Seafood Brasil #45 | 8th Yearbook / 8º Anuário

O caminho da informação de qualidade

O8º

Anuário Seafood Brasil retoma o balanço dos diferentes elos componentes da cadeia produtiva do pescado por meio de dados estatísticos, opiniões mercadológicas e fornecedores de toda a cadeia produtiva de pescado. Todos os dados desta edição associados ao comércio exterior podem ser acessados de maneira interativa e atualizada no site www.paineldopescado.com.br, enquanto os fornecedores podem ser consultados também em www. seafoodbrasil.com.br/fornecedores Confira!

A publicação se divide em três partes:

1 Artigos

Textos assinados por personalidades e especialistas do ramo, que contam como anda o mercado em três frentes: conjuntura; produção e processamento; comércio e consumo.

2 Estatísticas

Uma compilação das estatísticas mais recentes, segundo as fontes disponíveis no Brasil, nas seguintes frentes: conjuntura; produção; indústria, comércio e consumo. Esta edição adota como padrão a comparação periódica entre setembro de 2021 a agosto de 2022, exceto quando os dados disponíveis não o permitiram.

3 Guia de Fornecedores

Uma lista com contatos e descrição de produtos e serviços prestados por alguns dos principais fornecedores da cadeia produtiva de pescado, em três categorias:

• Produção aquícola e pesqueira

• Indústria frigorífica

• Comércio e distribuição de pescado

Aproveite a leitura e faça muitos negócios!

Índice

Índice

Conjuntura

Balanços e estratégias para o setor

Pescar avanços, hoje e amanhã

Por Jairo Gund*

Algumas das atividades da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/MAPA) em 2021/2022 visaram fomentar o setor com medidas de desburocratização, segurança jurídica, atração de investimentos internos e externos e modernização dos serviços.

Nessa perspectiva, conseguimos avanços significativos nos processos de cessão de uso em Águas da União, desburocratizando e ampliando o acesso à regulamentação dos empreendimentos. Entre janeiro e agosto de 2022, para se ter uma ideia, foram 180 novos pedidos, sendo que para 2023, a expectativa é regularizar outras 150 áreas com capacidade de produção de até 180.000 toneladas, com possibilidade de ampliação de aproximadamente 32.000 novos postos de trabalho.

Em meio a esse cenário, destacamse ainda outras importantes ações como: atualização da resolução

CONAMA nº 413/2009; o programa Agro Residência; a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura - PNDA (2022-2032); e a publicação do Boletim do Relatório Anual de Produção.

Já no que tange ao ordenamento da pesca marinha e continental, outros importantes atos normativos foram publicados, gerando segurança jurídica para o pescador, bem como a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. No entanto, ainda é muito relevante frisar a revisão de 359 normas da pesca que foram atualizadas e reduzidas para facilitar o entendimento das atividades de pesca, destacando-se a revisão da INI MPA/MMA nº 10/2011 com ampla participação da sociedade civil, universidades e setor produtivo - sua publicação está prevista ainda para este ano.

Também é relevante destacar a melhoria da qualidade do pescado brasileiro para o mercado nacional e internacional com a publicação das

Portarias SAP/MAPA nº 310/2020 e 408/2021. Juntas, elas estabelecem os critérios higiênico-sanitários de embarcações pesqueiras de produção primária.

Nesse sentido, uma das metas do Governo Federal é a abertura de mercados para o pescado brasileiro, com a entrega de produtos com qualidade e sustentabilidade, bem como com a geração de empregos para o setor. Ainda é importante ressaltar que, entre janeiro e junho deste ano, as exportações da piscicultura brasileira dobraram em valor e cresceram 14%, totalizando US$ 14 milhões e quase 5 mil toneladas, segundo informativo sobre Comércio Exterior da Piscicultura produzido pela Embrapa. Além dos esforços para reabrir o mercado europeu para o pescado brasileiro, o Mapa tem trabalhado junto aos Adidos Agrícolas para levantar as potencialidades dos produtos no mercado mundial.

Para garantir a retomada das discussões de ordenamento pesqueiro,

Conjuntura

a Rede Nacional Colaborativa para a Gestão Sustentável dos Recursos Pesqueiros - Rede Pesca Brasil, instituída por meio do decreto nº 10.736/2021, retoma o formato da discussão participativa na gestão pesqueira, uma vez que, de caráter consultivo e de assessoramento, será composta por representantes de órgãos e entidades da administração pública e da sociedade envolvidos com a atividade pesqueira. Nesse contexto, a SAP já vem selecionando pesquisadores e profissionais para compor o Banco Técnico-Científico da Rede Pesca Brasil, ou seja, especialistas com atuação comprovada em pesquisa, gestão dos recursos pesqueiros ou demais áreas relacionadas à atividade pesqueira. A ideia é que eles formem uma rede de suporte ao governo federal, subsidiandoos na tomada de decisões sobre a gestão da pesca nacional e do uso sustentável dos recursos pesqueiros - já estão agendadas seis reuniões para 2022 e quatro para 2023.

Outro avanço para o setor aquícola e pesqueiro foi o lançamento do Plano Safra 2022/2023, que disponibiliza aos aquicultores, pescadores e suas cooperativas o acesso a linhas de investimento e custeio contemplando pequenos, médios e grandes produtores com juros baixos, acessíveis e de forma desburocratizada. É importante destacar que, além das linhas de crédito promovidas pelo MAPA, a SAP tem realizado constantes reuniões com outras instituições da União detentoras de linhas de crédito em benefício dos produtores aquícolas e pesqueiros. Nesse sentido, foi publicada a Resolução CMN Nº 5031 de 21/07/2022 do Conselho Monetário Nacional sobre a aplicação do Fundo da Marinha Mercante (FMM), a qual estabelece regras que permitem ao produtor solicitar o crédito para construção ou produção de embarcações destinadas à pesca, com taxas de juros de 2,5% a 6% a.a., conforme a quantidade de itens importados. O prazo de financiamento é de 20 anos, sendo quatro anos de carência limitados à viabilidade do projeto.

Já no que tange ao monitoramento da pesca, foram desenvolvidos mapas de bordo digital (Cerco, Sardinha, Armadilha, Espinhel Vertical N/ NE, Cardume Associado, Iscador Automático); a divulgação (desde 2020) do Painel de Monitoramento e Ordenamento da Pesca do Pargo (Lutjanus purpureus) da região Norte do País; e desde 2021, o Painel de Monitoramento da Safra Tainha 2021, que divulga à sociedade os dados do Sistema Informatizado de Monitoramento da Temporada de Pesca da Tainha – SISTAINHA (monitoramento de captura da espécie Mugil lizaemalhe anilhado e cerco/traineira), e empresas pesqueiras, que adquirem o produto.

Outro destaque foi a Modernização do Programa de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras (PREPS), onde dados de rastreamento de embarcações foram disponibilizados para visualização na plataforma da Organização Não Governamental americana Global Fishing Watch (GFW), demonstrando o comprometimento brasileiro com a transparência e a governança dos oceanos, além de promover a melhoria na gestão pesqueira, a sustentabilidade dos estoques pesqueiros e dirimir a pesca ilegal.

Em 2021, a SAP/MAPA iniciou o Registro Geral da Atividade Pesqueira SisRGP 4.0 , com a atualização cadastral dos pescadores inscritos e regularização do passivo de pescadores com protocolo, suspensos e cancelados. Sendo assim, a expectativa para 2023 é atingir 1,2 milhão de pescadores que serão beneficiados com um sistema seguro e confiável para a emissão de registros, licenças, autorizações e acesso aos documentos para o exercício da atividade pesqueira no Brasil. Quanto à atualização cadastral das embarcações de pesca marinha e continental , a expectativa é atingir 100 mil embarcações de pesca cadastradas e promover a

regularização das embarcações de pesca e atingir 400 mil pescadores.

Destaco ainda a instituição do “Grupo Técnico de Prevenção e Combate à Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada”, criado no âmbito da subcomissão para o Plano Setorial para os recursos do mar e coordenada pela SAP. De forma prática, um dos objetivos do grupo é fornecer subsídios para o planejamento de ações integradas para a prevenção e o combate às fraudes e irregularidades na atividade pesqueira, alinhando-se assim as tratativas de harmonização internacionais no combate a pesca ilegal, buscando assim a certificação dos produtos de pescado dentro do compliance internacional.

Por fim e não menos importante, outro aspecto que vale destaque é a Rede de Terminais Pesqueiros Públicos administrada pela SAP/MAPA.

Ela conta com 13 TPP’s efetivamente implantados e 7 em fase de planejamento/projeto/construção, com investimentos que totalizam mais de R$ 150 milhões, os quais irão beneficiar milhares de pescadores artesanais e industriais, aumentar a segurança alimentar, o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do pescado e, por fim, a geração de novos empregos diretos e indiretos.

*Secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa

Divulgação/SAP

Conjuntura

ESG: a indústria de pescado e o compliance

Por Heloisa Uelze*

Os desafios existentes na adesão e no monitoramento contínuo das boas práticas de compliance aplicadas ao agronegócio também inserem o setor do pescado nessa busca pela conexão entre “ser”, “fazer” e “parecer” íntegro.

Essa tríade, bastante sutil, encontrou uma recente e poderosa aliada pelo caminho - a agenda ESG, sigla que pode ser traduzida como ambiental, social e governança, e é o marco mais importante e atual de gestão de mercado, tendo sido responsável por conduzir as organizações a criarem e observarem políticas de estruturação sustentável das suas atividades, em todos os seus múltiplos aspectos.

Por ser um dos principais expoentes de crescimento nos mercados nacional e internacional, são constantes as cobranças de seus representantes por ações que favoreçam e fortaleçam a indústria de pescado. Assim, o setor descobre que ter um produto de qualidade não é mais o suficiente, é preciso conquistar a confiança negocial de seus pares.

Ao contrário do que possa parecer, introduzir as premissas de ESG nos processos da indústria do pescado não é um obstáculo. A guinada rumo à sustentabilidade (propriamente dita) do negócio representa, na verdade, uma enorme oportunidade para que os aquicultores brasileiros desenvolvam soluções, atraiam olhares, investimentos e, também, possam competir em razão de igualdade com os seus concorrentes, buscando o acesso ao mercado internacional. Sem falar nos próprios consumidores nacionais, também ávidos por alimentos sustentáveis.

A boa notícia é que grande parte das empresas de pescado já possuem atividades compatíveis com as práticas preconizadas pela agenda ESG, ainda que poucas tenham efetiva consciência disso. É nesse sentido que assessorias especializadas podem ajudar as empresas do setor, compilando, identificando e/ou construindo ações que promovam as boas práticas em relação aos seus três pilares, o que certamente resultará na elaboração de políticas e procedimentos que poderão se tornar verdadeiros norteadores das decisões a serem tomadas pela alta administração das empresas pesqueiras nacionais, pelos seus colaboradores e fornecedores e, assim, impactar toda a cadeia da indústria pesqueira.

Quando uma organização decide implementar boas práticas de ESG, todos e cada um de seus pilares passa a ser trabalhado de forma minuciosa. Em relação aos aspectos ambientais, por exemplo, as empresas não devem só respeitar as normas e legislações atinentes ao tema como, também, incentivar a preservação e a diversidade do ecossistema, mantendose atentas para que a interação homem-natureza se dê com o menor nível de interferência possível, sem esquecer, é claro, da necessidade de se produzir um resultado eficiente - e portanto, lucrativo - aos acionistas.

Em relação às questões de governança, além da necessária observância de suas regras e boas práticas, é importante ressaltar que esse pilar é o facilitador para a consecução dos demais que compõem o ESG. Ao pretender fazer com que as empresas se tornem mais transparentes, assim

como ambiental e socialmente responsáveis, incentiva-se a criação e a revisão das diretrizes gerais de governança, estimulando-a para uma melhor percepção e avaliação dos riscos do negócio, visando impedir e/ ou minimizar os possíveis efeitos deles decorrentes, antes que tais efeitos se tornem irreversíveis.

Importante consignar que não estamos falando de uma fórmula a ser perpetuada e cegamente repetida. Ao contrário, estamos tratando da necessária instauração de uma permanente vigilância. A era da reconciliação entre os setores público e privado chegou e todos precisam sentar-se à mesma mesa, para, compartilhando responsabilidades e desenvolvendo atividade econômica de inegável importância ao país, reconhecerem-se como parceiros verdadeiramente confiáveis.

*Sócia do escritório Trench Rossi Watanabe

Gestão da pesca: ano novo, velhos problemas

Por Ademilson Zamboni*

Os anuários trazem uma oportunidade para analisar a trajetória e o resultado das escolhas feitas pela administração pesqueira. Eles nos fazem refletir sobre os rumos a tomar para que a pesca se desenvolva em consonância com o equilíbrio socioambiental. Porém, infelizmente, há pouco para ser celebrado em termos de reformas estruturais – o setor ainda segue carente de políticas públicas de qualidade

Iniciamos nossa análise valorizando os esforços para o recadastramento dos pescadores. Há anos, esse setor convive com a falta de renovações das licenças, autorizações de pesca e do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), resultando em atuações baseadas somente em protocolos. A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/Mapa) buscou reverter o quadro, criando o “RGP 4.0” com uma ferramenta de recadastramento online. Infelizmente, não funcionou.

Se o governo contasse com instâncias de participação social instaladas, teriam a chance de consultar o público-alvo do cadastramento. Os desafios de se fazer o recadastramento em um país do tamanho do Brasil, diverso no acesso às tecnologias, foram mal dimensionados. Muitos pescadores artesanais seguem ainda incapazes de se registrar formalmente na atividade pesqueira e sem acesso a seus direitos.

Há de se celebrar a manutenção de alguns avanços na gestão pesqueira

tão duramente conquistados, como a adoção das cotas de captura para a pesca da tainha. A gestão por cotas não somente foi mantida desde seu estabelecimento em 2018, como os sistemas de controle foram aprimorados de modo a evitar fraudes e subnotificações das capturas. Pode-se afirmar que a tainha segue sendo a única pescaria do Brasil gerida com base científica e com regras de controle anualmente revisadas. Essa conquista perdeu-se em transparência, com o ano de 2022 sendo o primeiro sem que houvesse um comitê formalmente instituído para acompanhar o andamento da safra da tainha.

Em outros campos, observamos uma estagnação que parece pouco incomodar agentes públicos e o setor pesqueiro - a Rede Pesca Brasil, criada por decreto em junho de 2021, ainda não se concretizou. Ou seja, a tão necessária retomada dos Comitês Permanentes de Gestão (CPG) ainda não saiu do papel. Já no início deste mês de setembro, a Secretaria publicou um calendário com “datas previstas” para as primeiras reuniões – que devem se iniciar entre outubro e abril de 2023, dependendo do foco de atuação do comitê. O que isso tudo significa? Que passamos mais um ano sem discussões formais e transparentes sobre os rumos do ordenamento pesqueiro nacional Na realidade, pouco se produziu em termos de ordenamento se olharmos para o País como um todo. Parece que não há força e interesse em tocar a complexa tarefa de administrar a pesca no Brasil.

A revisão da Instrução Normativa Interministerial MPA/MMA no 10/2011, base legal para o enquadramento das frotas pesqueiras marinhas do País dentro de modalidades de pesca (ou pescarias), segue parada. As várias reuniões, workshops e consultas por meio de formulários eletrônicos que ocorreram nos últimos quatro anos não geraram nenhum resultado prático.

O monitoramento da pesca e a retomada da estatística (o que se pesca, onde se pesca, quem pesca) inexistem. Chega a ser cansativo, além de triste, repetir isso. Não há um modelo de coleta de dados e informações, minimamente, adequado e implantado no Brasil desde meados de 2010, comprometendo tanto a gestão da atividade como também a visibilidade da pesca como relevante atividade produtiva.

Outro impasse que a administração pública parece desconsiderar refere-se às espécies de peixes e invertebrados aquáticos ameaçadas de extinção. Nada se produziu em termos de implementação das ações dos Planos de Recuperação, ou mesmo revisões desses instrumentos criados a duras penas em 2018. O que se espera que ocorra? Que todos os recursos pesqueiros do País terminem em uma lista de espécies ameaçadas? Que mercados internacionais se fechem para os produtos brasileiros? Que pescarias colapsem por incapacidade de se equilibrar o uso e a conservação dos recursos?

Não há na sociedade (nem no poder público) qualquer clareza acerca da atribuição por solucionar o “problema” das espécies listadas. Se, de um lado, a pasta da pesca pouco pode fazer pela gestão do recurso pesqueiro por este se tratar de fauna ameaçada sob tutela do Ministério do Meio Ambiente (MMA); de outro lado, a pasta ambiental encontra limitações para adotar medidas de conservação uma vez que não é de sua competência promover o ordenamento da pesca. Nesse jogo de empurra, todos perdem – meio ambiente e o setor pesqueiro.

A gestão da atividade depende, sobretudo, de estabilidade e continuidade. O ano de 2022, como todo pleito eleitoral, vem repleto de dúvidas e especulações acerca da continuidade ou de mudanças nas políticas públicas.

Enquanto não entendermos que a pesca não deve ser política de governo, mas, sim, de Estado, o eterno acender e apagar das luzes persistirá. E isso não contribuirá em nada para a nossa economia, nem para o meio ambiente.

É preciso que se ataque o problema em sua raiz: a estrutura administrativa para a pesca tem que estar estabelecida em Lei, e não em normas infralegais vulneráveis à conveniência política. Uma estrutura administrativa estável, com corpo técnico permanente, com sistemas de informação estruturados para dar suporte ao ordenamento e com um conjunto de comitês que garantam a participação da sociedade nas tomadas de decisão. Sem essas mudanças, não há saída.

Brasil

*Oceanólogo e diretor-geral da Oceana Brasil

Divulgação/Oceana

Produção e Processamento

As tendências e desafios da aquicultura, pesca e indústria

Resultados em meio as adversidades

Por Danielle de Bem Luiz*

Acrise mundial decorrente do surto da Covid-19 influenciou o funcionamento de prati camente todos os setores da economia, incluindo o aquícola. Dentro deste contexto, a Embrapa Pesca e Aquicultura direcionou esforços para entender e analisar os principais im pactos causados pela pandemia

No estudo “Efeitos do isolamento social durante a pandemia de Covid-19 na comercialização e no

consumo de pescado no Brasil”, os principais resultados apontados pelos consumidores foram: aumento no preço do pescado (40,3%); redução no consumo (26,9%); preferência de compra em hipermercados (29,9%); e por produtos congelados (27,4%).

A pandemia da Covid-19 chegou em um momento em que o consumo de pescado estava aquecido, com aumento da piscicultura em 4,9% em 2019. Mas não prejudicou esta linha ascendente

do cultivo de peixes. Afinal, houve aumentos de 5,9% em 2020 e de 4,7% em 2021, conforme dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

Isto evidencia que, mesmo em um período pandêmico, influenciado pela redução de renda da população brasileira e inflação no preço dos insumos da cadeia, a piscicultura vem se destacando. Por isso, a importância no investimento de ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nesta área.

Dentre as ações de PD&I em inteligência estratégica, o centro elaborou uma nota técnica sobre os impactos econômicos da isenção de impostos federais sobre a produção de rações da piscicultura para subsidiar a futura elaboração de políticas públicas. No entanto, constatou-se que a desoneração do Pis/Cofins beneficiaria a competitividade do pescado da piscicultura no mercado nacional e internacional, tendo em vista a redução do preço do insumo de maior peso no custo de produção.

Com efeito, em um cenário de redução de 6,5% no custo da ração para o piscicultor, a estimativa é de uma queda de 4,4% no preço de venda do peixe de cultivo, aumentando a demanda do consumidor final em torno de 2,3%.

Pesquisa com tambaqui: esforço em prol do aprimoramento do segmento nos ajuda a ter pacotes tecnológicos próprios

Jefferson Christofoletti

Isso resultaria num acréscimo de 2,4% na produção nacional da piscicultura.

Outro importante resultado obtido foi a respeito dos indicadores zootécnicos e econômicos da produção de tilápias em tanques-rede no Lago de Palmas-TO, que mostraram viabilidade técnica e econômica. O primeiro estudo realizado após a liberação da tilapicultura no Tocantins revelou que a atividade tem grande potencial de crescimento por meio da intensificação e do escalonamento da produção, incrementando a renda do produtor, além de propiciar a atração de investidores para a região.

