Centro de Convivência - uma nova proposta de espaço para o idoso | Vitória Maida

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC – SANTO AMARO

VITÓRIA MAIDA DE CARVALHO

CENTRO DE CONVIVÊNCIA – UMA NOVA PROPOSTA DE ESPAÇO PARA O IDOSO.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, orientado pelo Professor Mauricio Petrosino.

SÃOPAULO 2019



AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar este trabalho às seguintes pessoas: Em primeiro lugar minha família, em especial meu pai Roberto Augusto, que sempre acreditou em mim, me incentivou e encorajou, depositando suas expectativas no meu trabalho. Em segundo, agradeço aos meus amigos e grupo do TCC, que me apoiaram, me deram força e não me deixaram desistir. Ao meu orientador Professor Mauricio Petrosino, que me acolheu como sua orientada, dedicou seu tempo, sua experiência e deu grande contribuição para que, passo a passo, fosse alinhando meu trabalho e melhorando-o. A todos os professores que me ajudaram e contribuíram direta e indiretamente no meu progresso, compartilhando comigo suas experiências profissionais e pessoais. Ao Centro Universitário SENAC que me proporcionou adquirir mais conhecimento e boa formação acadêmica, através da qualidade dos seus docentes.



” Idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida; velho é quem perdeu a jovialidade. A idade causa a degenerescência das células; a velhice causa a degenerescência do espírito. Você é idoso quando sonha; você é velho quando apenas dorme. Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando já nem ensina...”.

NASCIMENTO, 1997



RESUMO

Tendo em vista o aumento do número de idosos no Brasil e no mundo, de acordo com dados quantitativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a inversão da pirâmide etária, este trabalho procura pensar numa estrutura arquitetônica que atenda mais eficazmente essa parcela da população. São detectadas carências e necessidades fundamentais que devem ser atendidas a fim de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas cada vez mais.

Palavras chave: idosos, IBGE, pirâmide etária, carência.

ABSTRACT

The population's aging phenomenon is occurring worldwide and, even in Brazil, the elderly is growing at a faster rate than children. According to IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics), in 2017 there were more than 30 million people over the age of 60 in Brazil (14.6% of the population. Even the smallest and simple design choice have potentially life-saving impacts. In this study, we wish to effectively contribute to a viable design (architectural structures) addressed to senior citizens. Designing for the elderly is complex. According to our findings, there are lots of improvements that can provide suitable conditions so that elderly people can continue to live in the best possible way.

Palavras chave: seniors, IBGE, age pyramid, deficiency.


SUMÁRIO

01 INTRODUÇÃO

02

ABORDAGEM ......................................................................................................................................................13 OBJETIVOS

........................................................................................................................................................15

JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................................................16 METODOLOGIA ...................................................................................................................................................16

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

...............................................................................................................19

TIPOS DE IDOSOS ..............................................................................................................................................22

O IDOSO

INTRODUÇÃO

03 CASA DE REPOUSO OU ILPI

................................................................................................................................................27

SURGIMENTO DOS ASILOS NO BRASIL ..... .........................................................................................................27 ASILO, ILPI OU CASA DE REPOUSO.....................................................................................................................29 ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL .........................................................................................................31


04 ESTUDO DE CASOS

05 A PROPOSTA

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BUT3 EDIFICIO BUTANTÃ

...................................................................................................................................39

LAR DE REPOUSO E CUIDADOS ESPECIAIS – DIETGER WISSOUNIG ARCHTEKTEN LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER – DIETGER WISSOUNIG ARCHTEKTEN LAR DE IDOSOS SANTA CASA DA MISERICÓRDIA – NUNO PIEDADE ALEXANDRE

INTRODUÇÃO TERRENO

.............................................43 ....................................45

.............................................................................................................................................49 ................................................................................................................................................49

CONCEITO/PARTIDO O PROJETO

................................41

................................................................................................................................56

................................................................................................................................................60

CONSIDERAÇÕES FINAIS

.......................................................................................................................87

CONCLUSÃO

................................................................................................................................88 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS APÊNDICE A ....................................................................................................................................................91


