Complexo Gastronômico no mar : Projetando em um ambiente em transformação

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NATALICE OLIVEIRA

COMPLEXO GASTRONÔMICO NO MAR PROJETANDO EM UM AMBIENTE EM TRANSFORMAÇÃO



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COMPLEXO GASTRONÔMICO NO MAR PROJETANDO EM UM AMBIENTE EM TRANSFORMAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Bacharelado de Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário SENAC – Santo Amaro, como parte dos requisitos para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Orientador: Prof° Esp. Artur Katchborian

SÃO PAULO

2019


02 Agradecimentos Após esse longo ano (ou cinco), a sensação de dever cumprido bate a porta. É muito gratificante ter alcançado essa conquista depois de muito trabalho e noites mal dormidas. Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado forças suficientes para não desistir. À minha família, principalmente aos meus pais, José Paulo e Rosangela. Ao meu pai, por ser tão generoso, me ajudando diariamente no deslocamento até a faculdade. À minha mãe, por sempre ter acreditado em mim e ter me ajudado em diversos trabalhos. Sem eles não teria conseguido realizar esse sonho. Agradeço ao meu marido Bruno, meu grande confidente e amigo, pela paciência, conselhos e ajudas infinitas. Por segurar a minha mão e trilhar esse caminho comigo, sempre me dando forças e acreditando no meu potencial. Agradeço a minha amiga Jaqueline Amine, pela amizade, paciência, companheirismo e por toda história que construímos . E claro, muito obrigada por sempre ceder sua casa para me hospedar para ter pelo menos 3 horas de sono a mais. E por fim , agradeço ao meu professor orientador, Artur Katchborian, por elucidar as questões levantadas durante esse trabalho, transferindo sempre com didática exemplar seus conhecimentos, acreditando no meu trabalho e dando conselhos valiosos para conseguir conclui-lo.


03 Resumo A alimentação apresenta na sociedade, um importante papel nas viagens, tanto como uma necessidade biológica quanto como um atrativo turístico, pois a cultura local será impressa na culinária. Sob esse ponto de vista, levando-se em consideração Paraty como sendo um polo turístico no estado do Rio de Janeiro, despertou-se a escolha do tema a ser desenvolvido. O presente trabalho tem como objetivo principal desenvolver o anteprojeto de um complexo gastronômico no mar como sendo um espaço de lazer e desenvolvimento econômico local, sendo de grande utilização em toda época do ano. O trabalho foi desenvolvido na área de projeto de arquitetura e é dividido em fundamentação teórica, estudos de referências, desenvolvimento do projeto e apresentação do produto final. Como resultado se tem o “Complexo Gastronômico no Mar”, localizado na praia em frente ao Centro histórico de Paraty. Palavras-chaves: Arquitetura Turismo; Arquitetura.

Flutuante;

Complexo

gastronômico;


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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1. Contextualização e justificativa do tema

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1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo geral 1.2.2. Objetivos específicos

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2. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA 2.1. Contexto histórico de Paraty 2.2. Turismo gastronômico 2.3. A vida sobre as águas

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3. TIPOLOGIAS DE ESTRUTURAS FLUTUANTES

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4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.1. Water Villa Omval /+31 Architects 4.2. Pavilhão flutuante / Deltasync 4.3. Oceanix city / grupo Big, Oceanix e Mit

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5. ESTUDO DE CASO 5.1.Espaço gastronômico Eataly, São Paulo

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6. O LOCAL

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7. CONDICIONANTES E DETERMINANTES 7.1. Legislação para construção no mar 7.2. Carta náutica

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8. O PROJETO 8.1. Diretrizes projetuais 8.2. Programa 8.3. Setorização e 8.4. Quadro de áreas

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9. DESENHOS TÉCNICOS

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10. DETALHES 10.1. Estratégia de projeto 10.2. Base flutuante 10.3. Ancoragem da plataforma

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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APRESENTAÇÃO


08 1. INTRODUÇÃO 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TEMA A partir de um interesse pessoal para entender o sistema construtivo da arquitetura flutuante e uma indagação sobre como um projeto desse porte poderia potencializar o turismo em determinada região, iniciaram-se a pesquisa e o estudo para o tema abordado. As praias são bens públicos de uso comum da população, sendo livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção. As possibilidades de construção nas mesmas são asseguradas pela Marinha a qual, através de legislações, prevê a possibilidade de utilização da praia para fins que se destina, para segurança nacional, defesa do meio ambiente e como atração turística. Eventuais "loteamentos" devem ser autorizados somente em terrenos próximos às praias e não nas mesmas. O turismo tem o papel extremamente significativo do lazer na vida das pessoas. Observa-se que, além de atender a essa necessidade, pode gerar investimentos, possibilitando o crescimento econômico local. É um dos setores de crescimento mais rápido na economia mundial. Sabe-se que existe uma grande demanda do consumidor por espaços de lazer, onde é possível observar um aumento de feiras gastronômicas, food trucks, entre outros. Assim, é possível afirmar que há necessidade de criar um espaço que combine todas essas funções: lazer, entretenimento e gastronomia. A gastronomia é um produto potencial que pode atrair uma demanda especifica ou associada a outras expressões patrimoniais, podendo oferecer ao visitante uma amostra das raízes e da evolução da identidade cultural local. Tomando como base a história e desenvolvimento de Paraty, foi possível perceber a relação do Município com as atividades turísticas, onde a gastronomia é um destaque. Além de estimular a permanência do turista por um período maior de tempo, incentiva a visitação nos períodos de baixa temporada e fortalece a autoestima na comunidade, que passa a se sentir incluída no processo de desenvolvimento turístico.

Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo a elaboração de um projeto para a implementação de um Complexo Gastronômico no Mar, no Município de Paraty- Rj, em uma localização estratégica próximo a diversos pontos turísticos, marcados pelas belezas naturais e arquitetônicas do local, visando o desenvolvimento do mesmo, conceitos de sustentabilidade.


09 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver um anteprojeto de um Complexo Gastronômico na zona costeira, que venha a oferecer à Paraty, um espaço de lazer e encontro com opções gastronômicas onde pode-se aproximar a cultura regional. Para responder às exigências do contexto, pretendo também perceber as extensões e limitações de uma arquitetura flutuante, considerando as seguintes premissas: como construir na água e ter um entendimento das possibilidades físicas que o edifício pode assumir, em relação ao sistema construtivo e ao método produtivo utilizado, bem como ao sistema de flutuação recomendado. 1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS •

Entender os métodos construtivos para a construção no mar.

Apresentar possibilidade de construção na linha costeira, sem interferir ao acesso a praia.

Considerar a relação com o entorno e potencializar o turismo da região.


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CONCEITUAÇÃO TEÓRICA


12 2. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA 2.1. CONTEXTO HISTÓRICO DE PARATY O municio de Paraty, durante o ciclo do ouro, tornou-se entreposto comercial de significativo desenvolvimento, chegando a possuir o segundo ais importante porto do Brasil. Por ele escoava para a Europa o ouro vindo de Minas Gerais (rota conhecida com Caminho Velho). Posteriormente, passou a escoar o café do Vale do Paraíba, juntamente com a produção de pinga e derivados da cana, auxiliou no desenvolvimento Local. A partir de 1725, com a abertura do Caminho Novo, "que a excluía do roteiro para as Minas Gerais, reduziuse o seu comércio" (Enciclopédia dos Municípios, 1950: 359). Já em 1870, aberto um caminho ferroviário entre Rio de Janeiro e São Paulo, através do Vale do Paraíba, sua economia se viu ainda mais abalada (Plano de Desenvolvimento Turístico do Município de Paraty, vol. I, 2003:30).O colapso da economia de Paraty deu-se com a Abolição da Escravatura, em 1888, causando um êxodo populacional de grande dimensão: "dos 16.000 habitantes existentes em 1851, restaram, no final do século XIX, apenas 600 velhos, mulheres e crianças, isolando Paraty definitivamente por décadas" (Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico do Município de Paraty, vol. I, 2003:30). Durante esta época, o acesso à Vila se dava somente por mar ou, como feito a pé. Devido ao isolamento, as populações caiçaras passaram "a viver quase que exclusivamente de suas culturas e estratégias de sobrevivência", tecendo as redes do modo de vida tradicional (Luchiari1 , 2000:137). A implementação da Rodovia Rio Santos (BR-101), ocorrida no período de 1978- 1985, inaugurou uma nova fase no município: o turismo, devido à preservação de seu patrimônio histórico e elementos naturais, passou a constituir, ao lado da agricultura e da pesca, o principal suporte financeiro.

Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1958 e convertida em Monumento Nacional em 1966, passou, então a receber um grande número de visitantes.

Nos últimos anos, vários projetos de melhorias urbanas e de conservação patrimonial vêm sendo efetuados no sítio histórico (centro e monumentos isolados), visando responder aos quesitos necessários para o seu reconhecimento como Patrimônio Mundial, e conciliar a conservação patrimonial com o desenvolvimento urbano e turístico. Rodeado pela Mata Atlântica, possui 80% de seu território composto por unidades de conservação. Parte de seu território esta inserido na Área de Preservação Ambiental do Cairuçu. Paraty foi a quinta cidade mais visitada do Brasil em 2008, com 280 mil visitantes por ano, sendo 15% de estrangeiros, e a maior parte dos turistas provindo do Rio de Janeiro e de São Paulo. É o turismo a economia mais atrativa de Paraty e a principal fonte de renda de sua população .

