SAÚDE E BEM-ESTAR nº 317 - junho 2021

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| FITNESS PLANO DE TREINO PARA FICAR EM FORMA RAPIDAMENTE |

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NÚMERO 317 MENSAL JUNHO 2021

OBESIDADE TEM DE SER TRATADA COMO

DOENÇA CRÓNICA COMPLEXA E MULTIFATORIAL ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA

NOVO TRATAMENTO PARA A DOENÇA DE PARKINSON

IOGA

PROMOVE A SAÚDE DO CORPO E DA MENTE

TRATAMENTOS QUE AINDA VAI A TEMPO DE FAZER

2,80€ PREÇO CONTINENTE

CORPO DE VERÃO



[SUMÁRIO SAÚDE] ESPECIAL ESTÉTICA

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Tratamentos estéticos que ainda vai a tempo de fazer

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ESPECIAL ESTÉTICA

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Cavitação em foco

Textos redigidos ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

ESPECIAL ESTÉTICA

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Recuperação do contorno abdominal

14

Verão e alimentação: as melhores escolhas

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Importância da nutrição na fibrose quística

20

Alimentação “plant-based” para bebés: benefícios e métodos

22

Medicamento para o colesterol provoca-lhe dores musculares?

24

Obesidade e saúde digestiva: promover a consciencialização

28

Obesidade: quando a gordura se transforma em doença

30

Cancro da mama em mulheres jovens

NUTRIÇÃO

NUTRIÇÃO

GASTRENTEROLOGIA Obesidade e saúde digestiva: promover a consciencialização

24

ALTERNATIVAS Ioga: promove a saúde do corpo e da mente

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NUTRIÇÃO

ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL

GASTRENTEROLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

ESTUDOS PENUMOLOGIA

32

DPOC: sabe o que é?

ESPECIAL ESTÉTICA Tratamentos estéticos que ainda vai a tempo de fazer

6

TERAPIA DA FALA

36

Alterações de deglutição provocadas pela covid-19 PROGRESSOS

38

Cirurgia de estimulação cerebral profunda: quando, como e o que há de novo?

44

Combater a falta de memória

46

Alcoolismo: a toxicodependência mais frequente

52

Fungos: ameaça a pés e unhas saudáveis

54

Ioga: promove a saúde do corpo e da mente

58

Cuidados ao pedalar: 7 dicas para evitar lesões

ESPAÇO AMPLIPHAR PSICOLOGIA

PREVENÇÃO

ALTERNATIVAS

DESPORTO

PROGRESSOS Cirurgia de estimulação cerebral profunda: quando, como e o que há de novo?

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FITNESS

Garantir condições de habitação condignas, emprego e salários justos são fatores críticos no combate à maioria das doenças crónicas, a par do acesso a uma alimentação adequada e oportunidades para a prática de atividade física DR. JOSÉ MANUEL BOAVIDA, presidente da APDP - Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal

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As rubricas designadas por ESPAÇO são da exclusiva responsabilidade das empresas, marcas ou autores mencionados. Estatuto editorial em www.saudebemestar.com.pt

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Doenças crónicas: melhore a sua saúde através do exercício físico

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[SAÚDE OBSERVAÇÃO] CONTACTO COM A NATUREZA REDUZ NÍVEIS DE ANSIEDADE

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STRESS é conhecido por ser um dos responsáveis por vários problemas de saúde: pode levar à hipertensão, obesidade, ansiedade, depressão, entre outros. O seu impacto faz-se sentir nas pessoas individualmente e nas empresas, nos serviços de saúde e na economia. E provas disso não faltam: de acordo com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, o stress laboral é o segundo problema de saúde mais referido na Europa, estando na origem de 50 a 60% dos dias de trabalho perdidos. Reduzir este stress, acentuado pela pandemia, é essencial. Como? Segundo um estudo recente, publicado no ano passado no International Journal of Mental Health and Addiction, a Forest Therapy pode ser eficaz na redução dos sintomas de saúde mental a curto prazo, sobretudo o stress e a ansiedade. De acordo com a referida investigação, uma revisão sistemática e meta-análise que avaliou o impacto desta terapia na saúde mental, recorrendo a 20 estudos realizados na Ásia e na Europa com mais de duas mil pessoas, a Forest Therapy é eficaz no combate à depressão, ansiedade e stress.

Mas há mais. Um segundo estudo, publicado também em 2020, na revista científica Urban Forestry and Urban Greening, confirma um aumento de 27% no desempenho criativo, um aumento ao nível das emoções positivas e uma diminuição das emoções negativas. Foi em 1980 que nasceu o shinrin-yoku, expressão japonesa que se traduz, literalmente, por “banho na floresta” e que surge para ajudar a combater o cansaço e o stress associados a uma vida acelerada, através de um convite a desacelerar e a fazer uma ligação a todos os sentidos, o que permite uma conexão com a natureza e com todo o nosso ser. Desde então, deixou de ser um exclusivo da nação nipónica para se espalhar um pouco por todo o mundo, tornando-se um verdadeiro fenómeno de bem-estar mundial. De tal forma que são já os médicos a receitar este “medicamento”. Na Escócia, um projeto implementado em 2018, em Shetland, permitia que os médicos de família “prescrevessem” a natureza como parte do tratamento dos seus doentes. Um tema que, um ano depois, voltou a dar que falar, mas em Inglaterra, onde o Woodland Trust sugeriu a inclusão da Forest Therapy na lista de terapias e atividades recomendadas por médicos de clínica geral para aumentar o bem-estar dos seus pacientes. Por cá, a Forest Therapy começa a dar os seus passos graças à Renature, a primeira empresa a trazer para o País os benefícios desta prática, que oferece a possibilidade de ajudar a restabelecer o equilíbrio do nosso sistema nervoso, promovendo saúde e bem-estar.

A Forest Therapy surgiu para ajudar a combater

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o stress associados a uma vida acelerada,

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através de um convite a desacelerar e a estabelecer uma forte ligação com a natureza

DOENÇA MENTAL É DISCRIMINADA O estudo “A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio”, retrato sociológico sobre a saúde em Portugal, revela alguns dados sobre a saúde mental dos portugueses. De acordo com o mesmo, 66% dos indivíduos diagnosticados com doença mental diagnosticada admitem “sentir discriminação da sociedade” e 75% reconhecem ter resistência em pedir ajuda quando estão doentes (um número superior aos dos que apresentam outro tipo de doença). Existem, ainda, 11% de inquiridos que, embora não tenham nenhuma doença diagnosticada (física ou mental), sentem não ter controlo sobre a sua saúde por questões do foro psicológico.

TERMALISTAS JÁ PODEM PEDIR TRATAMENTOS Os utentes das termas portuguesas já podem solicitar aos seus médicos de família a prescrição de tratamentos termais. Isto porque uma Portaria do Governo, publicada a 14 de maio, estipula que os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde mantêm, em 2021, a comparticipação de 35% do seu valor.


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CORPO DE

verão

TRATAMENTOS ESTÉTICOS

QUE AINDA VAI A TEMPO DE FAZER DIAS LONGOS, CALOR, ROUPA LEVE, PRAIA E PISCINA... O VERÃO ESTÁ QUASE AÍ E COM ELE A “OBRIGATORIEDADE” DE MOSTRAR UM CORPO PERFEITO. NÃO DESESPERE! QUANDO O TEMPO URGE, É NAS CLÍNICAS DE ESTÉTICA QUE PODEM SER ENCONTRADAS AS SOLUÇÕES MAIS RÁPIDAS E EFICAZES PARA A PERDA DE VOLUME E REMODELAÇÃO DO CONTORNO CORPORAL.

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TRATAMENTOS DE CHOQUE

4PRESSOTERAPIA A pressoterapia é uma massagem de drenagem linfática realizada mecanicamente. O sistema consiste na compressão mecânica, controlada através de um computador, que desencadeia um processo natural de drenagem das sobrecargas adiposas, tonificando e refirmando os tecidos. Através deste sistema, são trabalhados os fluxos venoso e linfático, a partir dos tornozelos, aumentando progressivamente para a parte superior das coxas, aumentando a circulação sanguínea e consequente expulsão das toxinas e gor-

dura através do fluxo linfático pela urina. A pressoterapia é recomendada para a celulite edematosa, já que é uma excelente forma de aliviar e prevenir transtornos circulatórios, que são a causa deste tipo de celulite. Porém, existem pessoas para as quais a pressoterapia está totalmente contraindicada, como quem sofreu de trombose venosa profunda, infeção aguda do membro afetado, problemas cardíacos ou histórico oncológico.

4ENDERMOLOGIA A endermologia é uma massagem mecânica, executada por um aparelho que produz vácuo sobre a pele, enquanto massaja o local a tratar. O equipamento está dotado de cabeças que fazem uma massagem profunda, ativando as circulações sanguínea e linfática, ao mesmo tempo que desencadeia o processo de eliminação das toxinas. As manobras atuam ainda sobre o tecido fibroso, melhorando o aspeto de “casca de laranja”, sendo ideal, também, para casos de celulite instalada. Apesar de ser um tratamento mecânico, não provoca dor, sendo a sua intensidade de atuação definida de acordo com a pessoa, tornando-o adequado a todas as pacientes, salvo indicação médica excecional.

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4DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL Uma das melhores formas de livrar o organismo do excesso de líquidos é a drenagem linfática manual. É um método fisioterapêutico de massagem altamente especializado, feito com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes, que seguem o trajeto do sistema linfático. A drenagem linfática é utilizada, no campo da estética, para diminuir inchaços pós-operatórios, retenção hídrica e celulite, entre outros problemas. Ao mesmo tempo, proporciona a regeneração e a defesa dos tecidos, aumentando a diurese e a eliminação de toxinas, desenvolvendo o equilíbrio ao organismo.

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PENSAR A LONGO PRAZO Antes de passarmos à descrição de algumas das soluções existentes, cabe referir os tratamentos para os quais, infelizmente, já não vai a tempo. No caso das estrias, por exemplo, os tratamentos são longos e, como tal, não são indicados como tratamentos de última hora. Além disso, em alguns deles, não se pode apanhar sol nos primeiros 15 dias após cada sessão. Também os tratamentos antimanchas não podem ser vistos como intervenções de última hora, pois a recuperação é longa e, do mesmo modo, não se pode apanhar sol. O melhor é começar já a pensar no assunto, tendo em vista o verão do ano que vem!

Aqui fica uma lista dos “tratamentos de choque”, uns mais incómodos e/ou invasivos do que outros, mas todos com eficácia comprovada na remodelação do contorno corporal.

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ESTÉTICA MODERNA, com toda a sua tecnologia de ponta, consegue operar verdadeiros milagres, sobretudo naquelas que são as principais preocupações das mulheres: gordura localizada, celulite e flacidez. Mas tenha em atenção que nenhum tratamento estético dispensa uma alimentação e um estilo de vida saudáveis, nem substitui os cuidados com o corpo, ainda que moderados, durante todo o ano. Não ignora a toma regular dos suplementos alimentares que tratam e rejuvenescem a pele desde o interior, nem subestima a aplicação atempada dos cremes anticelulíticos e refirmantes, com formulações de grande eficácia, que existem no mercado.


[ESPECIAL ESTÉTICA]

4ELETROESTIMULAÇÃO O eletroestimulador é um gerador de corrente que produz impulsos elétricos com a energia suficiente para mobilizar determinadas células musculares. Assim se consegue trabalhar tanto sobre o músculo como sobre o tecido e, inclusive, mobilizar o tecido adiposo. Os avanços na eletroestimulação estética têm sido muitos e notáveis. As máquinas mais avançadas combinam vários tipos de ondas, para assim se adaptarem a cada paciente e a cada tratamento. Apesar dos seus benefícios, a eletroestimulação não pode ser utilizada por todos. Assim, está contraindicada em casos de cardiopatias congestivas, portadoras de pacemaker, patologias como flebites e varizes, gestantes, hiper e hipotensos, processos infecciosos e inflamatórios, problemas renais crónicos, patologias pulmonares como enfisema, ou tumores vários.

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4RADIOFREQUÊNCIA

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A radiofrequência é uma tecnologia que visa a tonificação cutânea, a regeneração das fibras de colagénio, melhorando a qualidade da pele ao mesmo tempo que reduz a celulite e as adiposidades do abdómen, glúteos e pernas. Tudo isto de forma não invasiva, indolor e sem anestesia. Apresenta resultados bastante visíveis, pois a sua ação provoca, simultaneamente, a redução da quantidade de gordura e a diminuição da flacidez cutânea. Pelo seu sucesso, esta tecnologia tem sido alvo de variações com o intuito de tornar os tratamentos mais céleres e abrangentes. A radiofrequência multipolar é uma das mais recentes tecnologias no mercado, ao utilizar três ou mais elétrodos para fazer passar a energia. É, por isso, capaz de efetuar, simultaneamente, trata-

mentos nas camadas profundas e superficiais da pele, aquecendo seletivamente as células gordas do tecido cutâneo. Novas associações com a radiofrequência são também comuns. É o caso de aparelhos que combinam esta fonte de energia com infravermelhos associados a vácuo, o que facilita a eliminação de gordura. Ou seja, os infravermelhos estimulam o metabolismo das células gordas, facilitando a reabsorção de edemas; por sua vez, a vacuoterapia provoca um aumento do fluxo sanguíneo e linfático, o que ajuda a eliminar gorduras. Apesar de inócuo para a maioria das pessoas, este tratamento e certas associações não podem ser recurso para grávidas, pessoas com pacemaker e nos casos em que a zona a tratar tenha algum tipo de material de preenchimento.

lipoaspiração clássica, pois a recuperação é quase imediata. Para além do tratamento da gordura, os ultrassons também tonificam a pele e melhoram a circulação sanguínea. Esta prática pode ser combinada com outros tratamentos, como drenagem linfática, endermologia ou radiofrequência. De um modo geral, os tratamentos exclusivos de ultrassons são rápidos, demorando entre 10 a 20 minutos, variando de acordo com a extensão da área a tratar, mas os efeitos são visíveis, muitas vezes, logo após a primeira sessão. Os ultrassons são praticamente inócuos, mas por não o serem totalmente, existem condições fisiológicas que não permitem a sua utilização sem aconselhamento médico. Por exemplo, quem tem uma taxa elevada de triglicéridos não deverá recorrer a este tratamento.

4LIPOASPIRAÇÃO CLÁSSICA 4LIPOASPIRAÇÃO NÃO-INVASIVA Os ultrassons são um verdadeiro ataque frontal à gordura localizada e à celulite dura. Também apelidados de lipoaspiração não-invasiva ou cavitação, os ultrassons são ondas sonoras impercetíveis ao ouvido humano. Estas ondas aquecem ligeiramente a zona a tratar, de forma indolor, e provocam uma agitação que rompe os adipócitos para que libertem o seu conteúdo. A gordura libertada é encaminhada para as vias linfáticas e para o fígado, sendo depois escoada pelo suor e urina. Nos últimos anos, alguns cirurgiões plásticos têm recorrido aos ultrassons como adjuvante da lipoaspiração clássica: como derretem a gordura, torna-se mais fácil depois extraí-la com as cânulas da lipoaspiração. Porém, estão disponíveis do mercado da estética cada vez mais equipamentos capazes de efetuarem a lipoaspiração não-invasiva como alternativa eficaz à

A lipoaspiração não é um tratamento para a obesidade. Serve para retirar excessos de gordura localizada. Porém, é a intervenção mais invasiva de todos os tratamentos estéticos – excetuando, obviamente, as grandes intervenções do âmbito da Cirurgia Plástica. O método consiste na introdução de uma cânula metálica na camada subcutânea, a qual, ligada a um aparelho de vácuo, aspira a gordura. Desta forma, existe a possibilidade de retirar maior ou menor quantidade de gordura do interior das zonas de depósito exagerado. Na maioria das vezes, a lipoaspiração é executada sob anestesia local. Mas quando a quantidade de gordura localizada a ser retirada é bastante grande, a maioria dos cirurgiões prefere a anestesia geral. Fotos: Clínica Beauty Box, Guimarães


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[ESPECIAL ESTÉTICA]

CAVITAÇÃO EM FOCO

A CAVITAÇÃO É UM MÉTODO NÃO INVASIVO E INDOLOR, QUE ELIMINA A GORDURA LOCALIZADA E PERMITE REDESENHAR O CONTORNO CORPORAL. A TECNOLOGIA DE ULTRASSONS APLICADA À ESTÉTICA REVELA-SE UMA DAS ALTERNATIVAS MAIS FIÁVEIS À LIPOASPIRAÇÃO TRADICIONAL. A SUA UTILIZAÇÃO, PORÉM, EXIGE ALGUNS CUIDADOS.

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GORDURA LOCALIZADA E A CELULITE são, talvez, os males estéticos que mais atingem a população feminina e, nos últimos anos, também os homens. Até há bem pouco tempo, a forma mais eficaz de eliminar os centímetros a mais passava por recorrer à lipoaspiração. Porém, este tipo de intervenção envolve uma série de riscos, inerentes a qualquer tipo de cirurgia, e obriga uma recuperação prolongada e, muitas vezes, dolorosa. Como alternativa a este contexto, surgiu a tecnologia cavitacional, um fenómeno físico que atua através de ultrassons,

fontes sonoras que, em baixa frequência, exercem pressão sobre os adipócitos – ou células de gordura – destruindo-os por implosão. No entanto, ao “rebentar” para dentro do organismo, a gordura libertada por estas células fica “espalhada” pelo corpo, ao contrário do que acontece com a lipoaspiração, onde é imediatamente removida. CUIDADOS ESPECÍFICOS O facto da gordura necessitar de ser posteriormente drenada do organismo é o primeiro motivo pelo qual a cavitação, apesar de não invasiva, exige cuidados específicos

e não pode ser feita sem diagnóstico, em qualquer parte do corpo ou por qualquer indivíduo. O segundo motivo diz respeito ao entusiasmo gerado em torno deste tratamento e que pode ser mau conselheiro. A aplicação desta tecnologia à estética é um fenómeno recente, que tem ganho terreno a grande velocidade pelo elevado grau de eficácia que apresenta e resultados visíveis ao fim da primeira sessão. Ainda assim, é importante não esquecer que a cavitação se destina a remover gordura localizada, não sendo, de modo algum, uma técnica de emagrecimento.


