INTRODUÇÃO A HERESIOLOGIA - MÓDULO JACINTO - SEMINÁRIO BATISTA LIVRE

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HERESIOLOGIA Introdução a Heresiologia

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DOS TERMOS PRINCIPAIS SEITAS DOS DIAS DE JESUS PORQUE ESTUDAR AS FALSAS DOUTRINAS ASPECTOS HISTÓRICOS CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIAS DE UMA SEITA A EVANGELIZAÇÃO DOS ADEPTOS DAS SEITAS REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO Estamos vivendo numa época em que muitas pessoas estão querendo ir além, em busca de algo novo, que ultrapasse as faixas demarcatórias do cristianismo. Por causa dos mitos do progresso, em voga em nossos dias, a palavra “excede” exerce um certo apelo. Qualquer coisa que seja fixa e imutável parece ser, nas mentes de alguns, algo enfadonho e sem dinamismo. Nesta nossa época existencialista, as coisas devem progredir incessantemente, impulsionadas pelo dinamismo de uma recém-descoberta energia vital. A emoção que prevalece em nossa civilização, não é o amor, o ódio ou qualquer emoção ativa; pelo contrário, é o enfado. Exigimos novos fascínios para alimentar as nossas áreas limitadas de interesses. A demanda por novos fascínios tem levado muitos a tentarem avançar para além da fé, que uma vez por todas foi entregue aos santos, para chegarem a alguma novidade (e, portanto algo presumivelmente verdadeiro) mais excitante. O cristianismo jamais deveria ser concebido como uma intransponível muralha de pedra. Pelo contrário, o cristianismo é o cume mais elevado para além do qual há uma descida, seja qual for à direção em que o indivíduo siga. Nada existe de maior, nada existe de mais elevado e, por certo, nada existe de mais magnificente do que as alturas da revelação de divina, nas Sagradas Escrituras e em Jesus Cristo. Tentar avançar para além desse cume, em busca de algo melhor equivale a perder-se nas fendas e penhascos das faldas montanhosas que se vão afastando do cristianismo autêntico. Para além das fendas das heresias há os atoleiros febris das seitas, onde as serpentes e os escorpiões nos esperam. Para além da racionalidade só há insanidade, para além da medicina só há o veneno, para além do sexo só há a perversão, para além do fascínio só há o vício, para além do amor só há a concupiscência, e, para além da realidade só há a fantasia. De igual modo, para além do cristianismo só há morte, a desesperança, as trevas e as heresias. 45

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HERESIOLOGIA I Apesar disso, muitas pessoas continuam a preferir andar nas laterais do alto cume, que só conduzem para baixo. A situação religiosa crescentemente complicada em nosso dias está produzido uma explosão das mais estranhas religiões forjadas pela mente humana. Seitas e novas religiões estão surgindo em proporções sem precedentes em toda terra. Cada uma delas professa ser detentora do mais recente revelação da verdade. Heresias da Antiguidade têm ressurgido em dias atuais, defendendo os mesmos erros já dantes combatidos, como por exemplo, o gnosticismo, que reaparece entre os teósofos, espiritualistas e esotéricos, ou o arianismo, defendido pelas Testemunhas de Jeová e Só Jesus. Alguns estudiosos concluíram que há cerca de 700 seitas enquanto que outros afirmam que ultrapassou 3.000. Existem hoje espalhados pelo mundo mais de 5 milhões de Testemunhas de Jeová, quase 9 milhões de mórmons e milhares de adeptos da Nova Era. Se houve um tempo em que ler ou estudar algum texto herético era já sinal ou, ao menos, levantavam suspeitas, de ser meio herética, a disposição da Igreja, hoje, são completamente diversas. Mais aberta, mais tolerante, mais dialogante, tende a Igreja descobrir nas heresias, eventuais aspectos positivos, mesmo se parciais, da verdade completa. De qualquer maneira é um dado admitido por muitos que as heresias fizeram avançar a reflexão teológica, obrigaram a precisar da doutrina e apurar os termos ambíguos.

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HERESIOLOGIA I

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DEFINIÇÃO DOS TERMOS Antes de apresentarmos os métodos para se identificar uma seita ou religião falsa, saibamos o que significam as palavras seita e heresia. Ambas derivam da palavra grega “háiresis”, que significa “escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc”.1 A palavra “heresia” é adaptação de “háiresis”. Quando passada para o latim, “háiresis“ tornou-se “secta”. Foi do latim que veio a palavra “seita”.2 Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (Atos 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do Judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, foi dito pelo apóstolo Paulo “até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” (1 Coríntios 11.19). Em termos teológicos, podemos dizer que “seita” refere-se a um grupo de pessoas e que “heresias” indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita. Há outras definições sobre o que é seita: 1. Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas – Dr. Walter Martin.3 2. É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja cristã – Josh McDoweell e Don Stewart.4 1. 2. 3. 4.

FRAGIOTTI, Roque. Histórias das Heresias (séculos I-VII). São Paulo: Paulus. 1995. p. 6. CHAMPLIN, R.N. Bentes, J. M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 3, Vol. 6. São Paulo: Candeia, 1991. MARTIN, Walter. O Império das Seitas. 2. Ed. Vol. 1. Belo Horizonte: Betânia 1992, p.11. MC DOWEEL, Josh e STEWART, Don. Entendendo as Seitas, um Manual das Religiões de Hoje. São Paulo: Candeia, 1992, p.9.

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HERESIOLOGIA I

3. Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria – J.K. Van Baalen.5 4. Seitas hoje são grupos isolados que expõem ensinos errados, e heresias esses ensinos contrários às Escrituras Sagradas.6 5. Grupo religioso que se separa de uma religião estabelecida, devido ao carismátismo e pregação de um ex-líder local, que geralmente alega ter revelações advindas diretamente do céu.7 Façamos um breve comentário sobre o que é “doutrina”. Vem do latim “doctrina”, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico.8 Existem três formas de doutrina na Bíblia: a) Doutrina de Deus – Atos 13.12; 1.42; Tito 2.10. b) Doutrina de homens – Mateus 15.9; 16.12; Colossenses 2.22. c) Doutrina de demônios – 1 Timóteo 4.1. A primeira é boa, as duas últimas são danosas. É preciso distinguir a primeira das últimas, senão os prejuízos podem ser irreparáveis. A oposição entre a verdade e a mentira é mais evidente que o contraste entre a verdade e a falsidade. Religiões e seitas pagãs podem ser analisadas facilmente. Contudo, uma religião ou seita que se apresente como “cristã”, mas tem suas doutrinas contrárias às Escrituras, merecem serem inquiridas. Para tanto, forneceremos os meios adequados para se identificar uma seita.

5. VAN BAALEN, J.K. O Caos das Seitas um Estudo Sobre os “Ismos” Moderno. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, p. 282. 6. SILVA, Esequias Soares da. Como responder as Testemunhas de Jeová. Vol. 1. São Paulo: Editora Candeia, 1995, p. 29. 7. MATHER, George A. e NICHOLS, Larry A. Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. São Paulo: Editora Vida, 2000, p. 408. 8. CHAMPLIN, R.N. Bentes, J. M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 2. São Paulo: Candeia, 1991.

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HERESIOLOGIA I

1.1 PLURALIDADE RELIGIOSA

A profusão religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Em nossos dias existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais presumem estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão. Para efeitos didáticos, classificamos as seitas de nossos dias seguindo o critério de sua origem: as secretas se originaram de alguma revelação que somente os iniciados teriam acesso; as proféticas se originaram de líderes que se denominaram profetas; as espíritas surgiram da busca da comunicação com o mundo sobrenatural; afro-brasileiras se originaram das práticas mágicas africanas, trazidas ao Brasil pelos escravos; as orientais se fundamentaram em princípios da religiosidade e filosofia japonesa, hindu e iraniana; as unicistas que não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à idéia de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de Deus ou de Jesus. Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa-crucianismo, Esoterismo etc. Proféticas: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus) etc. Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão etc. Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional etc. Orientais: Seicho-no-ie, Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare-Krishna, Meditação Transcendental, Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade etc. Unicistas: Igreja Local (de Witness Lee), Igreja Evangélica Voz da Verdade (Pr. Carlos Alberto Moysés), Só Jesus, Tabernáculo da Fé (Willian Marrion Branham), Adeptos do Nome Yehoshua e suas Variantes (Josué B. Paulino), Cristadelfianos 49

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HERESIOLOGIA I entre outros. O objetivo dessa abordagem histórica é apresentar, em rápidas pinceladas, como surgiram as diversas seitas hodiernas e como vieram para o Brasil, onde proliferam em todos os Estados. Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus dirigentes desencaminham milhões de pessoas, precisamos atentar para a exortação de Judas versículo 3 que nos convoca a “batalhar pela fé que de uma vez por todas que foi entregue aos santos”.

