SAÚDE E BEM-ESTAR nº 314 - março 2021

Page 1

>

| ERGO SOFY NOVA ALMOFADA ERGONÓMICA E REVOLUCIONÁRIA |

<

NÚMERO 314 MENSAL MARÇO 2021

BURNOUT NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

O QUE PODEMOS

FAZER PARA OS

AJUDAR?

DISTÚRBIOS DO SONO CONSELHOS

PRÁTICOS E FÁCEIS

DOENÇA RENAL Sinais de alerta

DOENÇAS QUE MAIS

AFETAM E PREOCUPAM AS

• VARIZES E CONGESTÃO PÉLVICA • OSTEOPOROSE • ARTRITE REUMATOIDE • CANCROS GINECOLÓGICOS

PREÇO CONTINENTE

MULHERES

2,80€



[SUMÁRIO SAÚDE] ESPECIAL MULHER

6

Cancros no feminino

10

Varizes e síndrome de congestão pélvica: grande impacto na mulher

14

Artrite reumatoide: mulheres em risco, mas com excelente prognóstico

16

Osteoporose: pesadelo evitável

18

Nova almofada ergonómica e revolucionária

ESPECIAL MULHER

Siga-nos em www.saudebemestar.com.pt

ESPECIAL MULHER

Textos redigidos ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

ESPECIAL MULHER ESPAÇO SOFY

ESPECIAL MULHER Cancros no feminino

6

NUTRIÇÃO

20

Chegou à menopausa? Saiba que alimentos deve incluir na sua alimentação

22

Dieta da convalescença

24

Esteróis vegetais contra o colesterol

26

Risco vascular e covid-19

28

Mais energia e coração mais forte

32

Doença renal crónica: sinais de alerta

34

Adiar a saúde ocular pode ter graves consequências

38

5 dicas para um sorriso bonito e saudável

NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO CARDIOLOGIA ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL NEFROLOGIA

OFTALMOLOGIA

SAÚDE ORAL

OTORRINO

40

Perdas auditivas: é importante procurar ajuda

42

Burnout nos profissionais de saúde

46

Como combater a falta de concentração e memória?

48

Stress pós-traumático

50

Distúrbios do sono: consequência da pandemia

56

Fique em forma com a ajuda das novas tecnologias

60

Dermatite atópica

62

Acupuntura: benefícios comprovados

PSICOLOGIA Burnout nos profissionais de saúde: o que podemos fazer para os ajudar?

OFTALMOLOGIA Adiar a saúde ocular pode ter graves consequências

34

MEDICINA DO SONO Distúrbios do sono: consequência da pandemia

50

42

PSICOLOGIA ESPAÇO AMPLIPHAR

PSICOLOGIA MEDICINA DO SONO

FITNESS

DERMATOLOGIA ALTERNATIVAS

MARÇO 2021

PROF. MANUEL CARRAGETA, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia

3 >

Todos aqueles que tenham fatores de risco, nomeadamente hipertensão ou doença cardiovascular, devem vacinar-se na primeira oportunidade que lhes for dada

<

As rubricas designadas por ESPAÇO são da exclusiva responsabilidade das empresas, marcas ou autores mencionados. Estatuto editorial em www.saudebemestar.com.pt


[SAÚDE OBSERVAÇÃO]

PANDEMIA

CRIOU UM CONSUMIDOR MAIS EMOCIONAL E EXIGENTE

E

M 2021, a componente emocional estará, mais do que nunca, na origem das decisões do consumidor. A pandemia está a deixar uma pegada profunda nos hábitos de consumo em todo o mundo, e representa já a maior mudança comportamental das últimas décadas. Estas são algumas das conclusões apontadas no relatório “Tendências do Consumidor 2021”, publicado no IDEAS, o think tank de liderança e conhecimento da consultora LLYC. De acordo com o estudo, a empatia das marcas será quase obrigatória para entender este novo consumidor, que está, há um ano, imerso na tensão emocional da pandemia. É um cidadão global que se reconectou com o essencial e que buscará, mais do que nunca, a perceção de um lar saudável e seguro, onde a saúde mental deixou de ser um tabu e passa a fazer parte das conversações do dia a dia. A nova forma de consumir confere à logística um papel protagonista: o consumidor exige uma disponibilidade imediata dos produtos de que

precisa, mas também caminhamos para novos modelos de cidade onde a proximidade e o consumo local primam. A crise económica acentua o conceito de acessibilidade e affordability dos produtos. Além disso, exige uma maior responsabilidade por parte das marcas – que estão a ser obrigadas a repensar as suas estratégias de retail e publicidade, devido ao aumento do teletrabalho e da emergência do e-commerce. David González Natal, diretor de Consumer Engagement da LLYC, reconhece que “radiografar o consumidor nascido de uma pandemia tem sido um desafio, porque nunca tínhamos passado por uma mudança tão rápida de tendências fruto da adaptação ao novo contexto. É uma oportunidade para todos, mas as marcas terão de entender bem o novo cidadão que emergiu deste contexto e colocar-se, mais do que nunca, na sua pele se quiserem ter êxito nas suas propostas de valor”. Para Marlene Gaspar, diretora de Engagement e Digital em Portugal, “a (r)evolução que estamos a viver passa por uma mudança radical na forma como nos relacionamos e por um regresso aos aspetos mais primários e às garantias de segurança. Os consumidores exigirão das marcas mais um passo no seu compromisso com as pessoas para estarem mais perto delas e criarem uma diferença real nas suas vidas; quer seja em termos de empatia e de ligação emocional, quer seja através de aspetos mais racionais, como a proximidade e a prontidão no momento de responder às suas necessidades. Mais do que informação comercial, esperam que se posicionem e opinem frente a temas sociais e políticos”.

Saúde, segurança, proximidade, disponibilidade de

MARÇO 2021

<

produtos ou o seu preço definem os novos hábitos de

>

4

consumo; as marcas devem ser mais empáticas e repensar a sua estratégia para se adaptarem ao novo consumidor

IMPACTO DA COVID-19 NA DIABETES A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal alerta para o impacto da pandemia covid-19 nas pessoas com diabetes e reforça os riscos resultantes da interrupção nos cuidados de saúde. Para João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, a pandemia está a promover “uma desigualdade crescente no acesso aos cuidados de saúde que, por toda a Europa, estão, quase em exclusivo, dedicados ao combate à Covid-19”.

VACINAÇÃO EM DRIVE-THRU A Câmara Municipal do Porto, o Centro Hospitalar Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto e a Unilabs Portugal apresentaram recentemente o primeiro centro de vacinação covid-19 em DriveThru, no Queimódromo do Porto. A Câmara Municipal do Porto assegura a gestão das pessoas que serão vacinadas, operacionalizando a sua mobilização. A CMP pretende com este teste piloto preparar a cidade para um processo seguro e robusto de vacinação, em larga escala, assim que houver vacinas para as 2ª e 3ª fases de vacinação.


HYALUPROCOLLAGÈNE 94%*

Rugas com aparência preenchida Desde a 1ª sessão Cosmética instrumental com Rollers Boosters

Disponíveis em 12 000 Spas, Centros de Talassoterapia e de Estética Thalgo em todo o mundo.

www.thalgo.pt www.thalgo.com info@thalgoportugal.pt

* Autoavaliação do cuidado facial por 16 voluntárias (% de voluntárias de acordo e tendencialmente de acordo com a alegação)

Let the sea empower your beauty


[ESPECIAL MULHER] O CANCRO É A DOENÇA QUE MAIS ALARMA OS PORTUGUESES. EM PARTICULAR, OS CANCROS GINECOLÓGICOS E O CANCRO DA MAMÃ - ESTE COM A RESPETIVA INCIDÊNCIA A AUMENTAR DE FORMA INQUIETANTE - ESTÃO NA BASE DAS PREOCUPAÇÕES FEMININAS AO NÍVEL DA SAÚDE.

O

CANCRO É A DOENÇA que mais preocupa os portugueses, segundo um estudo recente. Taxas de mortalidade elevadas e familiares com doença oncológica são as duas razões mais apontadas para justificar a inquietação com o cancro. A aposta na prevenção e diagnóstico precoce da doença oncológica devem ser uma prioridade. Nos cancros ginecológicos e da mama, quando a doença é detetada numa fase inicial, na maior parte das vezes, o tratamento é simples e não deixa sequelas. Pelo contrário, quando o diagnóstico é tardio, torna-se comum não haver propostas curativas. Esta é a mensagem que devemos difundir, no sentido de alcançarmos uma melhor saúde feminina. A estratégia deverá focar-se na prevenção da doença e promoção da saúde.

CANCROS NO FEMININO

6


MD, PhD, MBA. Coordenador da Unidade de Cirurgia Minimamente Invasiva Ginecológica e Endometriose do Centro Hospitalar do Porto, Universidade do Porto

colo do útero vagina

CANCRO DO ENDOMÉTRIO O cancro do endométrio é a doença maligna ginecológica mais comum em países desenvolvidos e a segunda mais comum em países em desenvolvimento. Para fazer o diagnóstico da doença oncológica da cavidade uterina, a execução de uma histeroscopia, exame realizado pelo ginecologista, é de particular importância. A histeroscopia, além de possibilitar a observação endoscópica direta do interior do útero, permite realizar simultaneamente uma biopsia dirigida de qualquer lesão suspeita identificada. Comprovado o diagnóstico de cancro do endométrio, nas mulheres com tumores localizados e de baixo risco de recorrência, a cirurgia, por si só, é frequentemente curativa. A abordagem cirúrgica minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica), com identificação do gânglio-sentinela (técnica de fluorescência), constitui a opção atual mais recomendada para tratamento e estadiamento do cancro do endométrio, associando-se a menores taxas de complicações e internamentos mais curtos. Mulheres com doença de risco intermédio ou alto podem beneficiar com o tratamento complementar de radioterapia (radiação que “elimina” as células cancerosas) ou/e quimioterapia (medicamentos que “eliminam” as células cancerosas ou impedem seu crescimento). CANCRO DO COLO DO ÚTERO O cancro do colo do útero é o quarto tipo de cancro mais frequente nas mulheres, representando 7,7% das mortes femininas por cancro em todo o mundo. Nos países em desenvolvimento, consiste no cancro ginecológico mais comum. Na Europa, são diagnosticados cerca de 58 mil novos casos todos os anos e quase metade acabam por ser fatais. O cancro do colo do útero é o terceiro mais frequente nas mulheres portuguesas com menos de 50 anos. Quase todos os cancros do colo do útero são causados por um vírus chamado HPV (papilomavírus humano), que se transmite pelo contacto pele a pele e pela relação sexual. Qualquer mulher está em risco e o risco persiste durante toda a vida. O vírus infeta 75 a 80% das pessoas sexualmente ativas. O cancro do colo do útero manifesta-se, na grande maioria dos casos, após vários anos de infeção persistente. Já existem vacinas que evitam a infeção pelo HPV. Esta vacina está disponível para homens e mulheres e é mais eficaz quando administrada antes de iniciar a atividade sexual. Mas também pode conferir proteção após o início da atividade sexual. Uma outra forma de prevenção é a realização de rastreios (citologia cervicovaginal ou teste papanicolau) para a deteção e diagnóstico precoce de lesões pré-malignas ou até mesmo da doença maligna em fase inicial, de forma a tratar a doença precocemente. É, por isso, aconselhado o exame ginecológico regular. O tratamento de células pré-cancerosas pode evitar que se transformem em cancro do colo do útero.

<

PROF. DR. HÉLDER FERREIRA

endométrio

MARÇO 2021

Pelo

ovários

7 >

DIFERENTES TIPOS DE CANCRO DO ÚTERO O útero é a parte do corpo da mulher onde se desenvolve o feto, se ela estiver grávida. O órgão divide-se em colo do útero e corpo do útero. O corpo do útero possui uma fina camada de revestimento interno (o endométrio) e uma espessa camada externa (o miométrio). O cancro uterino ocorre quando as células normais do útero se transformam em células anormais e crescem de forma descontrolada. Existem diferentes tipos de cancro uterino, mas a maioria começa nas células revestimento interno, ou seja, no endométrio. O cancro uterino pode ocorrer em mulheres de qualquer idade, mas é muito mais comum em mulheres após a menopausa. O sinal mais comum do cancro uterino é a hemorragia vaginal anormal, que se pode manifestar por: 4perdas de sangue entre os ciclos menstruais; 4período menstrual mais intenso do que o normal; 4 qualquer perda de sangue vaginal (mesmo pequenas gotículas) na mulher após a menopausa. A hemorragia vaginal anormal pode ser causada ​​por outras causas não oncológicas. No entanto, deverão sempre constituir um sinal de alerta importante e motivar avaliação médica ginecológica.


[ESPECIAL MULHER] Alguns casos de cancro do colo do útero são tratados com cirurgia para remover o tumor, com remoção do colo do útero, corpo do útero e parte superior da vagina - chamada histerectomia radical; ou remoção total ou parcial do colo do útero, mas deixando o útero no lugar - este tipo de cirurgia é feito apenas em situações especiais. Outras opões para quadros mais avançados podem incluir quimioterapia e/ ou radioterapia.

MARÇO 2021

<

SARCOMAS DO ÚTERO Os sarcomas do útero são tumores malignos do tecido mesenquimatoso. São muito pouco prevalentes, representando cerca de 3 a 7% de todos os cancros uterinos. Contudo, a sua raridade e diversidade têm dificultado a abordagem diagnóstica e terapêutica.

>

8

CANCRO DO OVÁRIO O cancro do ovário é o sétimo cancro mais comum nas mulheres em todo o mundo e é responsável por quase 4% de todos os novos casos de cancro na mulher. É também a oitava causa mais comum de morte por cancro no mundo. O cancro do ovário ocorre quando as células normais do ovário se transformam em células anormais e crescem de forma descontrolada. O risco de cancro de ovário aumenta com a idade (maior prevalência entre os 50 e 65 anos), com apenas 10 a 15% dos casos diagnosticados antes da menopausa. Por vezes, o cancro do ovário tem história familiar positiva. Os sintomas do cancro do ovário podem incluir dor e distensão abdominal, sensação de saciedade que dificulta a ingestão de alimentos ou necessidade de urinar com frequência. Estas manifestações são comuns e também podem ser causados​​ por outras doenças. Muitas mulheres não apresentam sintomas e descobrem que têm um cancro de ovário tardiamente, por exemplo, quando uma massa pélvica é encontrada num exame ginecológico de rotina ou num exame de imagem feito por um outro motivo. A única forma de saber, com total certeza, se uma mulher tem cancro do ovário é através da remoção cirúrgica do ovário (massa pélvica). Durante a cirurgia, normalmente um outro médico (anatomopatologista) examina as células do ovário ao microscópio para verificar se há células cancerígenas. Se houver tumor, o médico continuará a cirurgia e tratará o cancro removendo o máximo possível. Na maioria das vezes, isso envolve fazer uma cirurgia chamada “histerectomia total com salpingo-oofo-

As mulheres devem ter conhecimento destas patologias, estarem sensibilizadas para a importância dos rastreios e valorizarem os sintomas, procurando orientação médica atempada rectomia”. Para esta cirurgia, o ginecologista remove os ovários, as trompas que conectam os ovários ao útero e o útero. Se o cancro se espalhou para outros órgãos próximos, o médico pode ter de remover partes deles. O tratamento do cancro do ovário, geralmente, impede a mulher de engravidar. Mas, para algumas mulheres, pode ser possível planear o tratamento de forma que a gravidez ainda seja possível. CANCRO DA VAGINA O cancro da vagina é raro, representando 1 a 2% dos tumores malignos ginecológicos. Está mais frequentemente localizado no terço superior da parede posterior da vagina. É mais prevalente na pós-menopausa, em mulheres com idade média de 70 anos. Na mulher jovem, o cancro da vagina parece estar a aumentar a sua incidência, estando relacionado ao cancro do colo do útero, com persistência de infeções de HPV de alto risco, sobretudo num contexto de prevalência de VIH. CANCRO DA MAMA Globalmente, o cancro de mama é a doença oncológica mais frequentemente diagnosticada na mulher e a principal causa de morte por cancro na mulher. Aproximadamente metade dos cancros de mama recém-diagnosticados pode ser explicada por fatores de risco conhecidos, como idade da menarca, primeiro nascimento vivo, menopausa e doença proliferativa da mama. Outros 10% estão associados a uma história familiar positiva. O

cancro de mama é muito mais comum nas mulheres, embora também afete homens. O cancro da mama acontece quando as células normais da mama mudam e crescem fora de controlo. Às vezes, as pessoas descobrem que têm cancro da mama porque palpam um nódulo em uma das mamas. Os nódulos mamários podem ser causados por doenças não oncológicas. Mas é aconselhável verificar todos os nódulos. O exercício físico regular parece fornecer proteção modesta contra o cancro da mama. O consumo de álcool e o tabagismo estão associados a um risco aumentado de cancro da mama com uma relação dose-resposta. Uma dieta rica em frutas e vegetais, peixe e azeite pode resultar num menor risco de cancro da mama. CONCLUSÃO Finalmente, é importante salientar que as mulheres devem ter conhecimento destas patologias oncológicas, estarem sensibilizadas para a importância dos rastreios e valorizarem as manifestações destas doenças, procurando orientação médica de uma forma atempada. Em termos de política de saúde, devemos cada vez mais apostar na prevenção e deteção precoce da doença oncológica na mulher. Com respeito ao tratamento, é importante seguirmos o caminho de uma menor agressividade, adotando técnicas cirúrgicas cada vez menos invasivas. O futuro deverá passar por mais e melhor saúde no feminino, com ganhos na longevidade e qualidade de vida da mulher.



VARIZES e

[ESPECIAL MULHER]

de congestão

GRANDE IMPACTO NA MULHER

A

S VARIZES SÃO VEIAS dilatadas e tortuosas, evidentes a “olho nu”. Nestas veias, o sangue reflui em sentido contrário ao normal. Extremamente frequentes, as varizes podem atingir até 30% da população adulta, segundo a maioria das estimativas. Mais prevalentes nos países desenvolvidos, parecem também predominar nas mulheres. Diversas situações têm sido implicadas como fatores associados ao seu aparecimento: antecedentes familiares, obesidade, uma ocupação que obrigue a longos períodos de pé, tabagismo, sedentarismo, tratamentos hormonais e uma dieta pobre em fibras são apenas alguns exemplos.

