Simpósio de Informação e Conhecimento

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A SERIGRAFIA COMO AGENTE DE INTEGRAÇÃO E ACESSIBILIDADE: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM DEFICIENTES VISUAIS EM SÃO PAULO SERIGRAFIA AS AN AGENT OF INTEGRATION AND ACCESSIBILITY: AN EXPERIMENTAL RESEARCH WITH VISUAL DISABILITIES IN SAO PAULO Guilherme Marins de Souza 1, i Leandro Andrade Beluomini2, ii Leonardo Barbosa de Freitas3, iii Paulo Ricardo Campos Gouveia4,iv Catarina de Oliveira Cano5,v RESUMO Como resultado de grande aumento de doenças diretamente ligadas à disposição oftalmológica ou ainda aquelas que ao longo de sua evolução impactam na saúde ocular, como o diabetes, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (2018), o aumento de pessoas com deficiência visual que em 2010 estava em cerca de 6.5 milhões, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão. Nos últimos anos apresentou aumento significativo, isso impacta diretamente em meios de garantir acessibilidade para as tarefas diárias, além de buscar possibilidades de acesso a convívio social e oportunidade no mercado de trabalho para estas pessoas (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE,2010). Neste estudo, a partir da análise da necessidade recorrente das pessoas com deficiência, utilizando de pesquisa aplicada e experimental, buscou-se criar mais um campo de atuação social e de mercado de trabalho, trazendo com a técnica de serigrafia, a prática e dinamismo destes para deficientes visuais. O estudo discorre as etapas de execução de uma proposta de oficina e aprendizado da técnica gráfica para o público estudado, além de demonstrar as etapas para tal desenvolvimento. Na parte final do estudo é possível identificar que fundamentando-se no método e acompanhamento realizado, as oficinas de serigrafia, trazem a possibilidade de integração e experiencia as pessoas com deficiências visuais e também potencializa a valorização e pertencimento do indivíduo.

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Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: marinsgui@icloud.com 2 Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: leandro.beluomini@hotmail.com 3 Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: leonardobr.freitas@gmail.com 4 Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: paulo.gouveia.digital@hotmail.com 5 Docente e Mestre em Administração da Faculdade SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: catarina.cano@sp.senai.br


ABSTRACT As a result of the large increase in diseases directly related to the ophthalmological disposition or even those that along its evolution impact on eye health, such as diabetes, according to the Brazilian Council of Ophthalmology (2018), the increase in people with visual impairment than in 2010. was about 6.5 million, being 582 thousand blind and 6 million with low vision, in recent years showed significant increase, this directly impacts ways to ensure accessibility to daily tasks, and seek possibilities of access to social life and opportunity in the workplace. (Brazilian Institute of Geography and Statistics, IBGE, 2010) for these people. In this study, from the analysis of the recurrent need of people with disabilities, using the action research method, we sought to create another field of social and labor market performance, bringing with the technique of screen printing, their practice and dynamism. for the visually impaired. The study discusses the stages of execution of a workshop proposal and learning the graphic technique for the studied public, besides demonstrating the steps for such development. In the final part of the study it is possible to identify that based on the method and follow-up performed, the screen printing workshops bring the possibility of integration and experience people with visual impairments and also enhances the valuation and belonging of the individual. 1 INTRODUÇÃO A acessibilidade aos portadores de deficiências visuais destaca-se em sua obrigatoriedade a partir da Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989, ampara a integração ao mercado de trabalho e educação adequada e adaptada. Segundo Associação Dorina Nowill (2019): “A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de deficiência: Cegueira – há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita; Baixa visão ou visão subnormal – caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais.

A forma de comunicação, linguagem e formas artísticas tem sido modificada, inclusive com a inserção de tecnologia na rotina das pessoas, os conteúdos escolares e de mercado naturalmente com a utilização destes recursos passou a utilizar mais símbolos e caraterísticas de expressões visuais, como imagens e gráficos que de forma rápida e objetiva atendam a mensagem do emissor e receptor. O Ministério da Educação (MEC, 2007), em suas diretrizes sobre atendimento educacional especializado, destaca que “os conteúdos escolares privilegiam a visualização em todas as áreas de conhecimento, de um universo permeado de símbolos gráficos, imagens, letras e números”, levando a uma reflexão sobre as limitações visuais, que não devem ser ignoradas, negligenciadas ou confundidas com concessões ou necessidades fictícias. A mesma análise acontece no mercado de trabalho, para aqueles que que ultrapassaram a barreira de obter o ensino mínimo e básico para realizar tarefas operacionais


e administrativas, inicia-se a busca por uma oportunidade. De acordo com o Instituto Benjamin Constant (2016) “: “A dificuldade de colocação profissional, que hoje é enfrentada por uma parcela significativa de brasileiros, com relação ao deficiente visual é agravada pela infundada crença da maioria dos empregadores ao considerarem que a deficiência afeta todas as funções do indivíduo. Além disso, desconhecendo as diversas atividades possíveis de serem realizadas pelo deficiente, receiam dificuldades de integração com o grupo de trabalho, temem a ocorrência de acidentes e preocupam-se com o custo de adaptações e aquisição de equipamentos especiais.

Desta maneira, cabe ao poder público, com apoio privado, criar, descobrir e reinventar estratégias, atividades pedagógicas e de oferta de possibilidades de atividades profissionais adequada as necessidades gerais e específicas de todos e de cada um dos indivíduos. Neste sentido este artigo contempla como objetivo geral a viabilidade de atuação das pessoas com baixa ou nenhuma visão ao processo de serigrafia e como objetivos específicos a adaptação e customização de recursos e insumos para atender a este público. Este artigo está dividido em cinco sessões: introdução, fundamentação teórica, metodologia, discussão de resultados e considerações finais. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação teórica O processo de serigrafia pertence a tecnologia de produção gráfica, sendo um dos meios de impressão. De acordo com a ABRIGRAF (2018) o mercado gráfico movimentou no último ano cerca de 46,7 bilhões, participando dos mais diversos segmentos do mercado. Serigrafia, silkscreen ou impressão a tela é um processo de impressão de texto ou figura (gravura plano gráfica) em uma superfície, no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, através de uma tela preparada (OXFORD, 2007). Segundo a FESPA (2019) Serigrafia, silkscreen ou impressão a tela é um processo de impressão de texto ou figura (gravura plano gráfica) em uma superfície, no qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, através de uma tela preparada. Figura 1 – Processo de Serigrafia 2º

1º Estampa

Separação / seleção de cores

Gravação de Matrizes

Preparação dos insumos

3º Impressão dos fotolitos / negativos

6º Impressão

Fonte: Elaborado pelos próprios autores


Para esta modalidade de impressão, os recursos necessários estão relacionados a estruturas física e recursos de movimentação para tela e insumos, destacando-se assim inicialmente a necessidade de visão plena para execução dos trabalhos nas determinadas etapas. Com base no objetivo principal do artigo, os alunos envolvidos no projeto realizaram pesquisas para buscar alternativas para que, a partir de ajustes os participantes pudessem executar de forma excelente a impressão da camiseta. A impressão em camisetas foi escolhida, pois entende-se que o indivíduo necessita de estar aceito ou até mesmo participar de um grupo social, torna-o mais seguro para sua inserção em determinado grupo. Segundo Maslow (1954) em sua fatoração sobre as necessidades e comportamentos do indivíduo o pertencimento a determinado grupo se faz necessário para o alcance de sua realização. Autores que analisam comportamentos organizacionais ressalta a hierarquia das necessidades de Maslow (ROBBINS, 1999; BOWDITCH e BUONO, 1992). A teoria ERG apresenta similaridades a teoria de Maslow, pois ambas apresentam necessidades essenciais até obter um patamar de maiores realizações, com uma forma mais simples, de acordo com Alderfer (1973), além de também sugerir uma relação sequencial das necessidades a serem satisfeitas, com a afirmação de Robbins (2002) a teoria ERG é mais coerente com nosso conhecimento das diferenças entre os indivíduos. Com base neste olhar da teoria de Maslow, foi inserido o olhar da teoria de ERG que em sua essência demonstra que pessoas em culturas diferentes classificam as necessidades de maneiras diversas. Figura 2: Pirâmide da Teoria das Necessidades de Maslow comparada a ERG

Fonte: Adaptado de Robbins (2002) Autores que analisam comportamentos organizacionais ressalta a hierarquia das necessidades de Maslow (ROBBINS, 1999; BOWDITCH e BUONO, 1992).