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HERESIOLOGIA I

2 PRINCIPAIS SEITAS DOS DIAS DE JESUS Três grupos religiosos surgiram dentro do Judaísmo no período interbíblico, nos dias de João Hircano, da família dos Macabeus, no período asmoneu9 por volta da metade do século II, a.C. Foram eles os fariseus, os saduceus e os essênios, cada qual com características próprias. 2.1 OS FARISEUS

O nome fariseu, do grego “farisaios”, vem por sua vez do hebraico “prushim”, que significa “separado”, “segregado”, “dividido”. Talvez esse nome lhes fora dado pelos inimigos – os saduceus, ou em virtude do fariseu viver separado do povo temendo a imundície. Eles mesmos gostavam de chamar-se de “haberim” = companheiros, ou “qedosim” = santos. Esdras entregou-se a sublime tarefa de ensinar a Lei ao povo, após sua partida, foi por seus legítimos discípulos dado prosseguimento a essa importante missão. Aqueles que prosseguiram ensinando a Lei ao povo, foram chamados de “hasidhim” que significa “leais a Deus”. O Novo Dicionário da Bíblia diz que “o nome ‘fariseu’ aparece pela primeira vez nos contextos dos primeiros reis-sacerdotes hamoneanos”.10 Apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, eram ferrenhos guardiões da Lei de Moisés, acabando no tempo de Herodes, o grande, sendo chamados de “separados”. A este grupo pertencia os “escribas”, homens que copiavam, e, portanto, conheciam a Lei. Reconhecidos como os “separados”, os “puritanos”, os “zelotes”, evoluíram *

Após a revolta dos macabeus, a dinastia dos asmoneus passou a governar a Judéia. 10. DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1997, p. 604.

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HERESIOLOGIA I até chegarem ao fariseu tradicionalista e exclusivista da época de Jesus. Atualmente a palavra fariseu tornou-se sinônimo de hipócrita e fingido, até os dias de hoje. O historiador judeu Flávio Josefo diz que “a maneira de viver dos fariseus não era nem mole nem cheia de delícias; era simples. Eles se apegam obstinadamente ao que se persuadem dever abraçar. Honram de tal modo os velhos que não ousam nem mesmo contradizê-los. Atribuem ao destino tudo o que acontece, sem, todavia tirar ao homem o poder de nele consentir; de sorte que, tudo sendo feito por ordem de Deus, depende, no entanto, da nossa vontade, entregando-nos à virtude ou ao vício. Eles julgam que as almas são imortais, que são julgadas em outro mundo e recompensadas ou castigadas segundo forma neste, viciosas ou virtuosas; que umas são eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida e que outras voltam a esta. Eles granjearam por essa crença, tão grande autoridade entre o povo, que segue os seus sentimentos em tudo o que se refere ao culto de Deus e às orações solenes que lhe são feitas. Assim, cidades inteiras dão testemunho de sua virtude, de sua maneira de viver e de seus discursos”.11 2.2 OS SADUCEUS

No grego lemos “saddoukaíoi”; no hebraico “sadduquím”. O nome parece derivar de Sadoq que na Septuaginta se lê Saddouk, nome de vários sacerdotes, um dos quais vivia já no reinado de Davi (2 Samuel 15.24; 17.15; 19.11) e também depois com Salomão: “... e a Zadoque, o sacerdote, pôs o rei em lugar de Abiatar” (1 Reis 2.35). A linhagem de Zadoque permaneceu no sumo-sacerdócio até o cativeiro babilônico (1 Crônicas 6.8-12). Mesmo assim, a identificação dos saduceus com os zadoquianos não é certa, de modo algum, e há tradições conflitantes quanto à origem deles. Seus pontos de vistas religiosos e teológicos resultaram do seu manuseio conservador e literal da Lei do Antigo Testamento (o Pentateuco). Eram oponentes amargos dos fariseus, tinham suas próprias tradições e métodos de hermenêuticos, recusando os preceitos orais tradicionais dos fariseus, a recompensa como o castigo 11. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Obra Completa. 5ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 415.

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HERESIOLOGIA I pós-morte, a existência de anjos, espíritos e a ressurreição. Esses motivos despertavam os saduceus à oposição contra Jesus. No livro História dos Hebreus diz que “a opinião dos saduceus é que as almas morrem com o corpo; que a única coisa que nós somos obrigados a fazer é conservar a lei e é um ato de virtude não querer exceder em sabedoria aos que no-la ensinam. Os desta seita são em pequeno número, mas é composta de pessoa da mais alta condição”.12 2.3 OS ESSÊNIOS

No grego “Essênoi, Essaioi, Ossaioi”; no aramaico “asên, asayyâ”, plural de “asê, asyâ”, “curador”. O nome se justifica porque possuíam realmente um conhecimento avançado da medicina.13 Estabeleceram-se na praia ocidental do mar Morto, vivendo em comunidade, constituindo-se importante movimento judaico. Provavelmente, floresceram entre o século II a.C. e o século II d.C. ou mais, embora não apareçam no Novo Testamento, pois viviam no deserto. Eram separatistas, no sentido radical de se considerarem os únicos verdadeiros filhos de Israel, mantendo-se completamente isolados dos seus compatriotas. O Novo Dicionário da Bíblia se utilizando Plínio declara que os essênios vivam no lado ocidental do Mar Morto, acima de Engedi.14 Esta localização entre Jericó e Engedi, é desértica onde se localizavam as ruínas de Qumran. A referência de Plínio é decisiva para identificação da seita de Qumran como os essênios, na ausência de contra-argumentos consistentes. Não se conhece nenhuma outra seita surgida no século II a.C. que possa ser associada à comunidade do deserto. A arqueologia não revelou nenhuma outra povoação no período em estudo. Hershel Shanks, presidente da Sociedade Bíblica de arqueologia nos diz que “os essênios de Qumran eram um grupo sacerdotal; seu chefe era sacerdote; o arquiinimigo da seita era um sacerdote, usualmente designado como o Sacerdote Ímpio. Existem razões para se acreditar que a seita adotava um esquema de sacri12. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Obra Completa. 5ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 415. 13. SILVA, Esequias Soares da. Manual de Apologética Cristã. São Paulo: CPAD, 2002, p. 24. 14. DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1997, p. 550.

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HERESIOLOGIA I fícios em sua comunidade de Qumran. De qualquer forma, a comunidade estava atenta às tradições sacerdotais, às leis cerimoniais, às ordens dos sacerdotes e ao calendário litúrgico; muitas de suas composições refletem seu interesse quase obsessivo pela ortopraxia sacerdotal (ou seja, a correta prática e observância ortodoxa). A comunidade se referia aos seus sacerdotes como ‘filhos de Zadoque’, isto é, membros da antiga linhagem de sumos sacerdotes estabelecida nas escrituras”.15 Segundo Josefo “a terceira seita, atribuem e entregam todas as coisas, sem exceção, à providência de Deus. Crêem que as almas são imortais, acham que se deve fazer todo o possível para praticar a justiça e se contentam em enviar suas ofertas ao templo, sem lá ir fazer os sacrifícios, porque eles o fazem em particular, com cerimônias ainda maiores. Seus costumes são irreprocháveis e sua única preocupação é cultivar a terra. Sua virtude é tão admirável que supera de muito a de todos os gregos e os de outras nações, porque eles fazem disso todo o seu empenho e preocupação, e a ela se aplicam continuamente. Possuem todos os bens em comum, sem que os ricos tenham maior parte do que os pobres; seu número é de mais de quatro mil. Não tem mulheres, nem criados, porque estão persuadidos de que as mulheres não contribuem para o descanso da vida; quanto aos criados, é ofender a natureza, que fez todos os homens iguais, querer sujeitá-los; assim, eles se servem uns dos outros e escolhem homens de bem da ordem dos sacrificadores, que recebem tudo o que eles recolhem do seu trabalho e têm o cuidado de dar alimento a todos”.16

15. SHANKS, Hershel. Para compreender os manuscritos do Mar Morto. Rio de Janeiro: Imago, 1993, p. 27. 16. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Obra Completa. 5ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 415.