Dentre os ativos tecnológicos gerados, destaca-se o teste de sexagem de peixes nativos em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental, de Manaus (AM). Ele é um serviço para a identificação do sexo de tambaquis e pirarucus em qualquer fase de desenvolvimento, especialmente aqueles sem caracteres sexuais aparentes. A sua principal aplicação é para o manejo de animais pré-púberes para programas de melhoramento genético, geração de

lotes monosexo e planejamento da reprodução da espécie

Ao buscar soluções de pesquisa para a aquicultura brasileira, a Embrapa Pesca e Aquicultura está implementando um centro de edição genômica em peixes nativos e exóticos de importância econômica. A edição consiste em realizar alterações propositais no genoma para obter versões melhoradas de peixes, seguros, livres de DNA exógeno e com características de interesse comercial, como aumento do crescimento muscular e resistência a doenças.

Já a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), no âmbito das competências dispostas na Lei 11.105/05 e seu decreto 5.591/05, concluiu que linhagem de peixe desenvolvido através da edição genética não é um OGM (transgênico), mas uma versão melhorada proveniente de Técnicas Inovadoras de Melhoramento de Precisão (TIMPs). Desse modo, poderá ser comercializado obedecendo às demais legislações vigentes no País.

A Embrapa reforça o compromisso de atender às principais demandas da pesca e da aquicultura, principalmente em parceria com o setor produtivo (inovação aberta), contribuindo com as premissas elencadas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Divulgação/Oceana Brasil

*Chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura

Processamento

Dias de luta para dias de glória: o prato do consumidor

Francisco Medeiros*

Os acontecimentos na pisci cultura são vistos a olhos nus. Independentemente do que sejam esses eventos, somos um setor pequeno quando com parado às demais proteínas de origem animal, como bovinos, suínos e aves. Porém, mesmo assim, ainda somos muito vistos dentro e fora do setor.

Algumas ações estruturantes foram essenciais para tornar a piscicultura um setor palpável, visível e também previsível, tais como o Anuário da Piscicultura, drawback da tilápia, indicador Cepea da tilápia, guia de biosseguridade e tantos outros que trouxeram luz ao nosso setor

Também é muito bom relembrar a importância de eventos como a Aquishow, o workshop de sanidade de piscicultura da Caunesp de Jaboticabal, o IFC e tantos outros eventos que, não menos importantes, ao longo de todo o ano, discutiram nuances, técnicas, políticas e econômicas. Além disso, eles nos relembram o quanto o contato humano fez falta a todos nós.

Agora, falando do nosso negócio em si, no cenário internacional, temos um perfil até o momento, muito parecido com o ano de 2021. Ou seja, registramos taxa de crescimento das exportações, aumentamos o número de exportadores e, principalmente, o número de países que exportamos O que isso demonstra? Que estamos na trilha correta das exportações de proteína animal, caminho esse que está nos levando ao rumo certo!

Já no mercado interno, continuamos com a batalha do aumento do custo de produção e redução do poder de compra da população. Esse é um cabo de guerra que leva a um impasse e requer dos investidores da piscicultura uma necessidade de serem mais perspicazes nas suas ações para assim, trazer para dentro de seus negócios conceitos até então rotineiros em outros setores como indústria e comércio. Popularmente falando, isso requer que metade do dia, a gente fique com a bunda na água e a outra metade com a bunda na poltrona no escritório ou no carro visitando clientes e novos mercados.

Com este cenário em vista, uma ação importante foi a Peixe BR se associar à ABPA. Seja por sua experiência na cadeia de proteína animal, mas também para se aproximar de nosso consumidor final, essa parceria proporcionou nossa participação em eventos como a Siaves 2022, para que pudéssemos compartilhar dados e experiências já adquiridas pelas cadeias de aves, suínos e ovos. Hoje, é uma realidade significativa a participação no setor de piscicultura com as mais importantes empresas destas cadeias de produção, levando de maneira mais eficiente, o nosso produto a um maior número de pontos de vendas e ao prato do consumidor. Afinal, é este utensílio doméstico circular que desejamos conquistar, o que faz dele nosso verdadeiro e único campo de batalha.

Sendo assim, para 2023, temos a certeza que as dificuldades e

oportunidades nos esperam, seja no mercado interno, externo, no ponto de venda, no prato do consumidor e também nos balcões das repartições públicas.

Um item importante neste cenário atual e, principalmente no futuro, é observar os stakeholders. As mudanças estão em uma velocidade que não nos permite grandes pausas para análise, mas nos exige assertividade na tomada de decisão.

O mercado vai se expandido, como a grama que cresce com a chuvano entanto, ervas daninhas também surgem nesse processo. Sendo assim, é bom lembrar que esse é nosso barco e por isso, é preciso que todos sejamos capitães de nossos próprios negócios.

*Presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR)

e Processamento

O povo das águas merece respeito

Por José Jorge Neves Filho*

Quando falamos em pes ca industrial brasileira, é temeroso fazer um balanço apenas de um ano para o outro - afinal, tão antigos quanto o nosso setor, são os desafios que ele enfrenta. No entanto, para além das demandas antigas como a falta de gestão eficaz da atividade da pesca oceânica, entraves burocráticos, falta de implementação de políticas públicas já previstas em leis e normas, 2022 trouxe novos desafios. E nele, eu destaco como uma das princi pais provações a reedição da Portaria 445/2014, através da Portaria 148/2022, que aumentou o número de espécies que têm a captura proibida

A mudança trouxe total descontentamento do setor não apenas pelo fato da nova lista abranger espécies com alto valor comercial, como a Atlantoraja cyclophora (a raia carimbada), mas também pela forma como as decisões são tomadas: sem nenhum tipo de diálogo com o setor produtivo.

Não é exagero afirmar que a gestão da pesca no Brasil assume rígidos critérios ambientais, enquanto ignora os pilares sociais e econômicos desse importante setor produtivo que, apenas em Santa Catarina, gera mais de 50 mil empregos diretos e indiretos - isso sem contar a movimentação de outros setores interligados, como a construção naval, por exemplo.

No entanto, vale ressaltar que a portaria (nº 148/2022) não concedia nem mesmo prazo para adequação. Não fosse o Sindipi se atentar a isso e cobrar imediatamente o Ministério do Meio Ambiente (MMA), nossos associados poderiam ter sido penalizados com multas ambientais, além dos prejuízos que a medida já implica

Neste contexto, é importante dizer ainda que a reedição de portarias que restringem a pesca oceânica, sem que tenhamos visto implementadas medidas eficazes de gestão do estoque ao longo dos anos, faz com que o setor desacredite cada vez mais do Poder Público. O assunto acabou sendo tema de uma importante audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e levado pelo Sindipi ao Congresso Nacional, através da frente parlamentar catarinense.

Outro gargalo significativo para o desenvolvimento da pesca brasileira é a falta de pesquisas. Por isso, ainda em 2022, o Sindipi deu início a mais um projeto de monitoramento da pesca industrial catarinense, através da contratação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com embarques científicos - o projeto seguirá até meados de 2023. O desenvolvimento e o financiamento de pesquisa, a priori, seria um trabalho de quem faz a gestão da pesca. No entanto, sem o investimento do governo, o Sindipi tem assumido mais esse papel.

Para 2023, nossa esperança é de que este setor econômico tão importante para o Brasil seja olhado e gerido através de políticas públicas sérias e de longo prazo, e não apenas como moeda de troca e interesses políticos eleitoreiros. A pesca é mais que isso, e o guerreiro Povo das Águas merece respeito.

*Presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi)

Divulgação/Sindipi

Setor teve novos desafios a serem superados em 2022 e nutre a esperança de que o segmento seja mais do que uma moeda de troca política em 2023

Divulgação

Produção e Processamento

União, organização e ação: o segredo do desenvolvimento

Por Alexandre Guerra Espogeiro*

Oplaneta possui uma popula ção em crescimento constan te. Logo, a importância da atividade pesqueira para a segurança alimentar mundial está sen do cada vez mais destacada em fóruns de discussão internacionais.

Sabemos que a produção mundial de pescado segue aumentando, ultrapassando valores de 175 milhões de toneladas que movimentam, especificamente na pesca extrativa, mais de US$ 140 milhões por ano. No entanto, precisamos dar um enfoque ainda maior para o aumento do volume mundial desembarcado oriundos de capturas de populações biologicamente sustentáveis. Mas, é claro que

sabemos que quando um determinado tipo de pescaria opera com base em uma gestão pesqueira que foi discutida entre governo, academia e setor, ela consegue prosperar e até recuperar estoques que antes estavam sobreexplotados.

A pesca industrial no Brasil está caminhando a pequenos passos rumo à nova era da Pesca Sustentável. Sendo assim, precisamos ainda cumprir com necessidades básicas como a capacidade de registro, monitoramento e estatística pesqueira em todo o litoral do País. Além disso, sabemos que para que uma decisão de ordenamento funcione bem na prática, é preciso que o setor esteja envolvido nas discussões

e de acordo com as regras de gestão. Dessa forma, é imprescindível que existam fóruns de discussão contínuos para a gestão pesqueira do País

No caso do Brasil, os Comitês Permanentes de Gestão (CPGs) são esses fóruns. Porém, a lentidão para a reestruturação desses comitês é preocupante para a gestão nacional, que fica defasada de informações e de tomadas de decisões de maneira participativa. De fato, esses fóruns contam com uma previsão de início de funcionamento ainda esse ano. No entanto, os CPGs ainda não estão completamente instituídos e tampouco em funcionamento, situação essa que se agrava ainda mais perante a incerteza

Conepe prega continuidade da atualização de legislações, recadastramento de pescadores e de embarcações e a própria retomada dos CPGs

que anos de eleições trazem para a continuidade dos trabalhos de órgãos públicos federais.

Existem ainda outros obstáculos como, por exemplo, a pesca ilegal, que continua sendo um problema dentro e fora de nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE) - essa atividade não segue as diretrizes impostas pela gestão, podendo causar grandes desequilíbrios ambientais e socioeconômicos. Sendo assim, é necessário que haja uma organização e união do setor pesqueiro, inovação nas tecnologias utilizadas, capacitação dos pescadores com informações cada vez mais claras e disponíveis, além de campanhas que incentivem o consumo de pescados no Brasil, como é o caso da Semana do Pescado que está sendo realizada com mais sucesso a cada ano. Campanhas como essa são importantes para combater informações sensacionalistas que estão se tornando cada vez mais comuns nas redes sociais e que atingem diretamente o consumo de pescados no País, que, apesar de possuir uma grande capacidade de produção de pescados, ainda consome bem menos do que a média mundial.

Além dos problemas nacionais de gestão e, principalmente, de desenvolvimento da atividade pesqueira, temos acompanhado ainda discussões importantes em âmbito internacional que também podem trazer preocupações para o setor. Um exemplo está no âmbito do Acordo sobre a Biodiversidade

Marinha para além da Jurisdição Nacional (BBNJ), que tem o propósito de estabelecer métodos a fim de preservar e proteger a biodiversidade marinha em águas além da jurisdição nacional. As últimas discussões demonstraram interesse de membros do acordo e, principalmente, de ONGs internacionais na criação de grandes áreas marinhas protegidas em todos os oceanos, bem como em ações que poderiam impactar a governança das Organizações Regionais de Gestão da Pesca (OROPs), sistema esse que levou décadas para ser construído e que está funcionando corretamente, com base em anos de experiência e maturidade. A OROP mais importante no caso da pesca do Brasil é a Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT), que por sua vez, é responsável pela gestão e ordenamento das capturas e desembarques de espécies de atuns e espécies afins em todo o Oceano Atlântico.

Mais importante do que cobrar pela gestão e monitoramento adequados por parte dos órgãos públicos responsáveis, é tomar iniciativas que demonstrem o interesse de pescadores, armadores e indústrias no desenvolvimento de uma pesca mais sustentável. Recentemente, o Conepe, em parceria com armadores e indústrias, financiou um projeto de avaliação do novo período de defeso da sardinha-verdadeira Por outro lado, também estamos, cada vez mais, atuando em parceria

com outras instituições (nacionais e internacionais) na defesa e promoção do desenvolvimento sustentável da pesca no Brasil.

Sendo assim, esperamos que, no próximo ano, ações importantes do governo que estão em desenvolvimento como a atualização de legislações, recadastramento de pescadores e de embarcações, e a própria retomada dos CPGs, se mantenham em continuidade. Além disso, também torcemos para que governo, setor e academia consigam juntos, trabalhar cada vez para o desenvolvimento dessa atividade tão importante para a segurança alimentar do Brasil e do mundo.

*Presidente do Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe)

Divulgação/Conepe

Produção e Processamento

Carcinicultura: força do interior nordestino

Por Itamar Rocha*

Com o histórico da falta de priorização e de apoio governamental ao setor carcinicultor, o expressivo desempenho produtivo do camarão marinho cultivado no Brasil, entre 2019 (90.000 toneladas) e 2021 (120.000 toneladas), em pleno período crítico da pandemia da covid-19 - e sem contar com um mínimo apoio financeiro ou retorno das exportações, registrou um incremento de 33,33%. Esses valores foram registrados mesmo quando confrontados por uma desigual e injusta queda de preços, o que possibilitou manter empregos e continuar registrando crescimento. E neste contexto, é importante destacar o até então impensável interior de Estados como Ceará, Paraíba e Sergipe que, em pouco tempo, mostraram sua força.

Na verdade, as condições naturais dessas áreas e regiões tem se mostrado de tal ordem favoráveis para a exploração do camarão marinho L. vannamei. Prova disso é a obtenção de produtividades de 12-20 toneladas por hectare por ano, com ciclos contínuos de explorações e produção E novamente, tudo foi conquistado sem apoios governamentais, licenciamento ambiental e financiamentos (investimentos e custeio). Sendo assim, não há a menor dúvida de que o semiárido do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Alagoas já se estabeleceram como novos promissores braços do negócio.

Como líder nacional, o Estado do Ceará tem impulsionado o crescimento da carcinicultura com o camarão marinho L. vannamei nas áreas interiores. Os números são animadores e expressivos: já são 1.865 fazendas de camarão localizadas em 62 municípios

(+121,4%), das quais 1.786 (+125,87%) estavam ativas em 2021 em relação à 2016. Esse fato foi confirmado com a realização do Censo Setorial que a ABCC realizou no ano de 2022, o qual traçou um real panorama da atividade que mudou a realidade da sua região semiárida, estabelecendo uma nova ordem econômica-social. E tudo isso, com mais um importante detalhe: sem qualquer tipo de financiamentos ou investimentos públicos estruturadores.

Da mesma forma, segundo dados compilados pela ABCC junto a ACPB, a Paraíba já conta com dois importantes polos produtores: 1) O Polo Costeiro, que inclui sete municípios nos quais já estão operando 50 fazendas de engorda de camarão marinho; 2) O Polo do Interior, que de forma surpreendente, já envolve 70 municípios cujas fazendas usam águas do Rio Paraíba, Rio Mamanguape, Rio Piranhas e de dezenas de açudes e poços artesianos que, juntos, já possuem 180 unidades produtoras do camarão marinho L. vannamei - no total, já são 77 municípios contemplados com 230 fazendas de cultivo.

Nesse contexto, um estudo realizado pelo Sebrae/PB em 2016 reportou uma produtividade média de 15 toneladas/ hectares/ano na carcinicultura paraibana com água do Rio Paraíba, contra apenas 3 toneladas/hectares/ ano da média nacional no referido ano. Em 2021, mesmo sem contar com financiamentos bancários, muito menos com apoio governamental, a carcinicultura paraibana dos polos interioranos vem se fortalecendo, com pequenos empreendimentos produzindo entre 20 a 25 toneladas de camarão por hectare/ano. Esse trabalho eleva a produção para 10.000 toneladas, com projeções de atingir 12.000 toneladas em 2022

Já no caso do estado de Sergipe, o destaque da carcinicultura foi a substituição da rizicultura, tendo como referência o município de Brejo Grande, cuja exploração havia sido inviabilizada pela salinização das águas do São Francisco. Ela foi substituída pela carcinicultura em 2015, usando as mesmas áreas com adequações nos taludes e nas comportas, tendo como benefício

indireto a drástica redução do lançamento de agrotóxicos: 7,1 a 8,1 toneladas/ciclo. Isso acabou proporcionando de forma direta expressivos ganhos ambientais, uma vez que além do uso de agrotóxicos, utilizava-se raticida ou chumbinho para conter os ratos que se alimentavam nos arrozais, causando prejuízo aos produtores.

Inclusive, com a aprovação pela Assembleia Legislativa da Lei Estadual 8.327/2017 nominada “Lei Itamar Rocha”, que passou a regular a Política da Carcinicultura em Sergipe, o então governador Jackson Barreto (que sancionou a Lei), declarou: “A carcinicultura vai ser a porta aberta para melhorar a qualidade da vida do povo do Baixo São Francisco, já sendo possível assegurar que em Sergipe, já se constitui uma atividade que vem resgatando a alta estima das pessoas que conviviam sem perspectivas de vida com dignidade, baseadas na exploração das atividades tradicionais,

que ao longo dos anos, foram inviabilizadas por causas ambientais, baixo retorno econômico e incipiência de políticas de apoio ao produtor”. A melhoria de vida das populações nestas áreas de produção de camarão já é incontestável, de forma que se confirma a máxima: o cultivo do camarão marinho em cativeiro, será, em 10 anos, a atividade mais rentável em todo o Estado de Sergipe.

Na verdade, as condições para o Brasil voltar a se destacar no cenário internacional estão sendo postas. Por isso, não temos dúvidas de que o grandioso sucesso já previsto para a Fenacam 22 devese, sem dúvida, à preocupação da parte dos principais importadores de camarão, com a grande dependência do Equador (256.370 km 2 e 600 km de costa) e da Índia que, a exemplo da China, poderá a passar a consumir todo seu camarão de uma hora para outra.

*Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC)

Divulgação/ABCC

2023: otimismo e busca por ventos favoráveis Produção e Processamento

Por Júlio César Antônio*

Oano de 2021 foi marcado pelo enfrentamento à adversidade derivada dos reflexos da pandemia da Covid-19 que, por sua vez, rompeu com a cadeia global de fornecimentos. Muitos foram os fatores que estiveram nas lentes dos gestores das indústrias, como o contínuo aumento no custo da produção, dificuldades na aquisição de matéria-prima importada, altos custos logísticos e alta oscilação cambial. Soma-se a esse cenário uma inflação e taxas de juros galopantes, que causaram a queda no poder de compra da população brasileira.

A partir do segundo semestre de 2021, observamos um impulso no consumo de pescado motivado internamente pela Semana do Pescado, que registrou incrementos de até 30% nas vendas. Assim, apesar dos desafios, com base nos dados da plataforma Painel do Pescado, o volume importado em 2021 foi 316.393 toneladas, um acréscimo de 6,56% em relação ao ano de 2020. Neste cenário, os principais parceiros comerciais do Brasil foram o Chile (101.832 toneladas), seguido de Marrocos (40.054 toneladas), Argentina (29.705 toneladas), Omã (29.247 toneladas) e Vietnã (28.669 toneladas).

A exportação também seguiu em expansão com o aumento da participação do Brasil (market share) nos mercados existentes. Em comparação com 2020, o volume exportado aumentou 8,65%, subindo para 50.794 toneladas. Aqui, os principais compradores do pescado brasileiro foram os Estados Unidos (24.365 toneladas), China (5.547 toneladas), Equador (2.009 toneladas), Argentina (1.975 toneladas) e

Colômbia (1.775 toneladas). Nessa linha, a produção nacional de peixes igualmente registrou ganhos, elevando em 4,7% o volume dos produtos cultivados no Brasil (Dados do Anuário 2022 da Peixe BR).

Em 2022, o cenário vem se mantendo em recuperação, com consumo estável e um destaque para as exportações, que tiveram um aumento significativo em relação ao ano anterior. Todavia, os desafios continuam para todos os segmentos, incluindo a indústria do pescado, visto que a cadeia global de valor ainda não foi completamente restabelecida. Além disso, ainda sofremos os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, da inflação que, embora arrefecida, ainda impacta a vida das pessoas, além das eleições no País - que geram incertezas, especialmente no mercado financeiro

No entanto, a perspectiva para 2023 é de otimismo, de um retorno à estabilidade e de consolidação do setor, tanto no mercado interno como no exterior - afinal, mais do que nunca, o Brasil é reconhecido como um dos mais importantes produtores de alimentos do planeta. Contudo, há de se ficar atento aos movimentos das demais lideranças globais, pois vivemos em um mundo interconectado e interdependente, certo?

