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Economia robustecida

Depois da débâcle do café, arrastado pelo crack da Bolsa de Nova York, em 1929, Campinas redirecionou, com mais ênfase, suas energias empreendedoras para a indústria. A economia local já era sufi cientemente dinâmica para reverter o baque econômico e garantir a sobrevivência de uma atividade comercial que já vinha crescendo de vento em popa. Se o café estava em baixa, ampliou-se a produção de algodão, milho, açúcar, feijão e arroz, conjugada com a industrialização da carne e a fruticultura. Bem-sucedida no processo de reorientação de sua economia, Campinas saiu da crise do café assumindo-se como um importante eixo para a expansão industrial paulista.

Entre os anos 1930 e 1940, a cidade já apresentava um acentuado perfi l urbanoindustrial, tonifi cado pela facilidade dos transportes e, em especial na segunda metade da década de 1950, pelo ciclo desenvolvimentista estimulado pelo governo Juscelino Kubitscheck, cuja meta principal era fazer o Brasil crescer “50 anos em 5”.

Campinas estava pronta para o novo desafi o. Desde 1948, com a inauguração da Via Anhangüera, o fl uxo migratório em direção à progressista cidade foi incrementado e cresceu a articulação com outros centros urbanos – e novos mercados – por meio da ampliação da estrutura rodoviária paulista. Nessa época, Campinas já se posicionava como importante centro industrial e comercial dotado de forte dinamismo.

A vocação industrial e as amplas oportunidades que então surgiam em praticamente todos os setores da atividade econômica novamente colocaram Campinas na rota dos fl uxos migratórios. Mais gente chegava de outras regiões do Estado de São Paulo, de outras partes do país e do mundo. O chamariz principal eram o novo parque produtivo e o desempenho da economia local, agora também focada no setor de serviços, sem desgrudar-se de sua histórica vocação comercial.

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