Nós & os Outros Instituição
Despedida do Padre Luís Santos
Comunidade
Pão com Solidariedade
Animação
Mês do Cidadão Idoso
Espiritual
Ano Santo da Misericórdia
Rostos
Serviços Centrais
Equilíbrio
Receita do Exercício Físico
De mãos dadas
Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo Rua Irmã Sousa, n.º 1 - Apartado 144 7051-909 MONTEMOR-O-NOVO
515 anos ao Serviço da Solidariedade Social Telefone: 266 898 410 Fax: 266 898 411 E-mail: scmmn@mail.telepac.pt https://www.facebook.com/santacasamontemor FICHA TÉCNICA Propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo Rua Irmã Sousa, n.º 1 – Apartado 144 – 7051-909 MONTEMOR-O-NOVO Periodicidade: Trimestral – Tiragem: 500 exemplares N.º Depósito Legal: 395196/15
Impressão: SIRE - Gráfica Eborense PITE - Rua da Mecânica, 16-18 – Apartado 28 – 7002-501 ÉVORA Telef. e Fax: 266 750 557 - Email: oficina@adefesa.org - Cont.: 500 416 370 Design e paginação: Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo
Distribuição Gratuita 2
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Edição
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dezembro 2015
Sumário
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Despedida do Padre Luís Santos
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Organização do Espaço para Melhor Intervir
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Festas de Natal
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De mãos dadas
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Ano Santo da Misericórdia
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Testemunhos da Pobreza em Montemor-o-Novo
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Serviços centrais
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F. E. A.C.
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Receita do exercício físico
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Estimulação cognitiva
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Pão com Solidariedade
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Editorial
Estimados Irmãos da Misericórdia. No final do presente ano, conclui esta Mesa Administrativa o exercício para o qual foi mandatada pelos Irmãos. Realizámos este mandato com a responsabilidade com que encaramos a gestão da Instituição. Deparámo-nos com muitas dificuldades, algumas previstas outras inesperadas. Todavia, empenhámo-nos e, como uma equipa coesa e responsável, conseguimos atingir os objetivos traçados para o equilíbrio financeiro e sustentável da nossa Santa Casa. Tudo o que conseguimos, apenas foi possível com o apoio e empenho de uma grande parte dos nossos funcionários (leia-se eles e elas). Para eles o nosso agradecimento. Sentimos que fizemos o nosso dever enquanto Irmãos, apelando, também, em diversas ocasiões a todos os Irmãos para que se empenhassem no cumprimento dos deveres assumidos conforme estabelecido pelo Compromisso. Neste nosso mandato tivemos a despedida do Reverendo Padre Luís dos Santos, enquanto Capelão. Deixa saudades pela pessoa que é, e pelo trabalho que desenvolveu junto dos nossos utentes. A Mesa Administrativa renova os votos das maiores felicidades para o desempenho das suas novas funções. Entretanto, recebemos com alegria o novo Capelão, Reverendo Padre Alberto Martins, nomeado por Sua Excelência Reverendíssima D. José Alves, esperando que permaneça junto de nós durante muito tempo. Perto do termo do nosso exercício, foi declarado pelo Santo Padre o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, com início em 8 de dezembro de 2015 e termo em 20 de novembro de 2016. De modo muito especial, o
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Júlio Vilela Provedor
Reverendo Padre José Morais Palos, em artigo escrito nesta Revista, salienta este facto, onde chama a atenção para a prática das Obras de Misericórdia, tanto a título individual como institucional. É com as suas palavras que apelamos a esta prática, tanto aos Irmãos como a toda a comunidade. Para o próximo quadriénio, realizar-se-ão eleições no próximo dia 21 de dezembro, para os novos Órgãos, os quais, terão um trabalho imenso pela frente. Desde já, manter o equilíbrio financeiro, criar novas fontes de receitas, reduzir ao máximo as despesas (sem colocar em causa a qualidade dos serviços prestados). Nunca é demais salientar as dificuldades que a Santa Casa atravessa, pese embora, ter-se criado a ideia ao longo dos anos, junto da nossa comunidade, que é uma Instituição rica. Nada mais errado. Precisamos da ajuda daqueles que na nossa comunidade o possam fazer. Tanto em termos materiais como noutro tipo de participação. Aproveitamos esta oportunidade para agradecer a todos aqueles que nos ajudaram a “levar o barco a bom porto”. Bem hajam. A Mesa Administrativa faz votos que todos vivam um Santo Natal e que o ano de 2016 seja vivido em Misericórdia.