Segundo MEC (2007) “Devem ser tratados como qualquer educando no que se refere aos direitos, deveres, normas, regulamentos, combinados, disciplina e demais aspectos da vida escolar.” 2.2 Metodologia Esta pesquisa se caracteriza por ser aplicada e experimental, pois exigiu dos participantes, alunos e docentes a necessidade de adaptação, testes e aplicação da técnica de impressão, destacada neste artigo como a Serigrafia para deficientes visuais. De acordo com Ferreira (2003), os modelos experimentais em pesquisa têm como definição, a materialização de uma parte da realidade, por meio da representação simples de uma ocorrência recente ou antiga, para que isso seja ratificado deve apresentar precisão adequada, por meio de comprovação prévia e também pela demonstração das limitações em relação à realidade que irá representar. O produto escolhido para trabalhar com os deficientes visuais foi a impressão da bandeira do Brasil em camisetas com a modalidade de impressão Serigrafia, sendo assim os participantes a partir da utilização dos sentidos tato, audição e olfato poderia se aproximar da sensação da impressão. Figura 3 – Bandeira do Brasil

Fonte: Site Planalto Central A partir da customização de insumos, com fornecedores de tinta especializados, as tintas possuíam na cor verde o aroma de mata e na cor azul o aroma que recordava o mar. Com a expectativa de primeiramente observar a reação dos participantes, sem prévio aviso, os alunos iniciaram os trabalhos nas oficinas e rapidamente um dos deficientes visuais declamou a conexão das tintas com os aromas, trazendo rapidamente esta identificação e proximidade ao momento que estava experenciando. Conforme MEC (2007) “As cores devem ser apresentadas aos alunos cegos por meio de associações e representações que possibilitem compreender e aplicar adequadamente o


vocabulário e o conceito de cores na fala, na escrita, no contexto da escola e da vida. Assim, as cores podem ser associadas aos elementos da natureza, aos aromas, às notas musicais e a outras simbologias presentes na experiência dos alunos” Segundo APADEV (2019) “O Braile é um sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas. Surgiu na França em 1825, sendo o seu criador o francês Louis Braille que ficou cego, aos três anos de idade vítima de um acidente seguido de oftalmia”, sendo assim neste projeto o tato pode ser potencializado com as escritas em braile na camiseta, que possuem também uma forma de expressão ao deficiente visual. Por último, com o objetivo de obter uma expressão sensorial auditiva, a partir da utilização de um aplicativo gratuito chamado zappar, o participante pode ouvir a explicação sobre as cores da bandeira do Brasil por meio da conexão de seu celular com a demarcação impressa em alto relevo na camiseta experimental. O processo metodológico seguiu as etapas apresentadas na Figura 4. Figura 4 – Etapas do Processo Metodológico

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•Alunos realizaram a oficina com troca de experiencias e percepções com eles próprios.

•Alunosrealizaram a oficina com os olhos vendados para se perceber com as dificuldades de um deficiente visual.

•Alunos realizaram as adaptações físicas e sentitivas para os deficientes visuais.

•Particpantes das oficinais, público externo, realizaram o treinamento e oficina de serigrafia, evidenciando maiores ajustes.

•Alunos realizaram as adaptações e modificações no processo com auxílio de docentes e fornecedores de insumos.

•Alunos e participantes das oficinas realizaram a impressão da camiseta com a perfeição de um processo de serigrafia, atendendo padrões de processos e, no caso específico dos deficientes visuais, de suas percepções sensitivas.

Fonte – Elaborado pelos próprios autores A proposta de desmembrar a pesquisa com a participação e experimento com os participantes das oficinas permitiu que tanto os alunos responsáveis pelo projeto, docentes e os deficientes visuais pudessem intensificar a sinergia e fortalecer a inclusão social, a necessidade de pertencer a um grupo que inclusive poderia desenvolver sua própria identidade.

2.3 Discussão dos resultados


A partir dos processos e tentativas de impressão utilizando a modalidade de processo gráfico em serigrafia, as oficinas tiveram como resultado final a impressão de uma camiseta do Brasil. Figura 5 – Imagem do produto final impresso pelos deficientes visuais participantes da oficina realizada pelos alunos.

Fonte – Elaborado pelos próprios autores Como resultado, foi identificado que dos 20 participantes na oficina, 95% se atentou a percepção dos sentidos e declarou que os aromas possibilitaram uma maior experiência e conexão com a atividade de impressão. A leitura na escrita em braile foi aprovada e percebida por 100% dos participantes, que inclusive em uma das etapas do processo, fez ajustes e propiciou melhorias na confecção das camisetas para garantir a saliência ideal para a leitura das frases expressas nas camisetas. A totalidade de percepção e até expressão de emoção pode ser observado e selada com no momento em que os participantes tinham acesso ao vídeo por meio do aplicativo zappar, onde 72% afirmou que sentiu emoção e tinham a percepção que o áudio foi o meio que reforçou a experiência de sentimento da conquista da inclusão social. 2.4 Considerações Finais Como consideração final pode-se observar a importância e relevância de ações como estas de inclusão, sendo esta experiencia expressa não apenas ao participante e foco deste


artigo, o deficiente visual, mas todos que estiveram envolvidos direta e indiretamente com o projeto. A realidade no segmento gráfico é de grande possibilidade de apoio não apenas a esta classificação de deficientes, mas podendo enquadrar em seus cursos e projetos novos integrantes, além de trazer ao mercado novos possibilidades de profissionais, que com pequenas adaptações podem ocupar posições em Gráficas. Na agenda de pesquisas posteriores, os pesquisadores sugerem a inserção de participantes com outras deficiências e a possibilidade de criar meios de realizar uma oficina móvel para atender in loco Instituições com esta característica.

3. REFERÊNCIAS ALDERFER, C. P.; SCHNEIDER, B. Three Studies of Measures of Need Satisfaction in Organizations. Administrative Science Quarterly, Ithaca, Vol. 18, n. 4, pp 489-505, Dezembro 1973. APADEV (Associacao de Portadores de Deficiencia Visual) . Revista Novo Olhar. Numero 7, pp 33, Agosto, 2012. Ferreira LM, Ferreira LRK. Experimental model: historic and conceptual revision. Acta Cir Bras. 2003;18:1-3. INSTITUTO Ethos de empresas e responsabilidade social. O que as empresas podem fazer pela inclusão das pessoas com deficiência. São Paulo, mai. De 2010. Disponível em: http://www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspz?TabID=3692&Alias= Uniethos&Lang=ptBRA/ Acessado em jun. 2006. LIMA, Cláudia Regina Uchôa de. Acessibilidade Tecnológica e Pedagógica na Apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação por Pessoas com 139 Necessidades Educacionais Especiais. Dissertação de Mestrado – Porto Alegre: UFRGS, 2003 MASLOW, Abraham H. A theory of human motivation. 1943. Disponível em: . Acesso em: 03 de outubro. 2019 ROBBINS, S. Comportamento organizacional. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. SEB/MEC. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: . Acesso em: 29 ou. 2019. Sobre os autores: _________________ 1

GUILHERME MARINS DE SOUZA Possui curso de Técnico em Edificações pela escola ITB Instituto Técnico de Barueri - Brasilio Flores de Azevedo (2014), cursando a Graduação em tecnologia de produção gráfica pela Faculdade SENAI de tecnologia gráfica(2019). Tem experiência na área de desenhos e desenvolvimento de projetos para embalagens cartotecnicas. É parte integrante do setor de projeto e desenvolvimento da empresa Nobelkraft.


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LEANDRO ANDRADE BEULOMINI Possui graduação em licenciatura matemática, UNIBAN (2008), Cursando Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica (2019). Tem experiência na área de produção de arquivos digitais para o segmento gráfico, com ênfase em Projetos e Planejamento no processo serigráfico. É instrutor na empresa Genesis tintas e responsável pelos setores de conteúdo de arte final nos cursos presenciais e a distância.

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LEONARDO BARBOSA DE FREITAS Possui graduação em licenciatura matemática, UNIBAN (2008), Cursando Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica (2019). Tem experiência na área de produção de arquivos digitais para o segmento gráfico, com ênfase em Projetos e Planejamento no processo serigráfico. É instrutor na empresa Genesis tintas e responsável pelos setores de conteúdo de arte final nos cursos presenciais e a distância.

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PAULO RICARDO CAMPOS GOUVEIA Possui Curso de Aprendizagem industrial (2014), Curso Técnico em Impressão Flexográfica e Rotográfica (2016), Cursando Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica (2019) pela escola SENAI Theobaldo De Nigris. Tem experiência na área de Impressão Digital na produção de rótulos e etiquetas adesivas e rótulos in mould label. É Coordenador de impressão digital na empresa Pavão Embalagens.

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CATARINA DE OLIVEIRA CANO Possui graduação em Administração, com MBA em Marketing (2006) pela Cruzeiro do Sul, Gestão Empresarial (2013) pela Metodista em Finanças (2017), pela FECAP e Doutoranda em Biotecnologia Industrial (2019) pela UFABC. Atualmente é professora da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Theobaldo De Nigris, lecionando as disciplinas Gestão de Recursos, Logística e Medição de Desempenho e na Pós-graduação em Gestão e Engenharia de Produção. Tem experiência na área de Processos e Engenharia de Produto.


EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: A TÉCNICA DE SUBLIMAÇÃO COMO INOVAÇÃO NO SEGMENTO GRÁFICO ENTREPRENEUR EDUCATION: THE SUBLIMATION TECHNIQUE AS A GRAPHIC INNOVATION

Leonardo Barbosa de Freitas 1, i Marcel Castilho Lock2, ii Nathália Leal Ferreira da Silva³, iii Paulo Ricardo Campos Gouveia 4,iV Catarina de Oliveira Cano 5,v

RESUMO Segundo a ABRIGRAF (2018) o mercado gráfico sofre constantes modificações e intervenções tecnológicas, exigindo dos players velocidade de atuação por meio de inovação e diferenciais que tornem a empresa, produto / serviços com vantagem competitiva. Este estudo tem por objetivo apresentar a prática do empreendedorismo realizado com um grupo de alunos do último ano do curso de tecnologia em produção gráfica, sendo este estudo de caso para a pesquisa. O plano de negócios foi a ferramenta mercadológica que norteou este estudo empírico que apresentou como resultado um produto viável com margens expressivas de lucratividade, além do alcance da visibilidade para além das fronteiras da faculdade, local onde a partir de conceitos da Educação Empreendedora este projeto foi elaborado.

ABSTRACT According to ABRIGRAF (2018) the graphic market undergoes constant changes and technological interventions, requiring players speed of action through innovation and differentials that make the company, product / service with competitive advantage. This study aims to present the practice of entrepreneurship conducted with a group of students of the last year of the technology course in graphic production, and this case study for research. The business plan was the marketing tool that guided this empirical study that presented as a result a viable product with expressive margins of profitability, beyond the reach of visibility beyond the boundaries of the college, where from Entrepreneurial Education concepts this project was elaborate. 1

Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica. E-mail: leonardobr.freitas@gmail.com Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica. E-mail: byron5671@hotmail.com ³ Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica. E-mail: nathalialeal35@gmail.com 4 Graduando em Tecnologia de Produção Gráfica. E-mail: paulo.gouveia.digital@hotmail.com 5 Docente e Mestre em Administração da Faculdade SENAI Theobaldo De catarina.cano@sp.senai.br 2

Nigris.

E-mail:


1. INTRODUÇÃO Em face a um mercado de atuação dinâmico e a exigência de que os profissionais se tornem multidisciplinares, capazes de possuir várias facetas de atuação a importância da educação empreendedora para o desenvolvimento de alunos no curso superior tem sido uma demanda para as Instituições. O desenvolvimento de um país pode ser reconhecido a partir do número de práticas empreendedoras que possui, quantidade de patentes, inovação e crescimento frente aos índices globais. As orientações para este novo olhar educação ultrapassa qualquer interesse privado ou local, as discussões têm sido realizadas pode dimensões da UNESCO, com recomendações de conexão entre mercado, empreendedorismo e ensino. Segundo LOPES e TEIXEIRA (2010) o desenvolvimento e implementação de programas com viés empreendedor norteiam grandes Instituições que já enxergam em seus planos pedagógicos de curso premissas, objetivos e metodologia da educação empreendedora. Como uma Instituição que visa propiciar ao aluno e consequentemente as industrias o que há de mais atual, a faculdade de Tecnologia Theobaldo De Nigris, em sua grade curricular apresenta aos alunos um projeto de empreendedorismo que visa a partir da utilização da ferramenta plano de negócios a experiência do aluno em atuar como um empreendedor que terá a complexa atividade de concepção do produto / serviço, até sua comercialização. Neste modelo de aprendizagem, segundo FREIRE (2002), o aluno tem um papel atuante de evidencia do conhecimento, necessitando assim reunir os conceitos de anteriores, fazendo com que em todo momento de estudo e deste projeto, as uniões de conceitos estivessem presentes. O artigo está divido em quatro sessões: Introdução, Desenvolvimento (Fundamentação Teórica, Metodologia) Discussão de Resultados e Considerações Finais.

2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação Teórica Como base deste artigo, o tema central de discussão é o empreendedorismo e sua prática na em projetos que desenvolvam os alunos a partir da prática da educação empreendedora. Para ROCHA E FREITAS (2014) o empreendedorismo apresenta uma visão e pratica muito positiva ao processo pedagógico, pois não apenas conduz o aluno a novos olhares, como também possibilita a inquietação quanto ao que lhe é oferecido em termos de recursos, sejam eles sociais, ambientais e econômico-financeiros. Para Dolabella, 2008 a formação do empreendedor, como consequência de uma educação empreendedora possibilita as habilidades resumidas no quadro 1.


Quadro 1 - Conteúdos da formação e habilidades do empreendedor

Nesta perspectiva podemos destacar ainda segundo Lautenschläger e Haase (2011) que estas habilidades serão potencializadores de uma tomada de decisão melhores e propensão ao risco menores, pois estarão mais preparados com aspectos teóricos e práticos em mercados dinâmicos, 2.1.1 Modalidade da Tecnologia Gráfica: Sublimação O projeto deveria ter alguma conexão com mercado gráfico, para isso o grupo escolheu a modalidade de impressão a partir da técnica de sublimação Figura 1 – Processo de Sublimação

Fonte : Site Alfaestamparia (2019) Esta modalidade foi utilizada na confecção de canecas denominadas “magicas”, onde a partir deste processo de transferência de calor e utilização de tintas termo cromáticas, após a inserção de líquidos com temperatura elevada, transferiam imagem que não eram possíveis verificação antes deste processo.


2.2 Metodologia O método utilizado nesta pesquisa empírica trata-se de um estudo de caso, sendo este definido por Yin (2010, p. 39), (...) o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo em profundidade e em seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente evidentes. A utilização de métodos com esta característica possibilita um estudo mais aprofundados, ainda que em um campo limitado, mas traz uma visão holística da pesquisa e de seus pontos de análise.

Figura 1 – Processo Metodológico

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• Reorganização dos conceitos das disciplinas • Apresentação da estrutura do plano de negócios

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• Desenvolvimento interno das necessidades dos requisitos do plano de negócios.

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• Prática interna do resultado de produto obtido a partir do plano de negócios

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• Prática externa, sem o apoio da faculdade

O processo acima deu-se inicialmente com base no conteúdo das disciplinas que os alunos tiveram em anos anteriores ao da execução deste projeto, sendo estas divididas em conceitos operacionais, financeiros, gestão empresarial e gestão de pessoas. A partir deste conceito em sala o docente passou a conduzir a confecção deste documento, solicitando aos alunos a prática da interdisciplinaridade, buscando fontes que possibilitassem acessos a elaboração de planos, planilhas e projeções, acessando neste momento profissionais internos (docentes) e profissionais externos, em eventos, palestras e feiras que eram impulsionados pelas redes de acesso da Instituição. No momento seguinte os alunos passaram a ter a oportunidade de expor seus projetos, bem como viabiliza-los internamente na faculdade por meio de stand, feiras e eventos internos.


É interessante observar o quanto os alunos já nesta fase 4, tinham autonomia de negociação, bem como de customização conforme solicitação dos clientes. Na fase 5, a faculdade, assim como os docentes são não fazem parte do processo de execução, o apoio se torna mais no sentido de motivar e fazer com que o aluno compreenda seu estágio de evolução junto as práticas de empreendedorismo e nortes de impulsionamento para novas oportunidades ou projetos.

3. Discussão dos Resultados Como resultado deste projeto conseguiu identificar que o grupo em estudo conseguiu ultrapassar as barreiras da faculdade, ainda enquanto alunos, atingindo números expressivos de comercialização dos produtos produzidos a partir do conceito do Projeto de Empreendedorismo. A partir da análise inicial do plano de negócios escrito pelo grupo, foi alcançado 300% a mais de lucratividade e a venda de canecas ultrapassou a quantidade inicial projetada de 100 unidades, chegando a 1.800 canecas nos primeiros dez meses, desde o conceito inicial. Outro ponto expressivo é que com este payback, foi possível a compra dos equipamentos, que anteriormente era locado, além da aquisição de máquina de cartão para viabilizar a venda para outros públicos, a elaboração de página em redes sociais e a comercialização dos produtos por meio destes canais, novamente enfatizando a quebra da barreira de atuação. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do olhar de análise do “saber do empreendedor”, que basicamente é norteado por três perguntas: O que Aprender?, Por que aprender? , Como aprender ? , os alunos envolvidos neste projeto conseguiram entender a atuação de seu processo interno como aluno e externo como empreendedor, que poderá dar andamento a este e outros projetos. Como agenda de pesquisa para novos artigos, fica a orientação de trabalhar a educação empreendedora deste o início do curso para que ao aluno tenha esta vivencia por mais tempo, possibilitando resultados ainda mais expressivos financeiramente, socialmente e ambientalmente, atendendo assim a tríplice da sustentabilidade exigida pelo mercado.