Esta é uma técnica que corrige imperfeições estéticas e remodela o corpo, mas não os maus hábitos alimentares ou o estilo de vida sedentária

Uma aplicação responsável não deve exceder uma hora e meia semanal, para dar tempo ao corpo de processar e expulsar as substâncias libertadas pelo processo cavitacional. Caso haja um excesso de utilização, verifica-se o sério risco de ocorrer insuficiência hepática. A duração total do tratamento depende do diagnóstico inicial, mas, em média, é de quatro a sete semanas.

Zonas de aplicação Coxas, glúteos, braços, região lombar e abdómen (desde que com um manípulo adequado, para impedir danos nos intestinos).

Zonas onde não pode ser utilizada Axilas, parte detrás do joelho, virilhas, testículos, mãos, pescoço, rosto e cabeça em geral.

Contraindicações 4Gravidez 4Arterioesclerose 4Diabetes 4Varizes 4Triglicéridos e colesterol elevados 4Insuficiência hepática e renal 4Osteoporose 4Doenças inflamatórias graves 4 Portadores de Pacemaker, dispositivo intrauterino (DIU) e próteses auriculares 4Sensibilidade auditiva 4Lesões cutâneas 4 Doenças inflamatórias graves (como por exemplo HIV e tuberculose) 4Doença oncológica

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ANTES E DEPOIS DA APLICAÇÃO Para ajudar a liquidificar as células de gordura, é aconselhável fazer uma dieta líquida de três dias: no dia anterior ao tratamento (bebendo um litro e meio de água), no próprio dia e no dia seguinte. É conveniente ainda ingerir chás drenantes, como o chá verde, por exemplo.

EFEITOS SECUNDÁRIOS A cavitação, quando aplicada profissionalmente, não comporta qualquer dor ou sensação de queimadura. Contudo, por ter uma fonte acústica, é perfeitamente normal ouvir um zumbido nos ouvidos, durante o tratamento. Nos dias que se seguem, verifica-se um aumento dos níveis de triglicéridos no sangue, visto que a gordura ainda está em trânsito pelo sistema linfático, até ser definitivamente expulsa. A aplicação na região abdominal exige cuidados especiais, pois caso exista um historial de problemas vasculares, como flebites ou má circulação, há o sério risco de entupimento dos vasos. Assim, antes de se iniciar o tratamento, é fundamental fazer um diagnóstico que identifique as suas necessidades e a quantidade de gordura a perder.

DURAÇÃO E FREQUÊNCIA das sessões

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PRINCIPAIS EFEITOS Ao provocar a desagregação do tecido adiposo, através da vibração celular, a cavitação transforma componente sólidos em líquidos e encaminha-os para o sistema linfático, para serem posteriormente expelidos pelo corpo. Durante este processo, libertam-se várias substâncias, desde toxinas a colesterol e triglicéridos. Esta última substância é recolhida pelo sistema linfático e venoso, chegando à circulação. A maioria é eliminada por via renal, mas outra parte deve ser transformada em energia pelos músculos, daí que a prática de exercício físico após o tratamento seja fundamental.

Estes cuidados evitam que seja necessário recorrer a técnicas ligeiramente invasivas, onde são injetadas soluções aquosas nos pacientes para ajudar a encaminhar mais facilmente a gordura para o sistema linfático, durante a sessão. Como já referimos, a prática de atividade física após o tratamento é recomendada para favorecer a saída dos lípidos, bem como drenagem linfática, que deve ser mesmo uma prioridade neste período.

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Esta é uma técnica que corrige imperfeições estéticas e remodela o corpo, mas não os maus hábitos alimentares ou o estilo de vida sedentária. Com ou sem cavitação, é importante não esquecer que um estilo de vida saudável é sempre a melhor solução, para prevenir ou ajudar a remediar a insatisfações com o nosso aspeto físico.


[ESPECIAL ESTÉTICA]

Recuperação do

CONTORNO ABDOMINAL

CIRURGIA PLÁSTICA E IMPORTÂNCIA DO PÓS-CIRÚRGICO AO LONGO DA VIDA OCORRE UMA NORMAL MODIFICAÇÃO DO CONTORNO ABDOMINAL E ESTAS ALTERAÇÕES TENDEM A SER MAIS EXUBERANTES APÓS FLUTUAÇÕES DE PESO, GRAVIDEZ OU CIRURGIAS ABDOMINAIS. A RESPOSTA AO PROBLEMA PODE SER DADA PELA CIRURGIA PLÁSTICA.

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A CONSULTA DE CIRURGIA PLÁSTICA são frequentes as queixas de excesso ou flacidez de pele da barriga, gordura localizada, estrias, diástase dos músculos (afastamento dos músculos retos abdominais, com diminuição da contenção e aspeto de barriga mais insuflada), presença de hérnias (por exemplo, hérnias umbilicais), presença de cicatrizes deformantes (por exemplo, de cesariana, histerectomia ou outras cirurgias abdominais), entre outras situações.

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UMA TÉCNICA PARA CADA CASO Assim, na área da cirurgia de contorno da parede abdominal, não existe uma técnica única que possa ser aplicada a todos os casos. É importante analisar o corpo e avaliar vários parâmetros: o tipo de pele, a presença de estrias e/ou cicatrizes, a quantidade de gordura, o padrão de distribuição dessa gordura, a tonicidade dos músculos abdominais, o afastamento dos músculos abdominais, a morfologia do abdómen, assim como os objetivos e expectativas do paciente.

Na presença de um pedido de cirurgia de contorno da parede abdominal, quatro tipos principais de cirurgia podem ser equacionados: lipoaspiração abdominal, mini-abdominoplastia, abdominoplastia e lipoabdominoplastia. LIPOASPIRAÇÃO ABDOMINAL A lipoaspiração abdominal isolada está indicada quando o único problema é uma acumulação de gordura na região abdominal. Neste caso, associa-se frequentemente uma lipoaspiração das costas, combinada com ipoaspiração da parede abdominal anterior, para um resultado mais cintado. Em alguns casos selecionados, é mesmo possível esculpir o abdómen de modo a criar um efeito de definição dos músculos. A quantidade de gordura removida é, dentro dos limites de segurança cirúrgica, a necessária para obter o contorno corporal desejado, sendo também adaptada à qualidade da pele, que é um dos fatores determinantes para a qualidade do resultado. As cicatrizes são praticamente inexistentes, uma vez que as incisões são muito pequenas e discretas (cerca de 3 a 5 mm).

ABDOMINOPLASTIA A abdominoplastia tem como propósito remover a pele abdominal em excesso ou danificada (distendida, com estrias, com cicatrizes). A pele saudável remanescente, geralmente localizada acima do umbigo, é então esticada para baixo, de modo a reconstruir uma parede abdominal com pele de boa qualidade. Se necessário, os músculos são apertados, de modo a melhorar o contorno da barriga e a corrigir diástases (afastamento dos músculos) ou hérnias. A cirurgia deixa uma cicatriz de tamanho variável, na zona supra-púbica, escondida na zona da roupa interior, bem como uma cicatriz à volta do umbigo. MINI-ABDOMINOPLASTIA A mini-abdominoplastia é um procedimento semelhante à abdominoplastia, utilizado quando existe menos pele abdominal excedentária. A cirurgia também permite apertar os músculos abdominais, sempre que necessário. Este procedimento deixa uma cicatriz mais pequena que a da abdominoplastia clássica e não deixa cicatriz à volta do umbigo. LIPOABDOMINOPLASTIA A lipoabdominoplastia é um procedimento que combina uma abdominoplastia com uma lipoaspiração da parede abdominal, permitindo tratar as alterações de pele e/ou da parede muscular, mas também o excesso de gordura da barriga, numa só cirurgia.


DRA. DIANA SANTOS Cirurgiã plástica. Beauty Box Clínica de Medicina Estética Avançada e

SARA FERNANDES Fisioterapeuta dermatofuncional

FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL No pós-operatório de cirurgias de contorno abdominal, o acompanhamento por um fisioterapeuta dermatofuncional é essencial. A realização de drenagens linfáticas e tratamento das cicatrizes por profissionais experientes, através de um plano individualizado e adaptado a cada caso, assume um papel fundamental na recuperação, permitindo uma regressão das equimoses e edema, melhoria das dores e alterações de sensibilidade, recuperação cicatricial e obtenção do resultado final mais rapidamente. A melhoria estética das cirurgias de contorno abdominal é apreciável, tendo um grande efeito na melhoria da silhueta e permitindo uma melhoria assinalável em termos de conforto e de bem-estar psicológico.

A realização de drenagens linfáticas e tratamento das cicatrizes, através de um plano individualizado e adaptado a cada caso, assume na recuperação

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um papel fundamental JUNHO 2021

PÓS-OPERATÓRIO E RECUPERAÇÃO No caso das lipoaspirações, não há necessidade de uso de drenos (dispositivos destinados a evacuar o sangue e líquido que se pode acumular na barriga), mas na generalidade das abdominoplastias, são colocados um ou dois drenos aspirativos, que geralmente são removidos ao fim de 24 a 48 horas. No final do procedimento, é feito um penso e colocada uma cinta abdominal compressiva, previamente recomendada pelo cirurgião. O uso de cinta compressiva está recomendado, habitualmente, durante 4 a 8 semanas. O tempo necessário para se recuperar de uma cirurgia de contorno abdominal é variável, dependendo da técnica utilizada, áreas e volume aspirados, condição física do paciente e cuidados no pós-operatório. No pós-operatório, nódoas negras (equimoses) e inchaço (edema) surgem frequentemente nas áreas tratadas. As dores são variáveis, mas em regra são leves e geralmente suportáveis com analgésicos simples. As equimoses desaparecem, habitualmente, em 10 a 20 dias após a cirurgia.

Por

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Na maioria das vezes, quer a lipoaspiração abdominal quer a abdominoplastia, são realizadas sob anestesia geral, em que o paciente dorme completamente. Também podem ser realizadas sob raqui-anestesia e sedação, na qual o paciente está acordado, mas sem dores e sedado. A escolha da anestesia é efetuada pelo médico anestesiologia, direcionada para a que considerar ter menos riscos para cada paciente e tendo em conta os seus desejos.


[SAÚDE NUTRIÇÃO]

e

VERÃO

alimentação

AS MELHORES ESCOLHAS O VERÃO É SINÓNIMO DE CALOR, DIAS LONGOS E REFEIÇÕES FRESCAS E PRÁTICAS. SEJA EM CASA, NA PRAIA OU NUM PIQUENIQUE, É IMPORTANTE SABER FAZER AS MELHORES ESCOLHAS.

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Pela

DRA. CATARINA SOFIA CORREIA

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Nutricionista; Clínica Tejo Saúde Bobadela, Parceira Fitness Hut - Grupo VivaGym

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CALOR DO VERÃO e a descontração das férias “pedem” refeições leves e frescas. As saladas e grelhados estão, assim, na primeira fila das preferências. Muitas verduras, frutas, carnes brancas e peixinho fresco são algumas das sugestões.

TOME NOTA: 4 Prefira frutas da época: esta estação está repleta de frutas coloridas e sumarentas, tais como frutos vermelhos, figos, melancia, melão, meloa, alperces, pêssegos e uvas.

4 No campo das hortícolas prevalecem a beringela, o feijão-verde, o pepino, o pimento e o tomate, todos vegetais da época. 4 Nesta estação, encontramos facilmente peixes frescos como o atum, o peixeespada, o carapau e a sardinha. 4 Comece as refeições com uma sopa fria: o tempo quente pode não ser muito convidativo a sopas quentes e pesadas. Por isso, aproveite os legumes e frutas da época para fazer gaspacho ou sopa fria de pepino ou melão. 4 Evite refeições prontas a consumir altamente processadas: se não tiver nada


Aventure-se nas saladas: há tantas combinações diferentes, rápidas e saborosas, que o difícil é escolher

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variedades de pão integral e tendo em atenção os recheios. 4 No que diz respeito aos snacks, prefira opções sem açúcar ou óleos e evite os produtos ultraprocessados. 4 Em vez de ceder à tentação de comprar uma bola de berlim na praia, opte por ter snacks práticos consigo. Pode, por exemplo, fazer as umas trufas energéticas, barritas de frutos secos ou muffins. 4 Os frutos secos, ingeridos com moderação, podem ser uma opção igualmente saudável. 4 Se preferir um snack salgado, pode optar por tortilhas de milho ou arroz,

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preparado, é mais provável que faça más escolhas alimentares. Certamente já sentiu a tentação de recorrer a este tipo de refeições para poupar tempo; no entanto, não deverá nunca poupar na sua saúde, pelo que poderá optar por refeições cuja preparação é mais rápida e simples, como saladas, omeletes, sandes ou wraps caseiros. 4 Aventure-se nas saladas: há tantas combinações diferentes, rápidas e saborosas, que o difícil é escolher. 4 Se comer fora de casa, experimente levar saladas num pote de vidro ou preparar uma sandes, preferindo as

ou por cenoura crua palitada, aipo, pepino ou tomate-cereja, e combinar com húmus, guacamole ou queijo creme light. 4 Pudins de chia, iogurtes não açucarados, queijos do tipo babybel ou ovos cozidos também são uma opção prática, tendo apenas o cuidado de os manter sempre frescos. 4 Não exagere nos gelados: estes são constituídos, muitas vezes, por açúcar e seus equivalentes, natas e outras gorduras, corantes e outros ingredientes menos saudáveis. 4 Prefira fazer os seus gelados caseiros, triturando banana congelada com outra fruta congelada à sua escolha e adicionando leite ou bebida vegetal, até atingir a consistência desejada. 4 Não se esqueça de beber água. Os líquidos desempenham diversas funções no organismo, incluindo a regulação da temperatura corporal. Quando a temperatura se eleva, aumentam as perdas de água, em particular através da transpiração, razão pela qual é essencial o consumo adequado de água, de forma a recuperar as perdas e restituir o equilíbrio hídrico.


[SAÚDE NUTRIÇÃO] 4 A água deverá ser sempre a bebida de eleição e poderá ser aromatizada com limão, menta, canela, gengibre, laranja e outros frutos. 4 Chás frios são uma excelente opção. 4 Evite refrigerantes e sumos de fruta açucarados. 4 Modere as bebidas alcoólicas: o verão está associado a jantaradas e saídas à noite. Porém, o consumo de álcool está relacionado com efeitos nocivos no organismo, para além de que as bebidas alcoólicas tendem a ser extremamente calóricas. Por estes motivos,

o consumo de álcool deve ser moderado (até 2 copos pequenos por dia para os homens e 1 copo pequeno por dia para as mulheres). Em suma, o verão traz consigo o sol e o calor, mas também frutas e vegetais deliciosos que podem e devem ser incorporados na sua alimentação quotidiana, seja em deliciosas sopas frias, seja em diferentes combinações de saladas, ou até mesmo nos seus snacks. Além disso, a ingestão hídrica não pode ser descurada, pelo que deverá ter sempre água por perto.

Se não resiste a um gelado, optar por versões mini, sorvetes ou gelados sem adição de açúcares pode ajudar a controlar a ingestão calórica

GELADOS: é difícil resistir? Com a chegada dos dias mais quentes, são pouco aqueles que resistem a um gelado. Frequentemente apontados como um dos principais inimigos da balança, os gelados são tema recorrente nas consultas de Nutrição, em que os mais preocupados com o peso procuram saber qual a opção menos calórica. A resposta vai depender essencialmente de dois fatores:

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INGREDIENTES – Podem ter como base natas, leite, água ou fruta, à qual podem ser adicionados outros ingredientes, como caramelo, chocolate, bolacha, frutos gordos, etc. De uma forma geral, os gelados tradicionais apresentam um teor médio a alto de açúcares (mais de 20%) e um teor de gordura que pode variar entre 0,5% (nos sorvetes, nos gelados à base de fruta e de água) e os 25% (nos gelados à base de leite e de natas). Estas duas últimas categorias são habitualmente as mais calóricas.

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TAMANHO – Desde gelados com 30 gramas/unidade até caixas de tamanho familiar com 800 gramas, são várias as possibilidades de compra. Se o controlo de quantidades é o seu ponto fraco, escolher as versões individuais pode ser uma boa estratégia, tendo ainda a hipótese de optar pelo tamanho original ou pelas versões mini, que em alguns casos permitem reduzir para metade o aporte energético.

Conjugando estes dois fatores e dando como exemplos opções de uma das marcas mais consumidas em Portugal – Olá –, os gelados menos calóricos pertencem à família Solero e Calippo, aos quais se juntam os clássicos Epá, Super Maxi e Perna de Pau (menos de 120 kcal/unidade). Dentro da família Magnum e Cornetto, as versões Caramel e Nuts e Morango são as únicas que ficam abaixo das 200 kcal, fornecendo todas as restantes 200-300 kcal por gelado. Recentemente, surgiram no mercado gelados para consumidores mais exigentes: sem adição de açúcares, enriquecidos em proteína, vegan, sem lactose e bio. De facto, as versões sem adição de açúcares apresentam um valor energético simpático (menos de 150kcal/100g). As restantes alternativas, apesar de frequentemente percecionadas como mais saudáveis, podem apresentar uma declaração nutricional idêntica às versões tradicionais.

Pela Dra. Sofia Oliveira Pinto Clínica de Estética e Medicina Integrativa da Liga (CEMIL), parceira de Nutrição do Fitness Hut (Grupo VivaGym)

A presença das alegações “sem lactose” e “vegan” apenas informa que pode ser consumido por intolerantes a este açúcar e por quem segue um padrão alimentar de base vegetal, respetivamente. A designação “bio” assegura que a sua produção se coaduna com as boas práticas ambientais, preservação dos recursos naturais e respeito pelo bem-estar animal. Quanto aos gelados enriquecidos em proteína, a sua pertinência é questionável, uma vez que existem fontes proteicas com menor densidade energética e maior riqueza nutricional, que permitem atingir as necessidades diárias (como a carne, o peixe, os ovos e os laticínios). Se está a tentar manter ou perder peso e não resiste a um gelado, optar por versões mini, sorvetes, gelados à base de gelo ou sem adição de açúcares pode ajudar a controlar a ingestão calórica. Se os consome de forma esporádica, tem um estilo de vida ativo, a par de uma alimentação equilibrada, opte pelo gelado que lhe dá prazer comer!