Este Editorial foi escrito antes do dia das Eleições dos Órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia.
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Por: Custódia Falcão Mesária
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Despedida do Padre Luís Santos Foi com emoção e espírito de gratidão que a Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo se despediu do seu Capelão, Padre Luís Hélder Teixeira dos Santos, no dia 11 de setembro de 2015. Dois dias depois iria tomar posse nas novas paróquias, para as quais havia sido nomeado. As paróquias de Mourão, Granja e Luz passariam então a ficar aos seus cuidados pastorais. A Eucaristia desse último dia, com caráter de despedida e de ação de graças pelo dom que foi a sua passagem pela Santa Casa, foi celebrada, à tarde, no Lar Nossa Senhora da Visitação e acolheu, para além de utentes seus, também outros, provenientes do Centro de Dia. Foi, pois, em comunhão e agradecimento que, todos os que puderam, se juntaram à volta do altar da Eucaristia. À noite, o Centro de Dia foi o espaço escolhido para o jantar de homenagem, onde vários utentes do Lar Nossa Senhora da Visitação, colaboradores de todos os setores, Mesa Administrativa e convidados, entre os quais o
Cónego José Morais Palos e o Diácono Alberto Martins, marcaram presença. Com a exibição de um vídeo, passando em retrospetiva os quatro anos de Capelão nesta Instituição, foram revisitados muitos momentos de celebração, convívio e acolhimento de todos, particularmente dos idosos. Por parte da Santa Casa ficou o agradecimento sentido ao Capelão cessante, tendo sido sublinhado o seu elevado espírito de missão, bem como a sua presença amiga, muito dedicada, atenta e próxima de todos. Os fadistas e guitarristas da nossa terra, que foram convidados, reservaram-lhe uma grande surpresa - uma bela sessão de fados, que a todos muito agradou. Todo o jantar proporcionou, assim, bons momentos de partilha e convívio. Ao deixar a Unidade Pastoral de Montemor-o-Novo, fica o desejo de que Deus conceda ao Padre Luís Santos as maiores bênçãos para o novo desafio pastoral que agora assume, nesta sua missão de anunciar e testemunhar Jesus Cristo.
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Organização do Espaço para Melhor Intervir O meio físico é o “habitat” do ser humano, caso queiramos tornar efetivo o princípio universal de igualdade de oportunidades para todas as pessoas. A preocupação das sociedades evoluídas terá que se focalizar na construção de um meio físico acessível a todas as Pessoas. As Pessoas Idosas por problemas físicos e cognitivos enfrentam dificuldades de mobilidade, compreensão e orientação, pelo que será necessário definir e concretizar as condições físicas, técnicas e segurança dos utentes. Cada vez mais as instituições de apoio à Terceira Idade estão sensíveis para a problemática das barreiras arquitetónicas, tornando-se imperioso adequar a arquitetura dos espaços às necessidades efetivas das pessoas idosas, respeitando a legislação em vigor e enquadrados no princípio de cidadania. É com base nesta premissa que a Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo procura adaptar constantemente os seus espaços físicos às necessidades dos seus utentes, tornando-os acessíveis, adaptados às necessidades e transformando-os em locais seguros e de conforto. O Centro Social João Paulo II, equipamento social da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, inserido no Projeto Vidas, promovido pela União das Misericórdias Portuguesas, procura adaptar-se constantemente às necessidades dos seus utentes, preocupando-se com o espaço físico, conforto e segurança dos utentes, a iluminação dos espaços procura maximizar a luz natural através de vidros em vez de parede; colocação estratégica de pontos de luz artificial, colocação de sinalética nos vidros de forma a evitar acidentes, pavimentos planos sem socalcos minimizando o risco de quedas, existência de corrimões nos corredores para facilitar a mobilidade dos utentes, corredores amplos para facilitar a circulação das cadeiras de rodas, proteção das escadas através da colocação de barras e apoios, ajudas técnicas em
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Por: Dulce Barreiros Diretora Técnica do Centro Social João Paulo II
todas as casas de banho, mobiliário confortável e adequado às debilidades das Pessoas Idosas. Existência de espaços verdes no exterior, delimitados por muros, de forma a evitar a fuga dos utentes em estado de confusão/desorientação, no entanto permitindo a sua mobilidade em espaços exteriores, colocação de bancos de jardim e passadiços, facilitando a circulação dos utentes no espaço.
