Cenografia Teatral do livro "As aventuras de Pinóquio" - Giovanna Pires

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC GIOVANNA FERNANDES PIRES

CENOGRAFIA TEATRAL DE “AS AVENTURAS DE PINÓQUIO”.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador Prof° Nelson Urssi

São Paulo 2019


AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço ao meu pai de consideração Walter, por ter me dado a

oportunidade dе estudar e correr atrás dos meus sonhos. À minha mãe Solange que mе dеu apoio e incentivo nаs horas de desânimo е cansaço. À minha avó Cida, aquela que me ensinou a ler e escrever, pelas noites mal dormidas me esperando chegar em casa e por sempre estar ao meu lado. Ao meu Avô Izaltino por alegrar minha vida com o seu senso de humor único e por torna-la um pouco mais leve durante esses anos de faculdade. E um agradecimento especial ao meu professor e orientador Nelson Urssi por ser um ser humano brilhante, por apoiar minhas ideias e me dar todo suporte possível durante o projeto.


“O que eu acho é que uma boa vida é uma jornada de herói atrás da outra. Uma e outra vez, você é chamado ao reino da aventura, você é chamado para

novos

horizontes.

Cada vez, há o mesmo

problema: ouso? E então, se você ousar, os perigos estão lá, e a ajuda também, no cumprimento ou no fiasco.

sempre

a

possibilidade de um fiasco. Mas

também

a

possibilidade de felicidade. ”(

Caminhos

para

a

felicidade, Joseph Campbell )


RESUMO

Este trabalho tem por objetivo investigar a cenografia e suas técnicas, estudar a cenografia especifica para o teatro e entender a visão do espectador em relação ao palco e como a arquitetura pode ser relacionada diretamente com esta percepção de cenário e visão da plateia. Elaborar, por fim, um projeto de uma peça de teatro com cenários se baseando no texto original de Carlo Collodi do

livro “As Aventuras de Pinóquio” com adaptação dos personagens para ser implantada no Teatro Municipal de São Paulo, analisando as necessidades dos espaços para a peça e especular as diferentes formas de construção do cenário que acontecerá em 6 atos e terá uma abordagem contemporânea pois acha se que nesse caso a cenografia poderá oferecer um entendimento mais amplo das lições passadas no conto do Pinóquio, independente da idade de seus espectadores, porém, mantendo sempre as características de seus espaços e a personalidade de seus personagens.

Palavras-chave: Projeto, Teatro, Cenografia,

Pinóquio, Carlo Collodi.

ABSTRACT

This work has as objective explore the set desing and your techniques, study a theater-

specific set design and understand the viewer's view of the stage and how architecture can be useful directly with this perception of scenery and view of the audience. Finally, laborate a project of a theater play with scenarios based on the original text by Carlo Collodi of the book “The Adventures of Pinocchio” with adaptation of characters to be implemented in the Municipal Theater of São Paulo, analyzing how the options of spaces for a play and to speculate how different forms of scenario construction occur in 6 acts and a contemporary approach that finds that in this case a scenario may offer a broader understanding of past editions in the context of the Pinocchio, regardless of the age of its viewers. But always keep the characteristics of your spaces and the personality of your characters.

Keywords: Pinocchio, Theater, Scenography, Project, Carlo Collodi.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................01

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA...................................................................................................................02 1.1 A CENOGRAFIA....................................................................................................................................02 1.2 HISTORIA DA CENOGRAFIA.................................................................................................................03 1.3 HISTORIA DA CENOGRAFIA NO BRASIL...............................................................................................05 1.4 CENOGRAFIA E A ARQUITETURA........................................................................................................06 1.5 CENOGRAFIA E O TEATRO...................................................................................................................06

ESTUDOS DE CASO...................................................................................................................................07 2.1 HARRY POTTER AND THE CURSED CHILD….........................................................................................07 2.2 ALLADIN..............................................................................................................................................08 2.3 ELEMENTS OF OZ................................................................................................................................09

PROJETO...................................................................................................................................................10 3.1 POR QUE PINÓQUIO?.........................................................................................................................10 3.2 RESUMO: AS AVENTURAS DE PINÓQUIO............................................................................................12 3.4 LOCAL ESCOLHIDO..............................................................................................................................13 3.5 PROJETO CENOGRAFICO.....................................................................................................................16

ANEXO: ROTEIRO DA PEÇA......................................................................................................................37 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................................41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................................................42


INTRODUÇÃO

A inspiração para escolher este tema, se originou devido ao grande interesse pela literatura de peças e artes cênicas despertada após as aulas de cenografia que tive no decorrer do curso. A curiosidade em saber mais sobre esse assunto, nasceu inicialmente ao assistir um espetáculo pela primeira vez. Onde despertou o interesse em entender como e de que forma o cenário faz parte da interpretação do espectador no entendimento da obra, e como a arquitetura pode ser relacionada diretamente com esta percepção de cenário e visão da plateia. E dado tudo isso, acha se que nesse caso se baseando no conto do Pinóquio, a cenografia através da experiência do teatro pode oferecer um entendimento único da história que passa de geração em geração.

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A CENOGRAFIA:

O termo cenografia deriva do latim scenographia, que, por sua vez, tem origem no grego skenographie, composição de skené, cena e graphein, escrever, desenhar, pintar, colorir.

diferenciada em eventos das mais variadas naturezas. O trabalho não se resume apenas ao cenário propriamente dito, mas ele também deve ser muito bem pensado.

“O termo cenografia (skenographie, que é composto de skené, cena e graphein,

Além da parte técnica de desenvolver os elementos do cenário, pode se contar com a

escrever, desenhar, pintar, colorir) se encontra nos textos gregos – A poética, de Aristóteles, por

ajuda de outros especialistas, como marceneiros, pintores, costureiros, entre outros, a grande

exemplo. Servia para designar certos embelezamentos da skené. Posteriormente é encontrado

chave do trabalho do cenógrafo está na interpretação das ideias dos demais envolvidos no

nos textos em latim (De arquitectura, de Vitrúvio): scenographia. Era usado provavelmente para

projeto. Um espetáculo teatral é fruto de um trabalho coletivo que envolve a participação de

definir no desenho uma noção de profundidade. No Renascimento os textos de Vitrúvio foram

diversos profissionais especializados e cuja de organização depende da proposta e objetivo da

traduzidos e o termo cenografia passou a ser usado para designar os traços em perspectiva e

encenação. Cenografia é um ato criativo tem a intenção de organizar visualmente o lugar

notadamente os traços em perspectiva do cenário no espetáculo teatral. A cenografia existe

teatral para que nele aconteça a relação cena e público. Para isso são usadas teorias e técnicas

desde que existe o espetáculo teatral na Grécia Antiga, mas em cada época teve um significado

aliadas ao conhecimento do profissional. Não é necessário um espaço físico específico para

diferente, dependendo da proposta do espetáculo teatral.”(MANTOVANNI, A.,1989, p.13).

ocorrer a dramatização, podendo ser apresentado em qualquer lugar: uma praça, um galpão, um estádio, uma garagem, um campo.

