NOVA VILA residencial para idosos
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Centro Universitรกrio Senac Leonardo Ferrari Vilela
Nova Vila: Residencial para idosos
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Sรฃo Paulo 2019
Leonardo Ferrari Vilela
Nova Vila: Residencial para idosos
Trabalho final de graduação apresentado como requisito final para obtenção do diploma de Bacharel em arquitetura e Urbanismo, no Centro Universitário Senac
Orientado pelo professor Maurício Miguel Petrosino. São Paulo 2019 Página 5
AGRADECIMENTOS
Agradeço a toda minha família e em especial minha mãe, Angelina, por me fazer ser uma pessoa melhor todos os dias; a minha irmã, Cínthia, por ser a minha maior fonte de inspiração e minha prima, Letícia, por ser a minha eterna companheira da vida e por fim ao meu pai que está me olhando, guardando e vibrando com as minhas vitórias lá do céu. Sou grato aos meus amigos da faculdade, amigos da vida e amigos que se tornaram família, em especial a Rafaela e Michele por se doarem e estarem ao meu lado em todas as ocasiões e Mariana por me dar forças e me acalmar nos momentos de agústia. Por fim, agradeço ao meu orientaddor e todos os mestres e que tive ao longo da minha vida acadêmica e escolar pois foram eles que me fizeram me apaixonar cada dia mais por esse curso, que não forma somente profissionais, mas também forma pessoas com poder crítico e com um olha diferenciado sobre a vida e questões cotidianas. Obrigado.
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EPร GRAFE
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RESUMO
A tecnologia avançando progressivamente para a longevidade da vida humana está gerando uma escassez de lugares especializados para prestar maior suporte ao idoso, em paralelo, a juventude contemporânea não está mais priorizando a vida consolidada em uma determinada região. Este trabalho tem como proposta projetar uma residência para idosos com base nos meios de vida em comunidade como vilas e cortiços familiares, com a intensão de ressignificar a moradia dentro desse tipo de arquitetura nas gerações passadas visto como perturbador, enclausurado e vulnerável para a ocorrência de maus tratos ao idoso para se tornar no futuro um ambiente onde proporcionará maior acolhimento, cuidado e fonte de autonomia à terceira idade, onde terá segurança e vida social ativa. Palavras-chave: Residência para idosos. Comunidade. Cuidado. Segurança.
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ABSTRACT
Technology progressively advancing the longevity of human life is generating a dearth of specialized places to provide greater support to the elderly; in parallel, a contemporary youth is no longer prioritizing consolidated life in a regional region. The purpose of this paper is to design a residence for the elderly based on community livelihoods such as family villages and tenements, with the intention of re-signifying a dwelling within this type of architecture in the past seen as disturbing, cloistered and vulnerable to a situation of bad living. treating the elderly to make in the future an environment in which they provide greater reception, care and a source of autonomy in old age, where they will have security and an active social life. Keywords: Residence for the elderly. Community. Watch out. Safety.
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SUMÁRIO
4 5 6 7 12 14 15 15 18 19 20 21 22 26 27 30 32 38 39 46 49 72 76
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AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE RESUMO ABSTRACT 1.INTRODUÇÃO 1.1. OBJETIVO 1.2. JUSTIFICATIVA 1.3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.FUNDAMENTAÇÃO 2.1. IDOSO 2.1.1. Idoso e sociedade 2.1.2. Sentimento de pertencer 2.2. VILAS OPERÁRIAS NO BRASIL E CORTIÇOS FAMILIARES 3. ESTUDOS DE CASO 3.1. VILA DOS IDOSOS, SÃO PAULO. BRASIL 3.2. CAMPUS DE CUIDADOS COM O IDOSO, MORTSEL. BÉLGICA 3.3. LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER, GRAZ. ÁUSTRIA 4. O LOCAL 4.1. RESPIRO DA CIDADE 5. PROPOSTA 5.1. PROCESSO CRIATIVO 6. CONCLUSÃO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPร TULO UM
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“
O modo de vida nômade está fundamentado na existência e nas experiências sem fronteiras, e não na comodidade sedentária. O nomadismo como prática dos povos nômades tradicionais pode ser entendido como a não permanência em um local, não havendo uma habitação fixa como um padrão de moradia. Para Kronenburg (2002), “o êxito da razão humana está em nossa habilidade para sermos flexíveis”. Franco et al (2009) aponta que a constante mudança é a base para o sustendo de uma tribo em civilizações nômades.