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HERESIOLOGIA I

3 PORQUE ESTUDAR AS FALSAS DOUTRINAS Muitos julgam desnecessário o estudo dessa matéria e perguntam por que se devem estudar as falsas doutrinas, afirmando que não lhes interessa estudar heresias, mas apenas a Palavra de Deus. Não queremos criticar os que agem dessa forma, todavia julgamos necessário, dentre muitos outros motivos algumas razões para o estudo das falsas doutrinas: 3.1 NOS CAPACITA A DEFESA PRÓPRIA

Inúmeras entidades religiosas capacitam seus adeptos para ir ao campo à procura de novos adeptos. Algumas se especializaram em trabalhar com os evangélicos, principalmente os recém convertidos. Os cristãos necessitam se informar acerca do que os vários grupos ensinam, para assim poder refutá-los biblicamente (Tito 1.9); 3.2 PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

O cristão é individualmente responsável pela busca do conhecimento da verdade e pelo combate a mentira. Um rebanho bem informado e instruído não dará problemas. Necessitamos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso bíblico mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade será útil para proteger os novos convertidos dos ataques das seitas;

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HERESIOLOGIA I 3.3 NOS AUXILIA NA EVANGELIZAÇÃO

Não sabemos quais os tipos de pessoas que iremos encontrar, o fato de sabermos de antemão seu credo e suas doutrinas nos facilita a apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Um fator essencial é que o cristão procure “apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 timóteo 2.15). Existem entre os sectários várias pessoas sinceras que precisam se libertar e conhecer a Palavra de Deus. Os adeptos das seitas em sua maioria desconhecem a Palavra de Deus, seguindo os ensinos de sua denominação ou líder. Se estivermos preparados para abordá-los e demonstrar a verdade em sua própria Bíblia, poderemos com a ajuda do Espírito Santo ganhá-los para reino de Deus; 3.4 NOS AJUDA A CUMPRIR A GRANDE MISSÃO

Fazer o trabalho de missões requer muito mais que se deslocar de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos estar capacitados teologicamente e também culturalmente para melhor semear a Palavra de Deus. Conhecer a cultura onde vamos semear o Evangelho é de suma importância, pois em cada país existe a religiosidade nativa. Conhecer de antemão tais elementos nos dará condições para alcançá-los com adequação.

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HERESIOLOGIA I

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ASPECTOS HISTÓRICOS As seitas e suas devidas heresias de hoje como bem disse o Dr. Van Baalen “são as contas vencidas da Igreja”. Todo instrumental teológico, para se entender a questão da heresia no seio da Igreja de ontem e de hoje, é fornecido pela história da mesma, que deixou um legado para se detectar que a confusão que reina hoje, no tocante a heresias (seitas), muitas vezes não passa de uma repetição de idéias que no passado surgiram no transcurso da igreja. A história da teologia cristã, portanto, é a história da reflexão sobre a natureza de Deus e da revelação que Ele fez de si mesmo, na pessoa de seu filho Jesus Cristo, e sobre muitas outras crenças ligadas à salvação. Essa preocupação com a salvação ficou evidente principalmente nas etapas formativas e reformativas do desenvolvimento da doutrina cristã. Os grandes debates sobre o que se deveria crer em relação a Deus, Jesus Cristo, ao pecado e à graça que consumiam a atenção dos primeiros pais da igreja, entre aproximadamente 330 e 500, basicamente visavam resguardar e proteger o evangelho da salvação. Desde o apóstolo Paulo, houve a necessidade de um confronto dos cristãos com os judeus e gregos legalistas. Na cidade de Corinto, Paulo se confrontou com os gnósticos, o que representou a primeira grande crise interna que a comunidade cristã-gentia teve de enfrentar. Nos primeiros séculos, a Igreja teve que se confrontar como montanismo, donatismo, pelagianismo, arianismo, iconoclastia e outros movimentos considerados heréticos e contrários à sã doutrina. Foi a partir do 2º século que começaram as maiores divergências ou controvérsias em relação às doutrinas sobre Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. O primeiro herege mencionado em Atos 8.9-25 foi Simão, o mago, que quis comprar a força 57

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HERESIOLOGIA I do Espírito Santo, atitude que deu origem a simonia, 17 sempre condenada. Após Simão aparece Marcião (ou Marción), que pretendia a reforma da Igreja judaizada. Repudiava o Antigo Testamento, constatando que o Antigo Testamento não apresentava os traços de misericórdia do Deus anunciado por Jesus Cristo, distinguiu, então o Deus benévolo e Pai de Jesus, que salva livremente e por amor, do Deus vingador e iroso do Antigo Testamento, Senhor deste mundo. No esforço de afastar e eliminar do cristianismo todos os elementos judaicos das Escrituras do Novo testamento, com o objetivo de “desjudaizar” a religião cristã, Marcião depura dos escritos neotestamentários os evangelhos de Marcos, Mateus e João. Elabora pessoalmente um cânone contextos selecionados de Lucas e da tradição paulina. De seu contato com os gnósticos, aceitou dois deuses. Marcião impôs uma moral rígida, austera, interditando o matrimônio, o vinho e o uso de carne. Desprezou também a criação, a matéria e o corpo, repudiando a ressurreição dos mortos. Outro movimento herético surgido nos primórdios do cristianismo foi o gnosticismo, cujo objetivo foi confundir a fé dos primeiros cristãos, pois objetivava transformar o cristianismo em mistérios sincretistas, reunindo elementos filosóficos e religiosos, oriundos do Oriente, e fundido-os com o cristianismo. O nome provém da palavra grega gnosis, que significa “conhecimento” ou “sabedoria”. Em resumo acreditavam ser a matéria, incluindo o corpo, uma prisão inerentemente limitante ou até mesmo um obstáculo maligno para a boa alma ou espírito do ser humano e que o espírito, essencialmente divino, uma “centelha de Deus”, habitava o túmulo do corpo. Para todos os gnósticos, a salvação significava alcançar um tipo especial de conhecimento que não seria geralmente conhecido pelos cristãos comuns nem sequer estaria a sua disposição. Tal gnosis ou conhecimento, implicava reconhecer a verdadeira origem celestial do espírito, sua natureza divina essencial, como uma parte do próprio ser de Deus (como afirmam hoje os adeptos da Nova Era). O montanismo surgiu na Frígia, no século 2º, cujo líder chamava-se Montano, identificado como o “parácleto”. Seus adeptos chamavam esse movimento de 17. Tráfico de coisas sagradas ou espirituais, tais como sacramentos, dignidades, benefícios eclesiásticos, etc. Dicionário Aurélio.

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HERESIOLOGIA I Nova Revelação e Nova Profecia e seus oponentes de Montanismo. Montano reuniu em volta de si um grupo de seguidores em Papuza e construiu ali uma comunidade. Duas mulheres, Priscila e Maximila, uniram-se a ele e o trio passou a profetizar. A característica mais excêntrica do montanismo foi sua mensagem escatológica: o breve retorno de Cristo e a inauguração de Jerusalém celestial. Aqui fica uma advertência: sempre e onde quer que for que a profecia de um líder espiritual for elevada a uma posição igual ou superior às escrituras, lá estará o montanismo em ação. O donatismo foi outra heresia que surgiu no seio da Igreja nascente e que provocou um verdadeiro cisma na Igreja em 312. O líder principal e o teólogo incentivador chamavam-se, ambos, Donato. Julgavam-se, assim, os donatistas, como sendo os autênticos herdeiros da verdadeira Igreja. Isso os tornava conservadores em termos litúrgicos, nomeando seus próprios bispos, incentivava o martírio voluntário como meio eficaz de apagar os pecados cometidos após o batismo. Opunham-se ao monarquismo e continuavam usando a Bíblia africana, enquanto a Igreja romana já lia a Vulgata. Por essas razões a verdadeira Igreja era donatista, pois só ela se conservava “santa e imaculada”. Faz-te lembrar de algumas denominações da atualidade? Por exemplo, as Testemunhas de Jeová, os mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia etc. O pelagianismo surgiu para se contrapor ao gnosticismo maniqueísta. Seu principal expoente foi Pelágio, para quem o homem sozinho podia praticar o bem; não existia pecado original; era contra o batismo e a remissão dos pecados. Para ele o sacrifíco de Cristo não teve objetivo. No século 18, essas idéias foram tomadas pelo jansenismo. Doutrina atribuída a Pelágio e a Celéstio, discípulo de Pelágio: 1. 2. 3. 4. 5.

Adão foi criado mortal e teria morrido com pecado ou sem pecado; O pecado de Adão prejudicou somente a ele, e não à estirpe humana; A lei conduz ao reino tão bem quanto o Evangelho; Houve homens sem pecados antes da vinda de Cristo; As crianças recém-nascidas estão nas mesmas condições de Adão antes da queda;

6. Não é através da queda ou morte de Adão que morre toda a raça humana, 59

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HERESIOLOGIA I nem é através da ressurreição de Cristo que ele ressurgirá. Ainda outros pontos foram levantados contra ele, sob fiança de seu próprio nome: - que o homem, querendo-o, pode estar sem pecado; - que as crianças, mesmo morrendo sem batismo, gozam a vida eterna; - que os ricos, ainda que batizados, não terão méritos em qualquer caridade que façam, a menos que abandonem tudo o que possuem; do contrário, não entrarão no Reino de Deus.18 Celéstio foi combatido no Sínodo de Cartago, em 412 d.C., e condenado. Pelágio foi combatido na Palestina por Jerônimo, mas dois sínodos, em 415 d.C., aprovaram sua doutrina. A Igreja Africana negou seu reconhecimento às decisões da Palestina. Dois sínodos, em 416 d.C., novamente condenaram Celéstio, no que foram aprovados por Inocêncio I. Mas, morrendo o Papa Inocêncio, seu sucessor, o Papa Zósimo, deu apoio a Pelágio e Celéstio. O concílo de Cartago, porém, definitivamente condenou as idéias pelagianas. Mais uma vez conseguiram-se editos imperiais contra os hereges e, finalmente, Zósimo concordou com o ponto de vista africano. Muitos bispos,no entanto, subscreveram com reticências e dezoito foram depostos. O arianismo perturbou o cristianismo por muitos anos e foi muito perigoso. Seu fundador foi Ário, pormenores de sua vida são desconhecidos, talvez tenha nascido na região da África do Norte onde atualmente está a Líbia. A controvérsia surgiu na cidade de Alexandria, quando Licínio ainda governava no leste e Constantino no oeste. Tudo começou com uma série de desacordos teológicos entre Alexandre, bispo de Alexandria, e Ário, um dos presbíteros de mais prestígio e popularidade na cidade. Ário tinha a idéia dominante que era o princípio monoteísta, ou seja, há um só Deus eterno que não é criado, não gerado, não originado. Para Ário, o λογος (logos)19 era uma espécie de energia divina que encarnara no homem Jesus, e esse λογος teve um princí18. BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 1998, p. 104. 19. λογος (logos) é traduzido por Verbo em João 1.1: “No Princípio era o Verbo (logos)”.