Embora Paraty seja considerada um forte polo turístico, ainda há uma forte presença dos residentes que fazem uso da praia como opção de lazer e recreação, além de usufruírem dos bares, restaurantes que ficam no seu entorno. 2.2. TURISMO GASTRONÔMICO A alimentação vem se firmando cada vez mais um atrativo turístico em potencial nas viagens, tanto lazer ou não. Devido a isso, os investimentos e desenvolvimento na área do turismo gastronômico estão em constante crescimento. O alimento além de ser uma fonte rentável para a economia, também exerce um importante papel como um divulgador da cultura local. As buscas pelas raízes culinárias e a forma de entender a cultura de um lugar por meio de sua gastronomia está adquirido importância cada vez maior.


13 Assim como a língua falada, o sistema alimentar contém e transporta a cultura de quem a pratica, é depositário das tradições e da identidade de um grupo. Constitui, portanto, um extraordinário veículo de auto representação e de troca cultural: é instrumento de identidade, mas também o primeiro modo para entrar em contato com culturas diversas, uma vez que comer a comida de outros é mais fácil, pelo menos aparentemente, do que decodificar sua língua. (MONTANARI, 2008, p. 183). A gastronomia tradicional de um local utilizada pelo turismo faz parte também do cotidiano daquela população. Logo, ao consumir o produto do turismo gastronômico, o viajante entra em contato com a cultura local e consequentemente com o anfitrião da região. Isso fortalece o intercambio cultural entre os povos, como também a diversidade cultural.

Face ao crescimento da população e as alterações climáticas, a urgência das cidades de se expandirem para a água tornou-se uma realidade. É imprescindível à arquitetura perceber que o mundo está a mudar e é importante reagir as estas situações, sendo necessário encontrar soluções de mecanismos para garantir a habitabilidade em todas as estações. Um pouco por todo o Mundo já existem casos deste tipo de habitação aplicado a cenários críticos de cheias. Construções de várias tipologias e adequadas às necessidades de intervenção, é onde a Holanda surge como exemplo na resposta a estes cenários. Destacamse o projeto de Maasbommel, a comunidade de Ijburg. As habitações flutuantes não oferecem apenas proteção contra cheias, mas também qualidade para viver com baixos impactos ambientais. Para além dos fatores de necessidade, as construções deste tipo aproximam as pessoas do contato com a água e com a natureza ,onde os recursos naturais tendem a ser aproveitados de forma sustentável.

Entretanto para haver sucesso nesse setor do turismo, os gestores e empreendedores devem buscar meios para atrair esses turistas ao consumo. Esse processo deve preservar sempre a cultura local, através da participação direta da comunidade local a fim de garantir a tradição de todo o processo. Muitas localidades fazem uso das suas raízes e tradição cultural para, através da culinária, se tornar um atrativo aos turistas (FAGLIARI, 2005). Na cidade contemporânea existem diversos elementos gastronômicos que podem ser utilizados no setor turístico. Os elementos mais comuns são os bares e restaurante, pois esses fazem parte do cotidiano da população tanto do turista, como do anfitrião. Logo, por ser um equipamento já conhecido por muitas pessoas, o desafio de transformá-lo em um atrativo turístico se torna maior. 2.3. A VIDA SOBRE AS ÁGUAS

Ijburg Waterbuurt - As casas e as suas bases de concreto são construídas num estaleiro e transportadas posteriormente para o destino final.


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ESTRUTURAS FLUTUANTES


16 3. TIPOLOGIAS DE ESTRUTURAS FLUTUANTES Cabe a princípio separar as casas flutuantes das casas barco. As casas barco, um dos primeiros exemplos de abrigo flutuante, diferem das outras estruturas flutuantes pois são definidas puramente como barcos com propulsão e construídas especificamente para residência. A base utilizada nas casas flutuantes possibilita a movimentação horizontal, tal como qualquer outro barco. No entanto, para que a casa se mova para o local pretendido, é necessário que seja rebocada. Estas construções assemelham-se a uma casa normal que são, no entanto, construídas com materiais mais leves sobre uma base flutuante.

através de parafusos e pinos que restringem o nível de liberdade das construções. O movimento das plataformas diminui e as bases funcionam como uma só, eliminando o risco de torção. Um exemplo mais simples é a conexão machofêmea, que é em tudo semelhante à anterior mas com menos material. As conexões articuladas de aço utilizam uma barra de bloqueio para unir as plataformas. A utilização de aço implica uma manutenção frequente devido à corrosão. Exemplo de conexão entre bases: Base A- Barra de Bloqueios Base B Puzzle