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Testemunhos da Pobreza Por: Marisa de Oliveira e Silva Psicóloga
A POBREZA não é uma situação estranha para a maioria das pessoas. Mesmo quem não vive ou viveu num contexto de pobreza, já viu e observou esta realidade: a pobreza está aqui, está ali, está lá longe, está perto, vemo-la nas ruas, na televisão… e fomos, como atores sociais, construindo noções e representações sociais deste fenómeno global. Foi a partir desta noção que a Santa Casa da Misericórdia em parceria com a EAPN - delegação de Évora, lançou um desafio inovador, às instituições do concelho, numa perspetiva de elaboração de narrativas de vida e de opiniões sobre este flagelo social, criando a oportunidade para a reflexão, a valorização e o reforço na partilha de trabalhos desenvolvidos no 3.º setor. O resultado foi um trabalho de excelência com a participação de técnicos e utentes da Associação Protetora do Abrigo dos velhos trabalhadores, a Casa João Cidade, o Girassol-Associação de Proteção Social à População de São Geraldo, o Colégio Jardim dos Sentidos, a Cercimor, o Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, a Porta Mágica - Associação Particular de Solidariedade Social e o CLDS+ (Contrato Local de Desenvolvimento Social). Como principais conclusões evidenciamos: 1) a pobreza no concelho está muito vinculada à falta de habitação social e às escassas oportunidades de trabalho aliadas à baixa escolaridade de uma grande parte dos cidadãos; 2) a pobreza infantil está relacionada ao desemprego dos pais, à falta de escolaridade dos pais, à existência de doença mental, à deficiência e ao tipo de família da criança. A institucionalização tende a ser uma medida que é o reflexo de todos estes handicaps; 3) a existência de várias instituições a desenvolver um trabalho de mérito tendo uma panóplia de recursos e serviços disponíveis. O nosso concelho está apetrechado de apoios específicos ao nível das necessidades básicas: o apoio alimentar (Cáritas, Associação São Vicente de Paulo e San-
ta Casa da Misericórdia), apoio em despesas da saúde (St.ª Casa, Cáritas, Segurança Social Local) e apoio em roupas e adornos (Lojinha Social da St.ª Casa da Misericórdia) que estão ao serviço daqueles que mais necessitam, de acordo com os critérios de elegibilidade definidos; 4) um verdadeiro desafio: a necessidade de criar metodologias e estratégias mais adequadas face a um problema multicausal e contextual daí a importância de um trabalho efetivo em rede. Para uma leitura mais pormenorizada, deixamos a informação de que o livro “Testemunhos sobre a Pobreza no concelho de Montemor-o-Novo” está facilmente disponível online através do link https://pt.calameo.com/ books/004262636670dfdce2466.
