REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS dO ENTORNO DO TERMINAL gRAJAÚ
C E NT RO UN I VE RS I TÁR I O S ENAC
TR ABABAL HO DE CO N C LU SÃO D E C U RSO
cam pus san to a m a ro
A rq u i t e t u r a e U r ban ism o
REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS DO ENTORNO DO TERMINAL GRAJAÚ praça waldemar frasseto
PO R CAROL IN E P I R ES CA M E LO O r i entado r: Prof esso r d ou to r Fá b i o rob ba
SÃO PAU LO , B RAS I L N OV E M B RO , 201 9
R ESUMO Este trabalho tem como objetivo a requalificação dos espaços livres públicos
do entorno do Terminal Grajaú, a partir de pesquisa de
campo, documentação fotográfica e cartográfica, além de estudo de zoneamento, uso e ocupação do solo, e análise do mapa mosaico segundo das normas californianas do livro Paisagem Ambiental de Miranda Magnoli. O projeto tem como finalidade tratar e valorizar os espaços livres de edificação públicos, tornando-o assim cotidiano. Palavras-chave:
Requalificação,
Praças.
Espaços
Livres,
Conexão,
sumário
tema 01
Introdução
04
1. Objetivo
04
2. Objetivo Específico
04
3. Justificativa
04
4. Método
f u n da m e n to s 05
5. Praças
07
6. Espaços livres de edificação
09
7. Os rios na paisagem urbana
m é to d o 11
8. Bell Street Park
13
9. Praça da Balsa
15
10. Forum of Granada
a n á l i s e da á r e a 19
11. Inserção Urbana
21
12. Zoneamento
23
13. Mosaico de espaços livres
25
14. Hidrografia
27
15. Levantamento fotográfico
P R A Ç A WA L D E M A R F R A S S E TO 31
16. Diretrizes
33
17. Proposta geral
37
18. Centro cultural
39
19. Praça seca
41
20. O córrego
43
21. Rua compartilhada
45
22. Considerações finais
r e f e r ê n c i a b i b l i o g r á f i cas 47
23. Bibliografias e imagens
49
24. Lista de figuras
PA R T E I
T E M A
IN T R O D U Ç Ã O
O que é praça? Segundo
o
Macedo,
São
livres
livro
públicos
Praças
Paulo,
2002.
urbanos
Brasileiras, O
de
conceito
destinados
Fabio de
ao
Robba
praça lazer
e
consiste e
população, acessíveis aos cidadãos e livres de veículos,
ao
Silvio em
Soares
“espaços
convívio
da
definidos pela malha
urbana formal e que não ocupem mais de duas ou três quadras consecutivas.” Alguns espaços livres de edificação público, em grandes cidades, representam espaços que sobraram no recorte do tecido urbano, ou seja, são apenas o que sobrou de uma imensidão de lotes ou viários. Esses pequenos espaços livres, muitas vezes são locais não projetados para serem áreas verdes, com isso acabam servindo apenas como passagem para os residentes, visto que na maioria das vezes não dispõe de estrutura necessária para atender as necessidades daquela região.
IN T R O D U Ç Ã O
|
PÁ G
1
Figura 1: Croqui de praça | Fonte: Praças Brasileiras
IN T R O D U Ç Ã O
|
PÁ G
2
a p r e s e n ta ç ã o
Figura 2: Perímetro de intervenção | Fonte: Google Earth
A P R E S E N TA Ç Ã O
|
PÁ G
3
1 . O BJ E T I VO O presente trabalho busca identificar os motivos pelos quais as praças localizadas no bairro do Grajaú, em São Paulo, encontram-se hoje deterioradas, e a partir disso propor uma intervenção urbanística que busca atender as necessidades reais da população do entorno, com foco na requalificação da Praça Waldemar Frasseto.
2 . O BJ E T I VO e s p ec í f i co Cabe ressaltar que a Praça Waldemar Frasseto configura-se como uma centralidade do bairro, tendo como polos principais o Hospital Geral e o Terminal Grajaú. Por concentrar um fluxo considerável de pessoas por dia e devido sua importância no perímetro estudado, o Terminal Grajaú tornou-se objeto significativo de estudo. Atualmente o trajeto enfrentado pela população ate o mesmo é considerado precário, logo o objetivo especifico do projeto é tratar e valorizar essa caminhada, tornando-a confortavelmente cotidiana.