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01 INTRODUÇÃO

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ABORDAGEM

O assunto escolhido para este trabalho trata-se de um projeto arquitetônico visando ao melhor aproveitamento do espaço para o idoso, com o objetivo de enxergar seu papel na sociedade e suas necessidades que precisam ser atendidas no dia a dia. Para o desenvolvimento do tema, serão necessárias pesquisas baseadas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para entender o envelhecimento, com foco na população brasileira, as suas principais características, necessidades e dificuldades. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ou IPEA, sabe-se que o número de residências para idosos no Brasil é muito pequeno, sendo pública ou privada. Numa pesquisa datada em 2003, foram localizadas apenas 3.548 instituições no território brasileiro, totalizando 83.870 idosos, o que significa 0,5% da população idosa. O número representa uma pequena parcela da população, que daqui a alguns anos sofrerá, e já sofre, uma grande mudança etária. No Brasil existe uma pequena demanda pelo serviço, já que, muitas vezes a opção de internar um idoso ocorre apenas no limite da capacidade familiar em oferecer os cuidados necessários. De acordo com a Anvisa, o anexo 3.6 define a instituição para o idoso e regulamenta para que existam mínimas condições de uso para ela:

“3.6 - Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) – Instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade e dignidade e cidadania. (KARSCH, 2003).

Com base no estudo preliminar, o objetivo do projeto arquitetônico é proporcionar para o idoso todo conforto e condições de que ele precisa para ter uma vida saudável, como todo suporte de saúde, acessibilidade e lazer.

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OBJETIVOS GERAIS

O principal objetivo do projeto é analisar a situação do idoso, atualmente, e suas relações com a infraestrutura necessária e leis que devem ser atendidas para elaborar uma casa de repouso ou instituição de longa permanência. Ao mesmo tempo, trazer soluções sustentáveis para uma redução de custo para cada paciente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O foco do projeto arquitetônico consiste em encontrar soluções para que o idoso, na casa de repouso, possa desempenhar todas as suas funções, através da exploração dos espaços, como salas multiuso (yoga, dança, artes, costura), praça central de encontro, dormitórios com instalações sanitárias próprias.

Entender a rotina de um idoso

Entender suas limitações diárias

Buscar soluções para que ele continue sendo “útil” em sua estadia

Elaboração de espaços de convívio para encontros

Elaboração de salas multiuso para o lazer do idoso

Espaços para colaborar com limpeza, lavar roupas

Encontrar soluções sustentáveis para redução de custos

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JUSTIFICATIVA

Conforme pesquisas divulgadas por instituições especializadas como IBGE, Censo e IPEA, o número de idosos, devido a um contexto de mudanças na formação de famílias, tem crescido cada vez mais. As casas de repouso não são um ramo tão explorado na arquitetura, como deveriam ser, já que as condições dos habitantes estão mudando atualmente. Estima-se que em 2020, o número de idosos chegará a bater 14% da população brasileira, e não estamos preparados com a infraestrutura para enfrentar tal cenário. Casas de repouso trazem um ar triste e solitário para muitas pessoas. Com soluções arquitetônicas, a casa pode se tornar um lar com condições adequadas e tarefas adequadas, abandonando a antiga percepção.

METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho é dividida em duas etapas: (i) na primeira etapa é abordada a definição do tema, dos objetivos a serem atingidos e o referencial teórico com todos os conceitos principais e (ii) na segunda etapa é realizada a parte prática, por meio de visitas de campo em casas de repouso, conversas com representantes dos locais, funcionários e próprios pacientes. A partir das respostas, bem como da coleta de dados, será possível analisar os resultados, chegando às conclusões deste projeto.

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02 O IDOSO

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ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

O crescimento da população idosa é o resultado de dois processos: a alta fecundidade no passado, entre os anos 1950 e 1960 (registrou-se um crescimento anual de 3,1%), comparada com os dias atuais, assim, modificando a distribuição etária da população brasileira; e a redução da mortalidade da população idosa, resultando no aumento da expectativa de vida do idoso. Ambos processos alteram a vida do indivíduo, as estruturas familiares e a sociedade. [Ana Amélia Camarano - 2004, p. 26] A demografia de um país está diretamente ligada com o seu índice de desenvolvimento. À medida que existe uma urbanização e evolução no local, a taxa de mortalidade e natalidade tendem a cair. E este processo tem ocorrido no Brasil. Devido ao processo de urbanização, mesmo que tardio, comparado com outros países, como a França, o país sofreu alterações na dinâmica da vida da população. De acordo com o último Censo Demográfico, realizado pelo IBGE, em 2010, a pirâmide etária brasileira se assemelha a uma pirâmide, com bases largas e cume mais fino. O movimento de envelhecimento pode ser notado pela inversão da pirâmide, em que as bases começam a se estreitar e os cumes, alargar. A participação populacional maior de 60 anos, no Brasil, comparando os anos 1940 a 2000, teve um crescimento de 4,6%, enquanto o número absoluto de pessoas nesta faixa etária aumentou em nove vezes. Estima-se um aumento maior para 2020, vindo a atingir 14% da população brasileira. E ainda prevê um envelhecimento na própria população idosa, os chamados “muito idosos”. Segundo as pirâmides etárias absolutas comparativas entre os anos 2013 e 2060, podemos ver claramente o movimento de envelhecimento da população.

