Nós & os Outros Instituição
Espiritual
Envelhecer em Casa
Santos como Deus
Comunidade
Rostos
Uma Farmácia Social
Histórias de um Irmão
Animação
Equilíbrio
O Nosso Verão
Prevenir é o Melhor Remédio
Semear para Colher
Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo Rua Irmã Sousa, n.º 1 - Apartado 144 7051-909 Montemor-o-Novo
515 anos ao Serviço da Solidariedade Social Telefone: 266 898 410 Fax: 266 898 411 E-mail: scmmn@mail.telepac.pt https://www.facebook.com/santacasamontemor Ficha Técnica Propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo Rua Irmã Sousa, n.º 1 – Apartado 144 – 7051-909 Montemor-o-Novo Periodicidade: Trimestral – Tiragem: 600 exemplares N.º Depósito Legal: 395196/15
Impressão: SIRE - Gráfica Eborense PITE - Rua da Mecânica, 16-18 – Apartado 28 – 7002-501 Évora Telef. e Fax: 266 750 557 - Email: oficina@adefesa.org - Cont.: 500 416 370 Design e paginação: Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo
Distribuição Gratuita 2
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Edição
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setembro 2015
Sumário
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6 Uma Instituição de pessoas para pessoas
7 Envelhecer em casa 9 Uma farmácia social 10 Sensibilizar e informar 11 O nosso verão
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18 Atividades
13 Santos como Deus 14 Semear para colher 16 Histórias de um Irmão 17 Prevenir é o melhor remédio 18 Parceria com Pingo Doce
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Editorial
Júlio Vilela Provedor
…sensibilizar todos os colaboradores, no sentido de formarem uma única equipa... Neste pequeno espaço que nos é reservado, falaremos nesta edição, sobre o contributo que uma das nossas Valências dá à governação da nossa Instituição, no que respeita, fundamentalmente, às receitas geradas, e, que tão preciosas são para podermos bem-fazer aos mais necessitados da nossa comunidade. Falamos da Farmácia da Misericórdia. Pensamos ser importante informar toda a comunidade que, sendo uma Farmácia de cariz social, todos os lucros obtidos revertem a favor de toda a comunidade que nos solicite ajuda, cujo número, infelizmente, tem vindo a aumentar nos últimos anos. Contudo, embora seja uma pequena parte daquilo que a Santa Casa necessita para fazer face ao conjunto de despesas, seria bom que a população sentisse e soubesse que recorrendo à compra dos produtos que colocamos à sua disposição, está a contribuir para minorar as necessidades e sofrimento de muitos. As despesas são elevadas, sendo uma parte substancial, destinada ao custo com pessoal, cujo número, não deve ser reduzido, para que continuemos a prestar um serviço de qualidade, devendo, também, ter-se em conta que a criação e manutenção de emprego é seguramente um ato social.
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Noutro artigo desta Revista é descrito de forma clara a valorização do capital humano, que é uma preocupação constante desta administração.Valorizando todos, mas de maneira especial aquelas que de forma direta prestam apoio e carinho aos nossos utentes, jovens e idosos, em trabalho de equipa com um conjunto de técnicos qualificados e dedicados.Tudo isto só é possível com um trabalho complementar dos colaboradores que em back office permitem o normal funcionamento da Instituição. Procuramos, na dinâmica dada ao funcionamento da Santa Casa, sensibilizar todos estes colaboradores, no sentido de formarem uma única equipa, ou seja, devendo todos vestir a mesma camisola, que é, sem dúvida, a da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, contribuindo para o bem comum. Quando terminávamos este texto fomos informados da saída, para outra Paróquia, do nosso Capelão e Amigo, o senhor Padre Luís Santos, que tão bem soube, através da sua atitude e das suas palavras, contribuir para o bem-estar, de forma especial, dos nossos utentes idosos. Já sentimos saudades. Em nome da Mesa Administrativa agradecemos toda a ajuda que nos prestou e desejando-lhe as maiores felicidades.
