize durante uns minutos.

Verificam-se, igualmente, reduções clinicamente comprovadas nos níveis de colesterol sérico, juntamente com redução da obesidade e do consumo de nicotina.

Para conseguir meditar em casa é essencial

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possa estar em silêncio e sem interrupções

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eleger um espaço tranquilo e cómodo, no qual

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MELHORIA GERAL DA SAÚDE Um estudo realizado nos Estados Unidos comparou a utilização de seguros médicos feita por cerca de 2000 pessoas que praticavam regularmente meditação, com a média da totalidade das 600.000 pessoas com seguro na mesma companhia. As admissões em hospitais foram, em média, 56% mais baixas entre os meditantes e, também, acentuadamente mais baixas nas 20 categorias de doenças mais comuns: uma redução de 87% nas doenças cardiovasculares, 55% nos tumores, 87% nas doenças do sistema nervoso e 73% nas doenças do nariz, garganta e pulmões. É preciso notar que, antes de se iniciar na prática da meditação, o grupo tinha a mesma condição estatística de saúde que os restantes segurados.


[SAÚDE ALTERNATIVAS]

Mesoterapia EXCELENTE ARMA TERAPÊUTICA A

MESOTERAPIA É UM RAMO RELATIVAMENTE RECENTE DA MEDICINA, que tem vindo a ser utilizado com bons resultados no tratamento de várias patologias do foro musculoesquelético. O termo mesoterapia foi proposto por Michel Pistor, em 1958, mas a técnica terapêutica só seria reconhecida em 1987. Esta técnica permanece, no entanto, uma ilustre desconhecida para muitas pessoas. No nosso país, a divulgação tem sido feita, em grande parte, através de literatura não científica, enfatizando a sua aplicação no ramo da Estética. EM QUE CONSISTE? A mesoterapia consiste na aplicação intradérmica de fármacos na projeção octogonal da lesão ou dor. Representa uma via de administração de medicamentos no organismo, em pequenas quantidades e em concentrações elevadas, no local exato onde a ação terapêutica é desejável. A região ou ponto a tratar corresponderá ao foco doloroso projetado na pele e respetivas irradiações, indicadas pelo doente ou investigadas semiologicamente. A mesoterapia não é uma panaceia, tem múltiplas indicações, mas também existem situações que a contraindicam ou que dela não beneficiam. Trata-se de um ato terapêutico, realizado após exame médico, de modo a que se estabeleça um diagnóstico preciso. MECANISMOS DE AÇÃO Quanto ao mecanismo de ação desta técnica, diversas hipóteses têm surgido, na tentativa de o explicar. Quatro hipóteses o tentam fazer:

1.

HIPÓTESE MICROCIRCULATÓRIA ­ – Para a hipótese microcirculatória, a mesoterapia atua através da estimulação local ou geral da microcirculação. Para os defensores desta teoria, um órgão, tendão ou articulação lesionados apresentam um défice ou sofrimento microcirculatório, que a mesoterapia vai contrariar por estimulação e regularização da microcirculação.

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2.

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HIPÓTESE MESODÉRMICA – A teoria mesodérmica enfatiza a importância das trocas efetuadas através do tecido conjuntivo. Este contém elementos de natureza e funções diferentes, agrupados em unidades microcirculatória, neurovegetativa e de competência imunitária. É atuando em cada um destes três níveis que a mesoterapia exerce a sua ação.

A MESOTERAPIA É UMA ARMA TERAPÊUTICA AO DISPOR DO FISIATRA. APRESENTA RESULTADOS BASTANTE SATISFATÓRIOS, É BEM TOLERADA E DESPROVIDA DE EFEITOS COLATERAIS SIGNIFICATIVOS. TAMBÉM NO CAMPO DA ESTÉTICA ENCONTRA APLICAÇÕES MUITO ÚTEIS.


3.