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Pirâmide Etária Brasil

Fonte: Fernando Nogueira da Costa. Professor do IE-UNICAMP, 2010.

Observa-se que 55% da população do Brasil são formadas por mulheres, e essa diferença de proporção se torna mais expressiva conforme aumenta o segmento etário. De acordo com Lloyd-Sherlock (2002, p. 30), “[...] mesmo que a velhice não seja universalmente feminina, ela possui um forte componente de gênero. Por exemplo, mulheres idosas experimentam uma probabilidade maior de ficarem viúvas e em situação socioeconômica desvantajosa. A maioria das idosas brasileiras de hoje não teve um trabalho remunerado durante a sua vida adulta. Além disso, embora vivam mais do que os homens, passam por um período maior de debilitação física antes da morte do que eles [Nogales (1998)]. Por outro lado, são elas que participam, mais do que os homens, das atividades extradoésticas, de organizações e movimentos de mulheres, fazem cursos especiais, viagens e trabalho remunerado temporário. Ao contrário do que fizeram na sua vida adulta, homens mais velhos têm maiores dificuldades de se adaptar à saída do mercado de trabalho [Goldani (1999) e Simões (2004)].” 20


As mulheres experimentam uma esperança de vida maior do que a masculina, diferença que vem aumentando ao longo do tempo. Em 1980, era de 6,1 anos e em 2000 passou para 8,4 anos. De acordo com o gráfico de distribuição etária por sexo, entre os anos 1940 e 2000, nota-se que a maior proporção do segmento idoso é a mulher.

Distribuição etária por sexo

Fonte: Ana Amélia Camarano; Solange Kanso; Juliana Leitão e Mello. IPEA, 2004.

Além de mais numerosa, as mulheres idosas atuais serão diferenciadas por um novo perfil: mais escolarizadas, mais engajadas no mercado de trabalho e com menos filhos. Espera-se que aumente o número de idosos demandantes de cuidados e que a oferta de cuidadores familiares se reduza.

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TIPOS DE IDOSOS

Os idosos são classificados quanto ao seu temperamento em quatro níveis diferentes (GRINBERG, Abrahão p. 50):

1. Eufóricos ou ativos: têm autoestima e apreciam a vida. Procuram sempre estar em atividade e nunca desanimam. Procuram estar sempre com quem amam. 2. Deprimidos: estão sempre esperando o pior, e encontrando dificuldades em tudo. São pouco ou nada sociáveis e podem se ofender facilmente. Como diria Camilo Castelo Branco “Era um acesso de hipocondria, uma invasão de tristeza”. 3. Assustados: estão sempre excessivamente preocupados consigo mesmo, e estão sempre marcando médicos. Receios e medos à flor da pele. Queixam-se amargamente da vida e não fazem nada produtivo. 4. Indiferentes: não se queixam de nada, tampouco ligam para a vida. Geralmente pessoas são insensíveis e apáticas. Levam a vida como um grande tanto faz, apenas esperando-a passar, sem amigos e sem famílias.

Além dos diferentes níveis de comportamento, devemos levar em conta as restrições de um idoso. Restrições podem ser relacionadas desde doenças, como câncer, alzheimer, quadros de demência, até perda do controle motoro com a idade. O esquema abaixo mostra a perda da funcionalidade de um idoso, levando-o para a imobilidade, em alguns passos.

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Esquema Perda da Funcionalidade do Idoso

Fonte: Autoral, 2019.

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Fonte: Autoral, 2019.

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03 CASA DE REPOUSO OU ILPI

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INTRODUÇÃO

Este capítulo do trabalho tem como objetivo entender como surgiram as primeiras Instituições de Longa Permanência e asilos para Idosos no Brasil, seus tipos, a evolução destas para os dias atuais, o seu crescimento e a acessibilidade, questão que sempre está presente quando pensamos no idoso, por suas necessidades e limitações diárias.

SURGIMENTO DOS ASILOS NO BRASIL

O envelhecimento populacional é tido como um avanço na humanidade, porém existem diversos desafios que serão enfrentados pela sociedade. Devido a mudanças sociais, famílias têm se modificado cada vez mais. A maior mudança foi a inserção da mulher no mercado de trabalho, contraceptivos e a correria no dia a dia. Famílias sem alternativas para manterem idosos em casa têm impulsionado a demanda por internações.