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Instituição
Uma reflexão partilhada
Por: Maria Valério, Vice-Provedora Rita Saiote de Oliveira, Diretora Técnica
Uma Instituição de Pessoas e para Pessoas O Capital Humano é considerado elemento central das organizações sem fins lucrativos, tendo em conta a natureza do trabalho desenvolvido, sendo formado por todas as pessoas que integram as mesmas. Neste sentido, os colaboradores são o ativo mais importante deste tipo de organização, uma vez que estes, alinhados com a Mesa Administrativa, são parte fulcral para se atingirem os objetivos organizacionais. Envolvida na atual conjuntura económica e social, a organização reconhece como fator essencial para atingir os seus objetivos, a necessidade de ter colaboradores qualificados e flexíveis que respondam eficientemente às mudanças estruturais. Conscientemente, acreditamos que utilizar de forma correta os conhecimentos, as capacidades, as habilidades e outras características dos nossos colaboradores contribui para o sucesso organizacional. Com uma dimensão considerável (mais de 100 colaboradores), e sendo o segundo maior empregador de Montemor-o-Novo, foi imprescindível reconhecer a importância e pertinência do percorrer do caminho baseado nestas premissas. Só assim poderemos ter a garantia de futuro desta instituição bem como a sua sustentabilidade. Reconhecer que as pessoas são o ativo mais importante, reconhecer o peso que representam no todo da instituição, não se resume, de forma alguma, às questões económicas que lhe estão adjacentes. É um facto, todos sabemos, que no total dos mapas de custos da organização, a parcela afeta aos custos com pessoal tem um grande peso. Enorme, até. Mas jamais a sua importância pode ser reduzida a este fator. Para a Santa Casa da Misericórdia, estes RECURSOS não são só RECURSOS. São pessoas, são a ORGANIZAÇÃO. Tal como nós não somos um recurso das nossas famílias, mas sim um elemento, também na organização cada um de nós é parte do todo. E é importante mesmo por isso. Reconhecer a pertinência destes ativos na qualidade dos cuidados e da própria organização obrigou a Santa Casa a caminhar numa procura incessante de ter profissionais mais qualificados, mais competentes, mais flexíveis à mudança, mais motivados, embebidos obrigatoriamente do espirito de Misericórdia, da sua missão (institucional e/ou afeta à função) e na partilha das causas. Se é uma realidade que está a alterar o tipo de cliente e as exigências deste face à instituição, então, também nós temos de ser exigentes na procura de profissionais mais capazes de responder a este desafio, colaboradores com vontade de aprender e de melhorar.
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Gerir pessoas não é fácil. Deixarmo-nos gerir, também não. Contudo, o esforço diário da Mesa Administrativa, Diretoras Técnicas, Coordenadores e Colaboradores em geral é aceitar este paradigma, ultrapassando uns primeiros abalos que se possam sentir. Uma certeza nós temos: só vamos conseguir contribuir para a qualidade de vida dos que apoiamos quando tivermos o cuidado e a preocupação de contribuir para a felicidade dos que trabalham connosco. Possibilitar isto é um constante desafio. Por muito esforço que uma Mesa Administrativa deposite na Gestão dos seus Recursos Humanos, conseguir uma verdadeira e efetiva gestão de pessoal é um feito heroico. A Gestão de Pessoas “é uma estrada com dois sentidos.” Numa área onde os vencimentos são baixos, onde não é possível recompensar financeiramente os colaboradores, é necessário encontrar outras formas de motivação para quem trabalha nestas organizações. “Agarrar” uma equipa só é possível quando conseguimos boas equipas. Onde se olha individualmente para as competências e capacidades de cada um, apelando aos seus “dons” de forma a colocá-los, o mais possível, ao serviço do outro. Adaptar colaboradores às funções ajustadas, permitir a mobilidade e progressão na organização, e mais alguns “mimos”, foram as formas encontradas como alternativas à motivação puramente financeira: Postal de Aniversário; 2 dias de folga adicionais (31 de maio e uma folga extra durante o período natalício); Almoços Convívio (Natal, aniversários das respostas sociais, sardinhada, churrasco); Reconhecimento dos colaboradores em atos públicos ou documentos internos; Apoio do ATL aos filhos das colaboradoras em situações pontuais e urgentes; Descontos na nossa Farmácia. Incontestavelmente, estes pequenos “mimos” são muito pouco perante todos os ganhos que os Recursos Humanos nos podem dar. Mas a todos dizemos, constantemente, que na Santa Casa temos pessoas com os ingredientes certos: pessoas apaixonadas pelo que fazem, com entrega e dedicação, entusiasmadas com as pequenas coisas, que acreditam em nós, na nossa missão e que, muitas vezes, se sacrificam para fazerem os outros felizes. E nós orgulhamo-nos de tudo isto. Para o futuro, deixamos uma certeza. Mais, um compromisso: criar as condições para que tudo isto possa crescer.
