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Opinião

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Tira-Dúvidas

Tira-Dúvidas

Hubert Gebara

Vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

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Os condomínios e os efeitos da pandemia

Oano de 2020 foi marcado por incertezas e mudanças trazidas pela pandemia da Covid-19. Passado um ano do início da quarentena, observamos um cenário distópico nas cidades e nos condomínios. Por mais que vislumbremos uma luz no fim do túnel com o advento de vacinas em 2021, ainda teremos muitos desafios pela frente.

Novos hábitos foram incorporados à rotina, como, por exemplo, o uso constante de máscara e álcool em gel, a participação em eventos e reuniões on-line, entre outros. Com o distanciamento social, a movimentação limitada, o aumento do convívio em casa, e o acesso controlado às áreas comuns, afloraram com maior intensidade os conflitos de vizinhança nos condomínios.

Como conciliar a reforma do apartamento com as atividades em home office e as aulas on-line? Sem playground, quadra e brinquedoteca, onde as crianças podem brincar com segurança? O que fazer se o zelador estiver com Covid-19?

Não existem respostas prontas. Cada condomínio possui características arquitetônicas, sociais e comportamentais próprias. Portanto, faz-se necessária uma análise cuidadosa sobre os impactos da pandemia na vida condominial e todos os desdobramentos que envolvem moradores, usuários e funcionários.

Diante de fatores tão estressantes decorrentes do isolamento social prolongado, que têm efeitos adversos sobre a comunidade condominial, síndicos e demais gestores condominiais podem e devem valer-se de informações técnicas, estudos pormenorizados, tecnologia e comunicação eficazes para tomar decisões, em conjunto com a coletividade. Neste quesito, a expertise da administradora é indispensável.

Adaptação contínua e agilidade nas respostas às circunstâncias diversas e adversas são pontos-chave neste momento em que urge barrar a propagação da pandemia. Priorização, revisão, avanços e retrocessos sempre serão necessários. Todas as iniciativas devem levar em conta as características e o público-alvo do empreendimento, baseando-se nos parâmetros definidos pelas autoridades sanitárias.

Mas, e a saúde financeira do condomínio? Essa precisa de atenção constante. Afinal, os efeitos econômicos da pandemia – se ainda não afetaram – podem afetar o caixa do condomínio a médio e longo prazos. Paralisação das atividades, desemprego, aumento do custo de vida são alguns dos desafios sociais e econômicos que ainda teremos pela frente.

Para minimizar os impactos no caixa do condomínio, o síndico e o corpo diretivo precisam estar atentos aos primeiros sintomas deste mal chamado inadimplência, buscando sempre o acordo amigável, contudo, sem prejudicar os demais condôminos. Neste caso, a vacina é a mais tradicional e eficiente forma de imunização contra o colapso financeiro do condomínio: a negociação «

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