MESOTERAPIA ENERGÉTICA – A teoria da mesoterapia energética não explica nem fundamenta a mesoterapia: ela explora a componente energética do ato mesoterapêutico. Para os defensores desta hipótese, a injeção de qualquer substância, a qualquer profundidade que seja, constitui uma mensagem energética, aproximando assim a mesoterapia a outras técnicas, como a auriculoterapia e acupuntura.

4.

MESOTERAPIA PONTUAL SISTEMATIZADA – A hipótese denominada mesoterapia pontual sistematizada considera que todo o sofrimento ou perturbação somática – a nível de uma articulação, tendão, ligamento, etc. – tem uma representação a nível cutâneo, através de uma zona palpável, dolorosa e reprodutível. É sobre estas zonas, denominadas dermoneurodistróficas, que se deve atuar em mesoterapia. Seguramente nenhuma destas teorias, por si só, explica o mecanismo de ação da mesoterapia. Talvez cada uma delas explique uma pequena parte de um todo. INDICAÇÕES E METODOLOGIA A mesoterapia pode estar indicada em múltiplas situações clínicas do foro traumatológico, reumatológico, vascular, dermatológico, neurológico e, também, na área da estética. As situações que mais têm beneficiado com a mesoterapia são as do foro musculoesquelético, particularmente as tendinopatias.

A mesoterapia, como ato clínico que é, não pode ser desinserida do doente-indivíduo e não nos podemos esquecer que, também em mesoterapia, não há doenças, mas sim doentes. Uma das características desta técnica é de que não requer sofisticados aparelhos para poder ser corretamente realizada. Consideramos as técnicas manuais, nas quais a unidade constituída pela seringa, agulha e mão é básica; e as técnicas assistidas, que usam suportes para seringas. Ambas as técnicas têm como elementos comuns as seringas e as agulhas. As TÉCNICAS MANUAIS têm três inconvenientes principais: 1. São mais dolorosas; 2. A profundidade da injeção não é constante; 3. A dosificação não é uniforme, comparativamente aos meios assistidos. As TÉCNICAS ASSISTIDAS permitem diferentes calibrações, quanto à profundidade da injeção, dose por picada e ritmo das picadas. A aplicação é muito menos dolorosa, pelo dispersar da sensação dolorosa e rapidez da picada, obtendo-se uma maior tolerância ao tratamento. O material usado tem sofrido uma considerável evolução nos últimos tempos, visando uma administração menos dolorosa e uma maior precisão na dose administrada.

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existem situações que a contraindicam ou que dela não beneficiam

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A mesoterapia não é uma panaceia, tem múltiplas indicações, mas também


[SAÚDE ALTERNATIVAS] Quanto aos efeitos inerentes à técnica, A mesoterapia aplicada à Estética tem por intuito há a salientar a dor provocada pela picada estimular a produção de fibras de colagénio e e a condicionada pela injeção do próprio fármaco. Pequenos cuidados permitem de elastina existentes no tecido subcutâneo uma técnica menos dolorosa, nomeadamente: uso de cloreto de etilo; pinçar a pele; introdução de pequenos volumes; posição cómoda; ambiente acolhedor, etc. Quanto à periodicidade com que o tratamento é feito, não exisIgualmente, algumas indicações devem ser dadas ao doente. tem esquemas posológicos fixos: estes são em função da patologia Assim, por exemplo, após a sessão de mesoterapia é desaconsee quadro clínico presente e serão ajustados caso a caso. lhável: Habitualmente, numa fase aguda, hiperálgica, as sessões devem ser efetuadas semanalmente. Após 4 a 5 sessões, de acordo com 4banho quente; a evolução, estas serão espaçadas e, assim, sequencialmente, serão 4exposição solar; de 2 em 2 semanas, 3 em 3 semanas e mensais. Numa fase mais 4aplicação de tópicos no local do tratamento; estabilizada da lesão, o intervalo entre as sessões pode ser de 6 4ionizações sobre a zona envolvida; meses ou mais. 4massagem local.