3 . j u st i f i c at i va A Praça Waldemar Frasseto, embora passado por um processo de reformação no ano de 2008, no qual recebeu pista de cooper, quadras, playground, bancos, mesas e projeto paisagístico, hoje encontra-se em situação precária no que diz respeito à segurança de seus usuários, mal uso por parte da população do entorno e falta de cuidado com o córrego.Consequentemente motivando assim a ausência de interesse dos residentes para usufruir da mesma.
4 . m é to d o Para se atingir o objetivo será feita uma pesquisa de campo que incluirá visitas ao local, documentação fotográfica e cartográfica.
Além disso, para o desenvolvimento do
projeto será realizada a análise do mapa mosaico de espaços livres segundo as normas californianas, do livro Paisagem Ambiental de Miranda Magnoli (São Paulo, 2006).
A P R E S E N TA Ç Ã O |
PÁ G
4
PA R T E I I
f u n da m e n to s
5 . P R AÇ A S
Para falarmos de praça é necessário entendermos seu primeiro conceito dentro do mundo civilizado. Entre os gregos e os romanos da antiguidade, a praça chamada de ágora, era um espaço voltado à troca de conhecimento e cultura, de exposição de ideias e tomadas de decisões. Já na Idade Média, as praças eram utilizadas para fins mais macabros, como execuções e funerais. Mas também, para casamentos, comércio e rituais religiosos. Posteriormente, no período renascentista e barroco, as praças ganharam novamente outro sentido. Com a construção de palácios e o surgimento de novos modelos de vida urbana, os jardins e as praças passaram a ter um tratamento mais elaborado.
Inúmeras são as definições referentes ao termo praça. Mesmo havendo divergências entre os autores,
todos
concordam
em
conceituá-la
como um espaço público e urbano. A praça sempre foi celebrada como um espaço de convivência
e
lazer
dos
habitantes
urbanos.
(PRAÇAS BRASILEIRAS , S. 2002) Figura 3: Croqui de praça Fonte: Estudos do Hidroanel de São Paulo - Fau Usp
f u n da m e n to s | pá g 5
Hoje, no Brasil, a ideia de praça está diretamente relacionada com um espaço urbano ajardinado, ou seja, onde a vegetação é priorizada. Porém, sua origem no país tem a ver mesmo, com os largos, construídos durante o período colonial. Esses espaços amplos e vazios, normalmente em frente de igrejas, fazem parte da cultura arquitetônica herdada dos imigrantes italianos, espanhóis e portugueses. Com a chegada do século XIX, os arquitetos passaram a criar desenhos de praças mais específicos, próprios a oferecer espaços para descanso e entretenimento da população. Isso, em parte, mudou com a chegada do movimento moderno
A praça, juntamente com a rua, consiste em um dos dois mais importantes espaços públicos urbanos da história da cidade no país, tendo desde os primeiros tempos da
Colônia,
desempenhado
um
papel
fundamental
no contexto das relações sociais em desenvolvimento. (PRAÇAS BRASILEIRAS, S.2002)
f u n da m e n to s | pá g 6
6 . E S PA Ç O S L I V R E S D E E D I F I C A Ç Ã O Segundo Miranda Magnoli, a morfologia da paisagem é a resultante da interação ente a lógica própria dos processos do suporte (sistemas geológico e climático) e a lógica própria dos processos sociais e culturais (antrópica). E poucas são as paisagens as quais não têm a intervenção do homem, mesmo que se apresentem preponderantemente com elementos da base natural da paisagem. O termo paisagem permite acepções as mais diversas: em sua complexidade envolve a
as
formação
mais
variadas
disciplinar.