”
(SUGAI, MARIANA MIDORI MOREIRA; NOGUEIRA, ALEX. Pág. 02)
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Introdução
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Seguindo o pensamento da moradia nos mais diversos modelos de vida, temos a primeira moradia, também conhecida como casa da infância. Nela temos muitas memórias afetivas que nos acompanham ao longo das nossas vidas. É comum que a partir de uma certa idade, optamos por buscar um espaço diferente e não conectado aos familiares, isso ocorre no início da juventude adulta e como de se esperar, a vida cotidiana passa a ser vista diferente e sem mais o cuidado e amparo dos mais velhos. Geralmente neste momento passasse a seguir um estilo de moradia mais contemporâneo, optamos por residir em lugares cada vez menores e por um tempo determinado. O desejo por liberdade faz com que os sonhos antigos de uma residência própria e de permanência fixa vá se perdendo e dando espaço para casas e apartamentos de aluguel e viagens de longa estância onde não é criado muita expectativa de consolidação e longa estadia. O IBGE vem constando que a taxa de mortalidade em relação ao Brasil e São Paulo vem decaindo, levando em conta os dados de 2010, 2020 e 2060, e a de natalidade não está ata, fator que resulta na chamada “pirâmide invertida” (fig.01). Com o envelhecimento da população e o termo “nomadismo contemporâneo” mais presente entre os jovens, veio à tona a insegurança de onde morar quando envelhecer. Como hoje em dia a relação entre os centros de apoio e a falta de afeto enfraqueceu, as gerações mais novas, apesar de muitas vezes não pensarem nessas situações futuras, quando questionados, cogitam cada vez a viabilidade de vir a frequentar este novo modelo de moradia que envolve privacidade, convivência e enfermaria imediata.
fig. 01
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1.1. Objetivo
Uma parcela considerável da sociedade tem uma perspectiva ainda muito negativa quando tratamos de centros de acolhimento para idosos. Tendo em vista que em suma se encontram em residências que não foram projetadas para este tipo de uso, muitas são as consequências qualitativas de espaço, uma vez que uma residência unifamiliar não atende todas as necessidades mínimas para uma tipologia como esta. Como consequência deste tipo de adaptação, é possível perceber que a acessibilidade é prejudicada em virtude dos espaços adaptados que não possuem os parâmetros adequados para suprir o déficit. Também de extrema importância para uma apropriação digna dos moradores, é efetiva a não valorização estética que faz com que o clima do ambiente seja menos acolhedor. Outra consequência desse tipo de implantação são os efeitos do processo de descentralização urbana, o que possibilita o surgimento de novos centros e consequentemente altera o fluxo da região em virtude das áreas que antes eram predominantemente residenciais e que passaram a ser de uso misto. Após algumas observações votadas para funcionalidade desta tipologia de edifício, é de extrema importância o olhar cuidadoso e compreensivo sobre os limites desse tipo arquitetura. De acordo com as pesquisas e estudos levantados, um dos pontos mais relevantes para a existência dessa arquitetura com qualidade é a acessibilidade, que se torna essencial para a apropriação individual e independência das atividades, mas ainda mantendo a convivência social. A vida individual é necessária e de grande relevância para manter a autonomia e independência do idoso, mas que é pouco estimulada atualmente, pois replica um modelo que parte de leitos compartilhados até salas de convívio que não favorecem a troca de experiencia e comunhão dos residentes. Partindo de um ideal de projeto que priorize a qualidade e moradia adequada, levando em conta a acessibilidade e buscando manter o foco nas diferentes delimitações, gerando assim amparo em situações do cotidiano e considerando o uso correto de artifícios, tanto como conforto ambiental e estética dos ambientes propostos (resultantes da comodidade e aconchego em sua totalidade benéfica), quanto na valorização do entorno que por sua vez é pacato e familiar devido ao gabarito baixo, leito carroçável estreito e fluxos em massa de acordo com horários comerciais. Levar a vivência interpessoal para os moradores é indispensável e possui grande significado, uma vez que a vida em comunhão auxilia no melhoramento físico e psicossocial. No entanto é importante, ainda que mínima, manter a autonomia e individualidade, preservando a memória afetiva. Página 16
Utilizando os fatores de conforto e habitação em conjunto com as situações e vivências pontuadas acima, uma residência para a terceira idade é extremamente complexa e necessita de cautela, pois estamos tratando de uma faixa etária que necessita de cuidados preferenciais.