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F. E. A. C. Por: Luís Miguel Henriques Técnico de Investigação Social
Comunidade
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O Fundo de Auxilio Europeu às Pessoas Mais Carenciadas, conhecido como FEAC, foi instituído pela Comissão Europeia em Março de 2014, tendo como principal objetivo reforçar a coesão social, contribuindo para reduzir a pobreza, mediante o apoio aos dispositivos nacionais que prestam assistência não financeira a fim de atenuar a privação alimentar e a privação material grave e/ou contribuir para a inclusão social das pessoas mais carenciadas. O programa operacional de distribuição de alimentos e/ou assistência material de base para apoio do Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas mais Carenciadas em Portugal, foi aprovado para o período compreendido entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2020 com uma dotação financeira, para todos os países aderentes, no total do programa operacional fixado em 176 946 201,00 EUR. Em Montemor-o-Novo, a Santa Casa da Misericórdia foi a entidade escolhida pelo Centro Distrital da Segurança Social para assumir as funções de Pólo recetor e de distribuição concelhia. Fazem parte do pólo concelhio de Montemor-o-Novo as seguintes instituições: Colégio Jardim dos Sentidos, Associação de Proteção Social à População de São Geraldo “O Girassol”, Associação Protetora Abrigo dos Velhos Trabalhadores, Associação Proteção Social da Popula-
ção de Santiago do Escoural, Centro Social e Paroquial do Ciborro, Centro Social e Paroquial de S. Cristóvão, Centro Social e Paroquial de Santo António, Santa Casa da Misericórdia de Cabrela. Em 2015, beneficiaram deste apoio 102 famílias, que se traduzem em 622 pessoas abrangidas. Todas estas famílias passaram por um processo de seleção que consiste no cálculo das respetivas capitações, ou seja após a contabilização dos rendimentos e das despesas mensais, cada elemento do agregado não pode ficar com mais de 201,53 €, valor este que corresponde ao valor da pensão social. O cabaz de produtos distribuído em 2015 foi constituído por 21 produtos nomeadamente: Produtos Esparguete
Sardinha
Cotovelo
Feijão
Pevide
Grão
Papa Láctea
Tomate
Manteiga
Salsichas
Queijo em barra
Óleo
Arroz Carolino
Leite UHT meio gordo
Cereal de p. Almoço
Açúcar Branco
Bolacha Maria
Marmelada
Tostas
Azeite
Atum
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Pão com Solidariedade Decorreu no fim-de-semana de 10 e 11 de outubro a 2.ª edição da campanha de recolha de bens alimentares, Pão Com Solidariedade, realizada pela Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo. Muitos poderão se interrogar o porquê da Misericórdia estar a realizar uma campanha deste tipo, pois por vezes existe a opinião entre uma parte da sociedade de que as Misericórdias “são ricas ou têm muito dinheiro”. Efetivamente, os produtos que compõem os cabazes alimentares que são atribuídos mensalmente às famílias mais carenciadas do concelho, são adquiridos unicamente com verba própria da instituição e para esse fim. Assim, a 2.ª edição desta campanha teve a particularidade de ser realizada com a colaboração indispensável do Pingo Doce de Montemor, rompendo com a fórmula utilizada no ano de 2014, ou seja, este ano reunimos um conjunto de funcionários e crianças do CATL e fizemos uma campanha “face to face”, pois pensamos ser esta a forma de conseguir angariar uma maior quantidade de bens alimentares. Este ano e graças ao espírito de solidariedade e partilha da população do concelho de Montemor-o-Novo, podemos dizer que a campanha foi um verdadeiro sucesso pois conseguimos angariar 1 tonelada de bens alimentares. Entre massas, arroz, leite, enlatados, óleos, azeite, bolachas, papas láteas e outras tantas coisas, conseguimos, tal formiguinhas, acumular o suficiente para garantir cabazes alimentares às famílias acompanhadas durante os próximos 6 meses.