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Por: Anabela Bilro Casadinho Coordenadora do SAD e do Centro de Dia
Envelhecer em casa
O envelhecimento diz respeito a todos nós e muitas vezes deparamo-nos com a afirmação “ser velho é o melhor que nos pode acontecer”. No entanto, sendo a velhice um fenómeno cada vez mais inevitável, tentamos que ela decorra de forma saudável, ou seja, com elevados padrões de qualidade de vida. Todos nós já pensámos um dia como será “ser velho”, o que nos irá acontecer, se seremos saudáveis, se estaremos sozinhos ou se teremos a nossa família por perto, se, porventura, iremos continuar no nosso lar de há tantos anos… São questões que surgem na vida de todas as pessoas a partir de uma determinada altura. O facto de todos nós sermos filhos de alguém, e a maioria também ser um dia, pai ou mãe de alguém, é algo que nos
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leva a ter um sentimento de pertença, um sentimento de grande responsabilidade perante o pai, a mãe ou o filho. Estes laços que se vão criando ao longo das nossas vidas permitem o crescimento de uma relação a que, na sabedoria popular, nos referimos como “dar agora aos nossos filhos, para mais tarde podermos receber”. É esta relação de troca que caracterizou, durante muito tempo, a maioria das famílias na nossa sociedade atual. Contudo, esta relação de troca, caracterizada por uma prática de solidariedade em relação aos filhos e, mais tarde, uma prática de solidariedade realizada no sentido inverso, tende a estar comprometida devido às rápidas e variadas mudanças no quotidiano.
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A realidade dos nossos tempos indica que a situação económica que se repercute diretamente sobre as famílias não deixa espaço para se responsabilizar exclusivamente a mulher no apoio ao familiar idoso, como era costume na nossa sociedade. Cada vez, é mais raro que uma mulher deixe a sua vida profissional para se ocupar desse familiar, visto que as condições socioeconómicas das famílias se encontram, numa grande maioria, em precariedade. Neste contexto socioeconómico, surge então a preocupação com o prolongamento da vida da pessoa idosa, evitando o sofrimento e preservando as condições físicas, psíquicas e sociais necessárias para uma velhice com felicidade. Embora o recurso às Estruturas Residenciais para Idosos seja uma opção e também seja cada vez mais frequente, existem outras opções para serem ponderadas. É neste sentido que o SAD (Serviço de Apoio Domiciliário) surge como uma opção a ser tida em linha de conta pelas famílias. Esta resposta social é considerada, por muitas pessoas em situação de velhice ou dependência (situações de doença prolongada ou deficiência não relacionadas com a velhice), como uma forma de continuarem inseridas no seu meio habitual de vida, rodeadas daquilo que lhes é querido, mantendo desta forma, a sua própria identidade e relação familiar. Temos de pensar na pessoa idosa ou dependente como um ser humano que gosta de ser respeitado na sua maneira de estar ou ser. ou, por outras palavras, utilizando novamente a sabedoria popular “não faças ao outro, aquilo que não gostarias que te fizessem a ti” e como “a condição de velhice ou dependência” nos poderá vir a atingir. Quem não gostaria de permanecer no seu lar? O SAD da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo tem como objetivo principal proporcionar uma excelente qualidade de vida à pessoa idosa ou dependente, sem que esta tenha de deixar o conforto do seu lar, os seus costumes e as suas rotinas. Este serviço conta com uma equipa composta por profissionais das mais variadas áreas, especializados e altamente qualificados, para responder de forma eficaz às necessidades das pessoas idosas ou dependentes.