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Temos o surgimento do primeiro asilo nos anos de 520 a 590, fundado pelo Papa Pelágio II, do cristianismo, de acordo com Claudia Lysia de Oliveira Araújo (2010, p. 250),

” Define-se asilo (do grego ásylos, pelo latim asylu) como casa de assistência social onde são recolhidas, para sustento ou também para educação, pessoas pobres e desamparadas, como mendigos, crianças abandonadas, órfãos e velhos. Considera-se ainda asilo o lugar onde ficam isentos da execução das leis, os que a ele se recolhem. Relaciona-se assim, a ideia de guarita, abrigo, proteção ao local denominado de asilo, independentemente do seu caráter social, político ou de cuidados com dependências físicas e/ou mentais. Devido ao caráter genérico dessa definição outros termos surgiram para denominar locais de assistência a idosos como, por exemplo, abrigo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica e ancionato. Procurando-se padronizar a nomenclatura, tem sido proposta a denominação de instituições de longa permanência para idosos (ILPI), definindo-as como estabelecimentos para atendimento integral a idosos, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares para a sua permanência na comunidade de origem.”

Após o primeiro relato de asilo, o segundo foi surgir apenas em 1794, no Rio de Janeiro, chamada “Casa dos Inválidos”. A casa, no período colonial do Brasil, serviu para que os soldados velhos tivessem o descanso digno que mereciam, como reconhecimento de seus serviços. Mas, antes de existir uma instituição especifica focada para os idosos, eles eram abrigados em asilos de mendicidade, junto com outros pobres, doentes mentais, crianças abandonadas, desempregados. Com o aumento da internação dos idosos, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 1964, passou a atender somente idosos, se tornando a primeira instituição de gerontologia de São Paulo. Nos asilos dos tempos atuais ainda se vê muita semelhança com estas primeiras instituições, um tanto ultrapassados em todos os aspectos, levando uma vida praticamente presa em um lugar. E existem muitas instituições que não atendem aos parâmetros básicos para o idoso

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Após pesquisas sobre o assunto (IPEA), no ano de 2000, apenas 0,8% da população idosa do país reside em asilos. Os estados com a maior proporção de idosos em ILPIs são Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás. O número de asilos no Brasil vem crescendo constantemente e é de extrema importância o estudo dos idosos, os hábitos, as legislações e tudo para que melhor possa atendê-los, proporcionando qualidade de vida e dignidade, e sendo acolhidos em resposta ao processo de exclusão social. Existe um certo preconceito quando tratamos de asilos. Pessoas logo pensam em lugares tristes e solitários, onde se espera literalmente a morte chegar. A mudança de lar para uma ILPI é sempre um grande desafio. O idoso deixará de lado toda sua rotina, sua casa, seus costumes e muitas vezes a família, ou seja, sua liberdade, para se condicionar a viver em conjunto e sob cuidados de alguém. Uma internação nem sempre é algo harmônico. Um idoso pode enxergar isso como abandono pela família, a aproximação com a morte, mas ocorre somente pela falta de capacidade de cuidar de si mesmo e de famílias despreparadas de cuidados. A demanda por instituições aumentou de uma forma significante. Algumas destas, muitas vezes, condicionam os pacientes para que possam estar ali, desde renda até membros familiares.

ASILO, ILPI OU CASA DE REPOUSO

Com a mudança do cenário brasileiro e a inserção da mulher no mercado de trabalho, tornou-se necessária a ajuda do Estado e mercado privado para dividir suas responsabilidades. Desta forma surgiram as ILPIs, CASAS DE REPOUSO E ASILOS, as quais foram ganhando força e necessidade, e hoje, o país já conta com 3.500 ILPIs, sendo a grande maioria privada. Os ASILOS são um estabelecimento para abrigo, sustento ou educação de pessoas com dificuldades de se manter, como dependentes químicos, idosos ou órfãos. Estes são essencialmente de responsabilidade do órgão do governo e que se comprometem com cuidados do ponto de vista alimentar, médico e de higiene. As ILPIs são um local destinado à moradia, permanente ou temporária, para pessoas com 60 anos ou mais. Segundo definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas 29


em domicílio coletivo de idosos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. A Anvisa esclarece que as ILPIs não são estabelecimentos voltados à clínica e terapêutica, mas residências coletivas, que atendem idosos com necessidade de cuidados prolongados.