As bases podem ser várias, desde concreto, de concreto preenchidas com EPS, de compósitos, estruturas de aço ou madeira ou mesmo barris vazios. A base mais utilizada atualmente é a base oca de concreto, devido ao baixo custo de produção e vantagens técnicas. A base é feita de concreto comum com agregados para a tornar resistente e com armação na base, e as juntas são reforçadas para selar a entrada de água. É pré-fabricada majoritariamente em estaleiro e normalmente de pequenas dimensões para facilitar o transporte. Em alguns casos é possível utilizar a própria base para quartos ou outras funções, se assim for projetado. Isto por vezes implica a criação de um conjunto de bases modulares para edifícios de maiores dimensões. As bases são unidas através de diferentes tipos de conexões, em função do peso das construções que suportarão. A resposta do edifício depende da rigidez das conexões. As mais adequadas para edifícios flutuantes são as articulações que não deixam espaço entre plataformas. Existem inúmeros exemplos de diferentes conexões, dependendo das tipologias que adotarem. Para evitar movimentos autônomos entre as diferentes bases um dos exemplos utilizados é a conexão em puzzle. A conexão é feita

Apesar do seu peso, o concreto estabiliza em ambientes aquáticos sem qualquer problema de flutuação, suportando as estruturas e garantindo um longo período de vida, se houver uma manutenção cuidada. Para garantir melhor estabilidade recomenda-se a distribuição uniforme do peso pela superfície da habitação. O mobiliário ou outro equipamento deve ser cuidadosamente distribuído para evitar inclinações excessivas, sendo ainda possível utilizar contrapesos no interior da habitação. Muitas vezes, quando o posicionamento dos equipamentos é previsto inicialmente, torna-se necessário variar a espessura das paredes da base para restaurar o equilíbrio.


17 Para além das bases de concreto é possível encontrar outras estruturas de flutuação. A base repartida de concreto divide a base em pequenos compartimentos e impede a inundação caso haja alguma fissura, no entanto impossibilita a utilização da base como espaço habitável. Sistemas de EPS (Poliestireno Expansível) e concreto são um exemplo mais barato e sem montagem. As camadas vão sendo adicionadas até se obter a espessura suficiente que depois são revestidas por concreto. Oferecem uma hipótese mais leve, de grande durabilidade e de pouca manutenção e sem risco de inundação. As bases compósitas utilizam pequenas caixas ocas de concreto nas extremidades. A base superior é revestida por uma malha de fibra de vidro estrutural e por painéis de madeira composta menos material. As conexões articuladas de aço utilizam uma barra de bloqueio para unir as plataformas. A utilização de aço implica uma manutenção frequente devido à corrosão.

As bases de materiais reciclados são utilizadas em grande parte dos países da Ásia com baixos recursos financeiros. Grande parte deles utilizam estruturas de aço ou barris de plástico vazios . Esses sistema tem como a desvantagem que existe um tamanho de peso máximo para que a estrutura. Além de um certo limite, uma estrutura perde sua flutuabilidade e simplesmente afunda.

A Floating House localizada no Canadá utiliza uma estrutura de aço como base para o movimento constante. A recuperação de barris vazios para acompanhar a estrutura de aço reflete o baixo custo do projeto. Estes barris são reforçados para atender aos requisitos técnicos necessários e auxiliar na flutuação da casa.


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REFEÊNCIAS PROJETUAIS


20 4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS As referências projetuais que escolhi, foi com base na utilização da metodologia de construção adotada em projetos que são inseridos na água, que posso vir a utilizar como solução na minha proposta. 4.1. WATER VILLA OMVAL /+31 ARCHITECTS

• O grupo tomou como partido as potencialidades do rio Amstel, onde se localiza. A habitação foi produzida como resposta contemporânea às alterações constantes do nível de água em Amsterdã, mas acompanha volumetricamente outras casas flutuantes já existentes ao longo do rio. • Para respeitar as imposições locais o projeto não podia ultrapassar os 3 metros acima da linha de água. Trata-se por isso de um projeto alongado que privilegia a vista para o rio. A casa, de 200 m2 , contêm os espaços necessários para responder às necessidades de uma família de três pessoas (máximo). O interior é dividido em dois níveis. • Estruturas flutuantes podem ser adicionadas se o cliente assim o pretender. Pequenos decks de madeira são colocados lado a lado com a habitação, oferecendo um contato mais próximo com a água. O edifício é revestido por alumínio pelo exterior e gesso cartonado branco no interior. 4.2. PAVILHÃO FLUTUANTE / DELTASYNC

Fotos: Colin Morsch Arquitetos : + 31 Arquitetos Localização: Amsterdã, Holanda Entrega : 2010 Área: 200 m²