Sendo assim, esperamos que a eleição, independentemente do escolhido pelo povo, mantenha a estabilidade política e monetária. Sabemos dos desafios do próximo governo e esperamos que seja pautada a reforma tributária, trazendo uma simplificação e desoneração à economia como um todo, com geração de emprego, renda e consumo. Ao eleito, iremos pleitear incremento em linhas de

crédito para o setor do pescado, tanto para a produção interna, como para importação, processamento e consumo.

Em todo o caso, trabalharemos para a expansão do pescado brasileiro em âmbito internacional, bem como, para a abertura do mercado nacional para produtos estrangeiros, sempre respeitando a legislação aplicável, garantindo a qualidade dos produtos e melhor acesso do consumidor à nossa proteína.

Vale pontuar que a indústria sempre foi e continuará sendo de extrema importância para o desenvolvimento do mercado doméstico e internacional. Contudo, a mesma não pode se desenvolver sem a existência de uma cadeia completa e forte, com a presença de fornecedores, distribuidores, traders, despachantes, varejistas e food service

Dessa forma, mais do que um vento, sentiremos o otimismo se concretizar de forma real em nosso dia a dia.

*Presidente da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes)

Produção e Processamento

Criatividade e trabalho “MadeInBrazil”

Por Eduardo Lobo Naslavsky*

Durante os anos acometidos pela pandemia mundial de COVID-19, acreditava-se inicialmente que as indústrias de pescado ficariam “de joelhos’ frente às adversidades geradas. Contudo, neste período, a indústria obteve crescimento na ordem de 15% ao ano. Mesmo com o segmento de food service fechado, o varejo compensou este impacto aumentando ainda a oferta para o consumo dessa proteína

Em casa, as pessoas tiveram oportunidade de cozinhar para seu núcleo familiar, buscando uma alimentação mais saudável, de fácil digestão e, neste cenário, foi possível observar que o pescado fez grande parte desta escolha. Já no setor industrial, observamos que os postos de empregos foram mantidos e alguns investimentos realizados, considerando reformas para ampliação e até construção de novas unidades.

Com a retomada da normalidade neste ano, herdamos as consequências da quantidade de moeda gerada, aumento da distribuição de recursos para os Estados, bem como ampliação de recursos diretamente repassados para a população. Estas ações realizadas não somente pelo Brasil, mas pelo mundo todo, geraram uma grande conta que já chegou e precisará ser paga. A inflação global vem impactando diretamente nosso negócio: a elevação mundial do custo dos combustíveis impactou as pescarias, os custos produtivos impactaram a aquicultura e tornaram a obtenção de matéria-prima mais cara para as unidades industriais

Aliada à guerra, a inflação criou um momento de desaceleração no consumo global como um todo, trazendo um mercado internacional, antes muito promissor, retraído, no qual os preços

dos produtos de nossa exportação sofreram brusca queda. Ao final do ano de 2021, os preços dos produtos de pescado congelado exportados, como tilápia, lagosta e atum, tiveram redução aproximada de 40% em seus preços internacionais

Considerando a crise internacional, as perspectivas em 2022 são inferiores aos anos anteriores, com previsão de retração ou, na melhor das hipóteses, estagnação em relação aos volumes antes alcançados. Em relação ao mercado interno, observamos que as pessoas tiveram redução de renda e, consequentemente, de gastos. Mesmo cientes de que a proteína de pescado é a mais saudável, sabemos também que ela não é a mais barata, fato este que faz com que o custo atual do produto não caiba muitas vezes no orçamento familiar.

Esperamos que, no próximo ano, o mundo já tenha encontrado o equilíbrio financeiro necessário, que o momento inflacionário tenha recuado e que o poder aquisitivo volte às famílias para que assim, elas possam consumir cada vez mais a proteína mais saudável do mundo: o pescado.

A previsão de investimentos a serem realizados pelas indústrias está na ordem de R$ 580 milhões a R$ 650 milhões, números esses contabilizados dentro da própria Abipesca para a aplicação em novas unidades industriais, novas áreas de produções aquícolas e novas embarcações. Dentro deste contexto, é bom lembrar ainda que esses investimentos estavam programados para execução em 2022 e que, diante do cenário pós-pandemia, foram postergados para 2023.

Quando o mercado está pujante, ele nos proporciona maiores volumes

de vendas e, consequentemente, movimentamos industrialmente maior volume de produtos. Com isso, o empresário tem ânimo e segurança para buscar linhas de crédito ou utilizar capital próprio para investir e ampliar seu negócio, girando uma roda positiva que envolva a geração de emprego e renda.

Com criatividade e muito trabalho, a indústria tem desempenhado o seu papel como espinha dorsal do setor, fomentando a captura e a aquicultura de forma sustentável, criando produtos, desbravando e abrindo novos mercados, criando oportunidades de negócios e levando produtos de alta qualidade a preços acessíveis aos consumidores de todo o mundo, mostrando um pescado “Made in Brazil”.

O nosso desafio sempre será gerar renda, ampliar nossa capacidade instalada, melhorar a nossa competitividade, interagir todos os atores em defesa de um setor forte, saudável e em prol da nação brasileira.

*Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca)

Em busca da estabilidade e expansão do foodservice

Por Fernando Blower*

Após dois anos de perdas e incertezas, a chegada de 2022 era vista com otimismo para uma retomada da economia e uma rápida recuperação do setor de food service. O avanço da vacinação em todo o País fez com que o número de óbitos causados pela Covid-19 caísse vertiginosamente e a população voltasse a sentir segurança em sair nas ruas com mais tranquilidade e sem máscaras. Com isso, o comércio, incluindo bares e restaurantes – um dos setores mais afetados na pandemia -, abriu as portas novamente, sem restrições de isolamento. Porém, apesar da retomada, nem mesmo a melhora dos índices e a flexibilidade das regras têm melhorado de maneira consistente o ambiente do setor

Segundo uma pesquisa realizada em maio de 2022 pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), pela consultoria Galunion especializada no mercado food service, e pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), o fantasma da inflação voltou a assombrar o setor. No levantamento, 83% acreditavam na ocasião que a inflação representava o maior desafio a ser enfrentado este ano. Com o passar dos meses, o cenário provou que o receio dos empresários fazia sentido.

Enquanto produtos e serviços como combustíveis e energia elétrica passaram a ceder após um aumento explosivo, os preços da comida voltaram a ganhar força no Brasil. Sinal disso é que a inflação do grupo de alimentação e bebidas se aproximou novamente de 15% no acumulado de 12 meses, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Até julho, a alta chegou a 14,72%, segundo dados

divulgados em agosto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa era de 13,93% até o mês anterior.

Em meio ao cenário, os restaurantes mantiveram os valores das refeições abaixo da inflação. Apesar do lado mais vantajoso para o consumidor, as margens dos estabelecimentos ficam apertadas, já que muitos ainda estão comprometidos com passivos bancários e tributários, contratados ao longo da pandemia.

Sendo assim, já em 2023, o setor de bares e restaurantes começa a projetar a situação do País para um novo ciclo de maior estabilidade, com o controle ou mesmo o fim da pandemia, e a partir do processo eleitoral de 2022. A ANR defende e seguirá defendendo em 2023 alguns pontos fundamentais que impactam o negócio do setor, como a redução da carga tributária, a realização de uma reforma tributária que desonere a folha de pagamento dos funcionários, o estímulo ao crédito - em especial para pequenas empresas -, ao primeiro emprego no setor de alimentação e o aumento do teto do Simples Nacional

Mediante a necessidade de que sejam colocadas em prática ações em diversas esferas, os governadores estaduais eleitos devem estar atentos a demandas importantes para a economia, bem como a redução de carga tributária (alíquotas de ICMS e substituições tributárias) e desburocratização para licenciamentos, como processos online e por autodeclaração.

Compromisso com a população é a chave para o bem do setor. Há esperança de uma melhora para o futuro e os líderes

da nação devem estar alinhados com a população e as entidades especializadas em food service No entanto, agilidade, integração, experiência e diversidade são alguns dos termos que devem permear os próximos de nossa jornada.

*Diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR)

Divulgação/ANR

Em meio a um cenário instável econômico, os restaurantes mantiveram os valores das refeições abaixo da inflação em 2022

Divulgação

A

compra ou

e

Um olho no peixe, outro no consumidor

Por Marcio Milan*

Oencarecimento de proteínas como a carne bovina, os cortes de frango e da carne suína ao longo dos últimos anos e, de forma mais intensa, nesta saída da pandemia, tende a tornar o consumo do pescado mais atrativo no ponto de venda. Ou seja, isso pode ser e representar um frescor ao bolso do consumidor .

Um dos motivos que justificam esse fato é a escalada dos preços desse grupo de alimentos, puxada pelo repasse de custos de produção ao longo da cadeia produtiva, do frete e da energia elétrica. Como sabemos, os frangos e os suínos, por exemplo, dependem de grãos como soja e milho para a base da alimentação nas granjas. E, por si só, são ingredientes

Presente em 73,7% dos tickets de compra, a sardinha em conserva foi preferência da classe D/E durante a pandemia

que tiveram alta significativa de preços no primeiro semestre, quando iniciou o conflito entre Rússia e Ucrânia – dois dos grandes produtores e exportadores de cereais e de fertilizantes.

Entretanto, diante deste cenário, é preciso ter um olho no peixe, outro no consumidor. Afinal, há outros fatores importantes do cenário macroeconômico que precisam ser levados em conta.

De um lado, o consumidor está com renda mais restrita. De outro, a persistente inflação na cesta de alimentos atinge a todos os itens, desde alimentos, carnes e bebidas, além de produtos de higiene, beleza e limpeza.

Com isso, o varejo, principalmente no que se refere às commodities como arroz, feijão, óleo e açúcar, têm buscado alternativas para compor a cesta de abastecimento. Tais atitudes possuem as mais diversas facetas, ora introduzindo diversas marcas nas gôndolas, ora fazendo negociações mais intensivas com os fornecedores, ora ofertando produtos de marca própria com preços mais baixos e atrativos.

E o consumidor? Ele tem respondido buscando ofertas, pesquisando preços na loja física, no e-commerce, na feira livre, no sacolão ou no açougue de rua, por exemplo . O objetivo é analisar o melhor custo-benefício, seja na substituição de produto ou na troca por embalagem menor.

E por que todos esses fatores são importantes ao falar do pescado? Se bem explorado no ponto de venda, ele tende a estar cada vez mais presente no prato do consumidor. Afinal, as proteínas substitutas estão mais caras e devem continuar assim devido à pressão global por alimentos vindo de países emergentes, principalmente asiáticos e alguns africanos, que acabam por gerar aumento de preços em decorrência do aumento da demanda.

E quando olhamos para o pescado, o aumento no consumo era uma tendência identificada em 2019. Naquele ano, antes do início da pandemia, o consumo no varejo teve o melhor desempenho da história: a seção respondeu por 2,1% do faturamento do setor. Porém, com a pandemia, houve forte recuo. O consumo de pescados nos supermercados caiu para 0,8% do faturamento em 2020, mas no ano seguinte, ensaiou a retomada e atingiu 1%

Indo um pouco além do peixe fresco, há outro aspecto a ser considerado no ponto de venda: a praticidade. Nos supermercados, ela se traduz em cortes para facilitar o preparo em casa, pratos feitos nas rotisseries e até mesmo nos pescados enlatados.

Durante a pandemia, o isolamento social e o trabalho home-office também fortaleceram a entrada de pescados enlatados nos lares brasileiros. A sardinha em conserva, por exemplo, esteve presente em 73,7% dos tickets

Pixabay

de compra, com atum em conserva registrando 28,9%, a cavalinha em conserva ocupando 0,7% e a anchova em conserva marcando 0,03%

Ao analisarmos o perfil do consumidor, a sardinha em conserva é a preferência da classe D/E com 3,2%. Nas classes A/B e C, o item está presente em cerca de 2% dos carrinhos. Assim, a atenção da cadeia deve estar voltada para todas as classes de renda e hábitos de consumo - há consumidores que buscam peixe fresco, outros congelados, importados, industrializados e os frutos do mar.

E, quando falamos de perfil de consumo, voltamos necessariamente ao cenário macroeconômico. Com elevada pressão inflacionária sobre os alimentos e com bolso mais restrito, o consumidor

busca proteína mais compatível com a sua renda.

Assim, para os próximos meses, os benefícios assistenciais aprovados pelo Congresso Nacional devem contribuir para aumentar o consumo de proteínas e, se houver boa oferta de pescados, os preços estarão mais acessíveis.

Com isso, é certo que o consumidor não vai deixar de fora do carrinho os pescados, pois eles entregam sabor, saudabilidade e inúmeros benefícios ao seu dia a dia.

Para a cadeia e para o varejo, em que pesem as questões macroeconômicas, com maré alta ou baixa, é preciso continuar nadando, de preferência com um olho no peixe e outro no bolso do consumidor.

Pescados com qualidade

*Vice-presidente institucional e administrativo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Divulgação/ABRAS

respeitaempresaUmaque o ambientemeio

do seu fornecedor a qualidade dos produtos Natubrás

O efeito borboleta do mercado de pescado

Por Carolina Nascimento*

Vocês também acham que o mercado de pescado é algo maluco, mas ao mesmo tempo muito interessante? A cada ano que passa, eu só tenho mais e mais certeza de como o mercado do pescado é algo, no mínimo, intrigante.

A dinâmica global me fascina. Quase uma analogia ao “efeito borboleta”, que fala sobre um acontecimento lá do outro lado do mundo que pode facilmente explicar algo que se passa aqui no nosso quintal. Exemplos dessa ideia não faltam: da pandemia à recente (e espero que prestes a ser superada) crise global de logística. Mas para o peixe do Alasca, posso ainda incluir o comportamento de consumo do japonês, do chinês, do coreano, do alemão e os impactos disso aqui no Brasil. Se o coreano resolver comer mais peixe, por exemplo, é certeza de que os brasileiros terão mais trabalho para encontrar volumes de compra. De forma bem simples, eu diria que a forte demanda global por peixes selvagens do Alasca torna a concorrência na hora das compras bem acirrada. E esse é o sonho de todo vendedor.

Falando em produção, a safra 2022 de salmão selvagem do Alasca acaba de ser encerrada, com número positivos em comparação a 2021 (e a 2020, no caso do salmão rosa, ou pink). Capturou-se 96% do volume projetado pelo Alaska Department of Fish and Game para a safra deste ano Houve ainda um recorde de produção de salmão sockeye (vermelho), especialmente na região de Bristol Bay – quatro de cinco salmões sockeye capturados no Alasca neste ano foram pescados em Bristol Bay. A captura do salmão keta (chum) e do rosa (pink)

foi 10% e 5% maior (keta comparado a 2021 e rosa a 2020), enquanto a pesca do salmão coho ficou 53% abaixo do volume de 2021

A demanda por peixes do Alasca, não só de salmão, mas também de polaca e bacalhau, segue alta no mundo. Muitos mercados querem garantir os volumes de peixe que não conseguiram comprar no auge da pandemia em 2020 e 2021 e isso, associado à inflação e ao crescimento dos custos operacionais, torna os preços mais altos. Sendo assim, minha recomendação ao conversar com nossos parceiros na América Latina é: garanta os estoques, ainda que mais baixos, das espécies que já estão em suas linhas e, por que não, experimentar espécies novas?

Conhecendo os desafios e a realidade do mercado massivo latinoamericano, acredito muito na introdução de uma nova espécie, o Pacific Ocean Perch (o chamam comumente de POP no Alasca), na volta dos peixes planos e em oferecer espécies mais econômicas aos mercados que não conseguem mais pagar preços premium. Neste sentido, a polaca do Alasca continua sendo um excelente exemplo de peixe coringa, apesar dos preços mais altos ao longo dos últimos anos. No entanto, não podemos esquecer dos mercados de nicho, nos quais produtos como black cod, ovas e halibut continuam sendo excelentes opções.

Apesar da forte concorrência, os números de exportação de pescado dos EUA para a região estão em crescimento. Em 2021, o Brasil importou quase 1.800 toneladas, enquanto de janeiro a julho deste ano,

já foram mais de 1.300 toneladas, um crescimento de 30% em comparação ao mesmo período no ano anterior Quando falamos de exportações para a América do Sul, foram mais de 10 mil toneladas em 2021 - o crescimento no acumulado do ano até julho é de 41%.

E falando da América Latina, quase 32.500 toneladas foram importadas dos EUA, com crescimento acumulado também de 41% até julho deste ano.

Os números são bons e acreditamos em um futuro ainda melhor. Ao longo dos anos, entendi que existe peixe selvagem, natural e sustentável do Alasca para todos os mercados e bolsos. Ou seja, em qualquer um dos cenários, é uma ótima estratégia agregar valor e diversificar portfólios.

*Trade & marketing manager do Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI)

Brasil

e

Peru se prepara para a Seafood Show Latin America 2022

Por Jhoselyn Guevara*

As exportações de pescado do Peru totalizaram US$ 3,86 bilhões em receita em 2021, um aumento de 34,8%, superando os níveis pré-pandemia graças ao aumento da produção de bens tradicionais e de consumo. Quanto ao setor não tradicional, a maior disponibilidade de matériaprima (captura) nos primeiros meses do ano e o aumento da produção aquícola tiveram impacto positivo nas exportações, com queda nos últimos meses devido às condições oceanográficas.

Observou-se crescimento nos produtos de Consumo Humano Direto (CHD: congelados, enlatados, curados e refrigerados) com exportações totais de US$ 1,46 bilhões e 523 mil toneladas, o que significou 14% a mais em valor FOB em relação aos níveis de 2020. Esta

perspectiva favorável, considerando a incerteza a que os mercados e a procura estiveram sujeitos durante a pandemia, demonstra a resiliência do setor pesqueiro não tradicional

As expectativas para este 2022 são positivas para os principais produtos de exportação como lulas, camarões, dourado do mar (Mahi mahi) e vieiras.

As exportações peruanas de produtos para consumo foram destinadas a 75 mercados diferentes em 2021, dos quais 66% dos valores totais são representados pela China, Estados Unidos, Espanha, Coreia do Sul e Japão. O novo panorama mostra um cenário favorável e de recuperação dos principais destinos, como a China, e acrescenta a importância das novas demandas que antes não existiam, mas que se estima que permanecerão no futuro.

É esta reconfiguração dos mercados e hábitos de consumo que têm incentivado a oferta exportável peruana a diversificar e avançar na cadeia de valor. Este ano, a Promperú planeja fortalecer a presença de produtos peruanos no mercado latino-americano. Por isso, promove a participação coletiva na próxima edição da feira Seafood Show Latam, que será realizada pela primeira vez em São Paulo em outubro próximo, com uma delegação peruana composta por seis empresas com sólida experiência em exportação. Serão expostos principalmente derivados de lula crus e pré-cozidos (filés, anéis, botões, fatias, cubos), pescada, vieiras, Mahi mahi, entre outros.

Captura

O desembarque de recursos hidrobiológicos em 2021 atingiu um volume total de 6,6 milhões de toneladas, que em relação ao registrado em 2020 apresenta um aumento de 14,7%, superando os níveis pré-pandemia (2019), principalmente associado ao aumento de 19,7% na captura de anchoveta, recurso utilizado principalmente pela indústria de consumo humano indireto (farelo e óleo). Do lado da pesca para Consumo Humano Direto, registrou-se um ligeiro decréscimo (-0,6%) em 2021, com um total de 1,4 milhões de toneladas. Isso aconteceu devido a uma redução na pesca de recursos (cavala, jurel, lisa, entre outros) destinados à indústria de produtos curados (-22,8%). Tal comportamento foi atenuado pelo aumento da extração de recursos

A

destinados à indústria de congelados ( +1,0%) e enlatados (+2,3%), favorecidos pelas condições oceanográficas normais durante o primeiro semestre de 2021 (dados do Produce).

Aquicultura

A produção aquícola nacional em 2021 atingiu 144,2 mil toneladas, de acordo com os números do Produce, com um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior, o que significou uma recuperação da tendência positiva dos últimos anos.

A vieira e o camarão foram os mais cultivados (de origem marítima), principalmente nas regiões de Piura e

Tumbes - essas espécies representaram 62% do total colhido no país. Já a criação de trutas em águas interiores registrou uma redução de 11,2%, com 48 mil toneladas em 2021. Importante frisar que esta espécie é consumida em grande quantidade no mercado interno.