[SAÚDE NUTRIÇÃO]

IMPORTÂNCIA DA

nutrição na fibrose quística A

FIBROSE QUÍSTICA (FQ) é uma dessas doenças genéticas raras. Ocorre pela mutação de um único gene – o gene CFTR – que codifica uma única proteína – a proteína CFTR –, a qual funciona como um canal de iões à superfície das células. Para que a doença se manifeste, estas mutações têm de ser herdadas tanto do pai como da mãe. Quando esta proteína se encontra ausente ou disfuncionante, as secreções corporais ficam mais espessas. Apesar de apresentar múltiplos sintomas diferentes, é nos pulmões, no fígado e no pâncreas que a doença se manifesta com maior gravidade. MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA Nos pulmões, as secreções viscosas são propícias ao crescimento de diversas bactérias e fungos, que levam ao desenvolvimento de infeções respiratórias múltiplas e

Pela

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DRA. JOANA ROQUE

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Vice-presidente da Associação Nacional de Fibrose Quística (ANFQ)

O MOMENTO DO DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA GENÉTICA RARA, CRÓNICA, DEGENERATIVA, SEM CURA E QUE ENCURTA O TEMPO DE VIDA, É ASSUSTADOR. FOCAMO-NOS NAS COISAS QUE ESTÃO FORA DO NOSSO ALCANCE: ALTERAR O PASSADO, CORRIGIR O DNA OU INVENTAR UMA CURA MILAGROSA. O SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA É AVASSALADOR. MAS, AOS POUCOS, VAMOS PERCEBENDO QUE HÁ SEMPRE ALGUMA COISA A FAZER.

consecutivas que, aos poucos, vão destruindo o pulmão, havendo, na maior parte dos casos, necessidade de realizar transplante bipulmonar. Algo semelhante ocorre no pâncreas: as secreções espessas bloqueiam os pequenos ductos, impedindo a saída das enzimas necessárias à digestão dos alimentos. Na grande maioria dos pacientes, existe uma maior dificuldade em absorver os nutrientes, o que representa um risco acrescido de desnutrição. MUITO PODE SER FEITO Apesar de ainda não existir uma cura definitiva para a doença, há muito a fazer. Na verdade, a esperança média de vida da FQ tem vindo a aumentar de forma exponencial nos últimos anos, aproximando-se, agora, dos 40 anos de idade. Este aumento resultou de uma evolução importante na disponibilidade, qualidade e abrangência dos antibióticos, do aparecimento de medicamentos que contêm enzimas digestivas, de diagnósticos cada vez mais precoces, de cuidados de fisioterapia diários e de fatores relacionados com estilos de vida e ambiente. A soma de pequenos ganhos permite maximizar o estado de saúde.

Na era da inovação terapêutica, com o surgimento dos novos medicamentos dirigidos à causa da FQ – os moduladores do CFTR – e com a esperança de uma cura definitiva através da terapia genética, garantir que os pacientes se encontram nas melhores condições clínicas possíveis é essencial. UMA DAS MELHORES ARMAS Adotar comportamentos saudáveis e investir na saúde continua a ser importante, mesmo na presença de uma doença crónica como esta. A nutrição é uma das melhores armas que podemos ter. Uma correta nutrição influencia positivamente o prognóstico da doença: diminui o número de infeções respiratórias anuais, diminui o tempo de recuperação dessas infeções, ao suportar a resposta imunitária, e aumenta a sobrevida. No caso da FQ, a dificuldade em absorver os nutrientes, faz com que, estes pacientes, tenham de ingerir uma quantidade consideravelmente superior de calorias em relação à população geral, principalmente à conta das gorduras e das proteínas. Pode parecer simples, mas não é, principalmente nas crianças.


Nutrição, exercício físico, acompanhamento médico, cumprimento da terapêutica e acesso precoce à inovação: são estas as sinergias necessárias para mudar o paradigma da fibrose quística

CALORIAS SAUDÁVEIS Aumentar as calorias diárias, muitas vezes é interpretado como aumentar a ingestão de gorduras através de fritos, hidratos de carbono e alimentos processados. Mas, também na FQ, há que optar por calorias saudáveis, alimentos interessantes e equilibrados, refeições cozinhadas e preparadas em família, não descurando a ingestão de vitaminas e minerais. Outra das dificuldades sentidas está relacionada com as diferentes necessidades nutricionais dentro do mesmo agregado familiar. Na presença de uma criança ou adulto com FQ, que necessita de ingerir mais calorias, duas coisas podem acontecer: o paciente come uma refeição diferente do restante agregado familiar ou todos comem a mesma refeição hipercalórica. Nenhum destes caminhos é o ideal. O acompanhamento por um nutricionista especializado tem, aqui, um papel central no auxílio de todo o agregado familiar na confeção de refeições partilhadas, capazes de responderem positivamente às necessidades nutricionais de todos. RELAÇÃO POSITIVA COM A ALIMENTAÇÃO Uma relação positiva com a alimentação é central, principalmente quando falamos da criança. Como sabemos, nem sempre é uma tarefa fácil. O apetite das crianças varia muito ao longo dos anos e algumas rejeitam alimentos específicos, criando conflitos à hora das refeições. As crianças com FQ têm, por um lado, que ingerir mais calorias por dia, mas apresentam menos apetite, por outro, principalmente nos períodos de exacerbação pulmonar. Isto cria uma dificuldade adicional. O conflito à mesa nunca é solução. Há que envolver a criança, desde o início, na preparação da refeição, desde o momento da escolha dos ingredientes, à preparação dos mesmos, com tarefas adaptadas à idade, até à refeição em si. Devem ser escolhidos alimentos com elevada densidade calórica em que, numa pequena porção, sejam ingeridas bastantes calorias, diminuindo a necessidade de aumentar o volume de alimentos, aumentando apenas a qualidade dos mesmos.

RECEITAS PARA TODA A FAMÍLIA Foi no sentido de auxiliar as famílias e os pacientes que a Associação Nacional de Fibrose Quística (ANFQ) se aliou a duas nutricionistas, a Dra. Inês Asseiceira e a Dra. Margarida Ferro, e, em coautoria, lançou o livro “Nutrição na Fibrose Quística – Livro de Receitas para Toda a Família”. O livro desmistifica as necessidades nutricionais específicas destes pacientes, identificando alimentos nutricionalmente interessantes e dando dicas para aumentar, no prato do paciente, o valor energético de uma refeição partilhada por todos. Para além disso, sugere receitas e menus diários para necessidades calóricas crescentes. ESPERANÇA REDOBRADA Todos nós temos diferentes desafios. Escolhermos os nossos comportamentos, o nosso estilo de vida, está ao nosso alcance. É algo que podemos fazer. Aliar uma nutrição correta e adaptada a uma boa ingestão hídrica e à realização diária de exercício físico é determinante na saúde de todos, em particular dos pacientes com FQ.

Tão determinante como o cumprimento de todos os tratamentos prescritos. O desenvolvimento de novos medicamentos para a FQ veio trazer uma esperança redobrada para cerca de 80% dos pacientes em Portugal, que aguardam pelo acesso aos mesmos. Importa que estes medicamentos sejam iniciados atempadamente, em pacientes ainda saudáveis. Nutrição, exercício físico, acompanhamento médico, cumprimento da terapêutica e acesso precoce à inovação. São estas as sinergias necessárias para mudar o paradigma e o futuro da fibrose quística. O diagnóstico desta e de outras doenças é difícil. Mas não nos retira a possibilidade de escolha. Da impotência podemos passar à ação. Se estivermos atentos, há sempre alguma coisa ao nosso alcance. Há sempre algo que podemos fazer em prol da nossa saúde.


[SAÚDE NUTRIÇÃO] SABIA QUE EXISTEM VANTAGENS DE OS BEBÉS SEGUIREM UMA ALIMENTAÇÃO “PLANT-BASED”? PORÉM, ESTA OPÇÃO DE ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA AINDA SUSCITA MUITAS DÚVIDAS NOS PAIS E NOS PROFISSIONAIS QUE ACOMPANHAM AS CRIANÇAS.

Alimentação “plant-based”

para bebés

BENEFÍCIOS E MÉTODOS

A

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION (2016) reconhece a alimentação vegetariana adequada a todas as fases da vida, incluído para bebés. Os cuidados alimentares e as adequações nutricionais deverão ser sempre realizadas, como para qualquer outro tipo de dieta alimentar. DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR A diversificação alimentar ou alimentação complementar (complementar, porque o principal alimento continua a ser o leite, até o bebé aprender a comer) deverá ocorrer aos 6 meses. Nem sempre assim acontece, devido a diferentes fatores; e, por vezes, a introdução da alimentação ocorre mais cedo.

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DRA. RAQUEL DE MORAIS CARVALHO NETO

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Nutricionista Holmes Place Cascais

Esta introdução é recomendada pela maioria dos pediatras e tem início com purés de vegetais: mais inócuos e menos ricos em fibra. Batata, cenoura e alface são dos mais comuns, purés simples de um único vegetal ou conjugados. A alface, apesar de ter um valor nutricional pouco relevante, é rica em letucina, um calmante natural que ajuda os bebés a descansar. Normalmente, 10 a 15 dias após a introdução dos vegetais, introduz-se a banana, a pera e a maçã. Até aqui, a diversificação alimentar do bebé “plant-based” não difere da tradicional. Ao fim de três semanas a um mês, a diversificação tradicional inclui a primeira proteína animal, moída na sopa. Neste momento, é importante para os pais que decidam oferecer o padrão alimentar “plant-based” ao bebé estarem informados e, acima de tudo, acompanhados, não só por um pediatra, mas também por um nutricionista com especialização nesta alimentação. A introdução de proteínas vegetais tem associada um maior aporte de fibra, o que, ao dia de hoje, se sabe não ser prejudicial ao bebé. No entanto, tal como qualquer outro alimento em qualquer tipo de diversificação alimentar, os pais/cuidadores deverão estar atentos a sintomas de

alergia alimentar (erupção cutânea/falta de ar) ou intolerância alimentar (alteração do trato intestinal). QUAIS SÃO AS VANTAGENS? A diversificação alimentar “plant-based” pode ser vantajosa para a saúde do bebé. Existe uma menor probabilidade de vir a ser uma criança com excesso de peso ou obesa, menor presença de colesterol, menor ingestão de gordura saturada e maior aporte de frutas e legumes. Relativamente à vitamina B12, esta não é uma preocupação, visto o leite materno ou a fórmula fornecerem esta vitamina. No caso de a criança continuar a ser amamentada, a mãe deverá ter o cuidado de manter a sua suplementação de vitamina B12. Os estudos que existem relativos a crianças vegetarianas apontam para um aporte de ferro superior em dietas vegetarianas na infância, comparativamente com dietas omnívoras tradicionais. É mandatório reduzir os fatores antinutricionais, para maximizar a biodisponibilidade do ferro de fontes vegetais. Além disso, há que conjugar as fontes de ferro vegetal com fontes de vitamina C nas refeições dos bebés (pimentos, papaia, citrinos, kiwi), para potenciar a sua absorção.


A alimentação “plant-based” assegura todas as necessidades nutricionais durante a infância, é completa e ótima para o bom desenvolvimento do bebé

ra, couves, cenoura, brócolos;

4 1/3 de leguminosas: grão-de-bico, feijão vermelho, feijão preto, ervilhas, lentilhas, feijão azuki; 4 1/3 de cereais e tubérculos: arroz integral, quinoa, batata branca ou doce. A alimentação “plant-based” assegura todas as necessidades nutricionais durante a infância, é completa e ótima para o bom desenvolvimento do bebé. Importante é estar bem informado e acompanhado pelos profissionais de saúde certos.

Referências bibliográficas: (2019) Baroni. L, e tal. Vegan Nutrition for Mothers and Children: practical tools for healthcare providers. Sociedade Vegetariana Brasileira PDF alimentação 6 meses-2 anos.

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COMPOSIÇÃO DO PRATO Como se faz, então, o prato “plantbased” dos 6-12 meses? Vai depender de bebé para bebé. Deve ter em conta o dia a dia familiar, a capacidade do bebé para se sentar direito e a demonstração de vontade para iniciar a alimentação, mas acima de tudo, deverá ser um prato completo com:

4 1/3 legumes e verduras cozidos: abóbo-

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MÉTODOS Existem três métodos de diversificação alimentar: tradicional (omnívora, vegetariana, plant-based), Baby Led Weaning (BLW) e Participativo. O BLW permite ao bebé definir a quantidade de comida que quer ingerir e os ali-

mentos devem ser oferecidos nos horários de refeição da família, devendo sempre respeitar o apetite do bebé. A grande diferença é a forma como o alimento é apresentado: em vez de purés, os alimentos são oferecidos em tiras, forma de croquete ou muffins, de maneira a que o bebé consiga manuseá-los. Os benefícios apresentados são a aprendizagem dos sabores individualizados e o manusear dos alimentos e dos talheres mais cedo. Os bebés são mais harmoniosos na hora da refeição, são menos seletivos e conseguem perceber a sua saciedade mais facilmente. O método Participativo tem os mesmos objetivos e vantagens do BLW, respeitando a saciedade do bebé e a sua autonomia. Os alimentos são oferecidos tanto inteiros como em refeições preparadas, em que o bebé aprende a usar a colher.

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PROTEÍNAS NATURAIS Relativamente à introdução alimentar, existem diferentes opiniões clínicas. Por um lado, pediatras e nutricionistas que preferem introduzir os alimentos segundo uma ordem específica. Por outro, profissionais de saúde que salientam os benefícios da exposição a um alimento potencialmente alergénio o mais cedo possível. Seja qual for a forma privilegiada, deverá ter em conta o historial familiar dos pais do bebé e, claro, o acompanhamento adequado. A proteína é sempre uma preocupação, no entanto, se a alimentação for cuidada, o bebé irá ter sempre um aporte equilibrado, como em qualquer outra dieta alimentar. Proteínas vegetais integradas numa primeira fase da diversificação alimentar? Feijão, grão, lentilhas e ervilhas. Proteínas naturais, evitando, assim nesta fase, os processados, como tofu, seitan e tempeh.


[ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL]

MEDICAMENTO PARA O COLESTEROL provoca-lhe DORES

MUSCULARES?

O problema tem solução MUITAS PESSOAS QUE TOMAM MEDICAMENTOS PARA REDUZIR O COLESTEROL, AS CHAMADAS ESTATINAS, SOFREM DE DORES MUSCULARES. INVESTIGADORES MOSTRAM QUE É POSSÍVEL TERMINAR COM ESTAS DORES AO TOMAR UM SUPLEMENTO DE Q10.

O

SEU MÉDICO RECEITOU-LHE ESTATINAS para reduzir o colesterol? Já se questionou por que razão os comprimidos lhe provocam dores musculares? Existe uma explicação lógica e o problema tem solução. Estudos científicos mostram que associar Q10, uma substância natural, com a toma de estatinas acaba com a dor muscular.

tíveis de terem dores musculares do que as pessoas sedentárias, levando a que as pessoas deixassem de tomar estatinas ou parassem de fazer exercício. A solução está nos resultados de um estudo americano* segundo o qual os doentes que tomavam estatinas e suplementos de Q10 conseguiram reduzir as dores em 40 por cento.

ESTATINAS AFETAM AS CÉLULAS MUSCULARES Quando se tomam estatinas, estas inibem a produção de colesterol no fígado. Uma vez que o colesterol está metabolicamente relacionado com o Q10, um composto que também é produzido no fígado e extremamente importante para a renovação energética das células, ao inibirem a produção do colesterol, as estatinas também inibem a produção do Q10. A falta deste composto essencial prejudica a produção de energia nas células musculares, comprometendo o funcionamento dos músculos.

OPTE PELA MELHOR QUALIDADE Existem muitos produtos de Q10 disponíveis, mas o que as pessoas provavelmente não sabem é que há grandes diferenças na qualidade. Um suplemento, disponível no mercado europeu há mais de 25 anos, conseguiu posicionar-se como uma marca de referência: o Q10 é produzido através de uma fórmula única de microcristais de Q10 dissolvidos em óleo vegetal, para uma absorção superior. O produto é a referência científica oficial da ICQA (International Coenzyme Q10 Association) e está documentado em mais de 90 estudos publicados. Um dos estudos mais recentes, o Q-Symbio, mostrou que o Q10 reduz a mortalidade cardiovascular em doentes com insuficiência cardíaca crónica. O Q10 utilizado neste estudo encontra-se disponível nas farmácias e parafarmácias.

REDUZ A DOR EM 40 POR CENTO Um estudo dinamarquês demonstrou que as estatinas reduzem substancialmente os níveis de Q10 e que as pessoas fisicamente ativas são muito mais susce-

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*Referência do estudo: Am J Cardiol 2007; 99:1409-1412.

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Para mais informações, consultar www.q10.pt


Um estudo recente, o Q-Symbio, mostrou que o Q10 reduz a mortalidade cardiovascular em doentes com insuficiência cardíaca crónica


[SAÚDE GASTRENTEROLOGIA]

OBESIDADE e saúde digestiva PROMOVER A CONSCIENCIALIZAÇÃO COMPOSTO POR VÁRIOS ÓRGÃOS E ESTRUTURAS, O APARELHO DIGESTIVO É ESSENCIAL PARA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA. SEM ELE, A VIDA – E O NOSSO BEM-ESTAR É IMPOSSÍVEL. O MÊS DA SAÚDE DIGESTIVA VISA SENSIBILIZAR PARA A IMPORTÂNCIA DE O MANTERMOS SAUDÁVEL. A OBESIDADE E A SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE DIGESTIVA É O TEMA EM DESTAQUE, ESTE ANO.

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S DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO (AD) são das causas de morte mais relevantes em Portugal. Das 10 principais patologias, três são do aparelho digestivo. As doenças do AD afetam milhões de portugueses, muitas vezes, de forma silenciosa e traiçoeira. O dia 29 de maio foi a data escolhida para assinalar, anualmente e em todo o mundo, a importância da saúde digestiva. Trata-se de uma iniciativa da Organização Mundial de Gastrenterologia (World Gastroenterology Organisation – WGO), da qual fazem parte mais de uma centena de sociedades científicas e para cima de 50 mil membros individuais. O Dia Mundial da Saúde Digestiva foca-se todos os anos numa doença ou perturbação digestiva, visando chamar a atenção do público em geral e dos profissionais de saúde para a sua prevenção, frequência, diagnóstico, rastreio, tratamento e cura. Este ano, o tema escolhido foi “Obesidade e Saúde Digestiva”.