Esse termo tem como expressão a arte de realizar decorações cênicas e também

_________ “Cenografia é a dramatização do espaço” (JOSÉ CARLOS SERRONI, O que é Cenografia?

permite mencionar o conjunto das decorações que se utilizam na representação cénica. A

De Pamela Roward, 2015 p15).

cenografia é composta por todos elementos visuais que integram a encenação, desde as decorações, os acessórios (adereços) até a iluminação. Ela vai muito além dos palcos e pode ser aplicada nos mais diversos ambientes. Importante é ter em conta que a cenografia não existe só no teatro: o cinema e a televisão também têm cenografias. Os programas de TV que não são de ficção, como o noticiário ou um programa jornalístico, também dispõem de cenografia. No universo do espetáculo a cenografia se consolidou enquanto linguagem artística, cuja mensagem expressiva, rica de visualidade, vai ao encontro das demandas éticas, estéticas e do imaginário

das plateias. Derivada da junção entre a arquitetura, a decoração de interiores e o teatro. Ela é, basicamente, uma prática que preza pelo planejamento e pela criação de uma experiência

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A HISTÓRIA DA CENOGRAFIA.

A origem do teatro é pré-histórica, ele nasceu da forma circular definida pelo público

Estes “espetáculos”, já eram presentes rudimentarmente, elementos que viriam a

que se posicionava em torno do espetáculo primitivo. O xamă, instrumento de ligação entre a

compor o teatro que conhecemos, como o fogo, a fumaça, os ornamentos de pena, peles de

natureza mística e o ser humano, era o proto-personagem. E segundo Berthold apud Urssi (2006,

animais, o rosto pintado com lama e pigmentos naturais representando a expressão de animais

p.19) ”O teatro primitivo utiliza acessório [...], embora na mais simples forma concebível.”

e instrumentos musicais. O palco primitivo era uma área aberta de terra batida. Seus

Segundo Del Nero apud Carvalho e Malanga (2013, p. 2), a cenografia mais próxima da que

equipamentos podiam ser um totem fixo no centro, um feixe de lanças epetadas no chão, um

conhecemos atualmente nasceu na Grécia Antiga por volta do século V a.c. "Desenhos nas tendas

animal abatido para sacrifício, um monte de trigo, arroz. Enfim, o altar e as oferendas para as

onde os atores se trocavam dão o pontapé inicial para a criação da cenografia”

entidades cultuadas.

Ainda de acordo com Del Nero apud Carvalho e Malanga (2013, p. 2), "as apresentações [...] eram realizadas quase em sua totalidade ao ar livre, pois os primeiros prédios de teatro

Na Idade Média vemos as primeiras transformações no conceito cenográfico. Para a representação dos dramas religiosos, o cenário era o interior da igreja, confundindo-se com a

foram construídos em madeira e somente no século V estes prédios foram feitos em pedra”. A

própria liturgia; passando em seguida ao pórtico dos templos e finalmente, passando

encenação estava sempre ligada às festas típicas e também as cerimônias religiosas. Durante

as apresentações em praças públicas. Com esta última mudança, surge uma forma de

muito tempo manifestações populares aconteceram nas áreas rurais, apenas após a construção

representação até então nunca utilizada, o cenário simultâneo.

do primeiro espaço cênico é que estas passaram a ter um lugar apropriado. Conforme cita Carvalho e Malanga (2013, p. 3):

"Em que diversas indicações, muito sumárias, se justapunham ao longo de um estrado. Um simples portão sugeria uma

cidade, uma pequena elevação simbolizava uma

“As cerimônias [...] foram transferidas para dentro do Teatro de Dionísio, quando este

montanha, e assim por diante (...). Esse enquadramento permanente, encontrável nos mais

foi construído por Pisístrato (600-528 a.C.). Neste teatro havia um santuário de Dionisos, um

diversos mistérios, revelava o profundo vínculo da cenografia com o espírito do texto" (Magaldi

altar, uma

1965: 41).

gruta e uma orquestra circular de terra batida ou areia (arena), onde se realizavam

A dramaturgia clássica retornou aos princípios greco-romanos, e novamente, um só

danças coletivas e cantos. Esta orquestra tinha diâmetro de 27 m, [...] a visão para o público e a

cenário prestava-se a todos os diálogos. As perspectivas sucessivas tiveram o objetivo de

acústica eram perfeitas. Não existia a diferenciação de assentos para classes sócias mais

alargar ilusoriamente a dependência do palácio escolhida como cenário. Bramante, cenógrafo

privilegiadas ou mesmo pessoas com cargos importantes da região. “

italiano, foi o criador do cenário em perspectiva, técnica esta, que foi apropriada das artes

Entendemos então que desde os primórdios a cenografia era importante e

pictóricas do renascimento.

constantemente aplicada aos espetáculos e rituais, no entanto o termo não era tão comum e nem tampouco descrito como o conhecemos atualmente.

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A HISTÓRIA DA CENOGRAFIA.

gruta e uma orquestra circular de terra batida ou areia (arena), onde se realizavam

A dramaturgia clássica retornou aos princípios greco-romanos, e novamente, um só

danças coletivas e cantos. Esta orquestra tinha diâmetro de 27 m, [...] a visão para o público e a

cenário prestava-se a todos os diálogos. As perspectivas sucessivas tiveram o objetivo de

acústica eram perfeitas. Não existia a diferenciação de assentos para classes sócias mais

alargar ilusoriamente a dependência do palácio escolhida como cenário. Bramante, cenógrafo

privilegiadas ou mesmo pessoas com cargos importantes da região. “

italiano, foi o criador do cenário em perspectiva, técnica esta, que foi apropriada das artes

Entendemos então que desde os primórdios a cenografia era importante e

pictóricas do renascimento.

constantemente aplicada aos espetáculos e rituais, no entanto o termo não era tão comum e nem tampouco descrito como o conhecemos atualmente. Estes “espetáculos”, já eram presentes rudimentarmente, elementos que viriam a compor o teatro que conhecemos, como o fogo, a fumaça, os ornamentos de pena, peles de animais, o rosto pintado com lama e pigmentos naturais representando a expressão de animais e instrumentos musicais. O palco primitivo era uma área aberta de terra batida. Seus equipamentos podiam ser um totem fixo no centro, um feixe de lanças espetadas no chão, um

animal abatido para sacrifício, um monte de trigo, arroz. Enfim, o altar e as oferendas para as entidades cultuadas. Na Idade Média vemos as primeiras transformações no conceito cenográfico. Para a representação dos dramas religiosos, o cenário era o interior da igreja, confundindo-se com a própria liturgia; passando em seguida ao pórtico dos templos e finalmente, passando as apresentações em praças públicas. Com esta última mudança, surge uma forma de representação até então nunca utilizada, o cenário simultâneo. "Em que diversas indicações, muito sumárias, se justapunham ao longo de um estrado. Um simples portão sugeria uma cidade, uma pequena elevação simbolizava uma montanha, e assim por diante (...). Esse enquadramento permanente, encontrável nos mais diversos mistérios, revelava o profundo vínculo da cenografia com o espírito do texto" (Magaldi 1965: 41).