A aquicultura no Peru tem mantido um crescimento sustentado nos últimos anos, passando de uma despesca de 100 mil toneladas em 2016 para 144 mil em 2021. A projeção é que este ano a produção da aquicultura aumente 4% em relação a 2021, devido a uma recuperação esperada na carcinicultura e na truta afetada por fatores climáticos (Produce).

*Especialista do Departamento de Produtos Pesqueiros do PromPeru

Divulgação/Promperu

Noruega nunca faturou tanto com exportações

Øystein Valanes*

As exportações de frutos do mar da Noruega tiveram um primeiro semestre historicamente bom: o aumento dos preços globais dos alimentos, a menor oferta de matériasprimas e o forte crescimento da demanda foram as principais razões para este recorde. O resultado: em apenas seis meses, superamos o valor de exportação de todo o ano de 2015.

Neste cenário, o salmão ainda representa a maior parcela do valor das exportações - apesar dos menores volumes de produção e aumento da demanda que resultaram em preços recordes. No entanto, espécies como truta, bacalhau, saithe e haddock contribuíram para este recorde em seis meses

Mesmo em tempos turbulentos que vivemos, fico muito feliz em ver que os frutos dos mares noruegueses tenham produtos e uma marca com alta demanda internacional. No entanto, devemos estar preparados para mudanças de preços no futuro. Sendo assim, o trabalho de marketing ativo e de longo prazo será importante para os próximos meses, o que fará o Conselho Norueguês da Pesca, juntamente com a indústria, continuar trabalhando para um maior crescimento das exportações.

Outro fator que reforça o peso de um trabalho forte é que, com a guerra na Ucrânia e a reabertura após a pandemia de coronavírus, a primeira metade do ano se deparou com mudanças importantes e drásticas na comunidade mundial. E isso nos afetou diretamente.

Além do terrível sofrimento, a guerra afetou o comércio global e ajudou a criar uma crise alimentar. Nesses momentos, a Noruega e o Brasil, como nações do setor de pescados, têm uma responsabilidade extra de garantir ao mundo um suprimento suficiente de frutos do mar sustentáveis e saudáveis.

Para isso acontecer, apesar do forte crescimento do valor das exportações de frutos do mar no primeiro semestre do ano, é preciso superar alguns desafios que podem desacelerar o crescimento no futuro. São eles:

• Alta inflação de alimentos;

• Enfraquecimento do poder de compra;

• Desafios logísticos;

• Aumento dos custos de produção para os produtores de frutos do mar;

• Menos oferta de espécies como salmão, bacalhau, cavala e arenque.

Crescimento de valor para bacalhau salgado seco

Alguns fatos que valem ser destacados nesse período:

• A Noruega exportou 40.300 toneladas de bacalhau no valor de R$ 1,2 bilhões no primeiro semestre do ano.

• Há uma diminuição no volume de 2%.

• O valor aumentou R$ 296 milhões - ou 32%, em comparação com o primeiro semestre do ano passado.

• Portugal, Brasil e República Dominicana foram os mercados mais importantes para o bacalhau norueguês no primeiro semestre de 2022.

No entanto, algo importante a ser ressaltado é que em nosso maior mercado de bacalhau, o português, o consumo nos mercados é inferior ao de 2021. Porém, isso já era esperado, uma vez que mais pessoas voltaram a consumir bacalhau nos restaurantes. Afinal, o turismo em Portugal está de volta com mais de seis milhões de quartos de hospedagens em maio, um aumento superior a 200% em relação ao ano passado. O aumento do turismo ainda contribuiu para o crescimento da procura pelo bacalhau, mas o país ainda vivencia alta de inflação e incerteza econômica.

Por fim, no primeiro semestre do ano, também foram registrados altos volumes de exportação de bacalhau para Congo-Brazzaville, Jamaica e México.

Embora os frutos dos mares noruegueses tenham uma posição global muito forte, é fácil esquecer que a indústria nórdica também é afetada pela alta inflação e aumento dos custos de produção. Para muitos participantes desse mercado, a primeira metade do ano foi, portanto, exigente.

Bacalhau da Noruega no Brasil

O Brasil é o segundo maior mercado global de bacalhau com base em valor para a Noruega. Apesar da inflação de 10,12% em 2021 no Brasil, a Noruega aumentou as exportações de bacalhau para o mercado brasileiro.

Isso só comprova que o bacalhau da Noruega tem o maior reconhecimento

de qualidade entre os produtos convencionais para os consumidores brasileiros, sendo ainda reconhecido como um produto tradicional na cultura e culinária tupiniquim.

Prova disso é que só neste ano, incluindo julho, a Noruega exportou 8.424 toneladas de bacalhau no valor de R$ 253 milhões para o Brasil. Em comparação com o ano passado, os volumes aumentaram 11%, enquanto os valores aumentaram 49%. O preço médio da exportação Free-On-Board (FOB) por quilo também aumentou 34% em relação a 2021.

No entanto, existem vários elementos que podem afetar negativamente o consumo de frutos do mar no Brasil, independente do produto e do país de origem. A preferência cada vez maior entre os consumidores mais jovens (principalmente entre 20 e 30 anos) por outros produtos ao invés de frutos do mar, está excluindo as novas gerações de participar de um esforço comum para aumentar o consumo desta categoria.

É importante notar que o acesso imprevisível ao mercado brasileiro restringe as exportações de outros países devido a ramificações não razoáveis, caso apareçam discrepâncias. Logo, nesse cenário, os principais desafios envolvem quais e como métodos e procedimentos são implementados quando os testes são feitos em laboratórios brasileiros no ponto de entrada.

Vale destacar que a rotulagem e as denominações dos produtos do mar não são claras e parcialmente enganosas, levando a uma menor confiança entre

os consumidores quando se deparam com estes produtos. Por isso, um esforço comum deve ser feito, tanto das autoridades quanto da indústria para garantir que os consumidores recebam exatamente o que compram.

Tendências de mercado no Brasil e novas perspectivas

Os brasileiros estão comendo frutos do mar e bacalhau com menos frequência em relação a 2020. Um aumento de 6,4% nas exportações de bacalhau em 2020, em comparação a 2021, indica que mais pessoas continuam comendo bacalhau, embora com menor frequência.

Apesar do aumento de volume de 6,4% no ano passado, as exportações totais de bacalhau da Noruega para o Brasil terminaram 24,8% abaixo do período pré-pandemia de 2019: o bacalhau sofreu uma queda de 50,7%, de 5.903 toneladas para 3.918 toneladas, comparando 2021 com 2019. A redução do poder aquisitivo parece fazer com que os consumidores comam menos bacalhau, substituindo-o por fontes protéicas mais baratas.

Um cenário que vem se desenhando é que, a curto prazo, o setor precisa se preparar para preços bem altos na categoria dos peixes brancos. As sanções contra a Rússia por causa da guerra com a Ucrânia mudaram o comércio dos peixes brancos consideravelmente. Por exemplo, a exportação do bacalhau congelado da Noruega subiu 14% em volume e 43% em valor durante o primeiro semestre deste ano, em parte porque os Estados

Unidos estão importando o bacalhau congelado da Noruega e não da Rússia. A demanda e os preços ascendentes do bacalhau fresco, congelado e salgado, no mercado global, teriam equivalente impacto no mercado brasileiro.

Já a longo prazo, o consumo do pescado no Brasil depende de uma mudança de atitude dos consumidores sobre o que comer e porquê. Um estilo de vida mais saudável parece ser uma evolução que o setor do pescado pode aproveitar. Do meu ponto de vista, quando produtores nacionais, importadores ou pescadores trabalharem juntos para comunicarem conjuntamente os benefícios dos nossos produtos, com certeza vai melhorar o impacto aos consumidores e dar uma guinada positiva para todos os envolvidos.

*Diretor no Brasil do Conselho Norueguês da Pesca

Divulgação

A volta das atividades presenciais trouxe consigo a retomada das contra tações no setor de comércio e serviços, que no 2º trimestre de 2022 gerou 18.956 novas vagas. A hotelaria e o food service também ensaiaram uma retomada na geração de vagas desde o final de 2021, com o arrefecimento da pandemia, mas no 2º trimestre de 2022 voltaram a cair.

As indústrias também voltaram a con tratar, mas a manutenção do patamar em 12 mil vagas trimestrais mostra uma recuperação mais complexa para o segundo setor da economia, caso similar ao da agricultura, cujo PIB caiu em 2021.

VARIAÇÃO

Desde 1999, quando entrou em vigor, o euro não apresentava paridade 1:1 em relação ao dólar. Com a guerra na Ucrânia e a pressão inflacionária nos EUA, o banco central norte-americano elevou os juros e motivou uma corrida à moeda. Ao longo do último ano, o Brasil se tornou mais competitivo nas exportações ao bloco - não no caso do pescado, cujas vendas aos europeus seguem bloqueadas desde 2017.

montanha-russa no gráfico evidencia as intermi tências econômicas que ainda nos afligem, mas as perspectivas de analistas têm sido mais positivas neste período em que a pandemia está próxima de ter seu fim decretado.

ponto de o Instituto de Pesquisa Econômica Apli cada (Ipea) revisar para cima as estimativas de

do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022: a expectativa de crescimento subiu de 1,8% para 2,8% e, em 2023, passou de 1,3% para 1,6%. A conta do assistencialismo governamental e desone ração tributária deve chegar no ano que vem, o que conduz para baixo as previsões para 2023. Enquan to o segmento de serviços foi o destaque em 2021 e

será de novo em 2022, para 2023 a expectativa é de que a agropecuária retome o protagonismo: o Ipea estima avanço de 10,9% no próximo ano, enquanto indústria e serviços devem crescer 0,8% e 0,7%, respectivamente. Nossa balança comercial também deverá ser ainda mais positiva.

Estatísticas

DE INCERTEZA DA ECONOMIA BRASIL (IIE-BR)

NÍVEL E EM MÉDIA MÓVEL DE SEIS MESES

indicador calculado pela Fundação

atingiu o maior pico histórico assim que a pandemia foi decretada, mas logo cedeu para patamares próximos ao período entre 2015 e o pré-pandemia.

indicador de Incerteza recuou em agosto, devolvendo 71% das altas ocorridas entre maio e julho. Influenciam no resultado a redução da pressão inflacionária após a queda de preços de combustíveis e energia e o dinamismo do mercado de trabalho”, disse Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE. “

A melhora do cenário depende diretamente do resultado das Eleições Gerais, segundo ela. “Uma redução mais expressiva do indicador dependerá principalmente da conjuntura econômica nos próximos meses”, aponta.

INFLAÇÃO POR FAIXA DE RENDA: VARIAÇÃO MENSAL (EM %)

da nota do Brasil pela S&P: set/15 - 136,8 pts.

Pandemia Covid-19: abr/20 - 210,5 pts.

ago/21

fev/22

ago/22

INFLAÇÃO POR FAIXA DE RENDA: VARIAÇÃO ACUMULADA EM 12 MESES (EM %)

uso político de dados econômicos pode confundir quem procura comparações internacionais sobre indicadores brasileiros para saber como nos saímos diante dos impactos globais da pandemia.

A inflação é um dos temas polêmicos, já que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nem sempre é estratificado conforme as classes sociais. Nesta análise do Ipea, constatamos que as classes mais

desfavorecidas são efetivamente as mais penalizadas pela inflação. Se no pico inflacionário de abr/22 a inflação acumulada em 12 meses chegou a 11% aos de renda alta, bateu os 13% aos de renda muito baixa.

A taxa básica de juros da economia (Selic) foi elevada por 12 vezes consecutivas desde março de 2021. No período, o indexador subiu 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999. A escalada da Selic conteve a escala do crédito barato responsável por aliviar o caixa de muitas empresas no período pandêmico, mas prejudicou da mesma forma as empresas alavancadas em bancos.

Outro forte impacto é nas contas públicas, que recentemente registraram um alívio com a queda da taxa da dívida pública bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 78,2% para 77,5% em agosto de 2022. Como é indexado à Selic, o custo do endividamento do País não para de crescer.

O presidente atual do Banco Central, Roberto Campos Neto, projetou recentemente que a Selic deve começar a cair em junho de 2023. A projeção está alinhada ao boletim Focus, que reúne a visão do emrcado financeiro sobre a macroeconomia brasileira. Para o fim do ano que vem, a projeção é de juros em 11,25%.

Durante o fechamento desta edição, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu em 21 de setembro de 2022 manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo o ciclo recente de alta.

DATA META SELIC % A.A.

03/08/2022 13,75

15/06/2022 13,25

04/05/2022 12,75

16/03/2022 11,75

02/02/2022 10,75

08/12/2021 9,25

27/10/2021 7,75

22/09/2021 6,25

04/08/2021 5,25

16/06/2021 4,25

05/05/2021 3,5

17/03/2021 2,75

20/01/2021 2

Estatísticas Produção

Não foi um ano fácil para os aquicultores. O aumento geral de custos, somado a fatores climáticos, conteve o ritmo de expansão da criação de peixes, crustáceos e moluscos, mas a produção continuou a crescer. Ainda que permaneça a grande

disparidade de dados entre as fontes que utilizamos (PeixeBR, ABCC e IBGE), todas apontam crescimento da produção em cativeiro. O problema está na remuneração do produtor, que muitas vezes não cobre os custos em ascensão.

Já no caso da pesca, é difícil saber como estamos sem dados oficiais consolidados. O limbo estatístico só não é maior porque temos à disposição os dados de desembarques SP, RJ e SC capturados pelo PMAP/ IPesca/Fiperj/Univali.

PRODUÇÃO DA AQUICULTURA E PESCA 2011 - 2021 | MPA, IBGE, PEIXEBR, ABCC E OUTROS*

1.250.000

833.830 839.216

782.560 827.500 878.930 927.005

800.000 827.000 829.000 832.000 822.000 783.000 759.000 759.000 758.000 779.000 723.788

665.909

729.584 713.466 753.600

993.062 963.628 757.425 748.586 833.562 719.636 657.746 554.566 584.589 505.211 530.000 560.546

47.294 40.026

47.475 57.256 54.216 50.794

A aquicultura nacional confirma o protagonismo e já beira o recorde histórico de 1 milhão de toneladas. Se as projeções da pesca extrativa realizadas pelo consultor Wilson Santos se confirmarem, estamos diante de 1,6 milhão de toneladas produzidas ou de sembarcadas em 2021. Como comparação, o Peru, a maior nação pesqueira da América Latina, captura anualmente 4 milhões de toneladas.

*Para a elaboração do gráfico acima, nos baseamos nos critérios utilizados pelo consultor Wilson San tos. Ele considera que: a pesca marítima histori camente representa entre 65% a 70% da pesca extrativa e se manteve estável nos últimos anos; a sardinha tem mostrado grande oscilações com capturas de 100 mil toneladas entre 2012 e 2014 a 12 mil toneladas em 2019; a pesca continental teve

crescimento médio estimado na faixa de 1% anual. Na piscicultura a fonte foi a PeixeBR, enquanto nos demais itens de aquicultura a referência foi o IBGE e ABCC.

Pesca extrativa Aquicultura Exportação Importação

Aquicultura

a aquicultura,

poucos, se consolida como a principal fonte geradora de emprego e renda do nosso segmento.

2020, foram registradas no Brasil 1680 empresas aquícolas, enquanto na pesca foram 1345. Tais

empregaram 14.114 pessoas, das quais 78% das carteiras foram assinadas por empresas aquícolas.

É na aquicultura também que se pagam os melhores salários, desde o início da série histórica. Enquanto

salário médio anual da pesca foi de R$ 43.181 em 2020, os funcionários de empreendimentos aquícolas receberam R$ 164.771, equivalentes a proventos mensais superiores a R$ 14 mil.

9,64 15,52%

Pintado, cachara, cachapira

pintachara,

Ostras, vieiras

mexilhões 15.781.954

-30,88%

-21,27%

Pacu e patinga 11.103.641 9.516.873 -14,29% 99.333 99.743 0,41%

Matrinxã 3.587.489 3.747.370 4,46% 36.437 43.641 19,77%

5,70

8,95

10,16

14,62 22,71%

6,49 13,91%

10,48 17,15%

11,65 14,66%

Jatuarana, piabanha e piracanjuba 3.531.945 3.569.852 1,07% 31.268 36.866 17,90% R$ 8,85 R$ 10,33 16,65%

Curimatã, curimbatá 3.228.784 3.088.274 -4,35% 28.647 30.113 5,12% R$ 8,87 R$ 9,75 9,90%

Outros peixes 3.863.000 2.815.978 -27,10% 30.626 27.625 -9,80% R$ 7,93 R$ 9,81 23,74%

Piau, piapara, piauçu, piava 2.932.249 2.806.322 -4,29% 28.705 29.351 2,25%

9,79 R$ 10,46 6,84%

Truta 2.109.293 1.993.660 -5,48% 33.474 38.847 16,05% R$ 15,87 R$ 19,49 22,78%

Pirarucu 1.885.805 1.859.160 -1,41% 26.087

13,83

15,56 12,45%

10,94 19,87%

9,71 11,81%

ESTADO

Grande

5,77% 38,26% 17,00

18,26% -3,60% 28,53

Paraíba 5.289 6.243 21,66% 18,04% 17,65

Sergipe 4.565 4.544 34,43% -0,46% 17,97

Bahia 3.189 4.201 18,37% 31,72% 16,44

Piauí 2.555 3.389 1,84% 32,66% 16,41

Pernambuco 2.707 3.249 10,15% 19,99% 18,97

Alagoas 1.241 1.477 50,73% 19,01% 26,06

Maranhão 389 406 7,04% 4,17% 17,54

Paraná 100 102 25,00% 2,40% 15,51

Santa Catarina 80 52 -0,39% -35,34% 34,39

Pará 50 45 -9,09% -10,00% 35,00

Rio de Janeiro 10 13 20,37% 27,00% 54,72

Espírito Santo 15 10 59,24% -35,03% 24,82

Goiás 3 3 0,00% 0,00% 50,00

São Paulo 1 0 80,00

TOTAL IBGE 66.561 78.637 14,08% 18,14%

Produção em

2021 Var. %

59.600 -9,01%

Mato Grosso 42.000 37.000 -11,90%

Maranhão 40.800 37.000 -9,31%

24.200 -2,81%

Amazonas 21.500 21.000 -2,33%

18.300 4,57%

16.000 8,67%

11.860 9.200 -22,43%

9.300 8.500 -8,60%

São Paulo 3.500 4.800 37,14%

3.800 3.800 0,00%

4.000 3.700 -7,50%

3.200 3.500 9,38%

Santa Catarina 3.092 3.200 3,49%

Mato Grosso do Sul 3.200 2.800 -12,50% 2.500 2.700 8,00%

2.050 1.800 -12,20%

Minas Gerais 1.400 1.500 7,14%

Rio Grande do Sul 1.700 1.500 -11,76%

Amapá 960 1.050 9,38%

Espírito Santo 650 700 7,69%

Distrito Federal 280 250 -10,71%

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Pernambuco

Paraíba

Ceará

5,56%

-12,50%

-5,85%

Estatísticas

ESTADO 2020 2021 Var.

Paraná 166.000 182.000 9,64%

São Paulo 70.500 76.140 8,00%

Minas Gerais 42.100 47.000 11,64%

Santa Catarina 40.059 41.700 4,10%

Mato Grosso do Sul 29.090 34.450 18,43%

Pernambuco 27.200 31.800 16,91%

Bahia 27.000 27.600 2,22%

Goiás 18.082 20.200 11,71%

Espírito Santo 17.882 18.000 0,66%

Piauí 7.700 9.600 24,68%

Alagoas 7300 9.500 30,14%

Rio Grande do Sul 7.292 8.200 12,45%

Ceará 5.500 6.500 18,18%

Mato Grosso 4.500 5.200 15,56%

Maranhão 4.200 4.500 7,14%

Rio de Janeiro 3.100 3.200 3,23%

Paraíba 3.050 2.700 -11,48%

Rio Grande do Norte 1.700 1.800 5,88%

Distrito Federal 1.780 1.800 1,12%

Sergipe 1.500 1.300 -13,33%

Pará 400 500 25,00%

Tocantins 80 250 212,50%

Amapá

Acre 20

Rondônia

70 -12,50%

100,00%

Peixe-porco

Camarão-sete-barbas

Sardinha-verdade

Manjuba-de-iguape

A sardinha-verdadeira foi o principal recurso capturado pela frota pesqueira que desembarca em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. A matériaprima mais demandada pelas indústrias de conserva ultrapassou 31.068 toneladas nos três Estados mais importantes da pesca industrial no Sul e Sudeste: SC, RJ e SP.