5. REFERÊNCIAS LAUTENSCHLÄGER, A.; HAASE, H. The myth of entrepreneurship education: seven arguments against teaching business creation at universities. Journal of Entrepreneurship LOPES, R. M. A. Referenciais para a educação empreendedora. In: LOPES, R. M. A. (Org.). Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier: São Paulo: SEBRAE, 2010. LOPES, R. M. A.; TEIXEIRA, M. A. A. Educação empreendedora no ensino


fundamental. In: LOPES, R. M. A. (Org.). Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier: São Paulo: SEBRAE, 2010. ROCHA, E. L. C., FREITAS, A. A. F. Avaliação do Ensino de Empreendedorismo entre Estudantes Universitários por meio do Perfil Empreendedor. RAC, Rio de Janeiro, v.18, n. 4, art. 5, pp. 465486, Jul. /Ago. 2014. SOUZA, A. M. R., SILVA, A. S. L.; RABELO NETO, A.; SOUZA, J. L. R. Rompendo a fronteira do empreendedorismo: uma experiência de educação e sustentabilidade socioambiental no Estado do Ceará. In: GIMENEZ, F. A. P. et. al. (org.) Educação para o empreendedorismo. Curitiba: Agência de Inovação da UFPR, 2014. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. Sobre os autores: _________________

1 LEONARDO BARBOSA DE FREITAS Possui graduação em licenciatura matemática, UNIBAN (2008), Cursando Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica (2019). Tem experiência na área de produção de arquivos digitais para o segmento gráfico, com ênfase em Projetos e Planejamento no processo serigráfico. É instrutor na empresa Genesis tintas e responsável pelos setores de conteúdo de arte final nos cursos presenciais e a distância.

2 MARCEL CASTILHO LOCK Possui graduação em Design de Produto pela Universidade Estadual de Maringa - UEM (2013), Cursando atualmente a Graduação em Tecnologia em Produção Gráfica pela Faculdade SENAI Theobaldo De Nigris (2019). Tem experiência na área de design de Produto, gráfico, e webdesign.

² NATHÁLIA LEAL FERREIRA DA SILVA


Possui o curso de Aprendizagem Industrial pela escola SENAI Thebaldo De Nigris (2015), possui curso Técnico em Comunicação Visual pela ETEC Tiquatira (2016), cursando a Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica pela Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica (2019). Tem experiência na área de Produção Gráfica no segmento de Print, Brindes e MPDV. É assistente de Produção Gráfica na empresa HH Global.

4 PAULO RICARDO CAMPOS GOUVEIA Possui Curso de Aprendizagem industrial (2014), Curso Técnico em Impressão Flexográfica e Rotográfica (2016), Cursando Graduação em Tecnologia de Produção Gráfica (2019) pela escola SENAI Theobaldo De Nigris. Tem experiência na área de Impressão Digital na produção de rótulos e etiquetas adesivas e rótulos in mould label. É Coordenador de impressão digital na empresa Pavão Embalagens.

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CATARINA DE OLIVEIRA CANO Possui graduação em Administração, com MBA em Marketing (2006) pela Cruzeiro do Sul, Gestão Empresarial (2013) pela Metodista em Finanças (2017), pela FECAP e Doutoranda em Biotecnologia Industrial (2019) pela UFABC. Atualmente é professora da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Theobaldo De Nigris, lecionando as disciplinas Gestão de Recursos, Logística e Medição de Desempenho e na Pós-graduação em Gestão e Engenharia de Produção. Tem experiência na área de Processos e Engenharia de Produto.


TINTA BASE ÁGUA, É VIÁVEL? WATER-BASED INK, IS IT WORKABLE? Renata Rodrigues Matos1 Michelle de Carvalho Pereira2 Sandra Almeida Silva3

RESUMO

A indústria de tintas para diversas aplicações tem apresentado um grande desenvolvimento no Brasil e no mundo, inclusive no mercado gráfico, que por conta da disrupção e das inovações que surgem ao longo dos anos, vem passando por fortes transformações, principalmente na cadeia de suprimentos, que tem como carro chefe do setor, tintas para impressão. Por consequência deste fato a aplicação crescente de tecnologia vinculada à indústria 4.0 que demandam atualizações profundas e constantes em todo o segmento, principalmente em máquinas e equipamentos adaptados ao mundo de hoje, bem como, os interesses de todo o cluster industrial por inovações em consonância a tecnologia, como por exemplo, impresso inteligente e internet das coisas (IOT). Na indústria gráfica o uso das tintas acontece diretamente na formação da imagem impressa, de tudo aquilo que visualizamos o que nos conecta com símbolos, informações e obviamente, apesar de sabermos que o mundo está cada vez mais digital, ainda assim a impressão continua absoluta seguindo rumo às transformações e atualmente com aplicação em diversos substratos. Portanto, por meio de pesquisa aplicada junto ao segmento, empresas, funcionários e empresários do setor, a ideia deste trabalho é ampliar as discussões sobre o uso da tinta base água aplicada a filmes plásticos como uma tendência no mercado de embalagens flexíveis. Palavras-chave: Tintas base água. Indústria gráfica. Embalagem.

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Graduanda em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. Email: renatarmatos@hotmail.com 2 Graduanda em Tecnologia de Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. Email: michelledecarvalhopereira@hotmail.com 3 Docente e Mestre em Finanças na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. E-mail: sandra.almeida@sp.senai.br

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ABSTRACT

The paint industry for various applications has shown a great development in Brazil and around the world, including graphic in the market, which includes interruptions and innovations that come after long years, undergoing strong transformations, especially in the supply chain, which has as its flagship Industry, printing inks. As a result, the increasing application of industry-related technology 4.0 requires deep and constant upgrades across the industry, particularly in machines and equipment adapted to today's world, as well as the interests of the entire industrial cluster for innovations in line with technology such as smart printing and IOT (IoT). In the printing industry or in the use of inks, there is a direct formation of the printed image, everything that it visualizes, or what contains the symbols, information and obviously. Although we know that the world is increasingly digital, yet the impression it remains absolute following the course as transformations and currently with application on various substrates. Therefore, through applied research with segments, companies, employees and entrepreneurs in the sector, an idea of this work is to broaden as discussions about the use of water-based paint applied in plastic films as a trend in the flexible packaging market.

Keywords: Water Based Inks. Graphic industry. Packing.

1. INTRODUÇÃO A indústria gráfica presente no país oferece diversidade em seus produtos e serviços, o que representa um fator diferencial e considerável no setor industrial. Setor que hoje exerce no país um papel importante na economia e, portanto, as exigências em relação ao seu desenvolvimento estão sendo discutidas no segmento, em busca de soluções que unam necessidades específicas, tais como, a economia, a aplicação do conceito Indústria 4.0 e a sustentabilidade, considerando que a necessidade de preservar o meio ambiente, também é uma questão muito importante dentro do mercado de impressão. Com o mercado brasileiro em transformação e contínuo crescimento, a embalagem se destacará como componente inovador de diversas linhas de produtos, destacando-se os segmentos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos e de higiene e limpeza, que como tem suas embalagens impressas e por vezes etiquetadas, o uso de tinta nas impressões é relevante e considerável diante deste mercado em evolução. Além disso, impressoras cada vez mais sofisticadas e com possibilidade de produção com velocidades maiores, equipamentos híbridos e auto gerenciáveis requerem soluções, adaptações e modificações cada vez mais promissoras na indústria gráfica e, por consequência, ao segmento de tintas. Portanto, com o objetivo de adaptar-se ao mercado surge, por exemplo, a necessidade de ampliar os questionamentos sobre os diferentes tipos de substratos que se multiplicam para o concorrido mercado de tintas do Brasil. Com o advento da internet e com a expansão da 2


economia mundial, atualmente existe uma grande variedade de processos de impressão para atender os segmentos: editorial, promocional, de embalagens, entre outros. Diante das novas tecnologias aplicadas ao mercado gráfico, de modo geral que segue uma forte tendência as transformações em seus processos produtivos, bem como em seus modelos de negócios, o cenário para impressão gráfica se modifica e de forma indireta contribui para que o mercado de tintas para impressão se torne uma necessidade pulgente em relação ao formato, tamanho, quantidade e qualidade dos produtos, bem como todo o processo de impressão, produto e a relação consumo e consumidor, além da necessidade e responsabilidade da indústria a acompanhar tais transformações. Por conta do uso de agentes químicos, o mercado de tinta, também está na mira da ordem deste século, que é a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente. Questões ambientais têm sido vastamente discutidas na sociedade e na indústria de modo geral, especialmente em segmentos industriais que possuem responsabilidade pelos seus meios produtivos e também sobre os impactos adversos que possam causar ao meio ambiente devido as suas atividades. Sendo assim, para acompanhar este cenário, novas soluções são apresentadas e nos últimos anos onde as principais empresas responsáveis pelo mercado de impressões voltaram sua atenção para as demandas do consumidor moderno, e que esta demanda é por produtos que causem menor impacto ambiental pelo uso da tinta nas impressões. As revoluções industriais que precederam a indústria 4.0 trouxeram a produção em massa, eletricidade e tecnologia de informação promovendo a competição e a tecnologia que temos atualmente. A indústria 4.0 requer um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico. No que tange o mercado da indústria gráfica o principal argumento para reduzir os impactos associados à utilização de agentes químicos que possam causar danos ao ambiente é a substituição destes produtos aplicados ao processo de tinta por outros que não gerem impactos negativos e oferecem a mesma qualidade e eficiência. Entretanto a substituição desses compostos, por exemplo, a troca dos solventes orgânicos e, portanto, a mudança de tecnologia de tintas base solvente para tintas base água não é tão consensual, porém não é difícil, é necessário adequar-se as novas tecnologias na base produtiva, gestão e administração e principalmente e mais importante o resultado e qualidade final além de análises cuidadosas em relação ao custo versus benefício no emprego desta modalidade de produto. Segundo Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI, 2017), no Brasil, os números apresentados pelo setor de tintas mencionam que o país é um dos cinco maiores mercados mundiais para tintas destinadas a diversas aplicações, incluindo tintas utilizadas no mercado gráfico, e este trabalho propõe estudar as novas tendências do mercado de tintas para o segmento de embalagens flexíveis, considerando que este segmento é um dos principais geradores de novas tecnologias com relação ao uso de agentes químicos na impressão.