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HERESIOLOGIA I pio, um começo, uma criação. O verbo, numa certa altura da história, foi criado por Deus, se bem que antes de toda criação. Jesus não tinha essência divina, pois o λογος encarnou no homem Jesus que é uma criatura, sendo a primeira criatura feita por Deus Pai, e portanto uma criatura não pode ter a mesma essência/substância do Criador. Para Ário Jesus é um ser mutável e foi chamado filho de Deus devido sua glória futura, a qual foi escolhido. O Filho não tem como ser igual ao Pai, mas está acima de todas as outras criaturas inclusive o homem, por isso não é errado venerar o Filho. Ário via em Jesus um ser intermediário entre Deus e os homens, mas Deus é somente o Pai que é Uno e Indivisível. Ele abalou a época com suas idéias, porém não fora com argumentos vazios, mas fundamentou-se nas Escrituras para apoiar a sua idéia. Assim estava formado o conflito e se tornou público quando Alexandre reunido no sínodo em Alexandria em 318 condenaram Ário e seus ensinos a respeito de Cristo como heréticos e depuseram de sua condição de presbítero. Foi ele obrigado a deixar a cidade. Inconformado buscou consolo de seu antigo amigo Eusébio de Nicomédia, que já era bispo influente. Ambos começaram a persuadir os bispos que não compareceram ao sínodo de Alexandria. Logo houve protestos populares na cidade de Alexandria, onde o povo marchava pelas ruas cantando as máximas teológicas de Ário. Os bispos a quem havia escrito responderam que Ário estava com a razão e que Alexandre estava ensinando doutrinas falsas. O imperador Constantino resolveu intervir enviando o bispo Ósio de Córdoba, seu conselheiro em assuntos eclesiásticos, para que tentasse reconciliar este conflito. Ósio constatou que as raízes teológicas do conflito eram profundas e que a questão não poderia ser resolvida individualmente. Diante desse fato, o Imperador ordenou que todos os bispos cristãos comparecessem para deliberar a respeito da pessoa de Cristo e a Trindade, em uma reunião que ele presidiria em Nicéia, em 325. A grande assembléia realizou-se com a presença de 318 bispos católicos e, somente 22 eram declaradamente arianos desde o início.20 O próprio Ário não obteve licença para participar do concílio por não ser bispo. Foi representado por Eusébio de Nicomédia e Teogno de Nicéia. Alexandre de Alexandria dirigiu o 20. AGOSTINHO, Santo. A Trindade. São Paulo: Editora Paullus. 2ª ed. 1994, p. 11.

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HERESIOLOGIA I processo jurídico contra Ário e o arianismo sendo auxiliado por seu jovem assistente Atanásio, que viria a sucedê-lo no bispado de Alexandria poucos anos depois. Neste concílio chegou-se a seguinte fórmula, conhecida como Credo de Nicéia: Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância21 do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado não feito, de uma só substância22 com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem23, e sofreu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente deve vir para julgar os vivos e os mortos; e no Espírito Santo. E a todos que dizem: “Ele era quando não era”, e “Antes de nascer, Ele não era”, ou que “foi feito do não existente”,24 bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus “de outra substância ou essência”, ou “feito”, ou “mutável”,25 ou “alterável “26 a todos esses a Igreja Católica e Apostólica anatematiza.27 Com este credo, que depois foram acrescentadas diversas cláusulas – e foram tirados os anátemas do último parágrafo – se tornou a base do que hoje chamamos de Credo Niceno, o credo cristão universalmente mais aceito.

21. Ek tes oysías toy patrós – “do mais intímo ser do Pai” – unido inseparavelmente. 22. Homooysion to patrí – ser único intimamente com o Pai; embora distintos em existência, estão essencialmente unidos. 23. Enanthôpésanta – tomando sobre si tudo aquilo que faz homem ao homem, alargando sarkôthénta, “fez-se carne”; ou, talvez, “viveu como homem entre os homens”, alargando e salvaguardando o credo de Cesaréia “viveu entre os homens”, em anthrôpis politeysámenon. Mas isto parece menos provável. 24. Eks oyk óntôn –“do nada”. 25. Isto é, moralmente mutável. 26. Isto é, moralmente mutável. 27. BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 1998, p. 62.

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HERESIOLOGIA I

5 CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIAS DE UMA SEITA Existem várias características comuns às seitas falsas, destacaremos alguns que entendemos serem essenciais: 5.1 TÊM OUTRAS FONTES DOUTRINÁRIAS ALÉM DA BÍBLIA Em algumas seitas a Bíblia é respeitada, mas sempre acrescentada de interpretações de seu profetas ou fundadores. A evidência é que a Bíblia apenas não basta, o grupo acrescenta algo à Bíblia. Os escritos de seus líderes tornam-se regras de fé igualmente os escritos sagrados da Bíblia, negando a autoridade única das Escrituras. Por exemplo: 5.1.1 A Igreja Adventista do Sétimo Dia As visões de Ellen Gould White constituem o cânone do Adventismo; suas revelações são consideradas como o “dom de profecia”. Seus adeptos acreditam que os escritos de Ellen Gould White são inspirados tanto quanto os livros da Bíblia o foram. Afirmam: “Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas”.28 28. Revista Adventista (fevereiro/1994), p. 37.

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HERESIOLOGIA I Essa declaração é altamente comprometedora. Várias profecias proferidas e escritas por Ellen White não se cumpriram. Certo escritor adventista de renome assim se pronunciou sobre Ellen Gould White: “Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato. A irmã White jamais escreveu uma inverdade nem fez predições que não se cumprissem”.29 Vejamos uma dessas predições para verificarmos se estão elas dentro do padrão do escritor mencionado: A Porta da Graça Fechada “Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo. Este ponto de vista foi adotado antes de minha primeira visão. Foi à luz a mim concedida por Deus que corrigiu o nosso erro, e habilitou-nos a ver a verdadeira atitude”.30 5.1.2 As Testemunhas de Jeová (TJ) Acreditam que somente com a interpretação do Corpo Governante (diretoria das Testemunhas de Jeová, formada por um número variável entre 9 e 14 pessoas, nos Estados Unidos da América), a Bíblia será entendida. Afirma o Canal de comunicação de Jeová (o Corpo Governante): “Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida”.31 “A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia”.32 Com estas palavras, acreditam que a Bíblia não pode ser entendida sem a revista A Sentinela e sem a Sociedade Torre de Vigia. 29. Subtilezas do Erro, p. 30, 42. 30. Mensagens Escolhidas,. Vol I, p. 63. 31. A Sentinela, de 1º de setembro de 1991, p. 19.

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HERESIOLOGIA I

5.1.3 Os mórmons Em suas regras de fé (nº 8) afirmam: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que esteja traduzida corretamente; também cremos ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus”. Embora isso pareça dar entender que os mórmons confiam na Bíblia, na verdade eles acreditam que ela foi adulterada e corrompida. Asseveram que o Livro de Mórmon é a palavra de Deus enquanto que a Bíblia contém a palavra de Deus.Outros livros também são considerados inspirados como: Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Convênios. Ouçamos o que talmage, um dos apóstolos mórmons, declarou: “a Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aceita a Bíblia como o principal de seus livros canônicos, o primeiro entre os livros que foram proclamados, como sua norma escrita quanto à fé e doutrina. Quanto à santidade com que consideram a Bíblia, os Santos dos Últimos Dias professam o mesmo que as denominações cristãs em geral, porém se distinguem delas por também admitirem como autênticas e santas outras Escrituras que concordem com a Bíblia e servem para apoiar e fazer ressaltar seus fatos e doutrinas”.33 5.1.4 Os Meninos de Deus (A Família) Chegaram ao Brasil em 1973. Suas escrituras básicas são as Cartas de Mo escritas por seu líder cujo nome é David Brandt Berg, nascido em 1919 nos Estados Unidos. Suas doutrinas enfatizam Berg como o único profeta e afirmam que o Apocalipse já chegou; o amor livre é natural. 5.1.5 Igreja da Unificação Moon, fundador da Igreja da Unificação e escritor do livro “O Princípio Divino” afirma ser seu livro a última revelação de Deus para a humanidade. Neste livro 33. TALMAGE, James E. Um Estudo das Regras de Fé. São Paulo: Missão Brasileira, 1958, p. 220.