A espécie é o principal item da pauta pesqueira do RJ e SC, mas em São Paulo perde para o camarão sete barbas. Corvina é outro peixe que aparece com frequência no levantamento.

A respeito da escala, SC é um Estado com uma pescaria artesanal de alto padrão e resultados, apoiada princilpamente nas redes de emalhe. Já na pesca industrial, o foco principal é no cerco com traineira, tanto no RJ quanto em SC.

Os dados de desembarque apresentados neste anuário contemplam apenas os dados do RJ, SC e SP relativos a 2021. Eles foram consolidados por Francyne C. S. Vieira (Rio de Janeiro - FIPERJ) e Roberto Wahrlich (Univali). Os dados de São Paulo foram obtidos diretamente pelo Sistema ProPesqWEB, disponível em http://www.propesq.pesca.sp.gov.br/

Estatísticas Comex

OBrasil já não é a potência importadora de pescado que foi dez anos atrás. O crescimento da produção nacional de tilápia, somado às perturbações na cadeia global de suprimentos e a guerra na Ucrânia, ajudaram a diminuir as compras externas de pescado para o Brasil em

13,3%, para 290 mil toneladas entre setembro de 2021 e agosto de 2022.

Ainda assim, o dispêndio com importações aumentou 25,3%, o que elevou o rombo na nossa balança comercial em 24,5%: atingindo um déficit - diferença entre exportações e importações - de US$ 944 milhões.

Isso mostra que ainda somos bastante dependentes dos volumes externos, apesar da expansão dos volumes de exportação. No período, os embarques de pescado brasileiro chegaram a 58,6 mil toneladas e uma receita equivalente próxima a US$ 400 milhões - altas de 28,6% e 27,2%, respectivamente. Os dados são do Painel do Pescado.

PREÇO

IMPORTAÇÕES

R$

10 MAIORES DESTINOS DAS EXPORTAÇÕES (US$) | JANEIRO A AGOSTO 2021-2022

# Países 2022 - kg 2021 - kg var%kg 2022-US$ 2021-US$ var%US$

1 Estados Unidos 16.780.573 13.142.027 27,69% $123.916.631 $113.070.454 9,59%

2 China 3.924.539 2.870.599 36,71% $22.280.383 $18.939.988 17,64%

3 Argentina 1.713.203 1.459.740 17,36% $6.754.681 $5.286.872 27,76%

4 Costa do Marfim 1.434.867 55.100 2.504,11% $1.508.920 $66.918 2.154,88%

5 Gabão 1.412.995 649.985 117,39% $2.264.891 $945.435 139,56%

6 Coreia do Sul 1.050.724 1.116.881 -5,92% $3.692.947 $3.614.281 2,18%

7 Peru 1.035.751 1.222.439 -15,27% $4.027.073 $4.202.428 -4,17%

8 Taiwan (Formosa) 962.841 411.061 134,23% $8.560.080 $4.925.561 73,79%

9 Canadá 904.831 563.630 60,54% $4.096.583 $3.232.837 26,72%

10 Venezuela 780.477 437.777 78,28% $3.268.103 $1.717.327 90,30%

As exportações de pescado marinho e filés de tilápia aos EUA parecem ter recolocado o Brasil na rota das vendas externas de pescado. Nossos indicadores de receita estão muito próximos de US$ 400 milhões anuais, patamar alcançado durante o auge das exportações de camarão vannamei. Agosto de 2022 representou o melhor mês dos últmos quatro anos, segundo o Painel do Pescado, com 5.305 toneladas exportadas. Em 2021, o mesmo mês registrou 4.499 toneladas

O maior destino do pescado brasileiro continua a ser os Estados Unidos, com 16.780 toneladas adquiridas de janeiro a agosto, uma alta de 27,69%. A receita correspondente sugere uma queda no preço médio comercializado àquele país, pois cresceu 9,59%, para US$ 123,9 milhões. A China vem na sequência, com patamar bem menor, de quase 4 mil toneladas, 37,71% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

O principal destaque do período, no entanto, é a Costa do Marfim. O país africano parece ter sido descoberto pelos exportadores brasileiros no início de 2022, principalmente em função de uma safra recorde de cavalinha. Traders de Santa Catarina encaixaram 921 toneladas do produto no mercado africano, ao custo de US$ 821 mil. - no ano anterior, este volume havia sido zero.

MÊS A MÊS

EXPORTAÇÕES

RECEITA (US$)

4.000.000

Na análise da sazonalidade das exportações, os dois primeiros meses do segundo semestre não repetem o mesmo desempenho de 2021. Julho e agosto do ano passado representaram quase um terço do faturamento, enquanto em 2022 a receita ficou mais bem distribuída ao longo do ano.

A pauta exportadora brasileira segue centrada nos peixes con gelados diversos (veja detalhes das espécies nas páginas a se guir), com 60,4% do volume embarcado ao exterior. Já no caso da receita, existe uma distribuição maior entre peixes congelados (39,3%), crustáceos (20,7%) e peixes frescos (19,8%).

Os mais rentáveis foram os peixes secos e/ou salgados (preços acima de US$ 30/kg), seguidos pelos crustáceos (aproximada mente US$ 28/kg). No mesmo período do ano anterior, o compor tamenti havia sido o inverso.

47.792.203 11.143.155 $4,29

59.443.911 1.522.333 $39,05

30.243.221 7.020.367 $4,31

18.615.409 2.490.911 $7,47

4.800.983 $3,35 5.781.230 1.737.166 $3,33

Subprodutos 13.633.027 1.030.119 $13,23 13.263.938 596.036 $22,25

Corvinas 7.432.947 3.743.419 $1,99 3.326.735 2.099.189 $1,58

Ovas 6.160.400 320.209 $19,24 6.372.916 421.472 $15,12

Camarões 2.626.215 291.517 $9,01 4.491.555 481.739 $9,32

10 Tubarões e Raias 2.250.207 425.833 $5,28 2.735.658 558.248 $4,90

# Produto 2022 - kg 2022 - US$ Preço Médio 2022 2021 - kg 2021 - US$ Preço Médio 2021

1 Outros 13.283.533 67.509.707 $5,08 11.143.155 47.792.203 $4,29

2 Atuns e Afins 7.750.680 38.328.395 $4,95 7.020.367 30.243.221 $4,31

Tilápias 4.800.983 16.078.793 $3,35 1.737.166 5.781.230 $3,33

Corvinas 3.743.419 7.432.947 $1,99 2.099.189 3.326.735 $1,58

Pargos 2.347.872 21.142.752 $9,01 2.490.911 18.615.409 $7,47

Cavalinhas 1.460.898 2.166.324 $1,48 97.681 608.329 $6,23

Lagostas 1.318.943 43.025.251 $32,62 1.522.333 59.443.911 $39,05

Subprodutos 1.030.119 13.633.027 $13,23 596.036 13.263.938 $22,25

Tubarões e Raias 425.833 2.250.207 $5,28 558.248 2.735.658 $4,90

1.184.805 $3,25 322.117 930.000 $2,89

97.681 $6,23

5.781.230 1.737.166

DISTRIBUIÇÃO POR

ORIGEM/DESTINO

Estados Unidos

$123.916.631 9,59

Outros $49.108.732 44,69

Atuns e Afins $19.909.944 29,61

Lagostas $19.904.526 -50,42

Pargos $17.219.399 7,69

Tilápias $13.387.358 156,99

Corvinas $3.226.710 203,75

Cavalinhas $775.264 46,53

Polvos $150.767 -65,23

Tambaquis $139.397 3.395,41

Tubarões e Raias $73.924 0,00

China $22.280.383 17,64

Lagostas $12.372.664 11,02

Outros $8.223.547 52,66

Polvos $644.490 76.625,00

Subprodutos $530.529 35,86

Corvinas $302.797 32,40

Tilápias $174.345 258,36

Bacalhaus $18.360 -96,73

Salmões e Trutas $4.004 95,13

Camarões $2.332 -28,64

Pargos $1.915 504,10

Argentina

$6.754.681 27,76

Atuns e Afins $6.663.572 34,37

Merluzas $91.109 -71,89

do Marfim

Outros

Atuns e Afins

Tilápias

Corvinas Pargos Cavalinhas

Lagostas

Subprodutos

Tubarões e Raias Sardinhas e Sardinelas Polvos Ovas Camarões

DISTRIBUIÇÃO POR ESPÉCIE EM

Outros

Lagostas

Atuns e Afins Pargos

Tilápias Subprodutos Corvinas Ovas

Camarões

Tubarões e Raias Cavalinhas Polvos Sardinhas e Sardinelas

MÊS

(US$)

PREÇO MÉDIO

A sazonalidade das importações mostra que, entre 2021 e 2022, o mês com maior volume de compras externas foi dezembro, com 31,6 mil toneladas. O maior gasto com pescado importado, no entanto, ocorreu em março, quando foram gastos mais de US$ 150 milhões.

Os peixes inteiros congelados para reprocessamento na indústria local representaram o maior volume, com 34%, seguidos pelos peixes frescos, com 31,2%. Já na análise do faturamento os frescos, principalmente em função do salmão, responderam por 55,4% da pauta importadora.

Invertebrados de alto padrão, como vieiras, registraram os maiores preços do período, enquanto os peixes congelados não ultrapassam US$ 2,50. Os crustáceos registraram o maior patamar de preço em 2021, mas os volumes importados são irrisórios.

Merluzas

Sardinhas

Sardinelas

15.367.682

19.523.218

15.803.239

416.119.032 64.797.958 $6,42

99.712.730 16.498.860 $6,04

42.435.520 20.259.604 $2,09

52.929.395 19.210.842 $2,76

45.652.360 $0,97 48.133.698 55.721.012 $0,86

Outros 33.455.188 7.735.289 $4,33 34.874.409 10.511.797 $3,32

Tubarões

Raias 18.315.407 9.124.572 $2,01 13.293.577 10.866.629 $1,22

Atuns e Afins 12.937.285 5.024.401 $2,57 16.566.822 6.931.420 $2,39

Sépias e Lulas 11.841.803 3.941.302 $3,00 10.386.877 3.531.260 $2,94

Polaca-do-Alasca 5.066.868 1.349.420 $3,75 6.150.822 2.173.083 $2,83

VOLUME (KG) - OS 10 PRODUTOS MAIS IMPORTADOS EM 2022 | JANEIRO A AGOSTO 2022 X 2021

# Produto 2022 - kg 2022 - US$ Preço Médio 2022 2021 - kg 2021 - US$ Preço Médio 2021

1 Salmões e Trutas 65.008.878 547.956.867 $8,43 64.797.958 416.119.032 $6,42

Sardinhas e Sardinelas 45.652.360 44.122.794 $0,97 55.721.012 48.133.698 $0,86

Pangas 19.523.218 60.282.588 $3,09 20.259.604 42.435.520 $2,09

Merluzas 15.803.239 57.724.403 $3,65 19.210.842 52.929.395 $2,76

Bacalhaus 15.367.682 111.496.798 $7,26 16.498.860 99.712.730 $6,04

Tubarões e Raias 9.124.572 18.315.407 $2,01 10.866.629 13.293.577 $1,22

Outros 7.735.289 33.455.188 $4,33 10.511.797 34.874.409 $3,32

Atuns e Afins 5.024.401 12.937.285 $2,57 6.931.420 16.566.822 $2,39

Sépias

3.941.302 11.841.803 $3,00 3.531.260 10.386.877 $2,94

1.349.420 5.066.868 $3,75 2.173.083 6.150.822 $2,83

OS 10 PRODUTOS COM MAIOR CRESCIMENTO EM 2022 (KG) | JANEIRO A AGOSTO 2022 X 2021

ORIGEM/DESTINO

Chile

Salmões e Trutas

Outros

Total Geral

$551.387.944

$546.349.454

$4.171.058

Merluzas $423.366

Mexilhões $371.646

Sépias e Lulas $72.420

Noruega

Bacalhaus

Salmões e Trutas

Sardinhas e Sardinelas Pangas

Merluzas Bacalhaus

Tubarões e Raias Outros

$64.212.245

$64.115.453

Outros $38.081

Salmões e Trutas $58.711

Vietnã

$60.600.423

Pangas $60.282.588

Outros $317.835

Atuns e Afins $0

Argentina

$57.004.576

Merluzas $51.970.839

Outros $3.334.639

Sépias e Lulas $1.699.098

Tubarões e Raias $428.626

Camarões $231.102

Corvinas $203.885

Curimatãs $114.314

Portugal

Bacalhaus

Atuns e Afins Sépias e Lulas Polaca-do-Alasca Demais espécies

Salmões e Trutas

Bacalhaus

Pangas Merluzas Sardinhas e Sardinelas Outros

$49.228.648

$37.653.426

Outros $5.475.480

Tubarões e Raias $3.963.613

Polvos

$1.059.569

Polaca-do-Alasca $452.068

Sardinhas e Sardinelas $373.638

Atuns e Afins $247.109

Subprodutos $3.745

Tubarões e Raias Atuns e Afins Sépias e Lulas Polaca-do-Alasca Demais espécies

DISTRIBUIÇÃO POR ESPÉCIE

Comércio e Consumo

Uma

está em curso entre as indústrias de pescado. A pesquisa industrial mensal do IBGE, com dados mais recentes de 2020, mostram que o número de frigoríficos habilitados a processar

é cada vez menor, mas o faturamento só aumenta. É possível dizer que o setor está se tornando cada vez mais eficiente na medida em que produz mais, com menos recursos.

comércio, as redes supermercadistas sofrem com a falta de produtos compatíveis com o bolso curto do consumidor e apostam em espécies mais consolidadas para manter as vendas.

Os filés resfriados ou congelados eram em 2020 a categoria com o maior número de empresas de pescado no País: 32,9% de todos os empreendimentos industriais manipulavam estes itens. Na sequência vêm os peixes inteiros congelados, com 24,8%, e os crustáceos congelados, com 16,2%.

O Brasil ainda explora pouco os subprodutos da produção, como bexigas natatórias, tripas e outros itens não comestíveis. Segtundo a FAO, de 30% a 35% do pescado é desperdiçado. No caso do Brasil, jogamos fora todos os anos 450 mil toneladas de pescado e subprodutos.

Aos poucos a tilápia vai ocupando uma faixa de preço nas gôndolas dos supermercados mais próxima às proteínas mais baratas. Este levantamento do Painel do Pescado indica que os preços do produto estão na mesma faixa de preço do contrafilé bovino.

Já o salmão e o camarão são hoje os produtos mais caros da pauta analisada pela plataforma junto a dados de milhares de lojas online e também físicas.

Guia de Fornecedores

Os principais fornecedores da cadeia produtiva

Uma prestação de serviços e, ao mesmo tempo, uma ponte para a realização de negócios. Esta é a missão deste Guia de Fornecedores, cujos dados foram fornecidos pelas empresas que adquiriram estes espaços ou que anunciaram em algum momento dos oito anos

de existência da nossa publicação. Munido das informações de mercado fornecidas nas páginas anteriores, vá em busca de seu parceiro, seja aqui ou seja em nosso guia online (www. seafoodbrasil.com.br/fornecedores) - que inclui os fornecedores VIP. A Seafood Brasil lhe deseja excelentes negócios.

Como usar este Guia de Fornecedores?

Este Guia de Fornecedores do 8º Anuário Seafood Brasil reúne algumas das principais empresas fornecedoras de produtos e serviços da cadeia produtiva do pescado no Brasil e no exterior. Veja em qual categoria abaixo você se enquadra e boa consulta!

• Se você busca produtos e serviços para criação de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores

•

• Se você busca produtos e serviços para pesca de peixes, crustáceos ou moluscos, procure pelos fornecedores

• Se você busca serviços e relações institucionais

pelos fornecedores

ACQUA VIVA

Local: Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Contatos: contato@acquavivafoods.com +55 (21) 3297-8822

Produtos e serviços: Pescados em filés, postas, eviscerados, frescos e congelados.

ADISSEO

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: nutricao.info@adisseo.com +55 (11) 3741-8613 www.adisseo.com

Produtos e serviços: Aditivos nutricionais.

AKSO

Local: São Leopoldo - RS - Brasil Contatos: vendas@akso.com.br +55 (51) 3406-1717 www.akso.com.br

Produtos e serviços: Instrumentos de medição: medidores de pH, EC, OD, amônia, nitrito, nitrato, cloro, salinidade, ozônio, dataloggers de temperatura e/ ou umidade, termômetros, turbidímetros, colorímetro etc.

ALFATUN

Local: Manta - Equador Contatos: alfonso@alfatun.com +593 99122-4596 www.alfatun.com

Produtos e serviços: Peixes e camarão.

ACQUASYSTEM BRASIL

Local: Acaraú - CE - Brasil Contatos: acquasystem@ acquasystembrasil.com.br +55 (88) 3661-4393 www.acquasystembrasil.com.br

Produtos e serviços: Fabricação e manutenção de sistema de bombeamento flutuante para captação de água, caiques, submarinos, berçários em fibra, sopradores, aeradores, caixas para despesca e produtos em fibra em geral.

AGROINOVA

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: atendimento@agroinova. com.br +55 (19) 99767-2149 www.agroinova.com.br

Produtos e serviços: Softwares de gestão para o gerenciamento, execução e administração das atividades de campo (manejo, classificação e biometria) e rotinas de negócio (controle de estoque, financeiro, compra e venda).

ALASKA SEAFOOD MARKETING

INSTITUTE

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: cnascimento@alaskaseafood.org +55 (11) 2579-0431 www.alaskaseafood.com.br

Produtos e serviços: Peixes selvagens, naturais e sustentáveis do Alasca: cinco espécies de salmão selvagem, genuína polaca do Alasca, bacalhau fresco, peixes planos, black cod, halibut, ikura etc. Agência governamental.

ALIMENTOS YEDA

Local: Garching - Alemanha Contatos: info@alimentosyeda.com +55 (85) 99680-5639 www.alimentosyeda.com

Produtos e serviços: Pescado congelado e surimi.

ALISUL - SUPRA

Local: São Leopoldo - RS - Brasil Contatos: johanna.gama@alisul.com.br +55 (51) 2123-1400 www.alisul.com.br

Produtos e serviços: Venda de rações.

ALTAMAR SISTEMAS AQUÁTICOS

Local: Jacareí - SP - Brasil Contatos: contato@altamar.com.br +55 (12) 3957-3154 www.altamar.com.br

Produtos e serviços: Sistemas de recirculação, depuração de moluscos, motobombas, filtros mecânicos, biológicos, desinfecção de água por UV-C e ozônio, aquecedores, projeto de instalações, serviço técnico especializado.

ANUFOOD BRAZIL

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: marketing@anufoodbrazil. com.br +55 (11) 3874-0030 www.anufoodbrazil.com.br

Produtos e serviços: Feira internacional exclusiva para o setor de alimentos e bebidas.

AQUACULTURE STEWARDSHIP COUNCIL (ASC)

Local: Salvador - BA - Brasil Contatos: laurent.viguie@asc-aqua.org +55 (71) 99917-9679 www.asc-aqua.org

Produtos e serviços: Programa de certificação de melhores práticas que pode fornecer acesso a novos mercados, em particular a exportação, já que a certificação ASC tem valor no mercado internacional.

ALLIPLUS

Local: Garching - Alemanha Contatos: contato@alliplus.com +55 (85) 99680-5639 www.alliplus.com

Produtos e serviços: Óleos essenciais, ácidos orgânicos e aditivos para a indústria pesqueira.

AMMCO PHARMA

Local: Piracicaba - SP - Brasil Contatos: contato@ammcopharma. com.br

+55 (19) 2105-9462 www.ammcopharma.com.br

AQUABEL

Local: Rolândia - PR - Brasil Contatos: vendas@aquabel.com.br +55 (43) 3555-1515 www.aquabel.com.br Produtos e serviços: Alevinos e juvenis de tilápia selecionados com alto valor genético.

AQUASUL CAMARÃO MARINHO

Local: Natal - RN - Brasil Contatos: aquasul@aquasul.com.br +55 (84) 3201-4578 www.aquasul.com.br

Produtos e serviços: Camarão cinza congelado.