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A HISTÓRIA DA CENOGRAFIA NO BRASIL.

Para falar sobre a cenografia brasileira é preciso que entendamos primeiro o que estava

representação cênica, e a época em que a cenografia brasileira começou realmente a

acontecendo aqui antes dos portugueses encontrarem nossa terra tão cheia de riquezas. Aqui

ser reconhecida, que foi a partir da década de 1940 já com Tomás Santa Rosa Junior e sua

vivia o povo indígena e o que era praticado por eles, os rituais, é o que já explicamos que foi o

companhia de teatro “Os Comediantes”, juntamente com os amigos Luiza Barreto Leite e Jorge

começo de toda a cenografia, ainda que da forma mais simples. Então já tínhamos o que era

de Castro.

necessário, mesmo antes da influência europeia chegar até aqui.

Viana e Campello Neto apud Barsante (2010, p. 171) descreve a situação da cenografia

Segundo Viana e Campello Neto (2010, p. 168)

brasileira daquela época como “Mero pano de fundo, pois a ambientação se fazia com telões

“O nosso ritual era composto de dança; invocação de entidades da natureza, os seres

pintados,

míticos, para a cura, a libertação de um mal ou mesmo para a preparação de guerras já que os Terra-Brasiliensis não eram tão calmos assim e lutavam entre si); música, usada nas mais diversas situações, inclusive cantos e evocações, iluminação, pois determinados rituais eram realizados ao

ar livre, ou em ambientes fechados, realizados por pajés, xamas e demais atores participantes - a tribo inteira.”

mobiliário gentilmente cedido pelo comércio local acessório sem qualquer função, além de tornar o palco mais enfeitado”. A companhia de teatro de Santa Rosa iniciou por volta de 1937, porém o primeiro trabalho deles foi acontecer apenas em 1940, com a montagem do cenário para a peça A

Ainda de acordo com Viana e Campello Neto (2010), um costume muito praticado pelas

Verdade de Cada Um, para grande surpresa dos três, que não estavam esperando nada visto

tribos, que ficavam onde hoje é a cidade de São Paulo, era que todo visitante que estava sendo

que já haviam percorrido um longo caminho sem sucesso até então, a casa estava lotada e sua

esperado pela tribo, ou mesmo aquele que chegava sem aviso, mas que era devidamente

cenografia foi considerada uma das mais bonitas.

anunciado seria recebido com o choro (de emoção, é claro) das mulheres após passar por um caminho todo enfeitado e chegar ao centro da aldeia. Este gesto do povo local traduzia a alegria que sentiam por receber a visita. Agora imaginemos os portugueses todos acostumados com os costumes e tradições europeias chegando ao Brasil e se deparando com a peculiaridade dos Índios. De acordo com as informações de Viana e Campello Neto (2010, p. 169) Existem outras evidências de que houve

teatro no país, mas falta um bom estudo que determine qual o tipo de material usado nas apresentações em termos de cenários e figurinos podemos observar que houve uma lacuna entre a época de José de Anchieta e seu entendimento dos costumes e práticas dos índios e aplicação na

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CENOGRAFIA E A ARQUITETURA

Para entender melhor o tema deste trabalho, é necessário entender não apenas a história da cenografia em si, mas também como se relaciona com a arquitetura e é, muito além do espaço em que o cenário é montado. É nesta relação entre espaço e cena que devemos nos aprofundar. Neste contexto podemos comparar a cidade com os palcos, pois neles estão inseridos os cenários. No caso das cidades o cenário é composto por edifícios, casas e ruas, mas em diferentes escalas. Neste mesmo palco, que faz referência às cidades, também estão inseridos personagens, que exercem seus papéis e se misturam ou fazem uso deste cenário. Segundo Rodrigues (2008, p. 101-102): O teatro urbano não busca impor uma nova abordagem, procura abrir possibilidades outras de apropriação dos espaços, seja cênico, seja cotidiano. O evento funciona como um procedimento artístico que objetiva estabelecer hipóteses inovadoras de experiências tanto físicas quanto mentais no público espectador. Este, ao entrar em contato com o espetáculo, participando do evento, cria seus processos de subjetivação próprios que

A CENOGRAFIA E O TEATRO

A cenografia sempre esteve ligada ao Teatro, sua origem está diretamente ligada com a origem do Teatro. Segundo Rossini apud Souza (2012, p. 158): Como todo fundamento do teatro ocidental, a cenografia tem origem no teatro grego. Os teatros gregos foram construídos nas encostas de colinas, compostos pelo theatron (local destinado ao público, "lugar de onde se vê") e pela orchéstra (área circular onde o coro atuava). Nos primeiros teatros, uma tenda

localizada em oposição frontal ao público recebia o nome de skené. A skené, na tangente da primitiva arena grega, foi o primeiro elemento estrutural introduzido no espaço cênico, seguindo-se, ao longo da história, por número crescente de recursos destinados à delimitação da área de representação. Eram originalmente textos encenados pelos membros clericais após as missas ou procissões e tinham como temas as passagens bíblicas, os milagres, os mistérios, os sermões, os autos sacramentais, as biografias de santos e os dramas litúrgicos. Muitos deles eram apresentados em latim.

culminam em uma experiência total, onde a percepção, as sensações e a interação com o site, com o habitat estabelecido, constituem algo único, indivisível. Analisando esta comparação fica mais simples entender a forma como a arquitetura faz parte deste ponto não somente no seu entorno, o que cobre o palco, mas também na concepção do cenário em si e em como pode influenciar diretamente a sua composição.

A cenografia não era vista de outra forma que não dentro do teatro, até a criação da televisão e do cinema. E o todo era comumente ligado à questão social, onde os melhores lugares mais ao alto, com uma visão privilegiada, eram reservados para nobres, monarcas e pessoas de grande poder na época, enquanto os lugares onde a visão não era tão boa e os acentos ou espaços não tão confortáveis eram destinados à população mais humilde. Podemos notar então que o teatro sempre foi ligado à cultura e questões sociais, e que esta influência da cultura está associada à forma como o teatro e a cenografia evoluiu através do tempo, se adaptando sempre às exigências sociais. Diferentemente de sua origem, em que as breves encenações eram realizadas dentro das igrejas, o teatro medieval passou a ser desenvolvido nos ambientes públicos, por exemplo nas praças. Os personagens passaram a ser pessoas comuns e não somente membros do clero.

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2.0 ESTUDOS DE CASO

Figura 2 – Fotos da estação King’s cross onde acontece a gravação dos filmes de Harry Potter.

Cada cenário elaborado deve seguir o texto, desta forma, podemos entender que cada projeto é único e vai da leitura e interpretação do texto por parte do cenógrafo. Este é o ponto que queremos evidenciar aqui, abaixo estão exemplos de cenários executados e que mostram claramente o trabalho de cada um dos profissionais. Destaque para a diferença de cada um dos

projetos e como o texto é a grande influência do trabalho final.