21 Fotos: Eric Offereins Arquitetos: DeltaSync e Arquitetos Domíno Público Localização: Rijnhaven, Roterdã Entrega : Em fase de Teste • Com o objetivo de ser tornar a capital mundial de redução de CO² mediante a redução de 50% de suas emissões de carbono, Roterdã tem o primeiro projeto piloto catalisador para a mudança climática - a nível de teste. • Consiste em 3 cúpulas interligadas e ancoradas no antigo porto da cidade holandesa. • A ideia é construir uma comunidade de casas flutuantes e este pavilhão é seu primeiro protótipo, que atualmente é utilizado para exposições e eventos. O pavilhão atende à crescente demanda de abrigos à prova da mudança do clima, o mais flexível e autossuficiente possível. • As cúpulas flutuantes tem 3,7m de altura e a área total é equivalente a 4 quadras de tênis. • O abrigo translúcido funciona através da energia solar e é construído de plástico anticorrosivo ETFE, que é 100 vezes mais leve que o vidro e, por conseguinte, ideal para uma estrutura que deve flutuar. O sistema utilizado na base flutuante é o EPS. 4.3. OCEANIX CITY / GRUPO BIG, OCEANIX E MIT

Arquitetos : Bjarke Ingels e Daniel Sundlin Localização: Status : Em Progresso Área: 500000 m²


22 • Buscando soluções para as alterações climáticas, O grupo de arquitetos propõem um projeto para uma cidade flutuante sustentável adequada para 10 mil pessoas. Em particular, foi estudado como as comunidades flutuantes poderiam produzir seus próprios alimentos, além de energia e água potável.

Vizinhança

• A cidade não ficaria à deriva no oceano, mas ancorada no fundo do mar por “biorock” um material usado para construir recifes de corais artificiais.

Aldeia

• A cidade, supostamente, à prova de inundação e foi projetada para resistir a mega tempestades. Ela pode ser desatada e rebocada para um local mais seguro no caso de outras mudanças nos padrões climáticos. • Todas as estruturas são construídas a baixo de 7 andares para criar um centro de gravidade baixo e resistir ao vento. Para a construção será priorizado o uso do material local, incluindo o bambu de crescimento rápido que tem grande resistência à tração.

Cidade


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ESTUDO DE CASO


26 5. ESTUDO DE CASO 5.1. ESPAÇO GASTRONÔMICO EATALY, SÃO PAULO

O Eataly é o maior mercado de gastronomia e produtos artesanais italianos do mundo. Fica localizado na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek no bairro Itaim, na cidade de São Paulo. Escolhi esse projeto como estudo de caso, baseada na multiplicidade do programa reunido em um complexo que não se resume apenas a um restaurante ou apenas um empório com produtos próprios da cultura estabelecida.

O Programa proposto do Edifício conta 4.500 m², onde é dividido em atividades, com isso é constituído por 13 pontos voltados para a alimentação em meio um mercado com mais de 7.000 produtos italianos ou de produtos locais sendo produzidos pelos restaurantes dispostos pelos pavimentos do edifico. A loja ainda possui espaços voltados a workshop, cursos de eventos voltados para a gastronomia.

O espaço é setorizado por atividades e por produtos disponibilizados de forma integrada em 3 pavimentos, onde ao chegar ao acesso principal o usuário é conduzido para as lojas ou para os produtos artesanais, na vertical fica dispostos as escadas rolantes e elevadores. O vazio central integra os 3 pavimentos, possibilitando a visualização de diversos restaurante e promovendo o encontro.


27 O pavimento térreo funciona da seguinte forma: ao acessar o edifício, o primeiro contato é feito com um balcão de informações, a partir disso é possível acessar os pavimentos superiores ou ao estacionamento que fica localizado no pavimento inferior, através de elevadores ou pela escada, ainda nesse primeiro espaço podese dirigir aos restaurantes, banheiros e aos caixas. Na parte central encontra-se o mercado que é setorizado por produtos alimentícios salgados e doces, e também os utensílios domésticos, cosméticos e livros.

No primeiro andar encontra-se a escola de gastronomia com 18 lugares, os restaurantes típicos italianos, a adega , cafeteria, stands de produtos, pizzaria e um terraço destinado á área de vivência e permanecia dos usuários.

O ultimo pavimento encontra uma cervejaria artesanal feita no próprio local e a Brace Bar e Griglia, localizadas por todo este piso sendo o maior dos restaurantes com 180 lugares.


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O LOCAL


30 6. LOCALIZAÇÃO

No extremo sul do Estado do Rio de Janeiro, na divisa com São Paulo, situa-se Paraty, no fundo da Baía da Ilha Grande e aos pés da Serra da Bocaina. O projeto será implantado a 350m da costa. Rio de Janeiro

Paraty - RJ

Centro Histórico Paraty

A estratégica que utilizei para escolha do local foi a de ser próximo ao Centro Histórico, onde do Complexo poderia ter uma visão ampliada da região. Partindo dessa premissa, tomei como base de estudo a Carta Náutica da Baía da Ilha Grande, onde indica quais pontos seriam ou não ideais para a implantação da proposta.