Podemos classificar as ILPIs em três categorias principais, de acordo com as especializações de atendimento:

I MODALIDADE: destinada a idosos independentes para as atividades da vida diária (AVDs), mesmo que necessitem utilizar algum equipamento de autoajuda (andador, bengala, cadeira de rodas, adaptações para vestimenta, entre outros); II MODALIDADE: – destinada a idosos dependentes e independentes que necessitam de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e controle adequado de profissionais da área de saúde; III MODALIDADE: – destinada a idosos dependentes que necessitem de assistência total em pelo menos uma atividade da vida diária. Requer uma equipe interdisciplinar de saúde. As instituições de longa permanência para o idoso, como já discutido acima, acabam por vez excluindo o mesmo da sociedade, e muitas vezes isolando-o numa bolha, levando-o à inatividade física e mental. Oferecem somente o necessário para saúde e higiene básica. Este é o modelo antigo de asilo que temos utilizado muito nos dias de hoje. As CASAS DE REPOUSO, por sua vez, são instituições governamentais ou não-governamentais, acolhem pacientes com mais de 60 anos, dependentes e independentes, que necessitem de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e controle adequado de profissionais da área da saúde, é destinada à prestação de serviços médicos, de enfermagem e demais serviços de apoio terapêutico, com responsabilidade médica e possui caráter de internato.

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ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL

A NBR 9050, também conhecida como a norma de acessibilidade, foi criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Foram estabelecidos parâmetros técnicos para auxiliar uma obra a ser mais acessível, e incluir uma grande parcela da população, entre e oferecendo qualidade de vida e acesso à serviços básicos. O órgão responsável pela aplicação da norma são os Arquitetos e Engenheiros que possuem o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). A norma garante que todas as pessoas possam circular e acessar todas as partes da cidade. Um exemplo de aplicação da NBR 9050 são rampas acessíveis, as vagas exclusivas, os corredores e a circulação interna, medidas de portas. São chamados de parâmetros antropométricos. Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as medidas entre 5 % a 95 % da população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de estatura elevada”. (2015, ABNT p. 6 – edição 2015)

Pessoas em pé: deslocamento.

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

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Pessoas em cadeira de rodas (P.C.R)

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

Modulo de referĂŞncia (M.D)

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

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Modulo de referência (M.D) - módulo de referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não.

Área para manobras de cadeira de rodas sem deslocamento

i.

para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m;

ii.

para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m;

iii. para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

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Ă rea para manobras de cadeira de rodas com deslocamento

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

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Alcance manual

Fonte: ABNT 2015, Todos os direitos reservados

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04 ESTUDO DE CASOS

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BUT3 EDIFÍCIO BUTANTÃ BUT3 – Edifício de uso misto

Ficha técnica

Projeto: BUT3 – edifício de uso misto Localização: Pinheiros | SÃO PAULO Ano projeto: 2018 Área construída: 1500 M² Cliente: privado Programa: habitacional | comercial

Fonte: GOAA, 2018.

Projeto de um edifício de uso misto na Rua Butantã. O projeto foi dividido em duas etapas, sendo a demolição de parte da cobertura existente, configurando uma nova entrada e na construção de novo bloco que abriga uma área comercial no térreo, e mais unidades habitacionais. A repetição do modulo habitacional gera uma forma dinâmica e escalonada, proporcionando terraços e varandas que se voltam para a rua. Desta forma, a volumetria deixa livre uma faixa de terreno que vai da rua aos fundos do terreno, garantindo boas condições de ventilação e iluminação para as unidades e uma livre circulação no térreo do edifício. 39


Volumetria inicial (A) e volumetria final (B)

(A)

(B)

Fonte: GOAA, 2018.

O projeto me auxiliou definindo os fluxos livres do térreo, proporcionando um espaço para atividades conjuntas e circulação de funcionários, pacientes e clientes. Este espaço definiu o programa do meu projeto.

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LAR DE REPOUSO E CUIDADOS ESPECIAIS Lar de repouso e cuidados especiais

Ficha técnica

Projeto: Lar de Repouso e Cuidados Especiais / Dietger Wissounig Architekten Localização: Leoben, Áustria Ano projeto: 2014 Área construída: 3024.0 M² Cliente: privado Programa: lar de repouso e cuidados especiais