2.1 ESTUDO DE CASO 1. – Harry Potter and the cursed child. A oitava história da série Harry Potter, dezenove anos mais tarde. A sua cenografia e tudo que engloba a mesma, é baseada no filme, tabela de cores, figurinos, efeitos especiais. Neste caso, é de suma importância que seja fiel ao filme, como se trata de uma continuação que vai ficar apenas

Fonte: vejasp.abril.com.br

Figura 3 – Fotos do espetáculo “Harry Potter and the Cursed child”. Efeitos especiais.

no teatro. Figura 1 – Fotos do espetáculo “Harry Potter and the Cursed child”. JK.Rowling.

Fonte: vejasp.abril.com.br

Figura 4 – Fotos do espetáculo “Harry Potter and the Cursed child”. Efeitos especiais.

Fonte: hapotter.forumeiros.com

A obra em sí é repleta de magia, e o espetáculo não poderia ser diferente. Eles fazem com que seja repleto de efeito especial e surpresas. A equipe de efeitos visuais, som e luzes trabalham a todo o momento em parceria com os artistas. Sicronicidade talvez seja a palavra certa para descrever o conjunto da obra. Eles fazem o uso tecnologia e ilusionismo para causar esses efeitos presentes no filme, o que faz toda diferença quando se assiste a uma peça de teatro. Além desse tipo de inspiração para a peça de teatro, eles também fazem o espectador participar de alguma maneira na historia, trazendo dementadores voando pela plateia, coisas que fazem da experiência valer a pena. Fonte: vejasp.abril.com.br

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2.2 ESTUDO DE CASO 2. – Alladin.

Figura 6 – Fotos do espetáculo Alladin. Cenas de ilusionismo; Gênio.

Nesse espetáculo também é usado muito ilusionismo, principalmente nas cenas em que o gênio

aparece, mas a peça em si consegue ser ainda mais encantadora que as cenas com magia. A peça é muito bem trabalhada em cima das cores, usando a tabela de cores do filme, eles usam um total de 300 peças de figurino no espetáculo inteiro, e acompanhando 20 trocas de cenários de mobiliário e planos de fundo. Para usar de referência buscamos muitos espetáculos que realmente são ricos em estruturados em geral. Figura 4 – Fotos do espetáculo Alladin. Danças, figurinos e cenografia.

Fonte: WePlann | CC BY-SA 2.0

Figura 7 – Fotos do espetáculo Alladin. Danças, figurinos e cenografia

Fonte: WePlann | CC BY-SA 2.0

Figura 5 – Fotos do espetáculo Alladin. Danças, figurinos e cenografia.

Fonte: WePlann | CC BY-SA 2.0

Fonte: WePlann | CC BY-SA 2.0

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2.3 ESTUDO DE CASO 3. – Elements of oz. Uma recontextualização do filme e a incorporação de novas tecnologias, Elements of oz celebra e desconstrói esse artefato cultural incrivelmente rico. nova tecnologia,

Esta peça

apresenta

uma

que também anima e aprofunda a experiência do público. Para este show,

você deixa o seu celular ligado - a ação do palco é reforçada pela interatividade com os smartphones dos espectadores através de um aplicativo exclusivo que desenvolvemos, entregando o Technicolor Land of Oz de nossas imaginações. Figura 8 – Fotos peça Elements Of OZ; filtros de realidade aumentada.

Fonte: filmmakermagazine.com

Figura 9 – Fotos peça Elements Of OZ; filtros de realidade aumentada.

Fonte: filmmakermagazine.com

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POR QUE PINÓQUIO?

Pinóquio é um personagem de ficção cuja primeira aparição deu-se em 1883, no romance: As aventuras de Pinóquio escrita por Carlo Collodi, e que desde então teve muitas adaptações. Incluindo a mais famosa “Pinóquio” de 1940, um filme, desenvolvido pela Walt Disney.

eficaz, de levar o conteúdo inconsciente à luz da consciência. Nos mitos que seguem o padrão da jornada do herói, como em Pinóquio, o herói se aventura saindo de um mundo familiar (sua zona de conforto) para terras estranhas, seja uma passagem para o deserto, um mergulho no oceano ou se perdendo em uma floresta escura, como no conto que faz uma ida para a escola

A história em si trouxe grandes aprendizados para mim durante a infância, e olhando para a atualidade esses temas continuam muito presentes. Em Pinóquio também nos passam a mensagem do ser humano ter duas consciências, a

consciência divina e a consciência do

ego. E nos diz que na maioria das vezes escolhemos mais a consciência do ego e menos a divina. Na história, o Grilo falante faz alusão a essa consciência divina. Assim, as relações

humanas se tornaram rasas, buscando apenas os próprios interesses, mostrando que toda humanidade também é um menino de pau que precisa buscar a ser mais humano ou "um menino de verdade". Além disso, este conto, como tantos outros, enfatiza o fato de que a vida é recheada de obstáculos, más ações são punidas em algum momento e é preciso coragem para vencê-los e conquistar a felicidade. O final feliz é reservado para os heróis que é sempre alguém

faz Pinóquio desviar o caminho e acaba levando ele a lugares ameaçadores. jornada do herói sempre começa com um “chamado à aventura”. Nos mitos, esse chamado é muitas vezes personificado como um animal que o herói encontra, simbolizando

seus instintos ou intuição, que são perspicazes, mas muitas vezes ignorados. Nas palavras de Campbell: “Muitas vezes, na vida real, e não raro nos mitos e contos populares, encontramos o monótono caso do chamado sem resposta; pois é sempre possível direcionar o ouvido para outros interesses. A recusa da convocação converte a aventura em negativa. Murado em tédio, trabalho duro ou “cultura”, o sujeito perde o poder de ação afirmativa significativa e se torna uma vítima para ser salvo. “( O herói com mil faces, Joseph Campbell )

que deu a própria vida por algo maior que ele mesmo, o outro tipo é aquele que aprende a lidar com o nível superior da vida humana e retorna com uma mensagem e aprendizados. Onde entra o mito do Herói. Essas questões encontradas nesse, e em vários outros contos, estão presentes no inconsciente coletivo, passando, desse modo, de geração em geração.

Mitos têm servido várias funções em diferentes culturas ao longo do tempo. Uma das

mais comuns dessas funções tem sido fornecer aos indivíduos um modelo para auxiliar na sua maturação e desenvolvimento psicológico. Existem várias maneiras pelas quais o conteúdo inconsciente pode tornar-se consciente: tornar-se consciente de que a vida dos sonhos é a mais conhecida. Explorar o simbolismo mitológico é uma maneira menos conhecida, mas igualmente

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POR QUE PINÓQUIO?

• Travessia: o herói ou heroína é levado para longe de sua terra e marca a entrada do personagem no mundo mágico. • Encontro: o herói ou heroína encontra o seu desafio, seu inimigo ou antagonista, geralmente um monstro, bruxa ou criatura mágica que ameaça o personagem de alguma forma. •

Conquista: a luta de vida ou morte do herói ou heroína contra esse ser ameaçador, levado à vitória do protagonista.

• Celebração: É quando o herói ou heroína retorna e “todos vivem felizes para sempre”.

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RESUMO: “AS AVENTURAS DE PINÓQUIO” DE CARLOS COLLODI.