Pelo

PROF. DR. RUI TATO MARINHO Presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

1. DIETA SAUDÁVEL Opte por uma alimentação rica em fruta, legumes, vegetais e fibra, evitando alimentos processados e gordura. 2. PESO ADEQUADO – As pessoas com excesso de peso ou obesas são mais propensas a sofrer de azia, prisão de ventre e outras doenças do aparelho digestivo. 3. ATIVIDADE FÍSICA REGULAR – Além de ajudar a manter o peso sob controlo, reduzir os níveis de mau colesterol e o stress, entre outros benefícios, o exercício físico promove uma boa digestão. É antidepressivo e ajuda a evitar o cancro. 4. BOA HIDRATAÇÃO – Beber cerca de 1 litro de água por dia – ou mais, se possível. A água é essencial para manter o equilíbrio do organismo, manter a temperatura corporal e promover uma boa digestão, entre outros benefícios. 5. DORMIR BEM – Dormir menos de seis horas diárias impacta de forma negativa a saúde digestiva. Durma em paz e repousado(a). Durma bem.. 6. EVITAR O ÁLCOOL E O TABACO – Estes dois fatores estão na origem, não só de problemas digestivos, mas também de maior risco de cancro da boca e do esófago, pâncreas, fígado, estômago e cólon. 7. EVITAR TOMAR ANTI-INFLAMATÓRIOS EM EXCESSO.

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4 Pelo menos, 1 em cada 3 portugueses tem uma doença do aparelho digestivo. 4 A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) é muito frequente, estando presente em 8 a 33% da população mundial. Atinge ambos os sexos e todas as faixas etárias (SPED). 4 Em 2020, os cancros do estômago e colorretal representaram quase um quarto dos casos de cancro em Portugal (Globocan 2020). Um em cada três portugueses que surge com cancro tem um tumor do aparelho digestivo. 4 Os cancros do aparelho digestivo (cólon, reto, estômago, pâncreas, fígado, esófago, ânus) representaram mais de 1/4 (cerca de 27%) dos novos casos de cancro em Portugal, em 2020 (Globocan 2020) 4 Em Portugal, a hepatite C é a principal causa de cancro do fígado (60% do total de casos) e uma das mais importantes causas de cirrose (25% do total de casos). 4 Estima-se que cerca de 70% da população viva com Helicobacter pylori, uma bactéria que infeta e habita o estômago. 4 O fígado gordo afeta 1 em cada 4 portugueses. Numa mesa com 4 pessoas, uma delas tem fígado gordo. Num carro com 4 ocupantes, um deles tem fígado gordo.

7 PASSOS PARA PREVENIR doenças e perturbações gastrintestinais

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NÚMEROS QUE NÃO PODEMOS IGNORAR Sabia que, na União Europeia, mais de 50% da população adulta tem excesso de peso ou é obesa? Que quase 75% dos doentes obesos têm doença hepática gordurosa não alcoólica (fígado gordo), o que implica o aumento significativo de doença hepática avançada, de cancro de fígado e de necessidade de transplante de fígado? Ou que os problemas relacionados com a obesidade representam despesas de mais

Saúde digestiva em NÚMEROS

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RISCO DE CANCRO Com a escolha deste tema, pretende-se promover a consciencialização para aquela que é considerada a pandemia do século XXI, mais letal, inclusive, do que a covid19: a obesidade. A campanha que agora se inicia, designada Mês da Saúde Digestiva – e que decorre até ao final de junho – visa despertar a atenção para o facto de a obesidade ser uma situação pré-oncológicam, isto é, uma doença com um potencial muito elevado de vir a desenvolver cancro digestivo. É igualmente uma doença “global”, doença física, mental, familiar e social, com elevado impacto na sociedade geral e na economia mundial. Além de encurtar a esperança média de vida, a obesidade é um fator de risco para várias doenças graves do aparelho digestivo. Aqui, incluem-se desde a doença de refluxo gastroesofágico e obstipação à doença do fígado e cancros como o do esófago, cólon e reto, pâncreas e fígado, entre muitas outras.


[SAÚDE GASTRENTEROLOGIA] de 81 mil milhões de euros para as economias europeias? É um monstro económico. São números que não podemos ignorar e que estão na base desta campanha, através da qual se pretende partilhar com gastrenterologistas, cirurgiões, endocrinologistas, médicos de família, enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, doentes e público em geral os conhecimentos mais recentes relativamente à patogénese, investigação, prevenção e tratamento da obesidade, uma das principais causas do desenvolvimento de doenças digestivas crónicas e também responsável pelo aumento do risco da mortalidade global. Por outras palavras, pretende-se promover a comunicação entre todos os envolvidos, dos médicos e outros profissionais de saúde aos pagadores dos cuidados de saúde e demais população, para em conjunto encontrar respostas e adotar solu-

ções para um problema de saúde pública que, neste caso específico, pode ser prevenido, mas que se tem vindo a agudizar na última década. AUMENTAR A LITERACIA Aumentar a literacia dos portugueses em saúde digestiva traduz-se, a médio e longo prazo, em melhorias de saúde pública e viver mais anos com qualidade de vida. Espera-se que esta consciencialização contínua, ao longo dos anos, leve ao aumento de conhecimentos e literacia sobre o aparelho digestivo e a uma maior preocupação com as questões de saúde digestiva. O objetivo permanente é consciencializar a população para a importância da adoção de hábitos mais saudáveis, entre os quais se incluem uma dieta equilibrada, a prática regular de atividade física e consultas regulares com o gastrenterologista, não

Aumentar a literacia dos portugueses em saúde digestiva traduz-se, a médio e longo prazo, em melhorias de saúde pública e viver mais anos com qualidade de vida

apenas quando há sintomas ou sinais de desconforto, até porque as queixas relativas ao tubo digestivo são muito frequentes e uma das principais razões para o consumo de medicação não prescrita por um médico. Deseja-se, acima de tudo, fomentar a prevenção e deteção precoce de eventuais problemas de saúde do foro gastrintestinal, para permitir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Esta é a forma mais eficaz de reduzir a mortalidade e, simultaneamente, promover a saúde digestiva num país como Portugal, onde o número de doenças digestivas está a aumentar, mais de 60% da população tem problemas digestivos. O cancro digestivo mata uma pessoa por hora em Portugal No nosso país, o Dia e o Mês da Saúde Digestiva são uma iniciativa de responsabilidade social da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), em parceria com várias empresas que se lhe associaram em áreas tão variadas como as novas tecnologias, media, desporto, alimentação ou energia, através da divulgação de ferramentas e conteúdos para apoiar a iniciativa e promover a saúde digestiva e o bem-estar dos portugueses.

FALE COM O SEU GASTRENTEROLOGISTA, o especialista da saúde digestiva Se tiver sintomas relacionados com o aparelho digestivo – que inclui, entre outros, o estômago, intestino, pâncreas, fígado e esófago –, como dor e/ou inchaço abdominal ou outro desconforto nesta região, ardor no estômago, enjoos, perda de apetite, sangue nas fezes, diarreia ou obstipação, por exemplo, não hesite em aconselhar-se com um gastrenterologista. Pode também falar com o seu médico de família, que o encaminhará para um especialista, se considerar necessário. Não adie! Falar com um especialista pode ser o primeiro passo para a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças do foro gastrintestinal.

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PARA SABER MAIS

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Para saber mais sobre saúde digestiva, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas com o aparelho digestivo, pode consultar: www.saudedigestiva.pt, @saudedigestivabyspg, www.spg.pt (Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia) e @spgastrenterologia, fontes de informação credível.



[SAÚDE ENDOCRINOLOGIA]

Obesidade QUANDO A GORDURA SE TRANSFORMA EM DOENÇA

O DOENTE COM OBESIDADE TEM DE SE RODEAR DE ESTRATÉGIAS PARA A MUDANÇA COMPORTAMENTAL E A PROMOÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL. ISTO TAMBÉM REQUER O EMPENHO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM RECONHECER A OBESIDADE COMO DOENÇA QUE É E EM INICIAR O SEU TRATAMENTO MAIS PRECOCEMENTE.

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PANDEMIA DA COVID-19 contribuiu para colocar de novo a obesidade na agenda da Saúde e criou maior necessidade de repensar como vemos e tratamos esta doença. Apesar de, nos últimos anos, ter havido grandes progressos para melhor entender a ciência da regulação do peso e o desenvolvimento de melhores opções terapêuticas para tratar a obesidade, falar sobre o peso com os profissionais de saúde continua a ser um desafio que tem de ser ultrapassado, porque o médico pode, efetivamente, ser o seu melhor aliado.

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PROF.ª DRA. PAULA FREITAS

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Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO)

DOENÇA CRÓNICA, COMPLEXA E MULTIFATORIAL Precisamos do médico porque a obesidade é uma doença. É uma doença crónica, complexa e multifatorial. O excesso de “gordura” no organismo afeta o seu normal funcionamento e a qualidade de vida. A “gordura”, ou tecido adiposo, é constituída por células, denominadas adipócitos, as quais, ao contrário do que se possa pensar, não são inertes ou passivas. Na verdade, estas células segregam hormonas e peptídeos que interagem com o coração, fígado, pâncreas e outros órgãos internos e podem provocar várias patologias. TRATAR A BASE DO PROBLEMA O doente com obesidade tem de se rodear de estratégias para a mudança comportamental e a promoção de um estilo de vida saudável. Ora, isto também requer o empenho dos profissionais de saúde em reconhecer a obesidade como doença que é e em iniciar o seu tratamento mais precocemente. Uma das barreiras que o doente com obesidade enfrenta é que, muitas vezes, os profissionais de saúde, até por limitação de tempo, tratam todas as outras doenças, inclusivamente aquelas que já são consequência da obesidade, mas não abordam o problema da obesidade. Precisamos de tratar a base do problema e não a ponta do iceberg. E dar acesso, desde logo, nos cuidados primários de saúde, a consultas dirigidas para a prevenção e tratamento da obesidade ou para a prevenção da

progressão para obesidade, nos casos de pré-obesidade. MELHORAR O TRATAMENTO E A GESTÃO DA OBESIDADE Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Obesidade (4 de março), a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) e a Associação dos Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO), lançaram a plataforma “Recalibrar a Balança – por uma resposta holística e equitativa contra a obesidade”, iniciativa à qual se juntou, mais recentemente, a Sociedade de Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM). Esta plataforma tem como objetivo melhorar a forma como é feito o tratamento e gestão da obesidade, baseando esta atuação em cinco prioridades: 4 Promover uma abordagem holística e digna no tratamento da obesidade - do ónus individual é urgente passar para uma visão partilhada de saúde pública, no qual todos têm um papel a desempenhar; 4 Mobilizar recursos para garantir a formação especializada dos profissionais de saúde; 4 Criar um programa de consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários; 4 Viabilizar a comparticipação do tratamento farmacológico da obesidade, garantindo equidade; 4 Criar mecanismos de combate ao estigma e descriminação associados a esta doença.


35% dos casos de doença cardíaca isquémica, 55% dos casos de hipertensão e 40% dos casos de cancro na Europa

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80% dos casos de diabetes tipo 2,

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A obesidade é responsável por

RISCO ACRESCIDO Estima-se a existência de 650 milhões de adultos a viver com obesidade em todo o mundo, segundo números da Organização Mundial de Saúde de 2016; e 1,5 milhões em Portugal (Inquérito Nacional de Saúde, 2019). A obesidade é um risco acrescido de várias comorbilidades: além de aumentar o risco de morte por covid-19, esta doença é responsável por 80% dos casos de diabetes tipo 2, 35% dos casos de doença cardíaca isquémica, 55% dos casos de hipertensão e 40% dos casos de cancro na Europa. A resposta eficaz na luta contra a obesidade depende de todos nós. Sem tratamento, a evolução da obesidade em Portugal é uma barreira à equidade socioeconómica e ao progresso do país. Portugal foi pioneiro no reconhecimento da obesidade enquanto doença crónica e problema prioritário de saúde pública, em 2004. Sejamos agora capazes de, com responsabilidade partilhada entre todos, procurar novos caminhos de ação.

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MODIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS Em complemento a estas medidas, está também a importância da modificação de comportamentos das pessoas com excesso de peso, aliados à terapêutica. É preciso disponibilizar estratégias de tratamento que incluam modificação comportamental, dieta, exercício e terapêutica farmacológica para os doentes com obesidade ou pré-obesidade e com comorbilidades, como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, artroses, etc. E temos ainda de disponibilizar, em tempo útil, tratamentos de cirurgia bariátrica ou metabólica para os doentes já com formas mais graves da doença. Mais uma vez, o papel dos médicos e de outros profissionais de saúde é crucial e deve passar pela prevenção. Temos de implementar estratégias de prevenção primária, ou seja, dirigidas a toda a população, quer com excesso de peso ou não, de modo a fazer uma educação para a saúde a longo prazo, com enfâse na alimentação equilibrada e na prática regular de exercício físico. Estratégias essas que devem ser combinadas com programas de prevenção secundária, para aqueles já com pré-obesidade e em risco de progressão para obesidade e outros programas para as formas mais graves de obesidade.


CANCRO DA

em mulheres jovens

MAIS AGRESSIVO E COM DIAGNÓSTICO TARDIO O MAIOR ESTUDO REALIZADO EM PORTUGAL SOBRE O IMPACTO DO CANCRO DA MAMA EM MULHERES MUITO JOVENS VEM CONFIRMAR QUE É DIAGNOSTICADO TARDIAMENTE, É MAIS AGRESSIVO E É O TUMOR MALIGNO DE MAIOR INCIDÊNCIA NA MULHER JOVEM.

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UBLICADO RECENTEMENTE pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica, o estudo em causa contou com a participação de 207 mulheres e analisa 10 anos da experiência de cinco centros oncológicos do País: os Hospitais CUF Tejo e CUF Descobertas, o Hospital de Vila Franca de Xira, o Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental. De acordo com a Dra. Sofia Braga, oncologista e investigadora principal, “o estudo coloca em evidência as características e as necessidades específicas das mulheres jovens com cancro da mama, nas idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, para que a comunidade médica as possa considerar nas suas abordagens terapêuticas”.

DIAGNÓSTICO TARDIO O estudo concluiu que o diagnóstico tende a ser tardio: 45% dos casos são diagnosticados no estadio 3 e 6% já com metástases. A principal razão para um diagnóstico tardio neste grupo etário, apontada pelos investigadores, prende-se sobretudo com a não existência de um rastreio padronizado para esta população. Em Portugal, a idade indicada para o rastreio populacional situa-se a partir dos 50 anos. Outra razão avançada, é o facto de o diagnóstico ser realizado quando já existem sintomas. Também o facto de a densidade mamária neste grupo populacional ser mais elevada dificulta a sensibilidade da mamografia, convencionado como o exame preferencial para o diagnóstico do cancro da mama.

TUMORES MAIS AGRESSIVOS Alguns dos tumores analisados parecem apresentar uma resposta pior aos tratamentos do que os tumores de outros grupos etários. Raramente foram procuradas mutações genéticas e, segundo os investigadores, esse é claramente um ponto a melhorar e para o qual a comunidade médica deve estar mais consciencializada. PROGNÓSTICO MENOS FAVORÁVEL O prognóstico é menos favorável e as taxas de sobrevivência são piores quando comparadas com uma população mais velha. A taxa de sobrevivência das mulheres com cancro da mama abaixo dos 35 anos situa-se entre os 75-80%, comparativamente às mulheres com mais de 35 anos, que se situa entre os 80-85%.


comparadas com uma população mais velha A Dra. Sofia Braga destaca que: “por tudo isto, existe urgência em sensibilizar esta população para a necessidade de rastreio oportunista da mama em idade jovem, bem como compreender o benefício da aposta em equipamentos de rastreio com maior capacidade de leitura perante a densidade mamária elevada, como, por exemplo, a mamografia 3D, evitando os problemas da sobreposição de estruturas”. Ainda segundo a mesma oncologista, “há

que acautelar os diferentes fatores biológicos e necessidades no acompanhamento destas doentes, que deve contemplar equipas de cuidados de suporte, tais como o aconselhamento genético, o apoio nutricional e emocional, a consulta de fertilidade e até os cuidados estéticos”. ASPETOS A TER EM CONTA O estudo realça que estas são mulheres que se deparam com alterações profundas

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taxas de sobrevivência são piores quando

na sua imagem, entram em menopausa precoce e lidam com a infertilidade, mesmo que temporária. Também aspetos como a gestão da carreira, a educação de filhos pequenos e a saúde sexual devem ser tidos em consideração pelas equipas clínicas na escolha da abordagem terapêutica a estas mulheres. Todos estes aspetos tornam-se ainda mais difíceis de abordar quando não se consegue que estas mulheres fiquem em remissão da doença. O cancro da mama em mulheres muito jovens é um tema cada vez mais relevante, tendo inclusive dado origem a novas guidelines clínicas na sua abordagem, estabelecidas na última reunião internacional da European School of Oncology (ESO) e da European Society of Medical Oncology (ESMO), duas das mais relevantes sociedades médicas na área da Oncologia.

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O prognóstico é menos favorável e as

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MAMA

[ESTUDOS SAÚDE]


DPOC SABE O QUE É?

A DPOC - DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA É UMA DOENÇA LARGAMENTE SUBESTIMADA E SUBDIAGNOSTICADA, MAS COM PESADOS CUSTOS ECONÓMICOS E SOCIAIS.