APLICAÇÃO À ESTÉTICA

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A mesoterapia aplicada à Estética tem por intuito estimular a produção de fibras de colagénio e de elastina existentes no tecido subcutâneo e, com isso, aumentar a textura deste tecido, diminuindo a flacidez. Para tal, ela é feita com agulhas de finíssimo calibre, com o objetivo de estimular o fibroblasto – célula produtora do colagénio e elastina. Cada punção – picada – é o incentivo físicomecânico para que o fibroblasto responda aumentando a produção destas fibras.

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Além de melhorar a flacidez, a mesoterapia trata a má circulação. Um tecido onde não ocorre uma boa circulação, por insuficiência venosa ou arterial, fica sujeito a maior proliferação de células gordas – os adipócitos. Com isso, formam-se nódulos de células gordas e a acumulação localizada de gordura nas mulheres. Esta acumulação costuma ocorrer, preferencialmente, no abdómen, cintura pélvica, glúteos, coxas e pernas. Como as quantidades de medicação utilizadas são mínimas, as drogas não causam

efeitos colaterais, embora sejam incrivelmente efetivas nas áreas em que são empregues. Esta é uma técnica sem riscos. As sessões não provocam grande dor, quando realizadas por um profissional qualificado. Podem ocorrer na pele leves manchas – equimoses –, que tendem a desaparecer espontaneamente em poucos dias, sem deixar quaisquer marcas. O sucesso do tratamento depende da assiduidade do paciente às sessões que, por norma, são semanais.



[SAÚDE FITNESS]

“Just do HIIT” DESCUBRA O TREINO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE QUE “QUEIMA GORDURA” E MELHORA A SAÚDE MENTAL! UMA BOA OPÇÃO PARA QUEM ESTÁ DE QUARENTENA FORÇADA, UMA VEZ QUE NÃO NECESSITA DE APARELHOS E PODE SER EFETUADO EM CASA.

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ADA VEZ MAIS NA MODA, os treinos intervalados de alta intensidade, comummente designados de “HIIT”(High Intensity Interval Training), resumem-se a breves sessões de treino onde englobam curtos tempos de execução a elevada intensidade, seguidos de períodos de recuperação. A metabolização de gordura é o objetivo principal do HIIT. Contudo, estudos têm demonstrado, não só benefícios físicos, mas também mentais, como a redução de ansiedade e depressão. Simples e eficaz assim se apresenta o HIIT, ideal para quem aponta como fator principal de inatividade física a “falta de tempo”, uma vez que poderá realizá-lo em apenas 20 minutos.

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COMO É O HIIT? O treino intervalado de alta intensidade define-se por períodos de treino intenso, que podem variar entre 5 segundos e 8 minutos e são realizados entre 80% a 95% da frequência cardíaca máxima. Os períodos de recuperação podem ter a duração de igual período de trabalho e, geralmente, são realizados entre 40% a 50% da frequência cardíaca máxima. O treino está planeado com períodos alternados de trabalho e recuperação e uma sessão completa pode variar entre os 20 e os 60 minutos (incluindo aquecimento e retorno à calma). Forte, duro e exigente, o treino HIIT impõe compromisso e dedicação a cada segundo de execução. O HITT também é desafiante e pode combinar uma variedade infindável de exercícios, desde a realização em simples ergómetros (bicicleta, remo, passadeira, etc.), assim como trabalho com o peso do corpo (salto à corda, exercícios peso corporal) ou até com a utilização de equipamentos extras, com kettlebell, corda naval, bolas medicinais, halteres, entre outros. Destaca-se quando se pretende emagrecer e melhorar o desempenho cardiorrespiratório. Apesar de inicialmente ser apenas recomendado para a população saudável, estudos recentes têm demonstrado resultados positivos e significativos em populações especiais, como hipertensos, diabéticos e até em idosos, em funções metabólicas e no aumento da densidade mineral óssea.


Quais as vantagens do treino HIIT?

Pela PROF.ª ANA ANDRADE

Doutoranda em Atividade Física e Saúde, pela Universidade Lusófona de Lisboa (ULHT). Mestre em Exercício e BemEstar, ULHT Lisboa; Personal Trainer e Group Trainer no Holmes Place Parque das Nações.