Pela

MARÇO 2021

<

DRA. JOANA DE CARVALHO

>

10

Licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular. Fellow of the European Board of Vascular Surgery. Diretora – Allure Clinic

ENTRE AS PATOLOGIAS QUE ACOMETEM PREFERENCIALMENTE O SEXO FEMININO, ENCONTRA-SE A DOENÇA VENOSA. A SUA MANIFESTAÇÃO MAIS ÓBVIA E COMUM É O DESENVOLVIMENTO DE VARIZES. MENOS CONHECIDA, A SÍNDROME DE CONGESTÃO PÉLVICA É UMA PATOLOGIA ASSOCIADA, COM GRANDE IMPACTO NA MULHER. QUAIS AS QUEIXAS E COMPLICAÇÕES? As manifestações são variadas. Muitas pessoas notam desconforto nas pernas, geralmente descrito como sensação de peso. Por vezes, as varizes tornam-se elas próprias localmente dolorosas. O aspeto da perna também pode ser alterado de diversos modos. Para além da presença de pequeníssimas veias dilatadas (frequentemente designadas como “derrames” ou “raios”) ou de varizes propriamente ditas, as pernas podem apresentar edema (inchaço) e alterações da pele, que pode ficar pigmentada (de cor acastanhada) e/ou atrofiada. Este processo culmina, por vezes, no aparecimento de úlceras venosas, feridas crónicas que surgem geralmente junto aos tornozelos, que podem ser de difícil cicatrização, levando vários meses, por vezes anos, a cicatrizar. A doença venosa crónica aumenta ainda o risco de outros problemas dermatológicos, nomeadamente eczema e infeções cutâneas. Além das complicações já descritas, as varizes podem também ser sede de tromboflebites. Trata-se de uma situação que deve beneficiar de tratamento expe-

dito, uma vez que apresenta algum risco de complicações sérias, nomeadamente extensão da trombose para veias mais profundas (trombose venosa profunda) ou entrada em circulação de fragmentos do trombo (embolia pulmonar). Depois de instaladas algumas destas complicações, tais como as alterações cutâneas, dificilmente se obterá um resultado ótimo. Contudo, muitas pessoas adiam este tratamento, por desconhecimento ou por medo. QUANDO E COMO TRATAR? O tratamento deve ser o mais precoce possível, antes do agravamento da doença e desenvolvimento de complicações. Portanto, mesmo quando não causam quaisquer sintomas, as varizes têm potencial para gerar complicações e devem, por isso, ser tratadas. A estratégia de tratamento tem, obviamente, de ser adaptada a cada caso. São diversos os FÁRMACOS que se podem recomendar, com vista a minimizar os sintomas. O uso de MEIAS DE COMPRESSÃO ELÁSTICA ou de descanso é, muitas vezes, aconselhável, mediante a adaptação do tipo de meia à situação clínica.


síndrome pélvica

Muito mais do que um problema estético, as varizes podem condicionar, além de grande

Quanto aos métodos que visam a intervenção direta sobre as varizes, fundamentalmente, existem três grandes opções: a exérese cirúrgica; a obliteração térmica mediante a passagem de uma fibra de LASER ou de radiofrequência; e a injeção de produtos esclerosantes ou adesivos.

incómodo e prejuízo da qualidade de vida, complicações diversas

4CIRURGIA DE VARIZES A estratégia na cirurgia de varizes deve passar sempre por tratar a “origem” das varizes, na maioria dos casos a incompetência das veias safenas. É o tratamento destas veias que pode diferir e condicionar diferentes tempos de recuperação, complicações e resultados.

MARÇO 2021

11 >

POR RADIOFREQUÊNCIA Cada vez mais são procurados métodos menos invasivos e que envolvam menos complicações, permitindo uma mais fácil e rápida recuperação. Um dos métodos mais em voga é a ablação endovenosa por radiofrequência. Este é um procedimento minimamente invasivo para o tratamento de varizes. É um método alternativo ao clássico stripping da veia safena (método de extração desta através de uma incisão na virilha). Este método utiliza a energia da radiofrequência para aquecer a parede da veia, através de um cateter que é colocado no seu interior, por visualização ecográfica. O aquecimento provoca encolhimento das fibras de colagénio que fazem parte da parede do vaso. O diâmetro da veia é reduzido e, simultaneamente, as proteínas do sangue são desnaturadas pelo calor, obliterando o vaso. Nos 10 a 12 meses seguintes, a veia acaba por fibrosar completamente, tornando-se indetetável ao exame ecográfico, sem que, na realidade, tenha sido extraída. Para este tipo de intervenção, a escolha do método anestésico (local ou geral) é habitualmente feita entre o médico e o doente.

<

4 ABLAÇÃO ENDOVENOSA


[ESPECIAL MULHER]

Adicionalmente, são feitas incisões punctiformes espaçadas sobre as varizes propriamente ditas, através das quais estas são extraídas. Estas são incisões muito pequenas que não obrigam a qualquer tipo de sutura e que, ao fim de algumas semanas, são impercetíveis ou quase. Após este tipo de procedimento, é expectável a retoma da atividade habitual ao longo dos 5 dias seguintes. O doente é encorajado a deambular precocemente após a intervenção e, em alguns casos pode, mesmo retomar a sua atividade laboral no próprio dia ou no dia seguinte. Neste tipo de procedimento, as complicações são raras e o período de convalescença diminuto.

4 INJEÇÃO DE PRODUTOS

MARÇO 2021

<

ESCLEROSANTES OU ADESIVOS A ablação da veia pode ser conseguida com injeção de espuma (uma mistura de ar e de um agente químico, com uma consistência que permite um maior e mais prolongado contacto com a parede do vaso a tratar) ou com uma cola específica para uso endovenoso. As técnicas a propor dependem sempre de uma criteriosa avaliação da doença e do doente em causa. Além de tratar a causa das varizes, pretende-se a sua eliminação, o alívio sintomático e um bom resultado estético, com o mínimo de complicações.

>

12

VARIZES PÉLVICAS Nunca é de mais salientar a importância de tratar as varizes desde a sua “fonte”. Esta pode, em alguns casos, ter uma relação direta com as varizes pélvicas, dando origem à chamada síndrome de congestão pélvica. Esta deve ser tratada, não só para alívio dos sintomas que possa causar, mas também para diminuir o risco de reaparecimento de varizes nos membros inferiores após um primeiro tratamento.

O QUE SÃO? Varizes pélvicas são veias dilatadas, tortuosas e com refluxo na cavidade pélvica, isto é, dentro do baixo ventre, portanto, não evidentes. Estas varizes acompanhamse, por vezes, de varizes vulvares ou de varizes na face interna das coxas ou nas nádegas, o que deverá alertar para a possibilidade da sua existência, motivando o seu estudo. QUAIS AS SUAS CAUSAS? As causas das varizes pélvicas são pouco conhecidas. Sabe-se que acometem predominantemente mulheres jovens, mais frequentemente as que tiveram duas a três gravidezes. Durante a gravidez, as veias pélvicas são comprimidas pelo útero gravídico em expansão, levando a um comprometimento da drenagem venosa, de que resulta refluxo (isto é, fluxo em sentido contrário ao que era suposto) e, subsequentemente, dilatação das veias. Por outro lado, a gravidez caracteriza-se por um aumento de fluxo sanguíneo a nível pélvico, o que pode, por si só, contribuir para o desenvolvimento da síndrome de congestão pélvica. Existem outras causas raras, como trombose das veias ováricas e ausência de válvulas venosas por mau desenvolvimento congénito. QUAIS OS SINTOMAS? Dor na região pélvica e abdómen inferior é o sintoma mais comum. Esta dor tem um caráter crónico, arrastando-se, habitualmente, por mais de 6 meses. É agravada quando se está muito tempo de pé, com a realização de esforços, durante o período menstrual e durante ou após as relações sexuais. Pode também verificar-se agravamento de incontinência urinária. Contudo, nem sempre há sintomas e, muitas vezes, estes só se tornam evidentes durante ou após a gravidez.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? O diagnóstico da síndrome de congestão pélvica é, inicialmente, apoiado nos sintomas e na presença de varizes típicas (vulvares, na face interna das coxas ou nas nádegas). A realização de eco-doppler pélvico pode evidenciar a presença de veias dilatadas, sendo, muitas vezes, necessária a realização de eco-doppler transvaginal, já que estes vasos podem ser difíceis de estudar através do abdómen. Pode ser necessário complementar este estudo com outros meios de imagem não invasivos, como a angio-ressonância ou o angio-TAC. QUAL O TRATAMENTO? Em alguns casos, este quadro pode melhorar com uma abordagem conservadora, com a administração de medicamentos. A resolução definitiva apenas com recurso a fármacos é, porém, muito rara. Quando é necessária uma intervenção, o tratamento de eleição é a embolização venosa. Este é um método minimamente invasivo, realizado sob anestesia local, através de uma picada na virilha (por vezes, no pescoço). Através desta punção, é colocado um “tubo” (cateter) nas veias a estudar. É por este cateter que se procede à oclusão terapêutica das veias doentes. Tal é conseguido com recurso à injeção de um produto esclerosante e ao implante de um ou mais dispositivos apropriados (plugs ou coils). Trata-se de um procedimento eficaz e seguro, geralmente realizado em ambulatório e com uma recuperação rápida e confortável. Muito mais do que um problema estético, as varizes podem condicionar, além de grande incómodo e prejuízo da qualidade de vida, complicações diversas. Assim, o seu tratamento está indicado e deve ser o mais precoce possível, para garantir um melhor e mais definitivo resultado.



Artrite reumatoide [ESPECIAL MULHER]

MULHERES EM RISCO, MAS COM EXCELENTE PROGNÓSTICO

A

MARÇO 2021

<

ARTRITE REUMATOIDE (AR) é uma das mais de 200 doenças reumáticas e musculoesqueléticas, todas elas diferentes, mas todas com um tremendo impacto na vida de mais de 50% dos portugueses. De facto, mais de metade da população adulta portuguesa sofre de, pelo menos, uma doença reumática. De comum a todas elas a incapacidade que provocam ou podem provocar e a presença de dores e alterações musculoesqueléticas com limitação na capacidade de mobilização ou de utilização das articulações e músculos. A AR atinge em Portugal quatro vezes mais a mulher que o homem e, como tal, devemos estar atentos às queixas articulares, nomeadamente se não tiverem uma causa identificável ou se perdurarem por semanas ou meses.

>

14

CARACTERÍSTICAS INFLAMATÓRIAS De característico, a AR atinge múltiplas articulações, nomeadamente as pequenas articulações das mãos e pés, mas pode envolver muitas outras articulações. Como doença reumática sistémica, pode envolver, para além do sistema musculoesquelético, órgãos como o pulmão, o coração ou os olhos, entre outros. Na artrite reumatoide, as dores são de características inflamatórias, o que quer dizer que são mais de manhã ou ao final da noite, melhorando ao longo do dia, e associando-se a uma sensação de rigidez ou de “ferrugem” das articulações que

estão “perras” ou de difícil mobilização pela manhã, prolongando-se essa rigidez por mais de 30 minutos. Muitas das vezes, essa rigidez prolonga-se por horas, levando muitos doentes a levantar-se mais cedo para conseguirem funcionar melhor quando chegam ao trabalho. Imagine uma dor numa qualquer articulação com edema e limitação do movimento. Muitos de nós, quer por acidente ou por traumatismo, tivemos essa experiência. Agora, imagine multiplicar isso por 10, 20 ou 30 articulações, com dores e limitação durante semanas ou meses. Imagine que isso se iria prolongar ao longo de toda a sua vida. Que impactos provocaria?

Como cuidaria dos filhos? Como manteria uma vida profissional ou social minimamente ativa? Devemos pensar que o pico da prevalência da doença é por volta do 40 a 55 anos, mas com muitas pessoas a iniciar a doença muito antes disso, e que tal faixa etária é também o pico da nossa atividade laboral e social e que esta doença pode ter um impacto significativo na vida e no futuro das pessoas que são afetadas por ela. DIAGNÓSTICO PRECOCE FAZ A DIFERENÇA Não sabemos muito relativamente às causas da doença e porque aparece nalgumas pessoas e não noutras, mas do


A ARTRITE REUMATOIDE ATINGE QUATRO VEZES MAIS A MULHER QUE O HOMEM, MAS JÁ NÃO É UMA CONDENAÇÃO. ATUALMENTE, COM UM DIAGNÓSTICO PRECOCE E O SEGUIMENTO POR PARTE DE UM REUMATOLOGISTA, É POSSÍVEL INSTAURAR UMA ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA QUE CONFERE UM EXCELENTE PROGNÓSTICO FACE À DOENÇA.

Pelo

DR. LUÍS CUNHA MIRANDA Assistente Graduado de Reumatologia; Instituto Português de Reumatologia

<

ÁREA DE GRANDE DESENVOLVIMENTO A área das doenças reumáticas sistémicas, como a artrite reumatoide, as espondiloartrites, incluído a espondilite anquilosante e a artrite psoriática e, mais recentemente, o lúpus eritematoso sistémico, são das áreas de maior desenvolvimento de novos fármacos e novas abordagens terapêuticas. Se há 20 ou 30 anos era uma quase fatalidade ter-se uma artrite reumatoide, hoje podemos, com o seguimento pelo especialista em Reumatologia e com uma boa estratégia partilhada entre o reumatologista e o seu doente, ter uma

qualidade de vida bastante próxima do normal e, sobretudo, ter um futuro próximo ao de alguém da mesma idade, pensando em trabalho, filhos, família, desporto, etc. São, sem dúvida, bons tempos para ser reumatologista e tratar doentes com artrite reumatoide, pois temos a capacidade para devolver às pessoas a sua vida, muito mais que apenas dar-lhe um diagnóstico e uma condenação. Das sensações mais gratificantes de ser-se médico é poder devolver a qualquer doente a capacidade de voltar a viver, apesar da doença.

MARÇO 2021

PLANO TERAPÊUTICO O plano terapêutico deve passar por medicação, exercício adaptado e controlo do peso, bem como o retirar do tabaco.

A medicação é usada pelo reumatologista de uma forma pensada, tendo em conta a resposta daquele doente concreto. As estratégias medicamentosas têm por base a utilização de fármacos de primeira linha de fácil manuseamento e, em caso de resposta, podem manter-se por diversos meses ou anos. Contudo, em formas mais agressivas da AR ou quando se perde a boa resposta aos fármacos de primeira linha, podemos ter de escolher outros fármacos que, sendo mais complexos e com outro tipo de efeitos adversos, têm uma excelente resposta. Falo quer das terapêuticas biotecnológicas (ou biológicos como são conhecidos) quer os novos inibidores da JAK kinase, ambos são medicamentos muito eficazes na gestão do doente com artrite reumatoide e que são utilizados apenas quando os medicamentos de primeira linha falham.

15 >

que sabemos, a genética e o consumo de tabaco são causas importantes de se vir a desenvolver a doença. E se a genética não controlamos, já o consumo de tabaco depende da nossa escolha pessoal. Mas ao pensar na artrite reumatoide, devemos ter a noção que, felizmente, ao longo dos últimos anos, muito foi descoberto e melhorado no diagnóstico e no tratamento destes doentes, e a incapacidade e as limitações que víamos há 20 anos são, hoje em dia, muito raras. Um diagnóstico precoce e a chegada atempada ao reumatologista fazem uma grande diferença no prognóstico da doença. Um doente que seja diagnosticado rapidamente, que mantenha um seguimento regular em consulta de Reumatologia, que é a especialidade central no seguimento destes doentes, e que se possa controlar a doença com medicação dirigida, pode ter uma vida muito próxima do normal. E é, sem dúvida, no seguimento e nos novos medicamentos que se assistiu a uma autêntica revolução. Hoje, temos diversas armas terapêuticas que podem ser utilizadas e que permitem a melhoria da atividade da doença no seu todo, com o objetivo de se atingir a remissão ou a baixa atividade da mesma.


OSTEOPOROSE N

ÃO OBSTANTE SER UMA DOENÇA SILENCIOSA, existem alguns sinais de alerta que nos devem fazer pensar na existência de osteoporose ainda não diagnosticada: perda de altura, rápida ou excessiva; aparecimento de uma curvatura marcada na região dorsal (cifose); dor de costas, entre outros. O grupo populacional com maior risco de osteoporose é o das mulheres em pós-menopausa (cerca de 30% das mulheres nesta fase), pelo que devemos estar com especial atenção a estes sinais, nesta fase da vida da mulher. A nível mundial, estima-se que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens após os 50 anos irá sofrer uma fratura osteoporótica. E ainda que a cada três segundos ocorre uma fratura osteoporótica.

MARÇO 2021

<

FRATURAS DE FRAGILIDADE O diagnóstico inicial da doença é frequentemente realizado pelo médico de família no indivíduo a partir dos 50 anos, através do teste FRAX e/ou a densitometria óssea. O tratamento da doença já instaurada passa pela aquisição de hábitos saudáveis e uma terapêutica farmacológica para aumentar a massa óssea. Quando, apesar de tudo, a doença progride, frequentemente leva ao aparecimento das fraturas osteoporóticas, também chamadas “fraturas de fragilidade”. Estas refletem uma perda da normal resistência do tecido ósseo, provocando a falência da sua estrutura perante um trauma de baixa energia, ou mesmo de forma espontânea, perante uma carga normal ou habitual.

>

16

RESULTADOS SATISFATÓRIOS As fraturas osteoporóticas mais frequentes são as localizadas a nível do punho (rádio distal), ombro, coluna vertebral e anca. A sua localização anatómica tem sido relacionada com a diferente faixa etária em que acontecem, sendo mais precoces as do punho e ombro, seguidas das vertebrais e, por último, das fraturas de anca. No caso das fraturas de rádio distal e de ombro, frequentemente obtém-se um resultado satisfatório após o seu tratamento, seja este conservador ou cirúrgico, e o doente consegue uma aceitável recuperação da função e qualidade de vida prévias. A redução correta da fratura e uma reabilitação cuidadosa e atempada são fundamentais para obter um bom resultado final.

PESADELO EVITÁVEL A OSTEOPOROSE É UMA DOENÇA SILENCIOSA, QUE COSTUMA PROGREDIR SEM QUALQUER SINTOMA AO LONGO DOS ANOS, ATÉ AO APARECIMENTO DA PRIMEIRA FRATURA.


[MULHER ESPECIAL]

Ortopedista no CHULN- H. Santa Maria (Lisboa) e presidente da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Metabólicas (SPODOM)

em pós-menopausa: cerca de 30% das mulheres nesta fase

LACUNA DEMASIADO FREQUENTE Tendo tudo isto em conta, quando aparece pela primeira vez um fratura de fragilidade (frequentemente, a nível do punho), os profissionais de saúde devem considerar que se trata de um doente com alto risco para nova fratura e que deve ser, por isso, estudado e medicado adequada e precocemente. Na falta desta orientação, deixamos uma lacuna com consequências sérias na saúde futura do doente. Este tem sido um problema demasiado frequente, tanto a nível de centros de trauma como de reabilitação e posterior seguimento dos doentes nos seus centros de saúde. Perante uma aparente falta de responsabilização ou de conhecimento em anos anteriores da chamada “assassina silenciosa”, a osteoporose, motivadora das fraturas de fragilidade descritas, nos centros mais atualizados e modernos trabalha-se em equipas multidisciplinares para conseguir o melhor acompanhamento e resultado final nos doentes atingidos por este problema. UNIDADES MULTIDISCIPLINARES Assim, no território nacional têm aparecido progressivamente, embora ainda de forma lenta, novas unidades multidisciplinares hospitalares que servem para orientar não só as fraturas, como também o estudo e o tratamento da osteoporose existente na maioria dos casos. Esta abordagem tem sido aplicada mais facilmente nos doentes internados, devendo ser progressivamente oferecida aos outros em que o tratamento é conservador e realizado a nível domiciliário. Estas novas unidades são conhecidas internacionalmente como “FLS” (Fracture Liaison Services”) ou Unidades de Ligação de Fraturas. O seu objetivo primordial é a prevenção secundária, procurando evitar novas fraturas de fragilidade em quem já sofreu a primeira. Parte fundamental deste trabalho é realizada a nível extra-hospitalar, com a integração das unidades de cuidados primários e a inclusão dos doentes, sempre que possível, em programas de prevenção de quedas. A sua implementação a nível nacional, no seguimento do que já acontece em outros países da União Europeia, deverá ser uma prioridade nos programas do Sistema Nacional de Saúde, num futuro próximo.