[PNEUMOLOGIA SAÚDE]

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QUALIDADE DE VIDA e a realização de tarefas diárias tão simples como subir escadas ou brincar com os filhos pode ficar ameaçada pela doença pulmonar obstrutiva crónica. A DPOC caracteriza-se por limitações no fluxo aéreo (ar) que não é totalmente reversível, acompanhada por dificuldade respiratória, tosse e aumento da produção de expetoração. Em Portugal, esta doença afeta cerca de 750 mil pessoas e é a sexta causa de morte. Na União Europeia, ocupa o quinto lugar e a nível mundial é a quarta causa de mortalidade. Calcula-se que, em 2030, será a terceira causa de morte nos países desenvolvidos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Estudos recentes demonstraram também que uma em cada 10 pessoas com mais de 40 anos poderá, efetivamente, sofrer DPOC. ASSOCIAÇÃO COM O TABACO A DPOC está, normalmente, associada a hábitos tabágicos. Aliás, mais de 90% dos casos são provocados pela inalação de fumo, que acaba por inflamar as vias respiratórias. Verifica-se que a DPOC é mais prevalecente no sexo masculino e estima-

-se que atinge cerca de 10% da população portuguesa com mais de 40 anos. São vários os fatores de risco, sendo os principais os hábitos tabágicos, os fatores genéticos, as infeções virais, a hiperatividade brônquica e a exposição a poluição ambiental. O que se verifica na maior parte dos casos é que os doentes recorrem ao médico demasiado tarde, quando já está instalado o cansaço recorrente, o que acontece quando a DPOC já está numa fase avançada, na qual pouco se pode fazer para travar a sua evolução. As ações de informação e sensibilização levadas a cabo pelos especialistas, associações de médicos e de pacientes, entidades de saúde e imprensa especializada são, por isso, importantes para aumentar o conhecimento da população em relação à DPOC. DIAGNÓSTICO O diagnóstico é baseado na história clínica e sintomática do paciente (este refere tosse com expetoração diariamente por 3 meses, durante pelo menos 2 anos consecutivos e tendo em conta que foram afastadas outras causas para a referida sintomatologia) e também pelo teste da função respiratória – a espirometria. Este

teste permite aferir se existe limitação do fluxo aéreo e até que ponto comprometem as funções respiratórias. Consiste em soprar com toda a força para um equipamento (espirómetro) e aguentar o máximo até não ter mais ar para libertar. TRATAMENTO DA DPOC Os principais objetivos do tratamento da DPOC são: prevenir a progressão da doença, aliviar sintomas, aumentar a tolerância ao exercício, melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida, prevenir e tratar as exacerbações, prevenir e tratar as complicações e reduzir a mortalidade. De acordo com Direção Geral da Saúde, a abordagem global da DPOC faz-se por degraus, de acordo com a gravidade da doença. Alguns desses degraus são os seguintes: 4 Face à progressão da DPOC, é comum a introdução progressiva de um maior número de modalidades terapêuticas, farmacológicas, com o objetivo de minimizar o impacto da progressão; 4 A educação do doente é eficaz na melhoria do estado de saúde e da sua capacidade para lidar com a doença, sendo particularmente útil na cessação tabágica”;

As ações de informação e sensibilização levadas a cabo pelos especialistas, associações de médicos e de pacientes, entidades de saúde e imprensa especializada são determinantes para aumentar o conhecimento da população em relação à DPOC

VEJA SE ESTÁ EM RISCO

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Se respondeu “sim” a três ou mais destas questões, deverá procurar o seu médico e pedir-lhe para fazer um teste à sua função respiratória. Se é fumador, é urgente que deixe de fumar!

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Responda às seguintes questões: 4 Tosse várias vezes, na maior parte dos dias? 4 Tem expetoração na maior parte dos dias? 4 Fica por vezes com sensação de falta de ar mais rapidamente do que as pessoas da sua idade? 4 Tem mais de 40 anos? 4 É fumador ou ex-fumador?


[SAÚDE PNEUMOLOGIA] SAIBA MAIS sobre DPOC Como diagnosticar a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), as principais queixas associadas e como fazer uma boa gestão da doença são alguns dos tópicos abordados no livro “Saiba mais sobre DPOC”, publicado por especialistas do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, com o apoio da Linde Saúde e da Associação Respirar Aveiro. “A DPOC é uma doença respiratória cada vez mais frequente em Portugal e no mundo. E, apesar de os dados existentes apontarem para números já elevados, teme-se que o valor real de pessoas afetadas por esta patologia possa ser superior às estimativas, uma vez que ainda há pouco conhecimento sobre a doença. Uma das justificações para este cenário é que, inicialmente, a pessoa com DPOC pode manter-se assintomática e sem queixas, o que faz com que a doença passe despercebida e sem ser diagnosticada”, explica a Dra. Lília Andrade, diretora do Serviço de

Pneumologia do CHBV. O objetivo do livro é que sirva para um reconhecimento das queixas típicas desta doença, para evitar cenários de risco em que a inflamação leva à destruição dos alvéolos e conduz a problemas na oxigenação do sangue. “Um diagnóstico precoce para a DPOC é fundamental, visto que a procura tardia por ajuda médica poderá dificultar o retardar da evolução da doença, caso esta tenha já uma gravidade considerável. Além disso, é importante reforçar que, no atual contexto de pandemia, os resultados de alguns estudos parecem demonstrar que a DPOC está associada a um risco significativo, mais de cinco vezes superior, de infeção grave pelo novo coronavírus. Uma atitude preventiva pode salvar vidas”, reforça o Dr. João Cravo, especialista em Pneumologia no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e coordenador geral do livro.

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RECOMENDAÇÕES para doentes com DPOC

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Para garantir um estilo de vida normal aos doentes com DPOC, aqui ficam algumas recomendações: 4 DEIXE DE FUMAR - A cessação tabágica é a intervenção com a maior capacidade para alterar a evolução da DPOC, uma vez que o tabaco é um dos principais fatores de risco para o aparecimento e a progressão da doença; 4 FAÇA EXERCÍCIO - A falta de ar pode ser a desculpa ideal para diminuir o ritmo da sua rotina, fazendo com que adquira um estilo de vida mais sedentário, mas a realização de atividade física está associada a uma melhoria, não só do funcionamento do coração, como também a nível vascular e respiratório; 4 ALIMENTE-SE BEM - Os alimentos são o “combustível” de que o seu corpo necessita para realizar todas as atividades, incluindo respirar. Por isso, é crucial ingerir calorias suficientes, para evitar que fique fraco ou com baixo peso, o que está associado a uma evolução menos favorável da doença; 4 BEBA BASTANTE ÁGUA - Através da transpiração, respiração ou ao urinar,

cada pessoa perde 2 a 3 litros de água por dia, sendo importante substituir a água perdida. Para pessoas com DPOC, a hidratação é ainda mais fulcral, uma vez que ajuda a controlar a doença, diluindo o muco e facilitando a sua exteriorização; 4 VACINE-SE - Existem dois tipos de vacinação recomendada para os doentes com DPOC: a vacina antigripal e as vacinas contra agentes pneumocócicos, responsáveis pela pneumonia; 4 CONTROLE A ANSIEDADE - Quando fica ansioso, é provável que fique enervado, transpirando mais e respirando de forma mais rápida e superficial, o que poderá fazer com que sinta falta de ar. O ideal será não evitar as atividades habituais, adaptando-se à nova realidade, sem stress ou ansiedade; 4 TENHA CUIDADO COM O TEMPO - Os extremos da temperatura são, geralmente, sinónimo de períodos de maior desconforto para pessoas com DPOC, sendo que é no Inverno que se verifica um aumento das exacerbações e das hospitalizações em contexto de infeções respiratórias.

4 Os fármacos broncodilatadores são fundamentais para o alívio sintomático;

4 Todos os doentes com DPOC beneficiam de reabilitação respiratória, já que melhoram a sua capacidade de exercício e a dispneia”; 4 Nos doentes com insuficiência respiratória crónica, quando estabilizados, a oxigenoterapia de longa duração - mais de 15 horas/dia - melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida. MOBILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÉNIO Um doente respiratório dependente de oxigénio pode ser ativo, desde que com as ferramentas corretas. As empresas produtoras de oxigénio e dos respetivos equipamentos têm investido em tecnologias que, além de permitirem administrar o oxigénio essencial à estabilidade clínica do doente, também ajudam à mobilidade, ao exercício reabilitador e ao próprio convívio familiar. São equipamentos pequenos, de fácil transporte, que permitem a realização da terapia em qualquer lugar.



[SAÚDE TERAPIA DA FALA]

ALTERAÇÕES DE DEGLUTIÇÃO

provocadas pela covid-19

REABILITAÇÃO PASSA PELA TERAPIA DA FALA

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DEGLUTIÇÃO ENVOLVE um controlo neurológico complexo, que visa garantir um transporte seguro e eficaz de saliva, líquidos e sólidos desde a boca até ao estômago. É uma função que envolve várias estruturas, órgãos e músculos faciais, como os lábios, a língua, bochechas, palato, dentes, laringe e faringe. A deglutição é um processo dinâmico no qual é imprescindível que todas as estruturas e órgãos funcionem em sintonia e, para que isso seja possível, é necessário que exista uma boa sensibilidade, força, velocidade, amplitude e coordenação dos músculos envolvidos.

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Principais sinais de alerta que podem indicar alterações na deglutição

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Alguns sinais podem sugerir possíveis alterações no processo de deglutição, tais como: 4 Dificuldade em mastigar; 4 Dificuldade em mover o alimento ou líquido dentro da boca; 4 Dificuldade em engolir; 4 Perda de saliva, alimentos e líquidos pela boca; 4 Engasgos; 4 Sensação de comida parada na garganta; 4 Tosse e/ou pigarro antes, durante ou após engolir; 4 Alteração da voz após engolir; 4 Infeções respiratórias; 4 Perda de peso involuntária.

Além de ter uma importância essencial em termos de nutrição e hidratação, desempenha também um papel deveras relevante na qualidade de vida, nomeadamente ao nível do prazer alimentar e social. Quando existe uma alteração em qualquer uma das fases da deglutição, falamos em disfagia. PORQUE É QUE AS ALTERAÇÕES DA DEGLUTIÇÃO PODEM OCORRER EM PESSOAS COM COVID-19? A infeção por covid-19 pode ter múltiplas consequências em termos de deglutição, tendo diferentes níveis de severidade, independentemente do sexo e da idade. A perda de olfato é uma das alterações frequentemente reportada em pessoas infetadas com covid-19. O olfato desempenha um papel essencial na função alimentar. O cheiro da comida participa na perceção gustativa, ajuda na produção de saliva, sendo esta relevante para o processo de mastigação e deglutição. Quando engolimos, paramos de respirar durante aproximadamente 0,5 a 2 segundos. Este é um dos principais mecanismos de proteção, de modo a evitar que o ali-

mento ou líquido entre para os pulmões (aspiração). As dificuldades respiratórias decorrentes da infeção podem afetar a coordenação entre a deglutição e a respiração. Em casos mais severos, em que é necessário internamento hospitalar, algumas pessoas podem necessitar de suporte respiratório, como o ventilador (máquina de suporte de vida que bombeia o oxigénio). Este suporte implica a realização de uma entubação orotraqueal, envolvendo a passagem de um tubo pela boca, passando pela garganta, até à traqueia. A passagem e permanência do tubo pode afetar e danificar várias estruturas, estando algumas envolvidas no processo da deglutição. Tendo em conta que as pessoas entubadas encontram-se sedadas, o ato da deglutição não é realizado. Assim, quanto maior é o tempo de entubação, maior é a probabilidade de ocorrerem alterações mais severas. Um outro procedimento que pode ser necessário realizar é a traqueostomia. Este ato cirúrgico envolve a colocação de uma cânula (tubo) na zona da traqueia, perto da garganta. Este procedimento pode dificultar o bom funcionamento da deglutição.


QUAL O PAPEL DO TERAPEUTA DA FALA NAS ALTERAÇÕES DE DEGLUTIÇÃO? O terapeuta da fala é um profissional de saúde na linha da frente essencial para a identificação e reabilitação da deglutição em pessoas infetadas com covid-19. A sua atuação tem como principal objetivo avaliar a integridade das estruturas orofaciais envolvidas no processo da deglutição, assim como avaliar a segurança e eficácia da ingestão de líquidos e alimentos. A intervenção realizada nesta área é essencial para prevenir possíveis complicações inerentes a esta perturbação. Pretende também assegurar um processo de recuperação adequado às capacidades e necessidades de cada pessoa.

Estudante de 4º ano do Curso de Licenciatura em Terapia da Fala na Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Estagiária na Unidade de Perturbações da Deglutição – Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Egas Moniz

e DAVID NASCIMENTO Terapeuta da Fala na Unidade de Perturbações da Deglutição – Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital de Egas Moniz. Doutorando de Neurociências na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Na intervenção, poderão ser implementadas estratégias compensatórias, tais como modificações de consistências alimentares, adaptações posturais, entre outras, que visam garantir a segurança pulmonar. A reabilitação pode envolver exercícios e treinos funcionais, que visam a melhorar a segurança e eficácia da deglutição. Dada a relevância das alterações de deglutição, torna-se premente a identificação dos sinais de alerta e a procura de um terapeuta da fala em caso de dúvidas ou necessidade de acompanhamento.

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QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS? As consequências das alterações da deglutição podem ser múltiplas. Uma das principais envolve a entrada de alimentos ou líquidos para os pulmões, sendo possível ocorrer infeção respiratória. Esta pode constituir uma das causas de óbito. Assim, esta alteração pode afetar o quadro pulmonar, que se encontra previamente debi-

litado devido à infeção por covid-19. As alterações podem levar ao prolongamento do internamento ou a novo internamento. Além disso, as alterações da deglutição podem levar à desidratação e desnutrição, tendo várias consequências no estado clínico da pessoa e atrasar a recuperação. A esfera emocional e social também podem ficar afetadas.

SÍLVIA SOUSA

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Para além disso, os outros cuidados hospitalares realizados, a forte medicação e a própria infeção podem fazer com que a pessoa se encontre menos desperta (prostrada), que a massa muscular diminua e que apresente um cansaço fácil. Assim, as estruturas envolvidas no processo de deglutição, tais como língua, lábios, bochechas e garganta, podem sofrer alterações de mobilidade. É possível observar uma diminuição de amplitude, coordenação, precisão e velocidade dos movimentos orofaciais. A diminuição da força e sensibilidade destas estruturas são outras alterações frequentemente observadas. O mecanismo de proteção da via respiratória que ocorre durante a deglutição pode também encontrar-se comprometido.

Por

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AS ALTERAÇÕES DE DEGLUTIÇÃO (ATO DE ENGOLIR) PODEM OCORRER EM PESSOAS INFETADAS COM COVID-19, ESTANDO EMINENTE A OCORRÊNCIA DE CONSEQUÊNCIAS SEVERAS. ASSIM, TORNASE ESSENCIAL A IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E REABILITAÇÃO POR PARTE DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS NESTA ÁREA, NOMEADAMENTE O TERAPEUTA DA FALA. ESTE É RESPONSÁVEL PELA PREVENÇÃO, AVALIAÇÃO, INTERVENÇÃO E ESTUDO CIENTÍFICO DA COMUNICAÇÃO E DEGLUTIÇÃO.


[SAÚDE PROGRESSOS]

Cirurgia de

estimulação cerebral profunda QUANDO, COMO E O QUE HÁ DE NOVO?

OS RECENTES AVANÇOS AO NÍVEL DA CIRURGIA DE ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA PERMITIRÃO UMA TERAPÊUTICA MAIS INDIVIDUALIZADA, COM UM MELHOR CONTROLO DOS SINTOMAS MOTORES E UMA DIMINUIÇÃO DOS EFEITOS ADVERSOS. ESPERA-SE, ASSIM, CONSEGUIR MELHORIAS ADICIONAIS NA QUALIDADE DE VIDA NOS DOENTES COM DOENÇA DE PARKINSON.

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DOENÇA DE PARKINSON (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum a nível mundial. Estima-se que em Portugal existam cerca de 20.000 doentes com DP, um número que provavelmente irá aumentar nos próximos anos. A doença é caracterizada por um agravamento progressivo de défices motores, como a lentidão de movimentos, a rigidez, o tremor, alterações da marcha e quedas. O tratamento com fármacos dopaminérgicos (nomeadamente a levodopa) é a terapia de base para a DP e, nos estadios iniciais da doença, é eficaz na atenuação dos sintomas motores. Com a progressão da doença, os sintomas tornam-se mais refratários e surgem complicações motoras. Nesta altura, a cirurgia de estimulação cerebral profunda (Deep Brain Stimulation - DBS) deve ser considerada.


COMO É SELECIONADO O DOENTE? A seleção do doente é feita por uma equipa multidisciplinar. O neurologista especialista em Doenças do Movimento seleciona o doente que pode beneficiar da cirurgia. Em seguida, este é avaliado pelo psiquiatra e pelo neuropsicólogo. O doente realiza, então, uma ressonância magnética e o neurorradiologista, juntamente com o neurocirurgião, avaliam se a anatomia do doente permite a cirurgia. Finalmente, o doente é avaliado pelo anestesista e pelo neurocirurgião, no sentido de preparar o ato anestésico-cirúrgico.

Por

DRA. CARLA REIZINHO Neurocirurgiã do Grupo de Neuromodulação para o Tratamento da Dor Crónica do Hospital Egas Moniz

e DRA. RAQUEL BARBOSA Neurologista no Hospital Egas Moniz

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COMO SE PROCESSA A CIRURGIA? O ato cirúrgico decorre em 6 fases: Inicialmente, é acoplado o arco estereotáxico no doente, sob anestesia local, após o qual é realizada uma TAC com contraste. Na segunda fase, é realizado o planeamento com identificação do núcleo-alvo e da trajetória do elétrodo ao longo do cérebro, que deve evitar áreas cerebrais nobres, artérias e veias, para evitar complicações como a hemorragia cerebral.

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EM QUE CONSISTE? As primeiras cirurgias para o tratamento de alguns sintomas da doença de Parkinson remontam a 1912 e consistiam na lesão/destruição cirúrgica de grupos de neurónios (núcleos) localizados na profundidade do cérebro. Verificou-se que a lesão destes núcleos provocava uma melhoria em sintomas motores da DP. Após um entusiasmo inicial, este procedimento lesivo para o cérebro e irreversível foi substituído, nos anos 60, pelos medicamentos ainda hoje usados no tratamento da doença. Nos anos 80, voltou a haver interesse na recuperação da cirurgia como modalidade de tratamento nos casos em que a medicação já não conseguia melhorar significativamente a qualidade de vida do doente e, a partir de 1991, esta começou a ser amplamente usada, inicialmente pelo francês Benabid.

Nasce, então, a DBS, que consiste na colocação de um elétrodo com a sua região de estimulação centrada nos núcleos cerebrais já previamente usados na cirurgia de lesão. Este elétrodo está conectado a uma bateria, que fica implantada subcutaneamente no doente, tal como um pacemaker cardíaco. Os estímulos elétricos que são administrados aos núcleos cerebrais influenciam a atividade elétrica do cérebro, permitindo “afinar” a atividade da mesma, melhorando os sintomas da DP, sem lesar o tecido cerebral e apenas modulando a sua função, de forma reversível.