Os treinos HIIT demonstraram melhorar: 4Desempenho aeróbico e anaeróbio; 4Pressão arterial; 4Saúde cardiovascular; 4 Sensibilidade à insulina (ajuda os músculos a utilizar a glicose de forma mais eficaz para produzir energia); 4Perfil de colesterol; 4 Gordura abdominal e peso corporal, enquanto mantém massa muscular; 4Ansiedade; 4Depressão.


PLANO DE TREINO “JUST DO HIIT” Está na hora de testar se o treino HIIT é para si. Realize os 5 exercícios que se seguem, de acordo com a sua preferência (nível) de treino. Cada série tem a duração de 5 minutos na totalidade, com 1 minuto de descanso entre séries.

NÍVEL iniciado: 1 – 2 séries regulares: 3 – 4 séries avançados: 5 – 6 séries PROTOCOLO: 45” tempo na tarefa – 15” recuperação

T PUSH UPS Deitado

com as mãos afastadas para além do ombros, cabeça

à frente das mãos, descer o peito até ao nível do cotovelo, voltar à posição inicial e rodar o tronco; retomar a posição inicial e alternar a rotação (opção com joelhos no chão).

BUTT KICK De

pé com os pés à largura da anca e abdominais ligeiramente

contraídos, puxar o calcanhar ao glúteo, de forma alternada, mantendo o peito aberto e os ombros descontraídos.

Esforço e dedicação no treino HIIT vão compensar,

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TUCK JUMP

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De

pé com os pés à largura da anca e abdominais ligeiramente

contraídos, saltar e trazer os joelhos ao nível da anca, mantendo os braços esticados e alinhados com os ombros.

uma vez que irá metabolizar entre 300 a 500 calorias num curto espaço de tempo


[FITNESS SAÚDE] Perguntas e respostas É seguro realizar treinos HIIT sem nunca ter treinado?

POWER LUNGE Com

os pés à largura da anca e

abdominais ligeiramente contraídos, avançar a perna e descer a

90º, saltar

de liderança.

e trocar a perna

Manter

os abdo-

minais ligeiramente contraídos e o tronco sempre na vertical, sem que o joelho da perna da frente ultrapasse a ponta do pé

(opção: realizar saltar).

o exercício sem

Seguramente que não! Pessoas que têm comportamentos sedentários ou períodos de inatividade física prolongados devem iniciar um programa de treino mais leve e ajustado à sua condição física atual. Antes de iniciar um treino HIIT, deverá consultar um profissional de exercício e saúde, de forma a ser guiado a estabelecer um nível básico de condicionamento físico. Esta base é, muitas vezes, chamado de período de adaptação anatómica, que consiste numa combinação de treino aeróbico e de resistência muscular com uma frequência entre 3 a 5 vezes por semana, duração de 20 a 60 minutos por sessão numa intensidade leve, de forma a ocorrerem adaptações musculares progressivas. É muito importante ter uma base de treino antes de iniciar um programa HIIT, de forma a minimizar o risco de lesão musculoesquelética.

Com que frequência devo realizar treinos HIIT? Os treinos HIIT são mais exigentes do que os tradicionais treinos de resistência. Desta forma, é necessário um período de recuperação maior. A sugestão é, inicialmente, incluir um treino HIIT por semana no seu programa de treino e ir aumentado a frequência até um máximo de 3 treinos HIIT por semana, de preferência em dias alternados. Antes de realizar qualquer tipo de treino, deverá fazer um aquecimento entre 5 a 10 minutos e, no mínimo, 5 minutos de alongamentos no final da sessão.

KICK THROUGH

Como funciona?

Em 4

Existem vários protocolos possíveis, cada um com as suas características distintas. Normalmente, o HIIT é elaborado segundo a fórmula: A (quantidade de séries/rondas) x B (tempo na tarefa) / C (tempo de recuperação). Por exemplo: 5 x 45”/15”. Ou seja, neste exemplo, o praticante vai realizar 5 séries de 45 segundos, com 15 segundos de descanso entre cada série.

apoios, rodar o tronco apoian-

do a mão e perna oposta no chão, e chutar o pé à frente bem próximo do chão. Voltar à posição inicial e alternar a rotação.