A
ideias;
a
ampliação
acepção de
varia
conforme
necessidades
globais
a
referência, do
homem
estendeu o campo de conhecimentos. O homem ampliou sua ação (criação de paisagens) sobre a Terra em graus maiores e em tecnologias as mais diversas. (PAISAGEM AMBIENTAL: ENSAIOS, S. 2006) De acordo com Macedo (1995) podemos, de um modo preciso, definir espaços livres como todos aqueles não contidos entre as paredes e tetos dos edifícios construídos pela sociedade para sua moradia e trabalho. No contexto urbano tem-se como espaços livres todas as ruas, praças, largos, pátios, quintais, parques, jardins, terrenos baldios, corredores externos, vilas, vielas e outros mais por onde as pessoas fluem no seu dia a dia em direção ao trabalho, ao lazer ou a moradia ou ainda exercem atividades específicas tanto de trabalho, como lavar roupas (no quintal ou no pátio), consertar carros, etc., como de lazer (na praça, no playground, etc.) Deste modo, o espaço livre engloba várias escalas e está sempre relacionado aos processos de urbanização e processos econômicos, onde cria-se um local de convivência social e que se estabelece por meio da relação entre o público e o privado. Em Espaços Livres – Objeto de Trabalho, Marina Magnoli aponta outras classificações e funções dos Espaços Livres Urbanos, explicadas de acordo com as normas californianas. 1. Espaços Livres em Função da Produção de Recursos 2. Espaços Livres Para Proteção de Recursos Naturais e Culturais 3. Espaços Livres, Sanitários e Sociais 4. Espaços Livres Para Segurança Pública 5. Espaços Livres-Corredores 6. Espaços Livres Para extensão Urbana, Zonas Para Comércio, Indústria, Habitação, Equipamentos Públicos, etc. f u n da m e n to s | pá g 7
Figura 4: Espaรงos livres | Fonte: Google
7 . o s r i o s n a pa i s a g e m u r b a n a
Entendemos que os rios sempre fizeram parte do crescimento das cidades, sendo empregado de diversos modos, como fonte de águas, meio de fornecer alimentos, etc. Mas com o passar dos anos sua relação com as urbes mudaram. Com processo de urbanização e várias obras de infraestruturas que iniciaram após a revolução industrial, os rios começaram a ser enxergados como algo favorável para o desenvolvimento viário, assim o processo de canalização e tamponamentos dos rios da cidade foram criados. Hoje contamos com a lei aprovada pelo Código Florestal Brasileiro no qual diz que as áreas próximas aos cursos d’agua são consideradas Áreas de Proteção Permanente (APP) . Porém mesmo com a existência dessa lei, muitas vezes essas áreas se caracterizam como espaços residuais da paisagem natural e e encontram-se geralmente degradadas. Segundo Groski - Rios e Cidades - a valorização, conservação, dos
recuperação
e
preservação
recursos naturais como água tem que
partir da consciência da população sobre a dependência e da finitude desses recursos naturais. Figura 5: GreenWay, Los Angeles | Fonte: Archdaily
f u n da m e n to s | pá g 9
Não basta despoluir o rio! Mesmo que ele volte a correr límpido, piscoso, potável, de nada modificará a percepção que a população tem do seu “esgoto a céu aberto”. O rio precisa voltar a se incorporar na vida do paulistano e, para isso, a única alternativa é
reconstituí-lo
como
espaço
de
lazer.
(RIOS E CIDADES, S. 2010)
f u n da m e n to s | pá g 1 0
PA R T E I I I
m é to d o
8 . B E L L ST R E e T PA R K Para foi
propor
um
necessário
partido
de
compreender
projeto e
de
estudar
requalificação
outras
praças
da que
Praça
Waldemar
serviram
como
Frasseto,
referencias.
Ano do projeto: 2010 – 2014 Localização: Seatle - Washington Arquitetos: SvR Design Company Bell Street Park é um híbrido de atividades do parque e funções de rua. Ele dá uma sala de estar ao ar livre para os moradores do bairro mais denso de Seattle, permitindo o acesso de automóveis, ônibus, bicicletas e veículos de emergência. Uma mudança topográfica sutil eleva a pista até o nível da calçada para criar uma superfície contínua. Figura 6: Bell Sreet Park| Fonte: SvR Design
A ideia é incentivar o uso da rua compartilhada ao longo das ruas que compõem o entorno da Praça assim, ao
Waldemar
Frasseto.
Proporcionando
um espaço livre de edificação
voltado
pedestre, além da praça. Com o objetivo
de nortear o pedestre até o Terminal Grajaú
m é to d o | pá g 1 1 Figura 7: Bell Sreet Park| Fonte: SvR Design
m é to d o | pá g 1 1 Figura 8: Bell Sreet Park| Fonte: SvR Design
9 . p r a ç a da b a ls a
O principal objetivo da proposta é de revitalizar e fortalecer o uso deste espaço, dando-lhe caráter próprio e sempre
que
possível
acomodando
usos múltiplos. A área de uso público, de descanso e as relações sociais, até os espaços mais íntimos onde reunirse
para
relaxar,
ler ou
conversar.