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32 Como Chegar ? A pĂŠ

De Bicicleta

De Carro


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CONDICIONANTES E DETERMINANTES


36 7. DIRETRIZES LEGISLATIVAS 7.1. LEGISLAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO NO MAR Segundo a Lei n°7.661 de 16 de maio de 1988, que constitui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro: Art. 10. As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica. § 1º. Não será permitida a urbanização ou qualquer forma de utilização do solo na Zona Costeira que impeça ou dificulte o acesso assegurado no caput deste artigo. § 2º. A regulamentação desta lei determinará as características e as modalidades de acesso que garantam o uso público das praias e do mar. § 3º. Entende-se por praia a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subsequente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece um outro ecossistema. Fazendo - se uma interpretação, conclui-se que as modalidades de acesso e uso das praias não podem implicar em urbanização ou qualquer forma que dificulte o acesso a mesma, entre os quais, loteamentos particulares. O que a Lei prevê é a possibilidade de utilização da praia para os fins a que se destina, especialmente para segurança nacional, defesa do meio-ambiente e como atração turística, não se permitindo qualquer construção que impeça ou dificulte o acesso à praia. É de se ressaltar que os órgãos de proteção ambiental, assim como o Serviço do Patrimônio da União, possuem poderes típicos de poder

de polícia para a proteção das praias, podendo, de forma auto executória, adotar todas as medidas necessárias ao cumprimento dessa norma, como aplicar multa e embargar obras, podendo chegar até a demolição do imóvel construído irregularmente, desde que previamente tenha submetido o ocupante a processo administrativo em que se lhe tenha assegurado o contraditório e a ampla-defesa. A praia é, portanto, bem de uso comum do povo, de fruição geral, e nessa condição, mesmo com todas as alterações legislativas surgidas nos últimos anos, permanece na condição de bem indisponível da União, cuja utilização por particular somente poderia se de forma excepcional, e desde que se garanta o livre acesso à população, evitando-se com isso a utilização privada de um bem. 7.2. CARTA NÁUTICA


37 Cartas Náuticas são os documentos cartográficos que resultam de levantamentos de áreas oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se destinam a servir de base à navegação; são geralmente construídas na Projeção de Mercator e representam os acidentes terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre profundidades, perigos à navegação (bancos, pedras submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à navegação), natureza do fundo, fundeadouros e áreas de fundeio, auxílios à navegação (faróis, faroletes, balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis, etc.), altitudes e pontos notáveis aos navegantes, linha de costa e de contorno das ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras indicações necessárias à segurança da navegação. LEGENDAS L – Lama


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O PROJETO


40 8.1 DIRETRIZES PROJETUAIS

• Conectar e Integrar - A ação de integrar e conectar os ambientes do edifício com seu entorno, ocasiona uma maior proximidade e conectividade de pessoas e fluxo , a partir de uma continuidade do interior com o exterior, estimulando a permanência de pessoas no espaço. • Valorizar a Cultura Regional - Deve se valorizar a identidade do local de maneira atrativa. • Funcionalidade do Espaço - A funcionalidade do espaço fará com que o edifício haja de forma eficiente e usual, visando designar espaços que sejam flexíveis, confortáveis, ativos e permeáveis fisicamente. • Dinamizar - Servir como atrativo turístico . • Tendo essas diretrizes, a proposta do Centro Gastronômico no mar será favorável à:


41 8.2 PROGRAMA O programa de necessidades, foi definido a partir de estudo de caso realizado, atentando - me a funcionalidade. Com isso foi possível identificar as atividades e os usos necessários para a concepção do projeto. O aspecto levedo em consideração na elaboração do mesmo, foi definir os vários usos para esse Complexo Gastronômico que possam acontecer em horários diferentes, tornando o espaço diverso e dinâmico. O programa foi distribuído da seguinte forma : Público • Praça ( possibilidade de diversos usos, como feiras) • Mirante e Espaços de Convivência • Sanitários • Circulação Vertical Serviços • Área Técnica • Áreas de Cargas e Descarga ( parte de traz dos restaurantes/bares)

Os restaurantes, bares e mercado, foram posicionados de uma forma onde, se tem uma vista privilegiada voltados para o mar. Pelo mirante se tem a vista panorâmica do centro histórico de Paraty.

5 Restaurantes - Recepção de mercadorias, pesagem e pré higienização, despensas, câmaras, pré-preparo vegetais, carnes aves e peixes, área para lavagem de louça, preparo pratos, copa, salão , sanitários, recepção, caixa e bar.

O acesso ao complexo é a partir da passarela, onde pode ser feito a pé ou de bicicleta . Os acessos para cargas e descargas são feitos pela mesma. Optei pela carga e descarga ser somente via terrestre, pois há existência de um atracadouro ao lado da passarela de acesso. O atracadouro colocado na lateral da praça é para embarque e desembarque de pessoas que vem de outras praias.