Na

posição

inicial, manter sempre as mãos alinhadas com os ombros e a anca com os joelhos.

Quantas calorias vou “queimar”? Esforço e dedicação no treino HIIT vão compensar, uma vez que irá metabolizar entre 300 a 500 calorias num curto espaço de tempo. O dispêndio energético em treinos HITT é mais elevado, comparado com os treinos convencionais, uma vez que o corpo está consistentemente em esforços submáximos e o tempo de recuperação é muito reduzido, tornando o metabolismo mais acelerado e ajudando a metabolizar mais gordura no período póstreino. Enquanto os exercícios aeróbicos tradicionais só “queimam” gordura durante o exercício, no HIIT a metabolização de gordura acontece mesmo após 48 horas da prática. É o chamado EPOC, que representa a quantidade de oxigénio extra que o corpo necessita de consumir para recuperar após treino, potenciando o metabolismo de gordura.

NOTA FINAL - Realize sempre cerca de 5 a 10 minutos de aquecimento antes do treino HIIT. Finalize sempre todas as sessões com, pelo menos, 5 minutos de alongamentos dos principais grupos musculares trabalhados. Bons Treinos!

Fotografia: Miguel Moura


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Bom para o coração! BioActivo Cardio é um suplemento alimentar que contém óleo de peixe rico em ácidos gordos ómega-3 para uma absorção rápida no organismo. Os ómega-3 contribuem para a manutenção de um coração saudável. As cápsulas contêm baixo teor em metais pesados e peróxidos, devido à origem dos óleos de peixe e ao processo de purificação utilizado na produção. Mais informações em www.bioactivo.pt

Win-Fit osteo

para a saúde dos ossos

A osteoporose é uma doença silenciosa que afeta cerca de 800.000 pessoas em Portugal, com maior prevalência nas mulheres. Win-Fit osteo é um suplemento que oferece uma abordagem inovadora e segura para o bem-estar ósseo. Este novo produto, com evidência científica e patenteado, está já disponível nas Farmácias e Espaços de Saúde. A fórmula inovadora do Win-Fit osteo contém fitato (obtido do arroz integral (Extrato de Oryza sativa), que está envolvido nos mecanismos de formação e reabsorção óssea), e vitamina D, que contribui para a manutenção de ossos normais e para a normal absorção.

Depuralina Detox

Efeito depurativo e ação drenante

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Quando tomamos a decisão de ter um estilo de vida mais saudável e mudar os hábitos alimentares, é fundamental acompanhar esse processo com suplementação alimentar. O novo Depuralina Detox é um excelente depurativo com ação drenante que, além de estimular a função hepática, favorece também a eliminação das toxinas da pele. Para além disso é um detox com a duração de apenas 10 dias. Formulado à base de ingredientes naturais – Alcachofra, Cavalinha e Chá Verde – proporciona múltiplos benefícios ao organismo.

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Reduza a celulite e as acumulações de gordura Nesta altura do ano acentuam-se as preocupações com os cuidados do corpo. A pensar nissso, a Thalgo sugere a sua cosmética marinha e os suplementos nutricionais que a acompanham. Destaque para Coach Anti-Capitons, que alia a eficácia anticelulite do Concentrado de Melão Patenteado com a ação de combustão de gorduras do Chá Verde. A alga-castanha Ascophyllum Nodosum completa esta fórmula, para favorecer a eliminação das acumulações de gorduras. O Concentrado de Melão é o único ativo com especificidade na celulite fibrosada e nas camadas de gordura endurecidas. Para maximizar os resultados adelgaçantes, estas monodoses diárias são suplementadas em Zinco e Vitamina A, implicados nos mecanismos de ação adelgaçante.