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QUEM SÃO OS CANDIDATOS PARA DBS? São candidatos a cirurgia de DBS os doentes de Parkinson com sintomas não controlados com medicação oral ou doentes com discinésias (movimentos involuntários). A DBS só deve ser considerada após múltiplas tentativas de fármacos terem falhado e nunca como primeira linha de tratamento. Problemas de memória e patologias psiquiátricas não tratadas (por exemplo, depressão grave) são também contraindicações para DBS. Apesar de não haver um limiar estabelecido relativo à idade limite para DBS, a cirurgia é normalmente ponderada apenas até aos 70 anos. A cirurgia, tal como a medicação, não impede a progressão da doença, embora melhore os sintomas motores e, portanto, a qualidade de vida do doente.


[SAÚDE PROGRESSOS] Na terceira fase, é realizado um orifício no crânio, através do qual são colocados microelétrodos, que vão baixando ao longo do cérebro até ao alvo, monitorizando os sinais elétricos do cérebro (registo eletrofisiológico). Os núcleos cerebrais profundos têm assinaturas no seu sinal elétrico que permitem identificá-los. Na quarta fase, já com os elétrodos no núcleo-alvo, é realizada a estimulação elétrica e avaliados os benefícios na função motora do doente, que está acordado e colabora na execução de tarefas. Nesta fase, são também identificados efeitos indesejados resultantes da estimulação de estruturas vizinhas. No fim desta fase, é identificado o local em que a estimulação é mais segura e eficaz.

Reconstrução da posição dos elétrodos com as respetivas áreas de estimulação, tendo em conta a anatomia do doente, usando uma fusão de RM e TAC

Na quinta fase, é implantado o elétrodo definitivo no ponto definido pela equipa como ideal e fixado ao crânio. As fases 3, 4 e 5 são repetidas para o outro lado do cérebro. Na sexta fase, já sob anestesia geral, são conectados os dois elétrodos, que passam por baixo da pele, pela cabeça e pelo pescoço, até à região onde se situa a bateria, no peito, por baixo da clavícula. Já no pós-operatório, procede-se ao ato de “ligar” o estimulador . AVANÇOS NA CIRURGIA DE DBS Apesar da eficácia comprovada da cirurgia de DBS estar na ordem dos 45-55%, havendo uma melhoria de 25% na qualidade de vida, a recente introdução de tecnologias como o Sensing e a direcionalidade podem vir a aumentar ainda mais a sua eficácia. Sensing consiste na capacidade do neuroestimulador de detetar sinais cerebrais, neste caso, as ondas beta, que estão associadas aos sintomas motores da doença de Parkinson. Enquanto que, nos sistemas de DBS convencionais, a estimulação é feita de forma contínua, um sistema que permita detetar a presença ou ausência de ondas beta (que refletem a presença/ausência de sintomas parkinsónicos) irá permitir uma estimulação mais personalizada. Neste momento, esta adaptação de estimulação em tempo real ainda não se encontra disponível, mas a capacidade de “ler” as ondas cerebrais dos doentes pode

ser uma ajuda no que diz respeito à nossa compreensão da doença e otimização terapêutica. ELÉTRODOS DIRECIONAIS Adicionalmente, o aparecimento de elétrodos direcionais veio permitir otimizar ainda mais o tratamento. Com este tipo de elétrodos, é possível direcionar de forma mais precisa o campo de estimulação, permitindo redirecionar a estimulação para as zonas necessárias para o tratamento dos sintomas, minimizando os possíveis efeitos adversos decorrentes de estimulação das áreas adjacentes. Hoje, é ainda possível realizar uma simulação virtual das áreas do cérebro do doente que estão a ser estimuladas, através de um software que usa a imagem de ressonância magnética do doente e a TAC realizada após o procedimento, para localizar, de forma exata, a posição dos elétrodos na profundidade do cérebro. Esta simulação poderá usar a direcionalidade dos elétrodos para prever a estimulação no alvo pretendido, evitando áreas vizinhas do cérebro, que ao serem inadvertidamente estimuladas podem gerar efeitos secundários indesejáveis. A associação destes avanços permitirá uma terapêutica mais individualizada, com um melhor controlo dos sintomas motores e uma diminuição dos efeitos adversos. Espera-se, assim, conseguir melhorias adicionais na qualidade de vida nos doentes com doença de Parkinson.

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São João é o primeiro hospital português a implantar dispositivo que revoluciona a personalização DBS

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Elétrodo direcional

Na semana em que se assinalou o Dia Mundial da Doença de Parkinson (11 de abril), o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, foi o primeiro hospital em Portugal a implantar um dispositivo médico que promete revolucionar a personalização da terapia de estimulação cerebral profunda nas doenças do movimento, como a doença de Parkinson e a epilepsia. O Dr. Rui Vaz, neurocirurgião responsável por este procedimento, explica que “este novo sistema de elétrodo direcional permite melhorar a deteção de potenciais campos locais, enquanto oferece uma estimulação direcional, fornecendo dados individualizados e específicos sobre o doente. Desta forma e juntamente com as funcionalidades de programação adicionais de que o dispositivo dispõe, é possível realizar um

tratamento personalizado e mais centrado no doente”. O CHUSJ é, assim, o terceiro hospital no mundo a implantar este dispositivo. Até ao momento, foi apenas implantado no Hospital Universitário de Würzburg, na Alemanha, e no Hospital Universitário Grenoble Alpes, em França. A tecnologia está ainda a ser avaliada pela Food and Drug Administration (FDA) para ser lançada nos EUA, o que significa que a Europa foi pioneira na utilização desta tecnologia inovadora. O uso deste dispositivo, compatível com determinados neuroestimuladores, resultará em melhorias significativas na administração precisa de estimulação, na simplificação do procedimento cirúrgico e na recolha de dados para uma programação mais eficiente e informada.



[SAÚDE FLASHS] Instituto de Terapia Focal da Próstata alerta para a prevenção do cancro prostático Os dados mais recentes sobre o cancro da próstata indicam que existem mais de 6000 novos casos por ano, apenas em Portugal, tratando-se do tumor com maior prevalência nos homens, inclusivamente acima do cancro do cólon e reto e do pulmão. Cerca de 90% de todos os cancros deste tipo são detetados quando o tumor está localizado na próstata ou em torno dela, pelo que as taxas de sucesso do tratamento são elevadas, comparativamente com outros tipos de doença oncológica. Apesar de a maioria destes tipos de cancro ser de evolução lenta ou surgir em idade bastante avançada, existem casos em que a doença se manifesta de forma mais agressiva. De acordo com o urologista Dr. José Sanches Magalhães, fundador do Instituto de Terapia Focal da Próstata, “deve ser proposta a hipótese de deteção precoce do cancro da próstata a todos os homens entre os 40 e os 50 anos, bastando para tal

a realização de análise ao sangue: o teste do PSA (Antigénio Específico da Próstata), especialmente aqueles com familiares diretos com cancro da próstata”. Por outro lado, a ressonância magnética tornou-se essencial para a deteção do cancro da próstata localizado, sendo que, atualmente, não se justifica a realização de biópsia sem antes se fazer uma ressonância magnética multiparamétrica (RMN). Segundo o urologista, “naqueles doentes em que a RMN não demonstra zonas suspeitas, a biópsia não deve ser realizada, pelo risco de deteção de doença clinicamente insignificante, devendo esses doentes ser apenas mantidos em vigilância”. Nos casos em que é necessária a realização de biópsia, é recomendável a biópsia de fusão, por via transperineal, uma nova técnica que utiliza imagens previamente disponibilizadas pela RMN, o que possibilita que este exame seja mais preciso e rigoroso.

Novo tratamento oncológico para a doença peritoneal

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O Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), liderado pelo Dr. José Guilherme Tralhão, realizou recentemente uma nova técnica para o tratamento simultâneo de um carcinoma gástrico com metastização peritoneal: a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC). O doente foi submetido a gastrectomia subtotal radical e peritonectomia com quimioterapia intraperitoneal hipertérmica. A HIPEC consiste na aplicação, durante a cirurgia, de quimioterapia diretamente sobre o peritoneu, associada a uma temperatura elevada. Sendo uma cirurgia inicialmente utilizada no contexto de carcinoma do cólon com metastização peritoneal, a sua aplicação no carcinoma gástrico é rara, pela habitual grande extensão das lesões peritoneais nesta doença. A HIPEC pode constituir-se como um tratamento de eleição para casos semelhantes, permitindo aumentar a sobrevida dos doentes. Foi o primeiro caso desta cirurgia em contexto de carcinoma gástrico realizada no Serviço de Cirurgia Geral do CHUC e foi levada a cabo pela equipa cirúrgica liderada pelos cirurgiões André Lázaro e Miguel Fernandes.

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Adeus à acne através da radiofrequência fracionada A acne, apesar de associada a uma faixa etária mais jovem, afeta também homens e mulheres em idade adulta, atingindo a área da face, pescoço, peito e até as costas, zonas onde se concentram mais folículos sebáceos. Ocorre quando os folículos capilares ficam entupidos e, como resultado, inflamados. Mesmo depois do desaparecimento da acne, podem ficar marcas que inevitavelmente afetam a autoconfiança. Nessas situações, pode ser aplicada a tecnologia SARD – Subdermal Adipose Remodeling Device, que integra o tratamento Morpheus8, da InMode, atuando sobre o tecido subdérmico facial e permitindo a sua renovação. O Morpheus8 combina a radiofrequência fracionada com o uso de microagulhas ultrafinas que penetram nas camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colagénio e a reorganizando a matriz extracelular, gerando um efeito antienvelhecimento. Esta energia consegue, por um lado, que haja menos produção de glândulas sebáceas e, por outro, estimular intensamente a contração da pele e a produção de colagénio, para que as marcas e cicatrizes fiquem mais pequenas e sejam preenchidas de forma natural.


Inovação tecnológica para o tratamento de pedra nos rins Trata-se de um novo laser mais eficiente, mais rápido e mais seguro no tratamento de pedras nos rins, quando comparado com o laser mais utilizado nos últimos 20 anos. O Hospital CUF Descobertas é o único hospital português e dos poucos hospitais no mundo a disponibilizarem esta tecnologia. Este equipamento, denominado Laser de Fibra de Thulium, resulta de uma inovação tecnológica que permite tratar a litíase renal (cálculos renais) num procedimento minimamente invasivo, duas a quatro vezes mais rápido do que o habitual, sendo que o laser pulveriza a pedra, ao invés de a destruir em partículas. Segundo o Dr. Peter Kronenberg, urologista na Unidade da Litíase do Hospital CUF Descobertas, o novo laser permite um menor tempo de cirurgia no tratamento de pedras dos rins de maior dimensão e em menos sessões: “Em pedras de grande dimensão, o doente geralmente tinha de se deslocar duas vezes ao hospital para ser operado. Com este novo laser, aumenta a possibilidade de uma pedra grande ou várias serem tratadas num só dia”. “Além de mais rápido, desfaz a pedra num pó muito mais fino. Os estudos apontam que este laser é quatro vezes mais seguro do que o laser habitual. Isto porque a nova tecnologia reduz o risco de danos nos tecidos no momento em que o laser dispara para desfazer as pedras nos rins”, acrescenta o Dr. Paulo Vale, coordenador de Urologia no mesmo hospital.

Novo equipamento permite cirurgias com fluorescência dos tecidos A área cirúrgica do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) passou a dispor de um novo equipamento altamente diferenciado e que vem melhorar de forma significativa a segurança de diversos tipos de cirurgias, através do recurso à técnica de fluorescência. Esta técnica consiste na administração de um composto (verde de indocianina), que faz com que determinados tecidos do corpo humano fiquem literalmente fluorescentes quando fotoestimulados pelo laser. A diferente luminescência dos tecidos perfundidos permite diferenciá-los claramente, sendo assim possível uma melhor identificação de zonas críticas (mal perfundidas versus bem vascularizadas), identificar estruturas anatómicas relevantes, como gânglios, ou áreas com zonas tumorais. Esta informação em tempo real permite aos cirurgiões conseguir uma maior precisão no ato cirúrgico. O Dr. Vítor Nunes, diretor do Serviço de Cirurgia do HFF, destaca “a renovação que vem sendo realizada ao nível do equipamento tecnológico do bloco operatório, permitindo uma cada vez maior diferenciação da atividade cirúrgica do hospital”. Este responsável salienta ainda que este equipamento de ponta “destina-se a ser utilizado em diversos tipos de cirurgias e especialidades cirúrgicas“. A Oftalmologia e a Cardiologia foram as especialidades precursoras na utilização desta técnica. No entanto, tem-se assistido a um crescente e sustentado uso pela cirurgia geral.

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[SAÚDE PSICOLOGIA]

Alcoolismo A TOXICODEPENDÊNCIA MAIS FREQUENTE

O ALCOOLISMO É RESPONSÁVEL, NÃO SÓ POR ALTERAÇÕES ORGÂNICAS GRAVES, MAS TAMBÉM POR COMPORTAMENTOS SOCIAIS NEFASTOS. O ABUSO DO ÁLCOOL REPRESENTA, ATUALMENTE, A FORMA DE TOXICODEPENDÊNCIA MAIS FREQUENTE.

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EGUNDO A OMS, o alcoolismo define-se como a ingestão diária de álcool superior a 50g na mulher e a 70g no homem. É uma doença complexa que se desenvolve durante anos, sendo a principal causa de cirrose, uma doença que danifica o fígado e que, em casos graves, conduz à morte. A intoxicação aguda pelo álcool etílico – etanol – manifesta-se por uma variedade de sintomas, só em parte relacionáveis com os níveis de etanol atingidos no sangue, na medida em que dependem de fatores variados e, sobretudo, do grau de tolerância desenvolvido pelos bebedores. A principal característica do álcool etílico é o seu efeito depressor sobre o sistema nervoso central. Trata-se, contudo, de uma substância “polivalente”, isto é, com ações distintas, em função da dose e do estado psicológico, ambiental e social da pessoa que a ingere, capaz de determinar reações diferentes e comportamentos variados ou mesmo antagónicos.

O consumo de álcool etílico possui todas as características das toxicodependências: tolerância, dependência psíquica, dependência física e mesmo o aparecimento de síndromas de abstinência, quando se suspende a ingestão. COMO É O FUNCIONAMENTO PSÍQUICO DO ALCOÓLICO? A impossibilidade de controlar o consumo de álcool é um sintoma que marca, de uma maneira indelével, o funcionamento psíquico do sujeito alcoólico. Porque bebem os alcoólicos “sem travão”? O que pretendem alcançar com a bebida? Existe uma “personalidade alcoólica”? Numerosos estudos de psicanálise, psiquiatria, psicologia e sociologia coincidem na definição de algumas características comuns da infância dos alcoólicos. As próprias famílias apresentam, frequentemente, carências afetivas e de relacionamento, sobretudo no que se refere à imagem dos pais.

Parece que o fator que, em maior grau, predispõe ao alcoolismo não é uma rejeição afetiva categórica, mas antes uma situação constantemente ambígua de aceitação-negação. Com efeito, a rejeição total gera uma espécie de “congelação afetiva”, em que as necessidades emocionais já não são percebidas como tais; em contrapartida, a alternância de ternura e de frieza dá lugar a uma situação psicológica em que as necessidades afetivas estão presentes, mas ficam sempre frustradas. O alcoólico parece, portanto, sofrer de uma desesperada necessidade de “calor”, que inconscientemente se associa à necessidade de amor, segurança, proteção e afirmação. A ligação com a mãe é frequentemente problemática e conflituosa e o relacionamento com a figura paterna não parece ser muito melhor. Muitas vezes, encontra-se na história dos alcoólicos um pai frágil e subordinado, que se esquiva ao seu papel de figura de referência, na época das crises da puberdade.


O consumo de álcool etílico possui todas as características das toxicodependências: tolerância, dependência psíquica, dependência

AUTODEPRECIAÇÃO A euforia da embriaguez apaga o “fogo” interior, mas, depois do efeito cessar, a depressão é ainda maior e, juntamente com a angústia, abre caminho para a perda da autoestima, uma autodepreciação que se torna, aparentemente, impossível de resolver. Também as mulheres são, frequentemente, objeto de problemas de alcoolismo, mas estas convertem-se, muitas vezes, em alcoólicas perante uma crise profunda ligada a um tema específico de perda afetiva. De qualquer forma, as características

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Na idade adulta, com o aumento das responsabilidades, o problema pode agravarse. O álcool representa, nesse momento, uma “solução” de compromisso: satisfaz, de certa forma, as necessidades “orais” de dependência, dá “calor”, sensação de força e tira temporariamente o indivíduo de situações de angústia. Em consequência, cria-se com facilidade um ciclo vicioso, em que estados de euforia alternam com estados de depressão e de sentimentos de culpa, que o alcoólico tenta superar recorrendo, mais uma vez, ao álcool.

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CICLO VICIOSO O adolescente pré-alcoólico tem, portanto, dificuldades em desenvolver um projeto de vida afetiva sólido e bem integrado na sociedade. As carências afetivas acumuladas, por um lado, e as dificuldades de inserção, por outro, refletem – em contraste com modelos culturais que põem ênfase na autonomia e na segurança em si próprio – a dramática distância entre as necessidades inconscientes de carinho, afirmação e proteção e a necessidade consciente de apresentar aos outros uma imagem de independência e de segurança.

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física e mesmo o aparecimento de síndromas de abstinência


[SAÚDE PSICOLOGIA] básicas e a história familiar são muito semelhantes, em ambos os sexos: carências afetivas e de relacionamento, mãe ambígua, pai fraco ou pouco presente, grandes necessidades insatisfeitas de proteção e de apoio. O problema do alcoolismo afeta muito intimamente, não só a família de origem, mas também o cônjuge, que muitas vezes cede perante a tentação de desempenhar um papel hiperprotetor. Se, por um lado, esse comportamento satisfaz plenamente as necessidades inconscientes do alcoólico, por outro lado, não faz mais do que potenciar o seu sentimento de inferioridade e de inadaptação. Os cuidados do companheiro são, por conseguinte, interpretados como gestos que geram humilhação. Os gestos agressivos e os eventuais episódios de violência devem, portanto, ser interpretados como uma tentativa de rutura do ciclo vicioso patológico revolta-submissão, face aos familiares.