A todas as Marias e Manueis que passaram pelo Pingo Doce naqueles dias, o nosso Muito Obrigado. Ao senhor que, de uma só vez, ofereceu um carrinho de compras, o nosso Muito Obrigado. Aos colaboradores e voluntários que deram do seu tempo para ajudar os outros, o nosso Muito Obrigado. Aos meninos do ATL que se empenharam arduamente na campanha e viveram a aprendizagem do que é Ser Solidário, um Obrigado tamanho do mundo. À Loja Pingo Doce, um bem-haja pela abertura a esta iniciativa. A Misericórdia agradece, as 30 famílias que apoiamos mensalmente também.
Donativo Colégio Jardim dos Sentidos
No passado dia 19 de Novembro a
Lojinha Social da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo recebeu a visita das crianças que frequentam as salas de Jardim-de-Infância do Colégio jardim dos Sentidos.
Esta visita, inseriu-se numa atividade
de cariz social realizada pelo Colégio Jardim dos Sentidos durante a realização do magusto da instituição, em que cada criança tinha de levar uma peça de roupa para a instituição. A roupa recolhida seria posteriormente doada à lojinha da Misericórdia para ser distribuída pelos mais necessitados. 10
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Animação Mês do Cidadão Idoso Outubro
Festas de Natal
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Passeio à Kidzania Equitaçã
Dia de Cinema do Fórum Montijo
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Visita ao Crist 12
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Por:
Anabela Bilro Casadinho
De mãos dadas Sozinhos não alcançamos coisa alguma…
Coordenadora do SAD e do Centro de Dia
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A criação da primeira Misericórdia em Lisboa, em 1498 por D. Leonor, instalou um modelo inovador de intervenção social que decorreu duma parceria entre o Estado e a sociedade civil e a esta foi dada a principal responsabilidade. O papel das Misericórdias na sociedade portuguesa destacou-se em duas dimensões distintas: como instituições produtoras de serviços de cuidados de saúde e de ação social e como empregadoras de pessoal nestes domínios. Atualmente, para além da relevância do potencial humano no sucesso das organizações, a cooperação e a partilha de recursos entre as mesmas, começa a ser uma realidade. O questionamento em torno de um objetivo comum, estimula os atores locais a trabalhar em parceria e a criar condições de sustentabilidade ao nível da promoção do desenvolvimento social e local. Desta forma, será importante refletir sobre a relação existente entre as Misericórdias e o desenvolvimento local. Ou seja, as Misericórdias poderão fazer mais e melhor pelas populações locais, tendo por base a sua missão, as suas práticas e as suas funções tradicionais? Existem estudos que alertam para o facto de encontrarmos numa mesma zona geográfica, diversas organizações sociais a oferecerem o mesmo tipo de respostas, enquanto, nessa mesma zona, carecem outro tipo de cuidados específicos, defendendo que estas devem concentrar-se naquilo que fazem bem, não se devendo dispersar por atividades múltiplas, muitas vezes com elevados custos e fraca eficácia. Neste sentido, será oportuno ter em consideração o “Relatório conjunto sobre a inclusão social”, aprovado em dezembro de 2001 pela Comissão Europeia. Este documento enfatiza a promoção de parcerias entre os diversos operadores de intervenção social, com o objetivo de melhorar a eficácia e a eficiência da oferta de respostas, conseguindo ao mesmo tempo, criar serviços de alta qualidade. Também a “Carta Social” publicada em 14 de Julho de 2000, pelo governo português, no capítulo dedicado às “novas respostas” (pp377 e sgs), reforça a importância dada à organização de parcerias para a implemen-