Figura 9: Praça da Balsa | Fonte: Archdaily
Ano do projeto: 2010 Localização: Totana – Espanha Arquiteto: Enrique Mínguez Martínez
O projeto serviu como referência por dispor
de
objetivos
semelhantes
à
proposta para o perímetro estudado, como por exemplo, organizar o fluxo de circulação, formando um campo de
intensidade
inserção
de
urbana
diferentes
através caminhos
da e
direções ao longo da praça; conservar a
vegetação
existente;
permitir
a
interação das pessoas com os taludes. Figura 10: Praça da Balsa | Fonte: Archdaily
m é to d o | pá g 1 3
m é to d o | pá g 1 3 Figura 11: Praça da Balsa | Fonte: Archdaily
1 0 . f o r u m 0 f g r a n a da
A proposta é estabelecer um diálogo de uma perspectiva contemporânea com a paisagem agrícola tradicional preservada da nova construção civil. O jardim é desenvolvido em dois níveis. O primeiro é o acesso, e o segundo, em um nível mais baixo, protegido da rodovia por elevações das faixas vegetais, permite o desenvolvimento de eventos empresariais e sociais. No nível do solo, o trabalho foi concebido como uma série de bandas difratadas de diferentes materiais, entre eles a natureza surge. Figura 12: Forum of Granada| Fonte: Landezine
Ano do projeto: Junho de 2009. Localização: Granada – Espanha. Arquitetos: Federico Wulff e Francisco del Corral
O projeto serviu como referência devido o seu desenho de piso, com formar retilíneas não ortogonais contínuas e quebradas, que seguem nossa caminhada e nos convidam a senti-la. E sua paleta de cores com tons mais neutros. O projeto ainda dispõe de uma interação com a água, que nos leva a essa nova paisagem, qualifica os caminhos e nos convida a descansar, logo assistiu como parâmetro para o projeto com o córrego, no perímetro de intervenção. Figura 13: Forum of Granada| Fonte: Landezine
m é to d o | pá g 1 5
m ĂŠ to d o | pĂĄ g 1 7 Figura 14: Forum of Granada| Fonte: Landezine
PA R T E I v
A N Á L I S E
DA
Á R E A
AV E N I DA S E N A D O R T E O TÔ N I O V I L E L A
T E R M I N A L G R AJ AÚ
Figura 15: Mapa de inserção do perímetro |Fonte: Google Earth | Modificação Autoral
H O S P I TA L G R A J A Ú
C E N T R O C U LT U R A L
AV E N I DA D O N A B E L M I R A M A R I N
AVEN I DAS PR INC I PA IS
CÓ RR EGO
POLOS I IM PO RTANTES
PE R ÍM ETRO
1 1 . i n s e rç ão u r ban a
Figura 16: Mapa da Região Metropolitana de São Paulo Fonte: Prefeitura do Município de São Paulo
Figura 17: Mapa da Região da Capela do Socorro Fonte: Prefeitura do Município de São Paulo
a n á l i s e da á r e a | pá g 1 9
O perímetro adotado encontra-se no distrito do Grajaú. O mesmo apresenta relevância por ser um centro de bairro, em razão de localizar-se próximo a polos importante, como o Terminal e o Hospital do Grajaú. O distrito do município de São Paulo, localizado na Zona Sul, e é administrado pela subprefeitura da Capela do Socorro. O Grajaú vem apresentando um forte desenvolvimento com grandes construções, tanto na área residencial quanto comercial. Bairros como Parque Residencial Cocaia, Jardim Novo Horizonte, Jardim Eliana, Parque Grajau, Jardim Varginha e Vila Natal cotam com uma grande área comercial, enquanto bairros como Jardim São Bernardo, Jardim Marilda, Palmares, Jardim Noronha e Parque América são estritamente residenciais. Diariamente ocorrem muitos conflitos relacionados à densidade e assentamentos irregulares nessa região causados por interesses econômicos, desigualdade social, degradação ambiental e da paisagem urbana. Posterior à visitas realizadas no local foram identificados alguns problemas, como, abandono do governo,
assaltos, área alagável, ocupação irregulares e
altíssima densidade.
a n á l i s e da á r e a | pá g 2 0
1 2 . z o n e a m e n to
Com base no Plano Diretor Estratégico (PDE) e na Lei de Zoneamento nº 16.402, de 22 de Março de 2016 o perímetro estudado pretende promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos. Incentiva também
viabilizar a diversificação
de usos, sendo uma zona em que se pretende mais a preservação da morfologia urbana existente e acomodação de novos usos, do que a intensa transformação. A área esta localizada na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental e na Macroarea de Redução da Vulnerabilidade Urbana e Recuperação Ambiental.