Diferentemente das versões amplamente divulgadas, a história original de Pinóquio narra sua evolução de simples boneco para merecedor da condição de "ser humano". O livro conta a história de Mestre Cereja, um carpinteiro que pega um pedaço de madeira para produzir uma perna de mesa e que se surpreende ao perceber que a madeira fala. Achando que estava louco, ele ainda recebe uma visita inesperada. Mestre Cereja então presenteia a sua visita, Gepeto, com o pedaço de madeira falante. Gepeto então decide tornar o pedaço de pau em um belo boneco. E decide batizála de “Pinóquio”. À medida que passa a finalizar o seu trabalho, o boneco sinaliza que possui vida. O velhinho decide que ele tem de seu um menino educado; matricula-o na escola e Já em seu primeiro dia de aula, seguem-se muitas diabruras, o garoto foge, e também é enganado. Seu nariz cresce, à medida que suas mentiras passam a ser mais e mais corriqueiras. E várias outras diabruras são cometidas pelo boneco que não entra nos eixos. O grande sonho, porém, de Pinóquio, era ser um menino de verdade. De acordo com a fada, isto somente seria possível se ele fosse um boneco bom, o que nunca acontecia. Em sua ultima travessura, pai e filho quase morrem afogados no mar. Por salvar o pai quase da morte, Pinóquio sonha com a fada, que

elogia a sua atitude. Pinóquio acorda transformado em menino.

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LOCAL ESCOLHIDO: TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Aberto ao público no dia 12 de setembro de 1911, o Teatro Municipal de São Paulo

O teatro ocupa uma área de aproximadamente 3600m², tem um perímetro

começou a ser construído oito anos antes, em 1903. Projetado por Cláudio Rossi e desenhado

retangular, o maior comprimento é de aproximadamente 86m e o menor é de 42m Em plano

por Domiziano Rossi, foi inaugurado pela ópera de Hamelet, de Ambroise Thomas, para uma

compõem-se de três corpos, de acordo com suas divisões principais. Cada um desses corpos

multidão de 20 mil pessoas que se amontoavam na Praça Ramos de Azevedo, centro de São

cumpre uma função distinta e a ligação entre eles harmoniza o conjunto.

Paulo. Com isso, a cidade começava a se integrar ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

FONTE: istoe.com.br

FONTE: istoe.com.br

Com influência da Ópera de Paris, a construção do Teatro municipal de São Paulo foi considerada muito arrojada para época. Sua arquitetura exterior tem traços renascentistas barrocos do século XVII. Passou por uma complexa reforma restaurando o palco, centenas de pinturas antigas e mais de 14 mil vitrais e fazendo com que o local ficasse mais parecido com o Municipal do século passado, porém mais moderno. O projeto foi realizado pelo escritório de Francisco Ramos de Azevedo, com a colaboração dos arquitetos italianos Cláudio e Domiziano Rossi. FONTE: istoe.com.br

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LOCAL ESCOLHIDO: TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

1º Corpo da Fachada- abrange o vestíbulo, a escada nobre, salão, portaria, restaurante e dependências da administração.

2º Corpo Parte Central - abrange a sala de espetáculos com seus corredores e galerias. 3º Corpo Posterior- abrange o palco com suas galerias laterais, camarins e salas de artistas. Tem sete pavimentos dos quais um subterrâneo, cinco correspondendo aos planos e ordens das alas de espectadores e o pavimento alto sobre a cúpula central. Esse último destinado ao depósito de mobiliário cênico e atualmente também para os ensaios do Balé Central. O pavimento do subsolo é destinado à instalação de galerias, câmaras e mecanismo de ventilação com entradas isoladas ligadas diretamente à Praça Ramos de Azevedo. Durante a segunda grande reforma que o teatro sofreu em 1986, este espaço foi remodelado e recondicionado para abrigar uma sala de exposições, eventos e aberto ao público para visitações. 1º pavimento está situado 12 degraus acima do nível da rua e compreende: no corpo da fachada o vestíbulo principal, os vestíbulos laterais com os respectivos pórticos, a escada nobre, sala de administração e venda de bilhetes, bar e restaurante e uma escada secundária que serve a todas as ordens. no corpo central fica a sala de espetáculo e a plateia. Sendo a seção das orquestras com 263 lugares e da geral com 231 lugares. Este corpo possui também galerias em volta e quatro escadas em cada canto servindo todos os andares, inclusive o subsolo.

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LOCAL ESCOLHIDO: TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Abertura da boca de cena. A boca de cena tinha uma abertura de 15,80m. Os espectadores das laterais não tinham visibilidade sobre o palco; para isso foram retirados os camarotes dos proscênios, o que acarretou no alargamento da boca de cena para 18,50m, quase 3m a mais. Este serviço teve a seguinte dificuldade técnica: toda a estrutura de aço da cúpula e da cobertura se apoiava em quatro colunas. Dessas quatro colunas, duas tiveram de ser eliminadas e novas colunas foram levantadas; para isso, criou-se uma treliça de aço, apoiada nestas novas

colunas para suportar toda a estrutura de aço da cúpula. Essa viga treliça de aço, com as dimensões de uma ponte, 4,21m de altura e 19,64m de vão, foi executada no salão destinado às pinturas de cenários, na parte superior do teatro.

a) A parte correspondente ao palco cênico e às suas dependências subsidiárias, de ordem técnica e ampliando de uma para três o números de portas localizadas no fundo do Teatro. 1ª porta: Para ingresso dos professores de música, pessoal de serviço, artistas e onde se localiza o ambulatório e o centro. 2ª porta: Para ingresso de serviços ligados diretamente ao palco mecânico. 3ª porta: Para ingresso de materiais, aparelhamentos, cenários e bagagens.

b) A parte reservada ao público propriamente dito, ou seja, os pórticos, bilheterias, vestíbulos,

Palco Mecânico. Uma das principais características de um teatro moderno é ter um palco que possa facilmente ser movimentado. O palco foi totalmente modernizado, o piso de madeira foi dividido transversalmente em doze pontes e, por meio de um mecanismo composto por pistões hidráulicos, cada uma dessas pontes podia subir e descer três metros em relação ao nível do palco. Todo o mecanismo de suporte e movimentação do palco foi contido numa caixa de concreto armado sob o palco.

escadarias, corredores, salão nobre, bares, compartimentos de toiletes, compartimentos sanitários, elevadores, saguões, grande hall, plateia, frizas, camarotes de diversas ordens, balcões, tribunas das autoridades, galerias, plateia, biblioteca e os reservados para os canais de televisão. c) A parte da administração, da diretoria, do diretor artístico e técnico, da imprensa, da contabilidade, do caixa, do almoxarifado, do arquivo, das bilheterias, etc.