2. DESENVOLVIMENTO 3


2.1 Referencial teórico 2.1.1 Embalagens e impressão Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE, 2016) informa que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu cerca de R$ 57,2 bilhões demonstrando que ocorreu aproximadamente 4,76% de aumento em relação aos R$ 54,6 bilhões de 2014. E reforçam ainda que os plásticos representam a maior participação no valor da produção, o que corresponde a 40,17% do total, em segundo lugar o setor de embalagens celulósicas com 33,36% - somados os setores de papelão ondulado com 18,02%, cartolina e papel cartão com 9,78% e papel com 5,56% - metálicas com 17,29%, vidro com 4,84%, madeira com 2,24% e têxteis para embalagens com 2,11%. Dessa forma analisa-se que o consumo de materiais deverá crescer, porém de forma mais acentuada para plásticos e metal considerando o volume e em relação a papel e metal em valor denotando assim que o sistema de embalagem deverá ser parte de processos eficientes e sustentáveis, especificamente para conferir qualidade e segurança aos consumidores e, portanto, assume ainda mais a importância de pesquisas que englobem o uso de componentes menos poluentes em tintas para impressão, nesse aspecto, a tinta base água. Por outro lado, a preocupação da indústria gráfica em relação ao uso de insumos, como a tinta para impressão e as consequências do uso em relação ao meio ambiente é evidenciada principalmente no segmento de embalagens flexíveis. Segundo Gajadhur e Tuszczynska (2017) atualmente, existem dois tipos de tintas de impressão baseadas na composição, as tintas à base de solventes orgânicos e as tintas à base de água que são formuladas usando água como solvente. O uso de solventes orgânicos voláteis presentes em tintas à base de solvente resultam em questões ambientais e, portanto, levam à crescente demanda por produtos mais favoráveis ao meio ambiente. Tintas de impressão à base de água têm sido usadas com sucesso em diferentes aplicações em vários substratos. Mas para Wallis, Weil e Madi (2012), mencionam que os produtos à base água eliminam a necessidade do emprego de solventes para diluição e limpeza dos equipamentos, bem como a geração de solventes residuais e de resíduos com restos de solventes, além de eliminar as emissões atmosféricas de compostos orgânicos voláteis (COV) e consequentemente, o uso de tintas, vernizes ou adesivos à base de água pode trazer benefícios ambientais em relação aos insumos à base de solventes orgânicos. E finalizando Ramirez e Tumolva (2018) explicam que embora as tintas à base de solvente possam ser utilizadas com sucesso em ambos os substratos porosos, por exemplo, papel e substratos não porosos, por exemplo, plástico, tintas à base de água são consideradas incompatíveis a substratos não porosos, resultando em molhamento insuficiente do substrato. Desse modo desenvolve-se, no momento, duas maneiras de resolver o problema de adesão de tintas à base de água substratos não porosos: tratamento de superfície - modificação de substrato - ou alterações na tinta formulação - modificação de tinta. 4


2.1.2 Tintas para impressão na indústria gráfica A indústria gráfica é o meio onde há uma relação direta entre meio ambiente e o uso de insumos químicos para impressão, que são tintas, vernizes, adesivos e solventes. Os solventes são adicionados para alterar a viscosidade ou a volatilidade dos demais insumos e, por sua vez, as tintas utilizadas no processo gráfico são basicamente constituídas de resinas, pigmentos ou corantes, solventes, óleos, e produtos auxiliares, como ceras e secantes. Tais componentes são a base para o uso da tinta dos diversos sistemas de impressão, cita-se como exemplo: offset, rotogravura, flexografia, tipografia, serigrafia e impressão digital. A mudança de tecnologia de tintas base solvente para tintas base água poderá ser muito bem-vinda nesse segmento, considerando a sustentabilidade, as tintas de impressão geram um dos maiores resíduos poluentes, referente às emissões de solventes orgânicos voláteis utilizados para diluição ou utilizados na forma de solventes para limpeza (CETESB, 2008). Portanto, acredita-se que uma solução para este problema é a substituição desses solventes orgânicos por solventes verdes. Sabe-se que há e cada vez mais surge a necessidade de investir em novas tecnologias que permitam uma produção mais limpa, também as indústrias que fornecem matéria prima para o segmento têm apresentado inovações para suprir este mercado que vem sofrendo diversas mudanças. 2.2 Metodologia A pesquisa aplicada concentrou-se em torno dos problemas presentes nas atividades das indústrias gráficas em relação ao uso da tinta base água em filmes plásticos. Este trabalho empenhou-se na elaboração de um questionário com questões fechadas, tendo como ponto de partida a investigação objetiva na população que trabalha na indústria gráfica e mantém contato direto com a produção e, por conseguinte, impressão e tinta. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a utilização de tintas base água nas indústrias do segmento de modo indireto ou direto por conta dos seus usuários. Acredita-se que é de grande importância para as ciências sociais a pesquisa social como parte integrante das matrizes curriculares dos cursos superiores nas faculdades de tecnologia SENAI com o objetivo de trazer o aluno como autor, parte fundamental na elaboração do conhecimento adquirido no curso superior que é a necessidade de romper com a posição de expectador em sala de aula para pesquisador dentro e fora da sala de aula. É preciso fazer com que o aluno assuma autonomia em sua aprendizagem em conjunto com o professor, essa autonomia é prioritária na vida acadêmica, na construção do conhecimento e deve considerar todos os atores envolvidos na educação. Os dados foram coletados, com planejamento, amostragens, análises e interpretação de dados conforme Marconi e Lakatos (2017), descreve que são em linhas gerais o questionário por meio de formulário Google Docs por ser uma técnica que objetiva investigar um estudo prévio da realidade, a qual será o objetivo desta pesquisa. Para Gil (2019) informa que a investigação composta por certo número de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, para questões de cunho 5


empírico servirá para coletar as informações da realidade, tanto do empreendimento quanto do mercado que o cerca, e que serão basilares na construção de um conhecimento. O autor também apresenta as seguintes vantagens do questionário sobre as demais técnicas de coleta de dados: possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa e não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado. Entretanto o autor também considera alguns riscos que devem ser evitados na coleta de informações por meio de questionários e aponta como lado negativo dessa metodologia que em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação e que poderá impedir o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas e, por fim, não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolva-os devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra. Para que diminua o risco conforme exposto pelo autor, esta pesquisa procurou envolver um número considerável pequeno de perguntas que pode colaborar e proporcionar resultados bastante críticos em relação à objetividade uma vez que os itens questionados podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado. As perguntas serão fechadas e trarão alternativas específicas para que o informante escolha uma delas. 2.2.1 Técnicas da coleta Após levantar as possíveis considerações em relação ao uso da tinta base água em filmes plásticos por profissionais da área nos diversos segmentos da indústria gráfica, realizou-se uma pesquisa qualitativa e quantitativa por meio de questionários como uma abordagem empírica para avaliar o grau e conhecimento do assunto dos empresários e funcionários das indústrias gráficas sobre o uso de tinta base água em filmes plásticos. Delimitou-se a pesquisa ao segmento gráfico e a todos os funcionários que direta ou indiretamente trabalham em indústria que fazem uso deste produto como os funcionários que não fazem e obter-se 112 respostas ao questionário. As respostas às pesquisas são coletadas de forma organizada e automática no formulário Google Docs, com informações e gráficos em tempo real. Foram selecionados como principal tópico da pesquisa bem como para formulação das questões o conhecimento prévio de tinta à base de água, a fim de verificar como base o conhecimento que os respondentes possuem sobre as possíveis alternativas sustentáveis presentes no segmento de tintas e impressão gráfica. O enfoque foi dado para a produção e, especificamente, a manipulação com tintas e diluentes. O questionário se dividiu em seis perguntas, abordando: 1. 2. 3. 4.