<

DR. ANTÓNIO TIRADO

de osteoporose é o das mulheres

MARÇO 2021

Pelo

O grupo populacional com maior risco

17 >

CONSEQUÊNCIAS MAIS SÉRIAS Quando a fratura se localiza a nível da coluna ou da anca, a limitação funcional é mais marcada e pode ter consequências mais sérias. No caso da fratura vertebral, devemos saber que são muito mais frequentes do que pensamos, porque só se manifestam como uma dor de costas, crónica ou subaguda, que é considerada normal e justificada pela idade avançada do doente, não se dando a atenção devida e podendo conduzir a repercussões mais sérias a longo prazo. A fratura vertebral de fragilidade aumenta o risco para uma nova fratura em 2,3 vezes a nível da anca e em 4,4 vezes a nível da coluna. Por vezes, o doente sofre sucessivas fraturas de coluna, conduzindo à chamada “cascata da fratura vertebral osteoporótica”, situação que tem sérias repercussões: deformidades da coluna com perda de altura e alterações no equilíbrio, diminuição do espaço nas cavidades torácica e abdominal, alteração das funções respiratória e digestiva, entre outras. Tudo isto pode levar, a médio e longo prazo, à fragilização progressiva do doente, com um aumento da mortalidade de até 23 por cento. Quando a fratura é a nível da anca, a situação costuma ser ainda mais grave, observando-se um importante aumento da morbilidade e mortalidade (até 20 a 25 % de óbitos no primeiro ano pós-fratura) e uma perda da função prévia em até 60% dos doentes. E isto acontece mesmo com o melhor dos tratamentos cirúrgicos.


[ESPAÇO SOFY]

ERGO-SOFY NOVA ALMOFADA

ERGONÓMICA E REVOLUCIONÁRIA PASSAMOS UM TERÇO DA NOSSA VIDA NA CAMA. SE NÃO TIVERMOS UMA POSTURA CORRETA, DORMIR PODE TRANSFORMAR-SE NUMA FONTE DE DORES E OUTRAS PERTURBAÇÕES. NO ENTANTO, ACABA DE CHEGAR AO MERCADO DE SAÚDE UMA ALMOFADA REVOLUCIONÁRIA, CAPAZ DE PROPORCIONAR UM DESCANSO REPARADOR, PARA ALÉM DE OUTROS BENEFÍCIOS.

A

TUALMENTE, AS DORES DE COSTAS afetam quase 90% da população, em qualquer país desenvolvido. E cerca de 50% das pessoas desenvolvem dores cervicais, perturbação que é um grande motivo de mal-estar e perda de qualidade de vida. A dor cervical implica o pescoço, os ombros e os braços. Assim, a contratura muscular reflexa que gera tende a provocar torcicolo, ao mesmo tempo que provoca o aparecimento de dores de cabeça occipitais ou de tipo difuso, sendo, por vezes, este o sintoma mais importante. Além disso, a dor cervical tende a tornarse crónica. Estes são dados mais ou menos conhecidos. Porém, o que muitos não sabem é que este problema ter muito a ver com a forma como dormimos, nomeadamente a almofada em que dormimos. Dito de outra forma: se lhe dói o pescoço e a cabeça ao acordar ou sente tensão nas costas, provavelmente está a usar a almofada errada.

18

NOVIDADE NO MERCADO DE SAÚDE ERGO-SOFY é a nova almofada ergonómica, com um design revolucionário, em forma de duplo C, que acaba de chegar ao mercado nacional. O design inovador da almofada ERGOSOFY – aberta nas extremidades – permite regulá-la e adaptá-la à forma do rosto, proporcionando assim um maior conforto durante a noite. A almofada ERGO-SOFY foi concebida para uma total ergonomia no posicionamento da cabeça em todas as posições: para cima, de lado e para baixo. É, de resto, a única almofada que permite dormir de cabeça para baixo. Por outro lado, a almofada oferece a possibilidade de aumentar a respetiva altura em mais 6 cm, com a aplicação da base SOFY, para assegurar o perfeito alinhamento da coluna vertebral, qualquer que seja a sua fisionomia.

Com a almofada ergonómica ERGOSOFY, o seu corpo ficará posicionado corretamente, permitindo uma maior oxigenação cerebral e evitando as temidas dores cervicais. PREVINE A FORMAÇÃO DE RUGAS A nossa cabeça corresponde a cerca de 1/8 do peso total do corpo. Quando se dorme de bruços ou de lado, a pressão da cabeça sobre a almofada provoca rugas – as chamadas “sleep lines” –, situação que, com o passar dos anos, acaba por contribuir para o envelhecimento da cútis. A almofada ERGO-SOFY previne a formação das “sleep lines” no rosto, pelo contacto mínimo com a almofada, retardando o envelhecimento precoce da pele. Também é especialmente recomendada após cirurgias faciais, como em casos de rinoplastia, otoplastia ou lifting facial. Os apoios da cabeça da ERGO-SOFY foram estudados para atribuir mais conforto e reduzir a pressão no rosto, pelo peso da cabeça contra a almofada durante a noite, permitindo posições adequadas para o pós-operatório.


Benefícios da ERGO-SOFY 1. Concebida para adaptação natural à anatomia da cabeça. 2. Ajuda na circulação do ar e favorece a oxigenação. 3. Reduz a pressão e melhora a circulação sanguínea. 4. O núcleo em espuma viscoelástica torna-a modulável e mais adaptável a todas a fisionomias. 5. Flexível, suave e macia, para o máximo conforto. 6. Permite dormir de cabeça para baixo. 7. Novo conceito que ajuda a prevenir rugas e retardar o envelhecimento. 8. Minimiza interrupções do sono ao usar o sistema CPAP. 9. Minimiza o risco de reações alérgicas. 10. Evita a transpiração e mantém a frescura durante o sono. 11. Permite dormir de auriculares. 12. Facilita a leitura de um livro na posição deitado de lado.

SISTEMA CPAP DEIXA DE SER PROBLEMA As apneias são períodos de alguns segundos, durante o sono, em que a pessoa deixa de respirar. Estes episódios podem repetir-se dezenas de vezes durante uma única noite, convertendo-se num sério problema de saúde. Uma das técnicas terapêuticas recomendadas é o uso do sistema CPAP, um compressor de ar ligado a uma máscara que se coloca no nariz durante o sono. Através dele, o paciente recebe ar a uma pressão constante. Não obstante a sua eficácia, o sistema pode ser bastante incómodo de usar com uma almofada tradicional. A almofada ergonómica ERGO-SOFY foi também estudada para minimizar as interrupções do sono ao usar o sistema CPAP. Ficará, assim, a salvo da apneia do sono e voltará a ter um descanso reparador. CONCEÇÃO E PRODUÇÃO NACIONAL Produzida com espuma viscoelástica, antitranspirante e hipoalergénica, a almofada ERGO-SOFY já solicitou a certificação por parte do INFARMED. De acordo com Ana Sofia Ramos Pereira, a empreendedora responsável pelo desenvolvimento e comercialização da almofada ERGOSOFY, “o nosso foco principal são as pessoas e as suas necessidades, por isso, comprometemonos a criar e produzir produtos inovadores para a melhoria da qualidade de vida de todos”. Totalmente produzida em Portugal, na Região Norte, a almofada ERGO-SOFY pode ser adquirida na loja online, em WWW.SOFY.PT Muito brevemente, também estará disponível em lojas selecionadas de produtos ortopédicos e em farmácias.

Saiba mais em

www.sofy.pt Peça informações pelo e-mail

info@sofy.pt ou pelo telefone

911 876 548

Veja os vídeos (aponte a câmara do seu smartphone ou use uma App QR Reader)

19


[SAÚDE NUTRIÇÃO]

Chegou à

MENOPAUSA?

Pela

DRA. CATARINA SOFIA CORREIA Nutricionista; Clínica Tejo Saúde Bobadela, Parceira Fitness Hut - Grupo VivaGym

SAIBA QUE ALIMENTOS DEVE INCLUIR NA SUA ALIMENTAÇÃO MARÇO É O MÊS DA MULHER. PARA O CELEBRAR, ESTE ARTIGO É INTEIRAMENTE DEDICADO A TODAS AS MULHERES QUE, DE FORMA NATURAL OU NÃO, CHEGARAM À FASE DA MENOPAUSA.

A

MENOPAUSA resulta da redução na atividade dos ovários, que deixam de libertar óvulos mensalmente. Ao mesmo tempo, dá-se uma mudança hormonal, na qual os estrogénios começam a ser produzidos em menor quantidade. Os sintomas resultam, fundamentalmente, da carência desta hormona e manifestam-se a diferentes níveis: perturbações vasomotoras, psicológicas e geniturinárias. As perturbações vasomotoras correspondem aos afrontamentos e são as queixas mais comuns, com efeito mais intenso nos primeiros dois anos de menopausa, sendo, por vezes, acompanhados por vertigens. As perturbações psicológicas traduzemse na dificuldade em adormecer, dificuldade em dormir uma noite inteira de seguida e insónias matinais. Podem ainda ocorrer alguns sintomas depressivos. As perturbações geniturinárias traduzem-se na atrofia da mucosa vaginal, com secura que provoca irritação e dores associadas às relações sexuais. Existe ainda maior tendência para infeções urinárias.

Para minimizar estes e outros sintomas (principalmente os que estão associados ao aumento do peso corporal), é essencial que tenha um estilo de vida ativo e uma alimentação saudável e equilibrada. Seguem-se alguns exemplos de alimentos essenciais, que deve incluir na sua alimentação quotidiana:

4 ÁGUA A hidratação é essencial para o bom funcionamento do organismo em geral e da pele em particular.

4 ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO Como a falta de estrogénios pode acelerar a decomposição óssea, é importante ingerir alimentos ricos em cálcio: leite e iogurtes e/ou opções vegetais enriquecidas em cálcio, como vegetais de folha verde escura, tofu, castanhas-do-pará, feijão de soja, feijão, ameixas secas e brócolos, por exemplo.

4 ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA D Os alimentos ricos em vitamina D contribuem para a proteção dos ossos. Ingira salmão, ostras, arenque, ovo, fígado de galinha, sardinhas, entre outros.

4 ALIMENTOS RICOS EM FERRO Carne, ovos, cereais enriquecidos em ferro e leguminosas, como grão-de-bico, grão de soja, feijão, lentilhas e favas, são os alimentos preferenciais no que respeita à ingestão de ferro.

4 FRUTAS E VEGETAIS Como muitas mulheres se queixam do ganho de peso associado à menopausa, é importante aumentar o consumo de frutas e vegetais, em detrimento de outras opções com maior densidade energética.

4 ALIMENTOS INTEGRAIS Além de fornecerem energia, os alimentos integrais contribuem para a saúde intestinal. Ingira flocos de aveia integral, arroz integral, farinha de espelta integral, entre outros.

4 FRUTOS SECOS

Graças ao elevado teor de gordura monoinsaturada, essencial para o bom funcionamento do coração, e também pelo teor de vitamina E, importante para a saúde da pele, os frutos secos são muito recomendados. Coma amendoins, amêndoas, cajus e nozes.

4 SOJA Apesar de alguma controvérsia sobre o assunto, estudos indicam que a soja pode aliviar os afrontamentos, uma vez que os seus compostos, conhecidos por isoflavonas, têm um efeito no organismo semelhante ao dos estrogénios.

MARÇO 2021

<

4 SEMENTES DE LINHAÇA

>

20

Excelente fonte vegetal de ácidos gordos ómega-3, estas sementes devem ser consumidas moídas, para uma melhor absorção.



[SAÚDE NUTRIÇÃO]

Dieta da

convalescença QUAL É A DIETA MAIS ADEQUADA EM PERÍODOS DE CONVALESCENÇA, APÓS UMA DOENÇA OU UMA CIRURGIA? O SEGREDO ESTÁ EM RECUPERAR PROGRESSIVAMENTE UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E NORMAL.

E

MARÇO 2021

<

NQUANTO UM INDIVÍDUO PERMANECE INTERNADO, são os nutricionistas da clínica ou do hospital que supervisionam o seu esquema alimentar. Porém, quando o doente recebe alta e regressa a casa, para prosseguir aí o processo de convalescença, é normal que surjam dúvidas sobre a dieta mais adequada a este período, até que atinja a plena normalidade. Durante o tempo que o convalescente permanece acamado, a sua alimentação deve adequar-se a esta situação, a qual exige um pouco mais de equilíbrio e disciplina dietética. De facto, pode ser o começo de novos hábitos alimentares mais saudáveis.

>

22

REGRESSO GRADUAL À NORMALIDADE A dieta nos períodos de convalescença deve ser variada, ligeira, suave e de fácil digestão, para ir reintroduzindo, pouco a pouco, os alimentos habituais. Além disso, não convêm esquecer a importância de comer devagar e mastigar bem os alimentos, para que os mecanismos da saciedade do cérebro atuem à medida. É, igualmente, conveniente repartir as refeições ao longo do dia, com doses pequenas, tentando que não passem mais de três horas entre refeições. Os alimentos mais recomendados são aqueles que apresentam texturas macias, com pouca gordura, poucas fibras e temperos suaves, para que sejam fáceis de digerir. Por outro lado, é crucial que as técnicas culinárias usadas sejam das mais simples: cozidos em água ou ao vapor, grelhados e/ou assados no forno, sem gordura. Os guisados, os estufados e os fritos devem esperar pela recuperação total e, ainda assim, serem introduzidos gradualmente e sem abuso de gorduras e condimentos.


ERVAS AROMÁTICAS E INFUSÕES As ervas aromáticas mais suaves, como o tomilho e o alecrim, são uma boa escolha para condimentar os pratos do convalescente, em substituição do sal e das especiarias. Um detalhe importante é evitar as temperaturas extremas nos alimentos: nem muito frios nem muito quentes, já que qualquer das situações pode causar incómodos digestivos. As infusões digestivas, como a de camomila, ingeridas lentamente e à temperatura adequada, são muito recomendadas.

A dieta nos períodos de convalescença deve ser variada, ligeira, suave e de fácil digestão, para ir reintroduzindo, pouco a pouco, os alimentos habituais

ESQUEMA DIETÉTICO PARA O CONVALESCENTE SEGUNDA PEQUENO-ALMOÇO 4 Uma infusão 4 Um iogurte bio magro 4 Duas bolachas de água-e-sal MEIO DA MANHÃ 4 Um sumo de maçã ALMOÇO 4 Creme de cenoura 4 Peito de frango cozido, com batata cozida 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro LANCHE 4 Salada de frutas JANTAR 4 Sopa de legumes com massinhas 4 Omeleta de fiambre magro 4 Uma pera 4 Uma fatia de pão branco

TERÇA PEQUENO-ALMOÇO 4 Uma tosta de pão branco 4 30g de queijo fresco 4 Uma infusão MEIO DA MANHÃ 4 Um sumo de pêssego ALMOÇO 4 Caldo de verduras 4 Arroz de ervilhas 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro LANCHE 4 Sanduíche de pão branco com fiambre magro

JANTAR 4 Creme de cogumelos 4 Posta de pescada com verduras, cozidas ao vapor 4 Uma fatia de pão branco 4 Uma maçã

QUARTA PEQUENO-ALMOÇO 4 Um copo de leite magro 4 Três bolachas maria

4 Pescada grelhada com curgete e tomate 4 Uma fatia de pão branco com compota de pera LANCHE 4 Uma tosta de pão branco 4 Queijo fresco JANTAR 4 Creme de alho-francês 4 Lombo de porco assado com puré de batata 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro

MEIO DA MANHÃ 4 Uma maçã assada ALMOÇO 4 Peito de frango cozido ao vapor, com batata cozida 4 Uma banana 4 Uma fatia de pão branco

SEXTA PEQUENO-ALMOÇO 4 Um copo de leite magro 4 Uma fatia de bolo caseiro MEIO DA MANHÃ 4 Uma banana

LANCHE 4 Leite-creme caseiro

ALMOÇO 4 Peito de peru grelhado com cenoura e feijão-verde cozido 4 Uma fatia de pão branco com compota de pera

JANTAR 4 Puré de verduras 4 Perca assada no forno com cogumelos 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro

LANCHE 4 Salada de frutas

QUINTA PEQUENO-ALMOÇO 4 Um iogurte bio magro 4 Uma fatia de pão branco com margarina vegetal 4 Uma infusão

JANTAR 4 Sopa de estrelinhas 4 Bacalhau no forno com tomilho e limão 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro

MEIO DA MANHÃ 4 Um sumo de fruta

SÁBADO

ALMOÇO 4 Esparguete cozido com cogumelos e cenouras

PEQUENO-ALMOÇO 4 Um iogurte bio magro 4 Uma fatia de pão branco com margarina vegetal

DOSES RECOMENDADAS – Quando não especificadas, as doses são as seguintes: • • •

150-200g de verduras cozidas; 150g de verduras cruas ou fruta; 100-130g de carne magra, fiambre ou peixe branco;

• • •

110-120g de carne vermelha; 60g de leguminosas, arroz ou massa; fatia de pão com dois dedos.

4 Uma infusão MEIO DA MANHÃ 4 Uma fatia de pão branco com compota de pera ALMOÇO 4 Linguado grelhado com curgete 4 Uma banana 4 Uma fatia de pão branco LANCHE 4 Um iogurte bio magro JANTAR 4 Creme de abóbora 4 Omeleta com queijo magro 4 Uma maçã assada 4 Uma fatia de pão branco

DOMINGO PEQUENO-ALMOÇO 4 Um copo de leite magro 4 Três bolachas maria MEIO DA MANHÃ 4 Leite-creme caseiro ALMOÇO 4 Salteado de verduras com cogumelos 4 Uma fatia de pão branco com compota de pera LANCHE 4 Maçã assada JANTAR 4 Sopa de verduras 4 Salsicha fresca de peru com alecrim 4 Uma fatia de pão branco 4 Um iogurte bio magro


[SAÚDE NUTRIÇÃO]

ESTERÓIS VEGETAIS

contra o colesterol

OS ESTERÓIS VEGETAIS, EXTRATOS DE PLANTAS QUE ESTÃO NATURALMENTE PRESENTES NA NOSSA ALIMENTAÇÃO, CONSTITUEM UM INTERESSANTE ALIADO NO COMBATE AO COLESTEROL ELEVADO.

PERGUNTAS FREQUENTES O QUE SÃO ESTERÓIS VEGETAIS? Tratam-se de extratos de plantas que estão naturalmente presentes na nossa alimentação quotidiana, embora em pequenas quantidades. EM QUE ALIMENTOS SE PODEM ENCONTRAR OS ESTERÓIS VEGETAIS? Os alimentos mais ricos em esteróis vegetais são os óleos vegetais, os cereais e as nozes. Também os alimentos ricos em fibras, como os alimentos integrais e legumes, podem reduzir a absorção de colesterol no intestino. COMO ATUAM OS ESTERÓIS VEGETAIS? Por terem uma estrutura química muito semelhante ao colesterol, os esteróis vegetais bloqueiam a absorção do colesterol ao nível do intestino. Deste modo, os esteróis vegetais diminuem a absorção do colesterol, diminuindo assim os níveis de colesterol total e o colesterol LDL (mau colesterol) no sangue.