TERAPIA DE GRUPO A terapia de grupo é a forma de psicoterapia mais praticada. Naturalmente, esta terapia deve integrar-se numa pluralidade de abordagens médicas especializadas para o tratamento do alcoolismo. A partir das diferentes experiências clínicas, deduzem-se alguns princípios básicos relativos a estes grupos de terapia: 4 É fundamental que os participantes sejam exclusivamente pessoas com problemas de alcoolismo; 4 O grupo deve estar estruturado segundo regras internas claras e codificadas; 4 O psicoterapeuta assume um papel diretivo em relação à conduta perante a bebida; 4 O grupo ajuda os participantes a enfrentar responsabilidades, sentimentos de culpa, cólera, depressão e medo; 4 O grupo, como micro sociedade substituta da família, repõe o problema da convivência, mas de uma convivência aceitável.

TERAPIA FAMILIAR A terapia familiar também é muito importante, dado que, por um lado, o alcoólico gera graves tensões familiares e, por outro, é frequentemente ele próprio uma expressão da inquietação e do mal-estar das pessoas que convivem com ele. A terapia de caráter familiar pode incluir: 4 A terapia do casal, no caso de o doente ser casado; 4 A terapia familiar, em que intervêm os elementos da família de origem; 4 A terapia de grupo para vários casais. As técnicas de luta contra a ansiedade não parece terem-se revelado muito eficazes na fase ativa do alcoolismo, mas podem constituir um complemento útil do processo terapêutico, sobretudo nas fases de recuperação. Entre essas técnicas, destacam-se as técnicas de relaxação, o biofeedback, a meditação e o ioga. A psicoterapia individual deve ser avaliada caso a caso, dado que podem existir algumas contraindicações. No entanto, se o doente adotou uma atitude positiva e se propôs conscientemente o objetivo da sobriedade, pode ser ajudado com êxito, de forma a atingir esse fim.

A terapia de grupo é a forma de psicoterapia mais praticada, mas a terapia familiar também é muito importante

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INFLUÊNCIAS socioeconómicas

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Alguns dos fatores socioeconómicos que conduzem à bebida são o desemprego, um estilo de vida competitivo e cheio de stress, a incapacidade de se adaptar a um dado ambiente e a depressão. Cerca de um terço dos grandes bebedores pode considerar-se constituído por indivíduos dependentes do álcool e, pelo menos, um em cada 10 é um toxicodependente etílico, que sofre de sintomas de abstinência, quando não consome.



[SAÚDE ESTANTE]

Cérebro de Buda Autor: Dr. Rick Hanson Editora: Nascente Ao combinar as mais recentes descobertas na área da neurociência com as práticas budistas, esta obra é um guia prático para estimular o cérebro, aumentar o bem-estar, desenvolver a tranquilidade e a compaixão, e reduzir o sofrimento. Com as meditações guiadas e os exercícios de mindfulness, irá aprender a ativar estados de calma, alegria e compaixão, em vez de se enredar em preocupações, mágoa e raiva. Esta é uma leitura essencial para compreender que, quando se muda de mente, muda-se de vida.

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[SAÚDE PREVENÇÃO]

FUNGOS

AMEAÇA A PÉS E UNHAS SAUDÁVEIS O QUE É A ONICOMICOSE? Onicomicose é o termo médico para o fungo (mycosis) das unhas (onycho), que pode afetar as unhas dos pés e das mãos. Os fungos são organismos microscópicos que não necessitam de luz solar para sobreviver. Alguns fungos têm propriedades benéficas, enquanto outros podem causar infeção e doença. Os fungos das unhas são dolorosos e constituem, frequentemente, um problema embaraçoso. As unhas descamam, ficam espessas e descoloradas. Uma infeção fúngica das unhas não se resolve por si só: tem de ser tratada. Além disso, os fungos que causam infeções fúngicas nas unhas são contagiosos. Há o risco de o fungo se espalhar para outras unhas e até para outras pessoas.

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S FUNGOS NAS UNHAS E O PÉ-DE-ATLETA são as duas infeções mais comuns do pé, frequentemente causadas pelos mesmos fungos da família Tricophyton. Sabe-se que, uma vez por ano, principalmente no verão, cerca de 50% da população é afetada por estas infeções, sendo que mais de 50% das pessoas afetadas são reinfetadas entre 1 a 4 vezes.

E O PÉ-DE-ATLETA? O pé-de-atleta – clinicamente designado por “tinea pedis” – é o termo comum para uma infeção fúngica da pele que ocorre, geralmente, entre os dedos dos pés. No entanto, pode alastrar-se à planta do pé, unhas e outras áreas do corpo. Os sintomas são muito incómodos: principalmente, prurido (comichão) e sensação de ardor ou dor. A sua designação deve-se ao facto de ser muito comum entre desportistas, pelo uso prolongado de calçado favorável à acumulação de humidade e pela utilização de duches e balneários comuns. Contudo, qualquer pessoa pode desenvolver este tipo de infeção fúngica, desde que o fungo encontre um ambiente propício ao seu desenvolvimento. TRATAMENTOS Os tratamentos para a onicomicose o pé-de-atleta consistem na aplicação de medicamentos antifúngicos locais, todos os dias, durante pelo menos duas semanas, de forma a prevenir recidivas.

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PREVENIR a reinfeção

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Depois de erradicada a infeção, é possível prevenir a reinfeção, adotando os seguintes cuidados: 4 Manter os pés limpos e lavá-los, pelo menos, uma vez ao dia com água morna e sabão. 4 Secar bem os pés, especialmente entre os dedos. 4 Usar meias de algodão. 4 Mudar de meias todos os dias e lavá-las a 60ºC ou com lixívia doméstica. 4 Usar, sempre que possível, sandálias abertas, em vez de sapatos fechados ou ténis. 4 Tentar não usar os mesmos sapatos dois ou mais dias seguidos. 4 Usar chinelos em instalações públicas como chuveiros, vestiários e piscinas. 4 Não partilhar calçado, meias, toalhas, etc. 4 Examinar regularmente os espaços interdigitais, para detetar sinais de uma nova infeção.



IOGA

[SAÚDE ALTERNATIVAS]

PROMOVE A SAÚDE DO CORPO E DA MENTE A DISCIPLINA ORIENTAL MAIS CONHECIDA NO OCIDENTE NÃO É APENAS UMA TÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO CORPO: OS EFEITOS DO IOGA ESTENDEM-SE AO MAIS PROFUNDO DA MENTE HUMANA.

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ASCIDO NA ÍNDIA, há mais de 5000 anos, o ioga (ou yoga) é mais do que uma modalidade de exercício físico: trata-se de uma verdadeira filosofia de vida e de um método que ajuda à realização pessoal. O ioga é considerado como a primeira ciência psicológica do mundo, a primeira medicina natural e o precursor da medicina psicossomática. Ciência da saúde do corpo e da alma, conjunto organizado de princípios místicos e metafísicos, as suas técnicas foram elaboradas ao longo de muitos séculos, após uma minuciosa experimentação, com o propósito de conseguir um desenvolvimento integral do homem e de ajudá-lo a ter uma atitude perante a vida capaz de melhorar o seu estado físico e mental. O ioga permite alcançar um estado de profundo relaxamento, concentração, flexibilidade e vigor físico. Os seus efeitos notam-se, além disso, na beleza, na harmonia, na alegria, na serenidade e na

firmeza demonstradas pelos seus adeptos. Para praticar ioga e desfrutar dos seus benefícios, não é necessário possuir quaisquer características especiais; não é necessário ser magro, ginasta ou contorcionista; também não é preciso abraçar o vegetarianismo, nem levar uma vida monástica; muito menos é obrigatório iniciar-se nas suas doutrinas filosóficas. Pelo contrário: esta disciplina tem a vantagem de poder praticar-se em qualquer idade e em qualquer situação. As posturas – ou “asanas” – adaptam-se, inclusivamente, a executantes que têm alguma lesão ou debilidade física. Os asanas realizam-se lentamente, sem esforçar o corpo nem efetuar movimentos bruscos, pelo que não há perigo de lesões. Trata-se, pois, de uma técnica singular, que atua como uma massagem benéfica para o sistema nervoso, aparelho respiratório, sistema circulatório e aparelho digestivo, entre outros.

APRENDER A RESPIRAR É fundamental aprender a respirar corretamente, isto é, de um modo coordenado. Isso permite relaxar o corpo e a mente, o que estimula a circulação e aumenta o fornecimento de oxigénio a todos os tecidos do organismo. Desta forma, a prática do ioga previne a anquilose provocada pela inatividade, pelo cansaço, pelas posturas incorretas e pelo envelhecimento. Por outro lado, através do ioga pode conseguir-se um corpo elástico e resistente, com maior capacidade mental, de concentração e de atenção, bem como melhor memória, mais vontade e maior firmeza de caráter. Esta disciplina também contribui para combater as perturbações psicológicas, dado que as posturas do “hatha” ioga – a forma mais difundida no Ocidente – são extremamente sedantes.

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ENCONTRAR A HARMONIA

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O termo ioga significa “união”. Expressa a união da saúde física, mental e espiritual, assim como a relação entre a alma individual e a alma universal. Os ramos fundamentais do ioga são o hatha – ioga do corpo ou psicofisiológico –, o “raja” – mental –, o “bhakti” – ioga da devoção – e o “karma” – ioga da ação.

O primeiro é o ramo mais conhecido no mundo ocidental. O termo “ha” significa sol, calor, luz, energia, criatividade; enquanto que “tha” se refere à lua, ao frio, ao reflexo, ao negativo. Deste modo, hatha alude à união das energias positivas e negativas que fluem em cada pessoa, enlace que nos permite aceder ao centro do nosso ser e encontrar a harmonia e a paz interior.


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na harmonia, na alegria e na serenidade dos seus praticantes

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flexibilidade e vigor físico; os seus efeitos notam-se, também, na beleza,

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O ioga permite alcançar um estado de profundo relaxamento, concentração,


[SAÚDE ALTERNATIVAS]

É longa a lista de perturbações físicas que podem receber alívio com a prática do ioga; mas também é indicado para as “dores” da mente, como falta de memória e de concentração, o medo e certos problemas nervosos O ideal para se iniciar é experimentar um centro especializado, onde – guiado por um mestre ou instrutor – poderá avançar, lentamente no seu conhecimento. Nalgumas escolas, a primeira aula é de experiência e gratuita. O mestre começa por ensinar um repertório de exercícios de respiração, bem como algumas posturas, precedidos de alongamentos, para que o corpo vá adquirindo flexibilidade. As classes incluem momentos de relaxamento, vitais no ioga, altura em que se descarrega a tensão. Em alternativa a um centro, poderemos praticar ioga de forma autodidata, servindo-nos de livros e vídeos; será necessário procurar um local tranquilo da casa e realizar os exercícios com assiduidade.

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O QUE É UM ASANA?

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Os asanas são as posturas corporais que permitem dominar o corpo e controlar a mente. Dos cerca de 600 asanas existentes, apenas 84 são considerados tradicionais; destes, somente 32 se revestem de verdadeira importância, mas apenas duas dezenas deles são autenticamente fundamentais. Designam-se por nomes de plantas, animais, heróis, magos, sábios e divindades, para indicarem, assim, a vivência cósmica para a qual remetem: o gato, a árvore, o guerreiro, a esfinge, etc.

PODER TERAPÊUTICO É longa a lista de perturbações de saúde que podem receber alívio com a prática do ioga: artrite, artrose, escoliose – desvio da coluna vertebral –, dor ciática, dores de costas, obstipação, incontinência urinária feminina, insónias, problemas de próstata, obesidade, taquicárdia, asma e perturbações brônquicas, varizes, distúrbios intestinais e hepáticos, entre outros. Mas o ioga é, também, indicado para as “dores” do espírito e da mente, como falta de memória e de concentração, o medo, certos problemas nervosos, timidez ou melancolia. As pessoas idosas e os incapacitados melhoram notavelmente quando praticam

ioga. Menção especial merecem ainda as grávidas, as quais, não podendo ser consideradas doentes nem incapacitadas, sofrem de diversas perturbações, ao longo daqueles importantes nove meses. Quando existem problemas circulatórios, o ioga alivia a sensação de peso nas pernas e os formigueiros das mãos e dos pés. Os seus efeitos locais são favoráveis à prevenção e eliminação da celulite e da obesidade. Por outro lado, esta disciplina oriental ajuda os doentes terminais, nomeadamente as vítimas de cancro. As suas técnicas de relaxamento proporcionam a força anímica necessária para enfrentar com serenidade a doença, a agonia e a morte.

Deste modo, existem asanas distintos para diferentes perturbações: 4 Os asanas que se executam de pé alargam e tonificam os músculos débeis, melhoram a flexibilidade das articulações das ancas, estimulam a circulação do sangue e favorecem a digestão. 4 A flexão para a frente aumenta a flexibilidade da coluna vertebral, ancas e dobras, tonifica os músculos e órgãos abdominais, aumenta a circulação nos rins e facilita a eliminação de toxinas. Além disso, alonga o nervo ciático, o que previne problemas relacionados com ele. 4 Os exercícios de torção da coluna flexibilizam o pescoço, os ombros e a cintura; aliviam, também, a obstipação e as tensões acumuladas nas costas. 4 As posturas de relaxamento aumentam a circulação sanguínea e regulam a pressão arterial. O relaxamento profundo estimula o lado direito do cérebro, o que contribui para uma atitude construtiva e criativa.



[SAÚDE DESPORTO]

Cuidados ao

PEDALAR 7 DICAS

PARA EVITAR LESÕES

ANDAR DE BICICLETA É UMA EXCELENTE FORMA DE PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO. PORÉM, COMO EM QUALQUER ATIVIDADE, AS BOAS PRÁTICAS AJUDAM A EVITAR POSSÍVEIS DISSABORES. SEGUEM-SE 7 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENIR LESÕES E GARANTIR O BEM-ESTAR SEMPRE QUE UTILIZARMOS A BICICLETA.

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PREFERÊNCIA PELAS DUAS RODAS é, cada vez mais, um estilo de vida e uma alternativa sustentável. Os benefícios desta prática para a saúde são claros, desde logo pelo alívio do stress, aumento do bem-estar psicológico, queima de calorias e diminuição do risco de problemas cardiovasculares, melhorando os índices da função cardiorrespiratória. Não esquecendo, é claro, outras vantagens, como a criação de laços com outros praticantes. E porque o ciclismo, como qualquer atividade física, não está isenta de riscos, os especialistas prepararam um conjunto de sete dicas para que possa praticar este desporto com a máxima segurança.

Quem anda de bicicleta sabe que as quedas podem ser mais frequentes do que o desejável

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e, por isso, o uso de capacete

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de proteção é fundamental para evitar lesões na cabeça

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FAÇA O AQUECIMENTO E TENHA CUIDADO COM A POSTURA

“Aqueça” o corpo antes de iniciar o seu percurso. É conveniente fazer alongamentos e trabalhar os músculos das pernas, a zona lombar e também o pescoço. Para evitar o surgimento de dores lombares, adote uma postura correta, que não deverá ser demasiado curvada.


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PROTEJA-SE A SI E CUIDE DA SUA BICICLETA

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ESCOLHA A BICICLETA CERTA PARA SI

Muitas vezes, a escolha da bicicleta tem em conta o fator estético e não a sua finalidade. Deverá escolher uma bicicleta que se adeque ao uso que lhe quer dar. Por exemplo: quer ter uma bicicleta para uns breves passeios urbanos ao fim de semana ou para percorrer percursos montanhosos? Recorra a uma loja especializada para que lhe prestem apoio na seleção do modelo mais adequado para si.

Saltar este passo é dos erros mais comuns e que provocam mais danos nos joelhos. O selim não deve estar nem muito alto, nem muito baixo. Se estiver muito baixo, os joelhos estarão muito fletidos, o que pode contribuir para o aparecimento de dores nesta articulação.

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GUARDE A SUA BICICLETA DE FORMA ADEQUADA

Sempre que não a utilizar, deve colocar a sua bicicleta, idealmente, num ambiente fechado, protegida dos elementos naturais (sol, chuva e vento), da humidade e de agentes corrosivos ou oxidantes, de modo a garantir a sua correta conservação. Não se esqueça que a limpeza regular e a lubrificação das partes móveis da bicicleta são também essenciais.

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NÃO SE ESQUEÇA DAS IDAS AO MÉDICO E À OFICINA

Visitas regulares ao seu médico de família irão ajudá-lo a controlar melhor a sua saúde e a prevenir situações que o possam colocar em risco no exercício de práticas físicas (como, por exemplo, numa incorreta alimentação ou durante o período de recuperação de uma lesão). Esta dica aplica-se também à sua bicicleta, que precisa de check-ups. Caso note alguma irregularidade na bicicleta (barulhos, trepidações estranhas ou outras), leve-a a uma oficina especializada. Não se esqueça destes cuidados ao pedalar para que o seu passeio de bicicleta seja feito com segurança e garantindo o seu bem-estar físico e mental. Comece já hoje a pedalar com máxima proteção. Fonte: Zurich Portugal

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Antes de começar a pedalar, evite ingerir alimentos muito pesados, que dificultem a digestão (como fritos, por exemplo), optando, em alternativa, por alimentos mais leves, como a fruta. Ao mesmo tempo, é importante manter a hidratação do corpo, bebendo água com frequência.

VERIFIQUE A ALTURA DO SELIM

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ATENÇÃO À ALIMENTAÇÃO E À HIDRATAÇÃO

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Quem anda de bicicleta sabe que as quedas podem ser mais frequentes do que o desejável e, por isso, o uso de capacete de proteção é fundamental para evitar lesões na cabeça. Não se esqueça também do colete ou roupa refletora, das luvas e, eventualmente, de proteções para os joelhos e cotovelos, sem esquecer que o uso de óculos adequados também é importante para proteção face a raios solares, poeiras e insetos. Equipe a sua bicicleta com campainha, espelhos refletores e luzes. Ajuste também regularmente parafusos, guiador e outros componentes.


[SAÚDE FITNESS] Pela

PROF.ª ANA ANDRADE Doutoranda em Atividade Física e Saúde, pela Universidade Lusófona de Lisboa (ULHT). Mestre em Exercício e Bem-Estar, ULHT Lisboa. Personal Trainer e Group Trainer no Holmes Place Parque das Nações

TODOS OS ANOS FALHA A OPERAÇÃO CORPO DE VERÃO? ESTE ANO SERÁ DIFERENTE! SAIBA O QUE DEVE FAZER DURANTE AS PRÓXIMAS SEMANAS PARA ALCANÇAR A SUA MELHOR FORMA.