1.2. Justificativa Como a longevidade da terceira idade e as formas de habitação para esse tipo de uso, no geral ainda não possuem muito aprofundamento, o principal ponto da proposta a ser elaborada permeia pela ideia de uma moradia digna e com o maior conforto nesse período de vida tão delicado. Com o avanço da tecnologia, a idade média do brasileiro aumentou e também os jovens estão cada vez mais instáveis em relação a moradia. Ao analisar esses dados, teremos em um futuro próximo, muitos jovens com a rotina longe de idosos familiares, fazendo com que as pessoas de mais idade fiquem sem resguardo e amparo em situações cotidianas. A ideia de projetar um espaço ideal dentro de todas as condições a serem atendidas, é desconsiderar qualquer adaptação em edifícios que não foram projetados para aderir ao uso. Na maioria dos casos, os anexos criados e reformas afim de adaptar os espaços internos não são ideais para a terceira idade. De acordo com os levantamentos realizados, é possível identificar falhas na acessibilidade, na qualidade do fluxo interno e também na sua totalidade espacial.
1.3. Procedimentos metodológicos Partindo de um trabalho que tem como base de estudo a terceira idade, foi possível determinar entre as pesquisas de campo, conversas com os usuários nos locais e dados de uso do solo. As principais ferramentas para base de projeto, estudo de implantação adequada e volumetria ideal onde estão sendo consideradas as características da região e dimensões do terreno. Para a primeira parte do trabalho foi feita uma curadoria bibliográfica com levantamento de dados e apropriação dos embasamentos teóricos em questão. A segunda parte consiste em fazer visitas de campo no local, entrevistas aos moradores da região e identificação das potencialidades e problemáticas. Após esse cadastramento, a visita em lares de acolhimento para idosos foi fundamental para entender a rotina dos membros e os fluxos adotados pela equipe. Sendo assim, fundamentando a terceira etapa a partir da busca de referências projetuais, para basear o método construtivo e ligação com o exterior do lote, foi possível chegar em conclusões de projeto e uma abordagem arquitetônica a ser proposta. Página 17
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CAPร TULO DOIS
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Fundamentação
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Relacionando o ponto de vista do idoso com a arquitetura, é possível entender as angústias comuns dessa faixa etária, uma vez que as condições físicas estão debilitas enquanto muitas vezes o racional se mantém sadio. Com o passar do tempo, a população está cada vez mais em busca de mudanças em relação a estabilidade de vida, e progressivamente tornando comum uma espécie de nomadismo contemporâneo, popular entre os mais jovens. Entretanto, a instabilidade revela o temor por desproteção afetiva para a terceira idade. O conceito de que imóveis se tornam heranças e abrigarão a família até a sua morte, é antigo e está cada vez mais em desuso. Porém a saúde da pessoa que se encontra na terceira idade continua sendo essencial e primordial para os mais novos. A evolução do modo de viver trouxe muitas mudanças em diferentes meios, entre eles a segurança de habitar uma casa de repouso é gradualmente mais ideal e saudável por ter cuidado e atenção constante aos mais velhos. Com a premissa de construir um ambiente que acolha e auxilie nas tarefas e necessidades diárias, os centros de acolhimento ganham visibilidade com ambientes completos para o aconchego do idoso, mas que foi malvista por ser um alvo fácil de maus tratos e negligências aos moradores e passageiros desses tipos de lares. Considerando essas questões, as principais premissas de projeto giram em torno de atender com totalidade todas as necessidades espaciais com acessibilidade universal, porém através de um desenho arquitetônico específico garantir que atividades pessoais sejam estimuladas com segurança e conforto. Também é de extrema relevância no projeto incentivar o coletivismo que será abordado em áreas comuns que promovam a relação interpessoal de todos.
2.1. Idoso
O que é ser idoso?
Perante diferentes ações cotidianas o idoso é sinônimo de alguns atributos. Na Itália o “ser idoso” não é mais ligado a pertencer a uma faixa etária de 65 anos a diante, e em razão disso estão sendo concluídos estudos que pretendem aumentar a idade mínima para assim pertencer a terceira idade, pois a tecnologia vem expandindo gradativamente e com isso o fortalecimento de uma faixa que ainda tem, em sua totalidade, lucidez e características físicas para possuir uma rotina juvenil. O Brasil é um país onde a taxa de mortalidade e a taxa de natalidade estão em direção para uma progressão inversamente proporcional, portanto, teremos em um futuro próximo, mais idosos com idade cada vez mais avançadas do que crianças. Para dar mais qualidade de vida ao envelhecimento da população é necessário que se faça mudanças conscientes e evoluções satisfatórias para priorizar a terceira idade, que busca apoio e refúgio da constante rotina desvairada. Página 21
Um ambiente calmo que não necessariamente se relaciona ao ócio. O idoso precisa continuar com uma rotina, mesmo que simplificada de suas tarefas cotidianas, além de manter o vínculo social ativo, seja ele requerido de alto ou baixo esforço físico.