C

ERCA DE 70% DA POPULAÇÃO adulta portuguesa tem níveis elevados de colesterol, ou seja, dois em cada três portugueses, o que faz com que as doenças cardiovasculares sejam a principal causa de morte no nosso país, sendo o colesterol um dos fatores de risco que mais contribui para esta situação. O nosso coração acaba por ser, muitas vezes, penalizado com excesso de colesterol, favorecendo o depósito desta e de outras substâncias nas paredes dos vasos sanguíneos, que podem conduzir à sua obstrução. GRANDES ALIADOS Na luta contra o colesterol, os esteróis vegetais surgem como grandes aliados. Ao longo dos anos, as investigações e estudos científicos realizados têm vindo a comprovar a segurança e a eficácia dos esteróis vegetais na redução do colesterol: para mantermos o nosso coração saudável, é importante que mantenhamos níveis saudáveis de colesterol. O colesterol é parcialmente derivado da dieta (20%), sendo os restantes 80% sintetizados pelo próprio organismo. É importante fazer uma alimentação equilibrada, que forneça macro e micro nutrientes em quantidades adequadas, bem como manter um estilo de vida saudável, através da prática de exercício físico de forma regular e eliminando o hábito de fumar. A par de hábitos de vida saudáveis, a toma de suplementos de vitaminas e minerais com esteróis vegetais ajuda a manter os níveis de colesterol e o coração saudáveis.

Por terem uma estrutura química muito semelhante ao colesterol, os esteróis

MARÇO 2021

<

vegetais bloqueiam a absorção do

>

24

colesterol ao nível do intestino



[SAÚDE CARDIOLOGIA]

Risco vascular E COVID-19

TODOS OS DADOS DISPONÍVEIS E ESTUDOS APONTAM PARA QUE OS FATORES DE RISCO VASCULAR, COM PARTICULAR DESTAQUE PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL, CONFEREM MAIOR RISCO DE COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE NOS DOENTES INFETADOS COM O VÍRUS SARS-COV-2.

O

MARÇO 2021

<

S FATORES DE RISCO VASCULAR, com a hipertensão arterial (HTA) à cabeça, são responsáveis pelas complicações vasculares, seja a nível cerebral, cardíaco, renal ou das grandes artérias. Infelizmente, a principal complicação é a morte. E esta pode surgir quer como primeira apresentação da doença vascular, quer como consequência dos acidentes vasculares acima referidos.

>

26

DESENCADEAR A DESCOMPENSAÇÃO As infeções víricas e/ou bacterianas são, muitas vezes, o “gatilho” para desencadear a descompensação de doentes com fatores de risco ou doença vascular, muitos dos quais estavam perfeitamente estáveis até então. O vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, não é diferente, e o facto de, até há muito pouco tempo, não haver profilaxia, a não ser as medidas higienosanitárias, constitui um óbvio obstáculo à contenção e controlo da doença e das suas complicações. De acordo com o site worldmeters.info, acedido a 7 de Fevereiro de 2021, Portugal, com os seus mais de 750.000 casos e cerca de 14.000 mortes, ocupava o 10º lugar a nível mundial no número de casos por milhão de habitantes, número que nos preocupa e até, de certa forma, nos envergonha.

IMPORTANTE COMORBILIDADE De acordo com os primeiros relatos oriundos da China, a hipertensão arterial foi identificada como uma das mais frequentes doenças ou comorbilidades associadas à COVID-19, quer nas formas mais ligeiras desta doença, quer naqueles casos com necessidade de admissão em unidades de cuidados intensivos. E mesmo quando se tem em conta o ajustamento para a idade, já que a HTA aumenta com a idade e este fator por si só acarreta um grande risco de complicações associadas à COVID-19, a hipertensão (e os outros fatores de risco, de que se destaca a diabetes), continua a ser uma importante comorbilidade com efeitos negativos nos doentes infetados pelo novo coronavírus. Seja como for, uma importante mensagem a reter é que as pessoas que desenvolvem doença grave são mais vulneráveis devido à presença de fatores de risco ou doença vascular prévia. PANDEMIA NÃO POUPA NINGUÉM Logo no início da pandemia se percebeu, após análise da evolução da curva epidémica que, se se quer reduzir o número de infetados e mortos, as medidas de confinamento drástico (“fique em casa”, distanciamento social, quarentena) são as mais eficazes e deverão ser assumidas o mais precocemente possível.

Pelo

DR. VÍTOR PAIXÃO DIAS Diretor do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho, EPE. Especialista em Hipertensão Clínica da Sociedade Europeia de Hipertensão. Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão


As infeções víricas ou bacterianas são, muitas vezes, o “gatilho” para desencadear a descompensação de doentes com fatores de risco ou doença vascular, muitos dos quais estavam perfeitamente estáveis até então

Num estudo retrospetivo com mais de 70.000 casos (Wu Z, McGoogan JM, 2020), o risco de morte não ajustado para a idade foi 5 vezes superior nos indivíduos com doença vascular. Por outro lado, nos doentes afetados pela COVID-19, a presença de lesão cardíaca agrava também, de forma muito significativa, o prognóstico. Estes doentes em que o coração é atingido, (Tao Guo et al, 2020) são geralmente mais velhos, mais frequentemente do sexo masculino e com mais comorbilidades (mais uma vez, com a HTA, a diabetes e a doença das artérias coronárias como as mais frequentes). EM CONCLUSÃO com a COVID-19 é substancialmente maior naquelas pessoas que, de base, já têm um maior risco; o prognóstico é pior nestas pessoas; 4 Os fatores de risco vascular, com particular destaque para a hipertensão arterial e a diabetes mellitus, conferem maior risco de complicações e mortalidade nos doentes infetados com o vírus SARS-CoV-2. Tal como afirmam Bernd Kamps e Christian Hoffmann (2020), “as pessoas na Europa e noutras partes do Mundo terão de se adaptar e inventar novos estilos de vida, naquele que é evento mais perturbador desde a Segunda Guerra Mundial”.

MARÇO 2021

HIPERTENSOS EM MAIOR RISCO Segundo dados observacionais que foram entretanto surgindo, percebemos que quase um quarto dos doentes com COVID-19 tinham comorbilidades e aqueles com doença grave eram, em termos médios, quase 10 anos mais velhos do que os com doença mais ligeira. Felizmente que a grande maioria das pessoas infetadas contrai doença ligeira a moderada e podem

permanecer no seu domicílio, pois de outra forma a pressão sobre os sistemas de saúde seria absolutamente incomportável. De entre as várias comorbilidades que têm sido associadas a doença grave e mortalidade estão a doença cardiovascular e cerebrovascular (de que a HTA é o principal fator de risco), a diabetes mellitus, a própria hipertensão arterial ou a obesidade, a par de outras como a doença pulmonar obstrutiva crónica, o cancro e a doença renal crónica. Em estudos realizados em diversos países, particularmente na China, Itália e Estados Unidos, verifica-se uma maior mortalidade no sexo masculino.

27 >

A pandemia COVID-19 não poupa ninguém, nem mesmo os profissionais de saúde ocupados a tratar dos doentes infetados, o que é dramático, como facilmente se compreende.

<

4 O risco de complicações relacionadas


[ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL]

MAIS ENERGIA e CORAÇÃO MAIS FORTE UM CORAÇÃO CHEIO DE ENERGIA É UM DOS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O BEM-ESTAR FÍSICO E MENTAL, MAS ESSA ENERGIA DIMINUI COM A IDADE. FELIZMENTE, UM SUPLEMENTO ADEQUADO DE COENZIMA Q10 PODE RESTAURAR O NÍVEL ENERGÉTICO DAS CÉLULAS NO CORPO, DANDO MAIOR FORÇA AO CORAÇÃO.

C

OM A IDADE, O MÚSCULO CARDÍACO vai perdendo a força de contração, o que explica alguns sintomas de cansaço. Mas esse declínio dos níveis de energia não tem de ser uma fatalidade, tendo em conta que existe uma forma de repor e revitalizar todo o organismo. A chave é uma substância com propriedades semelhantes às das vitaminas chamada coenzima Q10, produzida pelo próprio organismo e obtida também, em pequena quantidade, na alimentação. Esta coenzima é a “pilha” energética de todas as células do nosso corpo, que não conseguiriam sobreviver sem ela. À medida que vamos envelhecendo, a nossa capacidade de produzir Q10 vai reduzindo e um dos primeiros órgãos a sentir esse efeito é, precisamente, o coração. Mesmo uma ligeira redução dos níveis de Q10 pode ter consequências no nosso organismo, que se sentem no dia a dia. A partir deste momento, a suplementação pode ser um importante aliado.

MARÇO 2021

<

SUPLEMENTO ENERGÉTICO Quando a produção reduzida de Q10 leva a um aumento da sensação de fadiga, sem que haja causas médicas que justifiquem esse estado, um suplemento desta coenzima devidamente formulado pode literalmente aumentar a potência do músculo cardíaco para o ajudar a bombear sangue com a mesma força de um coração mais jovem.

>

28

Os benefícios começam a sentir-se ao fim de algumas semanas, registando-se mais resistência e um aumento do bem-estar físico e mental. ESTUDOS CONCLUSIVOS Dois estudos recentes demonstraram, de forma clara, o efeito da administração diária de Q10 na insuficiência cardíaca. Num estudo dinamarquês realizado com mais de 400 participantes afetados por este problema, os que tomaram cápsulas com Q10 tiveram um aumento significativo da função cardíaca e diminuíram para metade o risco de complicações cardiovasculares face aos participantes que tomaram cápsulas com placebo. Adicionalmente, a taxa de sobrevivência duplicou no grupo que tomou Q10. O suplemento utilizado nestes estudos é uma fórmula especial desenvolvida especificamente para aumentar a absorção do composto ativo e assegurar que ele entra na circulação sanguínea de forma a que possa ser transportado para os diferentes tecidos do organismo. Esta fórmula dinamarquesa é a referência oficial da International Coenzyme Q10 Association (ICQA), uma organização internacional que reúne todos os investigadores mundiais de Q10. Em Portugal está disponível uma fórmula semelhante, com uma dosagem de 100mg de Q10, produzida com microcristais desta coenzima dissolvidos em óleo vegetal, para uma absorção superior.

Saiba mais em www.q10.pt


Um suplemento de coenzima Q10 devidamente formulado pode literalmente aumentar a potência do músculo cardíaco para o ajudar a bombear sangue com a mesma força de um coração mais jovem


[SAÚDE FLASHS] Células estaminais são opção no tratamento de doentes com Covid-19 em fase aguda De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Stem Cells Translational Medicine, o uso de células estaminais mesenquimais extraídas do tecido do cordão umbilical é um procedimento eficaz e seguro no tratamento de doentes com Covid-19 em fase aguda. O estudo levado a cabo pela Universidade de Miami, nos E.U.A, materializou-se na realização de um ensaio clínico de fase I e II com a inclusão de 24 doentes.

Do total de participantes neste ensaio clínico, 12 dos indivíduos foram sujeitos a duas infusões com um preparado de células estaminais mesenquimais, previamente criopreservadas, e o grupo de controlo do qual faziam parte os restantes 12 indivíduos foram sujeitos a uma infusão de um preparado sem células estaminais mesenquimais. Tratou-se, assim, de um ensaio com um grupo de controlo e duplamente cego, de forma a reforçar a solidez das conclusões do estudo. De entre as principais conclusões, o estudo revelou que existia uma melhoria significativa na sobrevida dos doentes sujeitos à infusão das células estaminais mesenquimais, do tecido do cordão umbilical, quando comparado com o grupo de controlo. Os doentes do grupo sujeito à terapia celular registaram um índice de sobrevida de 91%, quando o grupo de controlo se ficou pelos 42%. De acordo com o Dr. João Sousa, diretor de Qualidade

do laboratório BebéVida, “estes resultados devem ser recebidos de forma entusiástica pela comunidade científica e médica, pois permitem lançar as bases para a necessidade de realização de um ensaio clínico de fase II/III com a inclusão de um maior número de doentes, de forma que as conclusões sejam ainda mais robustas”. Esta alternativa terapêutica em estudo, através da infusão de células estaminais, é de absoluta necessidade, pois apesar de o plano de vacinação da população estar a decorrer durante os próximos meses, continuarão a existir doentes infetados com o novo coronavírus em fase aguda e que vão necessitar de um tratamento eficaz e seguro. “A terapia celular com células estaminais mesenquimais extraídas do tecido do cordão poderá vir a tornar-se um procedimento bem estabelecido no tratamento de doentes com Covid-19 em fase aguda”, conclui o Dr. João Sousa.

MARÇO 2021

<

Cirurgia pioneira para tratamento das hemorroidas

>

30

O Hospital Lusíadas Albufeira tem disponível uma cirurgia inovadora com recurso a laser para o tratamento das hemorroidas, que tem vindo a revolucionar o tratamento da doença. A Unidade hospitalar torna-se pioneira, na região do Algarve, na utilização desta técnica que tem revelado ser eficaz e garante um pós-operatório praticamente indolor e um regresso precoce à vida normal. Com uma incidência assinalável na população em geral, a doença hemorroidária constitui, em muitos casos, uma enorme condicionante à qualidade de vida de quem sofre com esta patologia. O cirurgião Eduardo Xavier revela que “a cirurgia no tratamento das hemorroidas é, geralmente, muito receada por ser sinónimo de um pós-operatório com dor violenta, recuperação penosa e possibilidade do aparecimento de complicações graves. Estes medos levam a que muitos doentes recusem o tratamento cirúrgico, preferindo continuar a sofrer. Felizmente, graças a este novo procedimento, este cenário não tem de ser uma realidade e tem, de facto, mudado a vida destas pessoas”. “A utilização de laser na cirurgia das hemorroidas é uma técnica consolidada, bastante eficaz, com excelentes resultados e que, além de não implicar internamento, garante um pós-operatório quase indolor, não necessitando de pensos ou outros cuidados após a intervenção”, acrescenta o especialista.

OrCam auxilia pessoas disléxicas ou com dificuldades de leitura A OrCam Technologies, empresa israelita especialista em tecnologia baseada em inteligência artificial para pessoas cegas, disponibilizou ao Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria, o dispositivo OrCam Read, um novo produto que pretende ajudar pessoas com dificuldades de visão ou de leitura. O aparelho está desenhado para pessoas com dificuldades derivadas de dislexia, fadiga, afasia ou outras condições, bem como para pessoas que leem grandes quantidades de texto. Já o CRID pretende ser um serviço privilegiado de apoio à comunidade na área da acessibilidade digital. Dotado de recursos tecnológicos e dinamizado por técnicos qualificados, este centro tem como missão promover a inclusão social da população com necessidades específicas, através do recurso a ajudas técnicas e produtos de apoio no âmbito da acessibilidade digital.



[SAÚDE NEFROLOGIA]

A

DOENÇA RENAL

DOENÇA RENAL CRÓNICA é uma patologia progressiva, caracterizada por uma deterioração lenta e irreversível dos rins e das suas funções. Uma dessas principais funções consiste na eliminação de substâncias tóxicas resultantes do funcionamento (metabolismo) dos órgãos. Em consequência, aquelas substâncias, ao ficarem retidas no sangue, resultam numa acumulação de produtos metabólicos tóxicos, cujo quadro clínico se designa por uremia. Pode atingir indivíduos de ambos os sexos, mas parece progredir mais rapidamente no sexo masculino. A incidência é maior nos adultos e idosos. Todavia, a doença renal crónica pode evoluir silenciosamente durante muito tempo. Por este motivo, são particularmente importantes a prevenção e o diagnóstico tão cedo quanto possível. Com esta dupla intervenção, é possível evitar a progressão para uma fase mais avançada e grave.

MARÇO 2021

<

Causas e sintomatologia

>

32

4 A diabetes, sobretudo a tipo 2, é a causa mais comum. Em Portugal, cerca de 30% dos casos de insuficiência renal crónica em diálise devem-se à nefropatia diabética. 4 A hipertensão contribui com mais de 20%. A hipertensão surge, com frequência, associada à obesidade e à diabetes mellitus tipo 2. 4 Muitas doenças renais (nefrites) evoluem ao longo do tempo, com sinais e sintomas pouco evidentes, mas que incluem, frequentemente, a hipertensão arterial. 4 Existem doenças hereditárias dos rins (com vários casos familiares) que podem progredir para a insuficiência renal com necessidade de diálise e/ ou transplante. 4 Em fases já avançadas da evolução da doença, pode surgir a anemia que se traduz por sensação de fraqueza e cansaço intenso. 4 A ausência de sintomas, nos primeiros estádios da doença, faz com que grande parte da população desvalorize os cuidados a ter com a saúde dos seus rins.

crónica SINAIS DE ALERTA

DIAGNÓSTICO PRECOCE EVITA AGRAVAMENTO O diagnóstico precoce da doença renal crónica é essencial para que seja possível controlar as suas causas e impedir que se agrave. Contudo, alguns sintomas só são percetíveis nas fases mais avançadas da doença e a possibilidade de recuperação torna-se muito mais difícil. A hipertensão arterial e a diabetes são responsáveis por mais de metade dos casos de insuficiência renal. Por isso, as pessoas que sofrem destas patologias estão em maior risco. Um dos principais sinais de doença renal consiste da alteração na cor da urina, que pode tornar-se mais turva e escura. Outro dos sintomas comuns é o inchaço à volta dos olhos, assim como nas pernas. A dor lombar, frequente e que não aumenta com o movimento, é um sinal de alerta para a existência de um distúrbio ao nível renal.

Falta de força, fadiga, anemia (palidez anormal), náuseas, vómitos matinais e até falta de ar podem ser sinais de que os rins não estão a funcionar corretamente. As pessoas com historial de familiares com doença renal também estão em maior risco. A única forma de detetar a doença renal crónica em fases precoces é através da análise ao sangue, que avalia os valores da ureia e creatinina. As análises à urina permitem detetar substâncias anómalas e caracterizar o eventual tipo de lesão renal. Por último, a ecografia renal avalia o tamanho dos rins. Se forem mais pequenos que o normal, a doença é provavelmente crónica. Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram desta doença. Todos os anos são registados 2200 novos casos em falência renal, a necessitar de diálise. Existem atualmente 14.000 doentes dependentes de diálise, dos quais 5000 são transplantados.


A DOENÇA RENAL CRÓNICA É UMA DOENÇA SILENCIOSA E, POR ISSO, MUITAS VEZES DETETADA TARDIAMENTE, PELO QUE APRENDER A IDENTIFICAR OS SINAIS DE ALERTA É FUNDAMENTAL PARA EVITAR A SUA PROGRESSÃO.

VERTENTES DO TRATAMENTO 4 Tratamento médico específico, de acordo com a causa subjacente (por exemplo, os corticosteroides, vulgo cortisona, nas nefrites); 4 Prevenção de fatores que agravam as lesões já instaladas (evitando a toma de medicamentos sem prescrição médica, como os antirreumatismais e os antibióticos); 4 Estratégias para a diminuição da perda progressiva de função renal (como a adaptação da dieta, a toma regular de medicamentos para a hipertensão arterial ou o controlo rigoroso da glicemia no diabético);

4 Manutenção de um bom estado nutricional e de prevenção das complicações inerentes à doença, como a anemia, e as alterações do metabolismo mineral e ósseo que podem conduzir, sem tratamento, à grande fragilidade óssea, com risco de fratura; 4 A perda de função renal é inexorável e, na sua fase avançada, é necessário recorrer às terapêuticas de substituição da função renal, que incluem a hemodiálise, diálise peritoneal e a transplantação renal.