LEGEN DA Zonas inseridas na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental Zona Mista Ambiental Zona Especial de Interesse social
Zonas inseridas na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental
a n á l i s e da á r e a | pá g 2 1
Praça
Figura 18: Mapa de zoneamento| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
1 3 . m o i s a i c o d e e s pa ç o s l i v r e s
Como citado na método para desenvolvimento do projeto, após analise do mapa mosaico, segundo as normas californianas classificadas por Miranda Magnoli, é perceptível que o perímetro estudado possui poucos espaços livres de edificação privado individual, o que torna ainda mais necessário um projeto destinado ao espaço livre de edificação público e destinado à pedestre.
LEGEN DA
ESPAÇOS EDIFICADOS ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO PRIVADO INDIVIDUAL ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO PRIVADO COLETIVO ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO PÚBLICO ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO DESTINADO Á PEDESTRE ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO DESTINADO À INFRAESTRUTURA ESPAÇO LIVRE DE EDIFICAÇÃO DESTINADO À VEÍCULOS a n á l i s e da á r e a | pá g 2 3 Figura 19: Mapa mosaico de espaços livres | Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
14 . h i d ro g r a f i a
A rede hidrográfica da Região do Grajaú, encontra-se inserida no reservatório Billings, e o perímetro de intervenção está inserido entre a Represa do Guarapiranga e a Represa Billings. O Rio das Pedras, um braço da represa do Guarapiranga, está situado em uma parte do perímetro, mas o mesmo encontra-se em total descuido, comprometendo a preservação, além de não trazer benefícios ao meio ambiente. A construção da represa Billings teve inicio em 1925 e em 1949 já estava em seu formato atual, isso ajudou na consolidação do processo de industrialização, incentivando também
a
ocupação
do
Grajaú.
Os novos bairros que surgiram acabaram seguindo o padrão periférico da expansão urbana. Assim as construções passaram a ser feita em locais sem infraestrutura e longe de equipamentos sociais e de transporte. O perímetro de intervenção mesmo estando situado no distrito do Grajaú, e sendo uma área de manancial é notório a falta de qualidade e descuido com o córrego Figura 20: Mapa da hidrografia do perímetro| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
a n á l i s e da á r e a | pá g 2 5
Figura 21: Situação do córrego | Fonte: Google Earth
1 5 . l e va n ta m e n to f o to g r á f i c o
Figura 22: Circulação degradada | Fonte: Autoral
a n á l i s e da á r e a | pá g 2 7
Figura 23: O córrego| Fonte: Autoral
Figura 24: Ponte sobre o cรณrrego | Fonte: Autoral
Figura 25: Bancos ao longo da praรงa| Fonte: Autoral
a n รก l i s e da รก r e a | pรก g 2 8
1 5 . l e va n ta m e n to f o to g r รก f i c o
Figura 26: ร rea destinada a playground| Fonte: Autoral
Figura 27: Equipamentos| Fonte: Autoral
a n รก l i s e da รก r e a | pรก g 2 9
Figura 28: Circulação da praça| Fonte: Autoral
Figura 29: Passagem degradada| Fonte: Autoral
a n á l i s e da á r e a | pá g 3 0
PA R T E v
p r o p o sta
16. d i r etr i zes
Posterior à todos os levantamentos realizados, foram possíveis ver quais são as necessidades da população local. Dessa forma, foi estabelecido um tripé com as principais demandas que o projeto deverá atender. Esse tripé segue três parâmetros: funcional, simbólico e ambiental. O projeto tem como partido criar travessias para os pedestres, integrando assim a praça Waldemar Frasseto ao Terminal Grajaú. Este caminho contempla a água e a vegetação, com um desenho de piso com formas retilíneas não ortogonais, quebrando a monotonia de um longo caminho, chegando próximo da água em alguns momentos e em outros ficando mais distante da mesma. Durante o percurso, decks de madeira surgem como opção para descanso ou área de contemplação. As travessias são os caminhos que cortam a praça longitudinalmente, e que fazem as ligações mais importantes para o cotidiano da população. Os caminhos por vezes se estende por ruas com baixo fluxos de veículos, tornando-a compartilhada. A arborização acompanha o percurso do pedestre, sombreando os caminhos e as áreas de contemplação. Partindo da premissa de que a água do córrego está limpa, foi proposto áreas onde é possível o contato das pessoas com a mesma, resgatando a importância da conservação e preservação, a fim de quebrar a barreira existente entre a população e o córrego