tação de respostas eficazes e eficientes aos desafios futuros. Atendendo a este novo paradigma, e tendo em conta a conjuntura económica e social do nosso país, parece ser consensual, que cada vez mais, é necessário existir uma articulação de recursos, sob a forma de uma organização em rede, na qual os agentes sociais se assumem como parceiros. Contudo, o trabalho em parceria pode tornar-se uma tarefa difícil de realizar, uma vez que, os parceiros não se encontram numa relação hierárquica, mas sim, numa relação de pares. Na perspetiva dos grandes defensores do trabalho em parceria a nível local, existem quatro tipos de exigências, para que este se concretize, a saber: O trabalho em parceria constitui um desafio ético. Isto porque, trabalhar em parceria obriga cada agente a um esforço de humildade, para se pôr ao serviço do bem comum. O trabalho em parceria exige um estilo democrático de orientação. As decisões devem ser preparadas de forma participada, devem ser tomadas por decisores legitimados pela parceria e sejam respeitadas de forma disciplinada. O trabalho em parceria exige que se criem e se respeitem um conjunto de regras, as quais, deem estabilidade à rede. Por vezes estas regras podem colidir com os interesses individuais das organizações parceiras. O trabalho em parceria exige às pessoas intervenientes muita maturidade emocional, pois é preciso saber lidar com as idiossincrasias pessoais e organizacionais e saber mobilizar vontades para atingir objetivos comuns. De acordo com esta perspetiva, e respeitando estes requisitos, o trabalho de intervenção com as populações locais atingirá um nível superior de qualidade, na medida em que, se criam respostas mais ajustadas às necessidades reais das populações. Perante a complexidade e multidimensionalidade dos fenómenos sociais, também as respostas terão que ser multidimensionais. Tendo sempre presente o compromisso essencial em querer esta parceria, está no seu principal fundamento o facto de caminharem por objetivos comuns. 13
De mãos dadas Contudo, não pode ser descorado o reconhecimento pelos parceiros da complementaridade de cada envolvido, a conservação da função específica de cada um e a necessidade de consenso sobre os objetivos e meios independentemente de possíveis benefícios distintos. Seguindo estes prossupostos e fundamentos Santa Casa desenvolve várias parcerias formais: - Núcleo Executivo da Rede Social de Montemor-o-Novo. Resulta do reconhecimento do trabalho de instituição na comunidade. Possibilita à Misericórdia um conhecimento privilegiado de projetos e serviços, cuja implementação necessita de parecer por parte da rede, dando-nos a responsabilidade de ser porta-voz das instituições congéneres. - Núcleo Executivo do Rendimento Social de Inserção (Segurança Social Local), Participação na celebração de acordos, acompanhamento das famílias e formação em competências básicas dos beneficiários. Permite à nossa Resposta de Família e Comunidade manter atualizada a informação acerca das famílias, rentabilizando os recursos e apoios a conceder. - CERCIMOR (Gabinete de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental, CAO, Intervenção Precoce e Centro de Formação Profissional), numa abordagem transdisciplinar conseguimos dar respostas concertadas a famílias, em que cada um intervém segundo os seus pressupostos, mantendo a visão holística da família. - Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo, facilitando acesso a formações, acompanhamento de casos, integração de alunos de cursos vocacionais nas nossas respostas (estágios), etc. - Centro de Saúde de Montemor-o-Novo desenvolvendo dinâmicas de medicina preventiva e cuidados de saúde primários aos utentes das várias respostas sociais. Esta proximidade possibilita rapidez de respostas e intervenções, valorizando os serviços e a promoção de bem-estar.