PRINCIPAIS SINAIS DE ALERTA 4 Tensão arterial elevada 4 Olhos, mãos e/ou pernas e pés inchados persistentemente, de manhã ou ao fim do dia 4 Urina espumosa ou com sangue 4 Urinar frequente e em grande quantidade, sobretudo durante a noite 4 Perda do apetite e sensação de fraqueza geral ou de cansaço intenso

Um dos principais sinais de doença renal consiste na alteração da cor da urina, que pode tornar-se mais turva e escura


[SAÚDE OFTALMOLOGIA]

ADIAR A SAÚDE OCULAR PODE TER

GRAVES CONSEQUÊNCIAS O

MARÇO 2021

<

S HÁBITOS QUE RESULTARAM, em grande medida, do confinamento imposto pela pandemia, como passar mais tempo em frente aos ecrãs, ficar em casa ou reduzir o número de consultas, têm piorado a saúde ocular, a tal ponto que podem ter gerado perdas irreparáveis de visão, no caso de pacientes com patologias anteriores ou não detetadas. Esta é a principal conclusão do relatório “#VisãodeFuturo: A Saúde Ocular em Tempos de Coronavírus”, elaborado por um grupo de trabalho de cinco clínicas, espanholas e portuguesas, com base num inquérito feito a mais de 50 médicos oftalmologistas. De acordo com este grupo de especialistas, durante a pandemia, houve uma redução das consultas de rotina para exames aos olhos (para 67% dos profissionais) e o aumento do tempo passado em frente aos ecrãs (para 68% dos profissionais) foi o hábito que mais afetou a saúde ocular. No conjunto, 78% dos especialistas considera que piorou a saúde ocular, em termos gerais, em consequência da pandemia.

>

34

MUITAS HORAS EM FRENTE AOS ECRÃS Durante a pandemia do coronavírus, “o uso da visão de perto e da visão de distância intermédia intensificaram-se”. O Prof. Manuel Monteiro Pereira, um dos membros do grupo de trabalho responsável pelo relatório, explica que esta última é utilizada quando olhamos a cerca de 60-80 centímetros, como acontece quando se trabalha com um computador ou na cozinha. “Durante a pandemia, a situação piorou, principalmente por causa do confinamento. O número de horas em frente aos ecrãs aumentou significativamente, agravando doenças como olho seco, astenopia, olhos vermelhos, dores de cabeça e, nos jovens, miopia”, afirma o especialista.

MÉDICOS OFTALMOLOGISTAS CONSIDERAM QUE A PANDEMIA TAMBÉM TROUXE PROBLEMAS PARA A SAÚDE OCULAR, SOBRETUDO POR CAUSA DO AUMENTO DO TEMPO EM FRENTE AOS ECRÃS, MAS IGUALMENTE PELO ADIAMENTO DE EXAMES OFTALMOLÓGICOS DE ROTINA.

A maioria dos especialistas (60%) detetou que a miopia é o distúrbio mais afetado pela pandemia em menores. Já era considerada uma epidemia infantil, mesmo antes da COVID-19. Mas agora, insistem, a tendência de maior uso dos ecrãs e para permanecer mais tempo em casa podem fazer com que a sua frequência sofra um aumento ainda maior nos próximos anos. O Prof. Manuel Monteiro Pereira destaca que não foi demonstrada uma relação direta entre o uso de computadores e a miopia. No entanto, ressalva que, para a boa saúde ocular dos menores, é funda-

mental que “façam pausas visuais regulares e aproveitem o ambiente ao ar livre, sempre que possível”. PREVENIR O OLHO SECO No caso dos adultos, o olho seco é o distúrbio identificado por 60% dos especialistas como o mais prevalecente devido aos hábitos ligados à pandemia. O uso frequente de máscaras aumenta a secura dos olhos, tal como passar muito tempo em frente aos ecrãs ou trabalhar muito intensamente com o computador, reduzindo a frequência do pestanejar.


<

Na verdade, 48% dos especialistas consideram que os pacientes com DMRI são aqueles cujo prognóstico piorou durante a pandemia, seguidos por aqueles com retinopatia diabética (20%) e glaucoma (12%). Como explica o Prof. Manuel Monteiro Pereira, “a DMRI é uma doença degenerativa da mácula relacionada com a idade, que leva a uma diminuição acentuada da visão central ou mesmo à cegueira, começando após os 55-60 anos”. O problema, explica este oftalmologista, é que essa doença, na sua fase inicial,

MARÇO 2021

EXAMES OFTALMOLÓGICOS DE ROTINA No relatório sobre saúde ocular, os especialistas alertam, ainda, para os riscos associados ao adiamento das visitas de rotina às clínicas oftalmológicas, comportamento que atribuem principalmente ao medo do contágio do coronavírus (61%). Em causa pode estar a deteção precoce de patologias tão importantes quanto a degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), a retinopatia diabética ou o glaucoma, com o consequente risco de perda irreparável da visão.

35 >

“Para descansar a visão e ajudar a hidratar os olhos adequadamente, recomendamos que pestaneje e faça pausas para descanso dos olhos com frequência, pelo menos a cada hora, por 2 a 3 minutos. Além disso, mantenha uma boa posição na mesa e evite o reflexo da luz nos ecrãs”, salienta ainda o Prof. Manuel Monteiro Pereira. Além disso, os especialistas recomendam trabalhar num ambiente bem iluminado e humedecido, pois a secura do ambiente causada pelo aquecimento ou ar condicionado pode agravar os distúrbios oculares.


[SAÚDE OFTALMOLOGIA] não apresenta sintomas relevantes. E, por causa da pandemia, esses doentes adiaram as suas consultas ou estas foram canceladas pelos hospitais. “Detetámos uma diminuição significativa no número de tratamentos e um agravamento da situação daqueles que apareceram para tratamento, tanto na acuidade visual como no estágio da doença, devido à redução de consultas”. ATRASO NAS INTERVENÇÕES DE CATARATAS Cerca de 84% dos oftalmologistas descobriram que, devido à pandemia, muitas das intervenções às cataratas que estavam previstas foram adiadas, uma situação que põe em causa a qualidade de vida dos doentes, os quais, devido à sua má qualidade visual, apresentam maior risco de acidentes de trânsito, quedas, fraturas e até mesmo de agravamento dos seus problemas neurológicos ou psicológicos.

MEDIDAS HIGIÉNICO-SANITÁRIAS O medo de contrair a Covid-19 é o principal motivo pelo qual as pessoas pararam de fazer exames de saúde ocular, segundo os especialistas consultados. Além disso, 70% deles consideram que aqueles que mais deixaram de frequentar esses exames foram os maiores de 65 anos. Porém, quando questionados sobre as medidas higiénico-sanitárias que as clínicas de Oftalmologia cumprem, todos enfatizam que evitar infeções tem sido e é uma prioridade, seguindo rígidos padrões de segurança. “As medidas higiénico-sanitárias estabelecidas nas clínicas oftalmológicas seguem todas as normas decretadas pela Direção Geral de Saúde. O uso da máscara é obrigatório e, ao entrar na receção, a temperatura dos pacientes é verificada e as mãos são desinfetadas. Além disso,

Negligenciar patologias graves, como a degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), retinopatia diabética ou glaucoma,

MARÇO 2021

<

pode levar à perda irreparável da visão

>

36

Além disso, atrasar muito esta intervenção pode dificultar a cirurgia em si. “A intervenção atempada nesta patologia é extremamente importante: quanto mais cedo se fizer o seu tratamento, mais fácil será a execução cirúrgica. A cirurgia é mais rápida em regime ambulatório e a qualidade de vida melhora significativamente”, explica o Prof. Manuel Monteiro Pereira.

mantemos a distância entre os pacientes, tanto na sala de espera quanto entre as consultas, desinfetamos as superfícies utilizadas e protegemos a equipa clínica com touca, máscara, bata e luvas. Toda a clínica é limpa diariamente, como se fosse uma sala de cirurgia”, detalha o Prof. Manuel Monteiro Pereira, responsável pela Clínica Oftalmológica das Antas, no Porto.

RECOMENDAÇÕES dos especialistas Com o lançamento do relatório “#VisãodeFuturo”, o grupo de trabalho responsável pela sua elaboração quer consciencializar a população de que deixar de fazer check-ups por medo da pandemia pode ter efeitos colaterais na saúde, prejudicando a sua visão. Como tal, os oftalmologistas apresentam uma série de recomendações para ajudar a prevenir e reverter essa situação: 1. Fique em espaços tão abertos quanto possível e devidamente iluminados. A luz natural, neste caso, é muito melhor para a saúde ocular do que a artificial. 2. Trabalhe em ambientes adequadamente humidificados. O aquecimento ou o ar condicionado ressecam o ambiente e também os olhos. O uso de humidificadores pode ser uma boa alternativa para evitar o olho seco. 3. Faça pausas visuais. Programe uma rotina de trabalho em que, por exemplo, a cada 20 minutos, repouse os olhos por um determinado tempo, afastando-os do ecrã e olhando para longe. 4. Procure usar menos a visão de perto e a intermediária: se vamos usar um ecrã, é melhor ver televisão (a uma distância maior) do que usar o telemóvel para o mesmo fim. 5. Para momentos de lazer, prefira sempre passar mais tempo ao ar livre. 6. Evite os reflexos nos ecrãs. Estes podem obrigar a realizar um maior esforço visual. 7. Pestaneje mais e melhor: essa ação ajuda a espalhar a lágrima, repleta de nutrientes essenciais, por toda a superfície ocular. 8. Faça exames oftalmológicos de forma rotineira, anualmente em idades críticas (em idades precoces, durante a gravidez ou acima dos 40 anos). 9. Se sofre de uma patologia já detetada, não negligencie os seus tratamentos ou intervenções. Apesar de não apresentar sintomas fortes, muitas vezes ocorre perda de visão irreparável. 10. Em caso de sintomas, consulte um especialista em Oftalmologia.



SORRISO bonito e saudável DICAS PARA UM

OSTENTAR UM SORRISO BONITO E SAUDÁVEL DEVE SER UM PRIORIDADE, JÁ QUE TRAZ DIVERSOS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE E A AUTOESTIMA. E PARA ALCANÇAR UM SORRISO SAUDÁVEL, SÃO VÁRIOS OS ASPETOS A TER EM CONTA E QUE VÃO MUITO ALÉM DAS CONSULTAS COM UM ESPECIALISTA: COMEÇAM POR UMA CORRETA HIGIENE ORAL E UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA, DIARIAMENTE. AQUI FICAM CINCO DICAS ESSENCIAIS PARA QUEM QUER TER UM SORRISO BONITO E SAUDÁVEL.

Pelo

DR. CÉSAR KELLY PIMENTEL Médico dentista; fundador da clínica TWIST


[MEDICINA DENTÁRIA SAÚDE]

A saúde dos dentes passa, essencialmente, por uma boa higiene oral, por isso, aplicar uma técnica de escovagem correta é um dos fatores mais importantes. É fundamental escovar os dentes, pelo menos, duas vezes por dia, durante dois minutos, em movimentos circulares e num ângulo de 45 graus em relação à gengiva, para higienizar todas as faces dos dentes. Usar fio dentário e escovar a língua são também passos essenciais. A lavagem deve acontecer cerca de meia hora depois de comer, o tempo necessário para equilibrar o pH oral, ou seja, o nível de acidez da boca. No final, em vez de bochechar com água, deve retirar apenas o excesso de pasta dentífrica, deixando o restante em contacto com os dentes, para que possa atuar enquanto agente reparador e protetor.

Nas idas ao supermercado, poucos são os que dedicam tempo a ler os rótulos, mas esse é também um ponto fulcral para uma boa saúde oral, já que permite escolher os produtos dentífricos mais adequados a cada caso. O principal aspeto a ter em conta nas pastas dentífricas é a quantidade de flúor: deve-se sempre optar por um produto com 1200 ppm de flúor, para garantir a remineralização dos dentes e prevenir as cáries. Pastas branqueadoras ou que tenham na sua composição carvão ativado devem ser evitadas, por serem muito abrasivas para os dentes. Este tipo de pastas deve ser utilizado, no máximo, duas vezes por semana, já que podem trazer diversas complicações, como desgaste do esmalte e agravamento da sensibilidade dentária.

Ter uma alimentação equilibrada é o segredo para mantermo-nos saudáveis também no que diz respeito à saúde da boca. Seguir uma alimentação rica em fibras e baixa em açúcares traz grandes benefícios para os dentes e gengivas: os alimentos ricos em fibras ajudam a proteger os dentes, eliminando resíduos de outros alimentos que ficam na superfície dentária. Por outro lado, a acumulação de resíduos doces na boca propicia o aparecimento de cáries. Refeições pesadas devem também ser evitadas, sobretudo à noite e para pessoas com problemas gástricos, já que o elevado nível de acidez que se gera na boca e no estômago pode danificar o esmalte dentário.

Sendo difícil resistir aos doces, a melhor altura para os consumir é durante ou logo após as refeições. Desta forma, além do açúcar se misturar com os outros nutrientes ingeridos, evitando picos de insulina no sangue, tem mais-valias para a saúde dentária. A ingestão de alimentos ricos em açúcar faz com que o pH da boca diminua mais do que o habitual numa refeição baixa em açúcares, tornando-o mais ácido, o que pode causar a desmineralização dos dentes e favorecer o aparecimento de placa bacteriana, que resultará em cáries. Ao serem consumidos juntamente com outros alimentos, os doces tornam-se menos agressivos e a boca recupera o seu pH natural mais rapidamente.

5.

TER UMA MAÇÃ OU PASTILHA ELÁSTICA SEMPRE À MÃO

Sempre que comemos, ficam na superfície dentária resíduos dos alimentos. Idealmente, devemos lavar os dentes após a sua ingestão, mas nem sempre isso é possível, por estarmos no trabalho ou na rua. Por isso, é importante evitar comer entre refeições e ter sempre à mão partilhas elásticas sem açúcar ou uma maçã. Tanto o mascar uma pastilha como o comer uma maçã, que é altamente rica em fibra, ajudam a retirar resíduos de outros alimentos dos dentes, o que vai mantê-los mais limpos e, consequentemente, mais brancos e brilhantes. Estes são os principais cuidados a ter no dia a dia para uma boca saudável e bonita. É importante, no entanto, aliar estes cuidados a visitas regulares ao dentista, de seis em seis meses, para um controlo e para a realização de tratamentos de destartarização, evitando o aparecimento de cáries e outros problemas orais.

É importante aliar estas dicas a visitas regulares ao dentista, de seis em seis meses, para um controlo e para a realização de tratamentos de destartarização

<

3.

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

4.

MARÇO 2021

2.

LER OS RÓTULOS DAS EMBALAGENS

CONSUMIR DOCES SÓ NAS REFEIÇÕES

39 >

1.

ESCOVAR OS DENTES CORRETAMENTE


[SAÚDE OTORRINO]

Perdas auditivas C

ONTRARIAMENTE AO QUE A MAIORIA PENSA, a perda auditiva não é uma consequência do avançar da idade: na realidade, pode acontecer em qualquer altura da vida. A maior parte das pessoas vai perdendo a audição de forma gradual, o que explica a elevada incidência do problema nos mais seniores. Quando começam a “ouvir mal”, a evidência não é imediata, o que facilita o arrastamento até estados mais graves. A população afetada por perdas auditivas já começa a abranger uma faixa etária mais jovem, especialmente devido à exposição excessiva de ruído. No entanto, a maioria dos jovens é incapaz de relacionar o efeito indesejado do som alto à perda auditiva. CAUSAS DIVERSAS A exposição prolongada a ruído elevado e/ou constante, medicação tóxica, infeções e ferimentos do tímpano, bem como predisposição genética, são algumas das causas da perda auditiva. No entanto, o ruído é bastante importante, pois pode ser evitado, sendo necessária grande atenção ao nível e tempo de exposição ao ruído. Por exemplo, se tivermos de levantar a voz para sermos ouvidos por alguém que está a uma distância de três metros, o ruído à volta pode ser prejudicial.

MARÇO 2021

<

SINAIS DA PERDA AUDITIVA As pessoas com perda auditiva sofrem, essencialmente, de uma redução significativa no volume do som. Colocar a televisão ou a rádio muito altos, pedir constantemente para as pessoas repetirem o que foi dito, aproximar um ouvido da pessoa que está a falar ou demonstrar dificuldade em compreender conversas ao telefone, recusando-se muitas vezes até a atender, podem ser sinais deste tipo de perda auditiva. Em casos mais graves, a pessoa não compreende conversas, apresenta uma enorme dificuldade de audição na presença de ruído, coloca todos os aparelhos num volume altíssimo e fica confuso com a falta de perceção da direção do som.

>

40

É IMPORTANTE PROCURAR AJUDA EM PORTUGAL, O TEMPO ENTRE O SURGIMENTO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE PERDA AUDITIVA E A DECISÃO DE PROCURAR AJUDA ESPECIALIZADA É, EM MÉDIA, SUPERIOR A SETE ANOS.

CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS Para além das consequências físicas, a pessoa com perda auditiva cria um isolamento social muito grande e um distanciamento do seu círculo social e, consequentemente, começa a tornar-se inativo e dependente. Por exemplo, se uma pessoa com problemas auditivos não consegue compreender as conversas e interagir com

as outras pessoas, quer ao vivo quer por telefone ou videochamada, é bastante provável que comece a recusar os contactos sociais. E, por vezes, as pessoas mais próximas não compreendem que existe um problema auditivo, o que, por sua vez, leva a situações de conflito. Estas situações geram constrangimento e problemas de sociabilidade.


A exposição prolongada a ruído elevado e/ou constante, medicação tóxica, infeções e ferimentos

AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO O diagnóstico de perda de audição deve ser sempre iniciado com a avaliação esclarecedora de um profissional de saúde, que permita determinar a capacidade auditiva de cada ouvido. É essencial a visita a um centro especializado em audição ou a um otorrinolaringologista, como primeiro passo na avaliação e tratamento.

E, como a perda é, muitas vezes, identificada por amigos ou família, recomenda-se que o paciente vá fazer os exames acompanhado por uma pessoa mais próxima, que pode contribuir com informações valiosas sobre os seus sintomas e efeitos, bem como prestar apoio no início do processo de tratamento. NOVA GERAÇÃO DE APARELHOS AUDITIVOS Na maioria dos casos de perda auditiva diagnosticados precocemente, o tratamento restitui a audição. Em casos mais graves, em que a ação clínica não é eficaz, os aparelhos auditivos são a solução recomendada, podendo melhorar significativamente a audição perdida. Apesar de já estarem disponíveis aparelhos de várias cores e tamanhos, ainda existe um estigma visual que os refere como “feios”e “grandes”. Mas a tecnologia continua a evoluir, com o lançamento de aparelhos pequenos, praticamente “invisíveis” e bastante confortáveis.

Atualmente, existem aparelhos com uma tecnologia de nova geração, passíveis de uso dentro de água, imunes a interferências e que até permitem a ligação por Bluetooth a telemóvel e televisão. Para além de um tratamento prático e eficaz, estes aparelhos providenciam uma completa liberdade de movimentos.

<

ESTIGMA DA NEGAÇÃO A perda gradual de audição vem acompanhada, muitas vezes, por um estigma de negação bastante enraizado. Pessoas com perda auditiva acreditam, e defendem, que são as outras pessoas que falam demasiado baixo. Encaram o problema como sendo de terceiros e não seu. E, na maioria dos casos, não conseguem ultrapassar esse sentimento sozinhos: tem de existir, geralmente, uma influência social por partes dos seus pares ou uma situação induzida que faça surgir a necessidade de procurar aconselhamento especializado.

A perda de audição é classificada como congénita, se ocorrer antes do nascimento, ou adquirida, se ocorrer posteriormente. Existem três tipos de perdas auditivas: 4 DE CONDUÇÃO, que resulta de uma interferência na transmissão do som do ouvido externo para o ouvido interno; 4 NEURO-SENSORIAL, uma desordem irreversível do ouvido interno, mas nem sempre passível de reabilitação significativa através de aparelhos; e 4 MISTA, que ocorre quando uma perda auditiva é causada por alterações no ouvido interno, bem como no ouvido externo.