4 Bares - Recepção de mercadorias, pesagem e pré higienização, despensas, câmaras, pré-preparo vegetais, carnes aves e peixes, área para lavagem de louça, preparo pratos, copa, salão , sanitários, recepção, caixa e bar. 1 Mercado 2 lojas 1 Escola Gastronômica

A circulação vertical é feito por elevadores que vão até o ultimo pavimento. Rampas acessíveis contornam o edifício, levando até o primeiro pavimento. Como forma de integração direto com o mar, no centro da praça foi aberto uma piscina natural. Para as pessoas não se perderem no fundo da água, foi inserido uma gaiola aquática como forma de proteção.


42 8.3 SETORIZAÇÃO

1. Praça – 8265m² 2. Restaurante 1 – 611.30m² 3. Restaurante 2 – 280m² 4. Restaurante 3 – 280m² 5. Bar 1 – 280 m² 6. Loja 1 – 70 m² 7. Loja 2 – 70 m² 8. Área Técnica – 140 m² 9. Mercadão – 1495 m² • • • • • • • • • • •

Doca – 38 m² Depósito – 45 m² Lixo – 13 m² Vestiários – 54 m² ADM – 51 m² Corredor de serviço Padaria Sorveteria Lanchonete Cafeteria Banheiros

10. Restaurante 4 – 280 m² 11. Restaurante 5 – 280m²

12. Bar 2 – 280m² 13. Bar 3 – 280 m² 14. Bar 4 – 280m² 15. Escola Gastronômica – 1058 m² • • • • • • • • • • • •

ADM – 40m² Sala de reunião – 30 m² Confeitaria – 55 m² Cozinhas Quente – 180 m² Depósito – 14 m² Lixo – 14 m² Cozinha de Demonstração – 83 m² Sala de aula – 90 m² Sala de enologia – 57 m² Restaurante – 195 m² Banheiros – 75 m² Circulação alunos e professores – 200m²

16. Espaço de convivência 1° Pav. – 4.094 m² 17. Mirante – 6.627 m² 8.4. Quadro de Áreas m² Térreo – 6.627 m² Primeiro Pav. – 6.627m² Segundo Pav. (Mezanino) – 6.627m² Total de Área Construída = 19.881m² Total Terreno ( base Flutuante ) – 28.146 m²


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DESENHOS TÉCNICOS


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+1,80

+11,30


50

+1,80

NA

+1,80

+1,80

NA

+1,80


51

+1,80

NA

+1,80

+1,80

NA

+1,80


52

NA

+1,80

+6,55

NA

+6,55

+1,80


53

NA +1,80

+6,55

NA

+6,55

+1,80


54

+11.30

NA

+1,80

+11.30

+1,80


55

+11.30

NA +1,80

NA

+11.30

+1,80


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CORTE AA


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CORTE AA


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CORTE BB


59

CORTE BB


60

FACHADA ENTRADA COMPEXO


61

FACHADA ENTRADA COMPEXO


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DETALHES


64 Cobertura + 15.80

10.1. ESTRATÉGIAS DE PROJETO

A fachada dispõe de um sistema de proteção solar por meio da utilização de painéis em vidro serigrafado perfurados que contribuem para a minimização das cargas térmicas, o conforto dos ocupantes o conforto visual, a minimização dos riscos de sobreaquecimento e aproveitamento eficaz da iluminação natural.

Guarda – corpo h = 1.10m Mirante + 11.30

Ripas de madeira ao fundo Intercalado com vidro Serigrafado perfurado (fachada)

Estrutura em madeira

As soluções estruturais princípios básicos:

para o edifício respeitam os seguintes Junta de dilatação

Racionalidade construtiva, utilizando a estrutura em madeira com peso reduzido e melhor reação com a maresia.

Projeto Arquitetônico com minimização dos pontos de apoio.

Base flutuante com maior capacidade de carga.

0

1

1° Pav. + 6.55

5

Térreo +1.80 Encaixe dos módulos Concreto

10 Ancoragem Taut – Leg

EPS Base 0.00


65 10.2. BASE FLUTUANTE

COMPOSIÇÃO:

O sistema de flutuação adotado para o projeto é o mesmo sistema utilizado para píeres flutuantes com núcleo EPS. São versáteis e tem alta durabilidade. Usado em seu núcleo, o poliestireno expandido (EPS) garante a estabilidade do sistema.

A estrutura é composta pelo miolo de poliestireno expandido recoberto por concreto. O revestimento também evita o contato direto com a água, protegendo o núcleo de contaminações causadas por possíveis vazamentos de combustível das embarcações.

“ O EPS tem densidade reduzida, sendo basicamente composto de ar ( 98% ) e matéria – prima ( 2% ). O resultado é um elemento extremamente leve e flutuante por natureza. Outra propriedade do material é a baixa absorção de água, em torno de 4%. Com isso, mesmo dentro do mar, lagos ou represas, não perde sua flutuabillidade.

A Base flutuante é formado por blocos interligados. Essa configuração é importante para que o movimento das águas seja acompanhado, o que não aconteceria em caso de estrutura única e rígida. Peças monolíticas se tornam instáveis se atingidas por agitações provocadas pelas ondas do mar, com as ondulações causadas pelo deslocamento de veículos aquáticos.