Fonte: Archdaily, 2016

O lar possui três pavimentos com um porão semienterrado, construídos em concreto e madeira. O térreo do projeto abriga as zonas públicas e semipúblicas, como áreas de convívio, refeitórios e administração. O primeiro pavimento acomoda duas zonas residenciais apropriadas para pacientes com demência. Cada zona pode abrigar até doze residentes, acomodados em dormitórios individuais com áreas para refeições e terraços conectados. O segundo pavimento contém uma nova ala para 25 residentes, uma área comum para refeições e lazer. O projeto se preocupou muito com os ambientes e a iluminação, com o intuito de não deixar ambientes escuros demais. Para isso, utilizaram jardins de inverno, dos terraços e das aberturas estrategicamente posicionadas nas circulações, e assim, garantindo uma iluminação natural para todo o edifício. 41


Planta baixa primeiro pavimento

Fonte: Archdaily, 2016

Jardim de inverno

Fonte: Archdaily, 2016

O projeto do Lar de Repouso e Cuidados Especiais /Dietger Wissounig Architekten me auxiliou no estudos dos espaços livres internos da instituição. Foi pensado num espaço livre para convivência e atividades em conjunto.

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LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

Edifício externo

Ficha técnica

Projeto: Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten Localização: Graz, Áustria Ano projeto: 2014 Cliente: privado Programa: lar de idosos Fonte: Archdaily, 2016

O lar possui dois pavimentos no térreo de um antigo pavilhão de Hummelkaseme, construídos em concreto e madeira. Possui uma forma quadrada com cortes assimétricos onde são divididos em oito blocos, formando assim habitações de comunidade, quatro em cada pavimento, totalizando uma casa para 49 moradores idosos. Cada comunidade habitacional possui dormitórios, cozinha e uma área para refeições que suporta a capacidade de 13 pacientes e 1 enfermeiro. Cada dormitório possui uma janela com parapeito baixo, que pode servir como banco.

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P.B. Primeiro Pavimento

P.B. Segundo Pavimento

Fonte: Archdaily, 2014

Fonte: Archdaily, 2014

Fonte: Archdaily, 2016

Fonte: Archdaily, 2016

O projeto do Lar de Idosos Peter Rosegger /Dietger Wissounig Architekten me auxiliou no estudos dos espaços livres internos da instituição. Ele cria espaços restritos para cada bloco de apartamentos. 44


LAR DE IDOSOS SANTA CASA MISERICÓRDIA

Fachada Lar para Idosos

Ficha técnica

Projeto: Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia / Nuno Piedade Alexandre Localização: Ponte de Sor, Portugal Ano projeto: 2018 Cliente: privado Programa: lar de idosos

Fonte: Archdaily, 2014.

O projeto traz uma estrutura residencial para pessoas idosas com 10 quartos duplos e 4 quartos individuais, perfazendo 24 camas, tendo todos os quartos instalações sanitárias próprias. As aberturas da fachada buscam "capturar" a maior área possível de paisagem/espaço exterior para o interior de cada quarto a maior concretização. Em suma o projeto resulta de um programa, um conceito de vivência e uma relação com a malha urbana.

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Vista interna dormitório

O projeto Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia / Nuno Piedade Alexandre propõe um edifício no meio de um bairro residencial, com diferenças bastante visíveis. Ele deixa claro um uso diferenciado no bairro, o que apropriei para o meu projeto.

Fonte: Archdaily, 2016

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‘

05 A PROPOSTA

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INTRODUÇÃO

A proposta tem o objetivo de, junto com a arquitetura, produzir um espaço dinâmico que motive e traga esperança aos idosos. A partir deste objetivo, foram levantadas algumas referências, e como se pode solucionar o caso.

TERRENO

Para a escolha do terreno, foram levantadas algumas questões a serem atendidas em relação ao terreno: •

Bairro exclusivamente residencial

Bairro de fácil acesso

Bairro com comércios de rua

Bairro exclusivamente idoso O terreno escolhido para a implantação do projeto está localizado na Rua Onze de Fevereiro, Cidade Vargas, Jabaquara – SP. O bairro está inserido numa Zona Exclusivamente Residencial (ZER-2), e maior parte da população do bairro é idosa.

JABAQUARA

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A escolha do mesmo se deu pelo fato da predominância de idosos no bairro. Segundo o último Censo Demográfico, realizado pela Supervisão de Saúde em 2010, o Jabaquara apresenta uma população de idosos substancial, ocupando o 3º lugar no ranking da cidade de São Paulo, com 17,8% de idosos apresentando mais de 60 anos e, na faixa dos 80 anos, ocupa o segundo lugar Foto Cidade Vargas

Fonte: Google Maps, 2019. 50


Abaixo temos o levantamento para construção no local do terreno, segundo a Prefeitura de São Paulo:

Zoneamento (ZER – 2)

Fonte: Fonte adaptada pela autora (Gestão Urbana), 2019

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

O terreno está a 500 metros do Terminal Jabaquara, possui comércios pequenos de bairro, como padarias e restaurantes por quilo, estacionamentos, predominantemente residencial com o gabarito de altura de 2 ou 3 pavimentos. No trajeto Terminal Jabaquara – Terreno escolhido, existe uma escola (EMEI LEONOR MENDES DE BARROS) e algumas praças de pequeno porte.