MARÇO 2021

são algumas das causas da perda auditiva

Tipos de perdas auditivas

41 >

do tímpano, bem como predisposição genética,


BURNOUT [SAÚDE PSICOLOGIA]

nos profissionais de saúde

O QUE PODEMOS FAZER PARA OS AJUDAR?

MARÇO 2021

<

DURANTE A PANDEMIA COVID-19, MAIS DE METADE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE APRESENTARAM SINAIS DE BURNOUT, STRESS E ANSIEDADE, DE ACORDO COM UM ESTUDO REALIZADO PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO. DEVEMOS FAZER ALGO PARA OS AJUDAR.

>

42

“QUASE TRÊS EM CADA QUATRO (72,2%) PROFISSIONAIS DE SAÚDE APRESENTA NÍVEIS MÉDIOS OU ELEVADOS DE EXAUSTÃO EMOCIONAL E VALORES SEMELHANTES DE BURNOUT. (...) Em Portugal, entre 2011 e 2013, 21,6% dos profissionais de saúde apresentaram burnout moderado e 47,8% burnout elevado”, pode ler-se no Barómetro COVID-19, projeto de investigação da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Estes são dados que nos indicam que o burnout é uma preocupação atual quanto aos nossos profissionais de saúde e que devemos fazer algo para os ajudar. Pessoas que estão na linha da frente são formadas e preparadas para ajudar o próximo, com um notável espírito de missão, focadas e preparadas para a ação, não estando, portanto, preparadas para elas próprias receberem ajuda de outros.


SENSAÇÃO DE PERIGO CONSTANTE Outro facto que ocorre quando estes profissionais estão na linha da frente é que existe uma sensação de perigo constante, a qual aumenta os seus níveis de adrenalina no organismo, ocorrendo uma ativação persistente e um alerta, que não os permite, de maneira nenhuma, abrandar. Repare-se que o burnout entre profissionais de saúde já se faz sentir com um aumento considerável, apresentando grandes repercussões na sua saúde mental e psicológica, bem como nos serviços que prestam. Contudo, devido às necessidades e exigências atuais, é importante sensibilizarmos estes profissionais para o seu próprio autocuidado diário e para a necessidade urgente de cuidarem da sua saúde mental, para que continuem a ter a capacidade de exercer a sua profissão – ou missão, como muitos descrevem. Jamais podemos culpar os nossos profissionais de saúde por desenvolverem essa síndrome, pois ela é o reflexo da sobrecarga horária, da escassez de recursos (quer materiais, quer humanos), de um aumento do número de doentes ao cuidado de cada profissional, do acúmulo de tarefas e responsabilidades, das exigências e desafios diários (enfrentar a doença altamente contagiosa, com consequências graves e sem um tratamento cabal), da falta de descanso, de um contexto de grande incerteza, da necessidade de confortar emocionalmente alguns doentes, de comunicar o agravamento de quadros clínicos ou falecimentos a familiares, de lidar com a morte a todo o momento, do afastamento das suas famílias e da falta de apoio destes, entre outros. Enfim, de todo o panorama global que atravessamos.

Pela

DRA. TÂNIA DANIELA CARVALHO Psicóloga Clínica www.taniadanielacarvalho.pt

Jamais podemos culpar os nossos profissionais de saúde por desenvolverem esta síndrome, pois ela é o reflexo do panorama global que atravessamos


[SAÚDE PSICOLOGIA] AFINAL, O QUE É O BURNOUT? O burnout ou síndrome de esgotamento profissional é um tipo específico de stress ocupacional, provocado pelo trabalho e caracterizado, sobretudo, pela exaustão emocional e diminuição do envolvimento pessoal no trabalho. O burnout apresenta sintomas que incluem a sensação de esgotamento físico e emocional, apatia, desânimo, ansiedade, atitudes negativas no trabalho como isolamento, mudanças bruscas no humor, irritabilidade, alterações do sono, sentimento de incapacidade ou inferioridade, falta de motivação, ausência de criatividade e pessimismo. Também apresenta manifestações físicas como: enxaqueca, cansaço constante, palpitações, pressão alta, dores musculares, crises de asma e distúrbios gastrointestinais. São notórias as consequências para a vida pessoal e profissional do indivíduo. A nível pessoal, o burnout pode afetar o bem-estar psicológico, emocional e físico, as relações familiares, profissionais e com amigos. No campo profissional, o burnout pode levar ao absentismo, acidentes de trabalho, perda de produtividade ou diminuição do compromisso com o trabalho. A acrescentar, os custos económicos do burnout, como, por exemplo, a perda de salário e os gastos com consultas e tratamentos.

MARÇO 2021

<

RECONHECIDO COMO DOENÇA Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de situações de burnout. São exemplos disso uma carga de trabalho elevada e superior à capacidade do trabalhador, horários de trabalho por turnos, contínuos ou acima das 8 horas diárias recomendadas, ausência de momentos para descanso, conflitos laborais, má relação entre colegas e/ou superiores hierárquicos, realizar tarefas com grande exigência a nível emocional, dificuldade em manter o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional e incapacidade na resolução de problemas pessoais que possam ter impacto no trabalho. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V, publicado em 2014, pela Associação Americana de Psiquiatria, o burnout não é reconhecido como uma doença. Porém, na CID-10, Classificação Internacional das Doenças, encontrase no capítulo “fatores que influenciam o estado da saúde ou o contacto com os serviços de saúde”, que diz respeito às razões para contactar os serviços de saúde que não são consideradas doenças. Na 11.ª revisão da CID, que entrará em vigor em 2022, entra na lista de doenças, descrito como “problemas associados com o emprego e o desemprego” e tem o código QD85. Na lista de classificação, o burnout é definido como “uma síndrome que resulta de um stress crónico no local de trabalho que não foi bem gerido”. São descritas três dimensões desta síndrome: sensação de esgotamento de energia ou exaustão; aumento da distância mental do emprego ou sentimentos de negativismo ou cinismo relativamente ao emprego; e sensação de ineficácia e falta de realização. Importa salientar que o burnout refere-se a fenómenos no contexto profissional e não deve ser aplicado para descrever experiências noutras áreas da vida. Com a evolução do problema, poderão surgir perturbações mentais ou outros problemas, como a ansiedade generalizada, a depressão, o alcoolismo ou o suicídio.

>

44

COMO SABER SE ESTÁ COM BURNOUT? Uma situação de burnout é identificada com maior frequência em pessoas cujo trabalho envolve o contacto com outras pessoas, como é o caso de médicos, enfermeiros, cuidadores, professores ou polícias. Esta síndrome não ocorre de um dia para o outro e, como tal, as pessoas vão experienciando sintomas como: 4 Exaustão emocional: sensação de sobrecarga, de desgaste da

empatia, diminuição da compaixão pelo outro e exaustão física e emocional; 4 Menor realização profissional: a pessoa faz uma avaliação de si e da sua situação no trabalho de forma mais negativa; 4 Menor motivação, envolvimento e dedicação ao trabalho; 4 Falta de energia; 4 Falta de vontade para fazer atividades sociais ou estar com outras pessoas; 4 Dificuldades de concentração; 4 Sintomas físicos: maior fadiga, enxaquecas, tonturas, dores musculares, alterações do sono e do apetite, alterações nos níveis da tensão arterial, entre outros.

Com a evolução do problema, poderão surgir perturbações mentais ou outros problemas, como a ansiedade generalizada, a depressão, o alcoolismo ou o suicídio


MEDIDAS PARA EVITAR O BURNOUT Eis algumas medidas que os profissionais de saúde (e todos os profissionais em geral) poderão implementar para evitar atingir uma situação de burnout: 4 Implemente na sua rotina diária práticas de autocuidado – Respeite os seus tempos e pausas e, sobretudo, descanse; tenha uma alimentação saudável; realize atividade física ou pratique meditação; contacte com familiares e amigos; e não se esqueça das atividades de lazer; 4 Abrande o ritmo – Não ande sempre a “correr”, procure fazer uma coisa de cada vez, aproveitando esse momento e concentrando-se no que está a fazer; 4 Crie pausas para se conectar consigo próprio – Concentre-se na sua respiração, no seu corpo, nas suas emoções e permita-se tranquilizar um pouco; 4 Procure dar nome ao que está a sentir – Analise as suas emoções e procure perceber se está preocupado, exausto, stressado, ansioso, sobrecarregado. Assim, estará a ganhar consciência sobre as emoções que está a sentir, conhecendo-as e aumentando a capacidade de as conseguir gerir; 4 Permita-se entender que você não tem o controle de tudo – Existem coisas que estão realmente sob o seu controlo, mas outras não. Foque-se apenas naquilo que consegue controlar, o resto deixe ir;

4 Faça o que gosta – Faça uma reflexão sobre o que mais gosta e tem vindo a adiar na sua vida e faça-o. Procure em si uma paixão, um hobbie ou uma atividade que lhe dê prazer; 4 Aproveite para escrever – Escreva sobre si, sobre algo que goste, sobre coisas boas que lhe aconteceram, sobre coisas pelas quais se sente grato ou que o fazem sentir-se bem; 4 Peça ajuda – Se sentir que está frequentemente preocupado, ansioso, stressado, exausto, interferindo no seu funcionamento e vida diária, peça ajuda. AJUDA PROFISSIONAL O psicólogo é um profissional de saúde devidamente habilitado, que o poderá ajudar numa situação de burnout. Após avaliação da sua situação, o psicólogo poderá ajudá-lo ao nível da regulação emocional (gestão de stress e ansiedade), na promoção de autocuidado, na priorização de momentos de descanso e lazer, e no aumento do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, re-estabelecendo a sua saúde psicológica e emocional e levando-o a um bem-estar aumentado. Cuidar de si é essencial e ajuda-o a cuidar dos outros!


[ESPAÇO AMPLIPHAR ] apresenta uma fórmula completa com nutrientes importantes para a função cerebral, memória e concentração, função psicológica e sistema nervoso, conferindo proteção antioxidante e energia.

está indicado para pessoas sob stress profissional, estudantes, idosos em declínio das suas faculdades mentais, pessoas com falhas de memória e fadiga intelectual e para todos que pretendam melhorar a performance cerebral.

ENERGIA

MEMÓRIA/CONCENTRAÇÃO

FUNÇÃO PSICOLÓGICA E SISTEMA NERVOSO

Ómega 3 Vitaminas

Guaraná

Minerais

Fosfolípidos

Ginkgo biloba

Carotenóides

Glutationa

5-HTP L-arginina

Glutamina Ginseng

PROTEÇÃO ANTIOXIDANTE FUNÇÃO CEREBRAL

Disponível em Farmácias e Espaços de Saúde Suplemento alimentar. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e de um modo de vida saudável.


FUNÇÃO CEREBRAL

memória / concentração www.winfitmc.pt


[SAÚDE PSICOLOGIA]

STRESS pósUM TRAUMA MUITO ALÉM DO MEDO A PERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO, MAIS CONHECIDA PELA SUA SIGLA EM INGLÊS PTSD (POST TRAUMATIC STRESS DISORDER), É A DESIGNAÇÃO PARA UMA PERTURBAÇÃO MENTAL QUE PARECE RESULTAR DE UMA HIPERATIVAÇÃO DOS MECANISMOS DE RESPOSTA AO MEDO.

A

PERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO manifesta-se, normalmente, no primeiro mês após um evento traumático, mas por vezes pode passar um ano até que isso aconteça. Segundo estudos, mediante acontecimentos potencialmente traumáticos, é muito frequente encontrar sintomatologia significativa na maioria das pessoas expostas. Mas, em mais de 90% dos casos, esta acaba por ser atenuada ao longo das seis semanas seguintes.

Pela

DRA. SANDRA NEVES Psiquiatra da UPPC Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra

48

SINTOMAS EXPRESSIVOS Os sintomas da perturbação de stress pós-traumático agrupam-se em quatro tipos fundamentais: pensamentos intrusivos, evitações, mudanças negativas no conteúdo dos pensamentos e no humor, e mudanças nas reações físicas e emocionais. Estes podem variar com o tempo e de pessoa para pessoa. Podem, desta forma, surgir pensamentos intrusivos, recorrentes, angustiantes e involuntários sobre o acontecimento traumático, sensação de estar a reviver o acontecimento, muitas vezes com verdadeiros flashbacks, sonhos perturbadores ou pesadelos relacionados com o trauma e sensação de angústia intensa ou reações físicas perante situações que recordem, de alguma forma, o acontecimento traumático. Os sintomas de evitação podem passar por não falar do acontecimento e mesmo "evitar pensar", bem como evitar lugares, atividades ou pessoas que façam recordar o sucedido. Para além de toda esta sintomatologia, podem surgir pensamentos negativos acerca de si próprio, das outras pessoas e do mundo em geral, bem como desesperança face ao futuro. A memória pode também ser afetada e, muitas vezes, as pessoas não recordam aspetos importantes sobre o acontecimento traumático.

UM DIA A DIA PENOSO Estas manifestações tendem a provocar problemas consideráveis na qualidade de vida dos doentes com PTSD, dos quais se destacam: 4 as dificuldades que surgem em manter as relações interpessoais; 4 a sensação de "distância" de familiares e amigos; 4 n a descrição de se sentirem "insensíveis emocionalmente"; 4 a dificuldade muitas vezes relatada em sentir "emoções positivas"; ou 4 a falta de interesse pelas atividades que anteriormente eram gratificantes. Para além de tudo isto, o doente relata muitos sintomas que se relacionam com o estado de hipervigilância, tais como assustar-se facilmente, estar sempre alerta para uma eventual situação de perigo, queixas de dificuldade de concentração, perturbações do sono, irritabilidade, ataques de raiva ou manifestação de comportamentos agressivos e até mesmo conduta autodestrutiva, como conduzir em excesso de velocidade e sem cuidado ou beber em excesso. Muitas vezes, a todos os sintomas referidos ainda se juntam sentimentos de culpa ou de fraqueza, tornando o dia a dia destes doentes extremamente penoso.


traumático AJUDA URGENTE Todos estes sintomas podem ainda variar de intensidade ao longo do tempo, podendo por exemplo ser mais intensos em fases da vida de maior stress e preocupação, ou quando se ouvem determinados barulhos, se assiste a condições meteorológicas adversas ou a notícias sobre a guerra, atentados terroristas, assaltos, violações ou acidentes na televisão. Quadros inten-

sos podem culminar mesmo em ideação suicida, sendo urgente obter ajuda para o doente. Convém referir que nem todos os casos preenchem os critérios necessários para fazer o diagnóstico de PTSD, não significando por isso que o quadro clínico não afete de igual forma o doente, diminuindo-lhe a qualidade de vida e acarretando dor e sofrimento. Para além do sofrimento e da diminuição

da qualidade de vida, também o núcleo de familiares e amigos do doente acaba por ser atingido. Por isso, é essencial o reconhecimento e a orientação destes casos para os profissionais de saúde mental. A instituição de medicação psicofarmacológica por psiquiatras e o apoio psicoterapêutico instituídos precocemente poderão mudar o rumo de muitas vidas, melhorando a saúde global e devolvendo os sorrisos.

A instituição de medicação psicofarmacológica por psiquiatras e o apoio psicoterapêutico instituídos precocemente poderão mudar o rumo de muitas vidas

49


Distúrbios [SAÚDE MEDICINA DO SONO]

MARÇO 2021

<

OS IMPACTOS NEGATIVOS DESTA PANDEMIA NÃO SE ESGOTAM QUANDO O ÚLTIMO DOENTE COM COVID-19 ESTIVER CURADO, UMA VEZ QUE RESULTOU UMA CLARA REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE DIAGNOSTICAR E TRATAR OUTRAS DOENÇAS. OS DISTÚRBIOS DO SONO NÃO FORAM EXCEÇÃO, TENDO HAVIDO UMA DIMINUIÇÃO SIGNIFICATIVA DAS CONSULTAS DEDICADAS A ESTAS PATOLOGIAS.

>

50


do SONO

CONSEQUÊNCIA DA PANDEMIA

O

DIA MUNDIAL DO SONO celebra-se, todos os anos, na sextafeira anterior ao equinócio da Primavera. Este dia, instituído pela World Seep Society, tem como objetivo alertar a sociedade para os benefícios do sono e para os malefícios da sua ausência. Em 2021, o Dia Mundial do Sono será assinalado a 19 de março. Seria, pois, expectável que o sono fosse o tema de saúde dominante nos meios de comunicação social, cumprindo-se, mais uma vez, o desígnio da celebração. Infelizmente, este ano será diferente! TSUNAMI PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE A 2 de março de 2020, foi diagnosticado em Portugal o primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e, desde então, travamos diariamente uma luta contra esta doença. Esta pandemia revelou-se um autêntico tsunami para os serviços de saúde, obrigando a um enorme esforço de adaptação e aumento da capacidade de resposta ao elevado número de doentes infetados. Nos hospitais, a grande maioria das atividades eletivas foram reduzidas ao indispensável ou mesmo suprimidas e muitos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde foram obrigados a alterar profundamente a sua atividade. Infelizmente, os impactos negativos desta pandemia não se esgotam quando o último doente com COVID-19 estiver curado, uma vez que, da inevitável reestruturação dos serviços de saúde, resultou uma clara redução da capacidade de diagnosticar e tratar outras doenças. Os distúrbios do sono não foram exceção, tendo havido uma diminuição significativa das consultas dedicadas a estas patologias, bem como do número de polissonografias (estudos do sono) realizadas durante o último ano.

CIRCUNSTÂNCIAS ASSOCIADAS AO CONFINAMENTO Nos últimos meses, observamos um aumento significativo dos pedidos de ajuda por queixas relacionadas com o sono. As preocupações profissionais, a incerteza quanto ao futuro e a gestão das relações familiares no contexto do confinamento, são fatores geradores de stress e ansiedade, muitas vezes, associados à insónia. A redução da atividade física e da exposição solar, a irregularidade de horários e o aumento da exposição a ecrãs, circunstâncias associadas ao confinamento, foram determinantes para o aumento das queixas relacionadas com o sono. Estudos realizados com profissionais de saúde na primeira linha do combate à pandemia de COVID-19 demonstraram um impacto negativo na qualidade do seu sono comparativamente com outros grupos profissionais. CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO DE SONO O sono é um estado de repouso fundamental para o ser humano, que tem impacto na saúde, bem-estar, equilíbrio emocional e qualidade de vida. É indispensável para o desenvolvimento do cérebro, da memória e de outras funções do organismo - capacidade de aprender, memorizar, criar, tomar decisões e fazer escolhas lógicas. Vários estudos científicos demonstraram os benefícios do sono na melhoria da performance desportiva e na redução de lesões. No entanto, não é preciso ser um atleta para beneficiar dos efeitos positivos do sono ou para sofrer as consequências da sua ausência. Infelizmente, a privação de sono pode ter um impacto negativo em todos os sistemas do nosso corpo. Dificulta a manutenção da vigília, da atenção e da concentração, aumenta o tempo de reação e o risco de acidentes e provoca alterações de humor, instabilidade emocional e irritabilidade.

Estudos científicos evidenciaram uma relação significativa entre a falta de sono e múltiplas condições clínicas, como a obesidade, a diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão, o enfarte agudo do miocárdio e a disfunção erétil. A privação de sono tem também um impacto negativo no nosso sistema imunitário. Existem dados que demonstram haver um maior risco de infeção aquando da exposição a vírus respiratórios nos indivíduos privados de sono. E isto, no contexto atual, assume particular relevância. CONSELHOS PRÁTICOS E SIMPLES Alguns conselhos, práticos e simples, podem ajudar a promover uma boa noite de sono. Um dos mais importantes assenta na criação de rotinas, nomeadamente horários para acordar e para deitar. Procurar a exposição solar, no período da manhã, ajuda na regulação do nosso ritmo circadiano. Realizar atividade física regular, preferencialmente nas primeiras horas do dia, promove um sono de qualidade.