“
Motivação, autoeficácia e autocontrole são conceitos interdependentes para o envolvimento na atividade. As teorias motivacionais destacam que as pessoas podem ter motivos internos - resultantes da vontade do indivíduo - ou externos - associados às demandas do ambiente externo. Ademais, há outros fatores envolvidos no interesse e escolha por determinada atividade. A pessoa deve perceber-se com possibilidades de atingir êxito na tarefa escolhida (possuir auto-eficácia) e ser capaz de suportar o sucesso ou o fracasso do seu desempenho (possuir autocontrole). (Dias, E., Duarte, Y., MORGANI, M., & LEBRÃO, M. 2014. pág. 227)
”
2.1.1. Idoso e sociedade A leitura do idoso pode ser transmitida de diferentes interpretações, de acordo com as mais variadas linguagens sociais. Tomando base de uma pessoa lúcida ou com pequenos resultantes do envelhecimento, perante as mais variadas atividades do cotidiano ela é tratada com diferença, como abordado no estatuto do idoso, que os descreve como seres que já não mais possuem independência e precisam de cuidados em período integral e constante. Art. 3.º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (Estatuto do idoso, 2003, pág. 08) § 1.º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. (Estatuto do idoso, 2003, pág. 09) O “ser idoso” no Brasil, teve a sua ascensão e popularidade em torno dos anos de 1980, com a aposentadoria disponível e tempo para se reconectar com seus hobbies e gostos da juventude, tendo o nome de “jovem idoso” pois é quando se tem mais tempo e o mínimo de renda necessária para sobreviver, ainda sim se mantendo com autonomia e lucidez, diz Mariana Almeida Hein e Sérgio Seiji Aragaki em suas dissertações de mestrado. Página 22
Partindo da ótica da vivência cotidiana como um idoso, quanto mais idade se possui menos individualidade e autossuficiência para ações, mesmo que cotidianas, se dispõem. O conceito brasileiro de se envelhecer é, por muitas vezes, associado com a ânsia por estar apto a se apoiar em conceitos de atividades “juvenis”, porém sem a mesma disposição física.
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O Índice de Katz avalia a habilidade de executar de forma independente as seguintes atividades: banhar-se, vestir-se, utilizar o banheiro, transferir-se, ser continente e alimentar-se. No índice, essas funções são apresentadas de forma hierárquica, ou seja, em ordem decrescente de independência, classificando os idosos em três níveis funcionais: independente, moderadamente dependente e muito dependente. (Dias, E., Duarte, Y., MORGANI, M., & LEBRÃO, M. 2014. pág. 226)
”
Tratando do idoso como enfoque, é de extrema dificuldade precisar se desvincular determinadas tarefas até então cotidianas e corriqueiras, mas que agora demandam de uma carga física com menos resistência. O membro da terceira idade precisa de autonomia para concluir ações da conduta de vida cotidiana como levantar, ir ao banheiro e também algumas outras atividades de lazer ligadas ao prazer e satisfação do próprio ancião, disseram Eliane Golfi eri Dias, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, Maria Helena Morgani de Almeida e Maria Lúcia Lebrão em sua dissertação de Mestrado. Sob os aspectos físicos é preciso ter cuidados, porém ainda proporcionar autonomia e liberdade de escolha para que em contato com exercícios sociais se tenha uma melhoria na saúde e também um aumento na qualidade de vida para a busca de um envelhecimento ativo e em conjunto.
2.1.2. Sentimento de pertencer Entendendo que em alguns casos, ao ter a falsa necessidade de dependência, idosos tendem a lidar em situações cotidianas com pouca autonomia, uma vez que sentem-se incapazes de concluir tarefas antes comuns em sua rotina. É importante considerar que nem sempre um idoso que necessita dessa tipologia de residência, se encontra sem condições motoras ou psíquicas ideais, sendo assim nem sempre é necessário um acompanhamento constante que reflete em uma planta que atenda necessidades específicas, considerando que não são todos os idosos que demandam tais cuidados.
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No entanto, para entender de fato parte das necessidades que se atrelam a vida de um idoso, é necessário sempre exercer a empatia e consequentemente pensar soluções que de fato supram tanto as carências emocionais quanto as espaciais, escolhendo assim opções de projeto que promovam a interação em conjunto sem afetar a independência do outro, compreendendo que se trata de um ambiente cuja intenção é ser uma extensão da liberdade sem tirar autonomia.