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HERESIOLOGIA I está escrito que “talvez desagrade os crentes religiosos, especialmente aos cristãos, aprenderem que deve surgir uma nova expressão da verdade. Acreditam que a Bíblia que agora têm é perfeita e absoluta em si mesma. A verdade, logicamente, é única, eterna, imutável e absoluta. A Bíblia, porém, não é a própria verdade, senão um livro de texto que ensina a verdade”.34 Se a Bíblia não é a própria verdade como o Rev. Moon afirma então a que deve ser comparada a Bíblia? O Princípio Divino responde: “A escritura pode ser comparada a uma lâmpada que alumia a verdade. Sua missão é espalhar a luz da verdade. Quando uma luz mais brilhante aparece, extingue-se a missão da antiga. Todas as religiões de hoje falharam em conduzir a presente geração do vale escuro da morte para o brilho da vida, de forma que deve agora surgir uma nova verdade, que possa espalhar uma nova luz”.35 De novo surge outra dúvida: Qual será o fim da Bíblia? Interpretando Mateus 24.29, o livro responde: “o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento...” explica: “Naturalmente, aqui a luz do sol significa a luz das palavras de Jesus, e a luz da lua significa a luz do Espírito Santo, que veio como o Espírito de verdade (João 16.13). Por isto, o fato de que o sol e a lua perderam sua luz significa que as Palavras do Novo Testamento faladas por Jesus e o Espírito Santo perderão a sua luz”.36 “Os cristãos de hoje, que são prisioneiros das palavras da Sagrada Escritura, certamente criticarão as palavras e a conduta do Senhor do Segundo Advento”.37 O Rev. Moon se intitula como sendo o Messias prometido nas escrituras e que suas palavras registradas no livro “Princípio Divino” são as novas revelações de Deus para a humanidade. 5.1.6 Os Espíritas Kardecistas Os espíritas têm os ensinos codificados por Denizard Hippolyte Léon Rivail (Allan Kardec) como sendo a última revelação de Deus como escreveu Allan Kardec: “A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento a tem no Cristo. O Espiritismo é a terceira Revelação da Lei de Deus, 34. O Princípio Divino. p. 7. 35. O Princípio Divino. p. 7. 36. Princípio Divino. p. 91 37. Princípio Divino. p. 398.

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HERESIOLOGIA I mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pelos Espíritos”.38 Continua ele: “Todas as verdades se encontram no Cristianismo. Os erros que nele se arraigaram são de origem humana”.39 Segundo Kardec quando seus ensinos concordam com a Bíblia ela é a Palavra de Deus, quando ao contrário, o erro foi daqueles que a interpretaram erroneamente. A Palavra de Deus nos dá uma definição clara quanto às atividades espíritas e suas origens: “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22.15; 21.8; Êxodo 22.18; Isaías 47.9; 2 Crônicas 33.6; Deuteronômio 18.10-11). Resposta Apologética – A maioria das seitas afirmam respeitar os ensinamentos da Bíblia. Muitas delas chegam a afirmar a inspiração divina das Sagradas Escrituras como nós lemos acima, mas os ensinos da Bíblia são apenas uma parcela da revelação de Deus, e que Ele tem falado, ou continua falando de uma forma extrabíblica, à parte das Escrituras, não levando em consideração a admoestação do apóstolo João em Apocalipse que diz: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22.18-19). Os adeptos das seitas por não conhecerem a Bíblia, acreditam nas doutrinas heréticas, aceitando as supostas revelações extrabíblica. Algumas vezes estas revelações acontecem por intermédio de um anjo, de um sonho ou de uma visão, cujas palavras têm a mesma autoridade, ou maior autoridade do que as Santas Escrituras. Porém, para nós cristãos, a Palavra de Deus é a revelação final e completa de Deus e não pode ser substituída por qualquer outra revelação. O apóstolo Paulo preocupado com a igreja da Galácia escreveu: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que 38. Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo.Obra Completa. São Paulo: Editora Opus, p. 534. 39. Kardec, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo.Obra Completa. São Paulo: Editora Opus, p.564.

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HERESIOLOGIA I já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1.6-8). Precisamos dedicar-nos ao estudo sistemático da Palavra de Deus para podermos estar “... sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3.15). A Bíblia nos chama a apresentarmos “a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15). Questionar a Bíblia é questionar a autoridade e a fidelidade de Deus e de nosso Senhor Jesus (Números 23.19; Isaías 55.11; Jeremias 1.11-12; Mateus 22.29; 24.35). 5.2 A TRINDADE NÃO É O CENTRO DAS ATENÇÕES

As seitas não dão o devido valor à doutrina da Trindade, ou chegam mesmo a negá-la inteiramente. O grupo subtrai algo da pessoa do Espírito Santo, do Senhor Jesus, e de Deus Pai. A. O Espírito Santo Igreja da Unificação (do Rev. Moon) No livro “Princípio Divino” da Igreja da Unificação se lê: “Contudo, somente um pai não pode ter filhos. Deve haver uma Verdadeira Mãe com o Verdadeiro Pai, a fim de darem renascimento aos filhos decaídos como filhos do bem. Ela é o Espírito Santo. É por isso que Jesus disse a Nicodemos que quem não nascer de novo pelo Espírito Santo não pode entrar no Reino de Deus (João 3.5). Há muitos que recebem revelações indicando que o Espírito Santo é um Espírito feminino”.40 Testemunhas de Jeová Ensina a Sociedade Torre de Vigia: “Quanto ao Espírito Santo, a suposta terceira Pessoa da Trindade, já vimos que não se trata duma pessoa, mas da força ativa de Deus. João, o Batizador, disse que Jesus batizaria com espírito santo, assim como João batizava em água. Portanto, assim como a água não é pessoa, tam40. Princípio Divino. p. 162.

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HERESIOLOGIA I pouco o espírito santo é pessoa”.41 Dizem que o Espírito Santo não é uma pessoa inteligente, mas sim uma força impessoal, invisível e ativa. Assim, o Espírito Santo nada mais é do que um poder ou influência de Deus para executar a sua vontade. Legião da Boa Vontade O que é a LBV? Responde Paiva Neto: “é a Religião de Deus, trazida pessoalmente por Jesus e confiada ao Espírito Santo – os Espíritos que já se santificaram e são os Guias Espirituais da Humanidade”.42 E quem é o Espírito Santo? Ele também responde: “Já sabeis que, sob a designação simbólica de ESPÍRITO SANTO, se compreende o conjunto dos Espíritos do Senhor”.43 Diz ainda que o Espírito Santo é uma falange “dos Espíritos Puros que formam o Espírito Santo...”.44 Para a LBV o Espírito Santo são vários espíritos que passaram por várias reencarnações para se cheguem ao estado de “Espírito Puro” e depois a reunião coletiva deles formam o “Espírito Santo”. Espiritismo Kardecista Observe esta declaração de Kardec: “Reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda acha-se por essa forma realizada, porque, de fato, ele é o verdadeiro Consolador”.45 Para Kardec o “consolador é... a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora”.46 Ele entendia que os ensinos de Jesus não foram completos e que o Espiritismo sendo o “consolador” suplantou o cristianismo e ainda “tendo raízes em todas as crenças converterá a humanidade”.47

41. 42. 43. 44. 45. 46. 47.

Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra. STV. p. 40. NETO, Paiva. O LIVRO DE DEUS, p. 114. NETO, Paiva. A Saga de Alziro Zarur II, p. 197. NETO, Paiva. LIVRO DE DEUS, p. 213. Kardec, Allan. A Gênese. Obras Completas. São Paulo: Editora Opus, p. 888. Kardec, Allan. A Gênese. Obras Completas. São Paulo: Editora Opus, p. 1042. Kardec, Allan. A Gênese. Obras Completas. São Paulo: Editora Opus, p. 1042.