A vantagem da utilização tinta base água; Substituição da tinta à base água pela tradicional; Adequação em máquinas e equipamento para utilização da tinta base água; Prejuízo em relação produção/custo na utilização da tinta base água em filmes plásticos; 5. Diferença na impressão (qualidade) na utilização de tinta base água e demais tintas para impressão em filmes plásticos; 6


6. Garantia de qualidade na utilização de tinta base água ao produto e, por conseguinte, a satisfação do cliente. 2.3 Discussão dos resultados Após análises dos dados selecionou-se alguns resultados que foram os mais relevantes para elucidar o objetivo da pesquisa. De acordo com os resultados apontados no Gráfico 1, a maioria dos respondentes que atua no setor gráfico, 51,8% disseram que há uma relação econômica e ecológica na utilização de tinta base água, em contrapartida 27,7% acreditam que a tinta é vantajosa apenas ecologicamente. Gráfico 1 –Vantagens da utilização tinta base água

Fonte: Elaborado pelas autoras Entretanto em relação ao uso da tinta base de água no processo de produção, principalmente de embalagens, conforme apresentado no Gráfico 2, cerca de 37,5% afirmaram que utilizariam somente em uma área específica da produção e apenas 7,1% não utilizariam a tinta por acreditar que não existe oferta deste tipo de tinta no mercado. Gráfico 2 – Substituição da tinta à base água pela tradicional

Fonte: Elaborado pelas autoras 7


Porém, em relação à adequação das máquinas e equipamentos para utilização para o uso de tinta base de água, o Gráfico 3 demonstra que 13,4% possuem dúvida acerca da adequação das máquinas e equipamentos na indústria gráfica para o uso da tinta base água, 23,2% não possuem nenhuma informação sobre a necessidade ou não, 19,6% acreditam que não há necessidade de nenhuma adequação nas máquinas e/ou equipamentos durante o processo de impressão e por último 26,8% acreditam que sim, será necessária adequação porém são poucas. Gráfico 3 – Adequação em máquinas e equipamento para utilização da tinta base água

Fonte: Elaborado pelas autoras

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Procurou-se por meio de pesquisa aplicada apresentar de forma clara e objetiva, um dos métodos de pesquisa, o questionário, para torná-lo mais próximo e possível de realização pelo aluno do ensino superior, considerado como um instrumento adequado na obtenção de informações, sobre pesquisa social e pesquisa aplicada. Observou-se que este modelo de pesquisa de fácil aplicação foi capaz de possibilitar ao aluno desenvolver sua criatividade e raciocínio lógico nas formulações das perguntas bem como desenvolver o perfil de pesquisador em questões acadêmicas e sociais. Acredita-se que a transição de expectador para agente condutor em relação ao processo de aprendizagem pelos alunos, foi realizada demonstrando assim que a pesquisa além de nos trazer informações técnicas do tema pesquisado colaborou para a autonomia do estudante em relação ao seu desenvolvimento acadêmico. Em relação à pesquisa, os resultados demonstraram que o uso da tinta base água para impressão em embalagens flexíveis é uma forte tendência e que uma das principais vantagens é que atenderá as normas e demandas ambientais e que poderá com o aumento das pesquisadas e a aceitação no mercado desse tipo de produto não interferir na produtividade e qualidade do produto final. E de acordo com os resultados encontrados na pesquisa os respondentes que atuam no setor gráfico, 51,8% disseram que acreditam que há uma relação econômica e ecológica 8


na utilização de tinta base água, em contrapartida, 27,7% acreditam que a tinta é vantajosa apenas ecologicamente, porém em relação ao uso da tinta base de água no processo de produção, principalmente de embalagens, cerca de 37,5% afirmam que utilizaria somente em uma área específica da produção. Conclui-se que há necessidade de ampliar o escopo de pesquisa sobre esse tipo de tecnologia aplicada principalmente na parte produtiva das empresas do segmento gráfico e esclarecimento aos operadores e todos os envolvidos sobre a adequação de máquinas e equipamentos no gerenciamento da produção.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS. O setor de tintas no Brasil. Abrafati: 2017. Disponível em: https://www.abrafati.com.br/o-setor-de-tintas-no-brasil/. Acesso em: 10 ago.2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA. Números da Indústria Gráfica. Departamento de Estudos Econômicos – Decon/Abigraf. 2018. CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia técnico ambiental da indústria gráfica. São Paulo: 2003. Disponível em: http://www.ciesp.com.br/ciesp/conteudo/guia_ambiental_setorgrafico.pdf. Acesso em: 27 ago. 2019. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia técnico ambiental da indústria gráfica. 2. ed. São Paulo 2008. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/producao_limpa/documentos/guia_ambiental.pdf. Acesso em: 15 ago. 2019. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Nota técnica sobre Tecnologia de Controle – Indústria de Tintas – NT-30, 2008. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/consumosustentavel/wpcontent/uploads/sites/20/2013/11/tintas.pdf. Acesso em: 15 ago. 2019. GIL, A. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA / FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Estudo macroeconômico da embalagem. 2015. Disponível em: http://www.abre.org.br/setor/estudo-macroeconomico-da-embalagem-abre-fgv/. Acesso em: 02 ago. 2019. MARCONI, M.; LAKATOS, E. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1985. 9


PETERS, A. A. Surface Coatings International Part B: Coatings Transactions 84: 189. https://doi.org/10.1007/BF02700397.2001. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/BF02700397> Acesso em 10.Out.2019 WALLIS, G.; WEIL, D.; MADI, L. F. C. O Mercado de Embalagem no Brasil. 2020. Campinas: ITAL, 2012.

AGRADECIMENTOS Agradecemos ao professor Jorge Alexandre de Castro pela sua inestimável contribuição técnica bem como, seu apoio em todas as etapas deste trabalho. Sobre os autores: _________________

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RENATA RODRIGUES MATOS (Aluna) Cursa atualmente a graduação de Tecnologia em Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. Tem experiência em Planejamento e Controle de Processos - PCP no mercado gráfico.

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MICHELLE DE CARVALHO PEREIRA (Aluna) Cursa atualmente a graduação de Tecnologia em Produção Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. Tem experiência em Orçamento no mercado gráfico.

SANDRA ALMEIDA SILVA (Orientadora) Mestre em Administração de Empresas na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduada em Negócios Internacionais- Finanças Corporativas, graduada em Letras -Tradução Interprete. Atualmente é professora nos cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris.

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SISTEMA SLP: SISTEMATIZAÇÃO DE PLANEJAMENTO DO LEIAUTE APLICADO A INDÚSTRIA GRÁFICA SLP SYSTEM: LEIAUTE PLANNING SYSTEMATIZATION APPLIED TO THE GRAPHIC INDUSTRY Bruno Beverari1, i Leonardo Batista Rocha2, ii Nathalia Leal Ferreira da Silva3, iii Paulo Ricardo Campos Gouveia 4, iv Rui Antonio Lanfredi Junior5, v RESUMO O cenário industrial brasileiro caracteriza-se por mudanças estruturais constantes em função dos diversos desafios enfrentados pelo segmento da indústria gráfica nacional. Tendo isso em vista, o principal objetivo das instalações industriais neste contexto é manter as empresas constantemente atualizadas para continuarem produtivas e competitivas. Podemos acreditar que todos os recursos industriais devem proporcionar lucro para a empresa gráfica, garantindo um processo produtivo atualizado e competitivo, em um cenário mercadológico hoje muito agressivo e neste contexto ainda, é importante que o gestor conheça e aplique uma metodologia de planejamento e projeto de instalações industriais. Contudo a utilização de um método adequado de projetos com certeza ajudará a não deixar nenhum ponto crucial para trás. Palavras-chave: Metodologia. Leiaute industrial. Instalação industrial. Arranjo físico. ABSTRACT The Brazilian industrial scenario is characterized by constant structural changes due to the various challenges faced by the national printing industry segment. With this in mind, the main objective of industrial facilities in this context is to keep companies constantly updated to remain productive and competitive. We can believe that all industrial resources should bring profit to the printing company, ensuring an up-to-date and competitive production process, in a very aggressive market scenario and in this context, it is important that the

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Graduando em Tecnologia de Produção mail: beverari.b@gmail.com 2 Graduando em Tecnologia de Produção mail: leo.b.r@hotmail.com 3 Graduando em Tecnologia de Produção mail: nathalialeal35@gmail.com 4 Graduando em Tecnologia de Produção mail: paulo.gouveia.digital@hotmail.com 5 Docente e Ms. em Comunicação da rui.junior@sp.senai.br

Gráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. EGráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. EGráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. EGráfica na Faculdade de Tecnologia SENAI Theobaldo De Nigris. EFaculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo De Nigris”. E-mail:


manager knows and applies a planning and project design methodology. industrial facilities. However, using a proper design method will surely help to leave no crux behind. Keywords: Methodology. Industrial layout. Industrial installation. Physical arrangement. 1 INTRODUÇÃO O principal objetivo deste trabalho de pesquisa está relacionado ao estudo para uma proposta de um novo projeto de leiaute fabril para uma indústria gráfica que atua no segmento de embalagem cartotécnica, tendo como principal produto impresso gráfico embalagens tipo cartucho. Neste artigo abordaremos o uso da metodologia de sistematização de planejamento do leiaute industrial – Sistema SLP: SISTEMATIZAÇÃO DE PLANEJAMENTO DO LEIAUTE desenvolvida por Richard Muther e publicado em 1978 no seu livro Planejamento do layout: Sistema SLP. O SLP está estruturado em ações distintas que permitem o planejamento e execução em uma sequência lógica de projetos, seguindo esta sequencia na figura abaixo: Figura 1 – Sistema SLP

Fonte: Muther (1978) Logo, vamos demonstrar partes desta metodologia de instalação industrial proposta por Muther (1978), que ainda para colaborar com este conceito segundo Corrêa (2012) “uma coisa é fato: a decisão do arranho físico é capaz de afetar os níveis de eficiência e eficácia das operações”. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Referencial teórico Este artigo visa abordar uma pesquisa qualitativa da metodologia de instalação industrial proposta por Richard Muther, a qual contempla: dados de entrada, espaço fabril, diagrama de interligações dos espaços e a propostas de leiaute.