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O SAD integra um conjunto de serviços que asseguram a permanência da pessoa idosa ou dependente no seu domicílio, prevenindo a sua institucionalização precoce, nomeadamente: Fornecimento de refeições; Cuidados de higiene pessoal; Limpeza e arrumação do domicílio; Tratamento de roupa (lavar e engomar); Assistência medicamentosa (aquisição e preparação); Cuidados de enfermagem; Fisioterapia; Orientação no acesso a serviços da comunidade; Promoção de atividades de animação; Serviços de apoio ao utente e prestador de cuidados, Teleassistência Por outro lado, este conjunto alargado de serviços está também direcionado para uma outra dimensão social, diretamente ligada à pessoa idosa ou com dependência. Referimo-nos ao cuidador informal, aquele familiar, amigo ou mesmo o vizinho do lado que presta os cuidados. E tendo em conta o desejo das famílias em manterem os familiares no seu domicílio, o SAD constitui-se como uma oportunidade de concretizarem esse desejo, reduzindo e aliviando a sobrecarga desse cuidador. São inúmeros os casos em que nos deparamos com uma esposa debilitada e fragilizada, cuidando do seu marido; em que encontramos um marido desesperado e angustiado, por não se sentir capacitado para cuidar da sua esposa, companheira de longa data, que ao longo dos anos tudo fez por ele. E não vamos esquecer aquela vizinha, aquela que presta ajuda à pessoa isolada, que vive mesmo ao lado da sua porta, oferecendo-lhe serviços de higiene, alimentação, por vezes até cuidados de saúde. Também muito frequentes são os casos em que os filhos caem no desespero, não podendo abdicar das suas vidas profissionais, para darem o apoio diário e necessário ao bem-estar dos seus pais. Todas estas situações, por vezes dramáticas, podem ser alteradas recorrendo ao SAD e à sua equipa de profissionais. O SAD pode proporcionar repouso ao cuidador informal e disponibilidade para realizar outras atividades essenciais ao seu quotidiano. Desta forma, estamos em casa da pessoa idosa ou dependente, ao seu lado, assegurando diariamente a satisfação de todas as suas necessidades básicas.
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Por: Irene Projecto Diretora Técnica
Comunidade
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Uma Farmácia Social A Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, casa de bem fazer, aplica os lucros obtidos no bem ao próximo, construindo as Respostas Sociais que a nossa população tão bem conhece e necessita: os Lares de Idosos, o Centro de Atividades de Tempos Livres, o Serviço de Apoio ao Domicilio, o Centro de Dia, a Família e Comunidade e todas as ações que decorrem ao longo do ano em prol dos mais necessitados. Uma parte significativa do valor aplicado nestas obras vem da Farmácia, que até à data do início da crise era substancialmente maior. A farmácia sempre foi uma forte fonte de financiamento da Misericórdia que permitiu obras tão valiosas e grandiosas que ainda hoje servem os que delas necessitam. São os utilizadores, utentes, clientes, doentes da farmácia que permitem que a obra da Santa Casa seja feita e desfrutada pela população de Montemor. São estes que, indiretamente, nos ajudam a ajudar os mais carenciados que diariamente recorrem a Santa Casa. Não é comum pensar que ao aviar uma receita na farmácia da Misericórdia ou comprar uma embalagem de creme, estou a ajudar alguém que tem fome, não tem roupa ou necessita de cuidados geriátricos. É essa a mensagem que gostaríamos de transmitir. Os clientes da
Farmácia da Misericórdia são cidadãos solidários pois com as suas compras estão a contribuir para os apoios que a Santa Casa presta diariamente. A Farmácia da Misericórdia é um espaço modernizado, cheio de luz e cor que serve toda a população pensando no bem ao próximo. Com um atendimento personalizado e de proximidade caminhamos no sentido de fidelizar clientes, responder com eficácia às suas necessidades no estabelecimento de uma relação comercial de profunda empatia, entrega e amizade. A Santa Casa é a segunda entidade empregadora de Montemor-o-Novo e utilizar as suas valências é contribuir para a dinamização do concelho e manutenção dos cerca de 100 postos de trabalho. A Farmácia está duplamente incluída nestes serviços e prestação de bem-estar à população.
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Por: Luís Miguel Henriques Técnico de Investigação Social
Sensibilizar e Informar A Consulset é uma entidade formadora acreditada pela Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, que tem desenvolvido o seu trabalho junto de diferentes entidades e organizações e que atualmente faz parte da Rede Nacional de Responsabilidade Social. Neste sentido, foi estabelecido um protocolo de colaboração entre a Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo e a Consulset, no sentido de serem levadas a cabo algumas iniciativas de sensibilização e informação dinamizadas de forma gratuita, quer para os nossos colaboradores quer para os utentes da Valência “Atendimento e Acompanhamento Social - Família e Comunidade”. Assim, ficou desde logo estabelecido, a realização de 4 sessões de sensibilização e informação direcionadas para as famílias acompanhadas por nós no âmbito da “Família e Comunidade” incidindo sobre as seguintes temáticas: - As mulheres e o mercado de trabalho - Igualdade de género
- Violência doméstica - Tráfico de seres humanos Posteriormente serão dinamizadas as ações de sensibilização e informação direcionadas para todos os nossos colaboradores, procurando a qualificação, formação e capacitação dos nossos recursos humanos.”