Durex lança gama de lubrificantes 100% naturais A Durex acaba de lançar no mercado três novos lubrificantes íntimos com ingredientes 100% naturais. As novas fórmulas, a base de água, apresentam-se como sendo “pH friendly” e destacam-se pelo facto de não conterem ingredientes sintéticos na sua composição. A gama é composta por: Lubrificante com Ácido Hialurónico, que mantém uma hidratação de longa duração; H2O, com prebióticos que “alimentam” a flora vaginal; e Extra Sensitivo, com Aloé vera, para efeito extra calmante. De acordo com um estudo citado pela Durex, 9 em cada 10 mulheres têm mais prazer com o uso de lubrificante.

Evax lança campanha “InspirA-te” As jovens devem poder escolher o seu futuro livremente, sem quaisquer barreiras ou medos! Mas nem sempre é assim. A Evax quer mudar esta tendência e lança a campanha “InspirAte”, que procura inspirar as meninas a serem o que quiserem, contando as histórias de várias mulheres portuguesas inspiradoras. Três mulheres em profissões tipicamente masculinas vão dar a conhecer as suas histórias. A cientista-astronauta Ana Pires, a piloto de todo-o-terreno Elisabete Jacinto e a comandante de aviões Joana Guerreiro vão dar contar as suas histórias na plataforma www.evaxprogramainspirate.com.



[SAÚDE ÚLTIMAS] Como ajudar as crianças a lidar com o stress durante o surto de Covid-19 A atual pandemia, com a interrupção das aulas, a alteração dos hábitos familiares e o “bombardeamento” mediático diário, provoca em crianças de várias idades situações de ansiedade e stress. As crianças podem responder ao stress de formas diferentes. Por exemplo, podem pedir mais colo; mostrarem-se mais dependentes, ansiosas, agitadas ou zangadas; isolarem-se, fazerem chichi na cama, entre outros sinais. Para ajudar os mais pequenos a lidar com o stress durante o surto de Covid-19, a Organização Mundial de Saúde emitiu um conjunto de recomendações dirigidas aos pais e educadores, prontamente apoiadas e divulgadas pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. São estas as recomendações: 4Responda às reações da criança sendo compreensivo e mostrando apoio, escutando as suas

preocupações e dando-lhe uma dose extra de atenção e carinho. 4As crianças necessitam do amor e da atenção dos adultos durante períodos difíceis. Dê-lhe mais tempo e atenção. 4Lembre-se de escutar o(s) seu(s) filho(s), fale com calma e carinho e tranquilize-o(s) 4Se possível, crie oportunidades para a criança brincar e relaxar. 4Procure manter as crianças próximas dos seus pais e familiares e evite, na medida do possível, separá-las dos seus cuidadores. Se a separação ocorrer (por exemplo, devido a hospitalização), garanta que existe um contacto regular (por exemplo, via telefone ou vídeo-chamada) e mantenha a criança tranquila e segura. 4Tanto quanto possível, mantenha as rotinas e horários habituais ou ajude a criar novas rotinas, incluindo momentos de aprendizagem/escola e tempo para brincar e relaxar em segurança. 4Apresente factos sobre o que se passou, explique o que se passa agora e dê-lhe(s) informação clara sobre como reduzir o risco de infeção da Covid-19, com palavras adaptadas à sua idade, garantindo que as compreendem. 4De forma tranquilizadora, ofereça informação sobre o que pode acontecer: por exemplo, se um familiar e/ou a própria criança se começarem a sentir mal, terão de ir para o hospital durante algum tempo e receber a assistência dos médicos, que os vão ajudar a sentir-se melhor.