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Foto aĂŠrea Cidade Vargas

Fonte: Google Maps, 2019. 52


Mapa de Uso e Ocupação do Solo

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Local: Jabaquara, SP Área total do terreno: 742.9 m2 Situação atual: construída Zoneamento: ZER 2 (zona exclusivamente residencial)

O terreno foi gerado a partir da demolição das casas na Rua Onze de Fevereiro, 362 e 364.

Mapa de Remoções

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TOPOGRAFIA

O terreno localizado na Rua Onze de Fevereiro tem 2 metros de desnível em relação a rua. Os cortes abaixo mostram a situação do terreno:

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CONCEITO/PARTIDO

Após o estudo e reconhecimento de uma problemática que o país vem enfrentando, criei o projeto do Centro de Convivência – uma nova proposta de espaço para o idoso. O projeto tem como objetivo criar um espaço não governamental direcionado para a terceira idade, com caráter residencial e com três opções de hospedagem, sendo elas: temporada, um único dia ou tempo indefinido. Deste modo, a partir de soluções arquitetônicas, e a partir do terreno e seu entorno, foi organizado o programa. O projeto se encaixa numa ILPI, ou seja, numa Instituição de Longa Permanecia para o idoso, destinado ao domicílio coletivo. Buscou-se adaptar e seguir normas da ABNT referentes à acessibilidade, um dos maiores déficits presentes em casas de repouso ou ILPI dos dias de hoje, com o intuito de deixar os espaços acessíveis e bem ocupados, e reintegrar o idoso a sociedade, uma vez que suas exigências básicas serão atendidas. Um ponto forte do projeto é a localização. O edifício do projeto está localizado a 500 metros do metro Jabaquara, linha azul da CPTM, fácil acesso, numa área exclusivamente residencial e um bairro predominantemente idoso, onde, assim, poderão ser criadas, no edifício, atividades para envolver o idoso do bairro com o residente do projeto, e deste modo integrá-los a sociedade novamente, Para a materialidade do edifício foi utilizado os brises na fachada, que possuem um sistema de deslizamento, coloridos, e, com a intenção de controlar a iluminação, ajudando assim no controle e economia da energia elétrica dele, e ajudando no conforto térmico, juntamente com as janelas e painéis de vidro. Na estrutura foi utilizado o concreto como material principal entre vigas, lajes.

O PROGRAMA

O programa foi pensado de acordo com a demanda, onde serão atendidos 24 pacientes. No pavimento térreo foram resolvidas toda parte administrativa, recepção, carga e descarga de alimentos, lixo e roupas (serviço de lavanderia terceirizado). Além disso, o térreo conta com uma área destinada a receber idosos do bairro, proporcionando atividades como oficinas de pintura, yoga, costura, música e palestras sobre saúde ou nutrição, e, deste modo, integrando os moradores do edifício com o seu entorno.

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No primeiro pavimento estão as salas de televisão, multiuso (para oficinas, aulas, reuniões e palestras), uma sala específica para atendimento médico, psicológico e fisiológico, um posto de enfermagem e um terraço do uso exclusivo dos moradores. Nos pavimentos de número 2,3 e 4 estão os dormitórios. São quatro dormitórios por pavimento, todos compartilhados (até 2 pacientes por quarto) e com suas próprias instalações sanitárias acessíveis, totalizando 24 vagas. O quinto pavimento é resolvido com o refeitório que atenda todos os pacientes ao mesmo tempo, uma cozinha e uma dispensa de alimentos. No último pavimento teremos um terraço que funciona como um solário. Nela terão mesas para os pacientes jogarem cartas, conversarem, tomares sol, e uma horta para que possam tomar conta e contribuir nas atividades. Um ponto forte da proposta, mas ainda em desenvolvimento, são as soluções sustentáveis que o programa e a casa terão a fim de reduzir custos e preservar o meio ambiente. Serão utilizadas placas para a captação de energia solar para os chuveiros e torneiras, além disso, a captação de águas fluviais e água para reuso. Esquema de Programa

Fonte: Autoral, 2019. 57


A seguir, o cálculo de cada área (em metros) pensada para o programa, dividindo em duas tabelas: serviço, incluindo a parte administrativa do projeto, as área de deposito, recepção e cozinha; espaço comum dos idosos, que inclui o programa de lazer, residencial e refeitório.