Por: Marisa de Oliveira e Silva Psicóloga
Desenho Infantil retirado do Livro “ Testemunhos – Pobreza no Concelho de Montemor-o-Novo” 10
O livro “Testemunhos – Pobreza no Concelho de Montemor-o-Novo” é uma iniciativa integrada na Focus Week dedicada à semana da luta contra a pobreza, que partiu de um desafio lançado pela EAPN (European Anti-Poverty Network), do Núcleo Distrital de Évora. Neste sentido consideramos ser importante realizar uma atividade concelhia que permitisse uma maior sensibilização para esta problemática e que ao mesmo tempo proporcionasse uma maior reflexão aos participantes. Tudo isto compôs o nosso livro, que contou com a participação das seguintes Instituições: Colégio Jardim dos Sentidos, Abrigo dos Velhos Trabalhadores, O Girassol, Casa João Cidade, Cercimor (CAFAP) e o CL DS + de Montemor-o-Novo. O seu lançamento está previsto para a semana da Luta Contra a Pobreza e do mês do cidadão idoso em outubro de 2015 num palco de parcerias e de interações. Com a construção do livro conseguimos alcançar um diagnóstico mais atualizado da pobreza no nosso concelho, e também lançar luzes de esperança face às atuais circunstâncias, defendendo um futuro mais positivo e mais solidário. www.scmmn.com
Animação
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O Nosso Verão
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Por: Pe. Luís Hélder dos Santos Capelão
Espiritual
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Santos como Deus Deus é Santo, e nós somos participantes da sua santidade, chamados a alcançar uma perfeição sempre maior, a sermos santos como Ele. Santo é todo aquele que procura em cada dia esforçar-se por ser melhor, por viver o Evangelho, por querer fazer sempre a vontade de Deus, por querer assemelhar-se cada vez mais com Ele, por ser fiel todos os dias, até nas coisas mais pequenas e insignificantes… Fiel no amor, no seu trabalho, aos amigos, a Deus, à oração. Ela é o meio mais importante para o nosso caminho de santificação! Através de uma oração perseverante, confiante e humilde, podemos entrar verdadeiramente na intimidade de Deus, viver unidos a Ele, senti-lO mais próximo da nossa vida, partilhando as nossas alegrias e atento aos dramas que por vezes afetam a nossa existência. Santa Teresa do Menino Jesus diz que a oração é “um impulso do coração, um simples olhar lançado para o Céu, um grito de gratidão e amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria”. Mas a oração não é algo que se defina, é antes algo que se aprende fazendo-a. Quando os discípulos pedem a Jesus que os ensine a orar, Ele ensina-lhes aquela oração que se aprende logo desde criança, e rezada
diariamente fica na memória para todo o sempre: o Pai-Nosso. É a oração do cristão, de todos aqueles que acreditam em Jesus e se dirigem a Deus aceitando-o como um Pai. É a oração rezada pelo próprio Cristo, pela qual pedimos ao Pai apenas aquilo que nos pode ajudar a viver neste mundo como autênticos filhos seus, confiados na sua providência, desejando apenas o essencial para cada dia, pedindo atitude novas que renovem a nossa vida e a relação com os outros e o mundo. Sejamos corajosamente perseverantes, saboreemos cada palavra desta oração que nos introduz na escola de Jesus, deixemo-nos santificar por Deus… Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixei cair em tentação mas livrai-nos do mal. Amém.