ALMEIDA SOUZA E CANTUÁRIA

RIBEIRO SOC.DE ADVOGADOS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: atendimento@ascr.adv.br +55 (11) 3171-0120 www.ascr.adv.br

Produtos e serviços: Assessoria jurídica.

Produtos e serviços: Com vasta experiência em aquacultura, distribui e comercializa produtos que levam desenvolvimento e os melhores resultados aos seus clientes.

Aquabit

AQUABIT

ALTAMAR FOODS

Local: Paita - Peru Contatos: sales02@altamarfoods.com +55 (41) 99941-8222 www.altamarfoods.com

Produtos e serviços: Lula congelada (anéis, botões, tentáculos, outros), dourado (Mahi mahi), vieiras e camarão argentino.

ANDRITZ

Local: Pomerode - SC - Brasil Contatos: andritz-fb.br@andritz.com +55 (47) 3387-9100 www.andritz.com

Produtos e serviços: Amplo portfólio de plantas, equipamentos, sistemas e serviços inovadores para nutrição animal, incluindo linhas de peletização para animal feed e extrusão de ração para petfood e aquafeed.

Local: Cascavel - PR - Brasil Contatos: comercial@aquabit.com.br +55 (45) 99106-4745 www.aquabit.com.br

Produtos e serviços: Aplicativo e versão web para a gestão da piscicultura e carcinicultura: controle do Manejo, Desempenho Zootécnico, Programa Alimentar, Vendas e Financeiro.

AQUASUL LARVICULTURA

Local: Nísia Floresta - RN - Brasil Contatos: aquasul@aquasul.com.br +55 (84) 3201-3474 www.aquasul.com.br

Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão e náuplios.

AQUACHILE

Local: Rancagua - Chile Contatos: info@aquachile.com +56 9 9532-8892 www.aquachile.com

Produtos e serviços: Principal produtor de proteínas animais do Chile, incluindo salmão em diferentes apresentações com a marca Aquachile.

AQUATEC

Local: Canguaretama - RN - Brasil Contatos: aquatec@aquatec.com.br +55 (84) 3241-5200 www.aquatec.com.br

Produtos e serviços: Produção, venda e distribuição de pós-larvas de camarão L. vannamei nas linhagens SpeedLine AQUA e POND.

AQUAWIRE

Local: Orlândia - SP - Brasil

Contatos: contato@aquawire.com.br +55 (16) 99716-2040 +55 (65) 99977-6400 www.facebook.com/aquawire

Produtos e serviços: Fio para tanquesrede que cria um óxido natural de proteção na superfície que é seguro para os peixes e impede o desenvolvimento do mexilhão dourado e outros organismos aquáticos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARÃO (ABCC)

Local: Natal - RN - Brasil Contatos: abccam@abccam.com.br +55 (84) 3231-6291 +55 (84) 99612-7575 www.abccam.com.br

Produtos e serviços: Associação sem fins lucrativos que representa os carcinicultores em todo o Brasil.

ATAK SISTEMAS

Local: Maringá - PR - Brasil Contatos: comercial@atak.com.br +55 (44) 2101-5657 www.atak.com.br

Produtos e serviços: Sofwares integrados para gestão e controle de produção, chão de fábrica até financeiro. Software para automação de planilhas do controle de qualidade.

BAITAFRIO ARMAZÉM LOGÍSTICO

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@baitafrio.com.br +55 (11) 2917-1222 www.baitafrio.com.br

Produtos e serviços: Armazenagem de produtos frigorificados.

AQUISHOW BRASIL

Local: Santa Fé do Sul - SP - Brasil

Contatos: aquishow@aquishowbrasil. com.br +55 (17) 98113-3967 www.aquishowbrasil.com.br

Produtos e serviços: Feira de negócios especializada em tecnologia para a aquicultura e soluções de comercialização, networking e conhecimentos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FOMENTO AO PESCADO (ABRAPES)

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@abrapes.org +55 (11) 5105-8269 www.abrapes.org

Produtos e serviços: Associação criada em 2016 para coordenar e defender os interesses de seus membros em órgãos públicos e privados, fomentar o consumo de pescado no Brasil e empenhar-se na abertura de novos mercados.

AYAMO GLOBAL FOODS

Local: Itajaí - SC - Brasil Contatos: sales@ayamofoods.com +55 (47) 3349-4606 www.ayamofoods.com

Produtos e serviços: Exportação de pescados oriundos de aquicultura e pesca extrativa.

BELGO BEKAERT ARAMES

Local: Contagem - MG - Brasil Contatos: belgobekaert@belgobekaert. com.br 0800-727-2000 www.belgobekaert.com.br

Produtos e serviços: Arame para tanques-rede.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE PESCADOS (ABIPESCA)

Local: São Paulo - SP - Brasil

Contatos: contato@abipesca.com.br +55 (11) 2738-0069 www.abipesca.com.br

Produtos e serviços: Contribuir para o fortalecimento das indústrias de pescado por meio do aprimoramento de políticas públicas, da promoção das boas práticas industriais e comerciais e defesa de ações nocivas ao setor.

ASSOCIAÇÃO DE PISCICULTORES

EM ÁGUAS PAULISTAS E DA UNIÃO (PEIXESP)

Local: Santa Fé do Sul - SP - Brasil Contatos: peixesp@peixesp.com.br +55 (17) 99616-6638 www.peixesp.com.br

Produtos e serviços: Representação institucional e organização do setor.

BACALANOR WEST NORWAY

Local: Ålesund - Møre og Romsdal County - Noruega Contatos: west-norway@bacalanor.com +55 (71) 99373-0164 www.bacalanor.com

Produtos e serviços: Bacalhau Gadus morhua e Gadus macrocephalus, pescados da Noruega (saithe, zarbo e ling), outros (polaca, panga e kani), além de opções de pescados salgados, salgados & secos ou congelados dessalgados, cortes e embalagens variadas.

BEM BRASIL ALIMENTOS

Local: Araxá - MG - Brasil Contatos: sac@bembrasil.ind.br +55 (34) 3669-9000 www.bembrasil.ind.br

Produtos e serviços: Peixe congelado e filé de tilápia.

BETTCHER DO BRASIL

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: vendas@bettcher.com.br +55 (11) 4083-2510 www.bettcher.com.br

Produtos e serviços: Equipamentos para beneficiamento de cortes e aumento de rendimentos no abate e na desossa.

BACALHAU RIBERALVES

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: riberalves@riberalves.com.br +55 (11) 3798-4861 www.bacalhauriberalves.pt

Produtos e serviços: Toda a linha de bacalhau e derivados.

Guia de

BILBO S.A.

Local: Manabí - Equador Contatos: infor@bilbosa.com +593 9 9390-0713 www.bilbo-sa.com

Produtos e serviços: Camarão em diferentes apresentações, pescado (atum, escolar, mahi mahi) e espécies pelágicas.

BOM PEIXE

Local: Piracicaba - SP - Brasil Contatos: comercial@bompeixe.com.br +55 (19) 3429-6600 www.bompeixe.com.br

Produtos e serviços: Indústria e comércio de pescado e frutos do mar.

BRASMO

Local: Chapecó - SC - Brasil Contatos: comercial@brasmo.com.br +55 (49) 3330-6200 www.brasmo.com.br

Produtos e serviços: EPI’s descartáveis: aventais, mangotes e luvas. Utensílios para manipulação de alimentos e higienização: escovas, raspadores, espátulas, vassouras, baldes. Detectáveis: corpos de prova, canetas e lacres.

BRØDRENE SPERRE

Local: Ellingsøy - Noruega Contatos: info@sperrefish.com +47 70 10 27 00

www.sperrefish.com

Produtos e serviços: Peixes pelágicos congelados e peixes salgados e secos, como bacalhau.

BIO PESCADOS DA AMAZÔNIA LTDA

Local: Iranduba - AM - Brasil Contatos: comercial@ biopescadosdaamazonia.com.br +55 (92) 99232-6950 www.biopescadosdaamazonia.com.br

Produtos e serviços: Peixes amazônicos nativos e de cativeiro.

BOMAR PESCADOS

Local: Itarema - CE - Brasil Contatos: marketing@bomarpescados.com.br +55 (85) 3270-6554 www.bomarpescados.com.br

Produtos e serviços: Camarão, larva de camarão, tilápia, alevino de tilápia e pele de tilápia.

BRASPEIXE

Local: Paulo Afonso - BA - Brasil Contatos: braspeixe@braspeixe.com.br +55 (75) 3282-4716 www.braspeixe.com.br

Produtos e serviços: Tanque-rede PEAD, telas aço inox 304L, tampas e comedouros.

BRUSINOX

Local: Brusque - SC - Brasil Contatos: brusinox@brusinox.com.br +55 (47) 3351-0567 www.brusinox.com.br

Produtos e serviços: Linhas completas para o beneficiamento de camarão, peixes de cultivo, amazônicos e oceânicos, da recepção ao congelamento, com software de gestão da produção. Equipamentos para cozimento e defumação.

BIOFISH AQUICULTURA

Local: Porto Velho - RO - Brasil Contatos: contato@biofish.com.br +55 (69) 3221-2021 www.biofish.com.br

Produtos e serviços: Desenvolvimento de projetos aquícolas, produção de alevinos e pós-larvas, assessoria em licenciamento ambiental, consultoria e engenharia.

BRANCO MÁQUINAS

Local: Blumenau - SC - Brasil Contatos: comercial@brancomaquinas. com.br +55 (47) 3330-0433 +55 (47) 3237-0359 www.brancomaquinas.com.br

Produtos e serviços: Fabricantes de equipamentos para beneficiamento do pescado.

BRAZILIAN FISH

Local: Santa Fé do Sul - SP - Brasil Contatos: sac@grupoambaramaral. com.br

+55 (17) 3631-9100 www.brazilianfish.com.br

Produtos e serviços: Filés de tilápia, posta de tilápia, carne moída entre outros cortes, pratos prontos à base de tilápia e aperitivos: bolinho, trouxinha, enroladinho com provolone e pururuca de tilápia Brazilian Fish.

BTJ AQUA

Local: Ribeirão Preto - SP - Brasil Contatos: contato@btjaqua.com.br +55 (18) 99808-5475 www.btjaqua.com.br

Produtos e serviços: Produção e processamento de tilápia. Comercializamos filés, variados cortes e in natura.

BOM FUTURO

Local: Cuiabá - MT - Brasil Contatos: piscicultura@bomfuturo.com.br +55 (65) 3645-8000 www.bomfuturo.com.br Produtos e serviços: Tambaqui, tambatinga, pintado da amazônia, piauçu e tilápia.

BRASCOD (BOMPORTO)

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: brascod@brascod.com.br +55 (11) 3173-2950 www.bacalhaubomporto.com.br

Produtos e serviços: Indústria de bacalhau situada no Brasil, onde atendemos o mercado com as opções que mais forem convenientes, trabalhando o conceito de marca e estabelecendo o branding “Bacalhau é BomPORTO”.

C.VALE - COOPERATIVA

AGROINDUSTRIAL

Local: Palotina - Paraná - Brasil Contatos: comercial.mi@cvale.com.br +55 (44) 3649-8563 www.cvale.com.br

Produtos e serviços: Cortes congelados de tilápia.

brazilian fish

CAMANOR PRODUTOS

MARINHOS SA

Local: Natal - RN - Brasil Contatos: projetos@camanor.com.br +55 (84) 4008-0448 www.camanor.com.br

Produtos e serviços: Camarão congelado: inteiro, sem cabeça, descascado eviscerado tail off e tail on.

CÂMARA NACIONAL DA AQUACULTURA DO EQUADOR (CNA)

Local: Guayaquil - Equador Contatos: cna@cna-ecuador.com +59 3 (4) 268-3017 www.cna-ecuador.com

Produtos e serviços: Fomento ao comércio internacional do camarão do Equador e da produção de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente.

CHARLIE TANGO

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: comex@charlietango-sa.com +54 (11) 4342-0605 www.charlietango.com.ar

Produtos e serviços: Camarão, lula illex, corvina, truta marinha, linguado, merluza negra, garoupa, abrótea e king crab.

COLETIVO NACIONAL DA PESCA E AQUICULTURA - CONEPE

Local: Brasília - DF - Brasil Contatos: conepe@conepe.org.br +55 (61) 3323-5831 www.conepe.org.br

Produtos e serviços: Sociedade civil sem fins lucrativos, que agrega entidades representativas do setor pesqueiro e aquícola do Brasil, como sindicatos de armadores e indústrias processadoras de pescados.

CÂMARA DE ARMADORES DE PESQUEIROS E CONGELADORES

DA ARGENTINA (CAPECA)

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: capeca@capeca.org.ar +54 (11) 5218-8870

Produtos e serviços: Entidade que reúne importantes grupos empresariais argentinos dedicados à pesca comercial e à elaboração de produtos pesqueiros.

CERMAQ CHILE

Local: Puerto Montt - Los Lagos - Chile Contatos: felipe.katata@cermaq.com +55 (11) 97423-2988 www.cermaq.cl

Produtos e serviços: Salmão Atlântico e Coho nas apresentações: inteiro fresco, inteiro congelado e HG (sem-cabeça) congelado.

CLEARWATER SEAFOODS

Local: Curitiba - PR - Brasil Contatos: brasil@clearwater.ca +55 (41) 99101- 8384 www.clearwater.ca

Produtos e serviços: Frutos do mar selvagens e sustentáveis: vieira canadense gigante, lagosta canadense e Hokkigai, capturados nas águas do Atlântico Norte, com qualidade premium e disponibilidade durante todo o ano.

CONGELADOS ARTICO

Local: Mar del Plata - Argentina

Contatos: ventas@congeladosartico.com +54 (223) 489-5459 www.congeladosartico.com.ar/pt/ Produtos e serviços: Exportadora de empanados a base de pescado, como medalhões, hambúrgueres e filés de merluza, anéis de lula, entre outros produtos processados.

Guia

COPACOL

Local: Cafelândia - PR - Brasil Contatos: contato@copacol.com.br +55 (45) 3241-8080 www.copacol.com.br

Produtos e serviços: Linha ampla de peixes e frutos do mar, especializada em cortes de tilápia.

DAFONTE AQUICULTURA

Local: Glória - Bahia - Brasil Contatos: vendas@dafonteaquicultura. com.br +55 (81) 9 7121-4141 www.dafonteaquicultura.com.br

Produtos e serviços: Tilápia, filé de tilápia fresco e congelado e posta de tilápia fresca e congelada.

DELLMARE PESCADOS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: comercial@geneseas.com.br +55 (11) 3123-2100 www.dellmare.com.br

Produtos e serviços: Crustáceos e frutos do mar.

FCALHAO

Local: Cuiabá - MT - Brasil Contatos: financeiro@fcalhao.com.br +55 (65) 99995-2395 +35 1 912 981 652 www.casadopeixemt.com.br

Produtos e serviços: Desenvolvimento e aprovação de projetos industriais nas cadeias de pescado, bovinos, suínos, rações, despojos e bebidas. Certificação federal (SIF) e demais âmbitos. Habilitações para exportação.

ESTREMAR

COQUEIRO

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: camil@camil.com.br 0800 724 3445 www.coqueiro.com.br

Produtos e serviços: Atum e sardinha em lata com a marca Coqueiro em filés, molhos e patês.

DAMM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Local: Osasco - SP - Brasil Contatos: flima@damm.com.br (11) 3099-9500 www.damm.com.br

Produtos e serviços: Peixes defumados, ovas, patês, peixes frescos e congelados

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: info@estremar.com +54 (11) 5218-0181 www.estremar.com

Produtos e serviços: Linha ampla de pescados, que inclui merluza de cola, merluza negra, polaca, merluza austral, granadero, abadejo, entre outras espécies.

FEIRA DE PEIXES NATIVOS

Local: Cuiabá - MT - Brasil Contatos: valeria.pires@mt.sebrae. com.br

+55 (65) 3648-1200 www.mt.sebrae.com.br

Produtos e serviços: Feira e seminário dedicados à produção de peixes nativos brasileiros.

COSTA SUL PESCADOS

Local: Navegantes - SC - Brasil Contatos: costasul@costasul.com.br +55 (47) 2103-3000 www.costasul.com.br

Produtos e serviços: Pescado e frutos do mar congelados.

DANFOSS DO BRASIL

Local: Osasco - SP - Brasil Contatos: sac.brasil@danfoss.com +55 (11) 2135-5400 www.danfoss.com/pt-br/ Produtos e serviços: Válvulas e componentes para sistemas de refrigeração.

EVOLUIBR ASSESSORIA E CONSULTORIA

Local: Ponta Grossa - PR - Brasil Contatos: evoluibr@evoluibr.com.br +55 (42) 99940-2768 www.evoluibr.com.br

Produtos e serviços: Adequação documental de Qualidade Sanitária e Comercial (PAC, BPF, POP), Elaboração de Projetos para o 3º Setor, Suporte na Captação de Recursos, e Gestão Estratégica de Projetos e Organizações.

FEIRA NACIONAL DO CAMARÃO - FENACAM

Local: Natal - RN - Brasil Contatos: fenacam@fenacam.com.br +55 (84) 3231-6291 www.fenacam.com.br

Produtos e serviços: Congresso e feira de exposição de produtos para a aquicultura.

COSTIERO PESCADOS

Local: Cachoeirinha - RS - Brasil Contatos: contato@costiero.com.br +55 (51) 3441-6700 www.costiero.com.br

Produtos e serviços: Pescados e frutos do mar com mais de 30 variedades e cortes. Atendendo food service e varejo, e boutique. Além de possuir parque fabril próprio.

DEEP SEA

Local: Fortaleza - CE - Brasil Contatos: alexandrereis@brsf.com.br +55 (85) 3119-7077

Produtos e serviços: Comercial e gestão na exportação.

FAZENDA ÁGUAS PRETAS

Local: Canavieiras - BA - Brasil Contatos: contato@aguaspretas.com.br +55 (11) 97233-1440 www.aguaspretas.com.br

Produtos e serviços: Pirarucu inteiro retirado dos tanques na hora do embarque. Atendemos todo o Brasil.

cargas desde 10 kg a 2 toneladas por entrega. Entregamos na Grande São Paulo e em outros Estados sob demanda.

FIDER PESCADOS L M.CASSAB

Local: Rifaina - SP - Brasil Contatos: fider@mcassab.com.br (16) 3135-9424 www.fiderpescados.com.br

Produtos e serviços: Especialistas na produção de tilápia (filés frescos, congelados e seus derivados).

FISPAL FOOD SERVICE

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: fispalfoodservice@informa.com +55 (11) 4632-0200 www.fispalfoodservice.com.br

Produtos e serviços: Plataforma de conexão, desenvolvimento de negócios, experiências e expansão de conhecimento para o setor de alimentação fora do lar.

FRESCATTO COMPANY

Local: Rio de Janeiro - RJ - Brasil Contatos: info@frescatto.com +55 (21) 3527-9393 www.frescattocompany.com.br

Produtos e serviços: Soluções em pescado personalizadas para o seu negócio. Mais de 40 espécies e 300 itens, combinando cortes e embalagens. Atendemos food service e autosserviço, com 5 filiais: RJ, SP, PE, MG e DF.

FRUMAR

Local: São Leopoldo - RS - Brasil Contatos: contato@frumar.com.br +55 (51) 3037-6969 www.frumar.com.br

Produtos e serviços: Salmão fresco, camarão, frutos do mar, atum, bacalhau e peixes de todos os continentes, além da linha de insumos para culinária oriental.

FISHER PISCICULTURA

Local: Riolândia - SP - Brasil Contatos: contato@fisherpiscicultura. com.br +55 (17) 98100-4232 www.fisherpiscicultura.com.br

Produtos e serviços: Tilápia viva ou resfriada.

FORSAFE

Local: Itajaí - SC - Brasil Contatos: comercial@forsafe.com.br +55 (47) 3248-1185 www.forsafe.com.br

Produtos e serviços: Balsas salvavidas para embarcações pesqueiras e materiais de salvatagem.

FREZZE

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@frezze.com.br +55 (11) 3666-3385 www.frezze.com.br

Produtos e serviços: Startup de terceirização logística de alimentos refrigerados e congelados. Entregamos

Guia de

FUTURA MARKET CORP

Local: Guayaquil - Guayas - Equador Contatos: fabricio@futuramarketcorp. com +593 99314-2641 www.futuramarketcorp.com

Produtos e serviços: Procurement e assessoria comercial para novos produtos e mercados, tanto para o foodservice quanto para o varejo.