2.1.1 Dados de entrada De acordo com a metodologia apresentada, é indicado analisar primeiramente os dados de entrada do processo produtivo. Estes dados podem ser representados por uma espécie de diagrama resultante da inter-relação entre o P (produto) e Q (quantidade) de acordo com a metodologia apresentada. Vale lembrar aqui que este estudo de produto x quantidade é de fundamental importância para a escolha sobre qual tipo o melhor tipo de arranjo físico que será adotado, seja posicional, funcional, linear, celular ou uma junção destes tipos. Neste estudo, a gráfica produz mensalmente 480.000 exemplares de cartuchos para produtos cosméticos, 380.000 exemplares de cartuchos para produtos alimentícios e 40.000 exemplares de cartuchos para produtos promocionais representado na Tabela 1. Tabela 1 – Curva ABC

Fonte: Elaborado pelos autores Podemos entender neste caso, de acordo com Muther (1978) que quando a curva do diagrama tende a ser suave, é comum utilizar somente um tipo de arranjo físico para produzir todos os produtos da empresa, mas priorizando sempre o produto de maior representatividade e volume, que neste caso gira em torno da produção de embalagens para cosméticos e alimentos. Sendo assim fica evidente que os produtos de maior representatividade, ou podemos dizer que o negócio da empresa gira em torno de embalagens para cosméticos e alimentos e que ambos podem ser fabricados de forma similar. Podemos sugerir que o tipo de arranjo físico indicado para esta empresa seria o leiaute por processo ou funcional, que a lógica empregada é geralmente em agrupar processos produtivos por similaridades. 2.1.2 Espaço fabril Para efetuar a instalação de um equipamento produtivo industrial, é importantíssimo e fundamental conhecermos quais são as suas exigências técnicas para a execução desta tarefa complexa. Geralmente as informações são fornecidas pelo fabricante dos equipamentos através de um manual técnico de instalação ou operação.


São através das solicitações e exigências técnicas fornecidas pelo manual de instalação do equipamento que vamos obter dados confiáveis para garantir o seu correto funcionamento. De acordo com Perretti (2014) é necessário definir alguns itens fundamentais para definir o espaço físico adequado, entre eles:  Dimensões dos equipamentos;  Área mínima operacional;  Área de entrada da matéria-prima;  Área de saída da matéria-prima;  Área de manutenção. A distribuição e ocupação dos espaços físicos no setor produtivo pelos equipamentos devem ser executadas respeitando as características de cada máquina. Na metodologia SLP de Muther (1978), utilizamos uma lista de equipamentos preenchida com as informações consultadas nos manuais técnicos como veremos no Quadro 1 um exemplo do nosso estudo. Quadro 1 – Lista dos equipamentos

Fonte: Elaborado pelos autores No exemplo demonstrado no Quadro 1, o espaço mínimo para o setor de préimpressão seria de 32m² somente para acomodação dos equipamentos fora os espaços de corredores e estoques intermediários por exemplo. Para estabelecer os parâmetros e medidas, realizamos a tabulação com cálculos dos espaços mínimos exigidos para acomodação de cada equipamento específico, estrutura e número de pessoas por setor produtivo, dividido em: desenvolvimento de embalagens, préimpressão, impressão offset e pós-impressão que ficaram distribuídos assim neste estudo, conforme apresentado na Tabela 2.


Tabela 2 – Previsão dos espaços QTD. DEPARTAMENTO PESSOAS Desenvolvimento 4 de embalagens Pré-impressão 8

ESPAÇO m² 5,13 31,83

Impressão offset

9

329,15

Pós-impressão

21

522,69

TOTAL

42

891,52

Fonte: Elaborado pelos autores Contudo, vale lembrar que a lista com os tipos e quantidade de equipamentos para a análise e definição do espaço, estrutura física e quantidade de funcionários necessários para operação são geralmente fornecidos pelos contratantes do projeto. No nosso estudo, o espaço mínimo exigido para a instalação dos equipamentos gráficos seria de 892 m² fora corredores e áreas para estoque. 2.1.3 Diagrama de interligações dos espaços Na maioria dos projetos de instalação industrial é muito comum dar ênfase somente ao fluxo de materiais, mas este procedimento tem sido muito discutido e provavelmente não pode ser considerado como o único tipo de análise. De acordo com Muther (1978): “A consideração do fluxo isoladamente não é a melhor base para o planejamento das instalações”. Então, o principal objetivo deste diagrama é mostrar quais as atividades devem estar localizadas próximas ou distantes umas das outras. A interpretação desse tipo de análise de fluxo dos materiais possibilita ainda, visualizar o fluxo de materiais e sua intensidade, caminho que o material percorre no processo de fabricação, detalhamento das etapas produtivas, tempos, perdas e retrabalhos. A metodologia preconiza como indicado realizar primeiramente o preenchimento da carta de interligações preferenciais para depois dar origem na sequencia do estudo o diagrama de inter-relações de espaços. A Figura 2 apresenta a carta de interligações aplicada para o nosso estudo de caso para os equipamentos previamente definidos e identificados:


Figura 2 – Carta de Interligações preferenciais CARTA DE INTERLIGAÇÕES PREFERENCIAIS Empresa:

Executante:

Projeto:

Data: Valor

Proximidade

n ° ativ.

A

Necessário Próximo

20

E

Importante Próximo

32

I

Desprezível

44

O

Importante distante

23

U

Necessário Distante

34

1 1

ploter de recorte

desenvolvimento de embalagens

2

computadores

3

ctp folha inteira/processadora

4

E

6 7 8

impressoras 4 cores + verniz folha inteira

9

impressoras 4 cores + verniz folha inteira

10 11 12 13

impressoras 4 cores meia folha laminadoras automáticas – folha inteira guilhotinas folha inteira folha branca guilhotinas folha inteira impressora de corte e

pós-impressão 15 16 17 18

inteira para hotimpressoras de corte e vinco automática folha inteira impressoras de corte e vinco manuais meia folha – 60 x 80 cm coladeiras de cartuchos automáticas máquinas de stretch automático com plataforma giratória

U

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20

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19

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18

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17 U

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16

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A

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IU UI

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U I

17x(17-1) / 2 = 153

15 U

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14

U UU

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A

E

O

U

U UU

136

13 U

U U

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TOTAL = N x ( N – 1 ) / 2 =

12 U

U E

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11 U

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I

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10 I

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8 I

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7

E

A

A A

6 E

E

A

14 vinco automática folha

O

5 E

E A

mesa de luz impressora digital tipo plotter- alimentação a bobina formato impressora 5 cores + verniz folha inteira

I

4

E

A 5

E

3

E

computadores

A

E

A

pré-impressão

impressão offset

2

11

12

I 13

I E

14 15 16

17

19 18

19

20 20

Fonte: Elaborado pelos autores De modo geral, esta carta fornece um modo sistemático de organização de dados que ajuda a deixar clara a visualização do grau de proximidade de uma forma simples. Ela é uma espécie de folha de verificação para que não se deixe de considerar alguma atividade envolvida no processo, que poderá afetar diretamente o planejamento do leiaute nas próximas etapas da metodologia. Após o preenchimento da carta a próxima etapa da metodologia SLP é a preparação do diagrama de interligações de espaços propriamente dito. Este diagrama, também conhecido como diagrama de fluxo ou diagrama de relações, nada mais é que uma ferramenta de suma importância, empregada pela metodologia SLP. Tem como principal objetivo transformar dados levantados em planilhas ou cartas num esboço de localização para facilitar a visualização do estudo, sempre referenciando todas as informações previamente estabelecidas nas etapas anteriores. Agora observe na Figura 3 como ficaram as propostas dos estudos dos diagramas neste estudo em questão:


Figura 3 – Diagramas de Interligações preferenciais

Fonte: Elaborado pelos autores Podemos pensar que o diagrama de relações é basicamente uma tabulação de proximidade desejada entre cada par de atividades envolvida num fluxo de processo produtivo e pode ser considerada como uma das ferramentas mais práticas e efetivas para o planejamento e análise da preparação do leiaute industrial. 2.1.4 Propostas de leiaute O leiaute da relação entre espaços pode ser considerado fundamentalmente como a disposição visual e gráfica do espaço necessário para todas as atividades envolvidas neste estudo de arranjo físico produtivo. É recomendado, de acordo com o método SLP, executar o arranjo físico ideal para em seguida trabalhar com um arranjo mais realístico, muitas vezes com pequenas variações do estudo ideal em função das limitações práticas que vão surgindo durante o estudo de leiaute industrial. Para Muther (1978) é importante seguir as seguintes recomendações quando necessitamos efetuar adaptações das limitações práticas oriundas dos espaços produtivos: “ajustar os espaços levando em conta somente o diagrama de interligações das atividades”. De acordo com o autor o estudo desta proposta de arranjo físico nunca deve perder de vista o resultado ideal como resposta e conclusão desta análise. Verifique na Figura 4 como ficaram as propostas do leiaute que foi originado do diagrama de interligações preferenciais para o nosso estudo em análise:


Figura 4 – Propostas dos diagramas de Interligações preferenciais

Fonte: Elaborado pelos autores Vale lembrar que o diagrama de interligações preferenciais nos ajuda a visualizar as relações de proximidades entre as atividades envolvidas, porém estes diagramas não possuem significados algum até serem convertidos em leiaute de espaço no tamanho adequado de acordo com uma escala pré-estabelecida. Dentro deste contexto, o resultado de um bom leiaute de acordo com Toledo Jr. (1985) pode ser obtido:  Com um ambiente de trabalho apropriado que resulta em menores riscos e maior satisfação para os colaboradores;  Pela redução dos manuseios e distâncias percorridas;  Produzindo mais em menos tempo;  Diminuindo o tempo de produção;  Facilitando o trabalho da supervisão;  Mantendo a qualidade e minimizando erros durante o processo de fabricação;  Economizando espaços físicos. Contudo, a metodologia sugere ainda a preparação de no mínimo três propostas distintas de leiaute, para depois através de outra análise mais profunda selecionar e definir o mais indicado para a implantação do projeto. 2.2 Metodologia A pesquisa qualitativa será utilizada como estratégia para fundamentar este artigo, com análise do fluxograma produtivo industrial, especificação dos equipamentos e dos produtos a serem manufaturados. Ao analisar a formulação do problema verificou-se a necessidade de um estudo descritivo como parte integrante da pesquisa em questão. Objetos da pesquisa: Estudo da metodologia do sistema SLP: SISTEMATIZAÇÃO DE PLANEJAMENTO DO LEIAUTE: dados de entrada, espaço fabril, diagrama de interligação do espaço e a proposta de leiaute.


Procedimentos: Investigações bibliográficas, dissertações, artigos, documentos técnicos e sites especializados, bem como, seleção e análise das propostas dos leiautes industriais em questão. 2.3. Discussão dos resultados Agora em posse das propostas e com um leque de possibilidades que possui uma série de vantagens e desvantagens, cabe aqui fazer uma análise crítica e bem fundamentada para a tomada de decisão de escolha, sobre qual será a proposta ideal para o projeto de instalação industrial da empresa em análise, onde a partir das propostas pré-estabelecidas devemos efetuar a avaliação final do projeto de instalação industrial. Existem muitos métodos para a avaliação destes planos como indica Muther (1978): balanceamento das vantagens e desvantagens, diagrama de espaguete, avaliação da análise dos fatores e comparação e justificação de custos. Vale reforçar que neste estudo vamos priorizar apenas o diagrama de espaguete e avaliação da análise dos fatores, para finalizar nosso estudo de caso. O diagrama de espaguete é uma ferramenta de análise que também pode ser utilizado nos conceitos de sistema de produção enxuta que tem como objetivo alinhar a sequência ideal possível de trabalho a fim de agregar valor e eficiência aos produtos solicitados pelo cliente. O principal objetivo do diagrama de espaguete é estabelecer a movimentação em metros lineares dos produtos em processo em todas as atividades produtivas envolvidas para cada um dos produtos em análise, como demonstra a Figura 5. Figura 5 – Proposta do leiaute industrial

Fonte: Elaborado pelos autores


Após esta análise, nosso estudo de caso indicou que para se produzir uma embalagem cartotécnica do segmento de cosméticos foi necessário percorrer 230 metros lineares por ordem de serviço produzida. De acordo com Perretti (2014): “em um projeto de instalações, devemos analisar todas as movimentações de materiais que deverão ocorrer, desde a chegada das matérias-primas e insumos até a finalização do processo de fabricação que ocorrerá na expedição de produtos acabados”. Contudo o diagrama de espaguete analisa graficamente através de um estudo da planta baixa a distância percorrida em metro linear por um produto em processo em toda a sua cadeia produtiva industrial. Já o método de avaliação da análise de fatores indicado pela metodologia SLP preconiza como sendo uma forma mais eficaz de todas as citadas para a avaliação das alternativas dos leiautes propostos, segundo Muther (1978). Este método de análise de fatores segue um conceito de engenharia aplicada onde o procedimento consiste em dividir o problema em seus elementos ou fatores significativos e de analisar a cada um deles separadamente avaliando assim o todo partindo do mesmo critério, de acordo como ilustra a Tabela 3 da nossa análise: Tabela 3 – Avaliação das propostas de leiaute AVALIAÇÃO DA ANÁLISE DE FATORES PROJETO: ESTUDO DE LEIAUTE GRUPO:

1

DATA:

29/05/2019 AVALIAÇÃO

FATOR/CONSIDERAÇÃO

PESO

A

B

COMNETÁRIOS

C

1 Facilidade para futuras expansões

5

4

20

2

10

3

15

2 Flexibilidade do arranjo físico

7

6

42

5

35

6

42

3 Eficiência do fluxo de materiais

9

9

81

6

54

8

72

4 Estoque intermediário

8

8

64

6

48

8

64

5 Utilização dos espaços

8

8

64

5

40

7

56

TOTAIS

271

187

249

Fonte: Elaborado pelos autores Em geral, este método pode ser considerado altamente flexível e muito preciso, ainda que sua precisão seja totalmente baseada numa série de julgamentos de probabilidades. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Por meio desta análise ficou constatado que a proposta A demonstrou vantagens em relação às outras opções para a implantação do leiaute industrial final demonstrada na planta baixa, conforme mostra a Figura 6.

Figura 6 – Proposta final do leiaute industrial

Fonte: Elaborado pelos autores Este desenho de leiaute industrial básico tem como principal objetivo aprovação do fluxo produtivo junto aos envolvidos, para posteriormente o desenvolvimento e execução de planta baixa final detalhada contemplando as instalações elétricas, hidráulicas, acondicionamento de ar, iluminação, características de solo entre outros. Perretti (2014) afirma que “O leiaute geral de uma instalação consiste na planta geral da fábrica na qual deverão ser posicionados os setores, infraestrutura da instalação, áreas externas, internas etc.” Entretanto, para finalizar este estudo, pretendemos neste artigo demonstrar de forma resumida uma análise aplicada a uma empresa do segmento gráfico de embalagem cartotécnica por meio de uma metodologia de instalação industrial com referência no Sistema SLP: SISTEMATIZAÇÃO DE PLANEJAMENTO DO LEIAUTE desenvolvido por Richard Muther.


REFERÊNCIAS CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração de produção e operações; manufatura e serviços; uma abordagem estratégica / Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007-2012. 690 p. : il. ; 28 cm. MUTHER, Richard. Planejamento do layout; sistema SLP / Elizabeth de Moura Vieira, Jorge Aiub Hijjar e Miguel de Simoni. São Paulo: Edgard Blucher, 1978. 196 p. : il. ; 28 cm. PERRETTI, Oswaldo D'Angelo. O planejamento de recursos e das instalações industriais/ Osvaldo D'Angelo Perretti. São Paulo: SENAI-SP Editora, 2015. 140 p. : il. ; 25 cm. [Col. Gestão]. Inclui referências. TOLEDO JR., I.F.B. de. Lay-out arranjo físico. Mogi das Cruzes: Editora O&M, 1985.

Sobre os autores: _________________ 1

Bruno Beverari (Aluno) Cursa atualmente a graduação de Tecnologia em Produção Gráfica, pela Faculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo De Nigris” (conclusão em 2019).

2Leonardo

3

Batista Rocha (Aluno) Cursa atualmente a Graduação de Tecnologia em Produção Gráfica, pela Faculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo De Nigris” (conclusão em 2019).

Nathalia Leal Ferreira da Silva (Aluno) Cursa atualmente a Graduação de Tecnologia em Produção Gráfica, pela Faculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo De Nigris” (conclusão em 2019).

4

Paulo Ricardo Campos Gouveia (Aluno)


Cursa atualmente a Graduação de Tecnologia em Produção Gráfica, pela Faculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo De Nigris” (conclusão em 2019).

5 Rui

Antonio Lanfredi Junior (Orientador) Possui Mestrado em Comunicação Visual e Mídia Impressa - Universidade Paulista, pós-graduado em Desenho Industrial - Belas Artes de São Paulo, bacharel em Design de Produto - Universidade São Judas Tadeu, técnico em Artes Gráfica - Escola SENAI “Theobaldo De Nigris” e atualmente é Professor da Faculdade de Tecnologia SENAI “Theobaldo de Nigris”.


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