2.2. Vilas operárias no Brasil e cortiços familiares Desde as primeiras manifestações de vida em conjunto, é possível perceber certa valia na rotina das comunidades. É comum notar que comunidades incentivam a integração dos moradores, o que inevitavelmente melhora as relações interpessoais e a qualidade de vida, uma vez que de fato existe um cuidado entre os que ali convivem, uma das principais propostas dessa tipologia de residência.
“
Seja de que espécie for, a diversidade gerada pelas cidades repousa no fato de que nelas muitas pessoas estão bastante próximas e elas manifestam os mais diferentes gostos, habilidades, necessidades, carências e obsessões.
”
(JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 2001. pág. 161)
“O conceito de comunidade viva que é vivenciado tanto em uma Vila quanto em um cortiço, são formas de uma rotina em conjunto. Tenho a lembrança de viver em um cortiço familiar, onde todos estavam em comunhão e sempre preocupados com a saúde do vizinho. A prontidão e o cuidado transcendem o social, é uma questão de familiaridade, como em minha epígrafe, transpus um pouco de minha lembrança afetiva por um lugar incomum e repleto de afeto e carinho, todo vivido em primeira pessoa em um cortiço familiar ainda vivo.’’ A vida em conjunto transmite força e união. Dentro desse subsistema de prática, a rotina vista por outros membros se torna mais segura de ameaças externas. Ainda que psicológico, o fluxo da cidade se comporta diferente ao deparar-se com um conjunto de casas, com respeito e distância.
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CAPÍTULO TRÊS
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Estudos de caso
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Como objetivo de pesquisa, procurei me basear em projetos que, de alguma forma, expressam o meu ideal de arquitetura para uma habitação com foco no idoso. Tais criações contam com uma infraestrutura privativa e ao mesmo tempo coletiva. Dentro das concepções projetuais coletadas está explicita a minha ânsia por uma arquitetura que reconheça o idoso como um ser autônomo e capaz de viver com base em suas vontades e intensões. O contato direto com a natureza também foi uma forma de estreitar a ligação do ser humano com o nosso bem mais precioso, o meio ambiente, trazendo para dentro do meu projeto, uma vasta área de solo permeável onde está localizada uma parcela significativa da flora do estado de Diadema.
3.1. Vila dos idosos, São Paulo, Brasil
“
Novo conceito de moradia para idosos (VIGLIECCA, Hector, 2010, Vigliecca&Assoc)
”
Uma habitação individual em um ambiente coletivo foi uma das premissas do escritório brasileiro Vigliecca & Associados. Com o objetivo de se tornar um edifício voltado para a terceira idade, o Vila dos idosos retoma o conceito de apartamentos independentes, mesmo que projetadas para um público alvo como a terceira idade, assim como acontece em edifícios residenciais. Este projeto teve sua ascensão por ser uma construção dedicada somente ao público acima de 60 anos e com uma renda de no máximo três salários mínimos. Com base nos dados de 2011, o condomínio é calculado com um custo mínimo de 10% da renda e subsídios mensais com a inclusão de eventuais manutenções no edifício. Em uma gestão da COHAB (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), o prédio é conservado com alguns auxílios, como a manutenção dos elevadores e alguns outros reparos de pequeno porte.
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O edifício foi projetado com duas tipologias inicias que são distribuídos ao longo de sua extensão no terreno . Com duas opções de apartamentos, uma contando com 45 m² e outra com 30 m² , o Vila dos idosos permite que até três pessoas ocupem um dos apartamentos. Ao completo, o edifício possui 145 unidades divididos em quatro andares e com 25% delas adaptadas para pessoas portadoras de deficiências físicas. Além dos apartamentos, o prédio é equipado com acessibilidade mínima entre os quatro andares resultando na circulação vertical vencida com elevadores e caixas de escadas separadas ao longo da planta baixa. Com uma variedade de ambientes coletivos, o conjunto busca promover a vivência em conjunto materializadas em três salas de tv e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária. Partindo do ideal de um conjunto projetados para pessoas de baixa renda, o Vila dos idosos utiliza materiais com escassa manutenção e de produção rápida como o acabamento das janelas em aço e a laje aparente que inibe a necessidade de revestimento.
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3.2. Campus de cuidados com o idoso, Mortsel. Bélgica
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Uma comunidade unida por uma estrutura racional, um lugar para envelhecer com dignidade (VANDEWALLE, Jurgen, 2014, Archdaily)
”
Projeto idealizado pelo escritório Belga, Areal Architecten, o Campus de cuidados com o idoso utiliza 15.217 m² de um terreno para construir um lar focado na terceira idade, mas que tenha uma enfermaria emergencial disponível para os 140 residentes entre idosos lúcidos e com demência.