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 3 1 Figura 30: Plano de massas| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
1 7 . p r o p o sta g e r a l LEGEN Da 1. Acesso n ível 7 74 2 . ta l u d e i n t e r at i v o 3 . á r e a r e c r e at i va e p r a ç a s e c a 4 . b ata l h ã o d e p o l i c i a m i l i ta r 5 . q u a d r a e s p o rt i va 6 . á r e a d e e v e n t o s d o c e n t r o c u lt u r a l 7. acesso n ível 785 8. d eck d e mad ei ra 9. arq u i ban cada
L E G E N D A d e pAV I M E N TA Ç Ã O
PISO INTERTRAVADO c inza
PISO INTERTRAVADO a mar e lo
PISO INTERTRAVADO v e r m e lho
PISO INTERTRAVADO m arrom
PISO INTERTRAVADO la ranja
deck de made i ra
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 3 3
7
8
9
8
6
5 4
3
2
1 Figura 31: Mapa da proposta geral dos pisos | Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/2500
1 7 . p r o p o sta g e r a l O projeto de plantio para a proposta da praça seguiu a vegetação já existente, a área conta com uma vegetação razoável e a intenção foi incluir novas espécies afim de agregar a vegetação existente . A arborização acompanha o percurso do pedestre, sombreando os caminhos e as áreas de contemplação, e em alguns pontos
específicos
acontece
pequenos
bosques.
L E G E N D A d e v e g e ta ç ã o
pa u f e r r o
aroe i ra
i p ê a m a r e lo
oiti
i p ê b r an co
LEGEN DA d e fo r ração
GRA M A ES M EALDA
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 3 5
G R A M A P R E TA
Figura 32: Mapa da proposta geral com paisagismo | Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/2500
1 8 . C e n t r o C u lt u r a l
Figura 33: recorte da ampliação do centro cultural Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
Figura 34: Corte AA | Fonte: Autoral Esc.: 1/500
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 3 7
7 6 6
7 6 4
7 6 2
7 6 3
7 6 4
Figura 35: Ampliação do centro cultural | Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/1000
1 9 . p r aç a s eC a
Figura 36: recorte da ampliação da praça seca Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
talude interativo
bosque
Figura 37: Corte BB| Fonte: Autoral Esc.: 1/500
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 3 9
7 6 6
7 6 8
Figura 38: Ampliação da praça seca| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/1000
7 7 4
2 0 . o C ó r r eg o
Figura 39: recorte da ampliação do córrego Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
deck
córrego interativo
Figura 40: Corte CC | Fonte: Autoral Esc.: 1/500
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 4 1
7 5 9
7 6 0
Figura 41: Ampliação do córrego| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/1000
2 1 . r u a C o m pa r t i l H a da
Figura 42: recorte da ampliação do centro cultural Fonte: Geosampa | Modificação Autoral
Figura 43: Corte DD | Fonte: Autoral Esc.: 1/500
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 4 3
Figura 44: Ampliação da rua compartilhada| Fonte: Geosampa | Modificação Autoral Esc.: 1/1000
2 2 . C O N S I D E R AÇ Õ E S F I N A I S
O projeto de conclusão de curso procurou discutir a importância dos espaços livres de edificação na cidade, sobretudo como tratamos o caminhar cotidiano. Buscou também criar melhorias para as pessoas que vivem na periferia, através dos programas propostos. Conforme toda análise do local, referencial teórico e estudo de casos, tem-se
a importância da implantação de espaços livres
de edificação públicos em áreas periféricas, levando assim a população a um desenvolvimento ambiental e social, assim como a importância do pedestre e de proporcionar-lhes um caminhar agradável
e
a
reconstituição
P r a ç a wa l d e m a r f r a s s e to | pá g 4 5
do
rio
como
espaço
de
lazer.