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HERESIOLOGIA I Ciência Cristã (Mary Baker Eddy) “Nas palavras de S. João: ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. Esse Consolador, no meu entender, é a Ciência Divina”.48 A declaração de que o Espírito Santo é a Ciência Cristã se assemelha ao ensino espírita sobre o prometido Consolador. Igreja Apostólica “Vó Rosa” A Igreja Apostólica surgiu depois de 1954, em São Paulo, através de um trabalho do missionário norte-americano William Scheiffer. Posteriormente substituído por Eurico Mattos Coutinho, que se auto-proclamou bispo e começou a dar ênfase à Virgem Maria, por causa de muitos católicos interessados. Sua Conselheira, Sra. Rosa, proclamou-se profetisa sendo mais tarde identificada com o próprio Espírito Santo. Seus seguidores afirmam, com muita ênfase, que o CONSOLADOR prometido é a pessoa da “Santa Vó Rosa”. Desde quando esta faleceu num acidente de trânsito na cidade de Poá, Estado de São Paulo no dia 26 de outubro de 1970, com 76 anos de idade, os líderes interpretam sua morte como um “arrebatamento” 49 e ensinam que: “Jesus cumpriu sua promessa enviando o Consolador, a Santa Vó Rosa, que, através da Igreja Apostólica, tem convencido a muitos a respeito da verdade, da justiça e do juízo divinos”.50 “A Santa Vó Rosa nasceu nesta terra para se tornar o Espírito Consolador enviado pelo Pai”.51 Nada se pode falar contra a “Santa Vó Rosa, o Consolador”, pois abrir a boca ou escrever criticando seus ensinos é cometer o pecado imperdoável: a blasfêmia contra o Espírito Santo. “Um pregador, por exemplo, que não creia na doutrina tal qual nós ensinamos nesta igreja, se ele não abrir a sua boca para combatê-la, e se não tomar atitude de oposição, não chegará a blasfemar; mas se o fizer, ainda que seja com o intuito de defender seu povo de vista, irá blasfemar contra o Espírito Santo que nos ensina a pregá-la. Se pregar contra a Santa Vó Rosa, peca contra o Espírito Santo a quem Ela representa”.52 48. EDDY, Mary Baker. Ciência e Saúde com a Chave das escrituras, p. 55. 49. Igreja Apostólica, Nossa história, Nossas vitórias. p. 71 50. O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 60. 51. Igreja Apostólica, Nossa história, Nossas vitórias. p. 13. 52. O Espírito Santo de Deus e o Consolador, p. 152.

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HERESIOLOGIA I Resposta Apologética: É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo em suas vidas. Ele convence-nos do pecado (João 16.7-8), revela-nos a verdade a respeito de Jesus (João 14.16,26), realiza o novo nascimento (João 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1 Coríntios 12.13). Na conversão, os cristãos recebem o Espírito Santo (João 3.3-6; 20.22) e se torna co-participantes da natureza divina (2 Pedro 1.4). O Espírito Santo passa a habitar no crente, influenciando sua vida de modo a viver uma vida santa (Romanos 8.9; 1 Coríntios 6.19), longe do pecado (Romanos 8.2-4; Gálatas 5.16-17; 2 Tessalonicenses 2.13). Ele testifica que somos filhos de Deus (Romanos 8.16), ajuda-nos na adoração a Deus (Atos 10.45-46; Romanos 8.26-27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a Deus (Romanos 8.26-27). Nos guia em toda a verdade (João 16.13; 14.26; 1 Coríntios 2.10-16), nos consola e ajuda (João 14.16; 1 Tessalonicenses 1.6). Examinaremos agora alguns ensinamentos bíblicos a respeito da pessoa do Espírito Santo: Ao atribuir-lhe personalidade, verifica que Ele não é uma energia impessoal, é um ser pessoal, inteligente, com vontade e determinação próprias. Que o Espírito Santo é uma pessoa, fica evidente pelas atribuições que a Palavra de Deus faz a Ele, como lemos: Ele sonda as coisas profundas de Deus Pai – 1 Coríntios 2.10; Ele fala – Mateus 10.20; Atos 8.39; Atos 10.19-20; Atos 13.2; Apocalipse 2.7; Ele ensina – Lucas 12.12; João 14.26; 1 Coríntios 2.13; Ele conduz e guia – João 16.13; Romanos 8.14; Ele intercede – Romanos 8.26-28; Ele dispensa dons – 1 Coríntios 12.7-11; 71

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HERESIOLOGIA I

Ele chama homens para o seu serviço – Atos 13.2; Atos 20.28; Ele se entristece – Efésios 4.30; Ele dá ordens – Atos 16.6-7; Ele ama – Romanos 15.30; Ele pode ser resistido – Atos 7.51. A palavra hebraica para Espírito é “ruach” que pode ser traduzida por “Espírito de Deus”, “Espírito de YAHWEH”, “teu Espírito”, “Espírito Santo”, “espírito do homem”, “vento”, “sopro” e “respiração”. A Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, traduziu “ruach” pela palavra grega “pneuma”, que é um substantivo neutro. Logo, ele não pode ser considerado uma mulher como afirma o Rev Moon. Ele é revelado com sua própria individualidade (2 Coríntios 3.17-18; Hebreus 9.14; 1 Pedro 1.2). O Espírito Santo é uma Pessoa Divina como o Pai e o Filho como afirma as Escrituras: “... para que mentiste ao Espírito Santo, retendo parte do preço da propriedade?... Porque formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4), não é mera influência ou poder. B. Jesus Cristo As Testemunhas de Jeová Acreditam que Jesus seja o arcanjo Miguel, como se lê em uma de suas literaturas: “Jeová criou querubins, serafins e muitos outros anjos para fazerem a sua vontade nos céus. Jesus Cristo é o Arcanjo sobre e acima de todos esses”.53 53. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. STV. p. 40.

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HERESIOLOGIA I Maçonaria Vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando também o Antigo Testamento, que o mencionava como Messias. Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo. A Legião da Boa Vontade (LBV) Subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo que ele “jamais afirmou que fosse Deus”.54 Espíritas Kardecistas No livro Obras Póstumas, Allan Kardec fez um estudo sobre a natureza de Cristo de quatorze páginas, com a intenção de provar que Jesus não era Deus. Ao final ele afirma: “Se Jesus ao morrer, entrega sua alma nas mãos de Deus, é que ele tinha uma alma distinta da de Deus, subordinada a Deus e, portanto ele não era Deus”.55 Resposta Apologética: Saber quem é Jesus Cristo é algo tão importante quanto o que Ele fez. Muitos acreditam que ele esteve na terra, fez muitos milagres e muitas outras coisas. A dificuldade para alguns é quem é Cristo? Que tipo de pessoa Ele é? A Bíblia afirma ser a autoridade final na determinação de questões doutrinárias (2 Timóteo 3.16-17). A Palavra de Deus não permite novos ensinamentos que possam alterar seu conteúdo ou fazer-lhe acréscimos. O apóstolo Paulo disse: “Mas, ainda 54. ZARUR, Alziro. Doutrina do céu da LBV. p. 108, 112. 55. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Ed. Opus. Obras Completas. p. 1146.

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HERESIOLOGIA I que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gálatas 1.8). Ao considerar a divindade de Cristo, a questão não reside em “se é fácil crer nessa divindade, ou mesmo compreendê-la”, mas se ela é ensinada na Palavra de Deus. A Bíblia ensina que Deus não pode ser compreendido pela mente humana (Jó 11.7; 42.2-6; Salmos 145.3; Isaías 40.13; 55.8-9; Romanos 11.33). Assim sendo devemos permitir que Deus dê a ultima palavra a respeito de si mesmo, quer possamos ou não compreendê-la inteiramente. A Bíblia ensina que Jesus é Deus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas forma feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3; 20.28; Tito 2.13; 1 João 5.20). Jesus Cristo conferiu para si os nomes e títulos dados a Deus no Antigo Testamento e também permitiu que outros assim o chamassem. Quando Jesus reivindicou esses títulos divinos, os principais dos judeus ficaram tão irados que tentaram matá-lo por blasfêmia. Ele reivindicou para si o nome mais respeitado pelos judeus, tido como tão sagrado que eles sequer o pronunciavam: YHWH. Deus revelou pela primeira vez o significado desse nome ao seu povo. Depois de Moisés haver lhe perguntado por qual nome deveria chamá-lo, “ E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3.14). “EU SOU” não é a tradução de YHWH. Todavia, trata-se de um derivado do verbo “ser”, do qual também deriva o nome divino YAHWEH (YHWH) em Êxodo 3.14. Portanto, o título “EU SOU O QUE SOU” indicado por Deus a Moisés é a expressão mais plena de seu ser eterno, abreviado no versículo 15 para o nome divino YHWH. A Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento hebraico, traduziu o primeiro uso da expressão “EU SOU” em Êxodo 3.14 por “ego eimi” no grego. Em várias ocasiões Jesus empregou o termo “ego eimi” referindo-se a si mesmo, na forma unicamente usada para Deus. Um exemplo claro é aquele em que “disseram-lhe pois os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? Disse:lhe Jesus:: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou. (no grego: “ego eimi”). Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.” (João 8.57-59). Jesus atribuiu esse título a si mesmo também em outras ocasiões. Neste mesmo capítulo Ele declarou: “ Por 74