Para além destas, são desenvolvidas várias parcerias informais com instituições de Montemor como ARPI, Colégio Jardim dos Sentidos, Pastoral da Saúde, GNR, etc. Contudo, a atualidade das organizações do terceiro setor fizeram emergir novos tipos de redes, ultrapassando os limites do social. Cada vez mais, as organizações sociais sentem a necessidade de abrir caminhos a redes com empresas e outros organismos, cujas parcerias impliquem novos ganhos económicos que apoiem a sustentabilidade financeira das organizações, não nos desvinculando da Missão da nossa organização. - Sarah-Trading, empresa gestora de resíduos que se dedica à recolha seletiva de roupa, calçado e brinquedos, revertendo em apoio monetário para a instituição o peso referente à roupa recolhida nos depósitos colocados no concelho e na roupa sem utilidade que deve ser reciclada. - Pingo-Doce através da cedência gratuita de um espaço para instalação de um depósito de roupas (Sarah-Trading) e desenvolvimento de campanhas de angariação de bens alimentares, divulgação e promoção das atividades e serviços da instituição. Tendo em conta o tecido empresarial do concelho, a abertura a este novo tipo de redes revela-se um grande desafio. O âmbito local torna-se assim limitado para o alargamento das nossas parcerias, sendo essencial a abertura da Misericórdia tanto no âmbito regional como Nacional. Estarmos presentes em ações diversificadas, em locais mais ou menos próximos do nosso circuito e com potenciais parceiros entre entidades, instituições e organismos pouco prováveis, pode abrir horizontes a outras relações cujo benefício seja visível quer num futuro próximo ou mais distante. Para isso é importante estarmos presentes e darmos a conhecer os nossos serviços, as nossas práticas e as mais-valias que podemos oferecer enquanto parceiros sociais.
DANITUITION, Unipessoal Lda. PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA Sede Social: Rua Nossa Senhora da Visitação LT. B10 RC. ESQ.TR. 7050-265 MONTEMOR-O-NOVO Logística e Distribuição: Parque Industrial de Adua LT. I 27-Montemor-O-Novo Telemóvel: 967 877 864 | 931 151 382 | Email: danituition@gmail.com 14
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Por: Pe. José António Morais Palos
Ano Santo da Misericórdia
Espiritual
O Papa Francisco proclamou um ano jubilar da Misericórdia entre o dia 8 de Dezembro de 2015 e o dia 20 de Novembro de 2016. Segundo o Papa,“precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz” (Misericordiae Vultus, n.º 2). Para celebrar este ano, o Papa aponta várias actividades, que podem ser desenvolvidas quer a nível pessoal quer a nível comunitário. Convida a fazer a experiencia do perdão porque “sem o testemunho do perdão, resta apenas uma vida infecunda e estéril, como se se vivesse num deserto desolador. Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo do regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos” (Ibidem, n.º10). A misericórdia e o perdão fazem pensar em Deus e nos outros. O Deus da Bíblia é um Deus de Misericórdia “até à milésima geração” (Ex 34,7) e Jesus, com a sua palavra e os seus gestos, é o rosto da misericórdia do Pai. O ano da Misericórdia é para descobrir e experimentar esta misericórdia de Deus. Mas é também a oportunidade para pensar e actuar mais e melhor em favor dos outros, principalmente dos mais necessitados. Entre as acções indicadas para este Ano Santo, está a prática das obras de misericórdia. O Papa apresenta-nos assim: “Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de mi-
sericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (Ibidem, n.º15). As Santas Casas da Misericórdia são as instituições que melhor representam este ideário e procuram levar à prática estes enunciados. Foi para isto que surgiram e com esta finalidade subsistem porque as obras de misericórdia fazem parte da sua identidade. Ainda que a forma de actuar tenha sofrido ajustamentos ao longo dos séculos, os objectivos são sempre os mesmos: ajudar quem mais precisa para que não haja necessitados na comunidade. A prática das obras de misericórdia, seja a título individual ou ligado a alguma instituição, assenta no pressuposto de que Deus é bom e misericordioso; que perdoa as ofensas dos seus filhos para manter sempre uma relação de comunhão com eles e que não há obstáculos insuperáveis nesta relação. Por outro lado, para exercício das obras de misericórdia, exige-se que se olhe para o outro sempre como um irmão, membro da mesma comunidade que, em determinados momentos da vida e fruto de variadas circunstâncias, está a passar mal. Com certeza que esta avaliação pode e deve ser feita recorrendo aos contributos que as ciências humanas colocam ao nosso dispor. Mas, o melhor método e o grande imperativo é sempre o que está no Evangelho: “sempre que fizestes isto a um destes irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes” (Mt. 25,40).