“O poliestireno expandido substitui de maneira excelente os tambores, que são ocos e acabam permitindo a entrada de água, demandando assim manutenções constantes”, informa Sérgio Paulo Migliorini Urban, diretor da Pierglass do Brasil. Com a presença do EPS, toda a estrutura se torna mais leve e apresenta maior capacidade de carga. “Seu uso é bastante amplo e sem restrições, independentemente se a água é doce ou salgada”, complementa.


66 10.3. SISTEMA DE ANCORAGEM DA PLATAFORMA O sistema de ancoragem utilizado foi em Taut – Leg: • É constituída por linhas tensas com um ângulo de topo de aproximadamente 45° com a vertical; • Menor projeção horizontal com mesma ordem de grandeza da lâmina d’água; • Proporciona maior rigidez ao sistema; • As âncoras utilizadas precisam resistir a altas cargas verticais; • São fixas nas extremidades inferiores por meio de estacas de sucção e VLA (âncoras com resistência vertical).

VLA (Vertical Load Anchor) – A penetração no fundo de uma VLA é muito maior que uma âncora convencional. Apesar do processo de ancoragem ser o mesmo deve-se usar uma tração muito grande para sua instalação. A VLA após unhar, muda da posição de instalação para posição final (posição para suportar cargas verticais); então ela passa a suportar tanto cargas verticais como horizontais. .


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69

11

CONSIDERAÇÕES FINAIS


70 Após a finalização desse trabalho, conclui-se que não existe uma técnica isolada para a construção da arquitetura flutuante. As técnicas variam de acordo com o tamanho e intuito do projeto. Os projetos de arquitetura flutuantes construídos, limitam-se a casas ou estruturas de pequeno porte, onde, na maioria dos casos as suas bases são de materiais recicláveis, pois a matéria prima é mais barata, porem existe um tamanho de peso máximo que a estrutura suporta. Os projetos de maior porte são propostas em progresso, sem uma data estimada de quando será construído. A técnica utilizada no projeto foi determinada a partir das pesquisas apresentadas, que indicaram qual sistema responderia melhor ao tipo de lugar que seria inserido e com maior eficácia ao receber no recebimento de cargas.

Com o objetivo de servir como um espaço de lazer para a população residente e para os turistas que visitam a cidade, promovendo o intercambio cultural e levando em consideração a importância do turismo gastronômico, a pretensão foi de contribuir positivamente através de um projeto que atendesse as diversas necessidades, podendo ser utilizado em diferentes horários e a qualquer época do ano, não sendo apenas um atrativo em épocas festivas.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


74 NIEBUHR, Joel de Menezes. Terrenos de Marinha: aspectos destacados. Artigo publicado em 24.08.2004, na Revista de Doutrina da 4ª Região, publicada pela Escola da Magistratura do TRF da 4ª Região. MONTANARI, Massimo. Comida como cultura. São Paulo: Senac, 2008 MENEZES, Roberto Santana de. Regime Patrimonial dos Terrenos de Marinha. Jus Navegando, Teresina, ano 2004. Plano de Desenvolvimento Turístico do Município de Paraty, vol. I, 2003:30 SOMAVILLA, Géssica P.; LOPES, Caryl E. J.. Orientações técnicas, legais e normativas para projetos de espaços destinados a serviços de alimentação coletiva. Revista de Arquitetura da IMED, v. 2, n.2, 2013, p. 108-122, ISSN 2318-1109 NETO, Tiago Samuel da Costa . Arquitetura Flutuante: Projetar uma habitação-tipo . Carta 120000 , Símbolos, Abreviaturas e termos usados nas Cartas Náuticas. 4°Edição, 2014. Publicada em / Published on 21 de março de 2014. Paraty: uma cidade respira tradição - Boletim SPHAN próMemória, No. 43 http://www.paraty.com.br/cidade_historica.asp https://www.archdaily.com.br/br/01-99045/pavilhao-flutuante-autosustentavel-em-rijnhaven-roterda

https://www.galeriadaarquitetura.com.br/slideshow/newslideshow.asp x?idproject=2933&index=0 https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/espaconovoarquitetura_/eataly-sao-paulo/2933

http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao/patrimonio-dauniao/bens-da-uniao/terrenos-de-marinha http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicaco es/Indice_competitividade/2015/Paraty_RA_2015.pdf http://www.destinosreferencia.turismo.gov.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=247&Itemid=98&limitstart=1 http://www.destinosreferencia.turismo.gov.br/index.php?option=com_ content&view=article&id=247&Itemid=98&limitstart=1 https://big.dk/#projects-sfc https://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2012/03/cap2b_Carta_ Nautica_utilizacao_interpretacao.pdf http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000005/0000051f.pdf


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