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Com a planta baixa disposta em um formato primitivo do número “8”, o conceito do programa é principalmente romper com o pensamento de salas conectadas por corredores imensos que dão a impressão de que são infinitos e geram incomodo ao remeter à disposição hospitalar. O esquema de divisão também possui a proposta de interligar o usuário à natureza pelas janelas de altura igual ao pé direito em toda extensão do desenho da planta. Por ser um projeto localizado em uma região onde a incidência de vento é intensa e constante o projeto intensifica o uso de duas praças internas onde ocorrem os locais mais coletivos e de estar. Com a presença direta dos raios solares, o edifício é banhado por luz natural durante todo o dia, somente tendo sombra de acordo com a rotação solar e altura do prédio em determinadas horas do dia. Página 32
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A ideia de conexão transcende as praças e passa a aparecer nos ambientes dentro do bloco com salas de tv e refeitórios que integram todos os habitantes. Dentro dos quartos, a memória afetiva é viva por meio de móveis próprios do hóspede. Assim como a proposta de trazer mobiliário que auxiliam no exercício de lembrança, o projeto também utiliza a frequente existência do sol para transpassar para dentro dos quartos os raios do sol por meio de uma janela. Página 33
3.3. Lar de idosos Peter Rosegger, Graz. Áustria
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[...] gerando uma atmosfera gerenciável e familiar. [...], assim como uma variedade de caminhos e vistas ao longo das outras partes da casa configuram um ambiente estimulante.
”
(WISSOUNIG, Dietger, 2014, Archdaily)
Trata-se de um projeto que engloba quatro comunidades habitacionais com suas respectivas funcionalidades. Um potencial desde tipo de implantação é a padronização dos sistemas de elétrica e hidráulica, gerando um complexo funcional que atende todo o núcleo. Cada núcleo é composto por um jardim central envolto por um trecho de edifício que atende uma demanda média de quinze residentes, com uma infraestrutura específica para esta tipologia, que inclui quartos, cozinha, e uma área de jantar.
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Este modelo de implantação permite que como consequência dos espaços vazios o ar permeie de maneira qualitativa, promovendo melhor circulação entre os módulos.
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Observando as plantas dos dormitórios é possível compreender os benefícios que a disposição permite, uma vez que todos possuem uma abertura significativa. Além de viabilizar o fluxo de ventilação também oferece uma vasta incidência luz natural, que por sua configuração não permite o contato direto do morador aos raios UV.
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Analisando os modelos apresentados anteriormente, é possível apontar potenciais relevantes que ajudam a identificar ponto a serem tratados no projeto.
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Independência – capacidade de fazer suas atividades do dia a dia sem precisar da ajuda de terceiros. Tem relação com a habilidade física. Inter-relações entre autonomia e independência. O idoso, portanto, pode ser autônomo e independente, mas também pode ser apenas um ou outro. < h t t p : / / w w w. t e n a . c o m . b r / i n c o n t i n e n c i a / c u i d a d o r e s / a u t o n o mia-e-independencia-do-idoso-qual-diferenca?fbclid=IwAR280W2K33TZdlbNJBgDgMA7ZnJHfmAxxCOY6-ulWFrYrV8rBrksAo0_HVs >
”
Como é possível analisar no rojeto “Vila dos idosos” a autonomia destes é tratada como peça fundamental para estabelecer bem estar auto suficiencia nos espaços. Entendendo que uma estrutura bem planejada gera qualidade no conforto ambiental, buscamos os benefícios não só da inscidencia de luz natural mas também como da redução de ruidos e controle da tempertura. Fator que conseguimos identificar no projeto “Campus de cuidado com o idoso” Já com base no projeto “Lar de idosos Peter Rosegger” o conceito de mini vilas se mostra oportunos para conciliar as atividades coletivas de maneira que não anulem a ideia de independência.
