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Vulnerabilidade da Ibero-América à mudança climática

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Bibliografia

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Vulnerabilidade da Ibero-América à mudança climática

Os efeitos da mudança climática incidirão diretamente nas possibilidades das economias da Ibero-América, na nossa saúde e no nosso bem-estar.

> Em consequência da mudança climática, a produção agrícola já está a diminuir significativamente nalgumas zonas da região, relacionando-se também com o aumento de movimentos migratórios entre países ou do meio rural para núcleos urbanos. Devido à mudança climática, a Costa Rica, El Salvador e Nicarágua poderão chegar a reduzir até 40% a sua produção agrícola em 2050.

> A disponibilidade de água limpa e segura diminui em resultado da perda de glaciares e da variabilidade das precipitações, afetando seriamente setores como a agricultura e a energia.

> Os oceanos e as costas ibero-americanas são altamente vulneráveis à mudança climática e, caso as tendências atuais se mantenham, até 2050 todo o ecossistema de corais das zonas costeiras do Caribe poderá colapsar.

> A subida do nível do mar representará uma redução da atividade turística, danos nas infraestruturas costeiras e deslocamentos de populações nos países costeiros da IberoAmérica. Só no Chile e no Uruguai, 40% da população que vive nas zonas de costa poderá vir a ser afetada. Em Espanha e Portugal, a diminuição do turismo costeiro terá grandes repercussões no PIB.

> As mulheres, crianças, idosos e famílias dedicadas à agricultura são as populações mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática. Cuba, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Venezuela, Bolívia e Paraguai são os países da IberoAmérica com o índice de risco climático mais elevado.

O relatório RIOCCADAPT foi publicado em 2019 com o objetivo de avaliar as intervenções de adaptação à mudança climática dos países da Rede IberoAmericana de Escritórios de Mudança Climática (RIOCC). O relatório engloba diversas áreas temáticas: sistemas naturais (terrestres, marinhos e biodiversidade) e geridos (recursos hídricos, agropecuários, florestais e pesqueiros); catástrofes de origem climática (tempestades, furacões, inundações, secas, instabilidade das vertentes e incêndios florestais) e outros setores essenciais (núcleos urbanos e rurais, zonas costeiras, turismo e saúde humana).

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