GOLDEN FOODS ALIMENTOS

Local: Rio de Janeiro - RJ - Brasil Contatos: sac@goldenfoods.com.br +55 (21) 3550-0760 www.goldenfoods.com.br

Produtos e serviços: Filé de alabote dente curvo, filé de polaca, lombo e posta de cação, filé de panga com ou sem gordura, filé de salmão, anel de lula congelado, filé de merluza, tubo de lula congelado, bacalhau seco salgado, postas de bacalhau dessalgadas e congeladas.

GRUPO AMBAR AMARAL

Local: Santa Fé do Sul - SP - Brasil Contatos: sac@grupoambaramaral. com.br

+55 (17) 3631-9100 www.grupoambaramaral.com.br

Produtos e serviços: Criação de tilápia, com a cadeia verticalizada. Possui piscicultura, produção de alevinos, frigorifico de peixe e indústria de ração.

HAARSLEV INDUSTRIES

L

ocal: Curitiba - PR - Brasil

Contatos: br-comercial@haarslev.com +55 (41) 3086-8200 www.haarslev.com

Produtos e serviços: Equipamentos para o processamento de subprodutos de pescado.

GDC ALIMENTOS S.A.

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: comercialfood@gomesdacosta. com.br 0800 704 1954 www.gomesdacosta.com.br

Produtos e serviços: Peixes enlatados.

GOLFO DORADO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Local: Itajaí - SC - Brasil Contatos: atendimento@golfodorado.com +55 (47) 98898-5335 www.golfodorado.com

Produtos e serviços: Peixes congelados.

GRUPO VERAZ

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: info@grupoveraz.com.ar +54 (223) 489-4624 www.grupoveraz.com.ar

Produtos e serviços: Empresa dedicada à captura, produção e comercialização de produtos do mar argentino, principalmente camarão vermelho (Pleoticus muelleri).

HIPRA

Local: Porto Alegre - RS - Brasil Contatos: hipra@hipra.com +55 (51) 3325-4500 www.hipra.com

Produtos e serviços: Indústria farmacêutica veterinária multinacional.

GELONESE

Local: Foz do Iguaçu - PR - Brasil Contatos: gelonese@brturbo.com.br +55 (45) 3528-7475 www.facebook.com/geloneseoficial

Produtos e serviços: Peixes: traíra sem espinhos, traíra inteira, curimba, piapara, bagre, pati, dourado, filé de merluza. Serviço de reinspeção e armazenagem de pescado.

GONDI

Local: Portoviejo - Equador Contatos: info@gondi.com.ec +593 5292-2554 www.grupogondi.com

Produtos e serviços: Pescado resfriado, congelado e conservas.

GÜNTNER DO BRASIL

Local: Caxias do Sul - RS - Brasil Contatos: contato.br@guntner.com +55 (54) 3220-8100 www.guntner.com/br

GENESEAS AQUACULTURA

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: ouvidoria@geneseas.com.br +55 (11) 3123-2101 www.geneseas.com.br

Produtos e serviços: Pescado em geral (tilápia, camarões e outros frutos do mar).

GRUPO 5

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@grupo5bs.com.br +55 (11) 5505-3795 www.grupo5bs.com.br

Produtos e serviços: Força comercial, inteligência logística, trade-mkt e P&D.

Produtos e serviços: Gerador de gelo, evaporador, condensador, drycooler, condensador evaporativo, vaso de pressão, trocador de calor a placas, acessórios, controladores e peças de reposição.

HP EMBALAGENS

Local: Cotia - SP - Brasil

Contatos: hpembalagens@ hpembalagens.com.br +55 (11) 4612-5088 www.hpembalagens.com.br

Produtos e serviços: Embalagens plásticas, blister, bandejas, berços, termoformados.

IAQUA

Local: Parnamirim - RN - Brasil

Contatos: atendimento@iaquashop.com.br +55 (84) 99657-4771 www.iaquashop.com.br

Produtos e serviços: Produtos e equipamentos em geral para melhorar a produção aquícola, com unidades em Parnamirim/RN, Aracati/CE, Acaraú/ CE, Itabaiana/PB, Coité do Nóia/ AL, Arapiraca/AL, Brejo Grande/SE, Canavieiras/BA e Taubaté/SP.

Guia

IBERCONSA ARGENTINA

Local: Puerto Madryn - Argentina Contatos: iberconsa@iberconsa.com.ar +54 (280) 445-3088 www.iberconsa.es

Produtos e serviços: Captura, processamento e distribuição de produtos do mar.

IMEVE S.A.

Local: Jaboticabal - SP - Brasil Contatos: imeve@imeve.com.br +55 (16) 3209-7700 www.imeve.com.br

Produtos e serviços: Probióticos e suplementos.

IN-SITU DO BRASIL

Local: São José dos Campos - SP - Brasil Contatos: vendas@in-situdobrasil.com.br +55 (12) 3042-1504 www.in-situdobrasil.com.br

Produtos e serviços: Medidor de nível de água, sonda de nível de água, sonda multiparamétrica, sensor de nível de água, sensor de oxigênio dissolvido, sonda de OD, sonda multiparâmetro, sensor de PH, sensor de turbidez.

ICETECK TECNOLOGIA EM EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

Local: Indaiatuba - SP - Brasil Contatos: vendas@iceteck.com.br +55 (19) 3935-1952 www.iceteck.com.br

Produtos e serviços: Túnel espiral de congelamento, resfriamento e congelamento de alimentos.

INAK/ECIL

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: ecil@ecil-trading.com.br +55 (11) 3202-6363 www.br-ecil.com

Produtos e serviços: Embalados da marca Inak para clientes do varejo (merluza, polaca, mapará, cação, kani e imitação de patas de caranguejo).

INTERATLANTIC

Local: Vigo - Espanha Contatos: info@interatlantic.es +34 986 44 32 10 www.interatlantic.es

ICL

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: marketing@icl-group.com.br +55 (11) 2155-4570 www.icl-group.com

Produtos e serviços: Indústria de alimentos e bebidas, tratamento de metais, produção de açúcar, tratamento de águas e efluentes, nutrição animal, indústria farmacêutica, refino de óleos vegetais.

INDUKERN DO BRASIL

Local: Jundiaí - SP - Brasil Contatos: daniela.nomura@indukern. com.br +55 (11) 3109-2000 www.indukern.com.br

Produtos e serviços: Aminoácidos, vitaminas, minerais, premix, aditivos nutricionais, eugenol, formol, produtos químicos para uso em indústria alimentícia e farmacêutica.

Produtos e serviços: Produtor de anéis, tentáculos e derivados de lula no Peru, importador e exportador de pescado congelado com escritórios na Europa e Ásia e mais de 100 Dipoas aprovados.

ITAUEIRA AGROPECUÁRIA S/A

Local: Ipanguaçu - RN - Brasil Contatos: lucastavares@itaueira.com +55 (85) 99709-0077 www.itaueira.com

Produtos e serviços: Camarão vannamei fresco e congelado com padrão de qualidade REI.

JC LACERDA

JC LACERDA SEAFOOD

Local: Recife - PE - Brasil Contatos: comerciallacerdajc@gmail.com +55 (81) 99730-4262 www.facebook.com/jclacerdaseafood

Produtos e serviços: Importação e exportação.

IDEALSIS

Local: Buritama - SP - Brasil Contatos: contato@idealsis.com.br +55 (18) 3691-1764 www.idealsis.com.br

Produtos e serviços: Soluções de integração e automação de processos administrativos, comerciais, industriais e logísticos. Criadora do Fish Control, software de gerenciamento de pisciculturas em todo o Brasil.

INDÚSTRIA DE RAÇÕES PATENSE

Local: Tanguá - RJ - Brasil Contatos: patense@patense.com.br +55 (34) 3818-1800 www.patense.com.br

Produtos e serviços: Farinhas de peixe (sardinha) com a partir de 60% de proteína de alta digestibilidade e óleo de sardinha, rico em ômegas.

INTERNATIONAL FISH

CONGRESS & FISH EXPO BRASIL

Local: Foz do Iguaçu - PR - Brasil Contatos: executiva@ internationalfishcongress.com.br +55 (48) 9998-0492 www.internationalfishcongress.com.br

Produtos e serviços: International Fish Congress e Fish Expo Brasil são realizados anualmente no Maestra Grand Convention Center - Recanto Cataratas Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu (PR).

JC PESCADOS

Local: Itarema - CE - Brasil

Contatos: luiz.tondo@jcpescados.com.br +55 (88) 3667-1110 www.jcpescados.com.br

Produtos e serviços: Expo e impo de pescado. Camarão, robalo, pescada amarela e cambucu, salmão, tilápia, badejo (sirigado), pargo, espada, atum, panga, peixes inteiros, postas e filés. Insumos para culinária japonesa.

KALFRITEC

Local: Joinville - SC - Brasil Contatos: comercial@kalfritec.com.br +55 (47) 9 8851-5909 www.kalfritec.com.br

Produtos e serviços: Refrigeração industrial, girofreezer, túneis de congelamento, congelamento IQF, túneis de bandeja, detecção de amônia, rack de compressores, bloco evaporador, painéis frigoríficos, amônia.

KARAM’S MAR

Local: Indaiatuba - SP - Brasil Contatos: karamsmar@karamsmar.com +55 (19) 3935-9725 www.karamsmar.com

Produtos e serviços: Peixes, camarão e frutos do mar.

KORIN AGRICULTURA

E MEIO AMBIENTE

Local: Ipeúna - SP - Brasil Contatos: contato@korinagricultura.com.br +55 (19) 3576-9518 www.korinagricultura.com.br

Produtos e serviços: Biorremediador e fertilizante para solo de viveiros.

LIZARD

Local: Mogi das Cruzes - SP - Brasil Contatos: sales@lizard-int.com.br +55 (11) 94245-6920 www.lizard-int.com.br

Produtos e serviços: Agente de carga multimodal, focado em exportação e importação de cargas refrigeradas, cargas dry e cargas projeto.

MAQUIPLAST

Local: Jandira - SP - Brasil Contatos: vendas@maquiplast.com.br +55 (11) 4619-9696 www.maquiplast.com.br

Produtos e serviços: Embalagens plásticas flexíveis, filmes para empacotadoras automáticas e termoformadoras e embalagens stand-up pouch.

KOMDELLI

Local: Tijucas - Santa Catarina - Brasil Contatos: comercial@komdelli.com.br +55 (48) 3641-2603 www.komdelli.com.br

Produtos e serviços: Principalmente salmão (fresco e congelado), truta e tilápia. Também oferece terceirização de serviço.

LARVI AQUICULTURA

Local: Macau - RN - Brasil Contatos: +55 (84) 3521-8151

Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão Litopenaeus vannamei, Macrobrachium rosenbergii e ostra Crassostrea brasiliana.

LM PESCADOS

Local: Santos - SP - Brasil Contatos: marcel@lmimport.com.br +55 (13) 3261-3060 www.lmpescados.com.br

Produtos e serviços: Importadora e distribuidora de pescado.

MAR ARGENTINO

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: marargentino@cfp.gob.ar +54 (11) 4361-5830 www.marargentino.gob.ar

Produtos e serviços: “Mar Argentino, selvagem e austral” é uma referência nos mercados pesqueiros internacionais, um sinônimo de qualidade que acompanha as empresas pesqueiras argentinas ao redor do mundo.

LEX EXPERTS SOLUÇÕES

EM ALIMENTOS

Local: Itajaí - Santa Catarina - Brasil Contatos: contato@lexbr.net +55 (47) 98856-2714 www.lexbr.net

Produtos e serviços: Serviços de consultoria.

LOCALFRIO

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: faleconosco@localfrio.com.br +55 (11) 3049-6570 www.localfrio.com.br

Produtos e serviços: Armazenagem e transporte.

MAR DE PEIXE PESCADOS (MARPEX)

Local: Balneário Piçarras - SC - Brasil Contatos: marpex@marpex.com.br +55 (47) 3345-0433 www.marpex.com.br

Produtos e serviços: Linha ampla de pescado marinho.

Guia de

MAR & RIO PESCADOS

Local: São José do Rio Preto - SP - Brasil Contatos: contato@mareriopescados. com.br 0800 740 4004 www.mareriopescados.com.br

Produtos e serviços: Pescado, frutos do mar, vinhos e produtos orientais. Entregas em todo Brasil.

MAREL

Local: Piracicaba - SP - Brasil Contatos: info@marel.com

+55 (19) 3414-9000 www.marel.com/pt

Produtos e serviços: A Marel é um fornecedor líder global de equipamento independente avançado e sistemas integrados para a indústria de pescados.

MAYEKAWA DO BRASIL

Local: Arujá - SP - Brasil

Contatos: comercial@mayekawa.com.br +55 (11) 4654-8063 www.mayekawa.com.br

Produtos e serviços: Equipamentos

Chillers, compressores parafuso, compressores alternativos, compressores semi-herméticos. Serviços de manutenção e assistência técnica. Atendimento por todo o Brasil.

MULTIFOODS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: comercial@multifoods.com.br +55 (11) 3646-6700

www.multifoods.com.br

Produtos e serviços: Peixes, moluscos e crustáceos.

MARBELIZE

Local: Manabí - Equador Contatos: info@marbelize.com +593 5238-9000 +593 5238-9001 www.marbelize.com/es/ Produtos e serviços: Atum e conservas diversas em latas, pouches e vidro, bem como hambúrgueres, sticks e outros produtos de valor agregado.

MARINE EQUIPMENT

Local: Florianópolis - SC - Brasil Contatos: contato@marineequipment. com.br

+55 (48) 3206-8922 www.marineequipment.com.br

Produtos e serviços: Consultoria em aquicultura industrial; tanques-rede, bombas para despesca e transferência, contadores, scanners, classificadores, cabos especiais, boias e máquinas, gruas hidráulicas marítimas, entre outros.

MIAKI REVESTIMENTOS

Local: Guararema - SP - Brasil Contatos: vendas@miaki.com.br +55 (11) 2164-4300 www.miaki.com.br

Produtos e serviços: Revestimentos monolíticos de alto desempenho, excelente resistência química, térmica, mecânica e a abrasão, fácil limpeza, impermeável, não prolifera bactérias. Atendemos todo o território nacional.

MULTIPESCA

Local: Marechal Cândido Rondon - PR - Brasil Contatos: multipesca.rondon@gmail.com +55 (45) 3254-3913

www.multipesca.com

Produtos e serviços: Projetos aquícolas completos, tanques elevados PEAD para bioflocos, aquaponia e recirculação.

MARCOMAR

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: marketing@marcomar.com.br (11) 5098-9200 www.marcomar.com.br

Produtos e serviços: Salmão, pescados em geral e frutos do mar.

MARIS LABORATÓRIO

Local: Aracati - CE - Brasil Contatos: contato@marispescados. com.br

+55 (88) 3446-2565 www.marispescados.com.br

Produtos e serviços: Pós-larvas de camarão Litopenaeus vannamei bem formadas e livres de patógenos.

MQ PACK

Local: Santo Andre - SP - Brasil Contatos: vendas@mqpack.com +55 (11) 4991-4241 www.mqpack.com

Produtos e serviços: Sistemas de pesagem, classificação e empacotamento automático de pescados.

MULTIVAC DO BRASIL

Local: Valinhos - SP - Brasil Contatos: vendas@br.multivac.com +55 (19) 3795-0818

br.multivac.com/pt/ Produtos e serviços: Máquinas a vácuo, seladora de bandejas, termoformadoras, flowpack, etiquetadoras, checkweighers, balança multicabeçote, sistemas e automação.

MARDI

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: mardi@mardi.com.ar +54 (223) 489-7100 www.mardi.com.ar

Produtos e serviços: Filé de merluza interfolhado, IQF e empanados de merluza.

MARIS PESCADOS

Local: Aracati - CE - Brasil Contatos: contato@marispescados. com.br

+55 (88) 3446-2565 www.marispescados.com.br

Produtos e serviços: Camarão, peixe e lagosta processados e congelados em embalagens de 200g a 2kg para o varejo e food service.

MSD SAÚDE ANIMAL

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: rodrigo.zanolo@merck.com +55 (43) 99166-0295 www.msd-saude-animal.com.br

Produtos e serviços: Produtos veterinários: vacinas injetáveis; desinfetantes e antimicrobianos orais.

MYLEUS FOOD SAFETY

Local: Belo Horizonte - MG - Brasil

Contatos: contato@myleus.com +55 (31) 3234-1842

www.myleus.com

Produtos e serviços: Análises de laboratório (teste de DNA em pescado), software de gestão da qualidade, programas de monitoramento de autenticidade de pescado.

e

Vários Tipos de Pescados

Guia

NATUBRÁS PESCADOS

Local: Balneário Piçarras - SC - Brasil Contatos: natubras@natubras.com.br +55 (47) 3347-4800 www.natubras.com.br

Produtos e serviços: Camarões, peixes e frutos do mar.

NINEFISH SEAFOOD

Local: Balneário Camboriú - SC - Brasil Contatos: contato@ninefish.com.br +55 (47) 3367-9009 www.ninefish.com.br

Produtos e serviços: Pescado internacional embalado para consumidores finais.

OMARSA

Local: Duran - Guayas - Equador Contatos: sales@omarsa.com.ec +593 99004-1400 www.omarsa.com.ec

Produtos e serviços: Produtos de camarão congelado inteiro, cauda e produtos de valor agregado crus ou cozidos em várias apresentações de embalagem. Cultivo convencional ou orgânico.

PAMPA FISH S.A.

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: ventas@pampafish.com +54 0223 483-3001 www.pampafish.com

Produtos e serviços: Filé de peixe congelado, peixe eviscerado congelado.

NEW FISH

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@newfish.com.br

+55 (11) 2674-2876 www.newfish.com.br

Produtos e serviços: Ampla linha de pescado fresco e congelado de cultivo e de pesca extrativa.

NORIBÉRICA

Local: Pontevedra - Espanha Contatos: info@noriberica.com +34 986 447 489 www.noriberica.com

Produtos e serviços: Pesca, elabora e distribui pescado e frutos do mar ultracongelados, como bacalhau, merluza, espada, atum, lula e polvo.

OPERGEL | OCEANI

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@opergel.com.br +55 (11) 3021-8988 www.opergel.com.br

Produtos e serviços: Salmão, bacalhau, filés de peixes, frutos do mar, carnes argentinas, azeitonas, conservas, castanhas e frutas secas para todo o Brasil.

PANAFERD

Local: Kennesaw - Georgia - Estados Unidos Contatos: carolina.mobilia@anciglobal. com

+1 (404) 891-1311 www.panaferd.com/pt-br/ Produtos e serviços: Aditivo nutricional para pigmentação natural. Produto comercializado pela Anciglobal.

NEWSAN S.A

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: atencion.usuarios@newsan. com.ar

+54 9 11 5001-1020 www.newsan.com.ar

Produtos e serviços: Merluza (filés e HGT), lula (inteira e aneis), camarão (inteiro, caudas e descascado, merluza hoki (filés), brótola (HGT) e abadejo (HGT).

NORONHA PESCADOS

Local: Recife - PE - Brasil Contatos: guiblanke@noronhapescados.com.br +55 (81) 2138-9100 www.noronhapescados.com.br

Produtos e serviços: Peixes, crustáceos e moluscos em geral para food service, distribuidores e varejo.

ORQUÍDEA - TONDO S.A

Local: Caxias do Sul - RS - Brasil Contatos: comercial@orquidea.com.br +55 (54) 3026-7500 www.orquidea.com.br

Produtos e serviços: Farinha Panko, farinha de rosca, farinha de trigo, massas e biscoitos.

PATHOVET

Local: Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil Contatos: hugo.roa@pathovet.cl +55 (16) 3236-5400 www.pathovet.cl

Produtos e serviços: Serviços de diagnóstico, análises laboratoriais, experimentação in vitro e in vivo.

NEXCO

Local: Recife - PE - Brasil Contatos: nexco@nexco.com.br +55 (81) 99194-1304 www.nexco.com.br

Produtos e serviços: Probióticos, prebióticos, eubióticos, dietas secas, dietas líquidas, antibióticos, hormônio, ácidos orgânicos, fertilizantes e suplementos.

NUTRAFOODS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contato@nutrafoods.net.br +55 (11) 3660-4700 www.nutrafoods.net.br

Produtos e serviços: Tilápia, merluza, polaca, panga, linguado, abadejo, camarão, lula e mexilhão em pacotes de 200 g, 400 g, 800 g e a granel.