Pelo

DR. TIAGO SÁ Pneumologista e Especialista em Medicina do Sono; Diretor Clínico da Sleeplab


[SAÚDE MEDICINA DO SONO] É também importante reduzir o consumo de bebidas cafeinadas ou açucaradas, evitar refeições pesadas ao jantar e não fumar ou beber bebidas alcoólicas nas últimas 4 horas antes de ir para a cama. Dormir uma sesta pode trazer vários benefícios como a melhoria do humor, capacidade de concentração e redução da fadiga. No entanto, sestas prolongadas e tardias devem ser evitadas, pois frequentemente provocam dificuldade em adormecer à noite. Criar um ambiente confortável para potenciar o sono é fundamental - para isso devemos dormir num espaço escuro, silencioso e com uma temperatura adequada (idealmente 16-20ºC). A exposição à luz dos écrans dos dispositivos eletrónicos é quase inevitável, mas deve ser evitada nas últimas horas antes de adormecer, pois pode inibir a secreção de melatonina, uma das hormonas responsáveis pela regulação do sono. Em alternativa, atividades que promovam o relaxamento, como um banho de água quente 1 a 2 horas antes de adormecer ou momentos de leitura podem ajudar a ter uma boa noite de sono. CONSULTAR UM ESPECIALISTA Por vezes, o cumprimento de todas estas recomendações não é suficiente para obter um sono de qualidade. Se continuar com dificuldade em adormecer, acordar a meio da noite ou cedo demais, apresentar

A privação de sono dificulta a manutenção da vigília, da atenção e da concentração, aumenta o tempo de reação e o risco de acidentes e provoca alterações de humor, instabilidade emocional e irritabilidade paragens respiratórias ou engasgamentos noturnos, sentir sonolência durante o dia, precisar de dormir mais horas do que o habitual para ter energia, sentir dificuldade de concentração, estiver desatento ou irritável, então está na hora de consultar um médico especialista. Apesar da existência de inúmeros fármacos frequentemente usados em doentes com queixas relacionadas com o sono (muitas vezes, sem indicação formal), o

que não se deve fazer é recorrer à automedicação, pois na maioria dos casos os resultados não são satisfatórios, podendo mesmo ocorrer efeitos adversos. Existem dezenas de distúrbios do sono conhecidos e o diagnóstico adequado é um passo fundamental para uma abordagem bem-sucedida. Esta deverá, idealmente, passar por uma equipa multidisciplinar, pois só assim se constroem soluções adequadas a cada doente.

Como promover uma BOA NOITE DE SONO 4 Crie rotinas, nomeadamente horários para acordar e para deitar. 4 Procure a exposição solar, no período da manhã, pois ajuda na regulação do nosso ritmo circadiano. 4 Realize atividade física regular, preferencialmente nas primeiras horas do dia. 4 Reduza o consumo de bebidas cafeinadas ou açucaradas. 4 Evite refeições pesadas ao jantar e não fume nem beba bebidas alcoólicas nas últimas 4 horas antes de ir para a cama. 4 Durma uma sesta curta. Sestas prolongadas e tardias devem ser evitadas, pois provocam dificuldade em adormecer à noite. 4 Crie um ambiente confortável para potenciar o sono: durma num espaço escuro, silencioso e com uma temperatura adequada (idealmente 16-20ºC). 4 Evite a exposição à luz dos écrans dos dispositivos eletrónicos nas últimas horas antes de adormecer. 4 Opte por atividades que promovam o relaxamento, como um banho de água quente 1 a 2 horas antes de adormecer ou momentos de leitura podem ajudar a ter uma boa noite de sono. 4 Quando o cumprimento de todas estas recomendações não é suficiente para obter um sono de qualidade, consulte um médico especialista.

52



[SAÚDE ESTANTE]

Vencer a Depressão com a Psicologia Positiva Autora: Miriam Akhtar Editora: Nascente Quem já sofreu de depressão sabe que a medicação nem sempre é a melhor solução. Então, qual é? A resposta está na psicologia positiva e neste livro. Em vez de procurar identificar a causa do mal-estar e reduzir os níveis de stress e ansiedade, a psicologia positiva tem como principal objetivo elevar os níveis de felicidade e bem-estar, transformando a energia negativa numa atitude positiva perante a vida. As técnicas usadas neste livro irão não só ajudá-lo a ultrapassar a depressão, como a reduzir as hipóteses do seu aparecimento.

Perturbação de Hiperatividade / Défice de Atenção Coordenalção: Octávio Moura, Marcelino Pereira e Mário R. Simões Editora: Pactor Partindo da especificidade das temáticas relacionadas com a Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA), esta obra aborda-as de forma completa, desde o impacto dos sintomas comportamentais nos vários contextos à avaliação clínica e terapêutica farmacológica e não farmacológica. É também analisada a perspetiva histórica e os futuros desenvolvimentos sobre esta Perturbação de Neurodesenvolvimento. Foi pensado como uma ferramenta essencial para profissionais de saúde e educação, bem como para pais de crianças/adolescentes e adultos com esta perturbação.

Limpeza Cerebral

MARÇO 2021

<

Autores: Dr. David Perlmutter e Dr. Austin Perlmutter Editora: Lua de Papel

>

54

Este livro parte de um pressuposto muito simples: o nosso cérebro está a ser gravemente manipulado pelos estímulos da tecnologia. Como consequência, desenvolvemos uma série de comportamentos que nos deixam mais sozinhos, ansiosos, deprimidos e propensos a doenças. A partir dos mais recentes estudos científicos, os autores identificam as armadilhas e apresentam o antídoto: uma série de técnicas que nos permitem pensar de forma mais clara, tomas melhores decisões e criar hábitos mais saudáveis.

Curados Autor: Dr. Jeffrey Rediger Editora: Nascente Para a comunidade médica, as recuperações “milagrosas” são casualidades. Em 2003, o Dr. Jeffrey Rediger iniciou um trabalho de investigação sobre a remissão espontânea, que incluiu entrevistas a sobreviventes de doenças incuráveis. Cada uma destas fascinantes histórias mostra-nos a importância de criar um ambiente biológico na preparação do caminho para a cura. O autor revela-nos os padrões que estão por detrás destas curas incompreensíveis e os princípios físicos e mentais a que chama os “quatro pilares“ da saúde: o sistema imunitário, a nutrição, a resposta ao stress e a identidade.


O Caminho do Homem Superior Autor: David Deida Editora: Nascente O Caminho do Homem Superior explora os pontos mais importantes na vida de um homem - a carreira, a família, as mulheres, a intimidade, o amor e a espiritualidade - e define-se como um guia para viver uma vida de integridade, autenticidade e liberdade. As lições apresentadas neste livro explicam o derradeiro desafio, e recompensa, ao homem atual: unir determinação e emoção na mais plena expressão do amor e da consciência. Mais de 20 anos após a sua publicação original, esta obra continua a ser uma referência na área do desenvolvimento pessoal.

ESCOLA DE MEDICINA ORIENTAL E TERAPÊUTICAS A FORMAR PROFISSIONAIS DESDE 1999

O SEU FUTURO ESTÁ NAS SUAS MÃOS A SUA FORMAÇÃO ESTÁ NAS NOSSAS. CURSOS COM ACESSO A CÉDULAS PROFISSIONAIS COMPLETADOS ATÉ 2025

- Medicina Tradicional Chinesa - Naturopatia e Medicina Holística - Auriculoterapia - Reflexologia Podal - Hipnoterapia e Técnicas Regressivas - Shiatsu Profissional - Chi Kung Terapêutico - Massagem Tui Ná

Bebé Amado Autora: Cátia Godinho Editora: Influência O nascimento de um bebé pode ser uma das fases mais bonitas na vida de muitos pais, mas com o bebé surgem também muitas dúvidas e inseguranças. Neste guia prático, Cátia Godinho, enfermeira em contexto pediátrico há mais de uma década, explica-lhe tudo o que precisa de saber no primeiro ano de vida do seu bebé, descomplicando aquilo que pode parecer complicado. Um livro indispensável para uma parentalidade mais serena e confiante.

MAIS CURSOS PROFISSIONAIS EM

WWW.ESMOT.COM INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Rua da República da Bolívia, 55 B • 1500-544 Benfica – Lisboa Tel.: 217 162 046 • Fax: 217 147 585 • Telm.: 932 449 272


[SAÚDE FITNESS]

Fique em forma

com a ajuda das

NOVAS TECNOLOGIAS DESCUBRA COMO AS APLICAÇÕES DE SAÚDE E BEM-ESTAR SÃO UM ÓTIMO ALIADO NA PROMOÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL. MANTER-SE EM FORMA ESTÁ À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE. SAIBA COMO, NESTE ARTIGO.

S

ERÁ QUE AS APLICAÇÕES DE FITNESS podem realmente ajudar na promoção de hábitos saudáveis? Como começar a treinar, ter uma alimentação mais saudável, praticar meditação e, consequentemente, melhorar a nossa saúde e bem-estar? Sabemos que a mudança comportamental requer força de vontade, dedicação e consistência. Através de uma aplicação simples, mas completa, arranjamos todas as soluções que necessita para acabar com as desculpas! APROVEITAR O CONFINAMENTO As principais barreiras para a prática de atividade física são a falta de tempo e de motivação. E se o “ganhar tempo” e a “motivação extra” estivessem na palma da nossa mão? A pensar na época em que atravessamos, de longos meses de distanciamento social e confinamento, mas convictos de que a melhor maneira de estarmos seguros para vencer a pandemia covid-19 passa também por estarmos em casa, as aplicações tecnológicas aparecem como uma solução simples, prática e eficaz para nos mantermos ativos.

MARÇO 2021

<

Pela PROF.ª ANA ANDRADE

>

56

Doutoranda em Atividade Física e Saúde, pela Universidade Lusófona de Lisboa (ULHT). Mestre em Exercício e Bem-Estar, ULHT Lisboa. Personal Trainer e Group Trainer no Holmes Place Parque das Nações.

A cadeia de Health Clubes Holmes Place tem ao seu dispor uma App exclusiva para sócios, que não só vai fazê-lo suar, como também terá acesso a conteúdos sobre alimentação, fisioterapia, spa e outras temáticas associadas à saúde e bem-estar, tudo isto à distância de um clique. FÁCIL DE USAR De certeza que, em menos de 1 minuto, tem o telemóvel na mão ou o portátil na sua frente. Acessível e fácil de usar, para efetuar o registo basta descarregar a App Holmes Place (download gratuito), clicar na opção “Registar”, inserir o e-mail, clicar em “Continuar” e está pronto para começar a viagem. Através da aplicação, poderá aceder à área pessoal, avaliar e partilhar os seus progressos com os seus amigos através das redes sociais. Poderá também enviar mensagens diretamente para o seu clube, ter

acesso aos eventos que estão a decorrer e personalizar o mapa de aulas com as suas aulas favoritas. A aplicação Holmes Place fornece mais apoio para melhorar o seu bem-estar, permitindo monitorizar as conquistas de saúde, a evolução nos desafios e condicionamento físico em qualquer lugar. Além disso, terá orientação sobre como realizar exercícios específicos e fornece também planos de treino que poderá seguir através do telemóvel, quando quiser e em qualquer lugar. VAI UMA MOTIVAÇÃO EXTRA? Uma das características que dão destaque a estas aplicações é a promoção da motivação. Ao agendar uma aula, comprometemo-nos a não falhar e até recebemos um e-mail e alertas, minutos antes de começar o treino. Fantástico não é?! Desta forma, acabaram as desculpas para se atrasar.


>

57

MARÇO 2021

<


[SAÚDE FITNESS] Se não gosta de horários e prefere fazer o treino quando bem lhe apetece, também pode optar por um vídeo “on demad”: uma espécie de “buffet de treinos à escolha do freguês”, mas neste as calorias são sempre a subtrair! Seja a que hora for ou onde estiver, o seu treino está à distância de um “push, play and go!”. E, já agora, sabia que 93% dos médicos acreditam que aplicações relacionadas com a promoção da saúde têm realmente a capacidade de melhorar a saúde e o bemestar no geral? AULAS ONLINE Na aplicação, poderá selecionar a aula que deseja fazer no dia. Tem inúmeras modalidades, desde aulas de dança (como Euphoria, Zumba e Ballet Kids), como de localizada (Total Condicionamento ou MIB) e até aulas mais desafiantes a nível

muscular, terá à sua disposição a descrição e um vídeo ilustrativo de todos os exercícios, para executá-los de forma segura e eficaz. Pode entrar em contato com o seu Personal Trainer, para realizar um plano de treino individualizado e ajustado aos seus objetivos, que o mesmo ficará disponível na aplicação. VIDEOS ON DEMAND O seu clube, a qualquer hora, em qualquer lugar. Nesta secção, terá vídeos que poderá selecionar de acordo com o seu objetivo. Tem as suas modalidades de treino preferidas, mas muito mais do que isso! Destaca-se a temática Anti Aging, onde ficará a conhecer quais os tratamentos que poderá realizar para a prevenção do envelhecimento da pele, rotinas de rosto diárias ou tratamentos e cuidados a ter na zona do pescoço, colo e olhos, entre outros.

as nossas receitas de Guacamole de Ervilhas ou Pataniscas de Grão com Curgete e Cenoura. Se é daquelas pessoas que gosta de saber mais, terá acesso a webinars com a duração de cerca de 30 minutos, de temáticas desde alimentação, gestão de stress, treinos e saúde e bem-estar. Poderá ter acesso à última informação sobre “treino para emagrecer de forma saudável”; “qual a alimentação ideal na promoção de longevidade” ou uma boa dose de “mindfullness, a vacina para o confinamento”. TECNOLOGIA QUE CRIA E REFORÇA LAÇOS As novas tecnologias tornaram o mundo mais simples e dão soluções plausíveis para o período em que estamos a viver. Sabemos que somos todos humanos e necessitamos de afetos, de estar uns com

As novas tecnologias tornaram o mundo mais simples e dão soluções plausíveis para o período que estamos a viver

cardiovascular e força (como o Cross Training, Warrior, Spartans, iCycle ou Airfit). Se for adepto de treinos mais holísticos, tem à disposição aulas de Alongamentos, Yoga, Meditação ou Pilates. As aulas têm a duração média de 30 minutos, mas há modalidades que podem ir aos 45 minutos.

MARÇO 2021

<

PLANOS DE TREINO Se não for adepto de aulas de grupo, tem a opção de planos de treino previamente preparados de acordo com o seu objetivo. Seja para melhorar a condição física em geral, emagrecer ou aumentar a massa

>

58

UMA APP PARA TODOS A aplicação é tão versátil que dá para pôr toda a família a mexer. Para os mais novos, pode optar por aulas de dança como o Ballet Kids, Dance Kids ou até mesmo jogos tradicionais. Se sofre de dores lombares ou se tem alguma patologia específica no ombro, também há vídeos informativos de fisioterapeutas, para ajudar a minimizar estas patologias e atuar na sua prevenção, entre outras temáticas. Se tem dotes de master chef, poderá “por a mão na massa” e deliciar-se com

os outros e de partilhar o nosso gosto pelo treino, pela saúde e bem-estar em comunidade. Enquanto não for possível estarmos novamente juntos fisicamente, temos as tecnologias a criar e a reforçar estes laços. É determinante mantermo-nos ativos, saudáveis e equilibrados para o bem-estar físico e mental. Usufrua desta aplicação como um aliado no combate a comportamentos sedentários, para experimentar novas rotinas de treino, saber mais sobre uma temática ou simplesmente para relaxar, enquanto ouve as suas músicas favoritas.



[SAÚDE DERMATOLOGIA]

Dermatite atópica A DERMATITE ATÓPICA PODE IR MUITO ALÉM DO PRURIDO, DA VERMELHIDÃO, DA DESCAMAÇÃO, DAS ESCORIAÇÕES, DAS FISSURAS E CROSTAS. ESTA É TAMBÉM UMA DOENÇA COM EFEITOS INVISÍVEIS NAS PESSOAS QUE VIVEM TODOS OS DIAS COM ELA.

Pelo

DR. JOÃO MAIA SILVA Médico dermatologista e membro da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia 60

CONSEQUÊNCIAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS

P

OR VEZES REFERIDA COMO ECZEMA, a dermatite atópica (DA) é uma doença caracterizada por prurido intenso e vermelhidão da pele. A DA é uma doença crónica, mais frequente na infância, na maioria dos casos autolimitada até à adolescência, mas que pode prolongar-se para a idade adulta. Porém, a dermatite atópica pode ir muito além do prurido, da vermelhidão, da descamação, das escoriações, das fissuras e crostas. Esta é também uma doença com efeitos invisíveis nas pessoas que vivem todos os dias com ela, efeitos esses como a perturbação do sono, depressão, frustração e ansiedade. Dados europeus indicam que existem cerca de 440.000 pessoas em Portugal com DA, das quais 46% apresentam formas mais graves da doença. CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS A DA é uma doença multifatorial complexa, cujos mecanismos ainda estão por esclarecer. Tem na sua origem fatores genéticos, a hiperreatividade do sistema imunitário e a deficiência da função de barreira da pele. A importância relativa de cada um destes fatores vai determinar diferentes aspetos e gravidade das lesões. Viver com DA pode significar viver com comichão e irritação constantes. A pele inflamada com manchas vermelhas, descamativas e ásperas é, muitas vezes, uma constante visível na doença. A DA está associada a outras doenças, entre as quais, rinite alérgica, asma, conjuntivite alérgica, alergias alimentares, polipose nasal e complicações cardiovasculares, que afetam a saúde e qualidade de vida do doente.


A par das manifestações físicas descritas, salienta-se o forte impacto da DA na qualidade de vida dos doentes e na sociedade. Alguns dos efeitos associados a esta doença, como a privação de sono, ansiedade e défice de atenção, originados pelo constante prurido, conduzem, em média, a um défice de 25% da produtividade, com impacto no desempenho escolar e profissional. Segundo um estudo português desenvolvido pela NOVA IMS/ Sociedade Portuguesa de Dermatologia, em colaboração com a Associação Portuguesa de Doentes com Dermatite Atópica, aproximadamente metade dos doentes que sofrem desta doença tem dificuldade em dormir três ou mais noites por mês. O mesmo estudo mostrou que cerca de 16% dos doentes referem uma redução do seu estado de saúde superior a 50 por cento. A DA é ainda sinónimo de um grande esforço financeiro para os doentes, famílias, sistema de saúde e sociedade. À medida que a gravidade da doença evolui de forma negativa, os custos aumentam. O estudo realizado pela NOVA IMS/Sociedade Portuguesa de Dermatologia mostrou que, em média, cada doente gasta 1818 euros por ano devido à sua doença. A DA tem um impacto geral na economia de 1477 milhões de euros. O SNS suporta 31% destes custos, ficando os restantes 69% ao encargo dos doentes. TIPOS DE TRATAMENTO O diagnóstico desta doença é essencialmente clínico. Em média, o tempo entre os primeiros sintomas e a confirmação do diagnóstico é de dois anos. Para melhorar, será importante promover o “awareness” para a doença nos diferentes profissionais de saúde e agilizar a referenciação dos doentes para a Consulta de Dermatologia. Os tratamentos utilizados devem ser mantidos no tempo e ajustados à gravidade da doença. Variam entre a promoção da barreira cutânea com hidratantes e a utilização de produtos de higiene sem sabão, a aplicação de cremes com corticosteroides ou outros imunomoduladores, até às terapêuticas orais com imunossupressores. Recentemente, surgiram tratamentos biológicos inovadores que, pela sua eficácia e segurança, vieram modificar a evolução da dermatite atópica. A mensagem final é de esperança! Apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer na descoberta das verdadeiras causas desta doença, importa sublinhar que a ciência evoluiu ao ponto de definirem as vias moleculares implicadas e encontrarem tratamentos biológicos seletivos, seguros e eficazes. O alívio das manifestações cutâneas da dermatite atópica, assim como a melhor qualidade de vida dos doentes, continuará a ser a grande prioridade, estando a tornar-se cada vez mais próximo.