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PROJETO CENOGRAFICO:

A escolha deste texto foi devido a mensagem que este passa ao público. Onde é possível

O palco tem uma medida de 21x27 a estrutura de piso é ligeiramente inclinada do

tocar tanto os adultos quanto crianças, e a partir disso, tirar a história do papel e trazer para a

fundo para a frente, em direção ao proscênio. Ou seja, a parte posterior, de fundo, é mais alta

experiencia do teatro e inseri-lo com uma estética moderna dos personagens, porém mantendo

que a parte anterior, da frente. Isso facilita a visão das cenas de fundo pelos espectadores.

sempre as características e suas personalidades. A abordagem contemporânea dessa peça trará entendimento mais amplo do conto, estimulando assim, a imaginação do espectador independente da idade, coisas que só um espetáculo pode trazer. Temos como o foco do Projeto de cenografia, o livro “As Aventuras de Pinóquio”, de Carlo Collodi do ano de 1883. Adotamos o mesmo nome para a peça, mas com adaptação nos cenários, figurinos e alguns recortes de atos ao decorrer da história. Para este trabalho, a proposta é a elaboração de um cenário com tema jovem, tendo como escolhido o Teatro Municipal de São Paulo. O cenário que pensamos para esse espetáculo, é algo acontecendo em 6

BOCA DE CENA

atos, sem perder a essência da historia e de seus personagens do mobiliário à cenografia e dos efeitos especiais ao figurino. Um dos focos foi pensar em cenários que tragam sensações diferentes para o público, mas que ainda sim, tragam um pouco de nostalgia junto da história que passa de geração em geração. Painéis de fundo, mobiliário, cores, identidade visual, iluminação e quaisquer outros elementos visuais que possam ser inseridos em um espetáculo que assim como todos outros tem uma mensagem e uma imagem a passar.

O assoalho da cena é constituído de um disco, sobre o qual dividindo-o em setores, montam-se cinco cenários, cuja a mutação pode ser feita rapidamente à vista do publico. O palco

A escolha do Teatro Municipal de São Paulo para a inserção da peça foi de suma

giratório do Teatro foi projetado para se transformar em mais um recurso cênico definitivo do

importância por conta do palco italiano, tendo como maior característica a disposição frontal de

Teatro Municipal de São Paulo. Foram projetados todos os componentes mecânicos e eletrônicos

palco/plateia, palco delimitado pela boca de cena e cortina – e consequente “quarta parede” –

necessários para que ele funcione sendo eles acontecendo sobre quatro elevadores do palco. O

ou cortina que é fechada para mudança de cenários, tempo ou final da apresentação. , além da

sistema eletrônico foi concebido para acionamento com controle manual, automático ou

presença da caixa cênica com urdimento, coxias e varandas.

integrado à mesa de iluminação cênica do teatro.

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PROJETO CENOGRAFICO:

• VISTA DE CIMA - PALCO GIRATÓRIO

• VISTA DE CIMA - PALCO GIRATÓRIO (DIVISÃO DOS ATOS)

Ao decorrer da partir da peça o palco vai girando e consequentemente mudando os

No Segundo ato acontecem as cenas em que os personagens vão para o circo e entra

cenários. O centro do palco/ cenário da-se a partir de um monte que pode ser visto por todos os

em foco o caminhão em que Pinóquio se apresenta e algumas bandeiras coloridas por cima dar

seus lados conforme o cenário gira. A essência do projeto é dar a experiência para que o

ao ambiente um ar mais festivo, mas para entrar em contraste utilizamos cores mais fechadas

espectador possa ver todas mudanças de cena sendo elas um cenário único sem a restrição de

pois é a primeira cena em que o herói sai da sua zona de conforto.

paredes para deixar a experiência dentro do teatro ainda mais estimulante e real. Os atos são divididos em: Ato 1 : Vila/casa do Pinóquio. Ato 2 : Local do teatro de marionetes. Ato 3 : Plantação de moedas Ato. 4 : País dos Brinquedos. Ato 5 : O mar No primeiro ato, ocorre a as cenas em que Pinóquio esta em sua casa, então o cenário é

Quando chega o terceiro ato o cenário é apenas composto por arborização e tons esverdeados. O que fica mais em evidência são ao figurinos e os atores.

constituído em uma fachada de uma vila e quando sobre o primeiro painel mostra o interior de sua casa, a vila é inspirada nas vilas antigas de Londres , usando materiais que imitam concreto e madeira para a montagem do cenário. A tabela de cores do primeiro ato fundamenta se em:

Dentro do terceiro ato vai acontecer o cenário do pais dos brinquedos, uma ilha idealizada onde tem muitas crianças, luzes e musicas ao decorrer do ato, ele é elaborado a partir de muitas cores vivas.

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PROJETO CENOGRAFICO:

O ultimo ato primeiramente é composto por outra vista do morro, e uma visão preliminar do mar onde o personagem vai entrar, assim que ele entra, o painel de fundo do mar desce e junto com ele aparecem os objetos complementares. As cores utilizadas nesse cenário são mais orgânicas e que façam alusão ao fundo do mar.

(Roteiro da peça de minha autoria em anexo)

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 1 Cena 1

Cena 2

Cena 3

Cortinas se abrem musica “The Blue Fairy theme – leigh harline” no minuto 2:15 Cena 5

Cena 4

Painel sobe mostrando o interior da casa

Cortinas se fecham

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 2 Cena 6:

Cena 7 :

Cena 8:

palco vira e os três chegam até o teatro.

Cena 9:

Musica: Não há cordões em mim – filme Pinóquio,1940 Luz focada no Pinóquio

Cena 10:

Cena 11:

Palco gira

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 3 Cena 12:

Cena 13:

Cena 15:

Cena 16:

Cena 14:

musica “Turn On The Old Music Box” do Filme Pinóquio. Palco gira.

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 4 Cena 17:

Cena 18:

Musica começa a tocar “Coach to Pleasure Island” no min

musica “transformation” de fundo, do filme Pinóquio.

3:00.

O ato volta para a cena do circo, onde passam todos meninos burros com os homens e saem de cena.

Palco gira e vai ate o cenário da praia e começa a tocar a musica “Desolation Theme” de Pinóquio, 1940.

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 5

Painel com fundo do mar desce

Painel preto desce fazendo alusão ao interior da baleiac com o barco do Gepeto. ( musica “Desolation Theme” min 1:30)

Cortinas fecham e se abrem com Pinóquio e Gepeto fora da baleia (painel sobe)

Projeção baleia

Palco gira pela ultima vez voltando pro cenário 1

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 6

Fada desce por um cabo

Cortinas se fecham

Musica “When You Wish Upon A Star” começa a tocar.

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PROJETO CENOGRAFICO: ATO 6

Fada desce por um cabo

Cortinas se fecham

Musica “When You Wish Upon A Star” começa a tocar.

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PROJETO CENOGRAFICO: PALCO GIRATÓRIO

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PROJETO CENOGRAFICO: PERSPECTIVAS DO PROJETO.

Ato 1 - vila

Ato 3 - Plantação

Ato 2 – Teatro de marionetes

Ato 4- País dos brinquedos

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PROJETO CENOGRAFICO:

Ato 5

Ato 6

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PROJETO CENOGRAFICO: DETALHES

Ato 1

Ato 1 e 6.

Ato 3

Ato 4

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PROJETO CENOGRAFICO: DETALHES

Ato 5 – Mar.

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PROJETO CENOGRAFICO: LISTA DE OBJETOS

OBJETOS EM MADEIRA : inseridos na cidade e “dentro da baleia”

PLANTAS E PEDRAS EM ISOPOR: inseridos no “fundo do mar.”