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Por: Rita Saiote de Oliveira Diretora Técnica
Semear para Colher
Instituição
“Mas é preciso morrer e nascer de novo semear no pó e voltar a colher há que ser trigo, depois ser restolho há que penar para aprender a viver” in “restolho” – Mafalda Veiga Quando, em 1987, Mafalda Veiga (reconhecida cantautora da nossa terra) lançou o tema “Restolho”, estava longe de imaginar como as suas sábias e sentidas palavras se perfilavam com lógica naquela que é a atualidade da nossa organização. As boas sementes dão bons frutos quando semeadas em terrenos férteis, assim dizia Jesus na parábola do Bom Semeador. Mas o ato de semear e colher implica muitas fases, algumas árduas e penosas, duradouras no tempo, que nos fazem desanimar e querer desistir. Ainda assim, quando aparecem os primeiros rebentos, as primeiras plantas e os primeiros frutos, volta o alento, aumenta a motivação e o desejo de querer continuar. Nos últimos anos todos estes pensamentos, anseios e inquietudes invadiram as organizações do 3.º setor. O futuro é incerto, os custos são cada vez mais elevados, os apoios e financiamentos cada vez mais reduzidos. Depois vêm as exigências, os normativos, as adaptações a novas diretrizes e toda uma realidade que, numa primeira análise, dificultam a estabilidade das organizações. 14
Perante este cenário, dois caminhos se impõem: rendemo-nos às dificuldades ou aceitamos estes novos desafios como a hipótese de mudar o rumo da nossa organização. Num concelho vasto (em dimensão e em gentes), problemático no que respeita ao desemprego, à escassez económica e a tantas outras problemáticas difíceis de integrar e ultrapassar, não seria possível (nem em pensamentos) seguirmos o primeiro caminho, mesmo conscientes das fortes dificuldades que a instituição vivia e, de alguma forma, ainda vive. Mesmo assim, seguimos em frente. Mas este “seguir em frente” implica uma mudança de paradigma institucional no que respeita à gestão de recursos: económicos, financeiros e humanos. Em primeira mão, foi necessário um olhar crítico sobre a prática instituída e, a partir dessa reflexão e análise, potenciar outras formas de pensar e agir, rumo à sustentabilidade da organização. Sendo a Sustentabilidade um conceito atual e vulgarizado no discurso comum, passou a ser um objetivo em si mesmo para a nossa www.scmmn.com
intuição, integrando-a como um princípio basilar que norteia toda a realidade institucional. Falar de sustentabilidade é equacionar a instituição a longo prazo, é desenvolver estratégias para garantir o nosso amanhã, tendo presente o compromisso de crescimento efetivo, enquadrando a Misericórdia na envolvente global, isto é, numa interação constante com o exterior, seja comunidade local, empresas e/ou instituições sociais. Este “olhar para fora” leva à necessidade de partilha e de rede, no sentido de dar a conhecer a nossa organização, ao mesmo tempo que conhecemos os outros, num desafio de cooperação constante e mútuo. Garantir o futuro, com qualidade e inovação social, requer que este princípio seja abordado mais do que numa perspetiva financeira ou económica, também numa condição de parceria e de recursos partilhados, assim como no desenvolvimento de um trabalho cada vez mais direcionado na e para a comunidade. Assim, é reconhecido pelos órgãos dirigentes que uma verdadeira gestão da organização tem de passar a integrar uma dimensão financeira e de sustentabilidade e uma dimensão de promoção e visibilidade institucional. Efetivamente, uma das limitações deste conceito quando aplicado às instituições do 3.º setor, prende-se com as questões de caráter económico barradas pelo fraco crescimento que o mesmo proporciona. Assim, são necessárias alternativas e, desconstruindo o conceito, passarmos a dar ênfase, espaço e relevância a outros componentes, até então pouco valorizados na área social. Não é seguro continuarmos a acreditar que iremos ficar eternamente dependentes de financiamentos públicos e das mensalidades das respostas sociais, afastando toda e qualquer leitura enviesada que esta afirmação possa suscitar. Desenvolver um plano estratégico que tenha por base estes princípios e integrar neles as dimensões essenciais – Financeira/ Sustentabilidade da Instituição; Promoção (Marcar posição na
Comunidade), Visibilidade, Marketing e a Inovação/Qualidade/ Qualificação – foi um caminho encontrado pela nossa instituição. De uma forma natural, mas muito pensada pela organização, foi desenvolvido um Plano Integrado de Angariação de Fundos constituído por campanhas de angariação de fundos/bens, exploração de áreas negócios e candidaturas a projetos financiados. Todo este trabalho obrigou a uma reflexão partilhada pela organização, em todos os patamares; obrigou a uma olhar introspetivo que nos deu a possibilidade de nos conhecermos muito melhor a nós mesmo (intrasetores e intersetores) assim como o conhecimento do meio através da identificação de segmentos de clientes, parceiros e concorrentes; e permitiu-nos ainda ter a possibilidade de reconhecermos os nossos pontos fracos e fortes enquanto organização. Integrarmos estas dimensões como forma de gestão acarreta inicialmente alguns custos (semear para colher), dedicação e alocação de recursos humanos. Contudo, não há percas, apenas ganhos. Em última instância, se com uma campanha/ação não conseguirmos obter o aumento das receitas, pelo menos que resulte em bens ou serviços que nos permitam reduzir os custos que seria necessário a instituição enfrentar para os obter. E, se ainda assim não for possível aumentar receitas ou diminuir despesas, é certamente possível darmo-nos a conhecer, valorizar socialmente o nosso trabalho, aumentar a probabilidades de sucesso futuro e acreditar que, a longo prazo, se recolham os “Bons Frutos” deste nosso esforço. Este paradigma é verdadeiramente um desafio para todos os colaboradores, defendendo a sustentabilidade como um meio para atingir uma gestão estratégica, envolvendo toda a organização. A partilha e integração horizontal deste paradigma irá promover alianças de confiança que nos possam garantir serviços de qualidade e inovação social.