Recentemente, surgiram tratamentos biológicos inovadores que, pela sua eficácia e segurança, vieram modificar a evolução da dermatite atópica 61


Acupuntura [SAÚDE ALTERNATIVAS]

BENEFÍCIOS COMPROVADOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 5000 ANOS COMPROVA A EFICÁCIA DA ACUPUNTURA COMO FORMA DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE INÚMERAS DOENÇAS E SINTOMAS.

E

MARÇO 2021

<

M TEMPOS DE PANDEMIA, um dos assuntos mais falados e discutidos é a saúde! A saúde sempre foi importante, porém, 2020 trouxe um desafio inesperado: o vírus SARS-CoV-2 e, a partir daí, percebeu-se que nossa saúde é frágil e nosso sistema imunológico pode não estar preparado para as infecões oportunistas. Por isso, manter uma boa imunidade e prevenir as doenças é muito mais eficaz do que tratá-las, após se tornarem crónicas. Os chineses já sabiam disso há 5000 anos, mais ou menos quando iniciaram as práticas da chamada Medicida Tradicional Chinesa. E, desde então, continuam a privilegiar os métodos preventivos. No Ocidente, a prevenção não é tão valorizada como no Oriente, mas ainda podemos utilizar as técnicas da Medicina Chinesa como forma de tratamento.

>

62

EQUILÍBRIO PROMOVE A SAÚDE A Medicina Tradicional Chinesa faz uso de bases teóricas que foram aperfeiçoadas ao longo de séculos e que foram descobertas observando a Natureza – e o que é mais perfeito que a Natureza? – e o Universo. Os chineses notaram que os fenómenos seguem ciclos, que seguem o seu próprio ritmo. Tais descobertas têm sido aplicadas em todas as áreas das atividades humanas e constituem a base da filosofia chinesa. Com isso, estabeleceu-se que nosso corpo, a nossa fisiologia, também se comporta como a Natureza e o equilíbrio promove a saúde. Assim surgiram as teorias de Yin Yang e dos 5 Elementos. Nós, seres humanos, também somos seres mutáveis e estamos em constante transformação. TEORIA YIN YANG Yin e Yang são energias complementares que se unem e fazem parte de tudo o que existe no Universo. A teoria Yin Yang considera que o mundo é o resultado dessas duas unidades opostas. Podemos dizer, basicamente, que o Yin é a mulher, a noite, a lua; e o Yang o homem, o dia, o sol. Na Medicina Tradicional Chinesa, esta teoria é a base de todos os aspetos relacionados com o ser humano: funções fisiológicas, estrutura orgânica do corpo, causa e evolução das doenças, diagnóstico e tratamento.

As técnicas de tratamento utilizadas – sendo a Acupuntura a mais conhecida – visam equilibrar o Yin e o Yang. Todos os órgãos do nosso corpo têm estas duas energias complementares e intrínsecas, e o seu equilíbrio contribui para que a fisiologia funcione corretamente. Mas quando umas delas se torna deficiente ou excessiva, provoca perda ou excesso de energia para o órgão e isso irá acarretar prejuízos a médio e longo prazo. DINÂMICA TERAPÊUTICA DA MTC A dinâmica terapêutica utilizada pela Medicina Tradicional Chinesa engloba: 4 ACUPUNTURA – Inserção de agulhas em pontos específicos do corpo; 4 MOXATERAPIA – Combustão de um rolo de artemísia, erva medicinal com propriedades anti-inflamatórias; 4 DO-IN – Massagem nos meridianos, os canais de energia que percorrem o nosso corpo; 4 VENTOSATERAPIA – Copos de acrílico/vidro utilizados para libertação muscular; 4 AURICULOTERAPIA – Utiliza o pavilhão auricular para estimular todo o corpo; 4 TRIGRAMAS – Técnica indolor que utiliza desenhos referentes às 8 combinações de Yin e Yang; 4 DIETOTERAPIA – Os alimentos atuam como recurso terapêutico para a cura; 4 FITOTERAPIA – Plantas e raízes medicinais usadas como complemento para o tratamento. O terapeuta habilitado, após fazer o diagnóstico energético, que consiste na observação do pulso, língua e hábitos quotidianos, irá propor um tratamento, utilizando uma ou mais técnicas das acima citadas.

Pela

DRA. MARIANA MELLO Biomédica Acupunturista


BENEFÍCIOS DA ACUPUNTURA Atualmente, com o avanço da tecnologia, já foram feitas experiências científicas que comprovam a eficácia da Acupuntura como tratamento de inúmeras doenças e sintomas. Mas se ainda não está convencido dos benefícios da Acupuntura para a prevenção e tratamento, seguem-se algumas das suas ações fisiológicas: 4 Produz hormonas e neurotransmissores endógenos (serotonina, dopamina, ocitocina, etc); 4 Melhora o sono e as funções fisiológicas; 4 Proporciona uma sensação de relaxamento e bem-estar; 4 Não tem contraindicações e pode ser feita em qualquer idade.

A Medicina Tradicional Chinesa faz uso de bases teóricas que foram aperfeiçoadas ao longo de séculos e que foram descobertas observando a Natureza e o Universo 4 É uma técnica indolor: as agulhas têm um diâmetro aproximado de 0,13mm, inferior a um fio de cabelo. Mas se, ainda assim, as agulhas o assustam, existem outros materiais que estimulam, da mesma forma, os pontos selecionados; 4 A OMS reconhece que a Acupuntura atua de forma eficaz em diversas patologias.

MARÇO 2021

4 Procure fazer coisas que lhe dão prazer: “nem só de trabalho vive o homem”. Mas lembre-se que tudo quanto é excesso trará malefícios, até mesmo o prazer. 4 Tenha um propósito na sua vida! Os sonhos são importantes, são eles, muitas vezes, que movem as pessoas a alcançarem os seus objetivos. E, claro, faça Acupuntura! Escolha um profissional habilitado e desfrute dos benefícios que essa técnica pode trazer para a sua saúde.

63 >

4 Alimente-se de forma saudável e siga um antigo provérbio chinês: “Tome um pequeno-almoço de rei, almoce como um príncipe e jante como um pobre”. 4 Ingira muita água durante o dia, de preferência à temperatura ambiente. 4 Pratique atividade física de qualquer intensidade (para movimentar o Qi, a energia). Os chineses praticam Qi Gong (Chi Kung) e Tai Chi Chuan. 4 Cuide das suas emoções! Os nossos sentimentos influenciam diretamente na funcionalidade dos nossos órgãos.

<

DICAS para manter sua saúde em equilíbrio


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Mais conforto na menopausa

Arkoreal auxilia o sistema imunitário Os Laboratórios Arkopharma acabam de lançar Arkoreal Imunidade, uma solução farmacêutica à base de geleia real, combinada com equinácea, própolis, pólen e mel, ingredientes que contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário. Estudos in vitro mostraram uma estimulação do sistema imunitário graças à apalbumina-1, uma proteína exclusiva da geleia real. Além disso, a sua combinação com plantas medicinais, como a equinácea, pode ser útil na diminuição dos sintomas da constipação comum.

A menopausa, para além de ser um dos fatores que mais afeta a qualidade de vida da mulher, leva também ao aumento do risco de doenças como a osteoporose, sendo esta uma preocupação para muitas mulheres. De forma a retirar esta preocupação e aliviar as manifestações características desta fase, como os afrontamentos, suores noturnos, cansaço e fadiga, Femal One é uma solução que permite à mulher viver a vida focada no que realmente interessa. Femal One é um suplemento alimentar 100% não hormonal da farmacêutica nacional Tecnifar.

Novo óleo essencial Energizante da Folha D’Água A marca portuguesa Folha D’Água, especializada na criação de produtos 100% naturais, revela mais uma inovação para ajudar a combater o stress e a ansiedade do dia a dia, duas patologias cada vez mais frequentes na conjuntura atual. O novo óleo essencial Energizante reforça assim a gama de essências já disponíveis na linha de saúde e bem-estar da marca. Elaborado com óleos essenciais de laranja doce, lima e zimbro, o óleo essencial Energizante é indicado para técnicas naturais de aromaterapia, perfumando o espaço e proporcionando uma sensação única de bem-estar.

Novo pó nasal atua na prevenção de gripes e constipações

MARÇO 2021

<

Para um ventre mais liso

>

64

Para mulheres a partir dos 45 anos, que desejem voltar a estar em forma, a Thalgo oferece uma resposta corretiva para o volume abdominal e o excesso de água. MÉNOSVELT 45+ associa um extrato de alga castanha Undaria pinnatifidia, titulada em fucoxantina (que ajuda no metabolismo das gorduras), com iodo (que contribui para o normal metabolismo produtor de energia) e um fito complexo composto por chá verde e pó de folha de freixo (reconhecidos por facilitarem a eliminação de água em excesso).

Ferraz Lynce, uma referência no mercado farmacêutico em Portugal, é o laboratório responsável pelo lançamento no mercado português do primeiro pó nasal para a prevenção de gripes e constipações. Nazaleze Cold & Flu Blocker é o primeiro pó nasal preventivo para gripes e constipações, que atua enquanto barreira protetora na mucosa nasal. Formulado através de celulose (HPMC) inerte, Alicina e Hortelã-pimenta, o Nasaleze é um produto à base de extratos naturais, indicado para toda a família, exceto em crianças com menos de 3 anos de idade.

Novidades Uriage A Uriage apresenta duas novidades da gama Xémose. Com uma composição adaptada à pele seca com tendência atópica, Xémose Bruma SOS Antiprurido é um cuidado fresco e leve, com uma aplicação muito prática, para alívio da sensação de prurido em apenas 60 segundos. Por seu lado, Xémose Cuidado Suavizante Ocular apresenta uma textura adaptada ao contorno ocular e pálpebras, nutrindo intensamente, ao mesmo tempo que alivia a sensação de secura extrema, repuxar e desconforto.


Lábios bonitos e hidratados Lançado recentemente, o novo Labello Exfoliante Hidratante é um 2 em 1: Exfolia e Cuida, proporcionando instantaneamente lábios super suaves. É o primeiro exfoliante Labello em stick e uma inovação quando falamos em cuidado diário com os lábios. Contém grãos de origem natural (a partir de amido de milho) que funcionam como partículas exfoliantes. Estes grãos são muito suaves para a pele em comparação com outros ingredientes habitualmente utilizados para exfoliação, como o açúcar.

Novo aliado na higiene íntima das mulheres ativas e dinâmicas! A higiene íntima pode parecer uma atividade rotineira simples, mas as diferenças inerentes ao estado fisiológico e estilo de vida exigem a escolha do produto com a ação mais adequada. Para fomentar hábitos de higiene íntima desde a idade jovem, a Viatris lançou Saugella YouFresh, uma solução de lavagem íntima diária feminina que atende às necessidades das adolescentes e das mulheres ativas e dinâmicas. A sua fórmula específica com extratos naturais fornece uma frescura prolongada e delicada, permitindo uma lavagem suave.

Acupuntura - Osteopatia - Naturopatia Medicina Tradicional Chinesa Auriculoterapia - Iridologia Aconselhamento Nutricional Massagens - shiatsu drenagem linfática manual massagem desportiva e de relaxamento

INSTITUTO DE MEDICINA REGENERATIVA E SAÚDE NATURAL*

TERAPIA REGENERATIVA RECUPERAR DE: • doenças degenerativas, • antienvelhecimento, • doenças crónicas, • pós-radioterapia e quimioterapia, • alergias, • doenças autoimunes, • obesidade, • intoxicações.

Incontinência urinária já não é motivo para limitar a vida social das mulheres Os pensos TENA Silhouette Noir, Prémio Cinco Estrelas 2021, com um grau de satisfação global de 83,4%, são a mais recente gama lançada pela TENA com o objetivo de ampliar as opções de escolha e continuar a derrubar estigmas. Estes pensos para mulheres com incontinência ligeira são os únicos no mercado totalmente pretos e, por isso, invisíveis quando usados com roupa interior escura. Os novos pensos TENA Silhouette Noir devolvem à mulher a autoestima e a liberdade de escolha.

LISBOA • BENFICA • BARREIRO Rua da República da Bolívia, 55 B

Rua Calouste Gulbenkian, 12 D

1500-544 Benfica – Lisboa

2830-048 Barreiro

Tel.: 217 162 046 • Telm.: 932 449 272

Tel.: 212 167 326 • Telm.: 932 449 271

geral@esmot.com

clinica@esmot.com

WWW.ESMOT.COM * Departamento da Corpus Clinic - Terapias Alternativas, Lda.

RECUPERE A SUA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA COM AS TERAPIAS DO FUTURO


[SAÚDE DIVULGAÇÃO] Novo teste rápido de antigénio deteta variante inglesa com taxa de sensibilidade de 99,8% Os testes rápidos de antigénio SARS-CoV-2 da SureScreen Diagnostics já estão disponíveis em Portugal e detetam a variante inglesa da COVID-19 com uma taxa de sensibilidade que atinge os 99,8%. Esta é considerada a mais facilmente transmissível e a que está em crescimento exponencial no nosso país. Os ensaios ao teste rápido de antigénio SARS-CoV-2 da SureScreen Diagnostics, designadamente no que se prende com a deteção da nova variante, foram feitos por investigadores da Public Health England e da Universidade de Oxford, que atestaram o elevado grau de precisão. A qualidade do teste foi também avaliada por outros organismos, como a Fundação Champalimaud. Os testes rápidos de antigénio da SureScreen Diagnostics procuram antígenos de proteína que vivem na superfície do vírus e funcionam adicionando um reagente líquido a uma amostra de saliva ou swab nasal. Produzem resultados em apenas 15 minutos. Este foi o teste escolhido pelas autoridades públicas de saúde britânicas para a testagem em massa da população.

Novo site para marcação de testes rápidos à covid-19 Acaba de ser lançado um site que permite agendar a realização de testes à COVID-19 em 62 locais em todo o país, existindo ainda a possibilidade de execução dos mesmos ao domicílio e em empresas. A plataforma www.covidtesterapido.pt agrega os postos disponíveis em cada distrito, nos quais é possível fazer o teste rápido de antigénio, efetuado através de uma zaragatoa, aprovado pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e pela Direção-Geral da Saúde, e que apresenta alta fiabilidade com desempenhos acima de 93%. O objetivo passa por sistematizar informação, de modo a facilitar e a democratizar o acesso à marcação dos mesmos.

< MARÇO 2021

>

66

Francisco Duarte

Drª Luísa Carvalho (Especialista de Medicina Geral e Familiar)

REVISÃO CIENTÍFICA:

COLABORADORES/CONSULTORES: Dr. A. Coimbra

de Carvalho (Dent.);Dr. Alexandre Fernandes (Nutrição); Drª Ana Maria Cordeiro (Radiodiag.); Prof. Antero da Palma Carlos (Alergo.); Dr. António Manuel Marques (Socio.); Dr. António Meyrelles do Souto (Ortop.); Dr.  Artur Aguilar (Oftalm.); Dr.  Artur P. Galvão (Psiq.); Dr. Baptista Fernandes (Cirur. Estét.); Dr. C. Canas Ferreira (Otorrino.); Dr. César Ramos (Imuno./Alergo.); Drª Cláudia Madeira Pereira (Psicologia Clínica); Dr. Duarte Vilar (Socio.); Dr. E. Melo Rocha (Alergo./Pediat.); Dr. Fernando Lacerda Nobre (Clín. Geral); Prof. Francisco J. Antunes (Venér./SIDA); Prof. Francisco Reich de Almeida (Oftal. Infant.); Drª Isabel do Carmo (Endocri.); Dr. J. Seixas Martins (Cirur. Plást.); Dr. João de Matos Silva (Homeop.); Dr. Joaquim Margalho Carrilho (Ass. Port. Medi. Adicção); Dr. José Pacheco (Sexo); Prof. L. Menezes Falcão (Cardio.); Dr. Libério Bonifácio Ribeiro (Pediat./ Alergo.); Prof. Lincoln Justo da Silva (Pediat.); Dr. Luís Mendes Graça (Obstet.); Dr. Manuel Costa Guerreiro (Psiq.-Assoc. Defesa Saúde Mental); Dr. Manuel Neves e Castro (Gineco.); Drª Margarida Cordo (Psico-Socio.); Drª Maria Antónia Frasquilho (Psiq. Med. Trabalho); Dr. Mário Andrea (Otorrino.); Nazaré Nunes (Estét.); Drª Paula Martinho da Silva (Adv.-Ética); Dr. Paulo Guimarães (Urolog.); Dr. Pedro Levy (Psiq.); Associação de Planeamento para a Família. E-MAIL:

saudebemestar@silroc.pt

Raquel Madureira, Adobe Stock, Arquivo FOTOGRAFIA:

PUBLICIDADE:

Carlos Ramos carlos.ramos@silroc.pt Enézia Tibério marketing@silroc.pt

Thalgo associa-se ao projeto The Sea Cleaners O mar foi sempre uma fonte de energia para o homem, capaz de regenerá-lo física e mentalmente. Graças à presença de plantas marinhas, o oceano liberta mais oxigénio para a atmosfera do que qualquer floresta do mundo.

DIRETOR:

Mas este ecossistema está sufocado pela poluição aquática, 80% da qual é de origem terrestre. Mais de 8 milhões de toneladas de plásticos são lançados no oceano, a cada ano, o que equivale a um camião de lixo a cada minuto. Se não agirmos, daqui a 30 anos haverá mais plástico do que peixes nos oceanos! A THALGO, laboratório que sempre investiu na proteção do meio ambiente e do fundo marinho, acaba de anunciar a associação ao projeto do explorador Yvan Bourgnon, The Sea Cleaners, destinado à limpeza dos oceanos e redução do desperdício de plástico. Um dos principais objetivos é a despoluição de plástico dos oceanos, enquadrado no Projeto Manta – a construção de um barco coletor e reciclador dos macro-resíduos plásticos, que percorrerá os mares e oceanos mais poluídos do mundo.

ASSINATURAS:

assinaturas@silroc.pt

EDITOR:

Silva&Rocha Editores, Lda Rua Jaime Batalha Reis, nº 1 C - R/C C 1500-679 Lisboa DIREÇÃO, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ASSINATURAS:

Rua Jaime Batalha Reis, nº 1 C - R/C C 1500-679 Lisboa Tel.: 21 754 31 90 IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

Ligação Visual, Lda Casais de São Martinho, Jerumelo 2590-429 Sapataria www.ligacaovisual.pt DISTRIBUIÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL:

VASP - Soc. de Transportes e Distribuições, Lda Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacem TIRAGEM:

30 000 exemplares

Ana de Sousa 214655148 REGISTO NA ERC: 117447, de 93/08/05 Depósito Legal nº 77 725/94 PROPRIETÁRIO:

Nº DE CONTRIBUINTE:

Interdita a reprodução, parcial ou integral, de textos ou ilustrações.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.