DIRETOR:

Francisco Duarte

Drª Luísa Carvalho (Especialista de Medicina Geral e Familiar)

REVISÃO CIENTÍFICA:

COLABORADORES/CONSULTORES: Dr. A. Coimbra

de Carvalho (Dent.);Dr. Alexandre Fernandes (Nutrição); Drª Ana Maria Cordeiro (Radiodiag.); Prof. Antero da Palma Carlos (Alergo.); Dr. António Manuel Marques (Socio.); Dr. António Meyrelles do Souto (Ortop.); Dr.  Artur Aguilar (Oftalm.); Dr.  Artur P. Galvão (Psiq.); Dr. Baptista Fernandes (Cirur. Estét.); Dr. C. Canas Ferreira (Otorrino.); Dr. César Ramos (Imuno./Alergo.); Drª Cláudia Madeira Pereira (Psicologia Clínica); Dr. Duarte Vilar (Socio.); Dr. E. Melo Rocha (Alergo./Pediat.); Dr. Fernando Lacerda Nobre (Clín. Geral); Prof. Francisco J. Antunes (Venér./SIDA); Prof. Francisco Reich de Almeida (Oftal. Infant.); Drª Isabel do Carmo (Endocri.); Dr. J. Seixas Martins (Cirur. Plást.); Dr. João de Matos Silva (Homeop.); Dr. Joaquim Margalho Carrilho (Ass. Port. Medi. Adicção); Dr. José Pacheco (Sexo); Prof. L. Menezes Falcão (Cardio.); Dr. Libério Bonifácio Ribeiro (Pediat./ Alergo.); Prof. Lincoln Justo da Silva (Pediat.); Dr. Luís Mendes Graça (Obstet.); Dr. Manuel Costa Guerreiro (Psiq.-Assoc. Defesa Saúde Mental); Dr. Manuel Neves e Castro (Gineco.); Drª Margarida Cordo (Psico-Socio.); Drª Maria Antónia Frasquilho (Psiq. Med. Trabalho); Dr. Mário Andrea (Otorrino.); Nazaré Nunes (Estét.); Drª Paula Martinho da Silva (Adv.-Ética); Dr. Paulo Guimarães (Urolog.); Dr. Pedro Levy (Psiq.); Associação de Planeamento para a Família. E-MAIL:

saudebemestar@silroc.pt

Raquel Madureira, Fotolia, Arquivo FOTOGRAFIA:

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Estudos não confirmam transmissão vertical de mães para fetos

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A propagação do Covid-19 está a gerar um alerta social global, suscitando nas mulheres que se encontram grávidas uma preocupação específica relativamente aos efeitos desta doença nelas e nos seus bebés. “É uma época de agitação e, dadas as circunstâncias, devemos manter a calma e familiarizar-nos com as evidências científicas que possam ajudar-nos a enfrentar o coronavírus e os seus efeitos com a máxima objetividade, sem perder de vista as suas consequências comprovadas e limitando a fiabilidade das hipóteses não comprovadas”, refere o Dr. Sérgio Soares, diretor médico do IVI. Neste sentido, e à luz da publicação de um dos primeiros

estudos sobre a relação entre SARS-CoV-2 (Covid-19) e gravidez, cujas conclusões foram publicadas no The Lancet, é de salientar que: 4Ainda não se provou cientificamente que as mulheres grávidas apresentem maior suscetibilidade à transmissão do coronavírus, recomendandose por isso, seguir os mesmos passos que os definidos para o resto da população. 4Até ao momento, não há evidências da transmissão desse tipo de infeção viral através de tratamentos de procriação medicamente assistida (PMA). Os artigos publicados e estudos de caso não confirmaram a existência de transmissão vertical de COVID-19 de mães para fetos. O prognóstico da

gravidez também não foi pior em comparação às mulheres não grávidas infetadas. “É importante manter uma atitude de tranquilidade, a verdade é que, até ao momento, nem as mulheres em tratamento reprodutivo nem as grávidas no terceiro trimestre de gestação mostraram riscos para a evolução do seu processo e estado do seu futuro bebé”, acrescenta o Dr. Sérgio Soares. “No entanto, devemos ser cautelosos, uma vez que as informações de que dispomos atualmente são escassas, sem esquecer o facto de que para uma mulher grávida qualquer infeção viral passível de afetar as vias respiratórias inferiores pressupõe risco para a mesma e para a gravidez”, conclui.

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