Capelania da Misericórdia No passado mês de novembro demos as boas vindas ao novo capelão da Santa Casa da Misericórdia. Trata-se do Sr. Padre Alberto Martins, de 25 anos, natural da cidade alentejana de Ponte de Sor, que foi ordenado Sacerdote pelo Sr. Arcebispo D. José Alves, da Arquidiocese de Évora no passado dia 18 de outubro de 2015 na Sé de Évora.
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Por: Ana Cristina Ferrico Custódia Maria Galveias Maria Cristina Nunes Marta Pinto Natércia Arranja Vitalina Gato
Rostos “Sê todo em cada coisa, põe quanto és no mínimo que fazes!”
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Serviços Centrais A secretaria existe desde o início dos serviços prestados pela Santa Casa da Misericórdia. Atualmente, os serviços administrativos centrais estão localizados no Centro Social Dr. Alfredo Maria Cunhal, nas áreas da contabilidade, da tesouraria, dos recursos humanos, do aprovisionamento e do apoio à Mesa Administrativa. Mais do que trabalhar nas áreas referidas, enquanto se trata um documento, se faz uma
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ficha, é interessante, depois a relação que se estabelece com os utentes que diariamente se deslocam aos serviços, assim como os colegas que igualmente necessitam de esclarecer ou questionar alguma situação que se encontra em duvida. Ainda de referir que todo o serviço é prestado com muito profissionalismo, empenho e dedicação.
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RECEITA DO EXERCÍCIO FÍSICO
INGREDIENTES: - 2 chávena de força de vontade - 1 chávena de confiança - 2 colheres de sopa de persistência
Pela sua Saúde Física e Mental
Equilíbrio - 2 colheres de sopa de dedicação - Uma pitada de paciência - Tempere com diversão a gosto
COMO FAZER PASSO A PASSO… Inicie o aquecimento juntando todos os ingredientes numa panela e cozinhe-os em lume brando entre 5 a 15 minutos. Mobilize lentamente as suas articulações e alongue os seus músculos. Pode fazê-lo de pé ou sentado. Para se preparar para uma atividade física mais exigente pode aquecer o corpo fazendo, por exemplo uma caminhada ou saltitar. Saberá que está no ponto quando sentir a temperatura a aumentar. Está na hora de adicionar os temperos! Deve escolher o tempero que lhe proporcione maior diversão (desporto recreativo, caminhar, correr, dançar, andar de bicicleta, etc.). O ideal será realizar 30 minutos consecutivos de atividade física moderada pelo menos 3 vezes por semana. No caso das crianças, devem realizar 50 minutos de atividade física de moderada a vigorosa. Para finalizar só falta estender a massa! Comece por reduzir gradualmente a intensidade do exercício e alongue o seu corpo sem pressas! Concentre-se nos músculos que está a alongar e acompanhe com a respiração (inspire pelo nariz e expire pela boca). Agora é deixar a massa repousar e saborear...
O QUE VAI SABOREAR… - Aumenta a força muscular e o equilíbrio; - Ajuda no controlo do peso corporal; - Fomenta o convívio social; - Promove o bem estar psicológico, diminuindo o stress, ansiedade e depressão;
- Reduz o risco de desenvolver um grande n.º de doenças, tais como doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes tipo II e alguns tipos de cancro; - Promove o envelhecimento ativo.
DICAS - Confecione esta receita desde a infância até à idade adulta porque o hábito de se exercitar evita o sedentarismo e combate um elevado n.º de doenças. - Se quer realmente fazer algo pela sua saúde certamente irá encontrar tempo para preparar e saborear esta receita. www.scmmn.com
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Estimulação Cognitiva Dois dos exercícios que realizámos no Atelier de Estimulação, no dia de São Martinho, com os utentes do Lar Nossa Senhora da Visitação.
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