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FIGURINOS:

PINÓQUIO

GEPETTO

GRILO

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FIGURINOS:

CORVO

MENINOS DA ILHA

MENINOS DA ILHA

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FIGURINOS:

GATO

RAPOSA

FADA AZUL

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ANEXO: ROTEIRO DA PEÇA

Musica “off to school- leigh harline” começa a tocar

Roteiro da peça.

Abrindo as cortinas, luz no palco todo (sensação de dia).

Ato 1

Pinóquio aparece na porta da casa do cenário. Gepeto coloca uma mochila nele e lhe A peça se inicia com a musica “The Blue Fairy theme – leigh harline” e no minuto 2:15 da

musica, o personagem marceneiro entra em cena encontrando um pedaço de pau que ri e chora igual criança.

da tchau. No minuto 1:59 da musica. Os personagens Gato e a Raposa entram em cena, cochichando e olhando Pinóquio de longe. E gritam - Ei amigão! Como se chama e para onde

Assustado começa a chamar por seu amigo Gepeto que mora logo ali. – Gepeto! Gepeto! Estou ficando louco ou esse pedaço de madeira esta rindo? Gepeto aparece na janela e fica espantado com o que vê e logo começa a rir junto com o

pedaço de madeira. – isso daria uma marionete incrível! - Desce para pega-lo e entra para dentro de casa correndo com o pedaço de madeira. Marceneiro coça a cabeça e sai de cena. luz começa a focar apenas no interior da casa que se revela após subir o primeiro cenário. Com o cenário ainda subindo, mostra Gepeto no interior da casa dando seus últimos

vai? Pinóquio- Olá! sou Pinóquio e estou indo a escola. Raposa- Argh!! Escola (risos) não vai querer ir a escola, é muito chato! venha conosco! vamos te mostrar um lugar mais legal que escola. Raposa cutuca o gato que da risada da situação com a mão no rosto. E Pinóquio logo

responde animado – Jura? E que lugar legal é esse? Raposa - Vamos ao teatro de marionetes, lá você será um sucesso. Gato- Ele um sucesso e nos ricos.

toques na marionete. E quando o cenário termina de subir Gepeto fica maravilhado com o que acontecia naquele momento – que maravilha! Você esta vivo! Pinóquio- É, se você acha que ser atacado por cupins é legal, troco de vida com você (risos)

A Raposa da um cutucão no Gato. Pinóquio – meu pai disse que tenho que um menino bom. Raposa – ora, meninos bons preferem aprender na escola da vida!

Rindo, Gepeto diz - agora precisa se tornar um menino bom, indo para a escola e sendo

Pinóquio animado aceita se juntar aos dois.

obediente! você precisa ser visto como um menino normal.

Cenário vira e os três chegam até o teatro.

Pinóquio - mas eu sou de madeira, não sou normal. Gepeto - o que importa é você ser um bom menino, Pinóquio! Pinóquio - Pinóquio? Gepeto – É , vai ser seu nome agora, você gostou? Pinóquio – até que é legal sim ( risos) Os dois se abraçam. Gepeto levanta de sua cadeira e diz – amanhã você precisa ir para a escola, use esse caderno e seja obediente ok?! Pinóquio sem gostar muito da idéia responde – ta bom papai! Cenário se fecha novamente e a luz se apaga (sensação de noite). Cortinas se fecham pela primeira vez.

Ato 2 Chegando ao teatro, Strombole fica encantado quando o vê, o chacoalha e dizendo nunca vi um um boneco de madeira andar, falar e dançar. Onde estão suas cordas? Pinóquio rindo responde – não há cordões em mim não!

Strombole responde – eles vão amar você! Vão adorar! Empurrando Pinóquio em direção ao palco. Pinóquio sobe envergonhado e começa a cantar a musica “Não há cordões em mim – filme Pinóquio,1940” luz foca somente no Pinóquio cantando. Ao acabar a musica todos que estão na plateia do cenário batem palma e gritam. Pinóquio sai do palco ao final da sua apresentação e Strombole lhe da moedas e em

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seguida sobe para agradecer no palco.Gato e a raposa festejam com Pinóquio e dizem – agora precisamos dar um jeito nessas moedas Pinóquio, você tem que investir.

minha opinião é o contrário: a marionete continua viva. Mas se por desgraça não estiver viva, será sinal de que realmente está morta.

Pinóquio - investir?

A marionete acorda e se pergunta onde estão suas moedas

Raposa – sim, investir! Tem que planta – las para dar uma arvore de moedas e você ficar

Grilo falante - que moedas?

rico.

Pinoquio - eu ganhei moedas no show de marionetes e as plantei para nascer um pé Pinóquio - nossa isso seria uma ótima ideia! Onde podemos fazer isso? Raposa – ora é aqui do lado! Vamos lá Palco gira, Musica começa a tocar (instrumental da musica Hi–hiddle-dee dee) e mostra o cenário das plantações.

de moedas Grilo da risada e diz : E não deveria estar na escola ao invés de estar plantando moedas? Pelo visto roubaram suas moedas meu caro. Moeda não nasce igual abobora. Pinoquio então responde: eu fui para a escola sim! Mas hoje não tinha aula! E seu nariz começa a crescer. O corvo e o grilo se olham e começam a rir . — De que está rindo? — perguntou

Pinóquio, — Da mentira que você contou. Diz o corvo

Ato 3

Pinoquio - Como sabe que eu contei uma mentira?

Ao chegarem na plantação, o Gato e raposa bem animados mostram como Pinóquio deve

Grilo - As mentiras, meu menino, se reconhecem logo, porque são de duas espécies: as que têm as pernas curtas, e as que tem nariz cumprido. A sua é justamente daquelas que têm o

plantar as moedas Raposa – veja, é só enterrar e deixar que cresçam.

nariz comprido.

Pinóquio – sera que demora muito tempo?

Corvo – essa marionete ai é um preguiçoso e ainda por cima mentiroso!

Raposa – a demora sim! Melhor que esperemos nessa arvore! – encosta na arvore e se

Pinóquio esconde a cara. — É um filho desobediente, que vai partir o coração do seu

pobre pai!... Nesse momento, ouviu-se um som sufocado de choro e de soluços. Quem chorava

cobre com seu chapéu. Pinóquio vai atrás se encostando tb e cai no sono. Então o gato e a raposa se levantam devagar para não acordar o Pinóquio e começam a rir baixinho escavando onde Pinóquio tinha guardado suas moedas. Gato e raposa saem de cena. Muda o cenário para noite. Entram em cena o corvo e o grilo falante.