“Nossa vida é um caminho, quando paramos, não vamos para frente”. Papa Francisco
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Por: Paulo Raposo Irmão da Misericórdia
Rostos
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Histórias de um Irmão Alentejo, terra vasta e rica pela qualidade dos seus produtos. Vasco da Gama, alentejano, levou nas suas naus, até à Índia, trigo e vinho do Alentejo para poderem celebrar a eucaristia durante a longa viagem. A população é escassa, assim, viu-se obrigado a convidar ranchos de homens, especialmente das Beiras, para ajudar no trabalho das colheitas. Corria o ano de 1895, quando o meu bisavô e o meu avô vieram com uma enxada às costas, juntarem-se aos ranchos, para ganharem mais cobres para o sustento da família em Fermentelos. Nestas vindas ao Alentejo, o meu avô, pela sua honradez adquiriu amizades e conhecimentos. Com o andar da vida e já a morar, em Lisboa, mais precisamente em Braço de Prata, veio a adquirir em 1921 a Herdade da Ameira por sugestão do seu grande amigo Sr. João Comenda, tendo este ficado como rendeiro. Foi assim que estas duas famílias se cruzaram na vida, até aos dias de hoje. Não tarda que a 5.ª geração entre na roda. Foi com este pano de fundo que no ano 21x14,8.pdf 1 08/04/15 15:28 2000, O Sr. Prof. Carlos Pinto de Sá nos convi-
dou para construir um hotel, pois o Concelho não tinha nenhuma unidade hoteleira. Até que, no dia 11 de Maio de 2002, foi inaugurado pelo Presidente do Município, o Hotel Rural da Ameira, a primeira unidade hoteleira do concelho. Foi uma audácia. O novo hotel, na categoria de três estrelas, dispõe de sessenta quartos, dispostos em vários blocos térreos, conseguindo uma notável integração na paisagem. Dispõe de piscina, campo multiusos, capela e de vários espaços de lazer, para além da possibilidade do cliente, poder desfrutar da natureza, e da tranquilidade oferecida pela planície alentejana. Doze anos após a inauguração, o hotel sofreu grandes remodelações, que o tornam uma referência no turismo rural alentejano, o designado Turismo de Natureza. Hoje podemos afirmar que o Hotel é ecológico, pois investimos nas energias renováveis, com painéis solares para aquecimento das águas sanitárias e painéis foto voltaicos para produção de energia, no novo regime de auto consumo. O Alentejo está na moda e está por descobrir.