PCC CONGELADOS Y FRESCOS

Local: Guayaquil - Equador Contatos: sales@pcc.com.ec +593 4283-8943 www.pcc.com.ec

Produtos e serviços: Ampla linha de pescado do Equador, como camarão vannamei, peixes selvagens e lulas.

PEIXE FRESCO

Local: Balneário Camboriú - SC - Brasil Contatos: faleconosco@peixefresco.com.br +55 (47) 3367-9009

www.peixefresco.com.br

Produtos e serviços: Foco na comercialização de pescados resfriados, tendo como o salmão o principal produto do mix, ideal para quem trabalha com restaurantes e casas de sushi.

PESCIRO

Local: Vigo - Espanha Contatos: pesciro@pesciro.com +34 986 43 66 25 www.pesciro.com

Produtos e serviços: Importação e exportação de pescado congelado. No Brasil trabalha com cação, salmão, panga, polaca do Alasca, lula, entre outros.

POTIPORÃ

Local: Pendências - RN - Brasil Contatos: contato@potipora.com.br +55 (84) 98145-8097 www.potipora.com.br

Produtos e serviços: Camarão congelado.

PRILABSA BR

Local: Natal - RN - Brasil

Contatos: prilabsa@prilabsabr.com.br +55 (84) 3207-7773 www.prilabsa.com

Produtos e serviços: A completa solução para o desenvolvimento da indústria aquícola. Servindo as Américas há mais de 25 anos.

PEIXES MEGG’S

Local: São João da Boa Vista - SP - Brasil Contatos: peixesmeggs@peixesmeggs.com.br +55 (19) 3622-3010 www.peixesmeggs.com.br

Produtos e serviços: Comércio de pescado de água doce e salgada para o atacado, varejo e compras públicas.

PESQUERA SANTA ELENA

Local: Puerto Deseado - Argentina Contatos: pesel@datamarkets.com.ar +54 297 487-0951 www.pesquerasantaelena.com

Produtos e serviços: Kani kama.

PRESENCE

Local: Paulínia - SP - Brasil Contatos: marketing_animal_nutrition_ br@adm.com +55 (19) 3884-9800 www.presencenutricaoanimal.com.br

Produtos e serviços: Nutrição animal.

PRIME SEAFOOD

Local: São Paulo - SP - Brasil

Contatos: contato@prime.trd.br +55 (11) 2738-0069

www.primeseafood.com.br

Produtos e serviços: Lombo de bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado dessalgado congelado, lombos de dourado congelado e cauda de lagosta congelada.

PHIBRO SAÚDE ANIMAL INTERNACIONAL

Local: Campinas - SP - Brasil Contatos: phibro.sac@pahc.com 0800-722-8011

+55 (11) 2185-4400 www.pahc.com/brasil/

Produtos e serviços: Antimicrobianos de uso veterinário e especialidades nutricionais.

PREVEMAX

Local: Videira - SC - Brasil Contatos: marketing@prevemax.com.br +55 (49) 3531-3300 www.prevemax.com.br

Produtos e serviços: Aventais, capas, batas, toucas, luvas, calçados de segurança, EPI’s em geral

PESCADOS JAPESCA

Local: São Lourenço do Sul - RS - Brasil Contatos: sac@japesca.com.br +55 (53) 3251-3097 +55 (53) 3251-3104 www.japesca.com.br

Produtos e serviços: Especializada em peixes regionais, frescos e congelados do RS, industrializa, comercializa e distribui pescados em todas as regiões do Sul e Sudeste brasileiro.

PLANTFORT ESTUFAS AGRÍCOLAS

Local: São Carlos - SP - Brasil Contatos: plantfort@plantfort.com.br +55 (16) 3368-2011 www.plantfort.ind.br

Produtos e serviços: Estufas e seus componentes para ambientes protegidos, estrutura, plásticos, lonas e telas.

PREVET

Local: Jaboticabal - SP - Brasil Contatos: contato@prevet.com.br +55 (16) 3202-6298 +55 (16) 3202-6610 www.prevet.com.br

Produtos e serviços: Serviços de monitoramento sanitário, análises e estudos microbiológicos e histopatológicos, análise de água, serviços relacionados à saúde animal e pesquisa e desenvolvimento.

PROECUADOR - ESCRITÓRIO

COMERCIAL DO EQUADOR

Local: São Paulo - SP - Brasil

Contatos: ocesaopaulo@produccion. gob.ec +55 (11) 2308-2571

www.proecuador.gob.ec

Produtos e serviços: Facilitamos a informação e os contatos para fazer negócios com empresas exportadoras de peixes e camarão do Equador. Somos um escritório do governo e nossos serviços são gratuitos.

PRODUMAR

Local: Natal - RN - Brasil Contatos: produmar@produmar.ind.br +55 (84) 4006-2000 www.produmar.ind.br

Produtos e serviços: Pesca, beneficiamento e estocagem, com porto privado com capacidade para desembarque diário de barcos pesqueiros e vendas no atacado e varejo de atum, meka, peixes costeiros, ova, lagosta e camarão.

RUIVO CONSULTORIA

INDUSTRIAL LTDA

Local: Florianópolis - SC - Brasil Contatos: uruivo@gmail.com +55 (47) 99609-5858 www.ruivoconsultoria.com

Produtos e serviços: Projetos de frigoríficos, avaliação operacional, estudos de viabilidade e regularização junto ao Mapa.

SANTA HELENA FISH FARM

Local: Bebedouro - SP - Brasil Contatos: henrique@shfish.com.br +55 (17) 99149-1145 www.shfish.com.br

Produtos e serviços: Tilápia para frigorífico.

SEAFOOD FROM NORWAY

Local: Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Contatos: norge.br@seafood.no +55 (21) 2586-7500

www.bacalhaudanoruega.com.br

Produtos e serviços: O Conselho Norueguês da Pesca desenvolve atividades em prol do pescado norueguês em três frentes: marketing, conhecimento e comunicação.

PRODUMAR S.A.C.

Local: Lima - Peru Contatos: info@produmar.com +51 1 475-0340 www.produmar.com/es/ Produtos e serviços: Lula, polvo, merluza gahi e vieiras.

SABORES DA COSTA ALIMENTOS LTDA

Local: Fortaleza - CE - Brasil Contatos: atendimento@saboresdacosta. com.br +55 (85) 3017-2528 www.saboresdacosta.com.br

Produtos e serviços: Larvas de camarão, camarão congelado, orgânico e convencional.

SANTA PRISCILA

Local: Guayaquil - Equador Contatos: sales@santa-priscila.com +59 3 4 600 5231 www.santa-priscila.com

Produtos e serviços: Produz e exporta camarão equatoriano (Litopenaeus vannamei).

SEAFOOD SHOW LATIN

AMERICA

Local: São Paulo - SP - Brasil

Contatos: seafoodshow@francal.com.br +55 (11) 2226-3100 www.seafoodshow.com.br

PROJEPESCA CONSULTORIA

Local: Brasília - DF - Brasil Contatos: abraao@projepesca.com.br +55 (61) 99355-3849 www.projepesca.com.br Produtos e serviços: Consultoria em relações governamentais e planejamento estratégico de comércio exterior.

SALMONCHILE

Local: Puerto Montt - Chile Contatos: puertomontt@salmonchile.cl +56 65 2256-666 www.salmonchile.cl

Produtos e serviços: Exportadores de salmão Atlântico, salmão coho e truta salmonada.

SÃO RAFAEL CÂMARAS

FRIGORÍFICAS

Local: Arujá - SP - Brasil Contatos: vendas6@saorafael.com.br +55 (11) 4652-7900 www.saorafael.com.br

Produtos e serviços: Soluções para cadeia do frio, como câmaras frigoríficas.

Produtos e serviços: Feira de negócios internacional especializada em comercialização de pescado, tecnologia de processamento e atualização de conhecimentos para a indústria e o mercado de pescado nacional e internacional, com foco na América Latina.

RAGUIFE IND. COMERCIO DE RAÇOES LTDA

Local: Santa Fé do Sul - SP - Brasil Contatos: sac.raguife@ grupoambaramaral.com.br +55 (17) 3631-4347 www.raguife.com.br Produtos e serviços: Indústria especializada em nutrição animal.

SAN ARAWA

Local: Buenos Aires - Argentina Contatos: infoc@sanarawa.com +54 (11) 5032-4971 www.sanarawa.com

Produtos e serviços: Companhia pesqueira especializada na pesca e processamento de hoki, polaca e surimi em apresentações variadas, com base em Ushuaia, na Terra do Fogo.

SATEL DESPACHOS

Local: Santos - SP - Brasil Contatos: satel@sateldespachos.com.br +55 ‘(13) 3228-5000 www.sateldespachos.com.br

Produtos e serviços: Despachos aduaneiros.

SEAFRIGO DO BRASIL

Local: Santos - SP - Brasil Contatos: d.ojea@seafrigo.com +55 (13) 3228-5010 www.seafrigo.com

Produtos e serviços: Agenciamento de transportes internacionais de cargas (marítimos e aéreos) especializado em produtos alimentícios.

SHIGUEN REFRIGERAÇÃO LTDA.

Local: Araras - SP - Brasil

Contatos: shiguen@shiguen.com.br +55 (19) 3547-2100 www.shiguen.com.br

Produtos e serviços: Fabricação e instalação de completa linha em refrigeração industrial: fabricadores de gelo, túneis de congelamento, evaporadores, condensadores, reservatórios, válvulas e peças de reposição e outros.

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO E PESCA DO CEARÁ (SINDFRIO)

Local: Fortaleza - CE - Brasil Contatos: sindfrio@sfiec.org.br +55 (85) 3224-8227 www.sindfrio.com.br

Produtos e serviços: Representação institucional da indústria de pescado do Ceará, com foco na promoção de exportações e articulação empresarial.

SOGUIMA

Local: Guimarães - Portugal Contatos: soguima@soguima.com +351 253 470-070 www.soguima.com

Produtos e serviços: Bacalhau dessalgado congelado, bacalhau desfiado, polaca desfiado, polvo ao natural e cozido, sardinha, cação, bolinhos com bacalhau, pré-cozidos a base de peixe e de carne, pré-cozidos vegan.

TARG LOGÍSTICA

Local: Osasco - SP - Brasil Contatos: contato@targlogistica.com.br +55 (11) 3647-9444

Produtos e serviços: Entregas em SP capital, SP interior e RJ.

SIAM CANADIAN SOUTH AMERICA

Local: Buenos Aires - Argentina

Contatos: mathieu@siamcanadian.com +54 9 11 3502-2605 www.siamcanadian.com

Produtos e serviços: Frutos do mar congelados: merluza, polaca, panga, lula, camarões, salmão, polvo, migas, atum, sardinha, cavala, pescadinha e abadejo.

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PESCA DE SÃO PAULO (SIPESP)

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: sipesp@sipesp.com.br +55 (11) 2812-7505 www.fiesp.com.br/sipesp

Produtos e serviços: Representação institucional da indústria da pesca e aquicultura junto ao setor público e privado, promoção de eventos, reuniões e articulação.

SOLIMENO

Local: Mar del Plata - Argentina Contatos: solimeno@solimenosa.com.ar +54 (223) 480-1554 +54 (223) 480-9607 +54 (223) 480 2092 www.solimenosa.com.ar

Produtos e serviços: Pescado congelado, processado e empanado.

TECNOCARNE

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: atendimento.tecnocarne@ informa.com +55 (11) 4632-0200 www.tecnocarne.com.br

Produtos e serviços: Feira de negócios especializada em tecnologia de processamento de produtos cárneos.

SIMPÓSIO DE CONTROLE DE PESCADO

Local: Santos - SP - Brasil

Contatos: effurlan@pesca.sp.gov.br +55 (13) 3261-2653 www.pesca.sp.gov.br/instituto/eventos/ simcope Produtos e serviços: O Simpósio de Controle da Qualidade do Pescado é o principal evento nacional dedicado ao debate e à atualização na área e ocorre a cada dois anos.

SÓ PESCA BRASIL

Local: Cerquilho - SP - Brasil Contatos: contato@sopescabrasil.com.br +55 (15) 3384-2343 www.sopescabrasil.com.br

Produtos e serviços: Peixes congelados, filés de peixes e camarões.

SPRING GENETICS

Local: Fortaleza - Ceará - Brasil Contatos: brazil@spring-genetics.com +55 (85) 99749-3375 www.bmkgenetics.com/services/tilapia/ Produtos e serviços: Plantéis de reprodutores geneticamente melhorados

TILABRAS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: contact@tilabras.com.br +55 (11) 2667-0232 www.tilabras.com.br

Produtos e serviços: Tilápia fresca para atacado e frigoríficos. Projeto de verticalização (incubatório, produção de ração, engorda e processamento) em implantação.

SOCIL

Local: Paulínia - SP - Brasil Contatos: marketing_animal_nutrition_ br@adm.com (19) 3884-9800 www.socil.com.br

Produtos e serviços: Nutrição animal.

SUPREME DO BRASIL PESCADOS

Local: Santa Clara do Oeste - SP - Brasil Contatos: supremedobrasil@gmail.com +55 (17) 99776-8005 www.supremedobrasilpescados.com.br Produtos e serviços: Filé de tilápia.

TIME SEAFOOD

Local: Dalian - China Contatos: eraice@163.com +86 411 8480-3142 www.timeseafood.com

Produtos e serviços: Algas marinhas para culinária oriental, saladas de polvo, saladas de lula, ouriço do mar temperado, entre outros.

Guia

TOTAL

Local: Paulínia - SP - Brasil Contatos: marketing_animal_nutrition_ br@adm.com (19) 3884-9800 www.totalnutricaoanimal.com.br

Produtos e serviços: Nutrição animal.

TRUTAS NR

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: info@trutasnr.com.br +55 (11) 5543-3860 www.trutasnr.com.br

Produtos e serviços: Truta inteira e em filés, além de produtos derivados.

ULTRAFISH

Local: Zaragoza - Espanha Contatos: contacto@ultrafish.eu +34 976 47 30 71 www.ultrafish.eu

Produtos e serviços: Projeto de aprimoramento e inovação tecnológica do processamento de pescado a partir da Europa para o mundo.

VELHO CHICO

Local: Aparecida do Taboado - MSBrasil Contatos: gerlucioflavio@gmail.com +55 (17) 99784-6742

Produtos e serviços: Excelência em consultoria industrial para frigoríficos de pescados.

TREVISAN

Local: Palotina - PR - Brasil Contatos: trevisan@trevisan.ind.br +55 (44) 3649-1754 www.trevisan.ind.br

Produtos e serviços: Aeradores, caixas para transporte de peixes e camarões vivos, incubadoras, alimentadores e tratadores de ração.

TSAE CONSULTORIA

Local: Blumenau - SC - Brasil Contatos: atendimento@tsaeconsultoria. com.br +55 (47) 99224-8189 www.tsaeconsultoria.com.br

Produtos e serviços: Prestamos assessoria técnica para a implantação, orientação, revisão e treinamentos nas seguintes áreas: HACCP,BPFs,PPHOs,PACs, rotulagem, importação/exportação de pescado e outras espécies.

UNIVERSE FROZEN FOODS

Local: Pirassununga - SP - Brasil Contatos: elton@universeffoods.com.br +55 (19) 9530-1131 www.universeffoods.com.br Produtos e serviços: Pescado congelado, produtos orientais e vegetais.

VINH HOAN

Local: Ho Chi Minh - Vietnã Contatos: info@vinhhoan.com +84 838 364 849 www.vinhhoan.com

Produtos e serviços: Pangasius sem adição de químicos em diferentes apresentações.

TRIDENT SEAFOODS CORPORATION

Local: Seattle - Washington - Estados Unidos Contatos: meiger@tridentseafoods.com +55 (11) 98609-6904 www.tridentseafoods.com

Produtos e serviços: Polaca do Alasca (HG, filés), salmão selvagem (chum, pink e sockeye - HG), cod bacalhau do Pacífico (HG), black cod (HG), halibut (HG), ikura (ovas) e surimi de Polaca do Alasca.

TUV SUD SFDK LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE PRODUTOS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: sfdkcomercial@tuvsud.com +55 (11) 5097-7888 www.tuvsud.com/pt-br

Produtos e serviços: Somos credenciados ao Mapa, acreditados pela CGCRE (INMETRO) de acordo com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025/2017. Realizamos análises microbiológicas, físico-químicas, cromatografia, macroscopia e mais.

URUSSANGA

Local: Blumenau - SC - Brasil Contatos: vendas@ embalagensurussanga.com.br +55 (47) 3339-4401 www.embalagensurussanga.com.br Produtos e serviços: Embalagens secundárias.

VIVENDA DO CAMARÃO

Local: Cotia - SP - Brasil

Contatos: sav@vivendadocamarao. com.br +55 (11) 4613-2600 +55 (11) 4613-2640 www.vivendadocamarao.com.br

Produtos e serviços: Camarões in natura, linha de peixes, além de receitas especiais na linha de pratos prontos congelados.

VAXXINOVA BRASIL

Local: Vargem Grande Paulista - SPBrasil Contatos: santiago.padua@vaxxinova. com.br +55 (11) 94259-6702 www.vaxxinova.com.br Produtos e serviços: Produtos veterinários (vacinas).

WEEMAC MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Local: Massaranduba - SC - Brasil Contatos: weemac@weemac.com.br +55 (47) 3379-8025 www.weemac.com.br

Produtos e serviços: Aeradores, alimentadores e esteiras de despesca.

ZALTANA PESCADOS

Local: Ariquemes - RO - Brasil Contatos: contato@zaltanapescados. com.br

+55 (69) 3516-7802 www.zaltana.com.br

Produtos e serviços: A Zaltana é uma empresa dedicada ao processamento de cortes dos peixes tambaqui, pintado, pirarucu e tambatinga.

WENGER MFG

Local: Valinhos - SP - Brasil Contatos: cmathias@wenger.com +55 (19) 3881-5060 www.wenger.com

Produtos e serviços: Linha de extrusão completa (extrusora, secador, sistema de recobrimento e resfriador).

ZALTANA RAÇÕES

Local: Ariquemes - RO - Brasil Contatos: contato@zaltanapescados. com.br

+55 (69) 3516-7801 www.zaltana.com.br

Produtos e serviços: Produção de rações para peixes e linha pet.

WORKSHOP DE SANIDADE EM PISCICULTURA

Local: Jaboticabal - SP - Brasil Contatos: danielanomura@gmail.com +55 (16) 99609-0002 bit.ly/sanidade_piscicultura

Produtos e serviços: Workshop, conhecimento e networking.

ZOETIS

Local: São Paulo - SP - Brasil Contatos: adm-sac@zoetis.com 0800 011 1919 www.zoetis.com.br

Produtos e serviços: Produtos veterinários.

ANUNCIANTES EM ORDEM ALFABÉTICA

ANUNCIANTE

PÁGINA

Abipesca 007

Abrapes 089

Adisseo 043

ADM | Presence 057

Alaska Seafood Marketing Institute 4ª Capa AlliPlus 021

Aquaculture Stewardship Council 049

Ayamo 093

Bacalanor 037

Bom Futuro 011

Bom Peixe 3ª Capa

Brazilian Fish 027

Brusinox 091

C.Vale 009

Cermaq 2ª Capa

Clearwater 099

Copacol 003

Costiero Pescados 069

Damm 077

Deep Sea 083

Ecil 081

Fenacam 055

Frescatto 079

Grupo9 039

Iberconsa 097

Iceteck 061 Imeve 045 Kalfritec 103 Karam`s Mar 041

Komdelli 019

Korin Agricultura e Meio Ambiente 033

Lex Experts 025 Mar & Rio 013 Marcomar 023 Marel 067

Marpex 015

MQ Pack 095

Multivac 053

Natubrás 031 Nexco 087

Noronha 005

Opergel 075

Patense 064 e 065

Pescados Japesca 073

Potiporã 046 e 047

ProEcuador 063

Raguife 059

Seafood from Norway 034 e 035

Seafood Show Latin America 104 e 105

Shiguen 051

Tilabras 017

Vaxxinova 071

Zoetis 029

Agradecemos a todas as empresas parceiras acima, bem como todas aquelas que adquiriram a participação avulsa no Guia de Fornecedores desta edição. A todos, nossa profunda admiração e gratidão por adotar a Seafood Brasil como um instrumento de geração de networking e negócios.