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CAPร TULO QUATRO
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O local
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Caracterizado por ser um setor em geral residencial, o município de Diadema está localizado em uma área periférica do estado de São Paulo. Possuindo a predominância de residências de médio e baixo padrão, a cidade reflete o fluxo diário de deslocamento de grande parte dos trabalhadores e alguns estudantes que partem de suas residências para buscar trabalho nos grandes centros. As pessoas que ao decorrer do tempo conseguem atingir uma ascensão financeira estão gradativamente se deslocando para regiões mais centralizadas. Por outro lado, com o avanço do transporte público, as linhas de metrô estão abrangendo sua área de influência para a grande São Paulo estabelecendo um alto potencial para o projeto, uma vez que permite com mais facilidade o deslocamento de áreas centrais para áreas periféricas como Diadema. Uma problemática decorrente do avanço da tecnologia e da ascensão financeira entre a gerações mais novas relacionada com a queda da mortalidade, é a permanência das pessoas mais velhas em áreas periféricas da região, enquanto ocorre entre os mais jovens um processo oposto migratório para os grandes centros, ocasionando uma falta de assistência que por muitas vezes é necessária nessa faixa etária.
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4.1. Respiro da cidade Adentrando o município de Diadema, temos o terreno de questão localizado entre as ruas Tommaso Giordani, Coimbra e a Avenida Alda. Fazendo parte do final de quadra, o terreno tem vista de duas esquinas e é preenchido por quase em sua totalidade de árvores altas que criam uma espécie de manto natural. Ainda que inserido no meio urbano, o espaço destoa sua configuração do entorno imediato, que por sua vez é altamente adensado e consolidado mesmo mantendo seu uso predominantemente residencial e de gabarito baixo, também conta com a presença de comércios e serviços de pequeno porte. O terreno se comporta como um a mancha verde trazendo uma sensação de calma, como um respiro e fuga da rotina intensa e caótica urbana.
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Tomado por uma paisagem arborizada e privativa, com alguns aspectos muito parecidos com o terreno que foi inserida a casa de vidro, projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, o terreno que estudado possui uma exuberante gama de vegetação que o isola e delimita seu contato visual com o exterior do lote, resultando em uma diminuição considerável dos ruídos urbanos como a poluição visual e sonora pela cobertura natural vegetal. Além de suas características de espaço existe também um resquício de história nele presente. Nos dias atuais é possível perceber a lembrança de um uso ali consolidado nos anos passados, porém em ruinas o antigo hospício se encontra hoje inutilizado e em entulhos. Seu desenho de piso ainda continua, porém, paredes já não existem e muito menos um uso de edificação, só resta um muro de grande extensão para o passeio público e receio da locomoção a pé por parte dos moradores. O projeto se torna mais um em um terreno inutilizado e com grande potencial, porém intocado por vinte anos.
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CAPร TULO CINCO
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Proposta
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Entendendo que diante das questões citadas anteriormente o que existe hoje é um modelo contrário ao descrito, a ideia é trabalhar uma proposta que relacione o bem-estar social com um uso mais qualitativo do espaço visando atender as principais necessidades e os adequando para extrair o melhor de cada ambiente do projeto. Uma vez que o terreno escolhido se localiza em uma região central e diadema, onde a situação atual não promove lazer adequado para a população que ali reside, entendemos que é de suma importância um olhar mais sensível para essa carência específica do município, tendo em vista que tratamos de uma área com potencial de convivência a ser explorado afim de trazer possibilidades mais seguras de passeio para pedestre e possibilitando mudanças de caráter positivo Com a deficiência de residenciais com um caráter de cuidado ao idoso e a questão de um terreno incomum, a proposta do trabalho é revitalizar estes espaços afim de devolver essa ocupação para o meio público incentivando a interação interpessoal entre os idosos e a sociedade.
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Diante da situação de terreno encontrada, a proposta permeia por utilizar o terreno da forma mais abrangente possível, entendendo a necessidade da setorização e limites a serem respeitados. Uma vez que, o espaço é direcionado a uma faixa etária específica. Com a intenção de promover o maior aproveitamento espacial possível, dentro dos limites estabelecidos que foram apresentados anteriormente, a implantação do edifício tem a intenção de promover o passeio público para dentro do lote proporcionando um reparo no déficit de espaços livres do entorno.
5.1. Processo criativo Partindo de analisar os conceitos apresentados anteriormente e relacioná-los com a situação atual do terreno, foi pensado um projeto que mantesse sua vegetação em sua disposição original, fazendo com que o edifício se moldasse às características naturais do terreno. Como primeira proposta o projeto tem a ideia de que nenhuma atividade nem construção interfira na disposição da vegetação. Para que isso viabilize da melhor forma, buscamos um sistema modular que respeitasse as configurações originais da vegetação que ali se encontra, o que no entanto causa uma despadronização dos módulos, porém que não afeta a qualidade espacial do tipo de uso a ser implantado uma vez que permeia de forma irregular entre as árvores respeitando as demarcações do terreno.