Se aproximam de Pinóquio. O Corvo tateou o pulso, o nariz e os dedos mindinhos dos pés de Pinóquio. E pronunciou solenemente estas palavras: — A meu ver, a marionete está morta. Mas se por desgraça não estiver morta, então será indício seguro de que continua viva! — Sinto muito — disse o grilo — ter que contradizer o Corvo, meu ilustre amigo e colega. Na

e soluçava era Pinóquio. Grilo - Quando o morto chora, é sinal de que está a caminho da cura — disse solenemente E para aprender a lição ele ficou com o nariz grande por meia hora, e chorava tanto e veio pica paus e começaram a diminuir o tamanho do nariz dele. Triste Pinoquio continua a chorar por ter perdido suas moedas e passa alguns meninos cantando e rindo muito Pinóquio se levanta e pergunta : estão indo para a escola? Os meninos dão risada de Pinoquio e falam – que escola que nada, estamos indo para o pais dos brinquedos, lá você não vai precisar estudar nunca Pinoquio assustado pergunta: nunca? E os meninos respondem – nunca! O grilo tenta insistir para pinoquio voltar pra casa e ficar com seu pai

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Grilo- Pinóquio você tem que voltar para sua casa, seu pai esta te esperando uma hora

Grilo- eu o deixei a beira do mar ontem

dessas.

Pinoquio – o que estava fazendo? Pinóquio então diz – eu vou para o pais dos brinquedos grilo! La não precisa estudar,

ouviu o que eles disseram? E sai andando se juntando aos meninos .

Grilo - Fabricava um barquinho para atravessar o Oceano. Há mais de dias aquele pobre homem anda pelo mundo à sua procura.

Começa a musica “Turn On The Old Music Box” do Filme Pinóquio. Palco gira e muda de cenário.

Grilo consegue soltar Pinóquio que logo diz — A que distância fica a praia? – não muito longe, posso te levar até la. Palco gira e vai ate o cenário da praia e começa a tocar a musica “Desolation Theme” de Pinóquio, 1940.

Ato 4

chegando na praia Pinóquio amarra uma pedra em seu rabo pula na água.

Chegando na ilha, só tinha crianças e meninos, que brincavam, e era a maior bagunça. Musica começa a tocar “Coach to Pleasure Island” no min 3:00.

Ato 5

Pinóquio começa a brincar e jogar sinuca com seus amigos e seu amigo tira o chapéu assim revelando orelhas de burro. Assustado ele diz – O que aconteceu com sua orelhas?

Cortinas se fecham e desce o cenário do mar. Luz de fundo do mar e entram outros

Seu amigo rindo responde – muito engraçado, é sua vez, não vai jogar?

cenários de algas.

Apontando o dedo para o seu amigo Pinóquio continua – é serio, olhe para elas!

Andando no fundo do mar Pinóquio começa a chamar por seu Pai – Gepeto, Gepeto!

O menino para de rir e coloca

começa a musica “Monstro Awakens”

a mão nas orelhas e quando percebe o que esta

acontecendo e começa a gritar junto com todos os outros meninos que estão em cena. começam a entrar meninos vestidos de burro e sair os que estão com apenas orelhas.

Até que de longe avista uma baleia gigante que se aproxima dele e o engole mesmo ele tentando fugir.

(musica “transformation” de fundo, do filme Pinóquio.)

cenário todo se apaga e fica tudo escuro (barriga da baleia)

Começam a aparecer homens e levar os burros embora para vender, e Pinóquio mesmo só

entra um barco com o Gepeto dentro e se acende uma luz no barco

com as orelhas também é levado.

Pinóquio aparece e grita – papai? E de longe escuta – Pinóquio! ( musica “Desolation

o ato volta para a cena do circo, onde passam todos meninos burros com os homens e

Theme” min 1:30)

saem de cena.

Pinóquio corre para os braços do seu pai que o abraça.

Pinóquio foi é vendido para o circo de marionetes onde é preso por uma gaiola enquanto

Gepeto- Pinóquio, que saudades, achei que tivesse te perdido!

chora muito. Tempos depois passa o grilo falante e pergunta – ei coisinha, você viu por ai uma

Pinóquio abraçou o pai e disse – me desculpas por ter agido mal, agora quero ser um bom menino!

marionete chamada Pinoquio? Pinóquio ao ouvir a voz do grilo se levanta e diz – sou eu grilo!

Gepeto - A única coisa que importa, meu filho, é que você está bem.

Pinóquio! e o grilo assustado diz - o que aconteceu com você?

Os dois então logo começaram a pensar num modo de sair da barriga do bicho. Foi

Pinóquio – grilo, eu não sei nem por onde começar! Me tire daqui!

quando Gepeto teve a grande ideia de fazer uma fogueira para que ela espirrassem os dois para

Enquanto grilo arruma um jeito de tirar Pinóquio da gaiola começa a contar – você é filho

fora.

de Gepeto? E Pinóquio ansioso responde – Sou! É meu pai, tenho que voltar pra casa, ele esta bem?

Então eles começam a fazer uma fogueira com o barco quebrado. E logo começam a ver a baleia se irritar. começa a musica “Monstro Awakens” e as luzes se apagam novamente com som de agua.

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Ultimo ato Cenário levanta mostrando Pinóquio e seu pai molhados na beira da agua. Gepeto cobre Pinóquio com uma blusa e o leva para casa junto com o grilo. Palco gira para o cenário 1. Chegando em sua casa, gepeto seca a marionete e diz – agora esta tudo bem filho! Pinoquio - jamais vou mentir de novo pai, vou ser um bom menino e estudar bastante! Nesse momento, a Fada Azul aparece e sorridente diz ao boneco - Você foi muito valente salvando seu pai Pinóquio! e com isso, ganhou o direito de ser um menino de verdade. Pinóquio- um menino de verdade? meu nariz não vai crescer quando eu mentir? Grilo – Pinóquio! E todos riram e Pinóquio diz- vou ser obediente, vou ser um menino bom, um menino de verdade! Fada azul- então, que assim seja! Transformando a marionete em menino. Luz azul e fumaça no Pinóquio tirando suas orelhas de burro e seu nariz de madeira. Musica “When You Wish Upon A Star” começa a tocar. Narrador- Assim, a Fada transformou Pinóquio em um menino de verdade. E este viveu muito feliz com o seu pai, Gepeto, e com o amigo grilo. Cortinas de fecham, musica continua tocando.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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HOWARD, Pamela. O que é Cenografia?. Edições Sesc 2015 Astle, Randy – Elementos de Oz : Produzindo Vídeo ao Vivo e Teatro Interativo – 2017 – https://filmmakermagazine.com/100908elements-ofoz-producing-live-video-andinteractivetheater/#.XPbPONRKjIU –acesso em:04/06/2019.

RIBEIRO, J.M. Arquiteturas em palco. Lisboa: Instituto das Artes e Almedina, 2007

URSSI, Nelson. A linguagem Cenográfica. 2006. Pg122. Categoria – dissertação. Únicamp, São Paulo. RAMOS, Thalita – Desenhos que revolucionaram a cena teatral – 2015 vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.180/5548 – acesso em:04/04/2019. MANTOVANI, A. Cenografia. São Paulo: Ática, 1989. MAQUIAVEL, N. Mandrágora. Rio de Janeiro: Peixoto Neto, 2004. RATTO, G. Antitratado de cenografia: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Editora SENAC, 1999. TRAN, D. 6 Shows That Perfectly Combine Tech ans Text. American Theatre, The magic of Design, New Tork, 6 jul.

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