Tabela Programática (área em metros)

Fonte: Autoral, 2019.

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O PROJETO IMPLANTAÇÃO

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O PROJETO PLANTAS

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O PROJETO CORTES

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O PROJETO FACHADAS

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REFERÊNCIAS DO BRISE SOLEI

EDIFÍCIO POP MADALENA, SÃO PAULO ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS

EDIFÍCIO BOX 298, SÃO PAULO ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS

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O PROJETO VOLUME

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06 CONCLUSÃO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o tema do projeto e dados referentes, foi possível entender a situação do Brasil em relação ao desenvolvimento da população. São diversas mudanças, desde a economia até padrões sociais no país, fazendo com que o índice de desenvolvimento humano se altere. A busca por casas de repouso ou instituições para o cuidado do idoso, desde então, têm crescido assustadoramente. "Segundo as projeções anteriores do IBGE (revisão 2013), o Brasil se tornaria um país idoso em 2029, quando haveria 39,7 milhões de jovens (0-14 anos) e 40,3 milhões de idosos (60 anos e mais)...”. José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; em artigo publicado por EcoDebate, 2018. Através das pesquisas de dados obteve-se muitos aprendizados, como o surgimento dos primeiros asilos no Brasil, e a partir dali, como isso reflete nos dias de hoje, e ao mesmo tempo, foram detectados problemas relacionados com a falta de uma infraestrutura própria para atender um idoso, e como fazer com que, a partir da arquitetura, estes problemas sejam corrigidos. Com isso, tendo o foco da pesquisa a casa de repouso, através da análise do cenário nacional, conseguiu-se mapear um possível programa que melhor atenderia a parcela idosa da população, levando em conta todas as dificuldades e necessidades encontradas no dia a dia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INSTITUTO DE LONGEVIDADE (Brasil) (Ed.). Você sabe a diferença de um asilo para uma ILPI?: Tire aqui suas dúvidas. 2019. Disponível em: <https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-saude/voce-sabe-diferenca-de-um-asilo-para-uma-ilpi-tire-aqui-suas-duvidas>. Acesso em: 30 set. 2019

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ROCHA, Carolina Teixeira da. COMPLEXO VIVA BEM: CENTRO DE CONVIVÊNCIA E HOSPEDAGEM PARA IDOSOS. 2017. 113 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro Universitario Moura Lacerda, RibeirÃo Preto, 2017. Disponível em: <https://issuu.com/carolinateixeira24/docs/complexo_20viva_20bem_20-_20carol_2>. Acesso em: 01 jun. 2019.

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WISSOUNIG, Dietger. Lar de Idosos Peter Rosegger. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-roseggerdietger-wissounig-architekten>. Acesso em: 01 jun. 2019.

WISSOUNIG, Dietger. Lar de Repouso e Cuidados Especiais. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/788077/lar-de-repouso-ecuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten>. Acesso em: 01 jun. 2019.

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APÊNDICE A

Entrevista e coleta de dados

Profissional Valéria Nicolau de Sousa Carvalho Casa de Repouso Adonai – 14/05/2019

1)

Quantos anos coordena a Casa de Repouso Adonai? Este ano fazem 16 anos. Comecei em 2003.

2)

Durante seu tempo na casa, você percebeu um aumento na procura para os idosos?

Sim, a população de idosos no Brasil tem aumentado nos últimos anos, com isso a procura pela ILPI (Instituição de Longa Permanência) também. Juntamente com a procura do lar, os pacientes e familiares procuram cada vez mais casas com atividades e incentivos a vida do idoso.

3)

O que você acha imprescindível ter numa casa de repouso?

Equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e auxiliares e técnicos de enfermagem. É importante que os idosos tenham algum tipo de atividade para não passarem o tempo ociosos, como discorrido acima.

4)

O que falta na sua clínica? Um consultório que possa ser usado para atender os pacientes por especialistas como médicos, fisioterapia e consultas diárias.

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5)

Comente sobre o fluxo de pessoas.

A clínica possui apenas uma saída pois a casa foi adaptada ao longo do tempo. O ideal seria ter uma saída de emergência e uma saída para visitas e pacientes, e médicos porventura; um estacionando para ambulâncias, assim não tumultuando e atrapalhando o fluxo da rua. É muito importante ter essa diferenciação de fluxos, pois não sabemos quando pode acontecer um incidente, mas na

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