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Depois de diversos estudos de estruturas, foi constatado que a melhor solução seria criar uma malha estrutural que possibilitasse a conformidade do edifício no terreno procurando respeitar ao máximo o declive pelas curvas de nível.
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Mantendo os primeiros conceitos de uso da quadra, desde o início a ideia foi manter e promover a melhor relação entre público e o privado de forma que as atividades de ambos não se prejudiquem. Considerando os dois acessos propostos, é possível identificar os diferentes usos dos níveis, o que delimita visualmente cada atividade. Página 52
Com o objetivo de promover a interação do meio externo com o interior da quadra, foi proposta uma área de lazer coletiva que estreita a experiencia com o natural. No nível 819 foi proposto uma conexão direta com o externo do edifício onde a permeabilidade visual e o passeio se integram através de um desenho que permite a entrada da vegetação pelo paisagismo e sua importância é ressaltada a partir da pele de vidro do edifício que viabiliza a proximidade com a natureza mesmo estando do lado de dentro. A constituição de uma malha estrutural de 5 x 10 m permitiu a composição de um layout que foi inspirado em um conceito de vila onde as casas se agrupam em um desenho não uniforme resgatando a particularidade de cada espaço. As lajes seguem um desenho único em cada andar de modo que são criados vazios e recortes ao longo de sua extensão, o que possibilita a ventilação cruzada entre as áreas de circulação. Por outro lado, esse layout também viabiliza uma estrutura sequencial o que permite os deslocamentos dos módulos dos apartamentos, porém não altera a prumada hidráulica trazendo um padrão construtivo. O desenho irregular do complexo respeita a implantação das árvores assim como a pele de vidro, criando uma relação mais estreita entre o construído e o natural. O térreo segue o desenho de ambientes deslocados evidenciando uma circulação sinuosa entre os apartamentos, que se amplia através de aberturas provocadas propositalmente para promover o respiro do andar. O primeiro andar replica as conformidades do térreo fazendo com que a experiência de estar entre a natureza se amplie.
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1. Praça 2. Acolhimento 3. Lavabo 4. Refeitório 5. Móvel de pratos sujos 6. pré lavagem 7. Cozinha 8. Lixeira 9. Dispensa 10. Lavanderia 11. Triagem de roupas sujas 12. Doca 13. Quarto 14. Recepção 15. Sala de reunião 16. Direção 17. Pátio 18. Depósito de materiais
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13. Quarto 14. Recepção 15. Sala de reunião 16. Direção 17. Pátio 18. Depósito de materiais
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CAPร TULO SEIS
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Conclusรฃo
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Jane Jacobs defende a densidade e a vida em comunidade, sustenta que ali está a cura da insegurança e a violência; conhecer o vizinho, criar redes, misturar-se com os diferentes, saudá-los, e voltar a sorrir no espaço público. Sua visão de mulher também será decisiva. Recuperar a vitalidade da rua é a chave de seus ensinamentos. A rua, diferente do que planeja Le Corbusier e o urbanismo moderno, não é um mero vazio para a mobilidade. A rua é para Jacobs uma autêntica e complexa instituição social onde desde crianças aprendemos a socializar e construir comunidade. Se a rua acaba por privilegiar o automóvel por sobre o pedestre, ela morre e inicia-se o fim da cidade. De acordo com Martín Marcos (2016, apud JACOBS, Jane, 1961, Jane Jacobs e a humanização da cidade)
”
Diante dos modelos estudados, foi possível entender a importância da qualidade espacial e funcional que é necessária nesta tipologia tão particular. É evidente que uma parcela considerável dos modelos atuais dessa arquitetura é concebida em edifícios já consolidados, que não foram projetados para atender as especificidades necessárias. Prejudicando assim o bem estar e em alguns casos a saúde do morador. O objetivo do trabalho foi direcionar um olhar mais sensitivo para a arquitetura pensada quando as condições de uso são delimitadas e singulares. Partindo de conceitos onde a principal intenção era manter individualidade quando necessária, a obra consiste em um edifício situado no centro de uma área densa e sem espaços livres onde a principal premissa é conciliar as atividades restritas e abertas para que ambas não interferissem entre si.
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CAPร TULO SETE
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Referências bibliográficas
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Material para base do projeto Campus de cuidados com o idoso: Disponível em: <http://www.arealarchitecten.eu/projects/rust-en-verzorgingstehuis-te-mortsel>. Acessado em 17 de abril de 2019. <https://www.archdaily.com.br/br/623201/campus-de-cuidados-com-o-idoso-slash-areal-architecten>. Acessado em 17 de abril de 2019. Página 79
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