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HERESIOLOGIA I isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque, se não crerdes que eu sou (no grego: “ego eimi”), morrereis em vossos pecados” (João 8.24). Disse ainda: “Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, (no grego:“ego eimi”) e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.” (João 8.28). Quando os guardas do templo, juntamente com os soldados romanos foram prendê-lo na noite anterior à crucificação, Jesus perguntou-lhes: “A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu (no grego: ego eimi”). Quando Jesus lhes disse: Sou eu (no grego: “ego eimi”), recuaram e caíram por terra” (João 18.4-6). Não resta dúvida quanto a quem os líderes judaicos pensavam que Jesus estava proclamando ser. Fica, portanto bem claro que, na mente daqueles que ouviram essa afirmação, não havia qualquer incerteza de que Jesus tivesse dito perante eles que Ele era Deus. Essas afirmações foram consideradas blasfêmias pelos líderes religiosos, e resultaram em Sua crucificação “porque se fez filho de Deus” (João 19.7). Os atributos divinos que são dados a Deus Pai também o são encontrados em Jesus, o que evidencia sua divindade, portanto o Filho é Deus como o Pai e o Espírito Santo (Mateus 28.19; 2 Coríntios 13.13; Efésios 4:4-6, 1 Jo 5.7). Veja na tabela: Atributos

Pai

Filho

Onipresença

Jr 23.24

Ef 1.20-23

Espírito Santo Sl 139.7

Onipotência

Gn 17.1

Ap 1.8

Rm 15.19

Onisciência Capacidade de Criar Eternidade

At 15.18

Jo 21.17

1 Co 2.10

Gn 1.1

Jo 1.3

Jó 33.4

Rm 16.26

Ap 22.13

Hb 9.14

Santidade

Ap 4.8

At 3.14

1 Jo 2.20

Santificador

Jo 10.36

Hb 2.11

1 Pe 1.2

Rm 6.23

Jo 10.28

Gl 6.8

Hb 1.1

2 Co 13.3

Mc 13.11

Salvador

2 Ts 2.13

Tt 3.4-6

1 Pe 1.2

Deus

Ex 20.2

Jo 20.28

At 5.3-4

Fonte de vida eterna Inspirador dos profetas

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HERESIOLOGIA I C. Deus Pai Os Mórmons Ensinam que Deus Pai já foi um homem antes de progredir até tornar-se Deus. Segundo este ensino, Deus agora é um homem exaltado, e o próprio homem pode se tornar um Deus. Um dos problemas que os mórmons têm com a afirmação de que Deus uma vez já foi homem é: se Deus uma vez já foi homem, antes de se tornar Deus, então o homem, de fato torna-se o criador, ou pelo menos o precursor em evolução de Deus, em vez de Deus ser o criador do homem. Para deixarmos bem claro qual é a verdadeira crença dos mórmons com relação à natureza de Deus, damos a seguir uma série de citações tiradas de fontes reconhecidamente mórmons, que revelam plenamente o que eles querem dizer quando falam de “Deus”. “O próprio Deus já foi como nós somos agora – ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes! Esse é o grande segredo. Se o véu se rompesse hoje, e o grande Deus que mantém este mundo em sua órbita, e que sustenta todos os mundos e todas as coisas por seu poder, se fizesse visível – digo se vós pudésseis vislumbrá-lo hoje, vê-lo-eis em forma de homem – como vós em toda pessoa, imagem e na própria forma de um homem; pois Adão foi criado à própria imagem e semelhança de Deus, e dele recebia instruções e com ele andava, falava e conversava, exatamente como um homem fala e conversa com outro”.56 “Lembrai-vos de que Deus, nosso Pai Celestial, já uma vez talvez tivesse sido uma criança, e mortal como nós somos e se elevou um passo na escala do progresso, na escola do adiantamento”.57

56. SMITH, Joseph. Ensinos do Profeta José Smith. São Paulo: SUD, p. 336. 57. HYDE, Orson. Journal of Discourses. Vol. 1, p. 123; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966.

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HERESIOLOGIA I “O Senhor criou a ti e a mim para o propósito de nos tornarmos Deuses como ele próprio”.58 “Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser”.59 “... vou contar-vos como Deus veio a ser Deus. Temos imaginado e suposto que Deus é Deus desde o todo sempre. Eu refutarei esta idéia e retirarei o véu, para que possais enxergar”.60 “Aqui, então, está a vida eterna – conhecer o único Deus sábio e verdadeiro; e tereis que aprender como vos tornar deuses vós mesmos, e como serdes reis e sacerdotes para Deus, da mesma forma como todos os deuses fizeram antes de vós, isto é, passando de um pequeno degrau para outro, de outro, de uma capacidade menos para outra maior; de graça em graça, de exaltação em exaltação, até que consigais ressuscitar os mortos e sejais capazes de habitar em fulgores eternos e de assentar-vos em glória, como aqueles que estão entronizados em poder infinito”.61 Os Mórmons acreditam que Deus tem corpo físico. Além de ensinarem que Deus é um homem exaltado, os mórmons e a doutrina mórmon afirma que Deus tem corpo visível e material. A afirmação mórmon de que Deus é um homem exaltado e que tem corpo físico tem levado os mórmons à cegueira espiritual seguindo “seu profeta” Brigham Young que “profetizou”: “Adão... é nosso Pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar”. De novo diz ele: “Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo”.62 Para corroborar esses ensinos citaremos ainda mais algumas autoridades mórmons, quanto ao assunto proposto:

58. 59. 60. 61. 62.

YOUNG, Brigham. Journal of Discourses. Vol. 3, p. 93. TALMAGE, James E. Um Estudo das Regras de Fé. São Paulo: Missão Brasileira, 1958, p. 389. SMITH, Joseph. Ensinos do Profeta José Smith. São Paulo: SUD, p. 337. SMITH, Joseph. Ensinos do Profeta José Smith; São Paulo: SUD, p. 338. YOUNG, Brigham. Journal of Discourses. Vol. 1, p. 50-51.

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HERESIOLOGIA I “O Pai possui um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem; o Filho também; mas o Espírito Santo não possui um corpo de carne e ossos; mas é um personagem de Espírito...”.63 “Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em seu filho, Jesus cristo, e no Espírito Santo. Aceitamos esses três personagens como o supremo conselho governante nos céus. O Pai e o Filho possuem tabernáculos de carne e ossos”.64 Poderíamos continuar citando passagens de muitos outros livros e publicações oficiais mórmons, mas entendemos que essas bastam para provar o fato. Resposta Apologética – De acordo com a Bíblia, Deus jamais progrediu até ser Deus; Ele sempre foi Deus. Está claro que o homem não existiu antes de Deus. Claro também está que, visto como Deus declara que jamais haverá nenhum outro Deus, os homens nunca se tornarão deuses. As Escrituras nos ensinam: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade [isto é, o passado para sempre, e para sempre futuro], tu és Deus” (Salmos 90:2); com Deus “não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tiago 1:17); “Porque eu, o Senhor, não mudo” (Malaquias 3:6); “No princípio criou Deus...” (Gênesis 1:1); “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém” (1 Timóteo 1:17). 5.3 ENSINAM O HOMEM A DESENVOLVER SUA PRÓPRIA SALVAÇÃO

Ensinam os homens a se salvarem ou a desenvolverem sua própria salvação, ou seja, pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é concebida por esforços humanos. Seicho-No-Iê Iniciada por Taniguchi Masaharu. Era adepto da seita Omotokio e se desiludiu com o movimento, depois de crer em uma profecia da restauração da terra 63. Doutrinas e Convênios. 130.22 64. SMITH, Joseph Fielding. Doutrinas de Salvação. Vol. 1.SUD, 1994, p. 1.