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Equilíbrio Por: Joaquim Ramalho Fitas, Médico Fátima Pinto, Enfermeira
Prevenir é Melhor que Remediar Com a queda das temperaturas, muitos são as pessoas Idosas que procuram os serviços de saúde no sentido de lhes ser administrada a Vacina da gripe. No entanto, existe felizmente uma minoria que ainda excluem essa hipótese, a falta de informação, uma má experiência leva-os a criar alguns Mitos. Como diz o provérbio, “prevenir é melhor que remediar” então cabe a nós equipa de saúde explicar os benefícios da vacinação, desmistificando todas as dúvidas. A vacinação é a melhor forma de prevenir a gripe e as suas complicações. A vacina é eficaz e segura. A campanha nacional de vacinação contra a gripe já ocorre há 13 anos, embora seja um ato gratuito, e um direito, para a população mais vulnerável, continua a ser difícil atingir as metas delineadas pela Direção Geral de Saúde. Como o pico de atividade gripal em Portugal tem ocorrido entre Novembro e Fevereiro, a vacina contra a gripe deve ser administrada a partir do mês de Outubro, podendo no entanto sê-lo feito ao longo da época gripal. Quando a vacina da gripe é administrada a um indivíduo, o sistema imunitário (sistema de defesa natural do organismo) irá produzir a sua própria proteção (anticorpos) contra a doença, prevenindo cerca de 90% dos casos. Nenhum dos componentes da vacina pode causar gripe. A vacina não o(a) irá proteger, contra uma constipação comum, mesmo que alguns sintomas sejam semelhantes aos da gripe. As vacinas como qualquer medicamento podem ter con-
sequências indesejáveis, no entanto a vacina contra a gripe raramente provoca efeitos colaterais e quando observados são geralmente ligeiros. Frequentemente um em cada dez indivíduos sofre de algumas reações adversas: - Dores de cabeça - Sudação (Transpiração) - Dores musculares (mialgia), dores articulares (artralgia) - Febre, mal-estar geral, arrepios, fadiga - Reações locais: vermelhidão, inchaço, dor, nódoa negra (equimose), endurecimento à volta da área onde a vacina foi administrada Estas reações geralmente desaparecem em 1-2 dias sem tratamento. A vacina está no entanto contra indicada em situações especiais, por este facto o seu médico/enfermeiro são as pessoas indicadas para o aconselhar. - Pessoas com antecedentes de reação grave a uma dose anterior da vacina. - Pessoas com alergia ao ovo. Assim considera-se que a Vacinação Anual contra a gripe é uma das medidas mais eficazes para a prevenção de doenças e suas complicações. O tratamento e a convalescença da gripe não complicada devem ser efetuadas em contexto domiciliário e com recursos a medidas simples. Com diz a velha história ”o seguro morreu de velho”, vamos tomar como exemplo e procurar mudar os nossos comportamentos.
Comércio de Pneus e Acessórios para Automóveis de: Manuel Fernando Malhão Prestamos todo o serviço relacionado com pneus onde destacamos a nossa assistência móvel e o nosso alinhamento de direção apoiado na nova máquina Hunter AW 340 Elite
Courela da Pedreira - Rua das Oficinas, Lote 10 Telefone e Fax: 266 891 326 | Telemóvel: 935 047 029 Email: sobrerodasmm@gmail.com Apartado 266 - 7051-909 Montemor-o-Novo www.scmmn.com
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Parceria com Pingo Doce A Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo iniciou uma parceria com o Pingo Doce, com intuito de desenvolver algumas atividades de cariz social. Assim, no passado dia 29 de julho de 2015 demos inicio a esta parceria com a colocação de um depósito que servirá para recolher têxteis lar, roupas, calçado e brinquedos. A recolha destes diversos materiais ali colocados será feita regularmente, pela empresa Sarah-Trading, que posteriormente selecionará as peças que ainda podem ser utilizadas para distribuir pelos mais necessitados. As peças que se encontrem danificadas serão alvo de reciclagem, sendo depois transformadas em novas peças, como por exemplo tapetes etc...
Depósito de recolha de roupa para reciclar no Pingo Doce de Montemor-o-Novo
Ajude-nos a ajudar Ainda no âmbito desta parceria com o Pingo Doce, no fim de semana de 3 e 4 de outubro, a Santa Casa da Misericórdia, irá realizar uma recolha de bens alimentares. Todos os bens alimentares recolhidos nesta campanha serão posteriormente distribuídos pelas famílias carenciadas do concelho de Montemor-o-Novo, que mensalmente recorrem à Santa Casa da Misericórdia.
DANITUiTION, Unipessoal Lda. PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA Sede Social: Rua Nossa Senhora da Visitação LT. B10 RC. ESQ.TR. 7050-265 Montemor-O-Novo Logística e Distribuição: Parque Industrial de Adua LT. I 27-Montemor-O-Novo Telemóvel: 967 877 864 | 931 151 382 | Email: danituition@gmail.com 18
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* PORTUGAL EUROPA
Dupla Revolucionária na Muda da Fralda
*Fonte: hmR-MAT Dez’14.
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