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5. CORRELAÇÃO ENTRE HERMENÊUTICA, EXEGESE E EISEGESE

EXEGESE BÍBLICA

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CORRELAÇÃO ENTRE HERMENÊUTICA, EXEGESE E EISEGESE

Que relação existe entre hermenêutica, exegese e eisegese? Que termos são estes difíceis de falar? Em que difere a exegese da exposição? A finalidade principal da hermenêutica bíblica é auxiliar o obreiro e a qualquer estudante da Bíblia, a usar os métodos de interpretações confiáveis, além de estabelecer os princípios fundamentais da exegese bíblica, como base para o estudo do texto na sua diversidade lingüística, cultural e histórica. Desta forma, a hermenêutica ajuda o estudante a analisar criticamente, com critérios objetivos, os métodos e resultados de um estudo ou exegese de qualquer texto das Escrituras Sagradas.

A hermenêutica bíblica é a ciência e a arte de interpretar a Bíblia. Na qualidade de ciência, enuncia os princípios, investiga as leis do pensamento e da linguagem e classifica seus fatos e resultados. Como arte, ensina como esses princípios devem ser aplicados. Qual a relação então entre hermenêutica e exegese? A hermenêutica antecede a exegese. Esta, por sua vez, faz uso dos princípios, regras e métodos hermenêuticos em suas conclusões e investigações. De uma forma simples poderíamos dizer que a hermenêutica é a teoria e a exegese é a prática, pois esta aplica os princípios hermenêuticos para chegar a um entendimento correto do texto.

A homilética é a ciência (princípios) e arte (tarefa) de transmitir o significado e a importância do texto bíblico sob forma de pregação. A pedagogia é a ciência (princípios) e arte (tarefa) de transmitir o significado e a aplicação do texto bíblico sob forma de ensino.

A exegese consiste no estudo individual, e a exposição, na apresentação em público. A exegese é feita na sala de estudo, ao passo que a exposição é feita detrás

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de um púlpito, da mesa do professor ou da plataforma. Um bom expositor é antes de qualquer coisa um bom exegeta. A exegese é, portanto, um meio que visa um fim; é um passo rumo à exposição.

Ao contrário da exegese, a eisegese ocorre quando o intérprete aborda o texto com preconceitos, extraindo dele um sentido que já desejava de antemão, ou seja, significa ler no texto aquilo que ele quer encontrar ali, mas que, na realidade, não se encontra no mesmo, ou então distorce um texto para adaptá-lo às próprias idéias do intérprete. Em outras palavras, quem usa de eisegese força o texto, mediante várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o que na verdade não se acha ali. A eisegese usualmente ocorre quando um intérprete desconsidera uma regra de interpretação porque está em conflito com as noções preconcebidas dele.

Em todos esses passos para uma frutuosa interpretação das Escrituras é indispensável a presença do Espírito Santo. A participação do Espírito Santo na interpretação das Escrituras indica várias coisas:

a) Sua participação não significa que as interpretações de alguém serão infalíveis. Inerrância e infalibilidade são características peculiares dos manuscritos originais e não de seus intérpretes; b) A atuação do Espírito Santo na interpretação não quer dizer que Ele vai “revelar” um sentido “oculto”, diferente do significado normal e literal do texto; c) O novo nascimento é a demonstração da mudança dos antigos hábitos para uma nova vida em Cristo. O intérprete que esteja vivendo em pecado ou que nem mesmo se converteu é suscetível de interpretar erroneamente a Bíblia, pois seu coração e sua mente não estão em harmonia com o Espírito Santo; d) O papel do Espírito Santo na interpretação indica que a Bíblia foi dada para que todos os crentes a entendessem. Sua interpretação não pertence a uma elite minoritária de eruditos.

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