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HERESIOLOGIA I que não se cumpriu em 1922. Nesse mesmo ano lançou a revista Seicho-No-Iê. A obra básica do movimento contém 40 volumes, escrita por Tanaguchi, intitulada Simei no Jissô (Verdade da Vida). Em 1940 o movimento foi registrado como religião. Chegou ao Brasil em 1930 com os imigrantes japoneses, mas fortaleceu-se depois de 1951, com sede na capital paulista, desde 1955. Negam a matéria, a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que “se o pecado existisse realmente, nem os Budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo”.65 Espíritas Kardecistas Leon Dennis “o filósofo” do espiritismo moderno escreveu: “Não, a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da Humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal”.66 Kardec escreveu: “Fora da caridade não há salvação”.67 Os Mórmons Joseph Fielding Smith escreveu: “NÃO HÁ SALVAÇÃO SEM ACEITAÇÃO DE JOSEPH SMITH”.68 Outras seitas pregam deter o monopólio da salvação como a Igreja da Unificação do Rev. Moon, que despreza os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue de Jesus que verteu na cruz.69 As Testemunhas de Jeová ensinam ser impossível fazer a vontade de Deus fora da Sociedade Torre de Vigia. Uma de suas obras diz: “Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação”.70 65. Taniguchi, Masaharu Kanro no hoou I-II-II. Chuvas de nectá-reas doutrinas. São Paulo: Igreja Seicho-No-Iê do Brasil, 1979 (sem numeração de páginas). 66. DENNIS, Leon. Cristianismo e Espiritismo. Federação Espírita Brasileira. p. 85. 67. KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. Obra Completa. Federação Espírita Brasileira. p. 608. 68. SMITH, Joseph Fielding. Doutrinas de Salvação. Vol. 1. SUD, 1994, p. 206. 69. KIM, Young Moon. A teologia da Unificação. São Paulo: AES – UCM, 1986, p. 276. 70. Nosso Ministério do Reino (dezembro de 1984, p. 1). 79

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HERESIOLOGIA I Os adventistas crêem que a vida eterna só será concedida aos que guardarem a lei. A guarda obrigatória do Sábado é essencial para a salvação como escreveu Ellen G. White: “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna”.71 Resposta Apologética: A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentado como a mensagem central da Bíblia (Efésios 1.7; 1 João 1.7-9; Apocalipse 1.5). Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que “Porque pela graça sois salvo, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor. As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hebreus 12.5-11; 1 Coríntios 11.31). 5.4 DIZEM SER A ÚNICA CERTA

Uma das principais características das seitas falsas é esta, não se submeter à organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. O pseudocristianismo, em muitas de suas formas, com freqüência têm anunciado que “não existe salvação fora do seu sistema religioso”, significando, naturalmente, a sua própria organização religiosa. A maioria das religiões e seitas alega terem restaurado alguma coisa do cristianismo primitivo que os discípulos de Cristo, na atualidade deixaram de praticar, e por isso se apostataram do verdadeiro evangelho. Realmente torna-se tão fundamental essa alegação que desempenha um papel relevante na estrutura doutrinária das seitas e religiões. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. O mormonismo diz ter restaurado o evangelho, o adventismo afirma ter restaurado a guarda do sábado, a igreja internacional de cristo (movimento de Boston) diz ter restaurado a metodologia do discipulado, a igreja católica apostólica romana afirma ter restaurado a autoridade apostólica, o moonismo afirma ter restaurado a missão messiânica. Daí a ênfase de exclusividade. 71. WHITE, Ellen Gould. Testemunhos Selectos – III. 2º Edição, 1956, p. 23.

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HERESIOLOGIA I 5.5 OUTRAS CARACTERÍSTICAS

Teologia em Constante Mutação – Charles Taze Russel (Testemunhas de Jeová), Ellen Gould White (Adventista), Joseph Smith (Mórmon), William Marrion Branham (Tabernáculo da Fé) e outros já proclamaram o fim do mundo para datas específicas. Profecias Falsas – Outro distintivo das seitas, com freqüência, promulgam profecias falsas. Isso ocorre, por exemplo, com as Testemunhas de Jeová que por várias vezes profetizaram a volta de Cristo a terra nos anos de 1914, 1925, 1975, todas falharam! Sem nos esquecermos também que os adventistas afirmam que Cristo já voltou também em 1844 e também William Marrion Branham nessa mesma linhagem, em 1977. Negam a ressurreição corporal de Jesus – admitem que Jesus tenha ressuscitado apenas em espírito. Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja da Unificação, Kardecismo, outros, dizem que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenha morrido na cruz (Rosa Cruz, Islamismo etc). Lideranças fortes – Considerando-se mensageiro de Deus, seus líderes fascinam seus ouvintes afirmando possuir informações exclusivas da parte de Deus. Com isso, exercem enorme influência sobre seu grupo. Essa liderança inexorável deixa os adeptos das seitas em total dependência a elas, quanto às suas crenças, comportamento e estilo de vida. Proselitistas – Buscam adeptos não entre os necessitados, aflitos, desesperados, mas entre aqueles que iniciam a vida cristã. As seitas não medem esforços na conquista de adeptos para suas crenças ou idéias. Jesus condenou essa atitude dizendo “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós” (Mateus 23:15). 81

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HERESIOLOGIA I

6 A EVANGELIZAÇÃO DOS ADEPTOS DAS SEITAS Desde os primórdios do cristianismo até os nossos dias, o surgimento de seitas e heresias é um alerta e um desafio para os cristãos. Elas devem ser contempladas com serenidade e precaução. O próprio apóstolo Paulo afirmou: “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” (1 Coríntios 11.19. Almeida, Versão Revista e Corrigida). Um dos desafios aos cristãos é a evangelização dos adeptos das seitas, pois aquele que deseja semear a Palavra de Deus entre prosélito deve estar sua fé alicerçada em Jesus Cristo e nas doutrinas bíblicas. O pesquisador Jan Karel Van Baalen afirmou: Os adeptos das seitas são as pessoas mais difíceis de evangelizar.72 Porém não quer dizer que isso seja impossível. Nunca devemos esquecer que os adeptos de seitas são seres humanos, almas preciosas pelas quais Jesus Cristo sacrificou-se.

72. VAN BAALEN, J. K. O Caos das Seitas um Estudo Sobre os “Ismos” Moderno. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1986, p. 282.

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HERESIOLOGIA I

AVALIAÇAO DE HERESIOLOGIA

Nome_______________________________________________data ____/____/____ 1. 2. 3. 4.

O que significa a palavra seita e de onde se derivou? Cite três autores que se referiram ao termo seita na atualidade? Quais os três tipos de doutrina na Bíblia? Qual o critério adotado neste curso para se classificar uma seita?

5. 6. 7. 8.

Quais eram os grupos religiosos da época de Jesus dentro do judaísmo? Quem eram os fariseus e quais suas crenças? Quem eram os saduceus e quais suas crenças? Quem eram os essênios e quais suas crenças?

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.

Porque devemos estudar as falsas doutrinas? Qual era a crença de Marción? O que significa gnosticismo no original? Qual era a mensagem de Montano? Quais as idéias difundidas por Pelágio? Como começou o Arianismo? Qual o nome do Imperador que convocou os bispos e qual nome se deu ao credo ali estabelecido? Como é encarado a Bíblia pelas seitas? Qual a relação do Adventismo com a Bíblia? Qual a relação das Testemunhas de Jeová com a Bíblia? Qual a relação dos Mórmons com a Bíblia? Qual a relação da Igreja da Unificação com a Bíblia? O que é a Bíblia para os cristãos? Quem é o Espírito Santo para a Igreja da Unificação? Quem é o Espírito Santo para as Testemunhas de Jeová? Quem é o Espírito Santo para a LBV?

16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

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HERESIOLOGIA I 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36.

Quem é o Espírito Santo para o Espiritismo Kardecista? Quem é o Espírito Santo para os cristãos? Quem é Jesus para as Testemunhas de Jeová? Quem é Jesus para a Maçonaria? Quem é Jesus para os Espíritas Kardecistas? Quem é Jesus para os Evangélicos? Que atributos divinos que são dados a Deus Pai também o são encontrados em Jesus, e no Espírito Santo? cite cinco deles. Quem é Jesus para os Mórmons? Como é a salvação para a Seicho-No-Ie? Como é a salvação para os Adventistas? Como é a salvação para as Testemunhas de Jeová? Quais são as outras características de uma seita encontradas nesse curso?

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HERESIOLOGIA I

REFERÊNCIAS ALMEIDA, Abraão de. O Sábado, a Lei e a Graça. Rio de Janeiro: CPAD, 1997. ANDRADE, Roque Monteiro de. A Superioridade da Religião Cristã. Rio de Janeiro: Juerp, 1991. ANDRÉ, Marco. Laços da Nova Era. Minas Gerais: Editora Betânia, 1998. AVILA, Luis Carlos. O Brasil Místico: o caso rosa cruz. São Paulo: Multiletra, 1995. BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Aste, 1998. BOETTNER, Loraine. Catolicismo Romano. São Paulo: Imprensa batista Regular, 1985. BOWMAN Jr, Robert M. Porque devo crer na trindade. São Paulo: Editora Candeia, 1996. BREESE, Dave. Conheça as Marcas das Seitas. São Paulo: Editora Fiel, 1998. BUBECK, Mark I. O reavivamento satânico. São Paulo: Editora Candeia, 1993. CABRAL, J. Religiões, Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: Editora Gráfica Universal, 1992. CHANDLER, Russel. Compreendendo a Nova Era. São Paulo: Bom Pastor, 1993. COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Vol. II. São Paulo: Edições Vida Nova, 2000. DENNETT, W. D. Ganhe os muçulmanos para Cristo. São Paulo: Editora Sepal, 1993. DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1997. FRANGIOTTI, Roque. História das heresias. São Paulo: Editora Paulus, 1995. GEER, Thelma Granny. Por que abandonei o Mormonismo. São Paulo: Editora Vida, 1991. GEISLER, Norman L. e RHODES, Ron. Respostas as Seitas. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. GONDIM, Ricardo. O evangelho de Nova Era. São Paulo: Abba Press Editora, 1995. 85

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