PLANO

VERÃO

EM FORMA >

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FASE 2 Na fase 2 (segundo mês), o objetivo é aumentar a frequência e intensidade dos treinos. Treinar entre 5 e 6 vezes por semana, a uma intensidade moderada a vigorosa. Realizar entre 3 e 4 treinos cardiovasculares e 2 de força será a fórmula mágica para que, consistentemente, consiga atingir os seus objetivos. A nível de aulas, desafie-se a incluir no seu plano semanal uma aula de spartans (treino intervalado de alta intensidade que combina exercícios de cardio com força). Se for fã de corrida, pode aumentar a distância percorrida (entre 3 e 10 quilómetros por sessão) ou aumentar a velocidade para a mesma distância. Deverá realizar o plano de treino apresentado, pelo menos, duas vezes por semana e complementar com outra atividade.

Os feriados e fins de semana são períodos para (re)carregar baterias e para ter menos preocupações. Devem ser também bons momentos para cuidar da forma física. Se a sua maior desculpa para não treinar é não ter tempo, nestes períodos não pode falhar. Se não tiver oportunidade para ir ao ginásio, pode optar por se manter em movimento com uma (ou mais) das cinco atividades que se seguem.

Exercício CAMINHADA RÁPIDA CORRIDA BICICLETA NATAÇÃO SALTAR À CORDA

Gasto calórico médio (30 MINUTOS) 186 419 171 217 248

calorias calorias calorias calorias calorias

COMECE A TREINAR HOJE! A forma mais saudável e eficaz de chegar ao verão em forma é começar a treinar hoje. Não espere pela segunda-feira, pelo dia ideal, pela vontade… Quanto mais automático for o processo de treino mais facilmente interiorizará a ida ao ginásio na sua rotina, sem pensar duas vezes. A melhor estratégia é ter sempre o saco de treino preparado e as sapatilhas prontas para ação, quer seja à porta de casa, quer seja no carro. Evite as desculpas para não treinar e acredite que os resultados começam a surgir. Mesmo que apenas tenha 20 minutos, vá na mesma, menos é mais e a consistência é o segredo para um estilo de vida saudável. Sinceramente, não é por comer uma francesinha num dia que vai engordar 5 quilos, assim como não é por correr 21 km que os vai emagrecer. A chave do sucesso é fazer pequenas tarefas diárias para um grande objetivo. Relembramos que, a par do exercício, é fundamental seguir um estilo de vida saudável, através de uma alimentação variada e equilibrada, evitando açúcares, álcool e fritos, beber água com frequência e ter, em média, 7 a 9 horas de sono reparador.

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Tem oito semanas até agosto e, para isso, poderá dividir o seu treino em duas fases. Na fase 1 (primeiro mês) opte por atividades a que já esteja habituado, aumentando a frequência, ou se estiver a começar, pode caminhar a um ritmo acelerado, até ir intervalando com uma corrida durante o tempo que consiga aguentar. Relembramos que na passadeira deverá colocar uma inclinação superior a 1% para igualar o piso da rua. Se for fã de aulas de grupo, pode iniciar a sua atividade com aulas de icycle (aula de bicicleta estacionária com duração de 45 minutos ou mais) e body pump (aulas de trabalho de resistência muscular, que trabalham o corpo todo numa sessão de 45 minutos). Deverá realizar numa semana, pelo menos, duas sessões de treino cardiovascular (uma pode ser o plano de treino apresentado neste artigo) e duas sessões de treino de força. Ao fim de semana, não baixe os braços e complemente o trabalho que faz no ginásio com caminhadas, subir escadas ou atividades lúdicas em família. Todo o movimento conta!

FERIADOS E FINS DE SEMANA

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FASE 1

Não espere pela segunda-feira, pelo dia ideal ou pela vontade. A forma mais saudável e eficaz de chegar ao verão em forma é começar a treinar hoje!

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ORPOS DE VERÃO TREINAM-SE no inverno, certo? Sabemos que não é bem assim. Com a correria do dia a dia, muitas vezes não conseguimos alcançar a forma física que desejamos. Mas não se preocupe que neste artigo tem todas as informações necessárias para chegar ao verão na sua melhor forma. O objetivo é começar devagar, mas com o foco na frequência, duração e intensidade de treino. Deverá treinar, pelo menos, quatro vezes por semana, com uma duração entre 45 minutos a uma hora e a uma intensidade moderada a vigorosa. É determinante, também, escolher uma atividade com que se identifique, preferencialmente do tipo cardiovascular, para promover um maior dispêndio energético, mas sem esquecer a importância da força para o ganho de massa magra. Mesmo que não goste de atividades cardiovasculares por achar serem aborrecidas e repetitivas, elaborámos para si um plano em circuito que vai fazer o seu coração bater mais depressa, com exercícios dinâmicos e divertidos. Desta vez, não há desculpa para não treinar!


[SAÚDE FITNESS] CIRCUITO

PLANO DE TREINO

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AGACHAMENTO COM BOLA À PAREDE

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PUSH-UP COM ROTAÇÃO ALTERNADA

O plano de treino é realizado em circuito e que consiste na realização de 7 exercícios em sequência, sem pausa. Privilegiámos exercícios que trabalhem grandes grupos musculares e dois desafios para os abdominais. Este treino é ideal para redução da massa gorda, aumento do metabolismo e melhoramento da função cardiorrespiratória e de resistência muscular. Realize os exercícios durante 30 segundos (fase 1) ou 45 segundos (fase 2) e passe para o seguinte. Recupere apenas um minuto no final e repita o circuito entre 2 a 4 vezes. Se tiver alguma patologia ou limitação articular, fale primeiro com um profissional de exercício físico para ajustar o treino à sua condição física atual.

AQUECIMENTO ELÍPTICA 10 MINUTOS INTENSIDADE LEVE A MODERADA

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INTENSIDADE IDEAL

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A melhor maneira de saber se o seu treino está na intensidade ideal é através da monitorização da frequência cardíaca. Hoje em dia, existem várias opções no mercado, desde o tradicional cardiofrequencímetro com banda, até algumas aplicações e relógios inteligentes que também monitorizam. Desta forma, conseguirá verificar se está numa zona confortável ou não de treino.

Para medir a sua frequência cardíaca máxima (FCmáx), basta subtrair 220 à sua idade (existem várias fórmulas, esta é a mais tradicional e fácil). Por exemplo, se tiver 40 anos, a sua FCmáx é de 180bpm (batimentos por minuto), o que significa que este é o valor máximo (esforço) que poderá atingir. Atividades de intensidade leve estão entre

60% e 70%, moderada acima de 70% até 80% e vigorosa acima dos 80%. Habitualmente, ouve-se dizer que quanto mais vigoroso for o exercício melhores resultados terá. Contudo, é sensato referir que o melhor treino é aquele em que a intensidade do exercício está de acordo com a sua preferência e tolerância.


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LAT PULLDOWN

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REMO

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PRANCHA FRONTAL SOBRE BOLA

ABDOMINAIS CRUNCH COM BOLA

7 WALTERNADAS AVES COM CORDA NAVAL

FINAL ALONGAMENTOS 10 MINUTOS

Fotografia: MIGUEL MOURA


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Cuidados

apaziguantes Uriage A sensação de calor, de repuxar e desconforto cutâneo são sinais de uma pele sensível, hiperreativa e alérgica. Os Laboratórios Dermatológicos de Uriage, especialistas na barreira cutânea, apresentam Toléderm Control, com excelente tolerância, para apaziguar e dar conforto à pele. Para estas inovações, foram desenvolvidas fórmulas minimalistas e naturais, compostas apenas por ingredientes essenciais. Sem perfume e com 97% de ingredientes de origem natural, estes cuidados oferecem o melhor para a pele.

Proteger a pele

em qualquer ocasião

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A gama Dermaseptic dos Laboratórios BABÉ foi especialmente formulada para limpar a pele em profundidade e protegê-la, evitando a proliferação de microrganismos. E acabam de lançar a sua mais recente novidade: Bruma Dermaseptic. Trata-se de uma bruma hidratante efeito barreira que cobre a pele com um véu invisível. Ajuda a proteger a pele contra os agentes externos e a limitar a proliferação bacteriana de microrganismos. Além disso, fortalece e reequilibra a barreira cutânea, além de hidratar e refrescar a pele. Cómodo formato em spray e fórmula inovadora sem álcool.

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Desafio celulite Para combater a pele casca-de-laranja, a Thalgo propõe dois produtos: Correcteur Global Celulite e Soin Expert Zones Rebelles. Este último é específico para zonas críticas e funciona como Sérum, para celulite ou gordura persistente. Massajar para uma maior eficácia e absorção do produto, manualmente ou com a ajuda de ventosa. Aplicar em particular nos braços, coxas, ancas, “culotte-de-cheval” e joelhos. Por sua vez, o Correcteur Global está indicado para os tipos de celulite e deve ser aplicado por cima do Soin Expert Zones Rebelles, em qualquer zona corporal. Aplicações bidiárias com massagem, para uma maior absorção e eficácia.

Contra a flacidez e gorduras abdominais A Thalgo propõe um ritual contra a flacidez e gorduras abdominais composto por 3 produtos. Sculpteur Ventre & Taille é específico para a zona abdominal, cintura e ancas, com aplicações bidiárias recomendadas. Buste et Decolleté é uma emulsão fina, que reforça os tecidos para restaurar o perfil, o volume e a tonicidade do peito. Creme Performance Fermeté é indicado para a flacidez, com uma ação remodelante, permite dar firmeza e cuidar dos depósitos de gordura existentes.

Ter a pele perfeita nunca foi tão delicioso… O Esfoliante Corporal Castelbel Coco é o toque final exótico à sua rotina de cuidado. Perfumado com o aroma encantador que define a coleção, o coco, este esfoliante é elaborado com ingredientes naturais, para um cuidado refinado. E vem acondicionado num boião de 240g, numa caixa adornada com divertidas ilustrações.

Cuidados capilares em versão sólida Davines, a empresa familiar italiana com presença internacional, renovou totalmente as suas fórmulas em 2015, com a introdução de ingredientes ativos obtidos da Slow Food Presidio - para proteger a biodiversidade e as produções locais italianas em risco de extinção - e agora a linha Essential Haircare foi reforçada com novas soluções sólidas, mais sustentáveis. As fórmulas dos shampoos Momo, Dede, Love e Volu estão agora disponíveis numa nova versão sólida e embalagem de papel reciclável. Fórmulas sem silicone, sem sulfato e sem conservantes.


Mantenha o seu equilíbrio na nova estação

UHU lança nova gama de desinfetantes

A caminho da estação mais quente do ano redobram-se os cuidados com a pele do corpo e do rosto e, por isso, a marca portuguesa Folha D’Água propor dois produtos 100% naturais, elaborados a partir de plantas aromáticas e medicinais. Para ajudar a estimular o sistema linfático, aumentando o metabolismo e eliminando o excesso de toxinas no organismo, surge o Óleo Adelgaçante, com um aroma mais leve e agradável. Já o Óleo Facial, com extrato de dióspiro, é recomendado na rotina de limpeza e/ou hidratação diária, sendo indicado para pele normal a seca do rosto, deixando-a visivelmente nutrida.

Tendo em conta a importância da proteção contra agentes nocivos invisíveis, a UHU acaba de lança uma nova gama de desinfetantes, com essências de origem vegetal que proporcionam um aroma fresco e agradável, enquanto protegem toda a família. A nova gama, composta por 3 produtos – Desinfetante e Protetor MultiSuperfícies, Desinfetante e Protetor Chão e Desinfetante e Limpeza Sanitários – é dermatologicamente testada e elimina 99,9% dos gérmenes e bactérias.

Refresque o seu verão com o novo OGX Teatree Mint Desenvolvido a pensar na necessidade de refrescar e manter os cabelos hidratados, OGX acaba de lançar, em exclusivo nos espaços Sonae, a gama OGX Teatree Mint. Esta nova gama promete fortalecer e despertar todos os sentidos do seu cabelo, através de uma fórmula composta por óleo da árvore do chá infundido, carvão de coco ativado, extrato de hortelã-pimenta e hamemélis. Teatree Mint é a combinação perfeita para quem quer acabar com cabelos oleosos e com pouco volume e com o cabelo fino, seco ou danificado, com frizz, naturais ou pintados.

TENA Silhouette lança cueca preta absorvente lavável

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TENA Silhouette Roupa Interior Absorvente Lavável é a mais recente inovação TENA. Consiste numa cueca preta com proteção incorporada e pode ser lavada até 50 vezes a 40oC. Foi criada a pensar no planeta e nas mulheres com perdas ligeiras de urina que querem continuar a sentir-se femininas e elegantes. É a perfeita combinação entre sustentabilidade, elegância e proteção.

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Nas crianças, as doenças não transmissíveis mais frequentes são as respiratórias crónicas, com maior incidência na asma e rinite alérgica. Prevenir e aliviar estas doenças desde a mais tenra idade é a proposta da Airfree, que alerta para a importância de garantir que, desde muito cedo, os mais novos respirem um ar saudável, de forma a prevenir o desenvolvimento de múltiplas alergias. Para os quartos dos mais pequeninos, a marca propõe o Airfree FIT, de colocação na parede. É um modelo de purificador de ar com pequenas dimensões, ideal para espaços até 16 m2, oferecendo a mesma eficiência que todos os outros da marca.

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Airfree Purifica o ar nos quartos das crianças


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Banana Chips Snack com a crocância de babatas fritas A marca portuguesa Urban Foods tem revolucionado o mercado de snacks e agora dá mais um passo ao surpreender com uma nova variedade, que eleva a produção nacional. Consegue imaginar estar a comer batatas fritas que, afinal, são fruta? O petisco que está a conquistar os portugueses é feito de banana. Melhor: bananas da ilha da Madeira. Os benefícios da banana são inegáveis: são ricas em potássio e magnésio, ótimos aliados para a saúde muscular; são também ricas em fibra, que ajuda na sensação de saciedade e na regulação intestinal; é também uma boa fonte de energia.

Novo Terra Nostra Biológico Foi a pensar na biodiversidade do planeta, que a Terra Nostra acaba de lançar a gama Biológico, com Queijo e Leite de Pastagem. Feito com leite de vacas felizes que comem erva fresca 365 dias por ano de pastagens com modo de produção biológico, sem pesticidas nem fertilizantes, resultado de um processo de dois anos de conversão dos solos e preparação de produtores certificados.

DIRETOR:

Drª Luísa Carvalho (Especialista de Medicina Geral e Familiar)

REVISÃO CIENTÍFICA:

COLABORADORES/CONSULTORES: Dr. A. Coimbra

de Carvalho (Dent.);Dr. Alexandre Fernandes (Nutrição); Drª Ana Maria Cordeiro (Radiodiag.); Prof. Antero da Palma Carlos (Alergo.); Dr. António Manuel Marques (Socio.); Dr. António Meyrelles do Souto (Ortop.); Dr.  Artur Aguilar (Oftalm.); Dr.  Artur P. Galvão (Psiq.); Dr. Baptista Fernandes (Cirur. Estét.); Dr. C. Canas Ferreira (Otorrino.); Dr. César Ramos (Imuno./Alergo.); Drª Cláudia Madeira Pereira (Psicologia Clínica); Dr. Duarte Vilar (Socio.); Dr. E. Melo Rocha (Alergo./Pediat.); Dr. Fernando Lacerda Nobre (Clín. Geral); Prof. Francisco J. Antunes (Venér./SIDA); Prof. Francisco Reich de Almeida (Oftal. Infant.); Drª Isabel do Carmo (Endocri.); Dr. J. Seixas Martins (Cirur. Plást.); Dr. João de Matos Silva (Homeop.); Dr. Joaquim Margalho Carrilho (Ass. Port. Medi. Adicção); Dr. José Pacheco (Sexo); Prof. L. Menezes Falcão (Cardio.); Dr. Libério Bonifácio Ribeiro (Pediat./ Alergo.); Prof. Lincoln Justo da Silva (Pediat.); Dr. Luís Mendes Graça (Obstet.); Dr. Manuel Costa Guerreiro (Psiq.-Assoc. Defesa Saúde Mental); Dr. Manuel Neves e Castro (Gineco.); Drª Margarida Cordo (Psico-Socio.); Drª Maria Antónia Frasquilho (Psiq. Med. Trabalho); Dr. Mário Andrea (Otorrino.); Nazaré Nunes (Estét.); Drª Paula Martinho da Silva (Adv.-Ética); Dr. Paulo Guimarães (Urolog.); Dr. Pedro Levy (Psiq.); Associação de Planeamento para a Família. E-MAIL:

Nurishh Sabor genuíno 100% vegetal Acaba de chegar ao mercado Nurishh, a marca de produtos 100% de origem vegetal da Bel, moderna e com um propósito em linha com as aspirações do consumidor flexitariano. Fatias 100% de origem vegetal, saborosas, nutritivas e versáteis, ideais para o pequeno-almoço ou para um snack. Com duas propostas de sabor: Original e Cheddar, Nurishh inclui apenas aromas e corantes naturais, sendo rico em cálcio e vitamina B12. Toda a gama é certificada com o selo V-Label como produto vegetariano e vegano e naturalmente isento de lactose e glúten.

Bronzeado mais bonito e duradouro!

Francisco Duarte

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IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

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BioActivo Caroteno contém betacaroteno, um nutriente que se encontra em muitas das frutas e legumes de cor amarela e vermelha. No corpo, o betacaroteno é convertido em vitamina A, que contribui para a manutenção de uma pele saudável para uma visão e membranas mucosas normais. Estudos demonstram que o betacaroteno tem melhor absorção sob a forma de suplemento do que a partir da ingestão de vegetais (cada cápsula equivale a 4 cenouras grandes). Tomar 1 cápsula por dia, idealmente um mês antes da exposição solar.

Ligação Visual, Lda Casais de São Martinho, Jerumelo 2590-429 Sapataria www.ligacaovisual.pt DISTRIBUIÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL:

VASP - Soc. de Transportes e Distribuições, Lda Quinta do Grajal - Venda wSeca 2739-511 Agualva Cacem TIRAGEM:

30 000 exemplares

Ana de Sousa 214655148 REGISTO NA ERC: 117447, de 93/08/05 Depósito Legal nº 77 725/94 PROPRIETÁRIO:

Nº DE CONTRIBUINTE:

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