Figura 45: Situação atual da praça | Fonte: Geosampa
r e f e r ê n c i a b i b l i o g r á f i c a
2 3 . b i b l i o f r a f i as e i m ag e n s
L i v r o s , A r t i g o s e R e v i sta s ROBBA, Fabio; MACEDO, Silvio. Praças Brasileiras. (p. 1 – 100) Universidade de São Paulo, 2002. MACEDO, Silvio S. Espaços Livres. Revista paisagem e ambiente: ensaios. Nº 07 Universidade de São Paulo, 1995. MAGNOLI, Miranda. Espaço livre – objeto de trabalho. Revista paisagem e ambiente: ensaios. Nº 21. (p. 175 – 186) Universidade de São Paulo, 2006. MAGNOLI, Miranda. Em busca de “outros” espaços livres de edificação. Revista paisagem e ambiente: ensaios. Nº 21. (p. 141 - 174) Universidade de São Paulo, 2006. MAGNOLI, Miranda. O parque no desenho urbano. Revista paisagem e ambiente: ensaios. Nº 21. (p. 199 - 214) Universidade de São Paulo, 2006. GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e cidades - rupturas e reconciliação. São Paulo , Editora Senac, 2010. Nacto - National Association of City Transportation Officials. Guia global de desenho de ruas. São Paulo, Editora Senac, 2016.
r e f e r ê n C i a b i b l i o g r á f i a s | pá g 4 7
s ites ARCHDAILY, Passarela Paleisbrug. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/774957/ passarela-paleisbrug-benthem-crouwel-architects> Acesso em: 25 mai. 2019. ESTUDIO 41, Parque Águas Claras. Disponível em: <http://www.estudio41.com.br/projeto/ parque-aguas-claras/> Acesso em: 12 abr. 2019. SVR DESIGN, Bell Street Park. Disponível em: <http://www.svrdesign.com/bellstreetpark> Acesso. 28 abr. 2019.
leis PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Lei nº 16050. São Paulo, 31 jul. 2014. LEI DE LEHMANN. Lei nº 6766/79. São Paulo, 19 dez. 1979.
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FIGURA 1| Croqui de praça
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FIGURA 2| Perímetro de intervenção
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FIGURA 3| Croqui de praça
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FIGURA 4| Espaços livres
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FIGURA 5| GreenWay, Los Angeles
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FIGURA 6| Bell Street Park
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FIGURA 7| Bell Street Park
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FIGURA 8| Bell Street Park
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FIGURA 9| Praça da Balsa
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FIGURA 10| Praça da Balsa
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FIGURA 11| Praça da Balsa
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FIGURA 12| Forum of Granada
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FIGURA 13| Forum of Granada
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FIGURA 14|Forum of Granada
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FIGURA 15| Mapa de inserção do perímetro
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FIGURA 16| Mapa da região metropolitana de São Paulo
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FIGURA 17| Mapa da região da Capela do Socorro
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FIGURA 18| Mapa de zoneamento
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FIGURA 19| Mapa mosaico de espaços livres
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FIGURA 20| Mapa da hidrografia do perímetro
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FIGURA 21| Situação do córrego
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FIGURA 22| Circulação degradada
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FIGURA 23|O córrego
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FIGURA 24| Ponte sobre o córrego
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FIGURA 25| Bancos ao longo da praça
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FIGURA 26| Área destinada á playground
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FIGURA 27| Equipamentos
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FIGURA 28| Circulação da praça
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FIGURA 29| Passagem degradada
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FIGURA 30| Plano de massas
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FIGURA 31| Mapa da proposta geral dos pisos
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FIGURA 32| Mapa da proposta geral com paisagismo
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FIGURA 33| Recorte da ampliação do centro cultural
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FIGURA 34| Corte AA
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FIGURA 35| Ampliação do centro cultural
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FIGURA 36| Recorte da ampliação da praça seca
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FIGURA 37| Corte BB
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FIGURA 38| Ampliação da praça seca
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FIGURA 39| Recorte da ampliação do córrego
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FIGURA 40| Corte CC
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FIGURA 41| Ampliação do córrego
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FIGURA 42| Recorte da ampliação do centro cultural
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FIGURA 43| Corte DD
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FIGURA 44| Ampliação da rua compartilhada
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FIGURA 45| Situção atual da praça
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